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CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

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CARDIOLOGIA CLÍNICACARDIOLOGIA CLÍNICA

PROFª DEYSE SANTOROPROFª DEYSE SANTORO

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REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAODO CORACAO

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VALVULAS VALVULAS CARDIACACARDIACASS

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• O coração possui duas grandes O coração possui duas grandes artérias que são a artérias que são a coronária coronária direita e a coronária esquerdadireita e a coronária esquerda, , ambas se originam da aorta logo ambas se originam da aorta logo acima da válvula aórtica.acima da válvula aórtica.

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A artéria coronária esquerda se A artéria coronária esquerda se divide em dois grandes ramos:divide em dois grandes ramos:

A artéria descendente anterior A artéria descendente anterior esquerdaesquerda, que irriga a parede anterior , que irriga a parede anterior do ventrículo esquerdo, a parede do ventrículo esquerdo, a parede anterior do septo e a parede anterior do anterior do septo e a parede anterior do ventrículo direito.ventrículo direito.

A artéria circunflexa esquerdaA artéria circunflexa esquerda irriga irriga a parede lateral do ventrículo esquerdo e a parede lateral do ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo.o átrio esquerdo.

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•A artéria coronária direita se A artéria coronária direita se

divide em dois grandes ramos:divide em dois grandes ramos:

Arteria marginalArteria marginal irriga todo átrio irriga todo átrio

direito, parede lateraldireito, parede lateral

Arteria descendente posteriorArteria descendente posterior

- irriga parede posterior do - irriga parede posterior do

ventrículo esquerdo e posterior do ventrículo esquerdo e posterior do

ventrículo direitoventrículo direito

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CONTRAÇÃO CARDÍACACONTRAÇÃO CARDÍACA

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POTENCIAL DE AÇÃOPOTENCIAL DE AÇÃO

• mvmv

• +30 acao+30 acao

• 00

-55-55• p. p. refratariorefratario

• -70 -70

• -90 -90 potencialpotencial

• repouso repouso

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CONDUÇÃO DO IMPULSO CONDUÇÃO DO IMPULSO CARDÍACOCARDÍACO

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Traçado Eletrocardiográfico Traçado Eletrocardiográfico NormalNormal

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Avaliacao da Frequencia Cardiaca Avaliacao da Frequencia Cardiaca pelo Tracado Eletrocardiograficopelo Tracado Eletrocardiografico

• 1º metodo:1º metodo:

• 1 quadrado grande, a frequencia e 300/min1 quadrado grande, a frequencia e 300/min

• 2 quadrados grande, a frequencia e 150/min2 quadrados grande, a frequencia e 150/min

• 3 quadrados grandes, a frequencia e 100/min3 quadrados grandes, a frequencia e 100/min

• 4 quadrados grandes, a frequencia e 75/min4 quadrados grandes, a frequencia e 75/min

• 5 quadrados grandes, a frequencia e 60/min5 quadrados grandes, a frequencia e 60/min

• 6 quadrados grandes, a frequencia e 50/min6 quadrados grandes, a frequencia e 50/min

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• 2º metodo:2º metodo:• constante de 300 dividida pelo numero de constante de 300 dividida pelo numero de • quadrados grandes entre uma onda R e outraquadrados grandes entre uma onda R e outra

• 3º metodo:3º metodo:• constante de 1500 dividida pelo numero de constante de 1500 dividida pelo numero de • quadrados pequenos entre uma onda R e quadrados pequenos entre uma onda R e

outraoutra

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Traçado Eletrocardiográfico NormalTraçado Eletrocardiográfico Normal..Cada batimento cardíaco se manifesta por deflexões diferentes:Cada batimento cardíaco se manifesta por deflexões diferentes:

• onda P - despolarização atrialonda P - despolarização atrial• complexo QRS - despolarização ventricularcomplexo QRS - despolarização ventricular

Tempo de condução do impulso do nó sino atrial para os Tempo de condução do impulso do nó sino atrial para os ventrículos:ventrículos:

• espaço PRespaço PR

Repolarização ventricularRepolarização ventricular• onda Tonda T

• ..Os batimentos ocorrem a intervalos regulares ( ritmo sinusal Os batimentos ocorrem a intervalos regulares ( ritmo sinusal normal ), indicando que o impulso se origina corretamente no nódulo normal ), indicando que o impulso se origina corretamente no nódulo sinoatriallsinoatriall..

• Devemos observar:Devemos observar:– morfologiamorfologia– regularidaderegularidade– frequenciafrequencia

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BRADIARRITMIASBRADIARRITMIAS

Arritmia gerada no nódulo sino-atrialArritmia gerada no nódulo sino-atrial

Arritmias por bloqueios atrioventicularesArritmias por bloqueios atrioventiculares

Arritmias por bloqueios intraventricularesArritmias por bloqueios intraventriculares

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Arritmia gerada no nódulo sino-Arritmia gerada no nódulo sino-atrialatrial

Bradicardia sinusalBradicardia sinusal

número inferior a 60 despolarizações por minutonúmero inferior a 60 despolarizações por minuto

ondas P com características normaisondas P com características normais

prolongamento dos intervalos entre os ciclosprolongamento dos intervalos entre os ciclos

espaço PR normal ou prolongadoespaço PR normal ou prolongado

ciclos regularesciclos regulares

geralmente de caráter crônico ou de predomínio geralmente de caráter crônico ou de predomínio

noturno, durante o sononoturno, durante o sono

podem ocorrer instalações súbitas e abruptaspodem ocorrer instalações súbitas e abruptas

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Características clínicas:Características clínicas:

raramente produz qualquer sintoma, raramente produz qualquer sintoma, a não ser que a frequência seja a não ser que a frequência seja muito baixa, o que pode reduzir o muito baixa, o que pode reduzir o débito cardíacodébito cardíaco

frequência baixa e regular, variando frequência baixa e regular, variando geralmente entre 40 - 60 batimentos geralmente entre 40 - 60 batimentos / minuto./ minuto.

Page 19: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

TratamentoTratamentoA bradicardia sinusal deve ser A bradicardia sinusal deve ser tratada nos seguintes casos:tratada nos seguintes casos:

quando há sinais e sintomas que indiquem quando há sinais e sintomas que indiquem

uma redução do débito cardíaco (síncope, uma redução do débito cardíaco (síncope,

hipotensão, angina, ou insuficiência hipotensão, angina, ou insuficiência

cardíaca)cardíaca)

quando ocorrem extra-sístoles ventriculares quando ocorrem extra-sístoles ventriculares

durante o período de bradicardiadurante o período de bradicardia

quando a frequência é menor do que 50 / quando a frequência é menor do que 50 /

minuto, principalmente em pacientes idosos minuto, principalmente em pacientes idosos

ou naqueles com lesão miocárdica préviaou naqueles com lesão miocárdica prévia

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• A atropina, que bloqueia o efeito vagal sobre o A atropina, que bloqueia o efeito vagal sobre o

nódulo S.A, é altamente eficaz para elevar a nódulo S.A, é altamente eficaz para elevar a

frequência cardíaca, e deve ser a medida frequência cardíaca, e deve ser a medida

terapêutica inicial. terapêutica inicial.

