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Capítulo 25 CMOS Setup Ajuste fino no hardware Um bom técnico de manutenção e um bom produtor de PCs deve estar preparado para, além de usar a forma fácil de programação do CMOS Setup, fazer ajustes finos visando: Resolver problemas Otimizar o desempenho Utilizar opções de funcionamento que por padrão são desativadas Para isto é preciso um conhecimento profundo dos inúmeros comandos do CMOS Setup. O método padrão O método inicial recomendado para a programação do CMOS Setup consiste no seguinte: 1. Usar a auto-configuração. 2. Acertar a data e a hora 3. Definir o drive de disquetes 4. Auto detectar o disco rígido 5. Sair e salvar O uso desses comandos é suficiente para que o PC funcione, e permitirá a realização das etapas seguintes da montagem: formatação do disco rígido e instalação do sistema operacional.

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Capítulo 25 CMOS SetupAjuste fino no hardwareUm bom técnico de manutenção e um bom produtor de PCs deve estarpreparado para, além de usar a forma fácil de programação do CMOSSetup, fazer ajustes finos visando:

Resolver problemas Otimizar o desempenho Utilizar opções de funcionamento que por padrão são desativadas

Para isto é preciso um conhecimento profundo dos inúmeros comandos doCMOS Setup.

O método padrão

O método inicial recomendado para a programação do CMOS Setupconsiste no seguinte:

1. Usar a auto-configuração.2. Acertar a data e a hora3. Definir o drive de disquetes4. Auto detectar o disco rígido5. Sair e salvar

O uso desses comandos é suficiente para que o PC funcione, e permitirá arealização das etapas seguintes da montagem: formatação do disco rígido einstalação do sistema operacional.

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25-2 Hardware Total

A maior parte do trabalho é feita com o comando de auto-configuração, quepreenche as respostas das dezenas de itens do Setup com valores defaultsugeridos pelo fabricante da placa de CPU. Outra parcela não tantotrabalhosa mas muito importante é a auto-detecção dos parâmetros do discorígido. Não é mais preciso consultar o seu manual para saber o número decabeças, setores e cilindros. O CMOS Setup faz isso automaticamente.Outros parâmetros relacionados ao disco rígido também sãoautomaticamente preenchidos, sem que o usuário precise saber o quesignifica cada um. A parte que o usuário precisa fazer manualmente é muitofácil: indicar a data e a hora, indicar o tipo dos drive de disquetes instalado,e finalmente usar o comando “Salvar & Sair”.

O que é exatamente o CMOS Setup

Para que serve exatamente o CMOS Setup? Antes de mais nada, este pro-grama deveria se chamar BIOS Setup, já que serve para definir opções defuncionamento do BIOS da placa de CPU. O principal objetivo do BIOS érealizar o controle do hardware. É responsável pelo acesso ao disco rígido,ao drive de disquetes, à impressora, e até mesmo aos chips VLSI e àmemória. A placa de vídeo não é controlada por este BIOS, já que elapossui o seu próprio, chamado BIOS VGA. Fica armazenado em umamemória ROM localizada na placa SVGA que ocupa normalmente 32 kB.

O BIOS da placa de CPU também é responsável pelo processo de “auto-teste” realizado quando o PC é ligado, ou quando pressionamos o botãoReset. Trata-se de um conjunto de testes que visam verificar se os principaiscomponentes do PC estão funcionando corretamente. É comum chamaresses testes de POST (Power on Self Test, ou seja, teste automático que éfeito quando o PC é ligado). Também é responsável por dar início aoprocesso de boot, ou seja, a carga do sistema operacional na memória.

Podemos ainda citar uma miscelânea de atividades que o BIOS realiza,como a proteção do PC contra ataque de alguns tipos de vírus, ogerenciamento de senhas, e ainda o gerenciamento do uso de energia, muitoimportante com PCs operados por bateria. Podemos então sintetizar asfunções do BIOS na seguinte lista:

Controle do hardware POST Dar início ao processo de boot Segurança contra vírus Proteção através de senhas

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-3

Gerenciamento do uso de energia

O BIOS da placa de CPU é capaz de realizar todas essas funções, sendo quea mais importante é o controle do hardware. O programa conhecido comoCMOS Setup serve para que o usuário defina algumas opções para arealização dessas funções. Por exemplo, entre as dezenas de opções doCMOS Setup, existe uma que está relacionada com o processo de boot:

Boot Sequence Options: A: C: / C: A:Esta opção exemplificada chama-se “Boot Sequence”, ou seja, seqüência deboot. Neste exemplo, pode ser programada de duas formas diferentes: “A:C:” ou “C: A:”. Ao ser usada a primeira opção, a primeira tentativa de bootserá feita pelo drive A. Caso não exista um disquete presente no drive A, oboot será feito pela segunda opção, ou seja, pelo drive C. Se usarmos aseqüência “C: A:”, será tentado o boot diretamente pelo drive C. Avantagem é que este processo é mais rápido, já que o BIOS não precisaperder tempo verificando se existe um disquete presente no drive A. Nessecaso, o boot pelo drive A só seria realizado como uma segunda opção, ouseja, se o disco rígido estiver defeituoso. Nos BIOS mais recentes, aseqüência de boot tem várias outras opções. Podemos escolher a ordementre dois discos rígidos, o drive de CD-ROM, o drive de disquetes e um ZIPDrive.

O CMOS Setup depende de diversos fatores:

Fabricante do BIOS. Podemos encontrar BIOS (e Setups) produzidos pelaAMI (American Megatrends, Inc.), Award e Phoenix.

Chipset. A principal função do BIOS é realizar o controle do hardware, oque inclui os chips VLSI existentes na placa de CPU. O CMOS Setup emgeral apresenta opções que definem a forma como o BIOS fará o controledesses chips. Por isso, placas de CPU diferentes possuem diferenças em seusSetups, mesmo que ambos os Setups sejam produzidos pelo mesmofabricante.

Processador. Os processadores usados nos PCs são compatíveis entre si.Todos são de classe x86, ou seja, compatíveis com a família do 8086,incluindo seus sucessores. Existem entretanto algumas diferenças que sãorefletidas no CMOS Setup. Por exemplo, as primeiras versões doprocessador Celeron não tinham cache L2. Desta forma, o CMOS Setup nãoapresentava o comando para habilitar e desabilitar a cache L2.

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25-4 Hardware Total

Versão do BIOS. O mesmo fabricante de BIOS pode criar (e normalmentecria) versões novas de seu BIOS genérico. Este BIOS genérico é adaptadoseparadamente para diversas placas de CPU. Existem portanto certasdistinções que não são devidas a diferenças no processador, nos chips VLSIou no fabricante, e sim na versão. Por exemplo, BIOS antigos estavamlimitados a utilizar discos IDE com no máximo 504 MB. Nos BIOS atuais,sempre encontraremos a função LBA (Logical Block Addressing), que dáacesso a discos IDE com mais de 504 MB. A maioria dos BIOS produzidosantes de 1998 não suportava discos rígidos com mais de 8 GB. Nas versõesatuais, esta barreira já foi eliminada.

Fabricante da placa de CPU. Os fabricantes de BIOS podem fazeradaptações e alterações requisitadas pelo fabricante da placa de CPU. Porexemplo, os grandes fabricantes em geral não deixam acesso a opções quedefinem a velocidade de acesso à memória. Normalmente determinam quaissão os parâmetros indicados e pedem ao fabricante do BIOS que programeesses parâmetros de forma fixa, eliminando-os do CMOS Setup.

*** 75%***Figura25.1

Tela de um Setupcom apresentaçãográfica.

Portanto, não se impressione quando você encontrar diferenças entre osSetups de PCs diferentes. Felizmente, apesar de existirem muitas diferenças,existem muito mais semelhanças. Por isso, podemos apresentar aquiexplicações genéricas que se aplicarão aos Setups da maioria dos PCs.

Apenas para ilustrar as semelhanças e diferenças entre Setups de PCsdiferentes, observe atentamente as figuras 1 e 2. São telas de Setupcompletamente diferentes. A da figura 1 tem uma apresentação gráfica e éproduzida pela AMI, enquanto a da figura 2 possui uma interface baseadaem texto, produzida pela Award. Note que não estamos afirmando que todos

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-5

os Setups AMI têm apresentação gráfica, nem que todos os da Award têmapresentação de texto.

*** 75%***Figura25.2

Tela de um Setupcom apresentaçãoem texto.

O Windows e o BIOS

Nos tempos do velho MS-DOS e do Windows 3.x (assim como em todas asversões anteriores ao Windows 95), a maior parte ou todo o controle dohardware era feito pelo BIOS. Atualmente a maioria das funções de controledo hardware que antes eram realizadas pelo BIOS são realizadas por driversdo Windows. O Windows controla o vídeo, o teclado, a impressora, o discorígido, o drive de CD-ROM e todo o restante do hardware. Entretanto istonão reduz a necessidade nem a importância do BIOS. Muitas das funções decontrole realizadas pelo Windows são feitas com a ajuda do BIOS, ou entãoa partir de informações do CMOS Setup. Além disso o BIOS precisacontinuar sendo capaz de controlar o hardware por conta própria, para ocaso de ser utilizado um sistema operacional que não controle o hardwarepor si mesmo. O BIOS também precisa ser capaz de realizar todo o controledo hardware antes do carregamento do Windows na memória. Por questõesde compatibilidade, o BIOS sempre será capaz de controlar sozinho a maiorparte do hardware, mesmo que o Windows seja capaz de fazer o mesmo edispensar os serviços do BIOS.

O funcionamento do CMOS SetupQuando fazemos o “Setup” de um software, uma das diversas ações exe-cutadas é a geração de um arquivo (ou de entradas no Registro doWindows) que contém informações sobre as opções de funcionamento dosoftware em questão. No caso do CMOS Setup, essas opções defuncionamento são armazenadas em um chip especial chamado CMOS, daívem o nome “CMOS Setup”.

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25-6 Hardware Total

“CMOS” é a abreviatura de “Complementary Metal Oxide Semiconductor”.O significado deste nome está relacionado com os materiais empregados naimplementação de circuitos integrados (Metal, Óxidos e Silício, que é osemicondutor usado). O termo “Complementar” é usado pois cada célulalógica emprega dois transistores “complementares”, ou seja, enquanto umdeles conduz corrente, o outro está cortado (não conduz), e vice-versa. Osdois estados que esses transistores assumem representam os bits “0” e “1”.Milhares dessas células são depositadas em uma minúscula pastilha medindocerca de 1 até 3 cm de lado (em muitos chips, esta medida é ainda menor).Uma das principais características dos chips baseados na tecnologia CMOS éseu baixo consumo de corrente. Muitos circuitos existentes na placa de CPUutilizam a tecnologia CMOS, entre eles, o chip usado para armazenar osdados que definem as opções de funcionamento do BIOS. Com o passar dotempo, este chip passou a ser conhecido como CMOS (mas tenha em menteque este não é o único chip que usa a tecnologia CMOS), e a operação dedefinir as opções de funcionamento do BIOS passou a ser conhecida como“CMOS Setup”, ou simplesmente “Setup”. Em certas placas de CPU, oCMOS é um chip independente, em outros casos, o CMOS está incorporadodentro de um dos chips VLSI da placa de CPU.

Na mesma memória ROM onde está armazenado o BIOS da placa de CPU,existe o programa usado para preencher os dados do CMOS, ou seja, para“fazer o Setup”. A execução deste programa normalmente é ativada atravésdo pressionamento de uma tecla específica (em geral DEL) durante acontagem de memória que é realizada quando ligamos o PC, ou entãoquando pressionamos a tecla Reset. Também podemos ativar o Setupusando a tecla DEL, logo depois que comandamos um boot pelo teclado,usando a seqüência CONTROL-ALT-DEL.

O programa Setup obtém os dados existentes no CMOS e os coloca na telapara que façamos as alterações desejadas, usando o teclado ou o mouse.Depois que terminamos, usamos um comando para armazenar essasalterações no CMOS. Normalmente este comando chama-se “Save and Exit”(Salvar a Sair), ou algo similar, como “Write to CMOS and Exit” (Gravar noCMOS e Sair).

O menu principal do CMOS SetupPodemos encontrar Setups com telas gráficas ou com telas de texto, comovimos nas figuras 1 e 2. Não importa qual seja o aspecto do Setup do seu PC,você sempre encontrará no manual da sua placa de CPU, informações sobre

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-7

o seu funcionamento. Mesmo que você tenha perdido o manual da sua placade CPU, é possível que você possa, através da Internet, obter uma cópia domanual do seu Setup. Você precisa fazer o seguinte:

1. Identifique qual é o fabricante do seu BIOS. Você poderá encontrar BIOSda AMI, Phoenix e Award.

2. Identifique a versão do seu BIOS. Normalmente esta informação éapresentada na tela que é exibida logo que o PC é ligado.

3. Uma vez sabendo o fabricante do seu BIOS e a sua versão, você podetentar acessá-lo pela Internet. Aqui estão alguns endereços que poderãoajudar:

AMI http://www.ami.comAward http://www.award.comPhoenix http://www.ptltd.com

Não espere encontrar explicações muito mais detalhadas que as existentes nomanual da sua placa de CPU. Em geral, será possível encontrar muitasexplicações sobre, por exemplo, o uso de senhas e outros itens mais simples,mas os itens mais complicados, como “RAS to CAS Delay” terão explicaçõesquase tão resumidas quanto as que existem no manual da placa de CPU.

Também é possível obter na Internet, uma cópia do manual da sua placa deCPU, no qual está explicado o CMOS Setup.

Não importa qual seja o fabricante e a versão do seu Setup, normalmentevocê encontrará certos comandos ou menus padronizados na sua telaprincipal. Vejamos a seguir quais são esses comandos:

Standard CMOS Setup

Aqui existem itens muito simples, como a definição do drive de disquetes, osparâmetros do disco rígido e o acerto do relógio permanente existente noCMOS.

Advanced CMOS Setup

Esta parte do Setup possui uma miscelânea de itens um pouco mais com-plicados, mas em geral fáceis. Por exemplo, temos aqui a seqüência de boot(A: C: ou C: A:), a definição da taxa de repetição do teclado, a ShadowRAM e diversos outros.

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25-8 Hardware Total

Advanced Chipset Setup

Nesta seção encontramos controles para diversas funções dos chips VLSIexistentes na placa de CPU. Muitos dos itens encontrados aqui estão rela-cionado com a temporização do acesso das memórias.

Peripheral Configuration

Através deste menu podemos atuar em várias opções relativas às interfacesexistentes na placa de CPU. Podemos por exemplo habilitar ou desabilitarqualquer uma delas, alterar seus endereços, e até mesmo definir certascaracterísticas de funcionamento.

PnP Configuration

Nesta seção existem alguns comandos que permitem atuar no modo defuncionamento dos dispositivos Plug and Play. Podemos, por exemplo,indicar quais interrupções de hardware estão sendo usadas por placas quenão são PnP.

Power Management

Este menu possui comandos relacionados com o gerenciamento de energia.Todas as placas de CPU modernas possuem suporte para esta função. Ogerenciamento de energia consiste em monitorar todos os eventos dehardware, e após detectar um determinado período sem a ocorrência denenhum evento, usar comandos para diminuir o consumo de energia.

Security

Em geral esta parte do Setup é muito simples. Consiste na definição desenhas que podem bloquear o uso do PC ou do Setup (ou ambos) porpessoas não autorizadas.

IDE Setup

No IDE Setup existem comandos que permitem detectar automaticamente osparâmetros dos discos rígidos instalados, bem como ativar certas carac-terísticas do seu funcionamento.

