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CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES FÍSICAS DOS SOLOS. Perfil do solo. Regolito. Morfologia descrição da aparência do solo visível a olho nu “anatomia do solo” descrição a campo completada com as análises em laboratório Atributos observados na descrição morfológica do perfil: cor - PowerPoint PPT Presentation
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CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES FÍSICAS DOS SOLOS
Perfil do soloR
eg
olito
Morfologia
descrição da aparência do solo visível a olho nu “anatomia do solo” descrição a campo completada com as análises em laboratório
Atributos observados na descrição morfológica do perfil:
cor textura estrutura consistência espessura dos horizontes porosidade
Física do solo:
Textura
Relação de massa e volume dos constituintes do solo: densidade de partículas, densidade do solo, porosidade, distribuição de poros por tamanho
Estrutura e agregação do solo
Consistência
Compactação do solo
Água no solo
1) Cor do solo
propriedade de fácil determinação
relaciona-se com atributos físicos, químicos e mineralógicos, com alguns dos constituintes do solo e condições climáticas
Exemplos: - matéria orgânica: responsável pela cor escura do solo- forma e conteúdo de Fe: hematita (cor vermelha) ou goetita (cor amarela)- drenagem deficiente: cores cinzas
empregada como critério diagnóstico na classificação de solos
Padronização Escala de MUNSELL:
Elementos básicos que compõem a cor:
- matiz: cor pura ou fundamental do arco-iris, determinada pelos comprimentos de onda da luz refletida na amostra
- valor ou tonalidade: medida do grau de claridade da luz, variando de 0 (preto absoluto) a 10 (branco puro)
- croma: intensidade ou pureza da cor. Proporção da mistura da cor fundamental com a tonalidade de cinza, variando de 0 a 10
Exemplo: 10R 3/4 = vermelho escuro
Determinação: Carta de cores de solos de Munsell
Duas leituras: Amostra seca e amostra úmida
Exemplo de leitura: 2,5 YR 4/6
Matiz (alto à direita) = 2,5 YR
4 = brilho (linha à esquerda)
6 = intensidade (coluna inferior)
Importância agronômica e geotécnica:
cor vermelha escura ((2,5 YR 3/4, 3/5, 10 R 3/4, 3/5)- solos derivados de basalto e diabásio- boa fertilidade e melhor comportamento agrícola que outros a ele associados geograficamente
solos vermelhos com textura argilosa e argila de baixa atividade- apropriados para pisos de estrada
solos amarelados em geral são mais úmido que os avermelhados (mesma toposeqüência) - plantas sentem menos nos períodos de seca.
Solos amarelados não se relaciona com nenhum comportamento geotécnico
cores escuras ocorrem em horizonte superficial
- boa estruturação e levados teores de matéria orgânica CTC
- quando eutróficos - solos com elevado potencial agrícola
solos de cores acinzentadas - limitações variáveis quanto ao excesso de água, dependendo da intensidade e profundidade de ocorrência
2) Textura do solo
Distribuição quantitativa das partículas do solo quanto ao tamanho
Fração
matacõescalhauscascalhoareiasilteargila
Diâmetro médio (mm)
>200200-2020-22-0,050,05-0,002<0,002
=>Composição granulométrica - todas as partículas
=>Textura- TFSA
Frações granulométricas do solo segundo SBCS:
Cascalho
- quantificados e denominados
- fragmentos de rocha, seixos rolados, fragmentos de
petroplintita, plintita, nódulos e concreções
Ex. nome da classe textural com cascalho- 8 a 15%
cascalhenta- 15 a 50%
muito casacalhenta- mais de 50%
Calhaus
- eleva a porosidade do solo
- reduz a erodibilidade
- limitações impostas dependem do nível de manejo adotado
Matacões
- impede o livre trânsito de máquinas agrícolas
- provoca danos nos implementos agrícolas
