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Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia Civil
Curso de Engenharia Ambiental
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO MÉDIO PIRANHAS POTIGUAR
COM O USO DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO
Ingredy Nataly Fernandes Araújo
Natal-RN
2017
Ingredy Nataly Fernandes Araújo
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO MÉDIO PIRANHAS POTIGUAR
COM O USO DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte
dos requisitos para obtenção do título de Engenheira
Ambiental.
Orientadora: Profa. Dra. Karina Patrícia Vieira da Cunha
Natal-RN
2017
Ingredy Nataly Fernandes Araújo
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DO MÉDIO PIRANHAS POTIGUAR
COM O USO DE TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade
Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos
para obtenção do título de Engenheira Ambiental.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Dra. Karina Patrícia Vieira da Cunha – Orientadora
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
______________________________________
Msc. Pedro Celestino Dantas Júnior – Examinador externo
Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico de Natal/RN - ARSBAN
______________________________________
Msc. Radmila Salviano Ferreira – Examinadora externa
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Natal-RN
2017
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Araújo, Ingredy Nataly Fernandes.
Caracterização física do médio piranhas potiguar com o uso de
técnicas de geoprocessamento / Ingredy Nataly Fernandes Araújo. - 2017.
29 f.: il.
Monografia (graduação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia Ambiental.
Natal, RN, 2017.
Orientadora: Profª. Drª. Karina Patrícia Vieira da Cunha.
1. Bacia hidrográfica - Monografia. 2. Uso e ocupação do solo
- Monografia. 3. Sistemas de informações geográficas -
Monografia. I. Cunha, Karina Patrícia Vieira da. II. Título.
RN/UF/BCZM CDU 556.51
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me proporcionado concluir este trabalho, me
dando forças, paciência, saúde...
A minha família, meu pai (Batista), minha mãe (Liege) e minha irmã (Natalya), por
todo amor dedicado a mim. Vocês são minha base e o motivo de eu não desistir desta
luta.
Agradeço também aos outros membros da família que sempre me apoiaram e torcem
por mim, em especial minha vó Felismina (in memoriam) e Francisca.
Ao meu namorado (Kuka) por todo amor, apoio, companheirismo e compreensão.
A minha orientadora, professora Karina, por ter me acolhido, pelos ensinamentos e
orientações. E principalmente pela pessoa humana que é, colocando amor em tudo que
faz, de forma ética e profissional.
Ao professor Cícero (in memoriam), agradeço por todos os ensinamentos, pelo exemplo
de pessoa e profissional que sempre será referência para mim.
Aos demais professores do curso de Engenharia Ambiental, pela contribuição com
minha formação e pela disponibilidade em ajudar.
A Pedro Celestino, João Vieira e Maria de Fátima pelo auxílio na área de
geoprocessamento, sempre dispostos a ajudar da melhor forma.
Aos meus amigos e colegas de curso agradeço a convivência, o aprendizado e os
momentos compartilhados.
Aos demais amigos pela amizade, paciência e por compreenderem minha ausência.
Agradeço também a todos que rezam e torcem por mim.
RESUMO
As unidades formadoras de uma paisagem podem ser caracterizadas por meio de
informações provenientes do uso e ocupação do solo, pois este reflete as atividades ali
desenvolvidas e os possíveis impactos. Atividades antrópicas que promovem a redução
da cobertura vegetal ocasionam modificações nas características do solo, prejudicando
suas funções ecossistêmicas. Porém, os efeitos negativos da degradação do solo também
atingem outros sistemas, principalmente os recursos hídricos. O gerenciamento
ambiental requer a compreensão das relações entre as atividades antrópicas e seus
efeitos no ambiente, tendo como base o conhecimento das características ambientais
locais. Técnicas de geoprocessamento e utilização de imagens de satélite possibilitam a
obtenção de informações ambientais e de respostas rápidas e eficazes sobre o padrão de
uso e ocupação do solo e suas mudanças ao longo do tempo. Áreas ambientalmente
frágeis, como o semiárido brasileiro, necessitam ter seu uso do solo controlado.