Anti Virus

Aqui temos a opção para monitorar as gravações no setor de boot do disco,uma área que é atacada pela maior parte dos vírus. Desta forma, o usuáriopode ser avisado quando algum vírus tentar realizar uma gravação no setorde boot.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-9

CPU PnP

Na verdade este nome não é muito adequado. Dispositivos Plug and Playdevem ser jumperless (ou seja, não usam jumpers para serem configurados),mas nem tudo o que é jumperless pode ser chamado de Plug and Play. Estemenu dá acessos a comandos que definem o clock interno e o clock externodo processador.

Load Defaults

Em geral o fabricante da placa de CPU apresenta dois conjuntos de valorespara o preenchimento automático de praticamente todos os itens do Setup.Um desses conjuntos, chamado às vezes de “Default ótimo”, é o que resultano maior desempenho possível, sem comprometer a confiabilidade do PC. Ooutro conjunto de valores é o “Default à prova de falhas”, que faz o PCoperar em baixa velocidade. Deve ser usado quando o PC apresenta falhas.

Best defaults

Em alguns setups existe o comando Best Defaults, que faz com que todos osparâmetros sejam programados com as opções que resultam no maiordesempenho, mas sem se preocupar com a confiabilidade e a estabilidade dofuncionamento do PC. Em geral este recurso funciona apenas quando sãoinstaladas memórias bastante rápidas. A opção Optimal Defaults é umaescolha mais sensata, pois resulta em desempenho alto, sem colocar em riscoo bom funcionamento do PC.

Power Up Control

Este menu possui vários comandos relacionados com operações deligamento e desligamento do PC. Por exemplo, podemos programá-lo paraser ligado automaticamente em um determinado horário, ou então quandoocorrer uma chamada pelo modem, ou quando chegarem dados através deuma rede local. Podemos escolher o que fazer quando ocorre um retorno nofornecimento de energia elétrica após uma queda, se o PC é ligadoautomaticamente ou se o usuário precisa pressionar o botão Power On.

Exit

Ao sair do programa Setup, temos sempre as opções de gravar as alteraçõesno CMOS antes de sair, ou então ignorar as alterações.

Para facilitar nosso estudo, dividimos o assunto em várias partes, comoStandard CMOS Setup, Advanced CMOS Setup, etc. Até neste ponto po-

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25-10 Hardware Total

demos encontrar diferenças entre os Setups de diversos PCs. Determinadositens podem ser encontrados em um grupo de um PC, e em outro grupo deoutros PCs. Por exemplo, o item Display Type, explicado adiante, poderá serencontrado em alguns casos no Standard CMOS Setup, e em outros casosno Advanced CMOS Setup.

A maioria dos itens do CMOS Setup podem ser programados com duasopções: Enabled (Habilitado) ou Disabled (Desabilitado). Existem entretantoitens que possuem opções diferentes, e até mesmo opções numéricas.

Standard CMOS SetupEsta parte do Setup é praticamente a mesma na maioria dos PCs. Possuicomandos para definir os seguintes itens:

Data e Hora Tipo do drive de disquete Parâmetros dos discos rígidos

Em alguns casos, o Standard CMOS Setup possui alguns comandos adici-onais, como:

Tipo de placa de vídeo Habilitação do teste do teclado Daylight Saving (horário de verão)

A figura 3 mostra um exemplo de Standard CMOS Setup. Podemosobservar que existem comandos para acertar o relógio (Date/Time), paradefinir os drives de disquetes A e B, para definir os parâmetros dos discosrígidos.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-11

*** 75%***Figura25.3

Exemplo deStandard CMOSSetup.

Date / Time

O primeiro comando que normalmente usamos é o acerto do relógio.Devemos usar as setas para selecionar o item a ser alterado, e a seguir, usaras teclas Page Up e Page Down para alterá-lo.

Floppy drive A/B ou Legacy Diskette A/B

Através deste comando, definimos o tipo dos drives A e B, ou seja, os drivesde disquetes. Existem as seguintes opções:

None (não instalado)360 kB (5¼” DD)720 kB (3½” DD)1.2 MB (5¼” HD)1.44 MB (3½” HD)2.88 MB (3½” ED)

Em um típico PC com apenas um drive de 1.44 MB instalado, devemosdeclarar A=1.44 MB e B=Not Installed. Setups mais recentes já chamam esteitem de “Legacy Diskette A/B”. O termo legacy significa legado, uma coisaantiga.

Floppy 3 mode support

Provavelmente você não irá utilizar este recurso. Faz com que o drive dedisquetes opere de modo compatível ao dos PCs japoneses, com capacidadede 1.2 MB, ao invés de 1.44 MB.

Hard Disk

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25-12 Hardware Total

Usado para o preenchimento dos parâmetros chamados de “GeometriaLógica” dos discos rígidos. Esses parâmetros são:

Cyln Número de cilindrosHead Número de cabeçasSect Número de setoresWPcom Cilindro de pré-compensação de gravaçãoLZone Zona de estacionamento das cabeças

Esses parâmetros podem ser obtidos no manual do disco rígido, ou podemosencontrá-los impressos na sua parte externa, ou ainda podem ser pre-enchidos automaticamente, através de um outro comando do Setup quenormalmente é chamado de Auto Detect Hard Disk.

Figura 25.4

Definindo os parâmetros do discorígido.

No Setup da figura 3, selecionamos o disco e teclamos ENTER. Seráapresentada a tela da figura 4. Podemos usar o comando IDE HDD AutoDetection, que fará com que os parâmetros sejam automaticamentepreenchidos. Podemos deixar o item IDE Primary Master programado comoAuto. Isto fará com que o HD tenha seus parâmetros detectados sempre queo PC for ligado. Se usarmos a opção USER poderemos preencher o númerode cilindros, cabeças, setores, etc.

O item Hard Disk não aparece necessariamente com este nome. Existemitens independentes para cada um dos discos rígidos possíveis. Na maioriadas placas de CPU, o CMOS Setup possui itens independentes para 4 discosrígidos, sendo que dois são conectados na interface IDE primária, e dois nasecundária. É comum encontrar esses itens com os nomes:

Primary Master Primary Slave Secondary Master Secondary Slave

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-13

Para cada um dos discos instalados, temos que definir seus parâmetros. Odisco Master ligado na interface IDE primária será reconhecido como sendoo drive C. O segundo disco (slave) da interface primária, caso exista, seráreconhecido como sendo o drive D. Discos rígidos IDE podem ser ligados dediversas formas diferentes, mas certas combinações não são permitidas. Porexemplo, não podemos instalar um único disco em uma interface,configurado como Slave. A tabela abaixo mostra as formas válidas de instalardiscos IDE, bem como os nomes que recebem do sistema operacional:

PrimaryMaster

PrimarySlave

SecondaryMaster

SecondarySlave

C - - -- - C -C D - -C - D -C D E -C - D EC D E F

Há muitos anos atrás (anos 80) a definição dos parâmetros disco rígido erafeita através da especificação de um único número (Hard Disk Type). Cadanúmero resultava em valores predefinindos para todos os parâmetros dodisco rígido. Isto foi feito desta forma no Setup do IBM PC AT, pois naépoca do seu lançamento, eram pouquíssimos os modelos de disco rígidoexistentes no mercado. Já que eram poucos, uma tabela foi implantada noBIOS, e bastava indicar qual o tipo do disco (no início, variava entre o tipo 1e o tipo 11), e automaticamente estariam definidos os seus parâmetros. Nosmanuais dos discos rígidos da época, existiam instruções como “Defina estedisco no Setup como Tipo 2...”. Com o passar do tempo, novos discos foramlançados e acrescentados na tabela de discos rígidos do BIOS. Chegou-se aum ponto em que os fabricantes de BIOS passaram a usar itensindependentes para preencher os parâmetros, ao invés de usar parâmetrosfixos. Em muitos Setups, os tipos de 1 a 46 são fixos, e o tipo 47, tambémchamado de “User Type”, é o único que permite o preenchimento individualdos parâmetros: Cyln, Head, Sect, WPcom e Lzone.

Em todos os Setups mais recentes, não existem os tipos de 1 a 46, já que sãoconsiderados obsoletos. Ao invés disso, possuem as opções User (permitem opreenchimento manual desses parâmetros pelo usuário) e Auto (faz opreenchimento automático dos parâmetros).

Discos SCSI

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25-14 Hardware Total

As placas controladoras SCSI possuem o seu próprio BIOS. O BIOS daplaca de CPU, por sua vez, está preparado para controlar apenas discos IDE,através das suas interfaces. Discos SCSI não devem ser declarados no CMOSSetup, ou seja, devem ser indicados como “Not Installed”. Muitos Setupspossuem, entre os tipos de discos rígidos, (1 a 47), um tipo adicional, que é oSCSI, que tem o mesmo efeito que indicar a opção “Not Installed”.

CD-ROM

Devemos usar esta opção quando conectamos um drive de CD-ROM emuma controladora IDE da placa de CPU. Caso esta opção não esteja pre-sente, devemos usar a opção “Not Installed”. Mesmo assim o o sistemaoperacional pode usá-lo sem problemas.

Daylight Saving

Alguns Setups possuem esta opção, que nada mais é que o acerto auto-mático do horário de verão. Este acerto é feito automaticamente pelo BIOSno início e no final do verão. Como no Brasil o horário de verão não respeitaessas datas, devemos deixar esta opção desabilitada.

Vídeo / Display Type

Alguns Setups possuem um campo para a indicação do tipo de placa devídeo. As opções são CGA, MDA e VGA. Nos PCs atuais usamos a opçãoVGA, que pode aparecer com outros nomes, como SVGA, EGA, MCGA,ou PGA. Todas elas são equivalentes.

Keyboard

Este item possui duas opções: Installed e Not Installed. Usar a opção NotInstalled, não significa que o teclado será ignorado, e sim, que não serátestado durante o boot. Em certos casos, dependendo do teclado e da fontede alimentação, é possível que o BIOS realize um teste de presença doteclado muito cedo, antes que o microprocessador existente dentro doteclado esteja pronto para receber comandos. O resultado é uma mensagemde erro na tela (Keyboard Error). Para solucionar este problema, basta mar-car este item com a opção Not Installed. Desta forma, o BIOS não testará oteclado após as operações de Reset, eliminando assim a mensagem de erro.O uso do teclado será inteiramente normal.

Também é comum usar este comando em PCs que operam como servidoresde arquivos. Por questões de segurança, esses PCs ficam a maior parte dotempo com o seu teclado trancado. Apenas o administrador da rede des-tranca o teclado quando é necessário usar o servidor. Quando o teclado está

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-15

trancado (ou ausente), é também apresentada a mensagem “Keyboard Error”nas operações de boot. Para eliminar o problema, basta usar a opção“Keyboard Not Installed” no CMOS Setup.

Advanced CMOS SetupOs itens apresentados nesta parte do Setup são mais ou menos comuns emtodos os PCs, seno independentes do processador e do chipset.

Full screen logo

Nem sempre este comando está localizado no Advanced CMOS Setup. Podeficar no Boot menu, encontrado em placas de CPU mais recentes. Ele servepara habilitar ou desabilitar a exibição de um logotipo de tela cheia que éapresentado durante o boot. Em muitas placas de CPU este logotipo podeser configurado para uso de um arquivo gráfico escolhido pelo usuário oupelo fabricante do PC. Neste caso, o CD-ROM que acompanha a placa deCPU possui o utilitário que faz esta programação.

Typematic Rate Programming

Serve para habilitar ou desabilitar a programação inicial que o BIOS fazsobre a taxa de repetição do teclado. Podemos então programar doisparâmetros: o Typematic Delay e o Typematic Rate, descritos a seguir. Étotalmente desnecessário utilizar este comando, pois tanto no MS-DOS comono Windows existem comandos para realizar esta programação.

Typematic Delay

Serve para indicar quanto tempo uma tecla deve ser mantida pressionadapara que sejam iniciadas as repetições. Os valores disponíveis são 0,25segundo, 0,50 segundo, 0,75 segundo e 1 segundo.

Typematic Rate Characters per Second

Aqui podemos regular a taxa de repetição, desde um valor mais lento (6caracteres por segundo) até um valor mais rápido (32 caracteres por se-gundo).

Hit Del Message Display

Em geral, durante a contagem de memória, é exibida na tela uma mensagemindicando qual é a tecla que deve ser pressionada para ativar o CMOSSetup. Pode aparecer como “Hit DEL to run Setup”, “Press F1 to run Setup”ou algo similar. Com este item, podemos desabilitar a exibição destamensagem, com o objetivo de afastar curiosos. Mesmo que a mensagem não

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25-16 Hardware Total

seja exibida, o PC continuará aceitando o pressionamento da tecla que ativao CMOS Setup.

Above 1 MB Memory Test

Durante as operações de boot, o BIOS realiza uma contagem de memória. Àmedida que esta contagem é feita, o BIOS faz também um rápido teste namemória. Apesar deste teste não ser capaz de detectar todos os tipos dedefeitos, seu uso é muito recomendável. Para usá-lo, devemos deixar esteitem na opção Enabled. É recomendável deixar este item habilitado.

Turbo Switch Function

Encontrado em Setups de placas de CPU antigas. Com este item, podemosindicar se a placa de CPU irá ou não obedecer ao botão de Turbo existenteno painel frontal do gabinete. Em uso normal, esta opção fica habilitada, e obotão de Turbo fica permanentemente pressionado. Lembre-se que amaioria das placas de CPU modernas não possuem conexão para Turbo,portanto seus Setups não possuem este item.

Virus Warning

Veja o item “Security”, explicado mais adiante. Na maioria dos PCs, estecomando ocupa um menu próprio no Setup, mas também pode estar dentrodo Advanced CMOS Setup.

Password Check

Habilita um pedido de senha para ter acesso ao PC. Em geral, são apresenta-das as opções “Setup” e “Always”. Ao escolher a opção “Setup”, só serápermitido ter acesso ao programa Setup mediante o fornecimento da senha.Entretanto, para executar o boot e fazer uso normal do PC, não será precisofornecer senha alguma. Por outro lado, se este item for programado com aopção “Always”, será preciso fornecer a senha, tanto para executar o Setup,como para realizar o boot e fazer uso normal do PC. Antes de utilizar esteitem, devemos realizar um cadastramento de senha, o que é feito através domenu “Security” ou “Password”.

Internal Cache (ou Level 1 cache)

Serve para habilitar e desabilitar o funcionamento da cache L1 doprocessador. Deixamos esta memória cache habilitada, exceto nos casos emque queremos que o PC diminua drasticamente sua velocidade, e quandorealizamos um check-up na memória DRAM.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-17

External Cache (ou Level 2 cache)

Habilita e desabilita a cache L2. Normalmente deixamos este item habilitado,a menos que seja nossa intenção diminuir drasticamente a velocidade do PC,ou fazer um check-up na memória DRAM.

Boot Sequence

O PCs executam o boot preferencialmente pelo drive A, e caso não sejapossível, o boot é feito pelo drive C. A maioria dos Setups possui este item,no qual encontramos as opções “A: C:” e “C: A:”. É vantajoso usar a opção“C: A:”, o que faz com que o boot seja mais rápido, já que não será perdidotempo checando a existência de um disquete no drive A. Esta checagemdemora alguns segundos, pois para que seja feita, é preciso ligar o motor dodrive. Se for preciso executar um boot pelo drive A, devemos alterar esteitem para “A: C:”. As placas de CPU modernas têm também podemexecutar um boot através de um CD-ROM. Este CD-ROM precisa estarconectado em uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, pois oBIOS não dá suporte direto a interfaces IDE existentes nas placas de som.Quando o BIOS pode executar o boot por um CD-ROM, este faz parte dasopções de seqüências de boot. É comum nas placas de CPU modernas, aexistência de outras opções de boot, como LS-120, ZIP Drive, um segundodisco rígido, discos SCSI e outros tipos de discos removíveis.

