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CAPÍTULO 9 - Contribuição Teórica e Direcções de Pesquisa Futura Nesta investigação, e seguindo uma tendência recente na literatura sobre as fronteiras da empresa, o franchising é abordado sob o prisma das Competências em Redes de Relacionamentos, ainda que não excluindo a possibilidade da sua complementaridade desta perspectiva com as abordagens tradicionais a estes contratos organizacionais. O interesse pelo tema ficou a dever-se a três razões. Primeiro, de acordo com o IIF – Instituto Português de Franchising, apesar de se tratar de um fenómeno relativamente recente em Portugal, esta forma organizacional tem sido uma forte impulsionadora da criação de pequenas e médias empresas e de postos de trabalho na Economia Nacional nos últimos anos, o que, na nossa perspectiva, o torna num tema interessante para estudo. Segundo, apesar deste tema ser abordado pela Literatura nas áreas da Economia, da Gestão e do Marketing e amplamente discutido, existem ainda várias questões em aberto, tal como refere Norton (2003). Finalmente, tal como argumenta Dnes (1996), o franchising parece ser uma boa oportunidade para teorizar, modelizar e testar hipóteses sobre a Economia da Organização. Este trabalho teve como pontos de partida as limitações das teorias tradicionais, que não são completamente resolvidas por uma nova linha da literatura que analisa o franchising. Procurou-se ultrapassar essas limitações através do recurso a conceitos da Literatura sobre Competências Organizacionais e Relacionamentos Inter- Organizacionais. Neste contexto, procurou-se averiguar de que modo a emergência dos relacionamentos de franchising, a existência da forma plural e a evolução do mix unidades próprias / unidades franqueadas, pode resultar do facto de o conhecimento produtivo ser heterogéneo, limitado, se encontrar disperso por vários agentes, necessitar de coordenação e resultar do ‘percurso passado’. O papel dos franqueados- empreendedores na construção das competências dinâmicas da rede, a importância deste papel como factor potenciador do desempenho desta, a dinâmica do relacionamento e do sistema de franchising foram também analisados na perspectiva da articulação de competências em redes de relacionamentos.

CAPÍTULO 9 - Contribuição Teórica e Direcções de Pesquisa Futura · 2011. 8. 10. · CAPÍTULO 9 - Contribuição Teórica e Direcções de Pesquisa Futura Nesta investigação,

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CAPÍTULO 9 - Contribuição Teórica e Direcções de Pesquisa Futura

Nesta investigação, e seguindo uma tendência recente na literatura sobre as

fronteiras da empresa, o franchising é abordado sob o prisma das Competências em

Redes de Relacionamentos, ainda que não excluindo a possibilidade da sua

complementaridade desta perspectiva com as abordagens tradicionais a estes contratos

organizacionais. O interesse pelo tema ficou a dever-se a três razões. Primeiro, de

acordo com o IIF – Instituto Português de Franchising, apesar de se tratar de um

fenómeno relativamente recente em Portugal, esta forma organizacional tem sido uma

forte impulsionadora da criação de pequenas e médias empresas e de postos de trabalho

na Economia Nacional nos últimos anos, o que, na nossa perspectiva, o torna num tema

interessante para estudo. Segundo, apesar deste tema ser abordado pela Literatura nas

áreas da Economia, da Gestão e do Marketing e amplamente discutido, existem ainda

várias questões em aberto, tal como refere Norton (2003). Finalmente, tal como

argumenta Dnes (1996), o franchising parece ser uma boa oportunidade para teorizar,

modelizar e testar hipóteses sobre a Economia da Organização.

Este trabalho teve como pontos de partida as limitações das teorias tradicionais,

que não são completamente resolvidas por uma nova linha da literatura que analisa o

franchising. Procurou-se ultrapassar essas limitações através do recurso a conceitos da

Literatura sobre Competências Organizacionais e Relacionamentos Inter-

Organizacionais. Neste contexto, procurou-se averiguar de que modo a emergência dos

relacionamentos de franchising, a existência da forma plural e a evolução do mix

unidades próprias / unidades franqueadas, pode resultar do facto de o conhecimento

produtivo ser heterogéneo, limitado, se encontrar disperso por vários agentes, necessitar

de coordenação e resultar do ‘percurso passado’. O papel dos franqueados-

empreendedores na construção das competências dinâmicas da rede, a importância deste

papel como factor potenciador do desempenho desta, a dinâmica do relacionamento e

do sistema de franchising foram também analisados na perspectiva da articulação de

competências em redes de relacionamentos.

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Este capítulo tem como principais objectivos relembrar a necessidade de uma

nova abordagem a este tema, analisar a contribuição teórica do estudo e sugerir linhas

para investigação futura.