Sobretudo regiões que possuem reservatórios estratégicos, como é o caso do Armando
Ribeiro Gonçalves, que está inserido na Unidade de Planejamento Hidrológico “Médio
Piranhas Potiguar”. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi fazer uma caraterização
física do Médio Piranhas Potiguar, utilizando técnicas de geoprocessamento. Para isso,
foi utilizado o software QGis e o complemento Semi-Automatic Classification Plugin
(SCP), para realizar classificações supervisionadas do uso e ocupação do solo para os
anos de 2002 e 2017, e calculados os percentuais de área de cada classe. A ocupação foi
classificada em: água, agricultura, vegetação aberta, vegetação densa e solo exposto. A
vegetação é a classe predominante na região, a agricultura é a que teve maior aumento
percentual, enquanto a segunda maior alteração foi a redução da água. Também foram
obtidos um mapa da geologia que permitiu identificar a origem e formação do solo, um
mapa de solos para inferir a susceptibilidade ambiental dos solos da região, e um mapa
de altimetria, que auxiliou na interpretação das interações ambientais naturais e
antrópicas. Este trabalho evidenciou que houve mudanças no uso e ocupação do solo
nesse período de 15 anos, e que devido às características ambientais da região, isso pode
intensificar a fragilidade ambiental natural, aumentando os processos de degradação
ambiental.
Palavras-chave: Uso e ocupação do solo. Bacia hidrográfica. Sistemas de informações
geográficas
ABSTRACT
The units forming a landscape can be characterized by information from the use and
occupation of the soil, as it reflects the activities developed there and the possible
impacts. Anthropogenic activities that promote the reduction of the vegetal cover cause
changes in the soil characteristics, impairing its ecosystem functions. However, the
negative effects of soil degradation also affect other systems, especially water resources.
Environmental management requires understanding the relationships between anthropic
activities and their effects on the environment, based on knowledge of local
environmental characteristics. Techniques of geoprocessing and the use of satellite
images enable the obtaining of environmental information and rapid and effective
responses on the pattern of land use and occupation and its changes over time.
Environmentally fragile areas, such as the Brazilian semi-arid, need to have their
controlled soil use. Above all, there are strategic reservoirs, such as Armando Ribeiro
Gonçalves, which is part of the "Médio Piranhas Potiguar" Hydrological Planning Unit.
In this way, the objective of this work was to make an physical characterization of
Médio Piranhas Potiguar, using geoprocessing techniques. For this, the QGIS software
and Semi-Automatic Classification Plugin complement (SCP) was used to perform
supervised classification of land use and occupation for the years 2002 and 2017, and
calculated the area percentages of each class. The occupation was classified in: water,
agriculture, open vegetation, dense vegetation and exposed soil. Vegetation is the
predominant class in the region, agriculture is the one that had the highest percentage
increase, while the second major change was the reduction of water. Were also obtained
a map of the geology identified the origin and formation of the soil, a soil map to infer
the environmental susceptibility of the region's soils, and an altimetry map, which
assisted in the interpretation of natural and anthropogenic environmental interactions.
This work evidenced that there were changes in the use and occupation of the soil in
this period of 15 years, and that due to the environmental characteristics of the region,
this can intensify the natural environmental fragility, increasing the processes of
environmental degradation.
Keywords: Land use and land cover. Watershed. Geographic information systems.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Localização do Médio Piranhas Potiguar 14
Figura 2 – Fluxograma metodológico do processo de classificação supervisionada das
imagens 16
Figura 3 – Mapa do uso e ocupação do solo do Médio Piranhas Potiguar, obtido por
classificação supervisionada, referente aos anos de 2002 e 2017. 19
Figura 4 – Mapa de unidades geológicas do Médio Piranhas Potiguar 22
Figura 5 – Classes de solo encontradas no território do Médio Piranhas Potiguar 23
Figura 6 – Altimetria do Médio Piranhas Potiguar 26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Dado das imagens de satélite utilizadas para classificação supervisionada do