Try other boot devices

A seqüência de boot pode ser programada de diversas formas, alternandodrives de disquete, discos rígidos IDE, discos rígidos SCSI e até discosremovíveis. O boot só é tentado com todos os dispositivos da seqüênciaquando este item é programado com a opção YES.

S.M.A.R.T. for hard disks

Os discos rígidos modernos possuem um recurso chamado S.M.A.R.T. (Self-Monitoring Analysis Reliability Technology). Os discos mantêminternamente, relatórios sobre erros ocorridos em todas as suas operações.Por exemplo, quando ocorre um erro de leitura, todos os discos tentam lernovamente, fazendo um certo número de tentativas (retries). Quando emuma dessas tentativas, a operação é realizada com sucesso, dizemos queocorreu um soft error. Isto pode ser um indício de que o disco está comtendência a apresentar problemas. Quando depois das tentativas o erropersiste, dizemos que ocorreu um hard error. Todos os tipos de erros sãoregistrados pelo microprocessador existente no disco rígido, bastando quepara isso, seja ativada a opção S.M.A.R.T. for hard disks no CMOS Setup.Isto entretanto não é suficiente para usar a tecnologia SMART. É preciso

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25-18 Hardware Total

utilizar um software de gerenciamento (muitas vezes é fornecido junto com aplaca de CPU), capaz de obter do disco rígido, o seu relatório de erros.Quando o relatório apresenta erros, e quando esses erros aumentam com opassar do tempo, podemos considerar como um indício de que o discorígido tende a apresentar problemas mais sérios em um futuro próximo. Aidéia é providenciar um disco rígido novo, mas uma solução provisória podeser aumentar a freqüência dos backups.

PS/2 mouse support

Em um dos chips VLSI existentes nas placas e CPU modernas, existe umainterface própria para a conexão de um mouse padrão PS/2. Ligar o mousenesta interface pode ser vantajoso, já que deixa a COM1 e a COM2 livrespara outros dispositivos seriais. Basta então deixar este item na opçãoEnabled. Por outro lado, se o mouse padrão PS/2 não for utilizado, é melhordeixar este item na opção Disabled. Desta forma, estaremos deixando livre ainterrupção 12 (IRQ12), que poderá ser posteriormente utilizada nainstalação de novas placas de expansão.

BIOS Update

Nas placas de CPU atuais, é possível fazer a reprogramação da Flash ROMque armazena o BIOS. Por questões de segurança, algumas placas de CPUpossuem um jumper que habilita as operações de gravação na Flash ROM.Em outras placas, esta habilitação não é feita por um jumper, e sim, peloCMOS Setup. Em operação normal, e por questão de segurança, devemosdeixar este item desabilitado. Apenas se quisermos fazer um upgrade deBIOS habilitamos este item.

Floppy Disk Access Control

Este item permite habilitar ou desabilitar as operações de gravação emdisquetes. Em um PC normal, os drives de disquetes devem ficar habilitadostanto para leitura como para gravação. Em certos PCs nos quais as normasde segurança visam evitar que dados armazenados no disco rígido sejamcopiados através de disquetes, podemos programar o controle de acesso paraque faça apenas leituras.

Primary Master ARMD Emulated as

ARMD significa ATAPI Removable Media Device, ou seja, um dispositivode mídia removível, padrão ATAPI, como o LS-120 e o ZIP Drive IDE.Trata-se de um padrão que permite substituir os velhos drives de disquetes,por drives de discos removíveis de maior capacidade. Permite inclusive queo disco seja reconhecido pelo sistema como se fosse um drive A ou B, apesar

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-19

de ser de alta capacidade. É possível ler, gravar, formatar, realizar boot, eoutras operações comuns aos disquetes. Por outro lado, discos ARMDtambém podem ser reconhecidos pelo sistema como se fossem discos rígidosremovíveis. Este item do CMOS Setup indica como um disco removívelARMD será visto pelo sistema. As opções são Floppy e Hard Disk. Se vocêpossui drive de disquete comum, deixe o disco removível ser emulado comoum disco rígido. Se você optar por não instalar drives de disquetes comuns,deixe este item programado como Floppy, a menos que o fabricante dodisco especifique o contrário.

HDD Sequence SCSI/IDE First

Quando um PC tem discos SCSI e IDE, o boot é realizado pelo primeirodisco IDE (Primary Master). Não é possível desta forma realizar um bootpelo disco rígido SCSI. Apenas quando não existem discos IDE instalados, oboot é feito pelo disco rígido SCSI. Os BIOS mais recentes permitem alteraresta ordem, fazendo com que o boot possa ser realizado por um disco SCSI,mesmo que existam discos IDE presentes.

Initial Display Mode

Diz respeito ao que é exibido na tela logo que o PC é ligado. Pode serprogramado com duas opções: BIOS e Silent. Se usarmos BIOS, a tela seránormal, com contagem de memória, mensagens de configuração, etc. Com aopção Silent, a tela permanecerá inativa até que seja dado início à carga dosistema operacional.

Quick Power on Self Test

O boot dos PCs atuais é relativamente demorado. Vários testes são feitos noscomponentes da placa de CPU, incluindo uma contagem de memória, testesno processador, no chipset, nas interfaces, etc. Esse conjunto de testes échamado de POST (Power On Self Test). Desabilitando parcialmente essestestes tornará o boot mais rápido, mas eventuais defeitos não serãodetectados durante o POST. Para maior segurança, é melhor deixar estaopção desabilitada.

Quick Boot

Tem quase a mesma função que o Quick Power On Self Test. Ao serhabilitado, faz com que não seja feito o teste de memória, e o boot éexecutado pelo drive C, mesmo que exista um disquete no drive A.

Floppy drive Seek at boot

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25-20 Hardware Total

Durante o processo de boot, o BIOS comanda a execução de um comandosobre os drives de disquetes chamado recalibrate ou seek track 0. Consisteem mover as suas cabeças até a última trilha, e a seguir movê-las novamenteaté a trilha zero. Desta forma, a interface de drives poderá “saber” a trilhasobre a qual as cabeças estão posicionadas. Esta operação é vista como umaprecaução, pois em certos casos, ocorrem erros de acesso aos drives caso estaprovidência não seja tomada. Você pode desabilitar este comando, o quefará com que o boot seja um pouco mais rápido, pois não será perdidotempo com o recalibrate. Deixe habilitado apenas se tiver erros quando forexecutado o primeiro acesso ao drive de disquetes.

Boot Up Numeric Lock Status

Muitos Setups possuem o refinamento de permitir ao usuário escolher se oKeypad (teclado numérico) começa operando com os números (NumericLock On) ou com as funções (Numeric Lock Off).

Gate A20

Este item possui opções como Normal e Fast. A opção Normal semprefunciona. A opção Fast faz com que o acesso à memória HMA (os primeiros64 kB da memória estendida) seja um pouco mais rápido, mas nem semprefunciona. Tente usar no modo Fast, mas se ocorrerem problemas como errosna memória e travamentos no PC, reprograme este item com a opçãoNormal.

USB Function

Este comando habilita o funcionamento da interface USB (Universal SerialBus), existente na maioria das placas de CPU atuais. Se você não utilizadispositivos USB, pode deixar este item desabilitado.

USB Keyboard/mouse support

Faz com que um teclado ou mouse USB funcionem mesmo antes docarregamento do sistema operacional. O controle seria feito pelo próprioBIOS, e nesse caso o teclado e o mouse USB podem ser usados mesmo nomodo MS-DOS e em outras etapas pre-boot.

Video BIOS Shadow

Este comando faz com que o conteúdo do BIOS da placa SVGA seja copi-ado para uma área de memória DRAM. O processador desativa o BIOS daplaca SVGA e passa a usar a sua cópia na memória DRAM. Esta cópia éfeita a cada operação de boot. A vantagem em fazer esta cópia é que aDRAM é muito mais veloz que a ROM. Habilitar este item faz com que

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-21

jogos de ação em modo MS-DOS (Quake, Duke Nukem 3D, DOOM, WingCommander 3, etc) tenham gráficos mais rápidos.

System BIOS Shadow

Faz com que o conteúdo do BIOS da placa de CPU seja copiado para umaárea de memória DRAM. Uma vez feita a cópia, o BIOS verdadeiro é de-sativado, e passa a ser usada a sua cópia em DRAM. A vantagem em usareste recurso é a maior velocidade no processamento das funções do BIOS.Note que este item é muito importante para o desempenho do disco rígidono modo MS-DOS e no Windows 3.x. Nas demais versões do Windows, oacesso a disco não é feito pelo BIOS, e sim, por drivers que ficam namemória RAM. Mesmo que você não use programas no modo MS-DOSnem o Windows 3.x, deixe a shadow RAM habilitada, pois se não ajuda,também não atrapalha.

Adapter BIOS Shadow

Este comando é similar ao Video BIOS Shadow e ao System BIOS Shadow,explicados anteriormente. A diferença é que atua sobre outras áreas dememória, localizadas entre os endereços 800 k (Segmento de memória C800)e 960 k (Segmento de memória F000). Deve ser usado apenas quandoinstalamos alguma placa de expansão que possui um BIOS próprio, comopor exemplo, uma placa controladora SCSI. Como são raras as placas queutilizam ROMs, devemos deixar esta opção desabilitada.

Ao instalarmos uma placa que possui uma memória ROM, podemos usar,por exemplo, o programa MSD (Microsoft Diagnostics) para visualizar omapa de memória e saber quais são os endereços ocupados por ROMs. Esteprograma faz parte do Windows 3.1 e do MS-DOS 6.x. No Windows 9x, éencontrado no CD-ROM de instalação. O MSD apresenta um relatório queindica os endereços de memória onde existem ROMs, e desta forma,podemos habilitar os itens “Adaptor Shadow” para estes endereços.

A figura 5 mostra o aspecto dos itens que fazem a ativação de Shadow RAM.Normalmente encontramos itens individuais para ativação da Shadow RAMpara o BIOS da placa SVGA, para o BIOS da placa de CPU e para diversasáreas da memória superior, na qual residem as ROMs de placas deexpansão. Esta ativação é em geral feita por faixas. Como vemos na figura,existem diversas faixas de 16 kB, localizadas em endereços a partir dosegmento C800.

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25-22 Hardware Total

Figura 25.5

Ativação da Shadow RAM.

First / Second / Third / Fourth Boot Device

Certas placas de CPU apresentam as opções de seqüência de boot definidasde uma outra forma. Ao invés de apresentarem opções como “A: / C: / CD-ROM”, “C: / A: / CD-ROM” e todas as diversas combinações possíveis,apresentam 4 itens independentes, através dos quais podemos definir aprimeira, a segunda a terceira e a quarta opção de boot. Por exemplo, paraformar a seqüência “C: / A: / CD-ROM”, programamos a primeira opçãocom “C:”, a segunda com “A:” e a terceira com “CD-ROM”.

CPU Speed at Boot

Encontrado em PCs antigos. Este comando define qual é a velocidade doprocessador após o boot. As opções apresentadas são High (Alta) e Low(Baixa). Em geral deixamos selecionada a opção High. Em alguns raros casoseste item possui ainda a opção “Switch”, que faz com que seja obedecida aindicação da chave Turbo.

Hard Disk Pre-Delay

Alguns discos rígidos podem apresentar problemas quando o BIOS os testamuito cedo, antes que tenham atingido seu regime normal defuncionamento. O BIOS tenta identificar o modelo do disco, através de umcomando de interrogação, mas o disco não responde, por estar aindaocupado em sua inicialização. O resultado é um falso erro, que pode sermanifestado pela mensagem “HDD Controller Failure”. Com este comando,podemos selecionar um tempo (medido em segundos) a ser aguardado antesque o BIOS interrogue o disco rígido. Em geral, o tempo default funciona,mas em caso de problemas, podemos tentar usar o tempo máximo. Usuários“apressados” podem tentar diminuir este tempo, para que o boot seja maisrápido.

Processor Type

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-23

As placas de CPU modernas podem operar com diversos processadorescompatíveis. A maioria delas detecta automaticamente o processadorpresente, mas muitas delas, sobretudo as que usam processadores para oSoquete 7, podem apresentar em seus Setups, um item através do qualpodemos definir o processador empregado. Quando este item está presente,podemos encontrar opções como Intel, Cyrix, AMD e Auto. O default éAuto, o que faz com que o BIOS tente detectar o processador em uso. Casoesta auto detecção não funcione, podemos indicar diretamente qual é oprocessador instalado. Quando uma placa antiga não detecta umprocessador novo, e por esta razão apresenta problemas de mau funcio-namento, devemos adquirir uma nova placa de CPU, ou então tentar fazerum upgrade de BIOS.

Processor Speed (CPU Internal Core Speed)

Algumas placas de CPU possuem um comando no CMOS Setup parainformar o clock do processador. Para que para que isto funcione oprocessador tem que ser do tipo “não travado”, ou seja, não utilizarmultiplicadores fixos. Tome muito cuidado com este item. Se ele existe noseu CMOS Setup, especifique o valor correto do clock do seu processador.Se você utilizar um valor mais elevado, poderá danificá-lo, ou tornar ofuncionamento do PC instável.

Parity Check

Através deste item podemos habilitar ou desabilitar a checagem de paridaderealizada nas leituras da memória DRAM. Caso todas as memórias DRAMexistentes na placa de CPU possuam o bit de paridade (por exemplo,quando todos os módulos SIMM forem de 36 bits, e não de 32, e quando asmemórias DIMM forem de 72, e não de 64 bits) podemos deixar este itemhabilitado para que sejam usados esses bits. Quando pelo menos um módulode memória não possui bits de paridade, devemos deixar esta opçãodesabilitada, caso contrário, serão emitidos falsos erros de paridade.

Extended BIOS RAM Area

Este comando é encontrado em Setups de PCs antigos. Define uma área dememória RAM para armazenar os parâmetro do disco rígido “tipo 47”, ousejam do disco rígido com parâmetros definidos pelo usuário. Algumas vezesaparece com o nome “Hard Disk Type 47 RAM Area”. Suas opções sãoduas: “0:300” e “DOS 1 kB”. A opção “DOS 1 KB” é mais recomendável,pois evita possíveis incompatibilidades causadas pela outra opção. Estaopção fica sem efeito quando usamos o comando System BIOS Shadow, poisao ser feita a cópia do conteúdo do ROM BIOS para uma área de memória

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25-24 Hardware Total

RAM, os parâmetros do disco rígido tipo 47 são automaticamentearmazenados, sem a necessidade de usar uma área de RAM adicional.Portanto, desde que esteja em uso a opção System ROM Shadow, deixe esteitem programado como 0:300. Na verdade não será usada a área 0:300, masuma área dentro da RAM para a qual foi copiado o BIOS.

DMI Event log capacity

As placas de CPU modernas possuem um recurso chamado DMI (DesktopManagement Interface). Através dele, vários parâmetros críticos relacionadoscom o funcionamento do processador podem ser monitorados, como atemperatura do processador, rotação do ventilador, valores de voltagem, etc.Essas placas mantêm armazenadas na sua Flash ROM, um relatório desseseventos. O item DMI Event log capacity indica se há espaço disponível naFlash ROM para armazenar novos eventos. Quando não existe espaço, ousuário deve comandar o apagamento desses eventos para que sobre espaçopara armazenar eventos futuros.

View DMI Event log

Este comando faz com que seja exibido na tela, o relatório de eventos DMIarmazenados na Flash ROM.

Clear all DMI event logs

Limpa todos os eventos DMI armazenados na Flash ROM, deixando assim,espaço livre para armazenar novos eventos.

Event logging

Habilita a gravação de eventos DMI na Flash ROM. Deixe este item com aopção Enabled. Você poderá então usar um software gerenciador de DMIpara Windows, ou mesmo o CMOS Setup, para checar os eventosarmazenados. Este software em geral é fornecido no CD-ROM queacompanha a placa de CPU.