- reduz o espaço útil a ser ocupado pelas plantas
Areia
- solta, não forma agregados, não plástica, não pegajosa,
não higroscópica, poros grandes, pequena superfície
específica, CTC ausente
Silte- sedosa ao tato, ligeira coesão , poros de tamanho intermediário, ligeira ou baixa higroscopicidade, superfície específica com valor intermediário, baixa CTC
Argila- plástica e pegajosa quando úmida, dura e muito coesa quando seca, alta higroscopicidade, elevada superfície específica, alta CTC, poros muito pequenos, contração e expansão, forma agregados com outras partículas
Argila
- fração que mais influencia o comportamento físico do solo
- Superfície carregada negativamente => neutralizada por
uma nuvem de cátions
Dupla camada elétrica
=> cátions tri e divalentes- mais fortemente atraídos
=> cátios monovalentes- causam dispersão
=> cátions hidratados- mais longe da superfície e mais
facilmente trocados
Determinação da textura:
Campo => tato (subjetividade)
Laboratório:
Etapas:
1) Pré-tratamento:
- remoção de matéria orgânica (>5%): H2O2
- remoção de óxidos de Fe e Al, carbonatos e sais solúveis
2) Dispersão: destruição dos agregados do solo- mecânica
e química
3) Separação das frações:
- tamizagem (uso de peneiras) - areia
- sedimentação diferencial - argila e silte
Classes texturais segundo SCS do Departamento de Agricultura dos EUA, empregado no Brasil:
Digrama triangular generalizado para determinação das cinco principais classes texturais de solo segundo EMBRAPA
Importância da textura
=> Pode ser utilizado como índice do grau de intemperização do solo Relação silte/argila:
.abaixo de 0,15 - solo muito intemperizado
.0,7- 0,6- separar Latossolos de Cambissolos
=> Solos siltosos- tendência ao encrostamento
=> Utilizada na detecção de gradiente textural entre
horizontes diagnóstico
=> Influencia o manejo da fertilidade do solo
=> Influencia no estabelecimento de práticas
conservacionistas- estimativa da permeabilidade e resistência
à erosão
BaixaCTC elevada
Solos sem estruturaSolos bem estruturados
BaixaSuperf. Espec. elevada
Boa aeraçãoAeração deficiente
Macroporosidade >Microporosidade >
<Porosidade total >
>Densidade aparente <
FavoráveisPropriedades físicas desfavoráveis
DesfavoráveisPropriedades químicas favoráveis
BaixaCoesão elevada
FácilCirculação de água difícil
BaixaElevada retenção de água
ARENOSOSBARRENTOS/FRANCOSARGILOSOS
TEXTURA GROSSEIRA
TEXTURA MÉDIATEXTURA FINA
Sentido do aumento das propriedades FÍSICAS favoráveis
Sentido do aumento das propriedades QUÍMICAS favoráveis
3) RELAÇÃO DE MASSA E VOLUME DOS CONSTITUINTES DO SOLO
AR
ÁGUA
SÓLIDOS
Vg
Va
Vv
Vs (constante)
Vt (variável)
Mar=0
Ma
Ms
Relações de massa Relações de volume
Mt
3.1) Densidade de partículas (Densidade real)- Dp
g.cm-3, Kg.dm-3, Mg.m-3
relação entre a massa de sólidos e o volume de sólidos
Dp= Ms
propriedade física bastante estável- depende da proporção entre matéria orgânica e parte mineral e da constituição mineralógica do solo
Vs
Valores: 2,6 a 2,7 g/cm3 quartzo (2,65 g/cm3) Óxidos de Fe Dp Matéria orgânica Dp
Determinação:
Picnômetro com águaBalão volumétrico com álcool etílico
Importância
Dp:
•auxiliar na determinação de minerais do solominerais leves Dp < 2,85minerais pesados Dp >
2,85
•predomínio de componentes orgânicos/inorgânicos•critério auxiliar na classificação do solo•cálculo da porosidade total do solo
Clima Frio: baixa Dp (< óxidos de Fe): 2,65 g/cm3
Clima Tropical e Subtropical (Brasil): ~ 3,0 g/cm3
3.2) Densidade do solo- Ds
densidade aparente, densidade global
relação entre a massa de sólidos e o volume total
Ds= Ms V
g.cm-3, g.dm-3, Mg.m-3
propriedade física que reflete o arranjamento das partículas do solo
depende da estrutura, compactação, manejo, etc.
