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Carlos E. Morimoto- Guia Completo de Redes - 3ª Edição

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    Direitos Autorais

    Este e-book foi escrito por Carlos E. Morimoto ([email protected]) e vendidoatravs do Guia do Hardware, no endereo http://www.guiadohardware.net.

    Apesar de estar em formato digital, este livro no de livre distribuio. A coleo completa, quealm deste inclui os e-books Manual de Hardware Completo 3 Ed, Guia de Novastecnologias 3 Ed,Guia de Upgrade e ManutenoePlacas 3D, modelos e recursos, porum preo simblico de 8 reaisatravs do prprio autor.

    Se voc recebeu este e-book de outra forma, atravs de um amigo, num CD de revista, atravs dealgum Website, saiba que tm em mos uma cpia pirata, que apesar de ter o mesmo contedodo original, no remunera o autor pelo seu trabalho e desestimula o aparecimento de mais ttuloscomo este.

    Se for o seu caso, seja honesto e adquira o pacote com todos os e-books atravs do Guia do

    Hardware, atravs do link: http://www.guiadohardware.net/e-books/index.aspO pagamento pode ser feito de vrias formas, incluindo deposito bancrio, vale postal, carta, etc.Os 8 reais podem no fazer muita diferena para voc, mas se no fosse a contribuio de cadaleitor, este trabalho no existiria.

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    ndice geralDireitos Autorais..............................................................................................................2Prefcio...........................................................................................................................7Porque ligar micros em rede?..........................................................................................8

    Compartilhando arquivos.................................................................................................8Compartilhando perifricos...............................................................................................9Sistema de mensagens e agenda de grupo.........................................................................9Jogos em Rede..............................................................................................................10

    Como as redes funcionam..............................................................................................10Placas de Rede..............................................................................................................10Cabos..........................................................................................................................11Topologias....................................................................................................................11Arquiteturas.................................................................................................................12Protocolos....................................................................................................................13Recursos......................................................................................................................13N.O.S..........................................................................................................................14

    Cabeamento...................................................................................................................15

    Cabo coaxial.................................................................................................................15Cabo de par tranado.....................................................................................................18Par tranado x Coaxial...................................................................................................23Fibra ptica..................................................................................................................24

    Placas de Rede...............................................................................................................25Hubs..............................................................................................................................27

    Hubs Inteligentes..........................................................................................................28Conectando Hubs..........................................................................................................28

    Repetidores...................................................................................................................29Crescendo junto com a rede...........................................................................................2910 ou 100?.....................................................................................................................30Bridges, Roteadores e Gateways....................................................................................30

    Bridges (pontes)...........................................................................................................30Como funcionam os Bridges? .........................................................................................31Roteadores (routers).....................................................................................................31Ns de interconexo......................................................................................................33

    Arquiteturas de rede......................................................................................................34Topologias Lgicas........................................................................................................34Redes Ethernet.............................................................................................................35Pacotes........................................................................................................................37Modo Full-Duplex .........................................................................................................37

    Tecnologias antigas de rede...........................................................................................39Redes Token Ring..........................................................................................................39Redes Arcnet................................................................................................................41

    Novas tecnologias de rede.............................................................................................42

    IEEE 802.11b.................................................................................................................42Segurana....................................................................................................................45ESSID..........................................................................................................................46WEP............................................................................................................................47RADIUS........................................................................................................................47Permisses de acesso....................................................................................................48Como so dados so transmitidos e interferncia................................................................48Aumentando o alcance ..................................................................................................50

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    Modo Ad-hoc ...............................................................................................................51A questo do custo........................................................................................................52

    IEEE 802.11a.................................................................................................................53IEEE 802.11g ................................................................................................................53Home PNA .....................................................................................................................54

    HomePlug Powerline......................................................................................................55HomeRF.........................................................................................................................56Bluetooth.......................................................................................................................57

    A demora.....................................................................................................................57Usos para o Bluetooth....................................................................................................59Como funciona o Bluetooth.............................................................................................61Consumo eltrico..........................................................................................................61

    Gigabit Ethernet.............................................................................................................6210 Gigabit Ethernet.......................................................................................................64

    Ponto a ponto x cliente - servidor..................................................................................65Cliente - servidor..........................................................................................................66Servidores de disco.......................................................................................................66Servidores de arquivos...................................................................................................67

    Ponto a ponto...............................................................................................................67Servidores no dedicados...............................................................................................67Impressoras de rede......................................................................................................68

    Protocolos......................................................................................................................68Camadas da rede..........................................................................................................69NetBEUI.......................................................................................................................70IPX/SPX.......................................................................................................................70DLC.............................................................................................................................71TCP/IP.........................................................................................................................71

    Endereamento IP.........................................................................................................72Mscara de sub-rede......................................................................................................75Mscaras complexas......................................................................................................76Usando o DHCP.............................................................................................................79Defaut Gateway............................................................................................................80Servidor DNS................................................................................................................81Servidor WINS..............................................................................................................82Redes Virtuais Privadas..................................................................................................82

    Configurar a rede e compartilhar a conexo...................................................................83Planejando a rede..........................................................................................................85Configurao de rede no Win 98....................................................................................86