• Se a terapêutica medicamentosa falhar, ou se seu Se a terapêutica medicamentosa falhar, ou se seu

efeito é de curta duração, deve-se solicitar um efeito é de curta duração, deve-se solicitar um

marcapasso transvenoso temporário, para se marcapasso transvenoso temporário, para se

manter uma frequência cardíaca normal.manter uma frequência cardíaca normal.

• As drogas com efeito bradicardizante, tais como os As drogas com efeito bradicardizante, tais como os

digitálicos, morfina, anti-arritmicos ou beta-digitálicos, morfina, anti-arritmicos ou beta-

bloqueadores devem ser evitadas ou bloqueadores devem ser evitadas ou

descontinuadas na vigência de bradicardia sinusal.descontinuadas na vigência de bradicardia sinusal.

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CONDUTASCONDUTAS Registrar a freqüência cardíaca em intervalos Registrar a freqüência cardíaca em intervalos

regulares, a fim de se poder fazer comparações, regulares, a fim de se poder fazer comparações,

principalmente após o início da terapêutica principalmente após o início da terapêutica

medicamentosa.medicamentosa.

Avaliar o curso clínico do paciente de maneira Avaliar o curso clínico do paciente de maneira

objetiva, a fim de detectar qualquer sinal ou sintoma objetiva, a fim de detectar qualquer sinal ou sintoma

de diminuição da performance do ventrículo esquerdo.de diminuição da performance do ventrículo esquerdo.

Providenciar material necessario e preparar o paciente Providenciar material necessario e preparar o paciente

para utilizacao do Marcapasso Transvenosopara utilizacao do Marcapasso Transvenoso

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Equipamento para o marcapasso Equipamento para o marcapasso transvenosotransvenoso• O sistema de marcapasso transvenoso consiste de O sistema de marcapasso transvenoso consiste de

dois componentes básicos: um gerador de pulso (os dois componentes básicos: um gerador de pulso (os

fixos e os de demanda) e um cateter isolado e fixos e os de demanda) e um cateter isolado e

impermeável com eletrodo atrial, ventricular ou impermeável com eletrodo atrial, ventricular ou

atrioventricular.atrioventricular.

• Problemas com o marcapasso transvenoso Problemas com o marcapasso transvenoso

temporário:temporário:

deslocamento da ponta do cateter-eletrododeslocamento da ponta do cateter-eletrodo

aparecimento de competiçãoaparecimento de competição

perfuração da parede ventricular pela ponta do perfuração da parede ventricular pela ponta do

catetercateter

tromboflebite e infecção cutânea.tromboflebite e infecção cutânea.

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Bloqueios AtrioventricularesBloqueios Atrioventriculares

Bloqueio AV de 1º grauBloqueio AV de 1º grau

Bloqueio AV de 2º grauBloqueio AV de 2º grau

Bloqueio AV de 3º grauBloqueio AV de 3º grau

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Bloqueios AV de 1º Bloqueios AV de 1º grau:Caracteriza-se porgrau:Caracteriza-se por

tempo de condução AV superior a 0,22 segtempo de condução AV superior a 0,22 segpadrão de resposta será sempre do tipo 1:1padrão de resposta será sempre do tipo 1:1

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Características Clínicas:Características Clínicas:

• Não produz qualquer alteração hemodinâmica e Não produz qualquer alteração hemodinâmica e

pode não afetar a freqüência ou o ritmo cardíaco. pode não afetar a freqüência ou o ritmo cardíaco.

Indica lesão na área do nódulo átrio-ventricular, e Indica lesão na área do nódulo átrio-ventricular, e

pode ser um aviso para a manifestação de pode ser um aviso para a manifestação de

bloqueios mais graves.bloqueios mais graves.

Page 27: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

TratamentoTratamento

• um intervalo PR de 0,22 - 0,25 seg) sem progressao um intervalo PR de 0,22 - 0,25 seg) sem progressao

do bloqueio - nenhum tratamento será necessário.do bloqueio - nenhum tratamento será necessário.

• retardo de condução maior que 0,26 seg ou retardo de condução maior que 0,26 seg ou

progressao do bloqueio - administrar atropina EVprogressao do bloqueio - administrar atropina EV

• refratario a farmacoterapia - indicacao da inserção refratario a farmacoterapia - indicacao da inserção

de um cateter de marcapasso transvenoso de um cateter de marcapasso transvenoso

temporário.temporário.

• durante tratamento com digital ou com qualquer durante tratamento com digital ou com qualquer

outra droga antiarrítmica, um bloqueio AV de 1º grau outra droga antiarrítmica, um bloqueio AV de 1º grau

aparecer - avaliar manutencao destas drogas.aparecer - avaliar manutencao destas drogas.

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CONDUTASCONDUTAS

• Manter a monitorização cardíaca e avaliar Manter a monitorização cardíaca e avaliar

condicoes do cliente frequentemente a fim condicoes do cliente frequentemente a fim

de observar qualquer sinal de de observar qualquer sinal de

aparecimento de um quadro mais grave.aparecimento de um quadro mais grave.

• Nos pacientes em uso de digital ou Nos pacientes em uso de digital ou

qualquer outra droga antiarrítmica, com qualquer outra droga antiarrítmica, com

evidências de bloqueio AV de 1º grau, as evidências de bloqueio AV de 1º grau, as

doses subsequentes devem ser discutidas.doses subsequentes devem ser discutidas.

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Bloqueios AV de 2º grauBloqueios AV de 2º grau

• Classificam-se em:Classificam-se em:

• Bloqueio AV de 2º grau tipo Mobitz 1Bloqueio AV de 2º grau tipo Mobitz 1

• Bloqueio AV de 2º grau do tipo Bloqueio AV de 2º grau do tipo Mobitz 2Mobitz 2

Page 30: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Bloqueio AV de 2º grau tipo Bloqueio AV de 2º grau tipo Mobitz 1Mobitz 1• caracteriza-se pela presença de um caracteriza-se pela presença de um

prolongamento progressivo, ciclo a ciclo, no prolongamento progressivo, ciclo a ciclo, no tempo de condução AV, até o aparecimento de tempo de condução AV, até o aparecimento de uma despolarização atrial (onda P) sem uma despolarização atrial (onda P) sem resposta ventricular. O conjunto de ciclos com resposta ventricular. O conjunto de ciclos com prolongamentos dos intervalos PR, até a perda prolongamentos dos intervalos PR, até a perda da resposta ventricular, constitui os chamados da resposta ventricular, constitui os chamados períodos de Wenckebach.períodos de Wenckebach.