ECC Event logging

Ao ser habilitado, faz com que os eventos relativos à detecção e correção deerros na memória sejam armazenados na Flash ROM. A presença de eventosECC armazenados na Flash ROM indica que possivelmente existemproblemas na memória. Devemos então tomar providências, como porexemplo, não confiar 100% no PC, reduzir a velocidade dos acessos àmemória (Advanced Chipset Setup), e fazer backups com mais freqüência.Se os problemas persistirem, é recomendada a substituição das memórias.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-25

Advanced Chipset SetupPerigo !!!Alguns dos itens localizados no Advanced Chipset Setup devem permanecerobrigatoriamente com seus valores default, caso contrário, a placa de CPUpode experimentar problemas de funcionamento. Por exemplo, existemalguns itens que definem a velocidade de acesso às memórias. Se forutilizada uma velocidade acima da recomendada, o processador podereceber dados errados da memória, o que inviabiliza o seu funcionamento.Altere esses itens apenas se for estritamente necessário, e se você soubermuito bem o que está fazendo.

Nas explicações que se seguem, usaremos muito o termo envenenamento,talvez por não termos encontrado palavra melhor para descrever a idéia.Certos ajustes feitos no CMOS Setup resultam em aumento de velocidade,de forma totalmente segura. Por exemplo, usar o PIO Mode 4 nastransferências do disco rígido, ou o modo Ultra DMA 33/66/100, no caso dediscos rígidos que possuem este recurso. Isto não é envenenamento. É umaumento seguro de desempenho. Por outro lado, reduzir ao mínimo o tempodos ciclos de memória resulta em aumento de desempenho, mas podedeixar o PC operando de forma instável. Isto é um envenenamento. O PC,caso continue funcionando bem, ficará mais veloz, mas corremos o risco deinstabilidades, como travamentos ou os famigerados GPF’s (falha geral deproteção) no Windows. Quando algum item é envenenado, o procedimentocorreto é medir o desempenho do PC (usando programas medidores dedesempenho, como por exemplo, o Norton Sysinfo). Se o índice develocidade aumentar, significa que o envenenamento melhorou odesempenho. Resta agora testar o PC para verificar se seu funcionamentoestá normal, sem apresentar anomalias como GPFs e travamentos. Se essesproblemas ocorrerem, devemos reprogramar com seu valor original, o itemque foi envenenado. Por outro lado, se ao envenenarmos um determinadoitem, constatarmos que o índice de velocidade do PC foi inalterado, significaque não traz melhoramentos no desempenho, e não vale a pena ser usado.Voltamos então a usar o seu valor original.

Auto Configuration

Em todos os Setups, este item está ativado por default. Faz com que diversositens críticos relacionados com a velocidade de transferência de dados entreo processador e a memória sejam programados de modo adequado, além deficarem inacessíveis para alterações. Se você não quer ter problemas, deixe

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25-26 Hardware Total

esta opção habilitada. Se você quiser alterar a maioria dos itens descritos aseguir, será preciso desligar a Auto Configuração.

CPU Frequency

Permite escolher o clock externo a ser usado pelo processador. Em geral esteitem é programado através de jumpers da placa de CPU, mas muitas delaspodem operar em modo jumperless, com comandos do Setup substituindoos jumpers. O clock externo deve ser programado de acordo com oprocessador (66, 100, 133 MHz, etc.). Não esqueça que processadores Athlone Duron operam com DDR (Double Data Rate). Quando um Athlon, porexemplo, usa o “clock externo de 200 MHz”, está na verdade usando 100MHz com duas operações por ciclo.

DRAM to CPU Frequency Ratio

Tradicionalmente as placas de CPU têm operado com DRAM que usam omesmo clock externo usado pelo processador. Por exemplo, com 100 MHzexternos, usam memórias padrão PC100. Chipsets mais modernos podemsuportar diferentes velocidades para o processador e para a DRAM. Este é ochamado modo assíncrono. Um Celeron pode operar com clock externo de66 MHz mas usar memórias de 100 MHz. Um Pentium III pode ser deversão com clock externo de 100 MHz e operar com memórias de 133 MHz.Processadores Athlon de 100 MHz (200 MHz com DDR) pode utilizarmemórias de 100 ou 133 MHz, dependendo do chipset. Nas placas de CPUque apresentam este recurso, encontramos no CMOS Setup este item quepermite escolher a relação entre o clock do processador e o clock daDRAM. Use a opção 3:3 para que ambos usem o mesmo clock. Use a opção4:3 para casos em que memórias PC133 são usadas com processadores comclock externo de 100 MHz. Note que à medida em que são lançadosprocessadores com outros valores de clock externo, e memórias DRAM comnovas velocidades, este item tende a ser cada vez mais comum, e apresentarmais opções de configuração.

Spread Spectrum Modulation

As atuais placas de CPU geram sinais digitais de altas freqüências. A elevadaemissão eletromagnética pode causar interferências em outros aparelhos.Muitos chipsets modernos podem alterar a forma de onda desses sinaisdigitais, eliminando componentes de alta freqüência e reduzindo aintensidade das emissões eletromagnéticas. Deixe habilitado para que asemissões sejam minimizadas.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-27

SDRAM CAS LatencySDRAM RAS Precharge TimeSDRAM RAS to CAS Delay

Esses três itens são programados automaticamente quando usamos aconfiguração default para a SDRAM. Com ela, o BIOS consulta o chip SPD(Serial Presence Detection) de cada módulo SDRAM e programa esses trêsparâmetros de forma automática. Os três juntos definem os ciclos de leitura eescrita da SDRAM. Quando escolhemos a configuração manual (sem usar oSPD), podemos atuar individualmente sobre esses três itens. Reduzir essesparâmetros é uma forma de “envenenar” os acessos à memória. Isto pode serfeito com relativa segurança quando as memórias utilizadas são mais rápidasque as exigidas pela placa de CPU. Por exemplo, se uma placa só suportamemórias PC100, instalar memórias PC133 não traz aumento dedesempenho, a menos que possamos fazer essas três configurações de formamanual, utilizando valores mínimos. Os valores que resultam em maiordesempenho (se a memória suportar) são 2-1-1 (CL=2). Na prática nãousamos CL=1, pois normalmente não funciona. Usar valores maiores é umaforma de resolver problemas de travamentos, que podem ser causados porlentidão das memórias.

Byte Merge

Ao ser habilitado, este comando otimiza o desempenho das operações deescrita no barramento PCI, agrupando escritas de dados de 8 e 16 bits dentrode um único grupo de 32 bits. O barramento PCI opera com mais eficiêncianas operações de 32 bits, e as operações de 8 e 16 bits são mais lentas.Habilitar este item pode melhorar o desempenho de placas de vídeo,controladoras SCSI e IDE.

DRAM Read Latch Delay

Este parâmetro é um ajuste fino sobre o funcionamento do controlador dememória existente no chipset. São oferecidas opções como 0 ns, 0.5 ns, 1ns e2ns. Valores menores podem contribuir de forma indireta para um melhordesempenho. Com menor valor, pode ser viável reduzir a latência do CAS(CL), o que resulta em ciclos mais curtos. Valores maiores podem ajudar aresolver problemas de compatibilidade com certos chips de memória. Noteque o excesso de ajustes complexos são uma forma de compatibilizar a placade CPU com o maior número possível de chips de memória. O fabricante daplaca de CPU utiliza para todos esses itens, valores que foram testados eindicados como ideais para a maioria dos casos.

Video Memory Cache Mode

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As opções são UC (Uncacheable) e USWC (Uncacheable, Speculative WriteCombining). USWC é um novo método usado para “cachear” dados damemória de vídeo que pode resultar em aumento de desempenho gráfico.Deixe este item programado em USWC se quiser experimentar este aumentode desempenho, ou deixe em UC (Uncacheable) se tiver problemas nofuncionamento do vídeo.

High Priority PCI Mode

Permite estabelecer para um dos slots PCI (normalmente o slot 1, localizadomais à direita) uma maior prioridade sobre os demais. Certas placas deexpansão que operam com elevada taxa de transferência são beneficiadascom esta configuração: controladoras SCSI e controladores Firewire (IEEE-1394).

Clk Gen for Empty PCI slot / DIMM

Quando está habilitado, o chipset vai deixar ativados os sinais de clock dosslots PCI e soquetes de memória vazios. Não é necessária a geração desteclock para soquetes e slots vazios, portanto ao desabilitarmos este item,estaremos reduzindo o consumo de energia e a emissão eletromagnética.

Linear Burst

Este item é encontrado em Setups de placas de CPU para Soquete 7. Podeser habilitado quando a placa tem um processador Cyrix. Essesprocessadores possuem um modo de transferência de dados da cache L2mais eficiente, chamado Linear Burst. Deixe portanto este item habilitadopara processadroes Cyrix (6x86, 6x86MX, MII) e desativado paraprocessadores Intel e AMD.

ISA Bus Clock

Em geral, podemos programar o clock do barramento ISA, em função doclock do barramento PCI. Para isto, definimos no Setup um número divisor.O clock de barramento ISA deve ser ajustado para um valor próximo a 8MHz. Como o barramento PCI pode operar com 25, 30 e 33 MHz, usamosos divisores 3 e 4 para obter o clock adequado. Tome como base a tabelaabaixo.

Clock PCI Divisor Clock ISA25 MHz 3 8,33 MHz30 MHz 4 7,50 MHz33 MHz 4 8,33 MHz

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-29

Por exemplo, um Celeron/633 opera com um clock externo de 66 MHz.Logo, seu barramento PCI opera com 33 MHz. Devemos então aplicar odivisor 4 para chegar ao clock ISA de 8,33 MHz.

EDO Autoconfiguration

Este item é encontrado em PCs antigos, que usavam memória EDO. Oschips que fazem o controle da memória, seja ela FPM DRAM, EDO DRAMou SDRAM, ou até mesmo a SRAM que forma a cache externa, precisamter configurados diversos parâmetros: temporização dos ciclos de leitura e deescrita, tempo decorrido entre os sinais RAS e CAS, tempo decorrido entreos sinais RAS e MA, e diversos outros. A opção EDO Autoconfiguration faza programação automática de todos esses parâmetros, fazendo com que asmemórias EDO DRAM funcionem, talvez não da forma mais rápida, mas deuma forma segura e com velocidade razoável. Quando desabilitamos esteitem, podemos atuar individualmente nos diversos itens que regulam oacesso à memória EDO DRAM, mas este tipo de regulagem pode causarmau funcionamento, caso seja feito de forma errada. Normalmente essasregulagens permitem aumentar um pouco o desempenho do PC, mas se oacesso ficar muito rápido, a memória pode não suportar e apresentar erros.

SDRAM Autoconfiguration

Assim como ocorre com a EDO DRAM, a SDRAM também precisa ter seusparâmetros de acesso regulados no chipset. Deixando o item SDRAMAutoconfiguration programado com a opção Enabled, esses parâmetrosserão programados com valores seguros, e permitindo um acessosuficientemente veloz. Para “envenenar” o acesso à SDRAM, este item deveficar em Disabled, e cada um dos parâmetros de acesso devem ser ajustadosmanualmente. Isto pode resultar em aumento de desempenho, mas tambémpode fazer o PC ficar instável, apresentando travamentos e outros erros.

SDRAM Autosizing Support

Habilita o reconhecimento automático da capacidade dos módulos dememória, de acordo com as informações presentes no chip SPD. Deixe esteitem habilitado.

Cache Read Cycle

Este parâmetro define a temporização das operações de leitura da memóriacache externa pelo processador. É encontrado nos Setups de placas de CPUque possuem cache L2 externa. De todos os itens do Advanced ChipsetSetup, este é o que tem mais impacto sobre o desempenho total do PC. Ahabilidade de transferir dados em alta velocidade da cache externa para o

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25-30 Hardware Total

processador, garante que a sua cache interna terá sempre instruções prontaspara serem executadas, e dados prontos para serem processados. Cadatransferência de dados da cache externa para o processador é feita por umgrupo de 4 leituras consecutivas, cada uma delas fornecendo 64 bits. Emgeral, este ciclo de leitura é marcado por 4 números, como 3-2-2-2, 2-2-2-2, 2-1-1-1, etc. Cada um desses números indica quantas unidades de tempo sãogastas em cada leitura. A unidade de tempo usada nessas operações é o“período”, notado pelo símbolo “T”. O valor de T é calculado a partir doclock externo do processador:

Clock Externo T50 MHz 20 ns60 MHz 16,6 ns66 MHz 15 ns100 MHz 10 ns

De todas as opções apresentadas para este item, a que possui menoresnúmeros resulta em maior velocidade. Por exemplo, “3-1-1-1” é mais rápidoque “3-2-2-2”. Entretanto, é preciso verificar se esses números menoresrealmente podem ser usados. Se o tempo destinado às leituras da cache formuito pequeno, o PC pode simplesmente não funcionar, devido a erros deleitura na memória cache. Quando usamos a auto-configuração noAdvanced Chipset Setup, este item, assim como todos os outros relacionadoscom o acesso da memória, são programados com valores default eficientes eseguros. O uso de valores mais “apertados” é considerado um“envenenamento”, e pode não funcionar.

Cache Write Wait State

Também é encontrado nos Setups de placas de CPU que possuem cache L2externa. As opções apresentadas são “0 WS” e “1 WS”. Serve para aplicaruma prorrogação no tempo para operações de escrita na memória cache ex-terna. Digamos que as leituras sejam feitas em modo 3-2-2-2, o que significa,três ciclos para a primeira leitura e dois ciclos para cada uma das outras trêsleituras consecutivas (lembre-se que os dados da cache são lidos em 4 gruposde 64 bits). As transferências de dados do processador para a cache externapodem seguir esses mesmos tempos, caso usemos a opção “0 WS”, ou podeutilizar um estado a mais, caso usemos a opção “1 WS”. No caso, o ciclo deescrita na cache obedeceria ao padrão 4-3-3-3. Em geral, podemos usar aopção “0 WS”, fazendo com que as escritas e leituras na cache externa sejamfeitas na mesma velocidade.

DRAM Read Cycle

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-31

Assim como ocorre com a memória cache, as memórias DRAM tambémoperam com ciclos de 4 leituras ou escritas consecutivas. Este item do Setupdefine quantos períodos de tempo são usados em cada uma das leituras. Porexemplo, o esquema 7-3-3-3 indica que são usados 7T para ter acesso aoprimeiro grupo de 64 bits, e 3T para cada uma das outras três leiturasseguintes. Memórias EDO DRAM podem operar com valores menores (porexemplo, 6-2-2-2) que no caso das memórias DRAM comuns, e memóriasSDRAM podem usar ciclos ainda mais rápidos, como 3-1-1-1. Em geral, oBIOS detecta automaticamente o tipo de DRAM usada e programa este ciclode leitura, levando em conta a segurança e a eficiência. Este é umenvenenamento que em geral não vale a pena ser feito, já que odesempenho da cache tem um papel muito mais significativo que odesempenho da DRAM.

DRAM Write Wait State

Assim como ocorre nas leituras, as operações de escrita na DRAM tambémsão feitas em seqüências de 4 grupos de 64 bits (apesar de também poderemser feitas escritas individuais). Este item possui duas opções: “0 WS” e “1WS”. Quando é usado “0 WS”, o ciclo de escrita na DRAM segue a mesmatemporização do ciclo de leitura. Quando usamos “1 WS”, as escritas terãoum tempo adicional de um período.

RAS to CAS Delay

Os endereços de memória são enviados para a DRAM em duas etapas,chamadas de “linha” e “coluna”, que são acompanhados dos sinais RAS eCAS. Este item do Setup serve para definir o tempo entre o RAS e o CAS.Um tempo menor pode fazer com que os dados da DRAM sejam lidos maisrapidamente, mas este envenenamento não vale a pena ser tentado. Lem-bramos mais uma vez que a cache tem um papel muito mais significativo quea DRAM no que diz respeito ao desempenho.