Valores: 0,9- 1,5 g.cm-3
maiores- estrutura granular menores- em blocos ou similar
Manejo
Determinação
métodos destrutivos- amostra indeformada
anel ou cilindro volumétrico (cilindro de Uhland)
método do torrão impermeabilizado
métodos não destrutivos- campo
sonda de neutrons
absorção de raios gama
3.3) Porosidade do solo
PT= VP = Aar + Va
V Vt
30 a 60%- textura X estrutura propriedade física muito alterada pelo manejo
PT(%)= 1- Ds x 100 Dp
Importância: estudos envolvendo armazenamento de água e gases desenvolvimento de sistema radicular das plantas problemas envolvendo o fluxo e retenção de calor investigações de resistência mecânica dos solos
3.3.1) Distribuição de poros por tamanho
Microporosidade (poros com < 0,05 mm)=> retenção e o armazenamento de água para as plantas
Macroporosidade (poros com > 0,05 mm)=> aeração do solo e infiltração de água
Solo
Latossolo UnaLatossolo vermelho-amareloLatossolo AmareloLatossolo vermelho-escuro
Estrutura
granulargranularblocosgranular
Argila (%)
54515078
Porosidadetotal (%)
66594166
Macroporo-sidade (%)
19221329
Microporo-sidade (%)
47372837
Distribuição de poros por tamanho do horizonte B de Latossolos brasileiros
Determinação:métodos baseados na retenção de água em tubos capilares
h= 2 cos grh= altura de ascensão da água no tubo capilar (cm)
= tensão superficial da água (dina.cm-1) = ângulo de contato da água e as paredes do capilar = densidade da água (g.cm-3)g = aceleração da gravidade (dina.g-1)r = raio do tubo capilar (cm)
H= 0,3 d
h = altura da coluna de água (cm)d = diâmetro do tubo capilar ou do poro (cm)
0,05- separação atura de sucção de 60 cm
eliminar a água dos macroporos
Aparelhos:
mesa de tensão
unidade de sucção (funis de Bucker)
Importância
Porosidade:
• armazenamento e movimento de ar e água no solo• desenvolvimento radicular• fluxo e retenção de calor
Solo “ideal”: 1/3 macroporos e 2/3 microporos(aeração suficiente, permeabilidade, retenção de água)
Aeração ótima: 20-30% agregados de 2-3 mm
MO: aumenta a porosidade e reduz a Da (> vazios)
Quanto > agregação > estruturação > porosidade
4) Água no solo
Determinação:
1) Método direto
a) Método da estufa- padrão 105-110 º C - 24 h
umidade à base de peso ou umidade gravimétrica
umidade à base de volume
U%= massa de água x 100 massa de solo seco
% = volume de água x 100 volume de solo seco
% = U% x Ds
Importante aplicação: cálculo de peso correspondente de terra fina seca em estufa (TFSE) numa dada quantidade de TFSA (TFSA)
b) Método do fogareiro calibrado com o método da estufa
2) Métodos indiretos Métodos baseados nas propriedades elétricas
do solo: Bouyoucos, Colman Método SPEEDY- construção civil Método da dispersão de nêutrons Método da radiação gama Método TDR
TFSA = TFSE (1+ U)
Fatores que afetam a retenção de água:
a)matéria orgânica- direta e indiretamente
b) textura e tipo de argila
c) estrutura do solo
Classificação da água no solo
1- Gravitacional teor acima da capacidade de campo localizada nos macroporos permanência efêmera no solo removida facilmente pela drenagem provoca lixiviação no solo água retida no solo sob sucção abaixo de 0,1 atm
2- Capilar teor compreendido entre a umidade higroscópica
e a capacidade de campo localizada nos microporos parcialmente permanente no solo não removida pela drenagem
água retida no solo sob sucção entre 0,1 e 31 atm
3- Higroscópicalocalizada próximo da superfície das partículas do
solopermanente no soloremovida apenas no estado de vaporágua retida no solo sob sucção entre 31 e 10.000
atm
Constante de umidade
1- Umidade higroscópica
máxima quantidade de água que o solo é
capaz de absorver da atmosfera, em forma de
vapor, e manter o equilíbrio com o ambiente
TFSA
2- Umidade de murchamento
umidade que o solo mantém quando ocorre o
murchamento permanente da planta
umidade retida a 15 atm
limite inferior da faixa de água disponível para
a planta
3- Capacidade da campo
umidade retida no solo depois que o excesso de
água percolante tenha sido drenado
limite superior da faixa de água disponível para
a planta
0,33 atm- solos argilosos
0,1 atm- solos arenosos
4- Umidade equivalente (Ueq)
umidade que uma amostra de solo retém quando