Page 31: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Bloqueio AV de 2º grau do tipo Bloqueio AV de 2º grau do tipo Mobitz 2Mobitz 2• caracteriza-se pela presença de um padrão AV caracteriza-se pela presença de um padrão AV

variável, porém sempre mostrando um tempo variável, porém sempre mostrando um tempo de condução AV fixo, nos batimentos que de condução AV fixo, nos batimentos que apresentam resposta ventricular. Na derivação apresentam resposta ventricular. Na derivação D2 longa, nota-se um padrão variável da D2 longa, nota-se um padrão variável da resposta AV.resposta AV.

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Bloqueios AV de 3º grauBloqueios AV de 3º grau• Caracterizam-se pela interrupção momentânea Caracterizam-se pela interrupção momentânea

ou definitiva da resposta ventricular. Não há, ou definitiva da resposta ventricular. Não há, portanto, relações entre as atividades elétricas portanto, relações entre as atividades elétricas atriais e ventriculares, observando-se que as atriais e ventriculares, observando-se que as ondas P ocorrem ao acaso, em relação aos ondas P ocorrem ao acaso, em relação aos complexos QRS. A frequência pode variar complexos QRS. A frequência pode variar entre 30 a 40 batimentos / minuto.entre 30 a 40 batimentos / minuto.

Page 33: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

TratamentoTratamento• Um bloqueio de 2º grau tipo I só raramente evolui para assistolia Um bloqueio de 2º grau tipo I só raramente evolui para assistolia

ventricular. Entretanto, condutas mais conservadoras aconselham ventricular. Entretanto, condutas mais conservadoras aconselham

medidas cautelosas, indicando a inserção de um marcapasso medidas cautelosas, indicando a inserção de um marcapasso

artificial.artificial.

• Quando se suspeita que o bloqueio é causado por digital ou outro Quando se suspeita que o bloqueio é causado por digital ou outro

anti-arrítmico, estas drogas devem ser interrompidas.anti-arrítmico, estas drogas devem ser interrompidas.

• No caso de bloqueio cardíaco completo (3º grau), o método mais No caso de bloqueio cardíaco completo (3º grau), o método mais

eficaz é a inserção imediata de um cateter para marcapasso eficaz é a inserção imediata de um cateter para marcapasso

endovenoso temporário ou provisoriamente, um marcapasso endovenoso temporário ou provisoriamente, um marcapasso

transcutaneo.transcutaneo.

Page 34: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

CONDUTASCONDUTAS• Identificar a bradiarritmia.Identificar a bradiarritmia.

• Documentar a arritmia com um ECG.Documentar a arritmia com um ECG.

• Preparar a medicação indicada, considerando a possibilidade do uso.Preparar a medicação indicada, considerando a possibilidade do uso.

• Preparar desfibrilador e mantê-lo ligado junto à cabeceira do Preparar desfibrilador e mantê-lo ligado junto à cabeceira do paciente.paciente.

• Preparar todo o material necessário para inserção de um cateter de Preparar todo o material necessário para inserção de um cateter de marcapasso artificial.marcapasso artificial.

• Avaliar constantemente o estado clínico do paciente, com atenção Avaliar constantemente o estado clínico do paciente, com atenção especial para sinais e sintomas que indiquem a presença de especial para sinais e sintomas que indiquem a presença de insuficiência ventricular esquerda.insuficiência ventricular esquerda.

• Observar atentamente o monitor para detectar possíveis extra-Observar atentamente o monitor para detectar possíveis extra-sístoles ventricularse que podem prenunciar o aparecimento de sístoles ventricularse que podem prenunciar o aparecimento de fibrilação ventricular.fibrilação ventricular.

• Se ocorrer uma assistolia ventricular, iniciar rapidamente uma Se ocorrer uma assistolia ventricular, iniciar rapidamente uma ressuscitação cardiopulmonar.ressuscitação cardiopulmonar.

Page 35: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

TAQUIARRITMIASTAQUIARRITMIAS

• Taquiarritmias Supraventriculares:Taquiarritmias Supraventriculares: Origem AtrialOrigem Atrial

Origem JuncionalOrigem Juncional

• Taquiarritmias VentricularesTaquiarritmias Ventriculares

Page 36: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Origem AtrialOrigem Atrialtaquicardia sinusaltaquicardia sinusalflutter atrialflutter atrialfibrilação atrialfibrilação atrial

Origem JuncionalOrigem Juncionaltaquicardia supraventricular por taquicardia supraventricular por

reentrada nodalreentrada nodaltaquicardia supraventricular por taquicardia supraventricular por

reentrada através de via acessóriareentrada através de via acessória

Page 37: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Origem Ventricular:Origem Ventricular:

taquicardia ventriculartaquicardia ventricular

ritmo idioventricularritmo idioventricular

fibrilação ventricularfibrilação ventricular

Page 38: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

• Conseqüências hemodinâmicas - Conseqüências hemodinâmicas -

a tolerância hemodinâmica a tais a tolerância hemodinâmica a tais taquiarritmias depende:taquiarritmias depende:

da freqüência ventricularda freqüência ventricularda duração do surtoda duração do surtoda funcionalidade do VEda funcionalidade do VE

• Pode haver comprometimento do Pode haver comprometimento do enchimento ventricular, com enchimento ventricular, com diminuição do DC e PAdiminuição do DC e PA

Page 39: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Taquicardia SinusalTaquicardia Sinusal

condição onde verificamos um aumento na condição onde verificamos um aumento na

freqüência de despolarização do nó AS freqüência de despolarização do nó AS

(100 - 150 bpm).(100 - 150 bpm).

o mecanismo eletrofisiológico provável é o o mecanismo eletrofisiológico provável é o

aumento da automaticidade normal do nó aumento da automaticidade normal do nó

AS por estimulação do sistema simpático.AS por estimulação do sistema simpático.

Page 40: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Etiologia:Etiologia:

resposta fisiológica no recém-nato, em resposta fisiológica no recém-nato, em

crianças durante exercício físico, stress.crianças durante exercício físico, stress.

induzida pelo álcool, cafeína, fumo, induzida pelo álcool, cafeína, fumo,

atropina, adrenalina.atropina, adrenalina.

resposta à febre, hipovolemia, ICC, resposta à febre, hipovolemia, ICC,

estados de alto DC, infecções, estados de alto DC, infecções,

endocrinopatiasendocrinopatias

Page 41: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Manifestações clínicas:Manifestações clínicas:

palpitaçãopalpitação

mal-estar geralmal-estar geral

sudoresesudorese

palidezpalidez

Page 42: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:demonstra onda P com morfologia demonstra onda P com morfologia

normal precedendo cada complexo normal precedendo cada complexo QRSQRS

intervalo PR compatível com a FCintervalo PR compatível com a FCFC que ultrapassa 100 bpmFC que ultrapassa 100 bpm

Manobra Vagal:Manobra Vagal:

• a compressão do seio carotídeo produz a compressão do seio carotídeo produz uma diminuição transitória na FCuma diminuição transitória na FC

Page 43: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Flutter AtrialFlutter Atrial

É uma arritmia caracterizada por uma É uma arritmia caracterizada por uma

excitabilidade atrial rápida e regular.excitabilidade atrial rápida e regular.