uso e ocupação do solo do Médio Piranhas Potiguar 15
Tabela 2 – Descrição das classes de uso e ocupação do solo selecionadas para execução
da classificação supervisionada de imagens de satélite da região do Médio Piranhas
Potiguar 17
Tabela 3 – Valores das áreas e alteração percentual de cada classe de uso e ocupação
identificada no Médio Piranhas Potiguar nos anos de 2002 e 2017 20
Tabela 4 – Área em km2 e percentual de cada classe de solo existente no Médio
Piranhas Potiguar 24
LISTA DE SIGLAS
MDE Modelo Digital de Elevação
MPP Médio Piranhas Potiguar
RGB Red/Green/Blue
RLe1 Neossolos Litólicos Eutróficos
RLe10 Neossolos Litólicos Eutróficos + Argissolos Vermelho-Amarelos
Eutróficos + Afloramentos de Rochas
RLe17 Planossolos Nátricos Órticos + Neossolos Litólicos Eutróficos +
Afloramentos de Rochas
RLe28 Neossolos Litólicos Eutróficos + Afloramentos de Rochas + Neossolos
Regolíticos Eutróficos
RLe7 Neossolos Litólicos Eutróficos + Afloramentos de Rochas
RYve Neossolos Flúvicos Ta Eutróficos
SCP Semi-Automatic Classification Plugin
SIG Sistema de Informações Geográficas
SNo7 Planossolos Nátricos Órticos + Neossolos Litólicos Eutróficos +
Afloramentos de Rochas
SRTM Missão Topográfica Radar Shuttle
TCo10 Luvissolos Crômicos Órticos + Neossolos Litólicos Eutróficos +
Planossolos Nátricos Órticos
UPH Unidade de Planejamento Hidrológico
USGS United States Geological Survey
UTM Universal Transversa de Mercator
WGS World Geodetic System
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 12
2 METODOLOGIA 13
2.1 Área de estudo 13
2.2 Aquisição dos dados, processamento das imagens e geração dos mapas
temáticos 15
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 18
4 CONCLUSÃO 27
REFERÊNCIAS 28
12
1 INTRODUÇÃO
As unidades formadoras de uma paisagem podem ser caracterizadas por meio de
informações provenientes do uso e ocupação do solo, em razão deste ser um elemento
fundamental para ações que visam à preservação ambiental, pois retrata as atividades
desenvolvidas em uma dada região que podem indicar pressões e impactos sobre áreas
naturais (SANTOS, 2004).
As atividades antrópicas relacionadas ao uso e ocupação do solo, geralmente,
promovem a redução da cobertura vegetal, modificando as características naturais do
solo e comprometendo suas funções ecossistêmicas. O solo exerce funções que
influenciam na manutenção da qualidade da água e dos recursos florestais, na produção
de alimentos, na regulação do clima, entre outras (DEFRIES et al., 2007; FOLEY et al.,
2005; SCHARSICH et al., 2017; XIAO; HU; XIAO, 2016).
Atividades como urbanização, agricultura e pecuária alteram as propriedades
físicas, químicas e biológicas do solo, degradando sua qualidade (ISLAM; WEIL, 2000;
SALVATI; FERRARA; RANALLI, 2014). Em solos sob esses usos, nota-se: aumento
do grau de compactação do solo, redução da taxa de infiltração, aumento da densidade
aparente, diminuição da porosidade, redução da estabilidade de agregados, entre outras
modificações (ISLAM; WEIL, 2000).
Porém, esses efeitos não se restringem ao solo. Considerando que ele é um
sistema aberto em constante interação com os demais componentes da bacia
hidrográfica, os efeitos negativos desse uso diverso alcançam os corpos hídricos e a
atmosfera, podendo causar impactos como assoreamento, eutrofização e poluição do ar
(MOURI, 2015; NGUYEN et al., 2017). Esses impactos também repercutem sobre o
meio socioeconômico, pois afetam a qualidade de vida do homem.
Por isso, é importante o monitoramento do uso e ocupação do solo na avaliação
de impactos antropogênicos, bem como, no gerenciamento ambiental. Nesse contexto,
técnicas de geoprocessamento, com destaque para os sistemas de informações
geográficas (SIGs), se destacam por possibilitar o tratamento dos dados oriundos de
sensoriamento remoto, permitindo a obtenção de mapas contendo padrões de uso e
ocupação do solo e suas mudanças ao longo do tempo (CÂMARA; MEDEIROS, 1998).
As informações obtidas por sensoriamento remoto possibilitam observar regiões
grandes, heterogêneas ou mal acessíveis de forma rápida e eficaz. Sendo as imagens de
13
satélite a principal ferramenta para inferir mudanças no uso e ocupação do solo em todo
o mundo (SCHARSICH et al., 2017).
O desenvolvimento de políticas públicas para uma gestão sustentável requer a
compreensão das interações entre atividades humanas e o ambiente, para isso, estudos
que caracterizem o uso e ocupação do solo de forma espacial e temporal são
indispensáveis (MELO NETO; GUIMARÃES; GONZAGA, 2012; NERY et al., 2011).