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9.1. A Necessidade de uma Nova Abordagem

Na área da Gestão, a literatura tradicional sobre franchising enfatiza a

importância deste formato como forma de contornar restrições de recursos ou problemas

de incentivo, procurando explicar a sua emergência a nível do negócio e da unidade e a

definição dos termos do contrato. Na perspectiva da Teoria dos Recursos, o franchising

é uma forma de as empresas jovens, que enfrentam restrições que as impedem de

crescer, obterem recursos escassos. Quando a empresa amadurece, e se torna mais fácil

obter esses recursos, os franqueadores compram as unidades anteriormente franqueadas

(e.g. Oxenfeldt e Kelly, 1969). Mas, actualmente, a explicação proposta pela Teoria da

Agência parece gerar mais consenso. De acordo com esta teoria, o franchising é um

mecanismo que permite reduzir custos de agência associados à supervisão de unidades

localizadas em zonas de acesso difícil. No entanto, como o franchising também tem

custos de agência, a decisão da empresa relativamente à forma de propriedade de uma

determinada unidade depende do trade-off entre esses diferentes custos de agência – os

associados a um agente-empregado e a um agente-franqueado (Brickley e Dark, 1987).

Contudo, a literatura tradicional tem várias limitações, de onde se destacam as

que consideramos mais importantes. Primeiro, não tem em consideração a

heterogeneidade dos franqueadores, dos franqueados e dos relacionamentos que se

estabelecem entre eles (Hakansson e Snehota, 1995). Segundo, não tem em

consideração os custos da produção, nomeadamente na decisão relativa à definição das

fronteiras da empresa franqueadora (e.g. Langlois e Foss, 1999). Terceiro, adopta uma

perspectiva estática, não tendo em consideração a forma como os relacionamentos e o

próprio sistema evoluem ao longo do tempo, nem os factores que influenciam essas

evoluções. Nesse sentido, ignora a existência de uma dependência do percurso

(Hakansson e Snehota, 1995). Quarto, não explica a existência e a dinâmica da forma

plural. Quinto, desvaloriza o papel dos franqueados no relacionamento (e.g. Croonen,

2003). Sexto, ignora a possibilidade das partes envolvidas num relacionamento de

franchising terem percepções diferentes da realidade e as consequências daí resultantes

(Loasby, 2001).

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Mais recentemente, alguns autores têm procurado ultrapassar algumas destas

limitações. Estes trabalhos preocupam-se em particular com a criação, armazenamento e

difusão do conhecimento nas redes de franchising e procuram identificar os benefícios

da forma plural no âmbito do Paradoxo da Exploração (March, 1991). A uniformização

da imagem e do serviço prestado nas várias unidades de uma rede franqueada é um dos

pilares do sistema de franchising. Mas, a difusão das inovações dentro de uma rede de

franchising pode depender da vontade dos vários franqueados, uma vez que estes não

são obrigados a implementá-las. Assim, um dos problemas enfrentados pelo

franqueador reside exactamente na necessidade de balancear estas duas questões, que se

assemelham ao Paradoxo da Exploração de March (1991). A forma plural poderá ter

alguma vantagem neste contexto, uma vez que as unidades franqueadas parecem ser

mais orientadas para a exploration e para a geração de ideias, enquanto as unidades

próprias parecem ser mais vocacionadas para a exploitation e para a fase de avaliação e

implementação das inovações (e.g. Cliquet e Ngoc, 2003 e Croonen 2003).

Em síntese, ao contrário das teorias tradicionais, esta perspectiva preocupa-se

com o conhecimento local do franqueado, assume que o conhecimento se transmite não

só do franqueador para os franqueados, mas também no sentido inverso, considera a

necessidade de inovar como forma de adaptação ao meio envolvente e procura

determinar os benefícios da forma plural, nomeadamente no contexto da inovação. No

entanto, estes trabalhos não resolvem completamente as limitações das teorias

tradicionais. A maior parte destes trabalhos preocupa-se com a importância da geração e

transmissão de conhecimento produtivo dentro da rede, no entanto, não tem em

consideração a dinâmica da divisão do trabalho na indústria e, portanto, a determinação

e evolução das fronteiras da empresa franqueadora. Ainda que adoptem uma perspectiva

mais dinâmica do franchising, preocupando-se com o desenvolvimento do conceito

franqueado através do processo de inovação, continuam a não ter uma perspectiva

longitudinal do sistema, analisando o franchising num determinado momento do tempo.

Apesar de estes trabalhos assumirem a heterogeneidade, de forma mais ou menos

explícita, a maior parte destes estudos continua a considerar a homogeneidade de

franqueadores, franqueados e dos relacionamentos que se estabelecem entre eles. Mais

ainda, a maior parte destes trabalhos também não tem em consideração a

heterogeneidade a nível das percepções dos diferentes actores. Finalmente, na sua

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maioria, estes trabalhos continuam a procurar a generalização das razões encontradas a

todas as situações em que o franchising é utilizado.

Da análise crítica realizada à literatura existente, resultou a constatação da

necessidade de adoptar uma abordagem ao franchising que contemplasse um conjunto

de elementos possivelmente relevantes. Em primeiro lugar, a heterogeneidade de

actores, recursos, actividades, competências e relacionamentos. Segundo, o

conhecimento produtivo, disperso por vários agentes e a necessitar de coordenação.

Terceiro, a dependência do percurso que influencia quer as competências dos actores

quer os relacionamentos entre eles. Quarto, a existência paradoxal de estabilidade e

mudança contínua numa rede. Quinto, a diversidade (quer associada à forma plural quer

aos franqueados) como factor potenciador do desenvolvimento e inovação. Sexto, as

percepções dos actores que poderão não ser meramente agentes atomísticos e racionais

que procuram satisfazer o seus interesses, mas, actores sociais inseridos em

relacionamentos que afectam as suas decisões, acções e percepções.

