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Cartilha de Educação FinanceiraCartilha de Educação Financeira

PRAZER, MEU NOME É DINHEIROPRAZER, MEU NOME É DINHEIRO

VOLUME01

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SUMÁRIOPRAZER, MEU NOME É DINHEIRO .................................................................................4

POUPAR ...........................................................................................................................................6

1. AUMENTO DO PODER DE BARGANHA ..............................................................6

2. NÃO PAGAMENTO DE JUROS ...............................................................................7

3. AMPLIAÇÃO DE CAPITAL .......................................................................................... 8

INVESTIR .......................................................................................................................................10

PASSO 1 - VIDA FINANCEIRA EM ORDEM..........................................................10

PASSO 2 - TRABALHO EM EQUIPE ......................................................................12

PASSO 3 - FAZER UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA ...................................13

PASSO 4 - AVALIAR UM INVESTIMENTO.............................................................14

INVESTIMENTOS MAIS POPULARES ......................................................................18

CONCLUSÃO ..............................................................................................................................19

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PRAZER,MEU NOME É

DINHEIRO!

PRAZER, MEU NOME É DINHEIRO

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O dinheiro existe em todas as sociedades. Na nossa, ele já teve várias formas: já foi sal (daí a palavra “salário”), metal, pedras preciosas, moeda, nota de papel e, quem sabe, chegará um dia em que ele será somente virtual.

O dinheiro foi criado com o objetivo de realizar trocas comerciais de bens, serviços ou qualquer coisa a qual atribuirmos um deter-minado valor. Ele funciona através de um pacto social que é aceito por todos os integrantes de uma sociedade e tem seu efeito garantido com autorização e certificação da entidade emissora do país, como no caso do Brasil, o Banco Central.

O interessante é que o dinheiro conseguiu não apenas facilitar a atividade comercial, mas também passou a servir como reserva de valor, tornando possível a cultura da poupança e os investimentos.

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Poupança é a parcela da renda que não consumimos. Poupar significa deixar de consumir algo no presente para consumir depois. E é nesse ponto que, culturalmente, nós brasileiros temos muito o que aprender, pois muitas vezes não percebemos que postergar um desejo por alguns meses pode trazer muitos benefícios como:

1. AUMENTO DO PODER DE BARGANHA

Ao invés de comprar algo a prazo, você já pensou em fazer o contrário? Tente colocar o dinheiro das prestações na poupança e deixar para comprar à vista mais tarde,

quando tiver acumulado o valor corresponde ao preço do produto. Evitar o imediatismo do consumo pode

valer muito a pena.

Além disso, comprar à vista também pode ser uma forma de poupar. Isso porque você pode conseguir um bom desconto e dependendo

do valor do produto, esse desconto pode ter um valor bastante significativo.

Mas para poder barganhar é preciso ter dinheiro à vista ou aguardar o consumo até juntar o dinheiro necessário.

POUPAR

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2. NÃO PAGAMENTO DE JUROSGraças ao crédito, é possível antecipar um consumo que, em outras circunstâncias, só seria concretizado após juntar todo o dinheiro necessário. Mas essa antecipação tem um custo: os juros, que seria como se fosse um “aluguel do dinheiro”.

Os juros são frequentemente altos e expressos numa taxa percentual num determinado período de tempo. Por exemplo: 2% ao mês ou 20% ao ano.

Então, quando você precisa de um dinheiro para realizar um gasto imediatamente e não tem esse valor disponível, pode recorrer ao crédito pagando juros sobre o valor emprestado para o “dono do dinheiro”.

Mas é preciso atenção, o crédito pode ser um grande aliado ou um grande inimigo. Isso depende do uso que fazemos dele.

As modalidades básicas de crédito são: A. EMPRÉSTIMO PESSOAL: quando tomamos dinheiro emprestado para utilizar da forma que desejarmos. Exemplos: Crédito pessoal, cheque especial.

B. FINANCIAMENTO: quando tomamos dinheiro emprestado para utilizar com uma finalidade específica. O dinheiro não pode ser usado para outra coisa além daquilo a que se destina. Exemplos: Financiamento imobiliário (só pode ser utilizado para aquisição do imóvel), financiamento de automóvel (só para a compra de um carro).

