82
Argamassas PCC 3222 2019

Caracterização reológica de materiais cimentícios: métodos … · 2019. 10. 8. · NBR 13276/2005 Água fracionada 50%50% NBR 16541/2016 Procedimento de mistura X reologia. água

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  • Argamassas

    PCC 32222019

  • Objetivos da aula

    ▪ Apresentar os diferentes tipos de argamassas e sua importância na construção.

    ▪ Discutir as propriedades de um sistema de revestimento de argamassa e os riscos associados a patologias

    ▪ Discutir qual a relevância do material argamassa para o desempenho “potencial” do revestimento, métodos de ensaio e controle, inovações em tecnologias de controle

  • Tipos de argamassas

    http://homecorp.net.br/wp-content/uploads/2016/06/blog-reboco-argamassa-767x575.jpg

    http://construcaomercado.pini.com.br/negocios-incorporacao-construcao/141/imagens/i377082.jpg

    https://i.ytimg.com/vi/3UunOzwJvP4/hqdefault.jpg

    https://www.concreserv.com.br/wp-content/uploads/2016/12/argamassa-em-tijolo.jpg

    https://www.escolaengenharia.com.br/wp-content/uploads/2015/10/aplicar-argamassa-em-pisos2.jpg

  • Argamassa de

    Assentamento

    Argamassa de

    revestimento

    interno ou externo

    Colantes

    Concreto

    Bloco

    Regularização de piso com argamassa “farofa” ou

    auto-nivelante

    Placa ceramica

    Tipos de argamassas

  • Usos na construção civil

    Para assentamento de alvenariasArgamassa de assentamento (elevação da alvenaria)Argamassa de fixação (ou encunhamento)

    Para revestimento de paredes e tetosArgamassa de chapiscoArgamassa de emboçoArgamassa de rebocoArgamassa de camada únicaArgamassa para revestimento decorativo monocamada

  • Para revestimento de pisosArgamassa de contrapisoArgamassa de alta resistência para piso

    Para revestimentos cerâmicos (paredes/pisos)Argamassa de assentamento de peças cerâmicas – colanteArgamassa de rejuntamento

    Para recuperação de estruturas Argamassa de reparo

    Usos na construção civil

  • Tipos de argamassas

    • Forma de preparo• Industrializada

    • sacos

    • Preparada na obra

    • Argamassa intermediária• cal e areia

    • Centrais de argamassa móveis

  • Tipos de argamassas

    • Tipo de aglomerante• cal• cimento e cal• cimento• gesso

    • Teor de aglomerantes• rica pobre

    • Consistência• seca

    • plástica

    • fluída

    • Quantidade de aglomerantes

    • simples

    • mista

    pasta

  • Componentes

    • Agregados miúdos 75m a 4.8mm

    • areia natural

    • pó calcário

    • entulho reciclado

    • Aglomerante (s)• cimento • cal (hidratada ou virgem)• gesso

    • Adições• escória, pozolanas,

    entulho

    incorporação de ar

    impermeabilizantes

    retentores de água

    resinas

  • Argamassas de revestimento

    o Empregadas no recobrimento e na regularização (às vezes “mega regularização”) de superfícies (paredes, tetos, coberturas, etc.)

    o Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do intemperismo (estanqueidade), no caso dos revestimentos externos

  • Sistemas de revestimento

    http://construnormas.pini.com.br/engenharia-instalacoes/vedacoes-revestimentos/imagens/i489916.jpg

    http://construnormas.pini.com.br/engenharia-instalacoes/vedacoes-revestimentos/imagens/i489915.jpg

    Revestimento monocamada

    Reboco

    Emboço

    Chapisco

  • Argamassas de revestimento

    http://www.aecweb.com.br/tematico/img_figuras/pav-mix-revestimento-pav-fin-edificio$$9797.jpg

  • Desempenho

    no uso

    Sistemas de revestimento

  • Sistemas de revestimento em argamassa (NBR 13749)

    O controle é feito de maneira empírica em termos de aceitação do revestimento como um todo: não há proposta de controle direto do material (argamassa)

    Não definido como:

    a própria norma de

    especificação não

    vincula à norma de

    consistência

    (NBR13276)

    https://construcaocivil.info/medicao-do-indice-de-consistencia-da-argamassa-utilizando-a-mesa-de-consistencia-abnt-nbr-132762005/

    https://construcaocivil.info/medicao-do-indice-de-consistencia-da-argamassa-utilizando-a-mesa-de-consistencia-abnt-nbr-132762005/

  • Condições de aderência (NBR 13749)

  • Resistência de Aderência à tração

    • NBR13528/2010

    • Corpo de prova cilíndrico 5 cm,cortado até a base.

    base

    Revestimento em argamassa

    F Pastilha metalicacolada

  • Problemas típicos em revestimento

    http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/ver_imagem.php?id_imagem=12863

    Queda de revestimentos é risco de segurança para pessoas!