Assim sendo, este estudo procura contribuir para esclarecer os relacionamentos

de franchising, através da combinação da Teoria das Competências Organizacionais e a

Abordagem das Redes de Empresas. Estas duas abordagens são compatíveis e

complementares. A sua compatibilidade encontra-se num conjunto de pressupostos

comuns, de onde se destacam a existência de heterogeneidade no sistema industrial, a

importância do conhecimento produtivo e do percurso passado. As duas perspectivas

abordam a dinâmica dos sistemas industriais, preocupando-se em analisar os

mecanismos que integram as diferentes especialidades. A sua complementaridade

resulta do facto de a Teoria das Competências analisar a mudança das fronteiras da

empresa - mas não tendo em consideração a importância dos relacionamentos

organizacionais nesse contexto - enquanto que a Abordagem das Redes Industriais

considera que os relacionamentos entre empresas têm um papel central quer como

mecanismo de coordenação das actividades económicas, quer no que respeita a

evolução das competências das empresas.

A adopção desta abordagem, por incorporar todos os elementos teóricos que

reconhecemos como relevantes, parece permitir-nos ultrapassar as limitações já

identificadas nas teorias existentes. Esta perspectiva poderá ainda ajudar-nos a

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compreender as razões que levam uma empresa a implementar uma estratégia de

franchising, a importância e a dinâmica da forma plural e a influência dos franqueados,

no relacionamento e no sistema.

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9.2. Contribuições Teóricas e Direcções de Pesquisa Futura

Este estudo contribui para uma melhor compreensão de um fenómeno

extremamente heterogéneo: os relacionamentos de franchising. A maior parte dos

trabalhos realizados nesta área são estudos quantitativos que salientam os aspectos

gerais, dado o nível de agregação1. Por outro lado, a esmagadora maioria desses

trabalhos são conduzidos nos EUA, cuja realidade é muito específica. Contudo, tal

como já foi referido anteriormente, o franchising é utilizado em empresas com

actividades, dimensões e maturidades muito diversas, inseridas em realidades

económicas, políticas, legais e culturais, também muito diferentes. Neste

enquadramento, a adopção de uma perspectiva teórica que acomode a existência dessa

diversidade parece necessária. Assim, acreditamos que sendo o franchising um

fenómeno extremamente heterogéneo, agregador de realidades muito diferentes, não é

possível encontrar uma teoria simples que explique toda a sua complexidade e

diversidade. Exactamente por isso, com este estudo não se pretende desvalorizar

completamente outras abordagens concorrentes, nem se pretende generalizar as

conclusões obtidas a todas as realidades. Pretende-se, pois, demonstrar que, em

determinadas situações, a perspectiva seguida poderá melhorar o nosso conhecimento

sobre o franchising, não sendo de excluir que essas conclusões sejam extensivas a

outros contextos.

Neste trabalho, analisaram-se as redes de franchising como redes de empresas

que acedem aos recursos e competências das suas contrapartes (Hakansson e Snehota,

1995). Partimos dos conceitos da Abordagem das Redes Industriais e da Teoria das

Competências para construir uma perspectiva sobre o franchising que contemplasse,

simultaneamente, a existência de heterogeneidade dos actores e dos relacionamentos

que estes estabelecem entre si, bem como a heterogeneidade do conhecimento produtivo

que detêm e das percepções da realidade que condicionam a sua actuação. Ao analisar

1 Não é de excluir a possibilidade de existir selecção adversa na escolha de artigos para publicação, favorecendo as grandes cadeias e a estandardização na aproximação teórica.

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um fenómeno social sobre este prisma, tornou-se também necessário que se o realizasse

numa perspectiva longitudinal, procurando compreender não só como as variáveis em

estudo se relacionam entre si, mas também os mecanismos causais que lhe estão

subjacentes e as circunstâncias que os activaram (Sayer, 1992).

Ao abordar este tema nesta perspectiva, pensamos ter contribuído para o

enriquecimento da literatura sobre redes, em particular na perspectiva IMP, que não

aborda os relacionamentos de franchising, contribuindo assim para a ampliação da sua

aplicabilidade. Pensamos também ter contribuído para o desenvolvimento da literatura

sobre franchising por termos acrescentado diversidade teórica, que se reflectiu na

introdução de novos elementos teóricos como (1) a heterogeneidade de actores,

actividades, recursos, competências e relacionamentos, tanto entre partes da mesma rede

quanto entre redes diversas, (2) a dispersão de conhecimento produtivo heterogéneo que

necessita de coordenação, (3) a dependência do percurso no desenvolvimento das

competências e relacionamentos, (4) a existência paradoxal de estabilidade e mudança

contínua numa rede de franchising, (5) a diversidade (quer associada aos franqueados,

quer à forma plural) como factor potenciador do desenvolvimento e inovação e (6) as

percepções dos agentes económicos que resultam do seu trajecto e influenciam a sua

actuação. Neste ponto, sintetizam-se as principais contribuições teóricas deste trabalho.