• Rara em indivíduos normais, na maioria Rara em indivíduos normais, na maioria

das vezes associa-se a dano do tecido das vezes associa-se a dano do tecido

atrial. Ocorre em qualquer faixa etária, atrial. Ocorre em qualquer faixa etária,

sendo na infância mais comum que a sendo na infância mais comum que a

fibrilação atrial. fibrilação atrial.

• Na maioria das vezes ocorre em Na maioria das vezes ocorre em

portadores de doença isquêmica sendo portadores de doença isquêmica sendo

observada em 4% dos casos de IAM.observada em 4% dos casos de IAM.

Page 44: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Manifestações Clínicas:Manifestações Clínicas:

• depende da freqüência ventricular e depende da freqüência ventricular e

das condições cardiocirculatórias do das condições cardiocirculatórias do

pacientepaciente

• edema agudo de pulmão, edema agudo de pulmão,

hipotensão arterial, ou choquehipotensão arterial, ou choque

• o ritmo cardíaco é regular e a o ritmo cardíaco é regular e a

freqüência cardíaca pode ser igual freqüência cardíaca pode ser igual

ou não a freqüência do pulsoou não a freqüência do pulso

Page 45: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:

Caracteriza-se por:Caracteriza-se por:ausência de onda P.ausência de onda P.

freqüência atrial situa-se entre 250 a 350 freqüência atrial situa-se entre 250 a 350 estímulos por minuto.estímulos por minuto.

Page 46: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Fibrilação AtrialFibrilação Atrial

• É a mais comum das arritmias É a mais comum das arritmias

supraventriculares.supraventriculares.

• Caracteriza-se por uma freqüência atrial Caracteriza-se por uma freqüência atrial

elevada (acima de 350 estímulos por minuto) elevada (acima de 350 estímulos por minuto)

e irregular.e irregular.

• A gravidade da arritmia é condicionada pela A gravidade da arritmia é condicionada pela

freqüência ventricular e pela presença ou não freqüência ventricular e pela presença ou não

de uma doença cardíaca associadade uma doença cardíaca associada..

Page 47: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Etiologia:Etiologia:

• é uma arritmia observada em cardiopatias é uma arritmia observada em cardiopatias

congênitas, na DPOC e na fase aguda do congênitas, na DPOC e na fase aguda do

infarto agudo do miocárdio.infarto agudo do miocárdio.

• pode ser precipitada por alcoolismo, stress, pode ser precipitada por alcoolismo, stress,

infecção e distúrbios hidroeletrolíticos.infecção e distúrbios hidroeletrolíticos.

Page 48: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Manifestações Clínicas:Manifestações Clínicas:• ocorre em qualquer faixa etária, podendo ser ocorre em qualquer faixa etária, podendo ser

paroxística ou sustentada. Quando paroxística paroxística ou sustentada. Quando paroxística

mostra início súbito e resposta ventricular mostra início súbito e resposta ventricular

rápida.rápida.

• no caso onde a resposta ventricular é rápida, o no caso onde a resposta ventricular é rápida, o

paciente pode apresentar palpitação, tonteira, paciente pode apresentar palpitação, tonteira,

lipotímia, desconforto precordial, astenia, além lipotímia, desconforto precordial, astenia, além

dos sinais e sintomas da cardiopatia em questão.dos sinais e sintomas da cardiopatia em questão.

• principalmente nos portadores de insuficiência principalmente nos portadores de insuficiência

coronariana pode desencadear angina de peito.coronariana pode desencadear angina de peito.

Page 49: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:• ausência de onda P.ausência de onda P.

• atividade atrial representada por ondulações atividade atrial representada por ondulações fibrilatórias (onda F).fibrilatórias (onda F).

• resposta ventricular irregular.resposta ventricular irregular.

• geralmente os complexos QRS têm duração geralmente os complexos QRS têm duração normal, mas em determinadas circunstâncias normal, mas em determinadas circunstâncias condução ventricular aberrante poderá ser condução ventricular aberrante poderá ser registrada.registrada.

Page 50: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Taquicardia supraventricular Taquicardia supraventricular paroxísticaparoxística

Etiologia:Etiologia:

• Indivíduos sem doença cardíaca constituem 50% dos Indivíduos sem doença cardíaca constituem 50% dos casos de TSVP. Em geral, apresentam história de ingesta casos de TSVP. Em geral, apresentam história de ingesta de álcool, cafeína, tabagismo.de álcool, cafeína, tabagismo.

• Quando associados a cardiopatias as causas mais Quando associados a cardiopatias as causas mais freqüentes são:freqüentes são:

miocardite reumáticamiocardite reumática infarto agudo do miocárdioinfarto agudo do miocárdio cardiopatia hipertensivacardiopatia hipertensiva embolia pulmonarembolia pulmonar DPOCDPOC prolapso mitralprolapso mitral

Page 51: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Manifestações clínicas:Manifestações clínicas:• dependerá da tolerância hemodinâmica à arritmia.dependerá da tolerância hemodinâmica à arritmia.

• geralmente se observam crises de início brusco sem geralmente se observam crises de início brusco sem manifestações premonitórias. Podem ocorrer após manifestações premonitórias. Podem ocorrer após esforços físicos ou despertar o paciente durante o sono.esforços físicos ou despertar o paciente durante o sono.

• a duração da crise é variável, podendo desaparecer a duração da crise é variável, podendo desaparecer após alguns minutos ou permanecer por horas ou dias.após alguns minutos ou permanecer por horas ou dias.

• durante a crise o paciente poderá experimentar durante a crise o paciente poderá experimentar palpitação, sensação dos batimentos arteriais nos vasos palpitação, sensação dos batimentos arteriais nos vasos cervicais, angústia, fraqueza. Ao ocorrer em um cervicais, angústia, fraqueza. Ao ocorrer em um paciente cardiopata pode desencadear insuficiência paciente cardiopata pode desencadear insuficiência cardíaca, levar ao edema pulmonar ou choque cardíaca, levar ao edema pulmonar ou choque cardiogênico. Nos portadores de insuficiência cardiogênico. Nos portadores de insuficiência coronariana podemos observar crise anginosa.coronariana podemos observar crise anginosa.

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Exame físico:Exame físico:

FC em geral está acima de 160 bpm e o ritmo FC em geral está acima de 160 bpm e o ritmo

cardíaco é sempre regular. A freqüência do pulso cardíaco é sempre regular. A freqüência do pulso

arterial é igual a freqüência cardíaca.arterial é igual a freqüência cardíaca.

geralmente os pulsos são de difícil verificação, geralmente os pulsos são de difícil verificação,

dadas as condições precárias do paciente, dadas as condições precárias do paciente,

agitados e tensos, em plena crise de taquicardia. agitados e tensos, em plena crise de taquicardia.