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3. AMPLIAÇÃO DE CAPITAL

Existe uma grande diferença entre investir e poupar. Vejamos o que diz o dicionário:

• INVESTIR: “fazer investimento financeiro; empregar, aplicar capital em”; • POUPAR: “gastar com parcimônia; economizar”.

Assim, investir é aplicar seu dinheiro agora, fazendo com que ele gere mais dinheiro no futuro. Agindo de forma ativa sobre um recurso financeiro, estaremos investindo.

Investir é, portanto, a melhor forma de multiplicar o dinheiro. Existem inúmeras maneiras de se investir no mercado financeiro, como por exemplo: Fundos de Investimento, Ações, Tesouro Direto e CDB.

Já poupar significa economizar, deixar de gastar e manter o recurso financeiro com uma posição passiva. Poupar é muito importante para criar uma rotina de acumular recursos. As pessoas costumam poupar para alcançar definidas finalidades como: comprar algo, realizar uma viagem, pagar alguma dívida. São algumas formas de poupar: Títulos de Capitalização e Conta Poupança.

Assim, para ampliar o seu dinheiro não basta apenas não gastá-lo (poupar) é preciso também aplicar esse dinheiro (investir).

POUPAR

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POUPAR?INVESTIR?

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Virar um investidor é a última etapa do processo de organização e educação financeira. É aquele momento em que você já está com as contas em ordem, bem planejadas, e começa a sobrar dinheiro. Mas até chegar lá é preciso de muita organização e apoio.

INVESTIR

PASSO 1 - VIDA FINANCEIRA EM ORDEM

O primeiro passo para investir é garantir que sua vida financeira esteja em ordem. E para isso precisamos entender as nossas receitas e despesas.

As RECEITAS representam o dinheiro que entra, como salário, “bicos”, pensão, aposentadoria, mesada,

rendimento de aluguel etc. Já as DESPESAS significam o dinheiro que sai, como gastos

e despesas pessoais ou da casa.

Para que possamos ter uma visão mais clara das nossas receitas e despesas, o ideal é utilizar

algum tipo de ferramenta de planejamento financeiro, como uma planilha ou um aplicativo.

Não confie em contas que estão “na cabeça”, pois elas sempre enganam. As ferramentas de planejamento financeiro não permitem que as informações se percam e evitam aquela sensação de “onde meu dinheiro foi parar?”.

Não tem segredo. Só existe duas maneiras de sobrar dinheiro: aumentar as receitas ou diminuir as despesas (ou ainda as duas coisas juntas).

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Claro que é possível e desejável aumentar as receitas, porém, para a maioria das pessoas, diminuir despesas é o caminho mais rápido para fazer sobrar dinheiro.

As despesas são classificadas em fixas e variáveis.

• Despesas FIXAS são aquelas cujo valor é constante ao longo do tempo e que não são associadas ao consumo de algo. Pagamos, independentemente de haver consumo ou não. Um exemplo de despesa fixa é o condomínio ou a mensalidade escolar. Elas tem um valor constante (apenas sofrendo reajustes periódicos) e deve ser paga independentemente de haver consumo. Se ficarmos um mês de férias, longe do condomínio, ou sem à escola, não deixaremos de pagar a mensalidade por isso.

• Despesas VARIÁVEIS são aquelas associadas ao consumo de determinado produto ou serviço. Mais consumo gera gastos maiores e menos consumo gera gastos menores. Energia elétrica é um exemplo de despesa variável. Apesar de ser uma despesa que ocorre todos os meses, ela pode ser reduzida. É possível aproveitar ao máximo a luz do dia, apagar as luzes em cômodos que não estão sendo usados, acumular roupas para lavar e passar de uma vez, entre outras medidas de economia.

Normalmente é mais fácil e rápido reduzir as despesas variáveis do que as fixas. A planilha permitirá identificar quais despesas oferecem maior oportunidade de redução de valores.

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PASSO 2 - TRABALHO EM EQUIPE

A família tem uma participação importante nas grandes decisões da sua vida, por isso todos devem participar do planejamento financeiro,inclusive as crianças.

Um bom planejamento financeiro é um compromisso em família. Filhos maiores são alvos fáceis do impulso de consumo, se eles estiverem compro-metidos com o planejamento familiar, será mais fácil gerenciar as tentações e aumentar o senso de responsabilidade de todos.