Sendo uma das preocupações do estudo compreender a emergência dos

relacionamentos em franchising, quer a nível do negócio quer da unidade, e

consequentemente a dinâmica da forma plural, tornou-se necessário adoptar uma

perspectiva teórica que se preocupasse em analisar as fronteiras das empresas e a sua

dinâmica. Neste contexto, a perspectiva adoptada foi já testada com sucesso para

explorar a forma como o conhecimento produtivo disperso por vários agentes necessita

ser coordenado e o papel da distribuição das competências na indústria como factor

determinante do início dos relacionamentos (e.g. Mota, 2000). Nesta abordagem, a

definição das fronteiras da empresa depende da forma como as competências se

encontram distribuídas pelos diferentes actores na indústria (e.g. Langlois e Robertson,

1993) e também das competências indirectas que lhes permitem aceder às competências

dos outros (Loasby, 1998). Numa perspectiva dinâmica, a evolução dessas fronteiras

depende do desenvolvimento das competências directas e indirectas da empresa, em

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parte resultante das interacções com as suas contrapartes nos relacionamentos (Mota e

de Castro, 2004) e ainda do desenvolvimento do conhecimento na indústria (Langlois e

Robertson, 1993). A abordagem do franchising sobre esta perspectiva permite clarificar

o papel das competências no franchising.

Em primeiro lugar, concluímos que as competências do franqueador e dos

franqueados podem ter um papel importante como factores motivadores do início de um

relacionamento (seja a nível do negócio ou da unidade). Os franqueados procuram obter

através do relacionamento o acesso às competências do franqueador relativas ao

conceito do negócio franqueado. O franqueador procura obter através dos franqueados

as competências relativas ao mercado local (de alguma forma de acordo com o

defendido, por exemplo, por Minkler, 1990). Nesta investigação procurou-se identificar

estas competências do franqueado. O conhecimento do franqueado sobre os gostos e

hábitos do cliente parecem ser importantes para o processo de desenvolvimento do

modelo de negócio. De tal forma que os gestores locais são chamados a participar no

processo de inovação. Esta conclusão aponta imediatamente para duas outras. Por um

lado, o franqueado poderá ser reconhecido como uma fonte de competências dinâmicas

na rede e, por outro lado, a possibilidade de os relacionamentos do tipo top-down

descritos na literatura (e.g. Elango e Fried, 1997) condicionaram a geração de ideias a

nível da unidade e, portanto, penalizarem o processo de desenvolvimento da rede. Mas,

mais do que o conhecimento local sobre gostos e hábitos de consumo, o franqueador

procura no franqueado as competências que lhe permitem criar e gerir relacionamentos

de proximidade com os clientes finais da rede. Os franqueadores parecem valorizar as

competências dos franqueados relativas à captação de novos clientes, à prestação de um

serviço ‘humanizado’ ou à fidelização do cliente.

Outro contributo desta investigação foi a identificação das competências

indirectas do franqueador. Loasby (1998) define as competências indirectas como

aquelas que permitem uma organização aceder às competências das outras. No contexto

do franchising, estas competências são aquelas que permitem iniciar e manter o

relacionamento com o franqueado. Procuramos identificá-las e concluiu-se que estas

deverão estar relacionadas com (1) a criação e manutenção de um modelo de negócio

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atractivo, (2) a criação e manutenção de boa reputação do mercado, (3) a codificação e

transferência de conhecimento dentro da rede, (4) a replicação das unidades, (5) a

supervisão das unidades e (6) a gestão do paradoxo de exploração.

A análise das competências de replicação dos franqueadores permitiu-nos retirar

uma outra conclusão. De acordo com Winter e Szulanski (2000), numa cadeia

replicadora, uma ‘organização central’ desenvolve o conhecimento relativo à criação e

selecção dos atributos a replicar e as competências dinâmicas necessárias para transferir

esse conhecimento para as unidades. No entanto, este estudo permitiu concluir que,

numa rede franqueada, sendo estas competências desenvolvidas num contexto de

relacionamentos com os franqueados, essas poderão também resultar da participação

dos franqueados que contribuem para a realização de uma replicação contingencial.

Também a investigação das competências do franqueador relativas à gestão do

Paradoxo de Exploração nos permitiu retirar um conjunto de conclusões adicionais.

Verificamos que as empresas podem gerir este paradoxo de formas diferentes e que

estas competências são importantes para o desenvolvimento do conceito franqueado.

Concluiu-se também que estas são também importantes competências indirectas que

garantem a manutenção dos relacionamentos e, ainda mais, poderão permitir ao

franqueador aceder às competências dinâmicas do franqueado.

Concluímos ainda que as competências indirectas do franqueador poderão ser

influenciadas pelas relações sociais que se estabelecem entre os gestores das empresas

franqueadora e franqueada. A análise de um dos casos levantou a possibilidade de estas

relações extra-profissionais poderem influenciar o início e desenvolvimento dos

relacionamentos de franchising através do seu efeito na reputação dos franqueadores.

Conclui-se que, nalguns casos, estes franqueados poderão ser utilizados como modelos

de referência e apresentados como casos de sucesso a outros potenciais franqueados.

Neste contexto, levantou-se ainda a possibilidade das unidades desses franqueados

serem utilizados como templates para a transmissão de conhecimento tácito.