    Fissuras comprometemestanqueidade à água

  • Como garantir a aderência dos revestimentos de argamassas?

  • Defeitos da interface governam aderencia

    (CARASEK, 1996)(CARASEK, 1996)

    Sem contato com a base não existe aderência

  • Aderência & Defeitos na interface

    Bloco cerâmico

    Argamassa

    ChapiscoDefeito

    Sem contato com a base não existe aderência

  • R2 = 0,72

    0,0

    0,1

    0,2

    0,3

    0,4

    0,5

    0,6

    0,7

    0,8

    0,9

    1,0

    0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

    Área de macrodefeitos na interface (mm2)

    R.a

    de

    rên

    cia

    (M

    Pa

    )

    combinações

    15-CI-CD-2

    Expon. (combinações)

    Aderência x defeitos na interface

    Antunes. Modelagem aderência de Argamassas. Tese de Doutorado, Poli USP 2005

  • Defeitos na Interface

    Elançamento < Ecompactação

    Maior probabilidade de defeitos na interface

    Ecompactação - energia necessária para compactação, f(reologia da argamassa)Elançamento – energia de lançamento (controlada pelo operário / máquina)

  • Energia de lançamento

    No laboratório é possível padronizar a energia de lançamento

  • Interfaces

  • Camadas delgadas de argamassas sofrem maior

    influência das interfaces(substrato/ar)

  • Superfície de

    contato

    K.L. Scrivener, A.K. Crumbie, P. Laugesen, Interface Science 12 (2004) 411-42

    Substrato

    Interface de contato: forças coesivas/aderência

  • Absorção da água

    Su

    bst

    rato

    po

    roso

    Interface de contato: capilaridade

  • Intensificação das forças contato / hidratação na interface

    Interface de contato: capilaridade

  • Aderência depende das propriedades dos materiais e das forças atrativas nas áreas efetivas

    de contato entre as superfíciesem diferentes escalas

  • Problemas de aderência no substrato

    • Desmoldante na superfície do concreto

    • Não molhar a superfície, antes da aplicação da argamassa

    • Blocos de alvenaria, porosos

    • Superfície (substrato) pouco rugoso• Um das funções do chapisco são criar pontes de aderência

    entre as camadas

    • Não ter aditivos promotores de adesão• Colas (PVA, etc), presentes nas argamassas industrializadas

  • Sistemas de revestimento

    Desempenho depende das propriedades dos

    materiais como:

    o Trabalhabilidade o Adesão

    o Cura

    o Retraçãoo Aderência

    o Estanqueidade (permeabilidade à água)

    o Isolamento térmico e acústico

    o Dureza superficial

    o Capacidade de absorver deformações (módulo elasticidade)

    o Base para as camadas de acabamento

    o Resistência a ataques químicos (sulfatos, ....)

    o Segurança ao fogo

    Estado fresco /

    primeiras idades

  • Como medir

    TRABALHABILIDADE?

  • Diferentes consistências

    (trabalhabilidade) no estado fresco

    http://www.proexe.com.br/wp-content/uploads/2015/04/IMG_4963-Copy.jpg

    http://pontualeng.com.br/files/imagem/7340159375669baf42b42d6.67355047.jpg

    http://mlb-d2-p.mlstatic.com/ferramenta-especial-para-rebococomo-rebocar-paredesrendbok-18929-MLB20162442127_092014-F.jpg?square=false

    Secas

    Visco-plásticas

    Fluidas

    Diversidade reológica

  • Flow table(mesa de consistência)

    http://www.testinglabequipments.com/images/product/1484380100FlowTable.jpg

  • Aderência x resistência x comportamento reológico

    Argamassas com menor resistência mecânica podem apresentar

    maior resistência de aderência: melhor comportamento reológico!!

