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O COMÉRCIO MUNDIAL NA “ERA TRUMP”: IMPLICAÇÕES PARA O BRASIL IBRAC - 17º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL SÃO PAULO, SP 9/06/2017 Carlos Alberto Primo Braga Pofessor Associado, FDC

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O COMÉRCIO MUNDIAL NA “ERA TRUMP”:IMPLICAÇÕES PARA O BRASIL

IBRAC - 17º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONALSÃO PAULO, SP

9/06/2017

Carlos Alberto Primo Braga

Pofessor Associado, FDC

O ambiente internacional: a era da ansiedade

PIOR ANO NA HISTÓRIA DO MUNDO?PESQUISAS EM SETEMBRO/2016 VS. JUNHO/2017FONTE: ONION (2016)

A ERA DA ANSIEDADE(COMPLEXIDADE VS. CAPACIDADE COGNITIVA)FONTE: PRIMO BRAGA (2016)

Known Unknowns Unknown unknowns

Riscos Probabilidades(Brexit, desaceleração da economia chinesa…)

Incerteza Black elephants(Disrupção tecnológica, ebola, zika, Trump, corrupção…)

Black swans(choques geopolíticos, terrorismo; Patmos…)

INCERTEZA POLÍTICAFONTE: CONSTANTINESCU ET AL. (2017)

O PARADOXO DA BAIXA VOLATILIDADE EM WALL STREETFONTE: IRWIN (2017)

Globalização

A PENÍNSULA DA CORÉIA COMO UMA METÁFORA

COMÉRCIO INTERNACIONAL E PIB MUNDIALFONTES: HSBC (2017), UBS (2017)

Taxas de crescimento (1980-2016) Forte correlação entre comércio e PIB

“PEAK GLOBALIZATION?”FONTE: PRIMO BRAGA (2015)

O FUTURO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

• Reflexo de equívocos políticos e macroeconômicos?• Tensões na zona do Euro (Grécia...)• Brexit...• Hard-landing de economias emergentes (em particular da China)?

• Atritos geopolíticos

• Incerteza (impacto sobre comércio de produtos intermediários/GVCs)

• Êrros de política comercial?• O fantasma da Grande Depressão/A agenda Trump...

• A ilusão do protecionismo e a ameaça de “guerras decambiais”

• Fracasso de governança multilateral (o impasse de Doha/WTO …)

• Evolução de acordos preferenciais de comércio (Mercosur...)

A “Era Trump”

ANTECEDENTES NOS EUAFONTES: FUKUYAMA (2016); PRIMO BRAGA (2016C); VANGRASSTEK (2017)

• Ressentimento crescente contra os efeitos da globalização:• Dos anos 60 aos anos 80, a crescente competição internacional e o impacto de avanços tecnológicos

levaram a um aumento de demanda por medidas protecionistas nos EUA, particularmente, emindústrias intensivas no fator trabalho;

• Os EUA começaram a apresentar déficits na balança comercial por volta de 1971 e em conta-corrente a partir de 1992;

• Gradualmente empresas se adaptaram (ou “morreram”) , tornando-se mais internacionais, e passarama adotar uma orientação mais favorável ao comércio internacional. Adaptação de trabalhadores foimuito mais difícil e criou um “exército” de pessoas deslocadas para empregos de menor renumeraçãoe/ou desempregadas;

• Emprego em indústrias vulneráveis colapsou: empregavam 1 de cada 18 trabalhadores no setormanufatureiro nos EUA por volta de 1977; 1 de cada 130 empregos por volta de 2015…

• A crescente internacionalização de empresas americanas e a adoção de disciplinas multilaterais e/oupreferenciais (OMC, NAFTA…) diminuiram a demanda política por medidas protecionistas a partir dos anos 90, muito embora a economia dos EUA tenha ficado muito mais dependente de importações nosúltimos 40 anos;

• A expansão chinesa: 2,4% do PIB mundial (1995) para 14,9% em 2015 (no caso dos EUA, os númerossão 24,4% e 24,6%, respectivamente). A participação chinesa no deficit commercial dos EUA evoluiu de 17,1% (2000) para 37,6% em 2016;