Ampliando o conceito de custos de transacção dinâmicos de Langlois e

Robertson (1993,1995), definimos os custos de transacção dinâmicos do franchising

como os custos de captar, coordenar e ensinar os franqueados. Procuramos compreender

de que forma a opção por uma estratégia de crescimento através de unidades

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franqueadas poderia estar associada a custos de transacção dinâmicos inferiores aos

custos de obter as competências desejadas através de outras alternativas, incluindo a sua

aquisição a outros fornecedores/ parceiros ou o seu desenvolvimento através da

Integração Vertical. No entanto, apesar de termos encontrado alguma evidência

empírica apontando nesse sentido, não conseguimos comprovar essa possibilidade.

Verificamos, contudo, que estes custos poderão ser específicos a cada franqueado.

Concluímos também que, no contexto do Paradoxo de Exploração, os custos dinâmicos

do franchising poderão ser elevados, podendo conduzir a empresa à Integração Vertical,

através da recompra das unidades franqueadas. Neste enquadramento, é possível que

quanto melhor o franqueador tiver desenvolvido as suas competências indirectas - e em

particular as suas competências relativas à gestão do Paradoxo de Exploração - menores

sejam esses custos e mais facilmente a empresa mantenha a unidade franqueada.

Ao analisar a rede numa perspectiva longitudinal, verificou-se, mais uma vez, o

interesse de considerar o papel das competências neste contexto. A dinâmica das

fronteiras da empresa franqueadora parece resultar do desenvolvimento das

competências do franqueador e franqueado, que provém em parte das experiências que

partilharam, e que influencia as vantagens da sua combinação. Por outro lado, as

interacções entre o franqueador e os franqueados também poderão alterar as percepções

do franqueador quanto às vantagens e custos associados ao franchising e,

consequentemente, influenciar o mix de unidades próprias e franqueadas. Este estudo

levantou também a possibilidade dos relacionamentos sociais existentes entre os

membros das organizações franqueadora e franqueada contribuírem para o início,

desenvolvimento, manutenção e termo do relacionamento de franchising, por

influenciarem essas percepções.

As percepções do franqueador relativamente ao relacionamentos de franchising

parecem também influenciar a forma como os franqueados são vistos e tratados pelos

franqueadores. Essas percepções são influenciadas pelo conhecimento, experiências e

relacionamentos do próprio franqueador. Neste enquadramento, é possível que essas

percepções, em conjunto com o grau e complexidade das actividades desenvolvidas a

nível local, influenciem o grau de autonomia deixada aos franqueados.

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Ao abordar o franchising sob uma nova perspectiva, este trabalho assumiu um

carácter exploratório. Assim, sem dúvida, existe amplo espaço para pesquisa futura. Em

seguida, apresentam-se algumas linhas de investigação abertas neste trabalho.

Argumentou-se neste estudo, que o início de um relacionamento entre o

franqueador e o franqueado pode ser influenciado pelos custos de transacção dinâmicos

(Langlois e Robertson, 1995) associados a essa opção. Tendo em conta as competências

que a empresa franqueadora necessita e dada a distribuição de competências na

indústria, a opção pelo franchising poderá resultar do facto do custo de captar,

coordenar e ensinar os franqueados ser menor do que o custo de desenvolver as

competências internamente e inferior ao custo de transacção dinâmico associado a

outros fornecedores, incluindo o de outras alianças estratégicas. Levantou-se igualmente

a possibilidade de, alternativamente, a empresa franqueadora suportar custos de governo

superiores, como resultado de benefícios esperados suficientemente grandes (Loasby,

1998). Mais ainda, sendo estes custos de transacção dinâmicos específicos (Mota e de

Castro, 2004) a cada franqueado e a cada relacionamento estes poderão influenciar a

dinâmica da forma plural.

No entanto, este trabalho não conseguiu comprovar a sua importância neste

contexto. Constatamos a importância das vantagens decorrentes da combinação das

competências de franqueador e franqueado. Mas não determinamos se esses benefícios

eram tão elevados que justificassem suportar custos de governo superiores ou, se pelo

contrário, o franchising gozava também de custos de transacção dinâmico inferiores aos

de outras alternativas ao dispor do franqueador. Parece-nos, contudo, interessante

procurar determinar que factores influenciam estes custos e se estes influenciam e de

que forma influenciam o franqueador na opção entre franquear ou integrar verticalmente

as unidades.

No capítulo 4, levantou-se a questão da identificação do papel dos franqueados

na construção das competências dinâmicas da rede, ou, mais concretamente, no

desenvolvimento da marca franqueada. Concluímos que os franqueados são envolvidos

no processo de inovação promovido pela sede, devido ao seu conhecimento

idiossincrático sobre o mercado local. Concluímos ainda que eles poderão ser uma fonte

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importante de competências dinâmicas para a rede. É possível que diferenças a nível das

percepções justifiquem o facto de alguns franqueadores desenvolverem um

relacionamento com os franqueados do tipo top-down. No entanto, concluiu-se também

que, no caso de relacionamento entre o franqueador e os franqueados ser do tipo top-

down (e.g. Elango e Fried, 1997), a inovação poderá não acontecer ao nível das

unidades, o que poderá confirmar não só a importância da diversidade no processo de

inovação, como também o facto de o controlo da rede, por parte de um actor, poder ser

prejudicial por limitar as fontes de competências dinâmicas da rede (Hakansson e

Snehota, 1995). Neste contexto, parece relevante compreender se a desvalorização desse

contributo dos franqueados para o desenvolvimento das competências da empresa, por

parte do franqueador, poderá condicionar o desempenho da rede. A abordagem desta

questão, por exemplo, através da realização de um estudo quantitativo e extensivo

poderá ser interessante.