    ❑ Moriconi, G, Corinaldesi, V. Antonucci, R. Environmentally-friendly mortars: a way to improve bond between mortarand brick. Materials and Structures 36 (10), (2003), 702–708.

    13%

    13%+AE

    15%

    15%+AEAR² = 0.9

    R² = 0.8

    0

    1

    2

    3

    4

    0.2

    0.4

    0.6

    0.8

    0 100 200 300 400

    Fle

    xura

    l str

    en

    gth

    (M

    Pa

    )

    Bo

    nd

    str

    en

    gth

    (M

    Pa

    )

    Yield stress of the mortar (Pa)

    Bond strength

    Flexural strength

    (b)

    RefFA

    PB

    RA

    R² = 0.8

    R² = 0.7

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    0.2

    0.4

    0.6

    0.8

    30 40 50 60 70 80 90

    Fle

    xura

    l str

    en

    gth

    (M

    Pa

    )

    Bo

    nd

    str

    en

    gth

    (M

    Pa

    )

    Yield stress of the paste (Pa)

    Bond strength

    Flexural strength

    (a)

  • Estado Fresco

    Mistura

    Transporte

    Aplicação

    Acabamento

    IDEAL

    MOMENTOS REOLÓGICOS

  • Reômetros (ensaios multipontos)?

  • Momentos reológicos - argamassas

    Reômetros

  • Reômetros não simulam o espalhamento

    (nivelamento/regularização) e o acabamento sobre os substratos

  • Squeeze flow

  • REOMETRIA

    COMPRESSIVA

    Compressão (controle de deslocamento ou carga)Geometria moeda (D/h > 5) gera cisalhamento radial

    Squeeze flow

  • Curva teórica típica de Squeeze-flow

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    900

    1000

    0 0.5 1 1.5 2 2.5deslocamento (mm)

    carg

    a (

    N)

    I II III

    I - deformação linear elástica

    II – deformação plástica ou fluxo viscoso

    III – enrijecimento induzido por deformação (“strain hardening”)

    Modelos permitem calcular parâmetros reológicos

    Squeeze flow

  • 0

    200

    400

    600

    800

    1000

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

    Car

    ga (N

    )

    Deslocamento (mm)

    Squeeze flow

    X

  • Relação com a percepção do aplicador

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

    Car

    ga (

    N)

    Deslocamento (mm)

    0,1mm/sArg 1Arg 2Arg 3Arg 4Arg 5Arg 6

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    Fácil aplicaçãoDifícil aplicação

    Squeeze flow

  • Diferentes condições de mistura (em laboratório)

    Mais energia de mistura = maior deslocamento

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    0 1 2 3 4

    Ca

    rga

    (N

    )

    Deslocamento (mm)

    NBR 13276/2005

    Água fracionada 50%50%

    NBR 16541/2016

    Procedimento de mistura X reologia

  • água

    matriz

    agregado

    partícula pequena

    MPT

    IPS

    𝑰𝑷𝑺 =𝟐

    𝑽𝑺𝑨𝒙

    𝟏

    𝑽𝒔−

    𝟏

    𝟏 − 𝑷𝒐𝒇

    𝑴𝑷𝑻 =𝟐

    𝑽𝑺𝑨𝒂𝒈𝒙

    𝟏

    𝑽𝑺𝒂𝒈−

    𝟏

    𝟏 − 𝑷𝒐𝒂𝒈

    VSA – área superficial volumétrica (m2/cm³) = área superficial (m2/g) x densidade (g/cm³)Vs – fração volumétrica dos sólidosPo – fração de poros no sistema, quando as partículas se encontram acomodadas na condição de máximo empacotamento

    Modelo microestrutural/reológico

  • Possível moldar (estado fresco) desde camadas espessas até com espessura mínima definida pelo tamanho do maior grão

    Extensão granulométrica versátil

  • ❑ De maneira geral: MPT deslocamento máx fluidez

    ❑ MPT é um dos parâmetros que governam o comportamento reológico,

    aliado à viscosidade da pasta e tendência à segregação

    CARDOSO, F.A., 2009.

    > 500 N

    de 100 a 500 N

    < 100 N

    Squeeze flowArgamassas de revestimento brasileiras

  • Distribuição de fases no estado frescoArgamassas de revestimento brasileiras

  • • Agregados miúdos• areia natural• areia britada• pó calcário• entulho reciclado

    • Ligante(s)• cimento

    • cal (hidratada)• gesso

    • Adições• Filers• Pozolanas• Resíduos• Saibro, ...

