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Carderno especial Colono e Motorista

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Julho de 2011

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A história do tradicional dia do colono

O Dia do Colono deu-se em 1924, em meio às comemorações do cen-tenário de vinda dos primeiros alemães para o Rio Grande do Sul. A data simboliza a chegada da primeira leva de imigrantes à Feitoria Real do Linho Cânhamo, que, posteriormente, constituiria a sede de São Leopoldo.

Os alemães rumaram à futura colônia navegando em lanchões Rio dos Sinos acima, partindo de Porto Alegre, numa iniciativa que teve a interven-ção direta do Imperador D. Pedro I e da Imperatriz Dona Leopoldina. Os imigrantes, num total de 43, com seus pertences, instalaram-se provisoria-mente em um paradeiro da Feitoria Velha, pertencente ao Império, para iniciar a ocupação da propriedade.

Embora o Dia do Colono faça menção oficialmente à chegada dos ger-mânicos a São Leopoldo – constituindo a primeira entre várias outras co-lônias bem-sucedidas no processo colonizatório do Rio Grande do Sul, na época ainda quase desabitado, a vinda de alemães para o Brasil, dentro de projetos de colonização, é um pouco anterior.

Já em maio de 1824, dois navios com imigrantes haviam aportado no Rio de Janeiro. Esses colonos foram encaminhados para a região serrana do Estado, à localidade de Nova Friburgo, onde já havia uma pequena co-

munidade de imigrantes suíços. No entanto, as terras daquela região, inadequadas para o cultivo, logo

desestimularam os alemães, dispostos à agricultura. Assim, muitos dos primeiros imigrantes posteriormente migraram de volta à capital do Im-pério, o Rio, ou mesmo ao Sul, para a colônia de São Leopoldo, que então principiava. Por essa razão, o ciclo de imigração para a região serrana do Rio de Janeiro – também Teresópolis e Petrópolis – não vingou como no Sul, embora ainda hoje seja possível identificar marcas da contribuição alemã também nessas cidades cariocas.

O dia do colono também têm significados diferentes no sul e no cen-tro do Brasil. Nos Estados do Sul, colono significa o trabalhador dos nú-cleos coloniais, estabelecimentos criados pelo Governo para introdução de imigrantes onde eles são proprietários de seu lote e podem trabalhar também nas fazendas ao redor. Já no Estado de São Paulo, devido à expe-riência dos núcleos coloniais ter sido menor, o termo se refere ao empre-gado da fazenda, que trabalhava por meação, recebendo metade do que foi produzido e deixando a outra para o proprietário.

A dedicação que vem dos colonos

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25 de julho dia de São Cristóvão, o padroeiro dos motoristasComemora-se também no dia 25 de julho o Dia do Motorista e o Dia

de São Cristóvão, o padroeiro desse profissional. “Cristóvão” significa “aquele que carrega Cristo”. Ele era um gigante que queria servir ao mais poderoso de todos os homens. À princípio, serviu a Satanás, mas quando soube que o mais poderoso era Jesus, converteu-se e foi viver na margem de um rio. Lá, carregava pessoas de uma margem a outra. Certa vez, foi carregar um menino e como a criança ficava cada vez mais pesada, ele disse que parecia que carregava o mundo nas costas. O menino, então, fa-lou: “Não carregas o mundo, e sim seu criador. Sou Jesus, aquele a quem serves”. Como o trabalho de Cristóvão era transportar os viajantes através dos rios, tornou-se padroeiro dos viajantes. Em épocas mais recentes, en-controu uma nova popularidade como padroeiro dos motoristas.

Essa data é especial para a gente prestar homenagem aos profissionais do volante, pois é, também, o Dia do Motorista. Seja o chofer particular, quase membro da família à qual presta serviços, homem de confiança que ouve tantas confidências, que se dedica de corpo e alma àqueles que o acolheram, dirigindo seus carros, babá e guarda-costas, sem hora certa para dormir, mas sempre com hora marcada para acordar.

Sejam os motoristas de táxi e de ônibus, que vivem tensos ante a pos-sibilidade de assaltos; que enfrentam, no seu dia a dia, as barbeiragens daqueles que dirigem sem cuidado e tornam o trânsito cada vez mais vio-lento que suportam os ruídos das ruas e a irritação de passageiros nervo-sos, motoristas que, tão expostos às neuroses, têm que manter a calma e a serenidade.

Seja o caminhoneiro, herói de tantas jornadas pelas estradas cheias de surpresas e perigos, que escreve sobre o asfalto a história do nosso pro-gresso, motorista das longas vigílias, que passa dias e dias distante da fa-mília, que enfrenta sol e chuva, estradas boas e más, à mercê dos defeitos mecânicos e expostos à imprudência de alguns irresponsáveis que eventu-almente dirigem pelos mesmos caminhos.

Os dez mandamentos do motorista1. Não matarás2. A estrada deve ser

para ti um meio de cone-xão entre pessoas e não um local com risco de vida

3. Cortesia, sinceridade e prudência te ajudarão a lidar com eventos impre-vistos

5. Carros não devem ser para ti uma expressão de poder e dominação, e uma ocasião para pecar

6. Caridosamente convença os jovens e os não tão jovens a não dirigir quando não estiverem em condições de fazê-lo

7. Ajude as famílias de vítimas de acidentes 8. Una motoristas culpados e suas vítimas, no momento oportuno, para

que possam passar pela libertadora experiência do perdão9. Na estrada, protegeis os mais vulneráveis10. Sinta-se responsável pelos outros

A dedicação que vem dos colonosPara quem vive nos grandes centros urbanos essa data, assim como tan-

tas outras existentes no amplo calendário de comemorações, mas talvez possam passar despercebidas e serem apenas mais um pretexto para a realização de festas e feriados. O que é um equívoco, uma vez que é pelas mãos de colonos que nos chega toda a sorte de alimentos que abastece a mesa dos milhares de lares brasileiros e garante a saúde da população. Pode parecer piegas, mas a seguinte máxima “Se o campo não planta, a cidade não janta”, é uma verdade absoluta.

O colono é um guerreiro ao superar no cotidiano de suas atividades toda a gama de adversidades, das instabilidades climáticas, passando pela conjuntura política, polêmicas questões ambientais, problemas estrutu-rais, aos reveses da economia. É ele a figura central no desenvolvimento econômico de uma nação e o responsável por fazer do Brasil hoje, uma das agriculturas mais eficientes do mundo e um dos maiores produtores de alimentos.

O valor e reconhecimento ao colono é a de novas oportunidades de buscar a diversificação, de introduzir alternativas que agreguem valor ao produto final e de modernizar as propriedades com novas ferramentas de trabalho que os incentivem a permanecer no campo, abrindo fronteiras e driblando dificuldades.

Parabéns colonos!

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