Além disso, os pais são os principais modelos para seus filhos. Assim, a forma com que conduzem as finanças, influenciará de alguma maneira, na forma como as crianças conduzirão sua vida financeira.

A educação financeira é ideal para criar bases para que na vida adulta nossos filhos possam ter uma relação saudável, equilibrada e responsável com o dinheiro.

INVESTIR

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PASSO 3 - FAZER UMA RESERVA DE EMERGÊNCIA

Com organização e apoio conquistados, essa é a hora de decidir o que fazer com o dinheiro que está sobrando, com foco nos sonhos, objetivos, mas também nas reservas financeiras de emergência.

Não possuir uma reserva de emergência pode colocar em risco os seus investimentos, uma vez que você pode precisar resgatá-los antes do planejado, perdendo uma parte considerável da rentabilidade. A reserva de emergência é uma espécie de investimento “obrigatório” que deve ser feito antes de se investir propriamente. O problema é que a maioria das pessoas se esquece de fazer essa reserva e vai logo atrás de investimentos de alta rentabilidade. O ideal é que a sua reserva seja equivalente a pelo menos seis meses das suas despesas essenciais, ou seja, os seus gastos indispensáveis, tais como alimentação, aluguel, luz, água, entre outros. Dessa forma, você ficará protegido de emergências financeiras e ainda por cima não precisará resgatar seus investimentos em uma situação inesperada.

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PASSO 4 - AVALIAR UM INVESTIMENTO

Talvez você já tenha uma quantia guardada para investir, mas você já definiu quanto irá investir mensalmente? Investir uma certa quantia mensalmente, por menor que seja, é essencial para que seu patrimônio cresça mais rapidamente. Então o seu primeiro passo deve ser definir a quantia do seu salário que você irá destinar mensalmente para investimentos. Se você não tem o costume de economizar dinheiro todos os meses, precisará adotá-lo caso queira ser um investidor de sucesso. O ideal é poupar pelo menos 10% da sua renda mensal, mas quanto mais você conseguir, obviamente melhor. Mesmo que essa quantia seja pequena ela fará toda a diferença no longo prazo. Decididos os valores disponíveis para investimento é hora de avaliar as opções. Seria ótimo se pudéssemos fazer um investimento que fosse, ao mesmo tempo, extremamente rentável, extremamente seguro e extremamente líquido. Mas, infelizmente, precisamos sempre abrir mão de algo para ter as outras coisas.

INVESTIR

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Existem várias formas de avaliar um investimento, mas uma das formas mais comuns e populares é analisando:

• RENTABILIDADE: Também conhecida como “retorno”, é o ganho esperado que teremos com aquele investimento. Existem investimentos com diferentes possibilidades de retorno.

• SEGURANÇA: É o grau de risco de um investimento. Alguns investimentos apresentam riscos maiores que outros. Os tipos de riscos mais comuns serão apresentados na próxima página.

• LIQUIDEZ: É a velocidade com que podemos transformar o investimento em “dinheiro vivo” quando precisarmos. Alguns investimentos viram “dinheiro na mão” mais rapidamente que outros.

Um investimento poderá ser bastante líquido e seguro, mas não será muito rentável. Outros investimentos podem ter alto potencial de rentabilidade e boa liquidez, mas serão mais arriscados, e assim por diante.

O risco é o grau de incerteza em relação ao retorno esperado. Essa chance de retorno abaixo do esperado e até de perder todo o investimento original é um risco implícito em todo investimento.

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Os riscos podem se apresentar em várias formas:

INVESTIR

• RISCO DE MERCADO: é proporcional à variação de um índice ao qual um título está atrelado ou à variação no preço de uma ação. Exemplo: no mer-cado de ações, caso você compre uma ação de uma empresa importante, mas por algum motivo, suas ações na bolsa de valores caiam, você perderá dinheiro caso as venda neste momento, pois estará vendendo por um valor menor do que comprou. Em uma situação como essa, o aconselhável é aguardar a recuperação do mercado e, consequentemente, a retomada do preço de suas ações.