EMPREGO EM INDÚSTRIAS VULNERÁVEISFONTE: VANGRASSTEK (2017)

A VITÓRIA DE TRUMP

• Trump: um candidato heteroxo e carismático, quebrando todas as regras, e capaz de ignorar as regrasde financiamento eleitoral… (primeiro obteve a nomeação republicana concorrendo como um “outsider” e depois derrotou a “ultimate insider”: Hillary Clinton);

• Uma campanha populista com ênfase na sabedoria e virtudes do homem/mulher do povo (a “maioria silenciosa”) em contraste com a visão das elites; pautada pela desconfiança e o ressentimento contra autoridades estabelecidas, multinacionais, e elites intelectuais;

• Pontos enfatizados: crescente desigualdade econômica; eleitores brancos “left-behind” pelo processo de globalização; a ameaça chinesa; e argumentos demagógicos com relação ao impacto do comércio internacional sobre os EUA.

CONCENTRAÇÃO DE RENDAFONTE: PIKETTY, SAEZ, AND ZUCMAN (2017)

A “AMEAÇA” CHINESAFONTE: BRADSHER E RUSSEL (2017)

TRUMP E OS “DEPLORABLES”FONTE: THE ECONOMIST (2016)

A ADMINISTRAÇÃO TRUMP

• Candidato vs. Presidente;

• Eleito com uma plataforma populista (retórica anti-elitista; ênfase em crescimento econômico e redistribuição de renda, descaso com relação a implicações inflacionárias e desequilíbrio fiscal; tendências protecionistas e desconfiança com relação a organizações multilaterais…) com traços de xenofobia (a ameaça do radicalismo islâmico…);

• Discurso inaugural: “America First”; “Buy American Hire American”…

• “America First” (ecos de Charles Lindbergh, 1941, American First Committee) – isolacionismo(Lindbergh) vs. unilateralismo (Trump: engajamento internacional em termos definidos pelos EUA);

• Ações iniciais confirmam a agenda populista.

A AGENDA DE COMÉRCIO INTERNACIONAL: 7 PONTOS PARA RECONSTRUIR A ECONOMIA AMERICANALUTANDO POR “COMÉRCIO JUSTO”FONTE: LIPPOLDT (2017)

CULPAR O COMÉRCIO É UM DIAGNÓSTICO EQUIVOCADOFONTE: LIPPOLDT (2016)

EUA - Resultado de conta corrente como % PIB – déficits refletem baixa poupança

EUA - Evolução de emprego e produto no setor manufatureiro – o papel da tecnologia

O EFEITO “TRUMP”FONTES: PRIMO BRAGA (2016C; 2017)

Cenários alternativos:

• (1) -- Ajustes na margem: EUA fora da TPP; TTIP nati-morta; ajustes no NAFTA (revisões anuais; Seção201 do Ato de Implementação…); ofensiva legal na OMC (disputas jurídicas…);

• (2) -- (1) + Ações unilaterais: como autorizado pelos Atos de Comércio de 1962 (Seção 232 (b)) e de 1974 (Seções 122 e 301) e declarando a China como uma nação que manipula a sua moeda (Depto. do Tesouro: “bilateral trade surplus larger than $20 billion; current account surplus larger than 3% of GDP; net purchases of foreign currency greater than 2% of GDP” – a China na atualidade não qualifica…);

• (3) – Tratamento de choque : (2) + EUA saindo do NAFTA (Capítulo 22) + saindo da OMC + renegociando acordos bilaterais…; “revolução” na arquitetura de governança da economia mundial!

Conclusão: alta probabilidade de aumento de conflitos comerciais…; Pax Americana RIP!

É BOM LEMBRAR…

Mike Thyson: “Everyone has a plan ‘til they get punched in the mouth.”