Neste trabalho, optou-se por delimitar a “rede de franchising” de acordo com a

perspectiva do franqueador, considerando a rede como o conjunto das empresas com

quem a empresa franqueadora se relaciona através do franchising. Optamos por este

critério por este ser, normalmente, o ângulo de análise utilizado nos estudos sobre o

franchising. Esta opção permite-nos utilizar uma estrutura teórica nova, mas usando o

ângulo de análise da literatura existente. Na verdade, um dos problemas originados pela

abundância de literatura que analisa o franchising, “é que paradigmas (…) concorrentes,

pressupostos implícitos, e várias normas metodológicas tornam a literatura

particularmente difícil de rever e sintetizar” (Combs et al., 2004, pp. 908). Assim, sendo

este trabalho uma primeira abordagem ao tema recorrendo a uma perspectiva de

competências em redes de relacionamentos, pareceu-nos que o trabalho poderia

beneficiar da utilização do mesmo ângulo de análise da literatura existente, auxiliando,

de alguma forma, a compatibilização ou comparação de conceitos. Esta discussão

sugere, consequentemente, o interesse de, em trabalhos futuros, se adoptar uma

perspectiva diferente da rede.

Finalmente, tendo sempre em vista a realização de uma análise longitudinal,

pensamos que seria interessante regressar, num futuro relativamente próximo, às duas

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empresas estudadas neste trabalho. Seria interessante verificar qual foi o

desenvolvimento nas suas trajectórias, de forma a reforçar, ou não, as conclusões deste

trabalho e, eventualmente, captar uma melhor perspectiva do seu percurso. Parece ainda

interessante aprofundar o estudo dos relacionamentos que constituem estas duas redes.

Este trabalho poderá servir de base para um estudo mais aprofundado dos vários

relacionamentos franqueador-franqueado existentes em cada rede, procurando

caracterizar melhor a diversidade do sistema, nomeadamente dos bonds, links e ties que

relacionam os actores, recursos e actividades em cada rede. Em particular, poderá ser

interessante entrevistar os franqueados que abandonaram estas redes, procurando

compreender essa ruptura na sua perspectiva. Neste contexto, o aprofundamento da

análise dos relacionamentos extra-profissionais que se estabelecem entre os indivíduos

pertencentes às duas organizações (em particular os gestores da empresa franqueadora e

da empresa franqueada) poderá demonstrar a sua importância no desenvolvimento dos

relacionamentos inter-organizacionais, quer conduzindo à sua consolidação (por

exemplo, através da abertura de uma segunda unidade), quer ao seu termo.

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Anexos

Anexo 1 – Caracterização do Sector do Franchising em Portugal

A evolução do número de marcas

Fonte: IIF - Instituto de Informação em Franchising, S.A. (1998, 1999, 2000, 2004, 2006)

Distribuição das marcas por sector

Fonte: IIF - Instituto de Informação em Franchising, S.A. (2000, 2004, 2006)

Evolução das marcas nacionais

Fonte: IIF - Instituto de Informação em Franchising, S.A. (1998,1999, 2000, 2004, 2006)

5 9 16 31

78120 135

246

173

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006

1999

Comércio61%

Serviços26%

Restauração13%

2003

Comércio49%

Serviços41%

Restauração10%

2006

Comércio43%

Serviços48%

Restauração9%

481

395

3154 79

354360303

178

1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006

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Anexo 2 – Guião das Entrevistas aos Franqueadores

I. A rede:

1. Qual a história da empresa e da marca? Como e quando montou o negócio? Que

problemas encontrou? Porquê? Exemplos?

2. Como e quando começou o franchise? O que motivou o franqueador a optar pelo

franchising em vez da integração vertical, do mercado, ou de outra estratégia de

partilha? Que problemas o franqueador encontrou? Porquê? Exemplos?

3. Como tem evoluído o franchise ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

II. As competências do franqueador:

4. Na sua opinião, que conhecimentos, competências e características pessoais e

organizacionais, os franqueados mais valorizam num franqueador? De que

forma essas preferências têm evoluído, ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

5. Na sua opinião, que características deste tipo possui, de que forma estas

evoluíram ao longo do tempo, e como influenciaram e influenciam a venda do

seu franchise? Porquê? Exemplos?

6. Quando começou a franquear, a marca já era conhecida? Porquê? Exemplos?

7. Nessa altura, quantas unidades próprias, a rede tinha?

8. Na sua opinião, qual a importância da reputação do franqueador e da marca, no

processo de recrutamento de franqueados? De que forma este factor se tem

alterado ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

9. Na sua opinião, o que procura o franqueado, quando investe num franchise? De

que forma esses factores se têm alterado, ao longo do tempo? Porquê?

Exemplos?

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10. No caso concreto, o que atraiu os franqueados e os fez decidir por este

investimento? Porque os franqueados escolheram este franchise e não outra?