O mais acessível de ser registrado, nessa situação O mais acessível de ser registrado, nessa situação

é o pulso carotídeo.é o pulso carotídeo.

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Eletrocardiograma:Eletrocardiograma:

nesta taquiarritmia a freqüência situa-se entre nesta taquiarritmia a freqüência situa-se entre

140 - 220 bpm.140 - 220 bpm.

a onda P apresenta aspecto diferente da P a onda P apresenta aspecto diferente da P

sinusal, ou pode não ser vista como na maioria sinusal, ou pode não ser vista como na maioria

dos casos.dos casos.

a condução ventricular tem morfologia e a condução ventricular tem morfologia e

duração idênticas às do ritmo sinusal, mas em duração idênticas às do ritmo sinusal, mas em

alguns casos podem ocorrer de forma aberrante.alguns casos podem ocorrer de forma aberrante.

Page 54: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Manobra Vagal:Manobra Vagal:

• estímulo do seio carotídeo pode estímulo do seio carotídeo pode interromper a crise ou não exercer interromper a crise ou não exercer qualquer influência sobre a arritmia.qualquer influência sobre a arritmia.

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TAQUICARDIA VENTRICULARTAQUICARDIA VENTRICULAR

•Se caracteriza pela presença de três Se caracteriza pela presença de três

ou mais batimentos ectópicos ou mais batimentos ectópicos

sustentados de origem ventricular a sustentados de origem ventricular a

uma freqüência maior que 100 bpm. uma freqüência maior que 100 bpm.

•Pode gerar grave comprometimento Pode gerar grave comprometimento

hemodinâmico ou degenerar em uma hemodinâmico ou degenerar em uma

fibrilação ventricularfibrilação ventricular..

Page 57: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

ETIOLOGIAETIOLOGIA

• Sua presença em geral implica em importante dano Sua presença em geral implica em importante dano estrutural do coração. A maioria dos casos situa-se estrutural do coração. A maioria dos casos situa-se entre os portadores de doencas isquêmicas. entre os portadores de doencas isquêmicas.

CAUSAS MAIS FREQÜENTESCAUSAS MAIS FREQÜENTES

- Infarto agudo do miocárdio- Infarto agudo do miocárdio

– .Após a fase aguda do infarto do miocárdio.Após a fase aguda do infarto do miocárdio

– .Miocardiopatia congestiva primária.Miocardiopatia congestiva primária

– .Cardiopatia hipertrófica.Cardiopatia hipertrófica

– .Prolapso da Valvula mitral.Prolapso da Valvula mitral

– .Intoxicação digitálica.Intoxicação digitálica

– .Drogas (quinidina, antidepressivos tricicíclicos, .Drogas (quinidina, antidepressivos tricicíclicos, fenotiazinas, aminas simpaticomiméticas etc.)fenotiazinas, aminas simpaticomiméticas etc.)

– Causas Mecânicas (cateter de MP e SWAN GANZ)Causas Mecânicas (cateter de MP e SWAN GANZ)

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QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO

Os sinais e sintomas são em função das condições Os sinais e sintomas são em função das condições

cardiovasculares do paciente e da patologia cardiovasculares do paciente e da patologia

associada.associada.

Encontraremos sinais e sintomas da patologia Encontraremos sinais e sintomas da patologia

em curso, agravamento de uma insuficiência em curso, agravamento de uma insuficiência

coronariana, choque cardiogênico e evolução coronariana, choque cardiogênico e evolução

para fibrilação ventricular.para fibrilação ventricular.

Pulso radial é igual a FC que dificilmente Pulso radial é igual a FC que dificilmente

ultrapassa 160 bpm.ultrapassa 160 bpm.

A manobra vagal não altera a arritmia ou FC.A manobra vagal não altera a arritmia ou FC.

Page 59: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMA

súbito aparecimento de complexos QRS súbito aparecimento de complexos QRS alargados e bizarros, a uma freqüência alargados e bizarros, a uma freqüência média de 150 bpm.média de 150 bpm.

Page 60: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

RITMO IDIOVENTRICULAR RITMO IDIOVENTRICULAR ACELERADOACELERADO

Também denominada taquicardia Também denominada taquicardia

idioventricular, taquicardia ventricular idioventricular, taquicardia ventricular

lenta, taquicardia ventricular não lenta, taquicardia ventricular não

paroxistica.paroxistica.

• ETIOLOGIAETIOLOGIA

Ocorre na maioria das vezes após infarto agudo do Ocorre na maioria das vezes após infarto agudo do

miocardio de parede inferior.miocardio de parede inferior.

Page 61: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

EXAME FÍSICOEXAME FÍSICO

• A freqüência cardíaca, em torno de 150-200 bpm, é A freqüência cardíaca, em torno de 150-200 bpm, é

ligeiramente irregular e não responde as manobras ligeiramente irregular e não responde as manobras

vagais. Os átrios e ventrículos têm ritmos próprios, de vagais. Os átrios e ventrículos têm ritmos próprios, de

freqüência diferente, batendo de forma dissociada uns freqüência diferente, batendo de forma dissociada uns

dos outros, alternando com períodos de normalidade.dos outros, alternando com períodos de normalidade.

Page 62: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

ELETROCARDIOGRAMAELETROCARDIOGRAMAOcorre quando um MP ventricular ectópico Ocorre quando um MP ventricular ectópico

dispara uma freqüência menor que 100 bpm.dispara uma freqüência menor que 100 bpm.

•A freqüência ventricular ectópica é muitas A freqüência ventricular ectópica é muitas vezes semelhante a sinusal.vezes semelhante a sinusal.Os complexos QRS são bizarros (evidência Os complexos QRS são bizarros (evidência

da origem ventricular)da origem ventricular)

Presença de dissociação AV e batimentos de Presença de dissociação AV e batimentos de capturacaptura

Page 63: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Fibrilação ventricularFibrilação ventricular

•Ritmo anárquico do ventrículo que não gera débito cardíaco

Page 64: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Indicação para choque elétrico não Indicação para choque elétrico não sincronizadosincronizado

Page 65: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

LESÃO CEREBRAL APÓS PARADA LESÃO CEREBRAL APÓS PARADA CARDÍACACARDÍACA

• 10 seg. - Perda da consciência10 seg. - Perda da consciência

• 4 min. - Acabam as reservas de 4 min. - Acabam as reservas de glicoseglicose

• 6 min. - Depleção severa de ATP e 6 min. - Depleção severa de ATP e começa o dano celularcomeça o dano celular

• 16 min. - Morte cerebral completa16 min. - Morte cerebral completa

O ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO EM 3 MINUTOSO ATENDIMENTO DEVE SER INICIADO EM 3 MINUTOS

Page 66: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Choque elétrico: Choque elétrico: desfibrilacão/cardioversãodesfibrilacão/cardioversão