Considerando as características naturais do semiárido: clima quente e seco,
irregularidade de precipitações, solos rasos e susceptíveis à erosão (PEREIRA;
DANTAS NETO, 2014), os reservatórios estratégicos existentes nessas áreas devem ter
o uso e ocupação do seu entorno monitorado, evitando que o solo atue como fonte
difusa de poluição para esses corpos hídricos, diminuindo ainda mais a oferta hídrica
em termos quantitativos e qualitativos.
Nesse contexto, destaca-se o Reservatório Armando Ribeiro Gonçalves.
Localizado no semiárido nordestino, é o maior reservatório do Rio Grande do Norte e
está inserido na unidade de planejamento hidrológico “Médio Piranhas Potiguar”. Este
manancial é utilizado para abastecimento público e irrigação e futuramente receberá as
águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do
Nordeste Setentrional (ANA, 2016). Para subsidiar a possível implantação de
programas de conservação e/ou recuperação nessa área é necessário conhecer as
características ambientais da região para subsidiar o planejamento da gestão sustentável
do uso e ocupação do solo.
Com isso, o objetivo deste estudo foi fazer uma caraterização física do Médio
Piranhas Potiguar, utilizando técnicas de geoprocessamento.
2 METODOLOGIA
2.1 Área de estudo
A área de estudo deste trabalho compreende a região do Médio Piranhas
Potiguar, pertencente à bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu, localizada no
estado do Rio Grande do Norte, Nordeste do Brasil (Figura 1).
14
A bacia hidrográfica do rio Piancó-Piranhas-Açu está parcialmente inserida nos
Estados da Paraíba (60%) e do Rio Grande do Norte (40%) e ocupa cerca de 15% do
território da Região Hidrográfica Atlântico Nordeste Oriental (ANA, 2016).
Para subsidiar a definição de uma área mínima de abrangência para o
desenvolvimento de um plano, essa bacia foi subdividida em 11 unidades de
planejamento hidrológico – UPHs. Essa subdivisão considera a homogeneidade de
fatores geomorfológicos, hidrográficos e hidrológicos, tendo como critérios a
hidrografia, a presença de reservatórios de grande porte e de unidades de gestão
adotadas pelos Estados (ANA, 2016).
Figura 1 – Localização do Médio Piranhas Potiguar
Fonte: Base cartográfica – ANA; IBGE; elaborado pelo autor.
A unidade de planejamento hidrológico (UPH) Médio Piranhas Potiguar (MPP)
possui uma área de 3536 km2, o que corresponde a 8,1% da bacia Piancó-Piranhas-Açu.
Nesse território, estão inseridas áreas de 19 municípios, dos quais cinco apresentam sua
sede dentro do MPP (ANA, 2016).
Além disso, no MPP está localizado o reservatório Armando Ribeiro Gonçalves,
o maior açude do estado, cuja capacidade máxima é de 2400 hm3. Também existem
outros 197 reservatórios artificiais, sendo metade com área inferior a 10 ha (ANA,
2016).
15
O clima da região é do tipo BSh, típico do semiárido, caracterizado por ser
quente e seco, com escassez e irregularidade de chuvas e taxas de evapotranspiração
potencial anual superior a precipitação anual (KOTTEK et al., 2006). A pluviometria
varia de aproximadamente 480 mm no extremo leste à 760 mm na porção centro-sul do
MPP (ANA, 2016). A caatinga é o bioma predominante, com espécies arbóreo-
arbustivas.
Com relação à geologia, essa área é formada basicamente pelo complexo Sertões
do Seridó Potiguar (também denominado “Depressão Sertaneja”) e pelo Planalto da
Borborema. O primeiro é caracterizado pela topografia plana a levemente ondulada,
com presença de rochas gnáissicas. O Planalto da Borborema é caracterizado por um
conjunto de terras altas composto por rochas ígneas e metamórficas que se destacam
pelo complexo de faixas dobradas e núcleos do embasamento cristalino e pela presença
de desnivelamentos topográficos em seus limites (ANGELIM et al., 2006; DINIZ;
OLIVEIRA, 2015). Os solos predominantes na região são os Neossolos Litólicos,
Luvissolos Crômicos e Planossolos Nátricos (EMBRAPA, 1971; SANTOS et al., 2011)
2.2 Aquisição dos dados, processamento das imagens e geração dos mapas
temáticos
A classificação do uso e ocupação do solo foi feita a partir de imagens de satélite
obtidas no sítio eletrônico do United States Geological Survey (USGS), capturadas nos
anos de 2002 e 2017. Os dados das imagens estão apresentados na Tabela 1. Todo o
processamento foi realizado no software QGIS.