Porque escolheram este franchise e não um negócio não franqueado Porquê?

Exemplos?

III. As competências do franqueado:

11. Como se processa o recrutamento do franqueado? Como evoluiu este processo

ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

12. Quando o franqueador escolhe um franqueado, o que procura em termos de

características individuais? Que conhecimentos, experiências e outras

características, o franqueador mais valoriza num franqueado? De que forma esta

preferência tem evoluído, ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

13. Qual o perfil do franqueado ideal para o franqueador? Como evoluiu esse perfil,

ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

14. O franqueador já excluiu algum candidato a franqueado? Quando? Porquê?

Exemplos?

IV. O Relacionamento com o franqueado:

i. A divisão do trabalho:

15. Que actividades são desempenhadas pelo franqueador? Porquê? Exemplos?

16. Que actividades são desempenhadas pelo franqueado? Porquê? Exemplos?

17. Como evoluiu essa divisão de actividades entre franqueador e franqueado, ao

longo do tempo? Porquê? Exemplos?

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18. Na opinião do franqueador, de que forma essas actividades se interrelacionam?

Porquê? Exemplos?

ii. Formação do franqueado:

19. É concedida formação ao franqueado e seus empregados? Porquê? Exemplos?

20. Que tipo de formação (teórica, prática, on-the-job)? Porquê? Exemplos?

21. Quem dá essa formação? Porquê? Exemplos?

22. Durante quanto tempo? Porquê? Exemplos?

23. Só existe formação inicial ou existe, também, formação ao longo da vida do

franchise? Porquê? Exemplos?

24. Como tem evoluído o processo de formação dos franqueados, ao longo do

tempo? Porquê? Exemplos?

iii. Transmissão de Informação e Replicação de Rotinas:

25. Que tipo de informação, conhecimentos, regras, procedimentos, manuais, rotinas

são transmitidas pelo franqueador ao franqueado, durante e após a formação

inicial? Como tem evoluído este processo ao longo do tempo? Porquê?

Exemplos?

26. Como se processa a transmissão dessa informação, conhecimentos, regras,

procedimentos (através de memos, de e-mails, de reuniões, de telefonemas)?

Como evoluiu este processo ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

27. Como se processa a replicação de rotinas na rede? Como evoluiu este processo

ao longo do tempo? Que problemas foram encontrados? Porquê? Exemplos?

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iv. Supervisão:

28. Como se processa a supervisão dos franqueados? Porquê? Exemplos?

29. Como se realiza o controlo da qualidade do serviço? Porquê? Exemplos?

30. Como se realiza o controlo dos pagamentos devidos? Porquê? Exemplos?

31. Como evoluiu este processo ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

v. O desenvolvimento do conceito:

32. Que dificuldades encontra no desenvolvimento do conceito franqueado,

nomeadamente na difusão de inovações na rede, no contexto da necessidade de

manter um determinado nível de standardização? Como se modificaram essas

dificuldades ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

33. Na opinião do franqueador, existe alguma vantagem decorrente da forma plural,

no que respeita o desenvolvimento do conceito franqueado? Porquê? Exemplos?

34. De que forma o franqueado pode contribuir para o desenvolvimento do

conceito? Como? Porquê? Exemplos?

35. Os franqueados contribuem efectivamente com novas ideias? Como evoluiu esse

contributo? Como? Quando? Porquê? Exemplos?

36. Essas ideias difundem-se pela rede? Como evoluiu esse processo ao longo do

tempo? Como? Quando? Porquê? Exemplos? (

vi. O papel do franqueado:

37. Na opinião do franqueador, os franqueados são todos iguais? No que diferem?

Porquê? Exemplos?

38. Os contratos são todos iguais? Como se têm modificado? Porquê? Exemplos?

39. Todos os franqueados são tratados de igual forma? Porquê? Exemplos?

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40. O franqueador já atribuiu mais do que uma unidade a algum franqueado?

Quando? Porquê? Exemplos?

41. Todos os franqueados da rede desempenham as mesmas actividades? Como tem

evoluído este processo? Porquê? Exemplos?

42. Que tipo de condicionalismos são colocados à actividade do franqueado? Como

se têm alterado, ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

43. De que forma tem evoluído a relação com os franqueados? Porquê? Exemplos?

44. O que o franqueador espera do franqueado? Porquê? Exemplos?

45. O franqueador já excluiu algum franqueado? Quando? Porquê? Exemplos?

46. Como se relacionam os franqueados uns com os outros? Como evoluíram esses

relacionamentos ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

47. Existe algum mecanismo que permita a partilha de experiências e

conhecimentos entre franqueados? Porquê? Exemplos?

V. A forma plural:

48. A rede detém unidades integradas e franqueadas simultaneamente? Porquê?

Onde?

49. Que sinergias/vantagens o franqueador encontra nessa combinação? Exemplos?

Como se modificaram essas sinergias/vantagens, ao longo do tempo?

50. De que forma tem evoluído o mix de unidades franqueadas e de unidades

integradas ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

51. O franqueador já franqueou unidades anteriormente integradas? Quando?

Porquê? Exemplos?

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52. O franqueador já recomprou unidades anteriormente franqueadas? Quando?

Porquê? Exemplos?