DRAM Write CAS Pulse

Depois que o sinal CAS chega à DRAM, este deve permanecer ativo du-rante um certo intervalo de tempo. Quanto menor for este intervalo, maiscedo terminará o ciclo de acesso à memória DRAM, mas por outro lado, istopode fazer o funcionamento do PC ficar instável. É recomendável deixar esteitem programado na opção default, que é preenchida na Auto Configuração.

DRAM CAS Precharge Time

Aqui está mais um item que deve ser preferencialmente deixado com suaprogramação default, caso contrário o funcionamento da memória poderá

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25-32 Hardware Total

ficar instável. Quando uma célula de memória é lida, seu conteúdo éapagado, mas é automaticamente re-escrito. O Precharge Time é o temponecessário para fazer esta correção. Usando um tempo menor, o tempo totalusado no ciclo de acesso à memória será menor.

DRAM RAS to MA Delay

Os endereços enviados para a memória DRAM são divididos em duaspartes, chamadas de linha e coluna. A divisão do endereço completo emduas partes que são enviadas, uma de cada vez, é chamada de multiple-xação. O Sinal MA (Multiplex Address) serve para substituir o endereço delinha pelo endereço de coluna. Este item do Setup serve para indicar, quantotempo após a ativação do sinal RAS, será feita a multiplexação, ou seja, oenvio do endereço de coluna. É recomendável deixar este item no mododefault.

SDRAM RAS to CAS Delay

Para uma DRAM funcionar, seja ela FPM DRAM ou EDO DRAM, necessitada ativação seqüenciada de 3 sinais digitais: RAS (Row Address Strobe), MA(Multiplex Address) e CAS (Column Address Strobe). A SDRAM utilizaapenas dois desses sinais: RAS e CAS, já que o seu sinal MA é geradointernamente. Este parâmetro define o intervalo de tempo entre os sinaisRAS e CAS. Quanto menor é o intervalo, mais rápido será o funcionamentodas memórias, mas também pode ocorrer mau funcionamento. Usar valoresdefault, ou valores médios, representa a opção mais segura. Por exemplo, seforem apresentadas as opções 2 e 3, escolha 3 para que o funcionamento sejaseguro. Escolha 2 se você quer aumentar o desempenho, mas isto deve serconsiderado como um teste. Poderá deixar assim se o PC não apresentarproblemas de mau funcionamento.

SDRAM RAS Precharge Time

Este parâmetro é mais um envenenamento. As memórias DRAM, seja qualfor o tipo, necessitam de um período de pré-carga (Precharge Time) antes deserem acessadas. Se este período não for respeitado, podem ser apagados osbits armazenados. Usar valores menores é um envenenamento, ou seja, faz oPC ficar mais rápido, mas pode causar instabilidades no funcionamento.

SDRAM Timing Latency

Pode ser programado com duas opções: Manual e Auto. Ao usarmos aopção manual, podemos ter acesso aos parâmetros que definem atemporização das memórias.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-33

DRAM Speed

Algumas placas de CPU possuem a capacidade de programar automati-camente todos os itens relacionados com a temporização da DRAM, bas-tando que para isto seja fornecida a sua velocidade, ou seja, o seu tempo deacesso. Memórias mais rápidas suportam uma temporização mais “apertada”que memórias mais lentas.

Em PCs que usam memórias SDRAM, este item pode oferecer opções comoPC100/PC133, ou 100 MHz / 125 MHz / 133 MHz / 143 MHz / 166 MHz.Pode ainda aparecer com indicações de velocidade em ns (10 ns / 8 ns / 7.5ns / 7 ns / 6 ns).

DRAM Slow Refresh

Este item provoca um pequeno aumento no desempenho da DRAM. A ope-ração de Refresh consiste em uma seqüência interminável de leituras feitasna DRAM. Se essas leituras cessarem, os dados da DRAM são apagados,pois em geral ficam estáveis por apenas alguns milésimos de segundo.Antigamente, as DRAMs precisavam ser lidas uma vez a cada 2 ms(milésimos de segundo). As DRAMs atuais podem ser lidas em intervalos detempo maiores, como 16 ms. Essas leituras provocam uma pequena perda dedesempenho na DRAM, em geral inferior a 5%. Com o comando SlowRefresh, este período pode ser mais longo, o que faz com que a perda dedesempenho seja menor. Em geral podemos habilitar este item, pois asDRAMs modernas o suportam.

L2 Cache Policy

A memória cache externa pode operar de dois modos: Write Through eWrite Back. No primeiro método, a cache externa acelera apenas as ope-rações de leitura, e no segundo método, acelera também as operações deescrita. O segundo método oferece melhor desempenho que o primeiro, edeve ser preferencialmente utilizado.

ISA Linear Frame Buffer Address

Este item é necessário na instalação de algumas placas digitalizadoras devídeo padrão ISA. Se o seu PC não possui placas deste tipo, deixe-odesabilitado. Placas digitalizadoras de vídeo possuem uma área de memóriapara onde os dados são continuamente transferidos durante o processo dedigitalização. Esta área é chamada de Frame Buffer. O processador precisaler esses dados digitalizados para que sejam transferidos para o disco duranteo processo de digitalização. Muitas dessas placas exigem que este bufferfique localizado entre os endereços 15M e 16M. Algumas utilizam um buffer

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25-34 Hardware Total

com 1,5 MB, sendo então necessária a sua localização entre os endereços14M e 16M. Para evitar que esta área de memória, localizada na placadigitalizadora de vídeo, entre em conflito com a DRAM, muitas placas deCPU possuem comandos que desabilitam uma área de memória DRAM.Esses comandos indicam o endereço (ISA Linear Frame Buffer Address) e oseu tamanho (ISA Linear Frame Buffer Size). Por exemplo, se umadeterminada placa digitalizadora de vídeo possui um Frame Buffer com 1MB, devemos fazer o seguinte:

a) Programar o endereço do Linear Frame Buffer (LFB) na placa digitali-zadora para 15 M.b) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Address para 15M.c) Programar no CMOS Setup o item ISA LFB Size para 1 MB.

Esta programação cria um “buraco” na memória DRAM, por isso é chamadaem alguns Setups de “Memory Hole”. Em geral, podemos utilizar uma outraárea para realizar as leituras do Frame Buffer. Podemos acessá-lo através deuma janela de pequeno tamanho, localizada na memória superior. Destaforma, não estaremos criando uma descontinuidade na memória DRAM.

ISA LFB Size

Este item é o ISA Linear Frame Buffer Size, que opera em conjunto com oISA Linear Frame Buffer Address, já explicado acima.

Video Pallete Snoop

Você provavelmente deixará este item desabilitado. Existem algumas placasSVGA especiais que são instaladas em conjunto com outra placa SVGA.Podemos ter uma placa SVGA no barramento ISA e outra no barramentoPCI. Uma placa pode estar apresentando a imagem normal, enquanto aoutra apresenta, por exemplo, um filme exibido em uma janela. Em certoscasos, podem ocorrer problemas devido a incompatibilidades geradas poracessos simultâneos às duas placas. Com esta opção habilitada, o problemapode ser resolvido.

AGP Aperture Size

Indica qual é o espaço da memória DRAM da placa de CPU que pode serusado por uma placa de vídeo AGP para armazenamento de texturas. Sãonormalmente oferecidas opções como 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB,128 MB e 256 MB. Usar um valor muito grande significa que os programasgráficos têm permissão para usar mais memória. Valores mais baixos limitamo espaço de memória a ser usada para este fim. Uma boa aproximação éusar aqui, metade do tamanho da memória RAM disponível. Não significa

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-35

que todo esse espaço será usado para armazenamento de texturas, eleapenas especifica um limite máximo, quando estiverem em execuçãoprogramas gráficos tridimensionais. Durante o uso desses programas, ofuncionamento deverá ser normal se você escolher para este parâmetro, ametade do tamanho total da memória. Se ocorrerem problemas de falta dememória para o programa, você pode diminuir este parâmetro no CMOSSetup, deixando assim menos memória livre para as texturas e mais memórialivre para os programas. Se o problema for falta de memória para armazenartexturas, você terá polígonos em branco na execução dos programas gráficos.Aumente então este parâmetro no CMOS Setup. Se nenhum dos dois ajustesfuncionar, experimente reduzir a resolução gráfica dos programastridimensionais em uso.

Latency Timer (PCI Clocks)

Este é um importante parâmetro do barramento PCI. Em geral deve serdeixado na sua opção default. Serve para definir um limite de tempo má-ximo para que uma interface assuma o controle do barramento PCI. Umavez que uma interface tenha assumido o controle do barramento, ela terádireito a um período limitado de tempo para realizar sua transferência dedados. Ao término deste período, caso a transferência não tenha terminado,será provisoriamente suspensa para dar chance de outras interfaces reali-zarem suas transferências. Cada uma dessas transferências será tambémlimitada pelo Latency Timer. Depois que as outras interfaces terminaremsuas transferências (mesmo que não terminem, serão suspensas para con-tinuar depois), a interface que teve sua transferência paralisada pelo términodo seu período reservado pelo Latency Timer, poderá prosseguir de ondeparou. Este mecanismo evita que uma interface assuma o controle dobarramento PCI por um período muito longo, prejudicando outras interfacesque precisam realizar suas transferências.

O Latency Timer é programado em número de clocks PCI. Por exemplo emum barramento PCI de 33 MHz, cada período dura 30 ns. Ao programar oLatency Timer com o valor 32, estaremos dando a cada interface, o intervalode 960 ns para que realizem suas transferências. Se a transferência nãoterminar neste tempo, será suspensa enquanto a interface aguarda a sua vezpara continuar. Você encontrará nos Setups, opções para programar oLatency Timer com valores como 32, 64, 96, 128, até um máximo de 256.Em geral podemos optar pelas opções mais baixas, como 32 ou 64, que sãoinclusive os valores default usados pelo Setup.

PCI Burst

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O barramento PCI pode operar com transferências em modo Burst. Nastransferências normais, o circuito que requisita a transferência deve fornecero endereço a ser acessado, e a seguir fornecer (ou receber) o dado. Astransferências em modo Burst, por sua vez, precisam que seja fornecidoapenas o endereço inicial, e a seguir, uma longa seqüência de dados étransmitida, sem que os endereços precisem ser novamente fornecidos. Estesistema é usado, por exemplo, para transferir dados para a memória devídeo das placas SVGA, ou para transferir dados para a interface IDE.Entretanto, certas placas PCI podem não suportar transferências neste modo.Se forem observados problemas, por exemplo, nas imagens exibidas na tela,devemos desabilitar o item PCI Burst, o que fará com que as transferênciassejam realizadas no modo convencional.

System BIOS Cacheable

Este item define se a área de memória ocupada pelo BIOS da placa de CPUdeve ser ou não acelerada pela memória cache. Lembre-se que esta ROM écopiada para a DRAM, um mecanismo chamado Shadow RAM. Istoprovoca um grande aumento de desempenho no processamento do BIOS.Com o item System BIOS Cacheable, o conteúdo do BIOS da placa deCPU, além de ser acelerado pela cópia para a DRAM, é ainda aceleradopela memória cache. Isto provocará uma melhora no desempenho do BIOS,o que é refletido, por exemplo, na elevada taxa de transferência externa dodisco rígido quando operando em modo MS-DOS (em jogos, por exemplo).

Video BIOS Cacheable

É análogo ao item System BIOS Cacheable, exceto no que diz respeito aoBIOS da placa SVGA. Deve ser sempre habilitado, o que causará melhoriana velocidade de operação deste BIOS. Devemos deixar este item desabili-tado, por exemplo, quando usamos uma placa SVGA antiga, de 16 bits, quenão suporta a alta velocidade dos processadores modernos.

8 bit I/O Recovery Time

Placas de expansão ISA podem não suportar a alta velocidade de operaçãodos processadores modernos. Mesmo com os seus ciclos de leitura e escritasendo feitos na velocidade correta (a 8 MHz, como requer o barramentoISA), essas placas podem necessitar de um pequeno intervalo de tempoantes que estejam prontas para permitir a próxima operação de leitura ouescrita. Em geral, as operações de leitura e escrita no barramento ISAdemoram 250 ns. Uma determinada placa pode precisar de um tempo de,digamos, cerca de 250 ns até que esteja pronta para a próxima operação.Este tempo é chamado de “Recovery Time”. Os processadores modernos

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-37

são capazes de realizar transferências de E/S seqüenciais, uma após a outra,sem descanso. Possuem instruções como “envie todos esses bytes para umdeterminado endereço de E/S, em seqüência”. Essa instrução é chamada deOUTSB (transmite seqüência de bytes para endereço de E/S), mas existemainda outras: OUTSW (transmite seqüência de words para E/S), INSB(recebe seqüência de bytes) e INSW (recebe seqüência de words). A placapode apresentar erros nessas operações, e para que não ocorram, é precisofazer com que o processador realize pausas automaticamente quando estiverexecutando essas instruções especiais de E/S. Para isto, os Setups possuem aopção I/O Recovery Time. Muitos Setups possuem um único comando paraeste fim, outros possuem dois comandos independentes, um para operaçõesde E/S de 8 bits, e outro para operações de E/S de 16 bits. As opções sãodadas em número de clocks. Em geral, podemos usar o valor mínimo, já queresulta em maior velocidade de transferência de dados. Se forem observadosproblemas de mau funcionamento em placas ISA, devemos tentar programareste item com o seu valor máximo. As opções são medidas em número deperíodos de clock. Podemos encontrar, por exemplo, valores desde 1 clk até8 clk.

16 bit I/O Recovery Time

Este item é análogo ao 8 bit I/O Recovery Time, exceto que diz respeitoapenas às operações de E/S envolvendo 16 bits. Não diz necessariamenterespeito a placas ISA de 16 bits. Mesmo sendo uma placa ISA de 16 bits,quase sempre possuem endereços de E/S que são acessados em grupos de 8bits.

Turbo Read Pipelining

Aqui o termo “Pipelining” aplica-se a ciclos especiais de aceso à memória, noqual um grupo de 4 acessos é imediatamente seguido por outro. Parececomplicado. Vejamos então outra forma de explicação. Os ciclos de acesso àmemória DRAM consistem em 4 leituras consecutivas de grupos de 64 bits.Os tempos para essas leituras são medidos em períodos de clock. Digamosque a memória esteja operando no esquema 7-2-2-2, ou seja, são 7 períodospara ler o primeiro grupo de 64 bits mais dois ciclos para ler cada um dostrês grupos seguintes. Logo depois de fazer uma transferência de 4 grupos de64 bits, inicia-se em geral a transferência de mais 4 grupos de 64 bits. Estenovo ciclo, em condições normais, teria que respeitar a mesma temporizaçãodo ciclo anterior, ou seja, 7-2-2-2. Entretanto, as memórias DRAM sãocapazes de transmitir longas seqüências em FPM (Fast Page Mode), desdeque solicitadas. Podem realizar, por exemplo, uma transferência com a tem-porização 7-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2-2, e para isto basta que o chipcontrolador do seu acesso solicite este tipo de transferência. Este modo de

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operação, no qual um ciclo de leitura é “emendado” com o seguinte, échamado de Pipelined Read. Caso exista esta opção no seu Setup, habilite-a,pois é segura e causa melhoria no desempenho da DRAM.

Peer Concurrency

Este item, ao ser habilitado, permite que existam transferências sendorealizadas no barramento PCI, ao mesmo tempo em que existem transferên-cias sendo realizadas entre o processador, a DRAM e a cache externa. Aoser habilitado, oferece um sensível aumento no desempenho do sistema.