Tabela 1 – Dado das imagens de satélite utilizadas para classificação supervisionada do
uso e ocupação do solo do Médio Piranhas Potiguar
Ano 2017 2002
Código LC82150642017195LGN00 LE72150642002162AGS01
Satélite Landsat 8 Landsat 7
Sensor OLI/TIRS ETM+
Data da imagem: 14/07/2017 11/06/2002
Datum UTM / WGS 84 24S UTM / WGS 84 24S
Fonte: USGS; elaborado pelo autor.
A seleção desses anos se deu em função da disponibilidade de imagens de
qualidade, ou seja, sem interferência de nuvens, e da semelhança entre os regimes
pluviométricos anuais, de acordo com os dados da EMPARN, e entre as épocas dos
16
anos das cenas, uma vez que o índice foliar pode apresentar diferentes respostas
espectrais em períodos de precipitação distintos, conforme observado por (COELHO et
al., 2013). Influenciando, assim, nos resultados da classificação da cobertura do solo.
O processo de classificação supervisionada das imagens (Figura 2),foi executado
a partir do complemento Semi-Automatic Classification Plugin (SCP) no QGIS..
Figura 2 – Fluxograma metodológico do processo de classificação supervisionada das
imagens
Fonte: elaborado pelo autor.
Primeiramente, foi realizada a correção atmosférica das imagens. O próximo
passo foi o recorte da área de interesse, nessa etapa foi utilizada a delimitação obtida no
banco de dados do Plano de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Piancó-
Piranhas-Açu. Depois, foi feita a composição de bandas utilizando-se as bandas
espectrais 5(R) 4(G) 3(B), a fim de facilitar a interpretação visual para a coleta das
amostras, o software Google Earth Pro auxiliou nesse processo.
Seleção de imagens
Pré-processamento
Correção atmosférica
Recorte das áreas de interesse
Criação do bandset
Processamento
Composição colorida das
bandas
Seleção das amostras
Água
Agricultura
Solo exposto
Vegetação aberta
Vegetação densa
Classificação supervisionada
Pós-processamento
Análise dos resultados
Matriz de confusão
Acurácia
Kappa
Processamento digital de imagens
17
Foram definidas cinco classes de uso e ocupação do solo, descritas na Tabela 2.
Apesar de existirem sedes municipais dentro da área de estudo, o tamanho de suas áreas
foi desprezível em relação ao total do MPP, fazendo com que melhores resultados
fossem obtidos ao classificá-las como áreas de solo exposto.
Tabela 2 – Descrição das classes de uso e ocupação do solo selecionadas para execução
da classificação supervisionada de imagens de satélite da região do Médio Piranhas
Potiguar
Nome da classe Descrição
Água Água continental: corpos d’água naturais e artificiais, tais como:
rios, canais, lagos, represas, açudes etc.
Agricultura Área agrícola: terras cultivadas, caracterizadas pelo delineamento
de áreas cultivadas ou em descanso.
Solo exposto
Área descoberta: áreas sem cobertura vegetal e cobertas por rocha
nua exposta. Áreas urbanizadas: áreas correspondentes às cidades
e vilas, compreendendo áreas de uso intensivo, estruturadas por
edificações e superfícies artificiais.
Vegetação aberta
Área campestre: áreas de vegetação com estrato
predominantemente arbustivo, esparsamente distribuído sobre um
tapete gramíneo-lenhoso.
Vegetação densa Área florestal: áreas com formações arbóreas e presença de
Savana Estépica Florestada.
Fonte: Adaptado de IBGE, 2013.
A etapa de pós-processamento se deu através da geração de uma matriz de
confusão para estimativa da acurácia global e do índice de Kappa. Baseado na diferença
entre concordância observada e a chance de concordância entre os dados de referência e
uma classificação aleatória (CONGALTON; GREEN, 1999), o índice de Kappa estima
a qualidade da classificação.
Com isso, foram gerados os mapas temáticos que expressam os resultados das
classificações e calculado os percentuais de cada classe de uso do solo em relação à área
total.