Brasil

UMA ECONOMIA FECHADAFONTE: CANUTO ET AL. (2015)

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CONECTIVIDADE INTERNACIONALFONTE: MCKINSEY (2016)

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UMA ECONOMIA FECHADA (CONT.)FONTE: CANUTO ET AL. (2015)

• Contra-argumento: economias grandes tendem a exibir uma participação menor de exportaçoese importações no PIB;

• Correto, mas o Brasil é um ponto for a da curva: a média para 176 países do coeficiente de comércio (X+M/PIB) é de 96% em contraste com os 27,6% para o Brasil (dados de 2013); e mesmopara as seis maiores economias do mundo a média é de 55%;

• Caso tentemos estimar o valor previsto do coeficiente de comércio para o Brasil, utilizandovariáveis como o PIB, população, e território, o modelo estima um valor de 62%. Modeloscomplementares -- que também incluem taxas de urbanização e participação do setormanufatureiro no PIB como variáveis -- estimam um coeficiente de 64,5%;

• A introdução de uma dummy para a região (ALC), porém, indica que países da ALC tendem a terum coeficiente 36 pontos percentuais abaixo da média de países de outras regiões: herança da estratégia de industrialização por substituição de importações (ISI)…

COMÉRCIO INTERNACIONALFONTE: WTO (2016)

ALC: GRAU DE ABERTURAFONTE: IMF (2017)

COMÉRCIO INTERNACIONAL NA ALCFONTE: IMF (2017)

Clusters de comércio ALC e GVCs

GVCS E COEFICIENTE DE ABERTURAFONTES: WORLD BANK AND UNCTAD

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Openness: total trade in goods as % of GDP

GVC participation rate and OpennessSingapore

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GVCS AND LOGISTICSFONTES: WORLD BANK E UNCTAD

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LPI total score

GVC participation rate and LPI scoreSingapore

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Russian Federation

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Brazil

India

BRASIL: FIRMAS EXPORTADORASFONTE: CANUTO ET AL. (2015)

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ENTRAVES ÀS EXPORTAÇÕES: PERCEPÇÕES DA INDÚSTRIAFONTE: RIOS E VEIGA (2014)

O CUSTO DE SE FAZER NEGÓCIOS NO BRASIL: O IMPACTO SOBRE PMESFONTE: WORLD BANK/IFC (2017)

TARIFAS MÉDIASFONTE: BRADSHER E RUSSEL (2017)

PROTECIONISMO: OS PRINCIPAIS ATORES NO CONTEXTO DO G20FONTE: GTA (2016)

EM SUMA…

•Uma economia fechada/viés anti-exportador;

•Baixo dinamismo/produtividade;

• Integração limitada em GVCs;

•Competitividade internacional decrescente.

LIBERALIZAÇÃO COMERCIAL E PRODUTIVIDADEFONTE: CHANDRA, OSORIO-RODARTE, PRIMO BRAGA (2009)

• Impacto de liberalização comercial sobre a produtividade da economia tende a ser positiva, mas emeconomias (como a brasileira) onde há uma grande dispersão nos níveis setoriais de produtividade o impacto macro pode ser comprometido e os custos de ajuste podem ser não triviais;

• A economia política do processo de liberalização é no momento adversa em virtude da conjunturaeconômica doméstica e internacional:

• Oposição dos incumbentes (firmas protegidas, associações setoriais, sindicatos,…) vs. interêssedos consumidores (benefícios difusos…);

• Apêlo populista de medidas protecionistas (barreiras comerciais, regras de conteúdo nacional, etc.);

• Benefícios de longo-prazo (descontados por uma taxa elevada de preferência social) vs. custos de ajuste de curto prazo;

• Realocação de recursos em economias marcadas por grande dispersão setorial de níveis de produtividade pode ser perversa (importância da sequência do processo de liberalização…)

• Necessidade de políticas complementares: desvalorização cambial, desburocratização, investimentosem infraestrutura, programas setoriais de realocação/treinamento de mão-de-obra…

MERCOSURFONTES: RENWICK (2016); WWW.MERCOSUR.INT

Projeção continental Um mercado comum “teórico”

• Origem geopolítica;