Extended Cacheability

Existe uma limitação nos chipsets antigos para processadores Pentium esimilares (Soquete 7) no que diz respeito à área de memória sobre a qual acache atua. Certos chipsets podem fazer com que a cache L2 atue apenasnos primeiros 64 MB. Qualquer área de memória DRAM que ultrapasse estevalor não será acelerada pela cache. Outros chipsets podem manter a cacheatuando sobre uma área maior, desde que seja indicado no Setup, qual é afaixa de DRAM a ser “cacheada”. Este item deve ser programado com omenor valor possível que seja superior à quantidade de memória DRAMinstalada.

Low CPU Clock

Todas as placas de CPU antigas podem operar em duas velocidades, umaalta e uma baixa. Nos velhos tempos das placas de CPU que operavam com16, 20, 25 ou 33 MHz, a velocidade baixa era em geral obtida com um clockde 8 MHz, ou outro valor próximo. Muitas placas de CPU modernas ativamsua baixa velocidade pela desabilitação total da cache interna e da externa.Existem ainda placas que desabilitam ambas as caches, e ainda diminuem ovalor do seu clock. Pois bem, várias dessas placas permitem que sejaescolhido o valor do clock de baixa velocidade, em geral através de umafração do clock máximo. Por exemplo, em um Pentium-200, programar o“Low CPU Clock” com um fator 1/20, resultará em um clock de baixavelocidade em torno de 10 MHz. O processador estará operando em altavelocidade até que seja depressionado o botão Turbo, passando então avigorar este valor baixo de clock programado.

DRAM are xx bits wide

Este parâmetro define o número de bits da memória DRAM. As opções são64 e 72. Para completar 72 bits, é preciso usar memórias com paridade.Memórias DIMM/168 com paridade fornecem 72 bits, ao invés de 64, ememórias SIMM/72 com paridade fornecem 36 bits cada, ao invés de 32.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-39

Esses bits adicionais podem ser usados para implementar uma técnicachamada ECC (Error Correction Code). Desta forma, eventuais erros namemória podem ser detectados, e em alguns casos, até corrigidos. Para istonão basta que a memória opere com 72 bits, mas também que o chipset sejacapaz de usar o ECC.

Data integrity Mode

Este item indica como os 8 bits adicionais (dos 72, são 64 para dados e 8para checagem) serão usados. Com a opção Disabled, esses bits serãoignorados. Com a opção ECC, será feita a detecção e correção dos erros,através de técnicas especiais de hardware. Com a opção EC (às vezeschamada de Parity), será apenas feita uma checagem de erro usando umatécnica chamada paridade. Esta técnica não permite corrigir erros, apenasdetectar, sendo menos eficiente que o ECC. Se você utiliza memórias de 72bits, é melhor usar a opção ECC.

Legacy USB Support

Deixe este item desabilitado. É habilitado apenas para permitir o uso dedispositivos USB antigos. Como você provavelmente vai utilizar dispositivosUSB de fabricação recente (os antigos são bastante raros), não seránecessário ativar o suporte a dispositivos USB antigos.

PCI / PnP SetupAs placas de CPU modernas possuem todos os recursos do padrão Plug andPlay (PnP). Entretanto, nem sempre são utilizadas em sistemas 100% PnP.Podem ser usados sistemas operacionais que não são PnP (MS-DOS,Windows 3.x, OS/2), e também podem operar em conjunto com placas deexpansão ISA que não são PnP. Seja qual for o caso, certos ajustes precisamser feitos manualmente, e para isto essas placas possuem uma parte do seuSetup dedicado à definição de itens relacionados com as placas PCI (sãotodas elas PnP) e placas ISA, sejam elas PnP ou não.

Boot with PnP OS / PnP Aware OS

O BIOS PnP pode operar de duas formas diferentes: Gerenciar sozinho aconfiguração automática de dispositivos PnP, ou dividir esta tarefa com oSistema Operacional, desde que este sistema também seja PnP. Este item(Boot with PnP Operating System) deve ser habilitado caso esteja em uso umsistema operacional PnP, como o Windows 95 /98/ME ou Windows 2000.

PCI Slot 1 / 2 / 3 / 4 IRQ Priority

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25-40 Hardware Total

As placas de CPU com barramento PCI têm condições de associar de formaautomática, uma interrupção para cada um dos seus 4 slots PCI. Essas inter-rupções são chamadas de INTA, INTB, INTC e INTD. O usuário podeprogramar este item com a opção Auto, e deixar que o BIOS escolha asinterrupções a serem utilizadas. Muitos Setups nem mesmo permitem que ousuário interfira sobre esta escolha. Por outro lado, existem Setups quepermitem que o usuário forneça certas informações, que devem serobrigatoriamente utilizadas pelo BIOS. Podemos, por exemplo, interferirdiretamente na escolha e no uso das interrupções. Se nosso PC for 100% PnP,a melhor coisa a fazer é deixar todos os itens relacionados com o PnP naopção Auto. Caso estejamos instalando algumas placas de expansão que nãosejam PnP, teremos que fazer certas configurações de forma manual, comopor exemplo, o uso das interrupções. Nesse caso, é importante que o Setupofereça recursos para o selecionamento manual de diversos dos seus itens,como é o caso daquele que define o uso das interrupções.

Este item deve ser preferencialmente programado na opção Auto, a menosque desejemos, em conseqüência da instalação de placas não PnP, direcionarmanualmente uma interrupção específica para um slot PCI.

IRQ 3 / 4 / 5 / 6 / 7 / 9 / 10 / 11 / 12 / 14 / 15

Esses itens são necessários para possibilitar a instalação de placas ISA quenão sejam PnP. Placas ISA PnP (Ex: Sound Blaster 16 PnP) não necessitamque o usuário defina linhas de interrupção (IRQ) e canais de DMA. Estadefinição é feita automaticamente pelo BIOS e pelo sistema operacional queseja PnP. Entretanto, podemos precisar instalar placas ISA não PnP. Nestecaso, precisamos indicar no CMOS Setup quais são as interrupções e canaisde DMA ocupados por essas placas, caso contrário, o BIOS provavelmentenão detectará que esses recursos estão ocupados, e os destinará a outrasplacas. O resultado será um conflito de hardware. Esta série de itens servempara indicar se cada uma dessas interrupções está sendo usada por umaplaca ISA não PnP, ou se está livre para ser usada por algum dispositivo PnP.Digamos por exemplo que estejamos utilizando uma placa de som ISA, nãoPnP, configurada com IRQ5, e uma placa de rede, ISA, não PnP,configurada com IRQ10. A programação desses itens deve ser portanto feitada seguinte forma:

IRQ5: ISAIRQ10: ISADemais IRQs: PCI / PnP

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-41

DMA Channel 0 / 1 / 3 / 5 / 6 / 7

Assim como determinadas interrupções podem estar ocupadas por placasISA não PnP, o mesmo pode ocorrer com canais de DMA. Muitos Setupspossuem itens para a indicação de cada um dos canais de DMA, informandoao BIOS se estão em uso por alguma placa ISA não PnP, ou se estão livrespara serem usados por dispositivos PnP. Digamos por exemplo queestejamos utilizando uma placa de som não PnP, ocupando os canais DMA1e DMA5 (o caso típico da Sound Blaster 16 não PnP). Devemos entãoprogramar esses itens da seguinte forma:

DMA1: ISADMA5: ISADemais canais: PCI / PnP

Reserved Memory Size

É utilizado quando o PC possui placas de expansão ISA não PnP, dotadas dememórias ROM (não incluindo as placas SVGA). Um típico exemplo é odas placas controladoras SCSI e placas de rede com boot remoto (ambas emversões não PnP). Para instalar essas placas em um PC PnP, é preciso indicarno Setup qual é a faixa de endereços reservada para as suas ROMs. Osendereços das ROMs dessas placas devem ser selecionados manualmente,através de jumpers. No CMOS Setup, devemos indicar, tanto o endereçocomo o tamanho reservado para essas ROMs. Em geral temos para otamanho (Reserved Memory Size), as opções Disabled, 16 kB, 32 kB e 64 kB.Como a grande maioria das placas de expansão não utilizam ROMs,podemos deixar este item na opção Disabled.

Reserved Memory Address

Aqui é indicado o endereço inicial reservado para as ROMs de placas deexpansão ISA não PnP, como explicado acima. Em geral são apresentadasopções como C000, C400, C800, CC00, D000, D400, D800 e DC00. Seuvalor default é C800, o endereço da área localizada logo após a ROM daplaca SVGA.

Assign IRQ to PCI VGA Card

Este item faz com que a placa de vídeo tenha a ela destinada uma IRQ.Como norma geral, devemos deixá-lo habilitado, ou seja, deixar a placa devídeo utilizar uma IRQ. Caso precisemos futuramente realizar a instalação deuma nova placa de interface e não existirem IRQs livres, podemos tentarfazer a placa de vídeo operar sem usar IRQ (algumas placas o permitem),deixando assim uma interrupção livre para a nova instalação.

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25-42 Hardware Total

Peripheral ConfigurationEsta parte do Setup define vários parâmetros de funcionamento das inter-faces existentes na placa de CPU: Seriais, paralela, interfaces IDE e interfacepara drives de disquetes. Muitos desses itens podem ser programados com aopção Auto, deixando por conta do BIOS a programação. Para usuáriosmais avançados, a possibilidade de usar valores default diferentes pode seruma característica muito oportuna, para possibilitar certos tipos de expansão.

AGP 1x / 2x / 4x / 8x Mode

As primeiras placas de CPU equipadas com slots AGP podiam operarapenas no modo 1x, com taxa de transferência de 266 MB/s. Posteriormentesurgiram placas AGP 2x, 4x e 8x. Quando uma placa AGP é instalada noseu slot, é utilizado automaticamente o modo mais veloz permitidosimultaneamente pela placa 3D e pela placa de CPU. Podemos entretantousar este item para reduzir a velocidade máxima suportada pelo slot AGP daplaca de CPU. Por exemplo, slots capazes de operar em até 4x podem ter avelocidade reduzida para 2x ou 1x. Este ajuste pode ser necessário pararesolver problemas de compatibilidade com certas placas AGP.

AGP Read/Write WS

Este item, ao ser ativado, faz com que a placa AGP adicione um estado deespera (Wait State) ao acessar dados da memória DRAM. Pode sernecessária a sua ativação em casos de problemas no funcionamento demodos 3D.

Onboard AC97 Modem ControllerOnboard AC97 Audio Controller

Muitas placas de CPU modernas, mesmo as de alto desempenho, possuemcircuitos de áudio embutidos. Algumas possuem também circuitos demodem. Podemos através do Setup, habilitar essas interfaces para quepossamos usá-las, ou então desabilitá-las para permitir a instalação de placasde expansão correspondentes.

Game Port Function

Na maioria das placas de CPU com áudio onboard, encontramos tambémuma interface para joystick. Este comando permite habilitar e desabilitar estainterface.

Sound Blaster Emulation

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-43

A compatibilidade com placas Sound Blaster é um requisito importante parasonorizar programas que operam no modo MS-DOS. Várias placas de CPUcom áudio onboard podem operar neste modo de compatibilidade. Nestecaso devemos habilitar a “emulação de Sound Blaster”.

Sound Blaster I/O Address, IRQ e DMA

A seção “Sound Blaster” é um dispositivo de legado, ou seja, não opera emmodo Plug and Play. Por isso precisa que seus recursos de hardware sejamconfigurados manualmente. A configuração padrão para esses recursos é:

Endereço 220 IRQ 5 DMA 1 (8 bits) e 5 (16 bits)

Alguns programas antigos para MS-DOS só funcionam com a configuraçãopadrão, portanto ela é a mais recomendável.

MPU 401 / MPU 401 Base Address

A MPU 401 é uma UART (interface serial) existente nas placas SoundBlaster. Todas as placas de som possuem um circuito semelhante. Nas placasde CPU com som onboard, compatível com a Sound Blaster, podemoshabilitar ou desabilitar este circuito, bem como escolher o seu endereço. Eledeve ser desabilitado se quisermos instalar uma placa de som avulsa. Seusarmos o som onboard, deixamos a MPU 401 habilitada. O seu endereçopadrão é 300.

FM Enable

Este é mais um recurso das placas Sound Blaster. Trata-se do sintetizadorMIDI, usado para gerar os sons dos instrumentos musicais. Para totalcompatibilidade com as placas Sound Blaster, este item deve ficar habilitado.O endereço da interface é 388.

Onboard Video

São bastante comuns atualmente as placas de CPU com vídeo onboard. Amaioria dessas placas de CPU permite a instalação de uma placa de vídeoavulsa, PCI ou AGP. Podemos então desabilitar totalmente os circuitos devídeo onboard. A seqüência de operações a serem feitas é a seguinte:

1) Ainda com o vídeo onboard, desabilitamos este item no CMOS Setup.2) Usamos o comando Salvar e Sair.

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25-44 Hardware Total

3) Depois de alguns segundos, desligamos o PC.4) Instalamos a nova placa de vídeo e nela ligamos o monitor.5) Ligamos o PC e a nova placa de vídeo estará ativa.

Video Sequence (PCI/AGP)

Muitas placas de CPU com vídeo onboard não permitem que este vídeo sejadesabilitado, apesar de ser possível a instalação de uma placa de vídeoavulsa. Ambos os circuitos de vídeo ficarão ativos, mas temos que definirqual deles é o primário, ou seja, o que é usado como padrão. Muitas dessasplacas não possuem slot AGP. O vídeo onboard é internamente ligado aobarramento AGP através do chipset, e apenas placas PCI podem serinstaladas. Neste caso, AGP é sinônimo de onboard, e PCI é sinônimo deplaca avulsa. Usamos a seqüência PCI/AGP para usar como padrão, a placade vídeo avulsa. Note que esta combinação PCI/AGP não é geral. Existemplacas de CPU com vídeo onboard e ainda equipadas com slot AGP. Nessescasos, este item do Setup aparece com outros nomes, como “Onboard /AGP”.

On Board IDE Ports

As placas de CPU modernas possuem duas interfaces IDE, sendo uma pri-mária e outra secundária. Assim como várias outras interfaces existentesnessas placas de CPU, as interfaces IDE podem ser habilitadas ou desabili-tadas. Por exemplo, se não estivermos usando a interface secundária, po-demos desabilitá-la, evitando assim que uma interrupção (em geral a IRQ15)seja ocupada desnecessariamente. Da mesma forma, podemos utilizarinterfaces IDE existentes em placas de expansão, e neste caso, devemosdesabilitar as interfaces IDE da placa de CPU. Este item em geral possuiopções como:

None Primary Only Secondary Only Both (ambas ficam ativas)

IDE 0 Master Mode

Como sabemos, os dispositivos IDE podem realizar transferências de dadosem vários modos, desde o PIO Mode 0 (o mais lento) até o PIO Mode 4 ouUltra DMA 33/66/100 (os mais rápidos). Certos chipsets permitem que umainterface opere em um modo, enquanto a outra interface opera em outromodo. Por exemplo, podemos ter a interface primária operando em PIOMode 4, e a secundária operando em PIO Mode 0. Ao ligarmos em uma

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-45

mesma interface, dois dispositivos IDE, sendo um capaz de operar em Mode4, e outro mais antigo, capaz de operar apenas em Mode 0, podem ocorrerproblemas de mau funcionamento (isto ocorre com o chipset i430FX, masnos chipsets mais modernos, a mistura é permitida). O BIOS fará então aredução automática de velocidade desta interface para o Mode 0, o que pre-judica o desempenho dos dispositivos mais velozes. Uma solução para esteproblema é usar os dispositivos rápidos em uma interface (Ex: discos rígidos)e os dispositivos mais lentos (Ex: Drives de CD-ROM que são IDE mas nãoEnhanced IDE) na interface secundária.

Os chipsets mais modernos são capazes de utilizar, mesmo dentro de umamesma interface IDE, dispositivos operando em diferentes velocidades.Quando o chipset possui esta capacidade, existem itens que definem a ve-locidade de operação dos dispositivos Master e Slave de cada uma dasinterfaces IDE, de forma independente.