Page 67: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Cardioversor/desfibrilador Cardioversor/desfibrilador implantávelimplantável

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ABALACAO POR CATETERABALACAO POR CATETER

• Após ser confirmado a indicação da ablação, um cateter Após ser confirmado a indicação da ablação, um cateter especial dirigível pelo eletrofisiologista e introduzido ate especial dirigível pelo eletrofisiologista e introduzido ate o coração. O cateter e guiado ate o sitio de origem da o coração. O cateter e guiado ate o sitio de origem da arritmia, previamente determinado pelo estudo arritmia, previamente determinado pelo estudo eletrofisiológico. Neste ponto e feito um mapeamento eletrofisiológico. Neste ponto e feito um mapeamento minucioso da região para que se obtenha a localização minucioso da região para que se obtenha a localização precisa da zona produtora da arritmia e que será o alvo precisa da zona produtora da arritmia e que será o alvo

da ablaçãoda ablação..

• Neste local e liberada, através de um dispositivo Neste local e liberada, através de um dispositivo especial, uma energia térmica denominada especial, uma energia térmica denominada radiofrequência. Após alguns segundos da liberação da radiofrequência. Após alguns segundos da liberação da energia a arritmia e interrompida.energia a arritmia e interrompida.

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Pontos chaves para o atendimento Pontos chaves para o atendimento a PCRa PCR

• Intervenção primária: concentra-se Intervenção primária: concentra-se na RCP básica e na desfibrilaçãona RCP básica e na desfibrilação

• Intervenção secundária: concentra-Intervenção secundária: concentra-se na intubação, ritmo, acesso se na intubação, ritmo, acesso venoso, drogas e no por que da venoso, drogas e no por que da paradaparada

Page 72: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Etapas da intervenção Etapas da intervenção primáriaprimária A - garantir abertura de vias aéreasA - garantir abertura de vias aéreas

Page 73: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

B - Ventilar com máscara e ambúB - Ventilar com máscara e ambú

OBS: Lembrar da importância de conectar à fonte de Oxigênio

Page 74: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

C - Fazer compressões torácicasC - Fazer compressões torácicas

Page 75: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

D - Chocar FV / TV sem pulsoD - Chocar FV / TV sem pulso

Page 76: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Etapas da intervenção Etapas da intervenção secundáriasecundáriaA-A- Realizar intubação Realizar intubação endotraquealendotraqueal

Page 77: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

B- Fixar o tubo e ventilar com B- Fixar o tubo e ventilar com ambúambú

Page 78: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

C- Obter acesso venoso, C- Obter acesso venoso, determinar ritmo e administrar determinar ritmo e administrar medicaçãomedicação

•adrenalina

•atropina

•amiodarona

•lidocaína

•gluconato de cálcio

•bicarbonato de sódio

Page 79: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

D- Procurar por, encontrar e tratar D- Procurar por, encontrar e tratar causas reversíveiscausas reversíveis

A questão crítica a ser respondida A questão crítica a ser respondida é: é: ““o que causou a paradao que causou a parada?”?”

• pneumotórax hipertensivopneumotórax hipertensivo

• hipercalemiahipercalemia

• tamponamento cardíacotamponamento cardíaco

• infarto agudo do miocárdioinfarto agudo do miocárdio

• embolia pulmonar maciçaembolia pulmonar maciça

Page 80: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVACONGESTIVA

• É uma síndrome clínica que resulta É uma síndrome clínica que resulta

da incapacidade do coração de da incapacidade do coração de

bombear a quantidade necessária de bombear a quantidade necessária de

sangue oxigenado para satisfazer as sangue oxigenado para satisfazer as

exigências metabólicas do exigências metabólicas do

organismo.organismo.

Page 81: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

O coração consiste em dois sistemas O coração consiste em dois sistemas de bombeamento separados, mas de bombeamento separados, mas

interligadosinterligados

Page 82: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Fisiopatologia da insuficiência Fisiopatologia da insuficiência cardíaca ventricular esquerdacardíaca ventricular esquerda

• incapacidade do ventrículo esquerdo ejetar o volume incapacidade do ventrículo esquerdo ejetar o volume

total de sangue que recebe da circulação pulmonar total de sangue que recebe da circulação pulmonar

• o volume de sangue que chega do átrio esquerdo não o volume de sangue que chega do átrio esquerdo não

consegue ser totalmente recebido pelo ventrículo consegue ser totalmente recebido pelo ventrículo

• aumento da pressão no átrio esquerdo e aumento da pressão no átrio esquerdo e

consequentemente nas veias nos capilares pulmonares consequentemente nas veias nos capilares pulmonares

• aumento da pressão venosa pulmonar, causando saída aumento da pressão venosa pulmonar, causando saída

de líquido para os tecidos intersticiais que envolvem os de líquido para os tecidos intersticiais que envolvem os

alvéolos pulmonares, iniciando o edema intersticial, que alvéolos pulmonares, iniciando o edema intersticial, que

pode evoluir para o edema agudo de pulmãopode evoluir para o edema agudo de pulmão

Page 83: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Manifestações clínicas da Manifestações clínicas da

insuficiência ventricular esquerdainsuficiência ventricular esquerda

• dispnéia, ortopnéia, estertores, ritmo de dispnéia, ortopnéia, estertores, ritmo de

galope (3ª bulha), dispnéia paroxística galope (3ª bulha), dispnéia paroxística

noturna, edema agudo de pulmão, sinais noturna, edema agudo de pulmão, sinais

de baixo debito cardíaco (PA diminuída, de baixo debito cardíaco (PA diminuída,

perfusão periférica e sistêmica perfusão periférica e sistêmica

prejudicada, baixo debito urinário).prejudicada, baixo debito urinário).

Page 84: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Fisiopatologia da insuficiência Fisiopatologia da insuficiência cardíaca ventricular direitacardíaca ventricular direita

• Incapacidade do ventrículo direito de ejetar volume de Incapacidade do ventrículo direito de ejetar volume de

sangue para as veias pulmonares sangue para as veias pulmonares

• consequentemente se torna difícil o esvaziamento do consequentemente se torna difícil o esvaziamento do

átrio direitoátrio direito

• o sangue que retorna ao átrio direito através das veias o sangue que retorna ao átrio direito através das veias

cavas superiores e inferiores encontra uma acentuada cavas superiores e inferiores encontra uma acentuada

resistência de fluxo, criando um gradiente de pressão resistência de fluxo, criando um gradiente de pressão

retrógrada em todo o sistema venosa periférico, retrógrada em todo o sistema venosa periférico,

causando um aumento da sobrecarga do sistema causando um aumento da sobrecarga do sistema

venoso.venoso.