depois de saturada é submetida durante 30 min à
centrifugação com velocidade correspondente a
1000 vezes a gravidade
PMP= 0,69 Ueq CC= 1,3 Ueq
5) Estrutura e agregação do solo
Definição: arranjamento das partículas do solo e do espaço poroso entre elas; incluindo ainda o tamanho, forma e arranjamento dos agregados formados quando partículas primárias se agrupam, em unidades separáveis
Floculação e cimentação
Conseqüência dos fatores de formação
Propriedade qualitativa Difícil avaliação
Natureza e desenvolvimento da estrutura:
Importância da estrutura:
aeração armazenamento e circulação de água penetração de raízes disponibilidade de nutrientes atividades macro e micro biológicas temperatura do solo
Fatores que afetam a formação dos agregados: cátions matéria orgânica sistema de cultivo e sistema radicular microrganismos
Fatores destrutivos dos agregados: impacto das gotas de chuva preparo excessivo do solo aumento da concentração de Na em relação a Ca
e Mg temperatura que pode causar oxidação da
matéria orgânica
Modelos de estruturação
Latossolo com predomínio de gibbsita na fração argila- estrutura tipo granular
Quartzo
Quartzo
Quartzo
gibbsita
hematita
goetita
Latossolo com predomínio de caulinita na fração argila- estrutura em blocos
caulinitaQuartzo
Quartzo
Quartzo
Matéria orgânica
Avaliação da estrutura:
=> avaliação indireta por meio de propriedades físicas
1) Densidade aparente
1,4
1,3
1,2
1,1
1
0,9
0,8
0 200 400 600 800 1000
Den
sid
ad
e a
par e
nt e
(g. c
m-3)
Caulinita (g.Kg-1)
Ds= 0,9672 + 0,0004 caulinitar2= 0,74**
2) Porosidade total e distribuição de poros por tamanho
gibbsita macroporos
3) Condutividade hidráulica do solo saturado
30
25
20
15
10
5
0
0 200 400 600 800 1000
Con
du
tivid
ad
e h
idr á
ulica
(Ks.c
m.h
-1)
Caulinita (g.Kg-1)
Ks= 26,2378 - 0,02561 caulinitar2= 0,96**
4) Estabilidade de agregados
6
5
4
4
3
2
1
0
0 200 400 600 800 1000
DM
G (
ág
ua,
mm
)
Caulinita (g.Kg-1)
DMG= 4,8892 - 0,0039 caulinitar2= 0,92**
Avaliação da estabilidade dos agregados
1) Métodos diretos
=> campo
2) Métodos indiretos
=> peneiramento dos agregados imersos em água
=> peneiramento a seco
6) Consistência do solo
Definição: manifestações apresentadas pelo
material do solo resultantes das forças de coesão
e adesão que atuam sobre ele, em conformidade
com seu grau de umidade
=> Coesão- ligações entre os componentes do solo
=> Adesão- resultante da tensão superficial
Formas de consistência:
1) Solo seco: dureza ou tenacidade
=> solta, macia, ligeiramente dura, dura, muito
dura, extremamente dura
2) Solo úmido: friabilidade
=> solta, muito friável, friável, firme, muito
firme, extremamente firme
3) Solo molhado: plasticidade e pegajosidade
Estado sólido
Semi-sólido Plástico Líquido
LC LP LL
Friabilidade Plasticidade Viscosidade
•Limites de consistência ou de ATTERBERG: limites inferiores e superiores de valor de umidade para cada estado do solo
Con
sis
tên
cia
Seco Úmido Molhado Muito saturado Molhado
coesão
Adesão
Índice de Plasticidade:
- define o intervalo de variação de umidade no qual o solo se encontra no estado plástico
- muito usado em alguns sistemas de classificação do solo
IP = LL - LP
IP = 0 - Não Plástico1 < IP < 7 - Solos pouco plásticos7 < IP < 15 - Solos medianamente plásticosIP > 15 - Solos altamente plásticos
Índice de Consistência:
- mede a consistência do solo no estado em que se encontra em campo
IP
ULLIc
-= Valor de C Consistência
0,00-0,25 Plástica líquida
0,25-0,50 Plástica muito branda
0,50-0,75 Plástica branda
0,75-1,00 Plástica consistente
>1,00 Sólida
Avaliação da consistência
campo
laboratório
LL- aparelho casagrande
LP- confecção de cilindros
LC- determinação da massa e volume de uma
amostra seca em estufa
Determinação: em laboratório
LP (limite de plasticidade): umidade que permite rachaduras no bastonete de 3mm de diâmetro
LL (limite de liquidez): umidade que uma amostra de solo apresenta quando, após molhada, colocada na concha do aparelho de Casagrande, cortada em bisel especial, sofrer 25 golpes de uma altura de 1 cm, e os bordos inferiores da terra se tocarem na extensão de 12 mm.
Três fases do ensaio de Casagrande