IDE 0 Slave ModeIDE 1 Master ModeIDE 1 Slave Mode

Estes três itens têm a mesma explicação do item anterior. Servem paradefinir individualmente a taxa de transferência de cada um dos possíveisdispositivos IDE.

Multi-sector transfers / IDE HDD Block Mode

Habilita as transferências de dados em “Block Mode”, ou seja, são transfe-ridos múltiplos setores, ao invés de apenas um de cada vez. Isto resulta emaumento no desempenho do disco rígido.

On Board FDC

Habilita ou desabilita a interface para drives de disquetes existente na placade CPU. Devemos desabilitar esta interface caso desejemos utilizar umainterface para drives existente em uma placa de expansão.

On Board Serial Port 1/2

Na verdade são dois itens, um para a primeira e outro para a segunda portaserial existente na placa de CPU. Esses itens servem para habilitar oudesabilitar cada uma dessas interfaces. Em certos casos especiais, podemosquerer desabilitar uma delas. Por exemplo, quando um PC possui muitasplacas de expansão e todas as interrupções de hardware já estão ocupadas,será preciso desabilitiar a segunda porta serial para permitir a instalação deuma placa fax/modem.

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25-46 Hardware Total

On Board Parallel Port

Este item habilita ou desabilita a interface paralela existente na placa deCPU. Em geral podemos deixar esta interface habilitada, mas em certoscasos especiais, quando temos muitas placas de expansão instaladas e todasas interrupções de hardware estão ocupadas, desabilitar a porta paralela(caso o PC não possua impressora) pode ser a melhor forma de conseguiruma interrupção livre.

On Board Printer Mode

As interfaces paralelas existentes nas placas de CPU modernas podem operarem três modos: Normal, EPP e ECP. Através deste item, escolhemos o mododesejado. O modo ECP é o mais indicado para as impressoras modernas,desde que elas estejam ligadas ao PC através de um cabo apropriado. Estecabo possui a indicação “IEEE 1284” no seu conector ou ao longo do fio.Quando usamos um cabo comum, devemos programar a porta paralela parao modo Normal ou Compatible, caso contrário poderão ocorrer problemasno funcionamento da impressora.

Parallel Port Address

As portas paralelas podem ocupar três endereços de E/S diferentes: 378, 278e 3BC. Graças a este endereçamento, um PC pode ter até três portasparalelas, chamadas respectivamente de LPT1, LPT2 e LPT3. Desde que ainterface paralela da placa de CPU seja a única existente no PC, qualquerum dos três endereços pode ser escolhido. Caso façamos a instalação de umaplaca de expansão que já possua uma interface paralela, precisamosdescobrir o seu endereço (em geral selecionado através de jumpers), econfigurar a interface paralela da placa de CPU com um endereço diferente.Podemos entretanto fazer o contrário, ou seja, deixar inalterado o endereçoda porta paralela da placa de CPU, e alterar o endereço da porta paralela naplaca de expansão.

Serial Port 1/2 IRQ

Com esses dois itens, selecionamos as interrupções usadas pelas duasinterfaces seriais. O padrão é COM1/IRQ4 e COM2/IRQ3, mas podemosutilizar outras interrupções.

Parallel Port IRQ

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-47

A porta paralela pode utilizar a IRQ7, caso esteja configurada com o ende-reço 378, ou a IRQ5, caso esteja configurada com o endereço 278. Entre-tanto, outras interrupções podem ser usadas.

Parallel Port DMA Channel

Quando a porta paralela opera em modo ECP, devemos indicar um canal deDMA para a realização de suas transferências. É usado um canal de 8 bits.Como o canal 2 está sempre ocupado pela interface de drives, as opções sãoDMA0, DMA1 e DMA3. Em geral, podemos usar qualquer uma delas. Casovocê possua alguma placa de interface que opere com DMA, você deveevitar o canal correspondente. Por exemplo, as placas de som utilizam emgeral o canal DMA1, e portanto você deve evitar o seu uso, optando peloscanais 0 ou 3.

UART 2 use Infrared

Placas de CPU atuais permitem que a COM2 possa ser usada para aconexão de dispositivos que fazem transmissão por raios infravermelhos.Uma pequena placa é encaixada em um conector da placa de CPU, relativoà COM2. Esta placa é ligada a um fio, na extremidade do qual existe umtransmissor e um receptor infravermelhos. Desta forma, um mouse sem fiopode transmitir dados para o PC. Outros dispositivos podem fazertransmissão e recepção. Se não quisermos programar a COM2 para operarcom dispositivos infravermelhos, deixamos este item na opção Disabled.

Primary Master DMA Mode

Aqui é indicado se o disco rígido IDE irá operar em modo DMA. Os discosIDE de fabricação mais recente podem trabalhar no modo Ultra DMA33/66/100, que resultam na taxa de transferência de 33 MB/s, 66 MB/s e 100MB/s, respectivamente. Esses discos rígidos são anunciados no comérciocomo Ultra DMA, Ultra ATA ou Ultra IDE. Modelos um pouco maisantigos, que tipicamente operam em PIO Mode 4 (16,6 MB/s) podem serprogramados para operar no modo Multiword DMA type 2.

Discos rígidos mais novos podem operar em modos Ultra DMA. Os modosUltra DMA mais comuns são o 2, 4 e 5 (33 MB/s, 66 MB/s e 100 MB/s), masexistem ainda os modos 0, 1 e 3, menos usados (16,6 MB/s, 25 MB/s e 44MB/s). Este item do Setup permite escolher o modo DMA máximo que ainterface IDE irá utilizar.

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Primary Slave DMA ModeSecondary Master DMA ModeSecondary Slave DMA Mode

Tem o mesmo significado que o Primary Master DMA Mode, exceto queaplicam-se aos demais dispositivos IDE presentes.

SecurityEm geral, esta parte do Setup possui apenas dois comandos, sendo um paracadastramento de senha, e outro relacionado com detecção de vírus.

Password

Tome muito cuidado para não cadastrar uma senha e depois esquecê-la.Você poderá ficar impossibilitado de usar o Setup, ou então de executar umboot e usar o Setup, dependendo de como está programado o itemPassword Checking Option, no Advanced CMOS Setup. Se você pretendeusar uma senha, anote-a em um local seguro. Quando o usuário esquece asenha, é preciso apagar os dados do chip CMOS. Isto faz com que a senhaseja desligada, mas será preciso reprogramar todo o Setup novamente. Omanual da placa de CPU sempre traz instruções sobre como realizar estaoperação.

Quando usamos o comando Password, o Setup nos pede que seja digitadauma senha, apresentando a mensagem Enter New Password. Depois dedigitada, é apresentada a mensagem Re-Enter New Password. É precisodigitá-la novamente, para confirmação. Caso já tenha sido anteriormentecadastrada uma senha, o Setup pedirá antes que seja digitada a senha atual,apresentando a mensagem Enter Current Password. Sem saber a senhaantiga, não é possível cadastrar uma senha nova. Se quisermos desabilitar asenha, basta responder ENTER à pergunta Enter New Password.

Depois que a senha estiver cadastrada, a checagem será feita de acordo como item Password Checking Option, definido no Advanced CMOS Setup.Programe este item da seguinte forma:

Setup, se você quer que seja pedida a senha apenas para uso do CMOSSetup. Desta forma, qualquer um poderá usar o PC, mas apenas mediante ofornecimento da senha será possível utilizar o Setup.

Always. A senha será sempre requisitada, tanto para executar um boot,como para acessar o Setup.

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-49

Anti Virus

Quase todos os BIOS são capazes de detectar possíveis contaminações porvírus de PC, através do monitoramento das operações de escrita no setor deboot e na tabela de partições do disco rígido. Essas áreas são monitoradasporque a maioria dos vírus se instalam nelas. Quando deixamos esta opçãohabilitada, qualquer operação de gravação em uma dessas áreas éimediatamente seguida de uma mensagem alertando o usuário sobre umapossível contaminação, e perguntando se a operação deve ou não serrealizada. Em geral, o usuário pode escolher três caminhos: Permitir agravação, não permitir a gravação ou executar um boot. A gravação deve serpermitida apenas quando estão em uso programas que realmente gravamnessas áreas, como por exemplo, o FDISK e o FORMAT, usados noprocesso de inicialização do disco rígido. Também durante a instalação desistemas operacionais ocorrem essas gravações, que devem ser permitidas.Por outro lado, se a mensagem alerta sobre vírus ocorre durante o uso deprogramas comuns, a melhor coisa a fazer é executar um boot e tomarprovidências para detectar e eliminar eventuais vírus existentes no PC.

IDE SetupEsta parte do Setup contém itens relacionados com as interfaces IDE e comos discos rígidos. Alguns desses itens podem ser encontrados em outraspartes do Setup, como no Advanced CMOS Setup e no PeripheralConfiguration Setup.

Auto Detect Hard Disk

Este comando realiza a detecção automática de todos os discos rígidosinstalados, seja na interface IDE primária, seja na secundária. Sempre serãodetectados os parâmetros relacionados com a geometria lógica do disco,como o número de cilindros, cabeças e setores. Em geral, outros parâmetroscomo LBA, Block Mode, PIO Mode e 32 bit transfers poderão ser tambémdetectados. Entretanto, nada impede que esses itens sejam detectados eprogramados por comandos independentes do IDE Setup. Certos Setupspossuem um único comando que faz a detecção de todos os discos IDEinstalados. Outros possuem comandos independentes para a detecção dos 4dispositivos possíveis: Primary Master, Primary Slave, Secondary Master eSecondary Slave.

LBA Mode

Em geral este recurso é aplicado de forma independente para cada um dos 4possíveis discos IDE. Serve para ativar o Logical Block Addressing, a funçãoque permite o endereçamento de discos com mais de 504 MB. Como os PCs

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25-50 Hardware Total

modernos sempre utilizarão discos com capacidades acima deste valor, oLBA deve permanecer sempre habilitado. Deixe este item desabilitadoapenas se for instalar discos rígidos muito antigos, com menos de 504 MB.

IDE Block Mode

Este recurso ativa transferências de dados em bloco. Ao invés do discotransferir um setor de cada vez, transfere uma seqüência de vários setores.Contribui para aumentar a taxa de transferência externa do disco rígido.

IDE PIO Mode

Permite o selecionamento da taxa de transferência do disco. O mais lento é oPIO Mode 0, usado nos discos rígidos antigos. O mais veloz é o PIO Mode4, que chega a 16,6 MB/s. Todos os atuais discos IDE, chamados de EIDE ouFast ATA-2, podem suportar o PIO Mode 4. No caso do usuário desejaraproveitar um disco rígido um pouco mais antigo (aqueles velhos modelosabaixo de 500 MB), provavelmente não poderá usar o PIO Mode 4, maspoderá tentar usar modos mais velozes que o PIO Mode 0, como os modos1, 2 e 3. Note que os discos rígidos mais novos não utilizam mais os modosPIO. Operam em modos DMA (ATA-33, ATA-66 e ATA-100).

IDE 32 bit Transfers

Este comando faz com que as interfaces IDE passem a receber e transmitirdados para o processador em grupos de 32 bits, ao invés de apenas 16.Podemos desta forma conseguir um pequeno aumento na taxa detransferência externa.

Power ManagementOs PCs modernos possuem um recurso que até pouco tempo atrás só estavadisponível em PCes portáteis: o gerenciamento de energia. Consiste em umamonitoração do uso do PC, e ao detectar inatividade durante um períodopreestabelecido, colocar o PC e seus dispositivos em estados de baixoconsumo de energia. É um procedimento muito similar ao usado nos“Screen Savers” (economizadores de tela). A diferença é que, ao invés desimplesmente prolongar a vida do monitor, o objetivo principal é a economiade energia. Existem ainda funções para ligamento automático do PC, desdeque ocorram determinados eventos.

Nos PCs portáteis, o gerenciamento de energia tem como principal objetivo,prolongar a autonomia da bateria. Nos PCs comuns (chamados de“Desktops”), a economia de energia também é importante. O resultado é

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-51

imediatamente refletido na conta de energia elétrica. Pode parecer poucopara quem possui apenas um PC, mas é muito para empresas que possuemcentenas, e até milhares de PCs.

O monitoramento das atividades não é feito apenas no teclado do mouse,como ocorre com os protetores de tela. Os chipsets usados nas placas deCPU são capazes de monitorar por hardware, linhas de interrupção e canaisde DMA, dando ao usuário maior flexibilidade nos critérios para oativamento de modos de baixo consumo.

Modo Standby

Neste modo, ocorre uma boa redução no consumo de energia. Menos temposerá preciso para que o equipamento volte ao estado “ligado”. Um monitor,por exemplo, ao ser colocado em estado “standby”, inibe o amplificador devídeo, fazendo com que a tela fique escura, mas mantém em funcionamentoa maioria dos seus circuitos internos. Com o simples toque em uma tecla, ouo movimento do mouse, ou qualquer atividade, o monitor volta ao seuestado normal, em poucos segundos.

Power Management

Este é o comando que ativa as funções de gerenciamento de energia. Suasopções são Enabled e Disabled. Quando desabilitado, o PC não estaráusando os recursos de gerenciamento, e todos os itens seguintes do PowerManagement Setup ficarão inativos e inacessíveis. Ao habilitar este item,teremos acesso aos itens seguintes.

Remote Power On

O Windows permite que o PC seja ligado, desde que esteja em modoStandby ou Suspend, caso ocorra uma chamada a partir de um modemexterno. Esta opção serve para permitir que essas chamadas “acordem” o PCpara que faça o atendimento. O PC pode por exemplo, ser ligadoautomaticamente para receber um fax, e depois de algum tempo voltar a“dormir”.

RTC Alarm Resume from Soft OFF

Este item é usado para programar uma data e hora para que o PC seja ligadoautomaticamente.

ACPI Aware OS

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25-52 Hardware Total

Aqui deve ser indicado se o sistema operacional possui suporte para ACPI(Advanced Configuration and Power Interface). É o caso do Windows 98 esuperiores, mas não do Windows 95. Este recurso é necessário para que oPC possa realizar um Instant On, ou seja, voltar ao funcionamentoimediatamente a partir de um estado de hibernação ou Standby, sem anecessidade de realizar um novo boot.

Power Button Funcion

Indica como o botão Power do gabinete irá operar. Pode desligar o PC, ouentão colocá-lo em standby. Note que esta programação também pode serfeita através de uma configuração apropriada do Windows.

Power Supply Type

Algumas placas de CPU podem funcionar tanto em fontes/gabinetes ATcomo no padrão ATX. Possuem inclusive dimensões compatíveissimultaneamente com ambos os padrões, e possuem dois conectores dealimentação independentes, um para cada tipo de fonte. Caso seja conectadoa uma fonte padrão AT, várias das funções avançadas de gerenciamento deenergia ficarão indisponíveis, como por exemplo, o modo standby. O PC sópoderá ficar totalmente ligado ou totalmente desligado. Este item do CMOSSetup serve para indicar qual é o tipo de fonte na qual a placa de CPU estáligada, e a partir daí o BIOS ativará ou não as funções de economia deenergia.

LAN Wake-Up

Este comando faz com que o PC possa “acordar” do estado suspendedquando ocorrer chegada de dados através de uma rede local.

Fan Monitor xxx RPM

Certas placas de CPU possuem sensores que monitoram a velocidade derotação de ventiladores do processador e do gabinete, temperatura doprocessador e outros parâmetros críticos. Este item serve para que possamos,através do CMOS Setup, checar como estão esses parâmetros. Nãoprecisamos entretanto monitorá-los através do CMOS Setup. As placas deCPU que possuem funções de monitoramento são acompanhadas de umsoftware chamado DMI (Desktop Management Interface), que roda sob oWindows, e avisa o usuário em caso de aquecimento do processador, falhanos ventiladores, etc. Este item é apenas uma forma adicional de fazer essachecagem sem precisar carregar o sistema operacional. Quando alguns dositens monitorados estão fora da faixa normal no instante do boot, é

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-53

apresentada uma mensagem de erro. O usuário deve pressionar F1 e entrarno Power Management Setup para checar qual é o problema.