• RISCO DE CRÉDITO: é o risco de se investir o dinheiro e, simplesmente, não receber. Na linguagem popular, é o risco de “calote”. Por exemplo: quando se compra um título de algum banco ou ações de uma empresa e este banco ou empresa vai à falência. Assim, boa parte ou a totalidade do dinheiro investido pode ser perdida.

• RISCO DE LIQUIDEZ: alguns investimentos podem levar mais tempo para serem vendidos ou resgatados, não permitindo ao investidor dispor do dinheiro rapidamente se houver uma necessidade imediata. Os riscos podem ter como efeito, retornos mais baixos que o esperado, ou mesmo perdas, em diversos graus, do valor investido.

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Por isso, no mercado financeiro, existem categorias de perfil de risco do investidor. Normalmente divididas em Conservador (pouco propenso a riscos), Moderado (propenso a riscos moderados mediante a uma expectativa de retorno maior) e Agressivo (propenso a apostas arriscadas em busca de retornos bem maiores).

O que determina se o investidor é mais conservador ou mais agressivo? Basicamente, são quatro fatores:

• As características pessoais do investidor; • A expectativa de retorno; • A tolerância ao risco; • O tempo disponível para manter o dinheiro investido.

Todo mundo quer obter altos retornos, mas nem todos estão dispostos a arriscar mais. As pessoas com tolerância ao risco mais baixa (não quer sofrer perdas – ainda que temporárias), criam uma expectativa de retornos menores.

Quanto ao tempo, investidores que têm um horizonte de tempo mais longo pela frente têm uma maior chance de se recuperar de perdas e de aproveitar as “grandes ondas” da economia e do mercado financeiro. Como regra geral, investidores que têm um horizonte de tempo maior podem adotar uma postura mais agressiva.

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INVESTIMENTOS MAIS POPULARES

Alguns dos investimentos mais populares e conhecidos do Brasil são: a Poupança, os títulos bancários (como os CDBs – Certificados de Depósito Bancários), os títulos públicos federais (negociados por meio do “Tesouro Direto”), as ações de empresas (negociadas por meio da bolsa de valores) e os imóveis.

Cada investimento tem diferentes características de retorno, segurança e liquidez. Também reagem de forma diferente aos diversos tipos de riscos. Dos investimentos mencionados, a Poupança, os CDBs e os títulos públicos são considerados investimentos de menor risco, por serem de renda fixa. Mas atenção: Todo investimento tem algum grau de risco.

Já investimentos como ações e imóveis, que são de “renda variável”, são considerados de risco maior, mas têm um potencial de retorno igualmente maior, especialmente no longo prazo. A escolha do investimento certo depende, fundamentalmente, de conhecer e compreender a sua “personalidade de investidor”.

INVESTIR

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O que define o sucesso financeiro de uma pessoa são três pilares formados por:

Procure desenvolver esses três pilares e o caminho para o sucesso financeiro se tornará cada vez mais tranquilo e curto. Sempre existirão oportunidades para poupar mais, investir melhor e ganhar mais. Basta você se esforçar para atingir esses objetivos e encontrar a motivação correta para permanecer se dedicando a cada um deles.

Lembre-se: poupar deve ser um hábito. Poupar significa ter disciplina para fazer aportes regularmente nos investimentos e ter recursos suficientes para ter acesso a produtos financeiros melhores.

Se você tem dinheiro investido, mas tem dívidas a pagar, provavelmente está pagando mais juros do que recebendo, já que os juros de cartões de crédito, empréstimos e financiamentos à pessoa física costumam ser bem maiores que o retorno das aplicações financeiras. Aplicações com aporte inicial maior muitas vezes contam com rentabilidade maior e custos menores.

Por isso, vale mais a pena poupar uma quantia suficiente para pagar essas dívidas em aberto do que dar início a um novo investimento.

O sucesso financeiro não depende só de quanto você ganha, mas de como você gerencia o seu dinheiro. Gerenciar bem o dinheiro significa tomar boas decisões de consumo, planejar as finanças e investir com sabedoria, sempre pensando no futuro.

O sucesso financeiro está ao alcance de qualquer pessoa, basta ter informação, conhecimento e disciplina.

CONCLUSÃO

GANHAR DINHEIRO POUPAR DINHEIRO INVESTIR DINHEIRO

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