    • Aditivos• Incorporador de ar• Modificador de

    viscosidade• Polímeros em emulsão• Dispersantes, ...

    Composição variável

  • F

    D

    R

    Areia natural quartzo Areia britada

    Mista

    Agregados miúdos: areias

  • REBMANN et al., 2012.

    Influência da morfologia da areia

  • 0,5

    0,6

    0,7

    0,8

    0,11 0,13 0,15 0,18 0,21 0,25 0,30 0,36 0,43 0,50 0,60 0,71 0,85

    b/l

    Diâmetro das partículas (mm)

    Areia Artificial

    Areia Natural

    0,6

    0,7

    0,8

    0,9

    0,11 0,13 0,15 0,18 0,21 0,25 0,30 0,36 0,43 0,50 0,60 0,71 0,85

    Es

    feri

    cid

    ad

    e

    Diâmetro das partículas (mm)

    Areia Artificial

    Areia Natural

    (A) (B) (C)

    (E) (F)(D)

    (H) (I)(G)

    50X 100X 150X

    50X 100X 150X

    50X 100X 150X

    2000m 500m1000m

    2000m 500m1000m

    2000m 500m1000m

    Areia Artificial britada não lavada

    com aumento de 50 vezes

    Areia Artificial britada não lavada

    com aumento de 100 vezes

    Areia Artificial britada não lavada

    com aumento de 150 vezes

    Areia Artificial britada lavada

    com aumento de 50 vezes

    Areia Artificial britada lavada

    com aumento de 100 vezes

    Areia Artificial britada lavada

    com aumento de 150 vezes

    Areia Natural lavada com

    aumento de 50 vezes

    Areia Natural lavada com

    aumento de 100 vezes

    Areia Natural lavada com

    aumento de 150 vezes

    Influência da morfologia da areia

  • Areia artificial

    Torque Energia total de mistura

    Areia natural Areia artificial

    KUDO, E. K. Caracterização reológica de argamassas colantes. 2012.

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

    Influência da morfologia da areiaArgamassa colante: curvas de mistura

  • y = 0,0030x + 0,6348

    y = 0,0018x + 0,4696

    y = 0,0023x + 0,3724

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    0 50 100 150 200 250 300 350

    To

    rqu

    e (

    N.m

    )

    Velocidade (rpm)

    Natural com finos

    19,4% Água 20,5% Ar

    21,5% Água 15,7% Ar

    23,7% Água 8,2% Ar

    (A)

    y = 0,0026x + 0,5884

    y = 0,0019x + 0,3294

    y = 0,0022x + 0,2842

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    0 50 100 150 200 250 300 350

    To

    rqu

    e (

    N.m

    )

    Velocidade (rpm)

    Natural sem finos

    19,4% Água 19,8% Ar

    21,5% Água 12,9% Ar

    23,7% Água 8,8% Ar

    (B)

    y = 0,0043x + 1,0853

    y = 0,0032x + 0,5824

    y = 0,0029x + 0,5170

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    0 50 100 150 200 250 300 350

    To

    rqu

    e (

    N.m

    )

    Velocidade (rpm)

    Artificial com finos

    19,4% Água 21,6% Ar21,5% àgua 22,7% Ar23,7% Água 16,8% Ar

    (A)

    y = 0,0051x + 1,1125

    y = 0,0031x + 0,6155

    y = 0,0031x + 0,5095

    0,0

    0,5

    1,0

    1,5

    2,0

    2,5

    3,0

    0 50 100 150 200 250 300 350

    To

    rqu

    e (

    N.m

    )

    Velocidade (rpm)

    Artificial sem finos

    19,4% Água 22,7% Ar

    21,5% Água 23,3% Ar

    23,7% Água 19,4% Ar

    (B)

    Areia artificial

    Tensão de escoamento Viscosidade

    KUDO, E. K. Caracterização reológica de argamassas colantes. 2012.

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

    Influência da morfologia da areiaArgamassa colante: reometria rotacional

  • Ensaios reológicos sofisticados

    • Aplicáveis para a dosagem/formulação de argamassas industrializadas.