53. Qual o critério de decisão entre franquear e deter directamente uma unidade?

Como evoluiu este critério ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

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Anexo 3 – Guião das Entrevistas aos Franqueados

I. A rede:

1. Como começou a relação com o franqueador? Como tem evoluído essa relação?

Que problemas têm surgido?

2. Como se processou o seu recrutamento?

II. As competências do franqueador:

3. Que conhecimentos, competências e características pessoais e organizacionais,

mais valoriza num franqueador? De que forma essas preferências têm evoluído,

ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

4. O que procurava, quando investiu neste franchise? Porquê? Exemplos?

5. O que o atraiu e fez decidir por este investimento? Porquê? Exemplos?

6. Porquê este e não outro, por exemplo, não franqueado? Porquê? Exemplos?

7. Quando aderiu a este conceito, a marca já era conhecida? Exemplos?

8. De que forma a reputação do franqueador/marca influenciou a aquisição deste

franchise? Porquê? Exemplos?

9. Que importância atribui actualmente à reputação do franqueador/marca?

Porquê? Exemplos?

III. As competências do franqueado:

10. Na sua opinião, que conhecimentos, competências, experiências e outras

características, o franqueador mais valoriza num franqueado? De que forma

essas preferências têm evoluído, ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

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11. Na sua opinião, porque razão o franqueador lhe vendeu o franchise? Quais

foram as suas características individuais que motivaram o franqueador a vender-

lhe o franchise?

12. Qual o perfil do franqueado ideal para o franqueador? Como evoluiu esse perfil,

ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

IV. O Relacionamento com o franqueador:

i. A divisão do trabalho:

13. Que actividades são desempenhadas pelo franqueador? Porquê? Exemplos?

14. Que actividades são desempenhadas pelo franqueado? Porquê? Exemplos?

15. Como evoluiu essa divisão de actividades entre franqueador e franqueado, ao

longo do tempo? Porquê? Exemplos?

16. Na opinião do franqueado, de que forma essas actividades se interrelacionam?

Porquê? Exemplos?

ii. Formação:

17. Foi concedida formação ao franqueado e seus empregados? Exemplos?

18. Que tipo de formação (teórica, prática, on-the-job)? Exemplos?

19. Quem deu essa formação? Exemplos?

20. Durante quanto tempo? Exemplos?

21. Só existe formação inicial ou existe, também, formação ao longo da vida do

franchise? Exemplos?

22. Como tem evoluído o processo de formação, ao longo do tempo? Exemplos?

23. Na opinião do franqueado, porque razão o franqueador dá formação aos

franqueados?

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iii. Transmissão de Informação e Replicação de Rotinas:

24. Que tipo de informação, conhecimentos, regras, procedimentos, manuais, rotinas

são transmitidas pelo franqueador ao franqueado, durante e após a formação

inicial? Como evoluiu este processo ao longo do tempo? Exemplos?

25. Como se processa a transmissão da informação, conhecimentos, regras,

procedimentos (através de memos, de e-mails, de reuniões, de telefonemas)?

Como evoluiu este processo ao longo do tempo? Exemplos?

26. Como se processa a replicação de rotinas na rede? Como evoluiu este processo

ao longo do tempo? Exemplos?

iv. Supervisão

27. De que forma é supervisionado pelo franqueador? Porquê? Exemplos?

28. Como se realiza o controlo da qualidade do serviço? Porquê? Exemplos?

29. Como se realiza o controlo dos pagamentos devidos? Porquê? Exemplos?

30. Como evoluiu este processo ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

v. O desenvolvimento do conceito:

31. De que forma o franqueado pode contribuir para o desenvolvimento do conceito

franqueado? Como? Porquê? Exemplos?

32. Como e quando participou (efectivamente) no desenvolvimento do conceito?

Porquê? Como evoluiu esse contributo, ao longo do tempo? Exemplos?

33. Já introduziu alguma inovação? Quando? Porquê? Exemplos?

34. Comunicou ao franqueador? Porquê? Exemplos?

35. Como foi a sua reacção? Porquê? Exemplos?

36. A inovação foi difundida pela rede? Porquê? Exemplos?

37. De que forma tem evoluído este processo ao longo do tempo?

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vi. O papel do franqueado:

38. Na sua opinião, os franqueados são todos iguais? No que diferem? Porquê?

Exemplos?

39. Na sua opinião, todos os franqueados são tratados de igual forma? Porquê?

Exemplos?

40. Todos os franqueados da rede desempenham as mesmas actividades? Porquê?

Como tem evoluído este processo? Exemplos?

41. Que tipo de condicionalismos são colocados à actividade do franqueado? Como

se têm alterado, ao longo do tempo? Porquê? Exemplos?

42. De que forma tem evoluído a relação com o franqueador? Porquê? Exemplos?

43. Na opinião do franqueado, o que é que o franqueador espera dele? Porquê?

Exemplos?

44. Como se relaciona com os outros franqueados? Como evoluíram esses

relacionamentos ao longo do tempo?

45. Existe algum mecanismo que permita a partilha de experiências e

conhecimentos entre franqueados?

V. A forma plural:

46. Que sinergias/vantagens, o franqueado encontra nessa combinação? Exemplos?

Como se modificaram essas sinergias/vantagens, ao longo do tempo?