Page 85: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Manifestações clínicas da Manifestações clínicas da insuficiência ventricular insuficiência ventricular direitadireita

• distensão das veias jugularesdistensão das veias jugulares

• edema periférico nas extremidadesedema periférico nas extremidades

• derrame pleuralderrame pleural

• fígado palpávelfígado palpável

• congestão mesentéricacongestão mesentérica

• aumento progressivo de volume aumento progressivo de volume

abdominal, podendo evoluir para asciteabdominal, podendo evoluir para ascite

Page 86: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Principais causas de Principais causas de insuficiência cardíaca insuficiência cardíaca congestivacongestiva

• hipertensão arterialhipertensão arterial

• valvulopatiasvalvulopatias

• arritmiasarritmias

• miocardiopatiasmiocardiopatias

• cardiopatia congênitacardiopatia congênita

• IAMIAM

Page 87: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

TratamentoTratamento

Objetivo do tratamento é:Objetivo do tratamento é: Melhorar a função de bomba do ventrículo Melhorar a função de bomba do ventrículo

esquerdo;esquerdo; Reduzir o volume de sangue que chega ao Reduzir o volume de sangue que chega ao

ventrículo esquerdo;ventrículo esquerdo; Melhorar a oxigenação.Melhorar a oxigenação.

– O tratamento inclui O tratamento inclui repouso, controle de repouso, controle de fatores agravantes, tratamento de fatores agravantes, tratamento de arritmias primárias ou secundárias, arritmias primárias ou secundárias, diuréticos, digitálicos e terapia diuréticos, digitálicos e terapia vasodilatadora.vasodilatadora.

Page 88: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Para o caso de Para o caso de edema agudo de edema agudo de

pulmãopulmão • O paciente deve ser colocado em posição O paciente deve ser colocado em posição

sentada com os membros inferiores pendentes sentada com os membros inferiores pendentes

• Deve se seguir imediatamente, a oxigenioterapia, Deve se seguir imediatamente, a oxigenioterapia,

o acesso venoso e a monitorização cardíacao acesso venoso e a monitorização cardíaca

• A oximetria de pulso proporciona um parâmetro A oximetria de pulso proporciona um parâmetro

evolutivo e ajuda a avaliar a resposta evolutivo e ajuda a avaliar a resposta

terapêutica, porém a medida da saturação de terapêutica, porém a medida da saturação de

oxigênio pode ser imprecisa devido à má oxigênio pode ser imprecisa devido à má

perfusão periféricaperfusão periférica

• A medicação se baseia na morfina, diurético A medicação se baseia na morfina, diurético

(lasix), catecolaminas (dopamina, dobutrex, (lasix), catecolaminas (dopamina, dobutrex,

noradrenalina, digitalico), broncodilatador.noradrenalina, digitalico), broncodilatador.

Page 89: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

MorfinaMorfina

• produz analgesia em doses(aproximadamente 10 mg, IM) produz analgesia em doses(aproximadamente 10 mg, IM)

que não resultam em alterações intensas da consciência; que não resultam em alterações intensas da consciência;

e produz relaxamento da atividade músculo-esquelética e produz relaxamento da atividade músculo-esquelética

(de 2 a 8 mg, EV), sem causar depressão respiratória (de 2 a 8 mg, EV), sem causar depressão respiratória

acentuadaacentuada

• dilata os vasos de capacitância do leito venoso periférico, dilata os vasos de capacitância do leito venoso periférico,

o que diminui o retorno venoso para o coração (diminui a o que diminui o retorno venoso para o coração (diminui a

pré-carga), aliviando assim a congestão pulmonar pré-carga), aliviando assim a congestão pulmonar

diminuindo a necessidade de oxigêniodiminuindo a necessidade de oxigênio

• a hipotensão é o efeito adverso mais comum e mais a hipotensão é o efeito adverso mais comum e mais

grave em pacientes depletados de volume grave em pacientes depletados de volume

Page 90: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

OxigênioOxigênio

• oferecido em altos fluxos iniciado a 5 a 6 L/minoferecido em altos fluxos iniciado a 5 a 6 L/min

• máscaras com válvula e reservatório podem máscaras com válvula e reservatório podem

fornecer concentrações de oxigênio de 90 a 100%fornecer concentrações de oxigênio de 90 a 100%

• deve-se utilizar a pressão expiratória final (PEEP) deve-se utilizar a pressão expiratória final (PEEP)

• a pressão positiva contínua de vias aéreas a pressão positiva contínua de vias aéreas

(CPAP) pode ser aplicada durante a respiração (CPAP) pode ser aplicada durante a respiração

espontânea ou com o tubo endotraquealespontânea ou com o tubo endotraqueal

Page 91: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Indicações para intubação Indicações para intubação

endotraquealendotraqueal

• quando não se consegue manter a PaO2 quando não se consegue manter a PaO2

acima de 60mmHg, apesar de FiO2 de 100%acima de 60mmHg, apesar de FiO2 de 100%

• sinais de hipóxia cerebral (letargia e torpor)sinais de hipóxia cerebral (letargia e torpor)

• aumento progressivo de PCO2 ou acidose aumento progressivo de PCO2 ou acidose

progressiva.progressiva.

Page 92: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Agentes inotrópicos Agentes inotrópicos positivospositivos • se o paciente em edema agudo de pulmão se o paciente em edema agudo de pulmão

apresentar sinais e sintomas de choque e a pressão apresentar sinais e sintomas de choque e a pressão arterial sistólica inicial for menor do que 100mmHg, arterial sistólica inicial for menor do que 100mmHg, iniciar iniciar dopamina dopamina de 5 a 20µg/kg/min. Se houver de 5 a 20µg/kg/min. Se houver necessidade de mais do que 20 a 30µg/kg/min de necessidade de mais do que 20 a 30µg/kg/min de dopamina, acrescente dopamina, acrescente noradrenalina noradrenalina e diminua a e diminua a dopamina para 10µg/kg/mindopamina para 10µg/kg/min

• se o paciente em edema agudo de pulmão com se o paciente em edema agudo de pulmão com pressão arterial sistólica inicial de 100mmHg não pressão arterial sistólica inicial de 100mmHg não apresentar sinais e sintomas de choque, inicie apresentar sinais e sintomas de choque, inicie dobutamina, dobutamina, de 2 a 20µg/kg/minde 2 a 20µg/kg/min

• uma vez que a pressão arterial tenha ultrapassado uma vez que a pressão arterial tenha ultrapassado 100mmHg, a 100mmHg, a nitroglicerina nitroglicerina pode ser iniciadapode ser iniciada

Page 93: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

DiuréticosDiuréticos

• a furosemida intravenosa é um dos principais a furosemida intravenosa é um dos principais

diuréticos utilizados no tratamento do edema diuréticos utilizados no tratamento do edema

agudo de pulmãoagudo de pulmão

• primeiro, ela causa uma diminuição imediata no primeiro, ela causa uma diminuição imediata no

tônus venoso, aumentando a capacitância venosa, tônus venoso, aumentando a capacitância venosa,

levando a uma queda da pressão de enchimento levando a uma queda da pressão de enchimento

ventricular e melhora dos sintomas clínicosventricular e melhora dos sintomas clínicos