• Tratado de Assunção – 1991 (Argentina, Brasil, Paraguay, Uruguay);

• Protocolo de Ouro Preto – 1994;

• Protocolo de Ushuaia – 1998;

• Expansão (Venezuela, 2012; membros associados…)

• Crises econômicas (Brasil/desvalorização do Real –1999; Argentina/2001; crise financeira global; Arg x Br cancelamento de licenças automáticas/2011);

• Crises políticas (Paraguay, 2012/13; Venezuela, 2016/?...);

• Ambição vs. Realidade (Tarifa Externa Comum(TEC)/Mercado Comum vs. Exceções/Restriçõesquantitativas/Decisões unilaterais)

• Papel da ALADI e negociações com a União Européia…

UM AMBIENTE EXTERNO NEGATIVOFONTE: EVENETT (2016)

CENÁRIOS ALTERNATIVOS

• Opções para o Brasil:

• “Do nothing” – manter ênfase multilateral, defender interêsses nacionais através do processode solução de controvérsias na OMC, apoio a “campeões nacionais”, revitalizar Mercosul –resultado: permanecer como um “anão” comercial preso na armadilha de “renda média”;

• Estratégia “Chilena” -- perseguir os “benefícios da promiscuidade”: liberalização comercialagressiva nos âmbitos unilateral, bilateral e multilateral, com ênfase em ações unilaterais. Resultados: choque de produtividade a médio prazo, mas enfrentaria oposição significativano curto prazo (interesses afetados), e teria de administrar um ajuste no mercado de trabalho, em meio a um ambiente internacional incerto;

• Liberalização “controlada” – foco na redução do “custo Brasil”, transparência no sistema de incentivos, anúncio de metas unilaterais de liberalização com um cenário de ajuste pré-estabelecido em paralelo com desvalorização cambial, e ênfase em acordos comerciais com parceiros mais significativos. Resultados: aumento gradual da participação brasileira no comércio internacional; uma estratégia que depende significativamente da trajetória de ajuste macroeconômico (em particular, o ajuste fiscal e outras reformas estruturais).

UMA AGENDA DE LIBERALIZAÇÃO CONTROLADA: PONTOS A EXPLORARFONTES: PRIMO BRAGA (2014), RIOS E VEIGA (2014), PRIMO BRAGA (2017)

• Liberalização tarifária com cronograma de implementação pré-anunciado e com foco na proteção de bens de produção (insumos intermediários e bens de capital). O objetivo seria diminuir significativamente a taxa efetiva de proteção;

• Revisão de políticas de conteúdo local;

• Liberalização do mercado de trabalho, favorecendo a mobilidade de internacional de mão-de-obra qualificada (a participação de estrangeiros no mercado de trabalho nacional é inferior a 0,5%, enquanto no Chile é da ordem de 1,69% e nos EUA de 14,14%);

• Desburocratização alfandegária (implementação do Acordo de Facilitação de Comércio da OMC);

• Simplificação de política de drawback;

• Renegociação do Mercosul – reforma da Tarifa Externa Comum (TEC) com um cronograma efetivo de eliminação de exceções ou mesmo o abandono da TEC acompanhada de um cronograma realista para se alcançar uma área de livre-comércio;

• Engajamento com outros parceiros comerciais (México, Reino Unido, UE, EFTA, outros países da AL…) em negociações de áreas de livre-comércio (FTAs). O Brasil correntemente está engajado em apenas 5 acordos preferenciais de comércio, enquanto países como o Chile (27) e México (15) têm explorado esta opção de forma bem mais agressiva.

COMENTÁRIOS FINAIS

• “Brasil não é para amadores…” (Tom Jobim)

• Como recuperar a competitividade (reformas estruturais, investimentos em infrastrutura, equilíbrio fiscal…)?

• Poderá a administração Temer implementar esta agenda em meio a crise política?

• Tensão: ênfase em produtividade vs. distribuição de renda;

• Importância de se reduzir o “Custo Brasil”;

• Ambiente internacional volátil…

BRASIL: IMAGEM EXTERNAFONTE: IMD (2016)

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