    • Argamassas “dosadas” na obra: sem bases para qualificação no controle de recepção do material na obra. São ainda um grande volume de material aplicado com grande impacto ambiental (elevado consumo de aglomerantes especialmente nos casos que aditivos incorporadores de ar não são utilizados).

  • Problemas na aplicação convencional

    • Os ensaios reológicos são utilizados para melhorar formulação (dosagem) das argamassas.

    • Quantidade de água é definida pelo pedreiro que não possui instrumentos de controle de trabalhabilidade além da sensibilidade.

    • Não existe controle de material e aplicação em obra.

    https://www.engenhariacivil.com/curso-argamassas-revestimento-paramentos-edificios

    https://www.engenhariacivil.com/curso-argamassas-revestimento-paramentos-edificios

  • Traço convencional de argamassa

    Volume

    aparente

    Massa

    M V

    kg dm3

    V / V M/M

    cimento 50 40 1 1

    cal 26 40 1 0,5

    areia 360 240 6 7,2

    água 90 90 2 1,8

    traço

    Divisor:

    aglomerante

    principal

  • Densidade de massa

    • aparente (a)• volume total do recipiente

    • Inclui vazios entre grãos

    • sensível ao adensamento

    • específica (e)• volume dos grãos

    • exclui vazios entre grãos

    Volume

    dos Grãos

    )(3dm

    kg

    V

    M=

    Volume de

    vazios entre grãos

  • Densidade de massa

    (kg/dm3) Aparente Específica

    Cimento 1,15 ~ 1,25 ~ 3,1

    Cal hidratada 0,5 a 0,8 ~2,6

    Areia 1,1 a 1,25* ~ 2,6

    Gesso ~ 0,6 ~ 2,6 *

    *úmida

    • Valores práticos (condições de dosagem em obra)

  • Exercício para casa

    • Estimar o consumo de cimento e cal por metro cúbico de argamassas mistas com o traço em volume 1:1:6:2 supondo a variação do ar incorporado nas frações volumétricas de 2%, 10% e 25%.

    • Enviar via e-Disciplinas

  • Capacidade de deformação

    Além de elevada aderência ao substrato o que se

    deseja de um revestimento de argamassa é que ele seja

    capaz de absorver as deformações da base onde ele

    está aderido de modo a não fissurar:

    ✓ questões estéticas

    ✓ segurança (desplacamentos)✓ estanqueidade do revestimento

  • Como medir Módulo?

    Como controlar?

  • Módulo estático

    Método convencional

  • Módulo dinâmico

  • ❑ Porosidade total no estado endurecido é função do teor de ligante, água e ar

    AC

    D

    E

    F

    G

    H

    IJ

    K

    M

    N

    P

    Q

    R

    S

    T

    VX ZgD

    Eur1

    O

    y = 0,925xR² = 0,957

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    30 35 40 45 50 55

    Po

    rosi

    dad

    e To

    tal (

    %)

    Água + Ar (%v)

    Porosidade Argamassas de revestimento brasileiras

  • ❑ Módulo depende da densidade e porosidade do material

    A

    C

    D

    F

    G

    H

    I

    J

    M

    N

    PQ R

    S

    T

    V

    X

    Zg

    D

    Eur1

    EK

    O

    y = -0,472x + 28,38R² = 0,860

    0

    5

    10

    15

    25 30 35 40 45 50

    du

    lo d

    e El

    asti

    cid

    ade

    (GP

    a)

    Porosidade Total (%)

    Módulo de elasticidadeArgamassas de revestimento brasileiras

  • ❑ De maneira geral: Porosidade resistência

    ❑ Relação com a porosidade mais dispersa do que o módulo visto que a resistência da fase

    contínua (pasta) é influenciada pela composição química da matriz e, por ser material frágil,

    também pelo tamanho do defeito crítico

    A

    C

    D

    F

    GH

    I

    J

    M

    N

    P

    Q

    RS

    T

    V

    X

    Z

    gD

    Eur1

    EK

    O y = -0,032x + 2,246R² = 0,435

    0,0

    0,4

    0,8

    1,2

    1,6

    25 30 35 40 45 50

    Re

    sist

    ên

    cia

    à Tr

    ação

    (MP

    a)

    Porosidade Total (%)