A maioria das placas de CPU modernas podem controlar três ventiladores:

CPU Fan – o cooler ligado ao processadorChassis Fan – ventilador opcional, instalado na parte frontal do gabinetePower Supply Fan – ventilador opcional, na parte traseira do gabinete

Nesse caso o CMOS Setup permite monitorar as rotações desses trêsventiladores. Através de um software DMI, que é executado em segundoplano, o usuário pode ser alertado em caso de falha em um dessesventiladores.

Thermal Monitor xxxC/xxxF ou CPU Current Temperature

Este item serve para checar, através do CMOS Setup, como está atemperatura interna do processador, sem que para isto seja preciso carregaro software DMI no ambiente Windows (veja o item Fan Monitor xxx RPMacima).

Motherboard temperature monitor

As placas de CPU modernas podem informar não apenas a temperatura doprocessador, mas também a temperatura interna do gabinete. Ao manter atemperatura interna do gabinete baixa, estamos contribuindo para reduzir atemperatura do processador. O ideal é permitir que esta temperatura estejano máximo entre 40 e 45 graus. Se a temperatura aumentar devemos tomarprovidências para melhorar a refrigeração. Usar ar condicionado, organizaros cabos flat no interior do gabinete para não bloquear o fluxo de ar, instalarum cooler adicional na parte frontal do gabinete são algumas providênciasque ajudam bastante.

Voltage Monitor

Este item serve para checar, através do CMOS Setup, os valores queconstam nas saídas dos reguladores de voltagem da placa de CPU. Sãomostradas as tensões nominais (ou seja, o que deveria estar marcando) e osvalores medidos pelo Setup. Tolerâncias pequenas são permitidas, como 5%para mais ou para menos. Valores fora da faixa de tolerância são informadosautomaticamente quando o PC é ligado.

CPU Overheat Warning Temperature

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25-54 Hardware Total

Informa a temperatura a partir da qual deve ser considerado excessivo oaquecimento do processador. O valor poderá ser de 55, 60, 65, 70 graus,dependendo do processador. Utilize o valor default programado pelo Setup.

CPU Overheat Clock Down

Quando a temperatura do processador é elevada acima do limiteprogramado no item CPU Overheat Warning Temperature, o seu clock éautomaticamente reduzido, o que provocará uma redução na temperatura,fazendo com que volte a um limite seguro. Normalmente são oferecidasopções que são porcentagem do clock máximo, como 25%, 50% e 75%. Se oseu PC se tornar inexplicavelmente lento depois de alguns minutos de uso, oproblema pode ser aquecimento do processador, seguido de reduçãoautomática do clock.

IDE Drive Power Down

Indica se o disco rígido deve ou não entrar em baixo consumo de energia,junto com o resto do sistema. Quando ativamos este item, o disco rígido terádesligado o seu motor principal, ou seja, cessa a sua rotação. Na volta dasatividades, será preciso aguardar alguns segundos até que o motor seja ligadoe atinja sua velocidade normal.

Monitor Power Down

Ao ser habilitado este item, o monitor será colocado em estado de baixoconsumo após detectado um período de inatividade no sistema. A economiade energia obtida será grande, pois um monitor em geral consome cerca de100 watts.

Suspend-to-RAM (STR) Capability

Este estado de economia de energia pode ser usado, desde que todo ohardware seja totalmente compatível, bem como os seus drivers. Nestemodo, praticamente todo o PC é desligado, exceto a memória DRAM. Aomovimentarmos o mouse ou usarmos o teclado, o PC voltará a ficar 100%ligado, depois de cerca de 5 segundos. Pode ser necessário instalar driversmais recentes para as placas do computador (CPU, som, vídeo, etc) para queeste recurso funcione.

Inactivity Timer

Neste item podemos programar o tempo de inatividade necessário para queo PC entre em estado de baixo consumo de energia. Em alguns Setups,existe um único contador de tempo. Em outros, existem contadores

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-55

independentes para que seja ativado o Standby Mode, e o Suspend Mode.Por exemplo, podemos programar um PC para que entre em Standby após,digamos, 10 minutos de inatividade, e para que entre em Suspend depois deficar, digamos 20 minutos em Standby.

Monitor IRQ

Não se trata de um item, e sim, vários itens, um para cada interrupção.Através dele indicamos quais interrupções devem ser monitoradas para, apósinatividade em todas elas, o sistema entrar em estado de baixo consumo deenergia. Também serve para indicar quais dispositivos podem levar o sistemaà atividade normal. Digamos que queremos que o PC volte ao normal para,por exemplo, fazer a recepção de um fax. Será preciso saber qual é ainterrupção usada pela placa fax/modem, e habilitar o seu monitoramento noSetup. Em caso de dúvida, habilitamos o monitoramento de todas asinterrupções.

Monitor DMA

Serve para monitorar atividades nos canais de DMA. São na verdade váriositens independentes, um para cada canal de DMA. Quando habilitamosesses itens, esses canais de DMA serão incluídos na lista de dispositivos quesão monitorados para a detecção de um estado de atividade ou deinatividade. Em caso de dúvida, podemos deixar todos esses itens habilita-dos.

Monitor LPT / COM / Floppy

Alguns Setups oferecem ao usuário a opção de monitorar seus dispositivos,sem que seja preciso indicar quais são as interrupções correspondentes.Nesse caso, apresentam uma lista com os diversos dispositivos, na qualpodemos incluir os desejados.

Power Up ControlEsta parte do CMOS Setup está presente nas placas de CPU mais modernasque seguem o padrão ATX. Uma fonte de alimentação ATX tem comocaracterística, poder ser ligada por circuitos da placa de CPU. É possível, porexemplo, programar a sua ligação automática em um determinado horário.PCs que usam o padrão ATX podem ser completamente desligados, ouserem colocados em modo de espera. O funcionamento volta ao normal, doponto onde foi feita a suspensão, sem a necessidade de realizar um novoboot. Alguns itens do CMOS Setup fazem a regulagem do uso dessesrecursos.

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25-56 Hardware Total

Power Button < 4 Secs

Este item tem duas opções: Soft Off e Suspend. Quando programado comSoft Off, o botão Power é usado para ligar e desligar o PC. Quandoprogramado com a opção Suspend, este botão não desliga o PC, mas ocoloca em modo suspend, ou seja, fica paralisado, consumindo poucaenergia, mas pronto para voltar a funcionar no ponto onde parou. Nessecaso, para ligar e desligar o PC, é preciso pressionar o botão por mais de 4segundos.

AC Power Loss Restart

Permite escolher como o PC será ligado novamente depois de uma queda deenergia. As opções apresentadas são Enabled e Disabled. Programado emEnabled, faz com que o PC seja automaticamente ligado quando a energia érestabelecida. Com a opção Disabled, o PC permanecerá desligado depoisque a energia voltar. Será preciso atuar sobre o botão Power para ligá-lo.

Automatic Power Up

Permite programar o PC para que se ligue automaticamente em determi-nadas datas e horários, ou então diariamente em um horário programado.

Load DefaultsFelizmente, todos os Setups modernos possuem comandos para realizar aprogramação automática de todos os seus itens, fazendo com que o usuárionão tenha obrigação de conhecer profundamente o seu significado. Depoisde feita esta “auto configuração”, o usuário só precisa acertar o relógio,definir os tipos de drives e os parâmetros do disco rígido. Vejamos quais sãoesses comandos.

Load Optimal Defaults

Este é o comando utilizado na maioria dos casos. Faz com que todos os itenssejam programados da forma mais eficiente possível, mas sem ativar os itensque são considerados “envenenamentos”. Em geral, são programados osseguintes itens, além de diversos outros:

É habilitada a cache interna e a externaÉ habilitada a Shadow RAM para o BIOS principal e o da placa SVGAÉ ativado o máximo clock do processador

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-57

Com essas poucas providências, em geral o processador atinge o seu plenodesempenho. Entretanto, nem sempre chegamos ao máximo desempenhototal do sistema. O bom conhecedor do Setup pode realizar ajustes visandoobter, por exemplo, uma melhor taxa de transferência do disco rígido,através da ativação dos modos Ultra DMA e os outros recursos jáapresentados.

Load Fail Safe Defaults

Quando o PC está apresentando problemas de funcionamento, muitas vezesé preciso reduzir bastante a sua velocidade. Com esta redução, em geral oPC passa a funcionar bem, pelo menos o suficiente para que façamos umainvestigação mais profunda sobre o problema. Por exemplo, alguéminadvertidamente instala memórias DRAM com 70 ns, quando a placa deCPU exige memórias de 60 ns. Isto faz com que a programação obtida como “Optimal Defaults” resulte em erros de acesso à memória.

Quando usamos o comando “Load Fail Save Defaults”, todo o Setup é feitode forma que o PC opere com a menor velocidade possível. As caches sãodesabilitadas, o clock do processador é reduzido, e os tempos para acessar aDRAM serão os mais longos possíveis. O PC acaba ficando tão lento quantoum PC dos anos 80. Quando o PC funciona com esta redução de veloci-dade, devemos experimentar habilitar cada um dos itens do Setup, atédescobrir qual deles é o causador do problema.

Load Original Values

Quando este comando está presente, são descartadas todas as alterações queo usuário realizou, sendo todos os itens reprogramados com os seus valoresvigentes no instante em que o programa Setup entrou em execução. Seu usoé equivalente a sair do Setup sem gravar os dados no chips CMOS, e depoisexecutar o Setup novamente.

ExitTodos os Setups possuem um comando de finalização, após do qual é dadoprosseguimento ao processo de boot. Alguns Setups continuam de onde pa-raram quando o usuário invocou a sua execução. Outros começarão tudodesde o início, apresentando uma nova contagem de memória e tudo o maisque ocorre durante o processo de boot. Ao sairmos do Setup, temos duasopções, como mostramos a seguir:

Save and Exit

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25-58 Hardware Total

Com este comando, as alterações feitas pelo usuário são armazenadasdefinitivamente no chip CMOS, antes do Setup terminar sua execução.

Do not Save and Exit

Usamos este comando para desistir das alterações que fizemos. Os dados dochip CMOS serão os mesmos vigentes no instante do início da execução doSetup.

Upgrade de BIOSEm muitos casos pode ser necessário atualizar o BIOS de uma placa deCPU, visando resolver problemas e acrescentar suporte a novos dispositivos.A primeira providência a ser tomada é descobrir a marca e o modelo daplaca de CPU. Essas informações podem ser obtidas com o programaCTBIOS, e também através das técnicas apresentadas no sitewww.wimsbios.com.

Chegando ao site do fabricante da placa de CPU, temos que obter oprograma que faz a gravação, bem como a versão mais recente do BIOS. Éestritamente necessário utilizar um BIOS que seja próprio para a sua placade CPU. Se for utilizado um outro BIOS, a placa tem grande chance de nãofuncionar mais.

Também é bom lembrar que a atualização de BIOS não é uma operação100% segura. Se faltar energia elétrica durante a gravação, o BIOS estaráperdido, e a placa de CPU inutilizada. Mesmo quando isto não ocorre, existeuma pequena chance de ocorrer travamento durante a gravação, ou mesmoque a atualização não funcione. O usuário e o técnico precisam estar a pardesses riscos.

Os dois programas mais usados para fazer atualização de BIOS são oAWDFLASH e AMIFLASH, próprios para BIOS Award e AMI,respectivamente.

Upgrade de BIOS Award

Para reprogramar um BIOS Award, devemos usar o programaAWDFLASH.EXE. Devemos antes executar um boot no PC, usando aopção Somente Prompt do Modo de segurança. Copiamos para um mesmodiretório, o programa AWDFLASH.EXE e o arquivo que será gravado, já noformato BIN. Em geral, os BIOS são transmitidos pela Internet no formatoZIP, e você deve descompactá-los antes de fazer a gravação. No nossoexemplo, o arquivo com o BIOS, já descompactado, é o 5000V106.BIN. O

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-59

programa AWDFLASH começa apresentando o quadro da figura 6, no qualpergunta qual é o arquivo que contém o BIOS a ser gravado. Usamos então5000V106.BIN.

*** 35% ***Figura 25.6Fornecendo o nome do arquivo que contém o BIOS a sergravado.

A seguir o programa pergunta se queremos gravar em um arquivo, oconteúdo do BIOS original. É altamente recomendável fazer esta gravação, oque nos permitirá voltar atrás em caso de problemas.

Na figura 7, digitamos o nome do arquivo que irá armazenar o conteúdo doBIOS antigo. Como nosso antigo BIOS era o de versão 1.04, chamaremos oarquivo de 5000V104.BIN.

*** 35% ***Figura 25.7O BIOS antigo já foi copiado.

Logo depois que termina a gravação do BIOS antigo em um arquivo, oprograma pergunta se desejamos reprogramar o BIOS com o arquivo novo(no nosso caso, 5000V106.BIN). Respondemos que SIM, e depois de algunssegundos, estará completada a gravação. O quadro mostrado na figura 8 nosinstrui a resetar o PC para que as alterações tenham efeito.

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25-60 Hardware Total

*** 35% ***Figura 25.8É preciso resetar o PC.

Reprogramando um BIOS AMI

O programa AMIFLASH é usado para fazer upgrade em BIOS AMI. Suaoperação também é simples, parecida com a já mostrada para oAWDFLASH. Podemos vê-lo na figura 9.

Figura 25.9O programa AMIFLASH.

O programa perguntará o nome do arquivo a ser usado para a gravação.Será oferecida a opção de gravar o BIOS original em um arquivo. Tanto oAMIFLASH como o AWDFLASH utilizam o formato BIN.

Detalhes importantes sobre atualização de BIOS

Os programas AWDFLASH e AMIFLASH foram desenvolvidos pelaAWARD e AMI, respectivamente, para serem distribuídos por fabricantes deplacas de CPU, visando a programação de novas versões de BIOS.Entretanto, devemos sempre consultar o fabricante da placa de CPU, everificar se é oferecido um programa específico para esta gravação. Este é ocaso, por exemplo, de placas de CPU produzidas pela Intel, que utilizam seupróprio programa de gravação.

Existem placas de CPU nas quais é preciso habilitar a reprogramação doBIOS, através de um jumper, ou então do CMOS Setup. É recomendáveldeixar desabilitada a gravação, quer seja isto feito através de um jumper,quer seja pelo CMOS Setup. Existem certos vírus de PC (ex: Chernobyl) que

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Capítulo 25 – CMOS Setup 25-61

apagam o BIOS do PC. Habilite a gravação apenas quando for atualizar oBIOS.

Todos os fabricantes de placas de CPU, assim como os sites que trazeminformações sobre upgrade de BIOS, avisam o seguinte:

Importante:Faça o upgrade de BIOS apenas se o seu PC estiver apresentando problemas causados peloBIOS. Este upgrade deve ser feito por sua conta e risco. Os fabricantes de placas de CPU nãose responsabilizam por problemas que possam ocorrer pela reprogramação do BIOS, mesmoque tenha sido realizada de forma correta.

Upgrade de BIOS não é uma operação para ser feita por principiantes. Porexemplo, se for feita uma gravação usando um arquivo errado, a Flash ROMficará inutilizada, e terá que ser trocada por outra igual, com o BIOS corretojá gravado. O problema todo é que se o BIOS gravado na ROM estivererrado, não será possível executar um boot, e sem o boot, não poderemosusar o programa gravador para reprogramar o BIOS correto.

//////// FIM ///////////