Além disso, foram elaborados mapas temáticos de geologia, de classes de solo e de
altimetria da região em estudo. O arquivo vetorial da geologia foi obtido no site
18
GeoSGB, que contém dados, informações e produtos do Serviço Geológico do Brasil. O
mapa de solos foi estruturado a partir da base cartográfica da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária, considerando a nova classificação dos solos. A altimetria foi
obtida por meio do Modelo Digital de Elevação (MDE) do Missão Topográfica Radar
Shuttle (SRTM) disponibilizado no sítio eletrônico do USGS. Em todos foi recortada
somente a delimitação do MPP, cuja camada vetorial foi obtida no banco de dados
online do Plano de Recursos Hídricos da bacia.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A elaboração do mapa temático de uso e ocupação do solo permitiu a
identificação espacial das principais classes de uso do solo e a mudança temporal dessas
num intervalo de 15 anos, ou seja, no período compreendido entre 2002 e 2017 (Figura
3).
19
Figura 3 – Mapa do uso e ocupação do solo do Médio Piranhas Potiguar, obtido por classificação supervisionada, referente aos anos de 2002 e
2017.
Fonte: USGS; ANA; elaborado pelo autor.
20
Com relação à qualidade das classificações, para a imagem de 2002, a acurácia
global obtida foi de 83,73% e o índice de Kappa resultou em 0,77. Já na classificação da
imagem de 2017 os resultados foram de 81,78% e 0,76, para o acurácia global e o índice
de Kappa, respectivamente. Esses valores classificam a qualidade da classificação como
“muito boa” (LANDIS; KOCH, 1977).
A região Médio Piranhas Potiguar possui uma área total de 3536 km2, ocupados
predominantemente por caatinga. No ano de 2002, a maior parte era de vegetação
aberta, enquanto que, atualmente, predomina a vegetação densa. Em seguida, tem-se a
área ocupada por solo exposto representando em média 20% do território. A agricultura
apesar de ocupar uma área percentual pequena em relação ao total, teve um crescimento
significativo, e as áreas ocupadas por água diminuíram (Tabela 3).
Tabela 3 – Valores das áreas e alteração percentual de cada classe de uso e ocupação
identificada no Médio Piranhas Potiguar nos anos de 2002 e 2017
Classe 2002 2017 Incremento
(%) Área (km2) Área (%) Área (km
2) Área (%)
Água 138,33 3,91 69,88 1,98 -49,48
Agricultura 53,44 1,51 104,88 2,97 +96,24
Vegetação aberta 1609,91 45,53 1151,67 32,57 -28,46
Vegetação densa 1125,57 31,84 1440,70 40,75 +28,00
Solo exposto 608,32 17,21 768,45 21,73 +26,32
Fonte: elaborado pelo autor
A área ocupada por corpos hídricos diminuiu cerca de 50% em relação a 2002.
Isso se deve ao fato do semiárido brasileiro apresentar déficit hídrico e altas taxas de
evaporação, promovendo variações drásticas nos volumes de água, resultando também
no comprometendo da qualidade desses corpos hídricos, intensificando processos de
eutrofização (BRAGA et al., 2015). A seca histórica enfrentada na região, que desde
2012 apresenta baixas precipitações (EMPARN, 2017), agrava esses problemas,
promovendo a perca da quantidade e qualidade da água.
Com relação à agricultura, a área ocupada por essa atividade praticamente
dobrou no período estudado. A atividade está promovendo a substituição da mata nativa
por cultivos agrícolas e solo exposto. Isso é um problema global, 14 dos 21 biomas do
mundo são impactados pela agricultura (ELLIS; RAMANKUTTY, 2008). E a tendência
é que essa ocupação aumente (WWF-BRASIL; INSTITUTO IPE, 2012). Logo, é
necessário que haja um monitoramento dessa atividade, evitando que áreas
21
ambientalmente frágeis sejam degradadas. Além de um controle sobre o possível uso de
agrotóxicos e fertilizantes, pois mal dimensionados podem causar problemas ambientais
e de saúde pública (RAHMAN, 2005).
O rápido crescimento da classe agricultura provoca a progressiva substituição da
vegetação nativa por uma paisagem cada vez mais degradada, heterogênea e
fragmentada (COELHO et al., 2013; MELO NETO; GUIMARÃES; GONZAGA,
2012). Isso pode ser visualizado na imagem classificada de 2017, que apesar de
apresentar uma área de vegetação densa maior, esta se encontra menos uniforme em
comparação ao período anterior.
A mudança da cobertura vegetal apresentou um comportamento inesperado, em
razão do aumento da classe de vegetação densa e diminuição da vegetação aberta.