• em segundo, ela produz a diurese na dose de duas em segundo, ela produz a diurese na dose de duas

a quatro ampolas EVa quatro ampolas EV

Page 94: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

BroncodilatadoresBroncodilatadores

• em alguns pacientes a principal manifestação é o em alguns pacientes a principal manifestação é o

broncoespasmo marcante com sibilos (broncoespasmo marcante com sibilos (asma asma

cardíacacardíaca))

• a hipoxemia é severa e a cianose é profundaa hipoxemia é severa e a cianose é profunda

• a retenção de CO2 é uma manifestação grave de a retenção de CO2 é uma manifestação grave de

hipoventilação secundáriahipoventilação secundária

• os broncodilatadores (os broncodilatadores (aminofilina – aminofilina – bolo intravenoso bolo intravenoso

de 5mg/kg lentamente, entre 10 a 15 minutos) são de 5mg/kg lentamente, entre 10 a 15 minutos) são

utilizados para corrigir o broncoespasmoutilizados para corrigir o broncoespasmo

Page 95: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

normal

Edema agudo de pulmão

Page 96: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Insuficiência cardíaca congestiva

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-ISQUEMIA MIOCÁRDICA

A isquemia miocárdica resulta do

desequilíbrio entre o consumo e a oferta de

oxigênio ao músculo cardíaco.

Os episódios isquêmicos incluem angina

estável, instável e infarto do miocárdio.

Page 98: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Interpretação Eletrocardiográfica

•O eletrocardiograma pode revelar a presença de infra

ou supradesnivelamento (angina de peito) do segmento

ST e / ou inversão da onda T e/ou Q patológico.

Page 99: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Achados Eletrocardiográficos

Page 100: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

Onda de necrose

Page 101: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

•Nos diabéticos, a dor é por vezes atípica.

Aspesctos Clínicos

Page 102: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

NORMAL INÍCIO(horas) PICO

TÉRMINO

CK < 30 1 a 2 12 a 24h 24 a 48h

TGO < 45 8 a 12 24 a 48h 3 a 4 dias

DLH < 300 24 a 48 3 a 4 dias 5 a 8 dias

TROP I < 2 2 a 4 4 a 6h 7 a 14 dias

MIOG < 90 1 a 2 8 a 12h 24 a 30h

Achados laboratoriais

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Fatores de risconão modificáveis

idadesexohistória familiar

modificáveis

Maiores Menores

colesterol obesidade

e triglicerídeos sedentarismo

dieta personalidade

HAS tensão emocional

fumo outros:café,álcool

diabetes hematócrito

vitamina C e E

ácido úrico deCO

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Terapêutica Farmacológica da Doença Coronariana Aguda

Ácido acetilsalicílico (aspirina) – potente inidor plaquetário.

Ridogrel – bloqueador dos receptores de tromboxano A2.

Ticlopidina e clopidogrel – antagonista de adenosina (ADP)

Heparina convencional e de baixo peso molecular –age

aumentando o limiar de ação da trombina.

Inibidores do receptor da glicoproteína IIb/IIIa – ação anti-

trombogênica.

abciximab - inibi a interação fibrinogênio-plaqueta.

tirofiban - se adapta ao sítio da GP IIb/IIIa,

bloqueando a ligação das plaquetas.

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Angina Estável

•SINTOMATOLOGIA: O paciente refere precordialgia

intensa de até 30 minutos de duração, que pode estar

associada a náuseas, vômitos, sudorese fria e

palpitações

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Angina Instável

•Define-se pela maior intensidade e duração da dor

precordial quando comparada à angina de peito, mas ao

mesmo tempo é menos intensa e de menor duração do

que a dor obliterante do infarto agudo do miocárdio.

Page 109: CARDIOLOGIA CLÍNICA PROFª DEYSE SANTORO. REVISAO ANATOMOFISIOLOGICA DO CORACAO

•Durante a dor, geralmente a freqüência

cardíaca se eleva, assim como a pressão

arterial, ocorrendo infra ou supradesnivelamento

do segmento ST e a onda T apresenta-se

alterada (como na angina estável). Se a duração

for acima de 20 minutos, a necrose se inicia.

Neste caso, estabelece-se o quadro de infarto

agudo do miocárdio.

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Estratégia de tratamento

Terapêutica farmacológica máxima 24-48 horas

Estabilização do quadro refratário ao

tratamento

ANGIOGRAFIA CORONARIA

Lesões < 50% doença uniarterial doença multiarterial tronco CE

Trat/o clinico ATC Cirurgia ATC Cirurgia Cirurgia

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Infarto Agudo do Miocárdio

•É a necrose de determinada área do miocárdio devido à

falta de oxigenação prolongada por oclusão de uma

artéria coronária ou algumas de suas ramificações.

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Principal fator : placa de ateroma e formação de trombo

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Achados Laboratoriais

A necrose da miofibrila promove liberação de enzimas

intracelulares para a circulação quantificadas por reações

específicas. As principais são a creatino-fosfoquinase

( CPK ), transaminase oxalo-glutâmica ( TGO ) e a

desidrogenase láctica ( DLH ).

Atualmente considera-se também mioglobina e troponina I.

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Alterações eletrocardiográficas Alterações eletrocardiográficas conforme a parede ventricular conforme a parede ventricular comprometidacomprometida

Localização do infarto Derivações

alteradas

infarto anterior V3 a V4

infarto inferior DII , D III e AVF

infarto lateral D I , AVL , V5 e

V6

infarto posterior D I , D II , D III , AVF

infarto septal V1 e V2

infarto anterior extenso V1 a V6

infarto dorsal V7 e V8

infarto VD V3r e V4r

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Avaliação imediata (<10 min)Avaliação imediata (<10 min)

sinais vitais (principalmente PA)

saturação de oxigênio >95%

obter acesso venoso

obter ECG de 12 derivações

história e exame físico breve

níveis iniciais de marcadores séricos cardíacos

estudos iniciais de eletrólitos e coagulação

radiografia de tórax (<30 min)

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Tratamento especifico imediatoTratamento especifico imediato

oxigênio a 3l/min

aspirina 160-325 mg

nitroglicerina EV

morfina IV (se a dor não aliviar)

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Considere terapia associadaConsidere terapia associada

beta-bloqueador IV

nitroglicerina IV

heparina IV

inibidores da ECA

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Classificação do quadro Classificação do quadro clínico e mortalidade no IAMclínico e mortalidade no IAM

Classe de Killip Mortalidade (%)

I ausência de insuficiência cardíaca 6

II insuficiência cardíaca leve/moderada 17

III edema pulmonar 38

IV choque cardiogênico 81