    Resistência à traçãoArgamassas de revestimento brasileiras

  • ❑ Porosidade Permeabilidade

    ❑ Diferenças chegam à 4 ordens de grandeza, indicando revestimentos com

    desempenho em uso totalmente distintos

    A

    C

    D

    F

    H

    I

    M

    N

    P

    R

    S

    T

    V

    Eur1E

    K

    y = 2E-19e0,260x

    R² = 0,554

    1,E-16

    1,E-15

    1,E-14

    1,E-13

    1,E-12

    25 30 35 40 45 50k 1

    (m2)

    Porosidade Total (%)

    (a)

    A CD

    F

    H

    I

    M

    N

    P

    R

    S

    T

    V

    Eur1E

    K

    y = 8E-20e0,469x

    R² = 0,695

    1,E-14

    1,E-13

    1,E-12

    1,E-11

    1,E-10

    1,E-09

    1,E-08

    25 30 35 40 45 50

    k 2(m

    )

    Porosidade Total (%)

    (b)

    Permeabilidade ao arArgamassas de revestimento brasileiras

  • Propriedades no estado endurecido

    Questão:

    Que outras propriedades deveriam

    ser medidas no estado endurecido?

    Ponto importante:

    Quaisquer que sejam as propriedades

    apontadas elas não são controladas nas

    obras em quase sua totalidade.

  • Revestimentos aplicados

  • Revestimentos aplicados

    Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

    Termogramas obtidos por câmeras térmicas sob abordagens passiva e ativa para gerar

    diferenças de temperatura na superfície de revestimentos

  • Revestimentos aplicados

    Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

    ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

  • Revestimentos aplicados

    Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

    ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

  • Revestimentos aplicados

    Ensaios não destrutivos: termografia infravermelha

    ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

  • Revestimentos aplicados

    Ensaios não destrutivos: escaneamento 3D laser

    ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

  • Revestimentos aplicados

    Escaneamento 3D laser: planicidade da fachada

    ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

  • Revestimentos aplicados

    7ª viga

    6ª viga

    5ª viga

    4ª viga

    3ª viga

    2ª viga

    1ª viga

    ES

    CA

    LA

    DE

    CO

    RE

    S

    Escaneamento 3D laser: planicidade da fachada

    ISRAEL, M. C. Ensaios não destrutivos aplicados à avaliação de revestimentos de argamassa. (2015)

    Dissertação (Mestrado) - Escola Politécnica, USP.

  • Revestimentos aplicados

    Exigências da norma ABNT NBR 13479

    ABNT NBR 7200 – EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS DE ARGAMASSAS INORGÂNICAS –

    PROCEDIMENTO (1998)

    Esta norma não detalha qualquer cuidado especial para isso.

  • Conclusões

    • Desempenho do revestimento de argamassas depende do substrato, do operário e do material em si.

    • A aderência do revestimento depende das características reológicas do material. Há materiais de fácil espalhamento plástico como argamassas industrializadas, de controle mais prático em obra.

    • Outras propriedades como módulo elástico, permeabilidade são relevantes.

    • Inovações em ensaios não destrutivos surgem como ferramenta útil para verificar defeitos e patologias de revestimentos executados

  • Conclusões

    • Sistemas de alvenaria com revestimento de argamassas são tecnologias antigas e anacrônicas que dificultam evolução tecnológica na indústria da construção civil

    • https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/04/11/canteiros-de-obra-high-tech/

    • Geram elevadíssimos impactos ambientais que não são correlacionáveis com “índices de desempenho”

    • Há soluções alternativas mais eficientes dos pontos de vistas técnico, econômico e, principalmente, ambiental

    • https://www.makebim.com/2017/04/20/desafios-para-o-setor-imobiliario-para-os-proximos-anos-inovacao-tecnologica-diz-ceotto/

    https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/04/11/canteiros-de-obra-high-tech/https://www.makebim.com/2017/04/20/desafios-para-o-setor-imobiliario-para-os-proximos-anos-inovacao-tecnologica-diz-ceotto/

  • Bibliografia recomendada

    • CARASEK, H. Argamassas. In: Isaia, G.C. (ed.). Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais. São Paulo: IBRACON, 2010. págs. 892-944

    • F.A. CARDOSO, R.G. PILEGGI, V.M. JOHN. Squeeze-flowaplicado a argamassas de revestimento: Manual de utilização – Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP – BT/PCC/545. Departamento de Engenharia de Construção Civil.

    • http://consitra.org.br/

    http://consitra.org.br/