Entretanto, uma hipótese é que a algaroba (Prosopis juliflora), espécie exótica,
introduzida no semiárido nordestino, de fácil dispersão e adaptabilidade (ANDRADE;
FABRICANTE; OLIVEIRA, 2010), pode ter contribuído para o aumento dessa classe,
pois essa espécie apresenta uma copa grande e verde, diferente das espécies nativas que
passam a maior parte do ano sem folhas. A regeneração natural também é possível, uma
vez que cessadas as atividades antrópicas, as áreas degradadas podem recuperar suas
funções ecológicas e cobertura vegetal.
Além disso, regiões em que há predomínio de caatinga estão em constante
dinâmica, devido tanto ao uso do solo pelas atividades agropecuárias como pelo fator
clima. A variabilidade da caatinga, em virtude de suas características biofísicas, faz
com que um curto período chuvoso já modifique a sua cobertura foliar, dificultando a
interpretação da classe correspondente (BATISTA; SANTOS, 2011).
A área de solo exposto aumentou 26% em relação ao observado para essa classe
no ano de 2012. Estudos em outras localidades também identificaram um aumento na
área de solo exposto (COELHO et al., 2013; NERY et al., 2011). Considerando que a
atividade de pecuária realizada no semiárido do Rio Grande do Norte é do tipo
extensiva realizada em caatinga aberta, pode-se inferir que essa atividade é responsável
pelo aumento de solo exposto e diminuição da vegetação aberta, identificado na
classificação para o ano de 2017.
Na pecuária, o pisoteio dos animais promove a compactação do solo, que gera
redução de espaços porosos, aumentando a resistência à penetração radicular das
plantas, ocasionando perdas de cobertura do solo. Essa redução dos espaços porosos
também diminui a infiltração de água no solo. Isso associado à baixa cobertura vegetal
22
do solo em áreas compactadas favorece o escoamento superficial, gerando perdas
erosivas. Esse sedimento pode chegar até os corpos hídricos, contribuindo para o
assoreamento e contaminação desses sistemas (MEDEIROS, 2016; MELO et al., 2008;
OLIVEIRA, 2012).
A área de contribuição da atividade pecuarista no MPP pode ser calculada pela
soma da área das classes vegetação aberta e solo exposto, o que resulta em 1920,12 km²,
ou 54,3% da área analisada. Percentual semelhante ao encontrado por Medeiros, (2016)
em outra área da mesma bacia hidrográfica. Isso reflete em uma grande área com
potencial de contribuição por poluição difusa, devido ao potencial degradador da
pecuária associado às características da bacia, conforme constatado por Oliveira (2012).
A cobertura natural da região é função de um conjunto de fatores que
determinam suas características ambientais. Os fatores pedogenéticos de formação de
um solo são determinados pela geologia (ver Figura 4). Os principais tipos de rochas
existentes na região são: metagranito, mármore, xisto, gnaisse, diorito, granito, areia,
formação ferrífera e granitoide (ANGELIM et al., 2006; CPRM, 2017).
Figura 4 – Mapa de unidades geológicas do Médio Piranhas Potiguar
Fonte: Base cartográfica – Serviço Geológico do Brasil; elaborado pelo autor.
23
O solo é um dos componentes da bacia hidrográfica que determina a aptidão
ambiental de uma área. O Médio Piranhas Potiguar apresenta solos pouco
desenvolvidos, típicos do semiárido brasileiro (Figura 5).
Figura 5 – Classes de solo encontradas no território do Médio Piranhas Potiguar
Fonte: Base cartográfica – EMBRAPA, 2011; elaborado pelo autor.
Os Neossolos Litólicos Eutróficos são os principais representantes dessa região
(Tabela 4). Eles se caracterizam por serem solos poucos evoluídos, com baixa
24
intensidade de atuação dos processos pedogenéticos e alta fertilidade potencial, com alta
saturação por bases. Os Luvissolos variam de bem a imperfeitamente drenados, sendo
normalmente pouco profundos, com sequência de horizontes A, Bt e C, e nítida
diferenciação entre os horizontes A e Bt. Os Planossolos Nátricos são solos com
horizonte adensado e permeabilidade lenta ou muito lenta. Os Neossolos Flúvicos,
presente em uma pequena área do mapa, são solos derivados de sedimentos aluviais e
que apresentam caráter flúvico (EMBRAPA, 2006). Áreas com afloramento de rochas
também são encontradas na região.
Tabela 4 – Área em km2 e percentual de cada classe de solo existente no Médio
Piranhas Potiguar
Unidade de solo Área
(km2)
Área
(%)
RYve - Neossolos Flúvicos Ta Eutróficos 1,46 0,04
RLe7 - Neossolos Litólicos Eutróficos + Afloramentos de Rochas 34,47 0,96
RLe1 - Neossolos Litólicos Eutróficos 37,47 1,05
RLe17 - Planossolos Nátricos Órticos + Neossolos Litólicos
Eutróficos + Afloramentos de Rochas
131,47 3,68
SNo7 - Planossolos Nátricos Órticos + Neossolos Litólicos
Eutróficos + Afloramentos de Rochas
265,89 7,44
TCo10 - Luvissolos Crômicos Órticos + Neossolos Litólicos
Eutróficos + Planossolos Nátricos Órticos
795,62 22,25
RLe10 - Neossolos Litólicos Eutróficos + Argissolos Vermelho-
Amarelos Eutróficos + Afloramentos de Rochas
812,32 22,72
RLe28 - Neossolos Litólicos Eutróficos + Afloramentos de Rochas
+ Neossolos Regolíticos Eutróficos
1201,14 33,59
Água 296,15 8,28
Fonte: Adaptado de EMBRAPA, 2011; elaborado pelo autor.
Vale salientar que a área de zona ripária do reservatório é ocupada em sua quase
totalidade pela associação entre Neossolos Litólicos Eutróficos, afloramentos de rochas
e Neossolos Regolíticos Eutróficos. (OLIVEIRA, 2012) constatou em uma área de
Neossolo Litólico desta mesma bacia hidrográfica, através de análises físico-químicas
que o solo sob uso da pecuária foi associado a altos valores de K+ trocável e fósforo
disponível, possivelmente devido ao aporte de excretas animais ricas nesses elementos,
25
tornando esse solo uma fonte potencial de nutrientes para corpos hídricos, favorecendo
a eutrofização. Enquanto para uma área com plantação foi verificada uma forte
associação com pH e Na+ trocável, devido ao manejo inadequado da irrigação com
água de baixa qualidade, o que pode contribuir para o processo de salinização de
reservatórios, tornando o solo uma fonte difusa de sais.
Nesses tipos de solos, em geral, caracterizados por serem jovens, com pouca
profundidade e ambientalmente frágeis, os efeitos de manejos irracionais de atividades
como desmatamentos, queimadas e exploração intensiva pela agricultura e pecuária,
provoca a erosão laminar das camadas superiores do solo, deixando expostas camadas
de solo cada vez mais vulneráveis a compactação, diminuição das taxas de infiltração e
elevando da taxa de erosão, podendo culminar em extensas áreas desertificadas (MELO
et al., 2008).
A topografia do terreno também é condicionador das atividades desenvolvidas,
principalmente relacionada às atividades agrícolas. Comparando visualmente a
altimetria do MPP (Figura 6) com a classificação do uso do solo, percebe-se que as
regiões de vegetação densa estão localizadas principalmente em regiões mais íngremes
e elevadas. Ou seja, locais mais inacessíveis à ocupação por atividades antrópicas,
fazendo com que essas áreas se mantenham mais preservadas.
26
Figura 6 – Altimetria do Médio Piranhas Potiguar
Fonte: Base cartográfica – SRTM; USGS; elaborado pelo autor.
Com isso, percebe-se que o uso e ocupação do solo é função das características
ambientais intrínsecas e das atividades desenvolvidas na localidade. A dinâmica
temporal do uso e ocupação do solo é um fator que deve ser monitorado, para isso, a
análise de imagens de satélite apresenta-se como uma ferramenta importante para o
monitoramento espaço-temporal, dando uma visão objetiva da dinâmica do território e
aumento da confiança dos tomadores de decisão para ajudar a formular um projeto para
conservar recursos naturais (SANHOUSE-GARCIA et al., 2016).
Este trabalho é uma importante etapa para pesquisas futuras que definam uma
área de intervenção prioritária de gestão e manejo do solo e práticas que auxiliem na
preservação da qualidade ambiental da região, principalmente a qualidade da água do
reservatório Armando Ribeiro Gonçalves.
27
4 CONCLUSÃO
Devido às características ambientais da região, o uso e ocupação do solo
pode intensificar a fragilidade ambiental natural, aumentando os processos de
degradação ambiental.
Houve alteração do uso e ocupação do solo no período de 2002 à 2017,
provocado por fatores ambientais e atividades antrópicas.
Para obtenção de resultados mais precisos é interessante cruzar os
resultados da classificação com dados de campo. O que auxiliaria na investigação
dos fatos motivadores das mudanças de cobertura do solo.
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