    Instalando a placa de rede.............................................................................................86Configurando uma rede ponto a ponto.............................................................................86Configuraes...............................................................................................................88Logando-se na rede.......................................................................................................92Compartilhando recursos................................................................................................92

    Acessando discos e pastas compartilhados........................................................................94Acessando impressoras de rede ......................................................................................96Compartilhamentos ocultos............................................................................................98

    Configurao de rede no Windows 2000........................................................................98Compartilhar a conexo com a Internet usando o ICS..................................................102

    Compartilhar a conexo no Windows 2000 Professional....................................................103Compartilhar a conexo no Windows 98 SE.....................................................................103ICS com IP fixo...........................................................................................................105

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    Detalhes sobre o ICS...................................................................................................106Compartilhar a conexo usando o Analog-X Proxy.......................................................107Acessando um Servidor Windows 2000 ou Windows NT ..............................................111Acessando um Servidor Novell NetWare.......................................................................113Conectando-se a uma VPN...........................................................................................116

    Segurana na Internet.................................................................................................117Como so feitas as invases.........................................................................................117Como se proteger .......................................................................................................119Trojans......................................................................................................................119Bugs .........................................................................................................................120Portas TCP abertas......................................................................................................121Roubo de dados e senhas.............................................................................................122Antivrus....................................................................................................................122Firewalls e portas TCP..................................................................................................123

    Dicas para tornar seu Windows 2000 um sistema seguro.............................................127O bsico.....................................................................................................................127As dicas.....................................................................................................................128TCP/IP.......................................................................................................................129

    Contas.......................................................................................................................130Servios.....................................................................................................................131Teste sua segurana....................................................................................................132Patches .....................................................................................................................133O bom e velho firewall.................................................................................................134Spywares...................................................................................................................136

    Como configurar um servidor Linux ............................................................................136A distribuio...............................................................................................................136Instalando...................................................................................................................137

    Particionando o HD .....................................................................................................140As parties no Linux...................................................................................................143Pacotes de Aplicativos..................................................................................................144Finalizando ................................................................................................................146Acesso Web e rede....................................................................................................147Gerenciador de boot.....................................................................................................148Configurao do vdeo..................................................................................................148

    Como instalar via rede ou apartir do HD.......................................................................150Colocando a mo na massa..........................................................................................154

    Comandos do prompt...................................................................................................154Fechando programas travados ......................................................................................157Montando e desmontando.............................................................................................158Acessando a partio do Windows apartir do Linux..........................................................159O terceiro boto .........................................................................................................159Editando arquivos de texto...........................................................................................160Desligando ................................................................................................................161

    Configurando o Servidor..............................................................................................161Samba..........................................................................................................................162Acessando compartilhamentos de mquinas Windows .....................................................169Configurando manualmente..........................................................................................173

    Usando o NFS...............................................................................................................175Apache.........................................................................................................................178Servidores em Cluster e balanceamento de carga........................................................180Economizando com o uso de terminais leves................................................................182

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    Montando a rede.........................................................................................................184Terminais via VNC ......................................................................................................188Rodar aplicativos a partir do servidor.............................................................................192Rodando aplicativos via SSH ........................................................................................193Rodar a interface grfica e todos os programas a partir do servidor ...................................196

    Estaes diskless com o Etherboot.................................................................................198Usando os terminais ...................................................................................................200

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    Prefcio

    As redes vem sendo cada vez mais utilizadas, no apenas em grandes empresas, mas empequenos escritrios, ou mesmo em casa. A demanda por profissionais qualificados neste mercadovem tornando-se cada vez maior, e as remuneraes no so nada ruins. Mesmo que voc nopretenda tornar-se um especialista em redes, possuir pelo menos os conhecimentos bsicos irajudar bastante sua carreira profissional. Se voc j trabalha como tcnico poder agora oferecermais um servio a seus clientes.

    Montar e configurar redes pequenas e mdias uma tarefa surpreendentemente simples. Oobjetivo deste livro lhe dar todo o conhecimento necessrio para montar redes de pequenoporte, como as usadas em casas e escritrios, incluindo compartilhamento da mesma conexo Internet, configurao de endereos IP, etc. Porm, tambm so abordados tpicos maisavanados, como a configurao de mscaras de sub-rede complexas, criao de redes virtuais,etc. que lhe daro uma boa idia de como montar redes mais complexas. Apesar do assuntoparecer bastante tcnico, procurei usar uma linguagem os mais didtica possvel, abordando todos

    os detalhes, porm sem cair no tecnismo, a mesma linguagem que uso em meus outros livros

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    Porque ligar micros em rede?

    A partir do momento em que passamos a usar mais de um micro, seja dentro de uma empresa,escritrio, ou mesmo em casa, fatalmente surge a necessidade de transferir arquivos eprogramas, compartilhar a conexo com a Internet e compartilhar perifricos de uso comum entreos micros. Certamente, comprar uma impressora, um modem e um drive de CD-ROM para cadamicro e ainda por cima, usar disquetes, ou mesmo CDs gravados para trocar arquivos, no amaneira mais produtiva, nem a mais barata de se fazer isso.A melhor soluo na grande maioria dos casos tambm a mais simples: ligar todos os micros emrede. Montar e manter uma rede funcionando, tem se tornado cada vez mais fcil e barato. Cadaplaca de rede custa apartir de 35 reais, um Hub simples, 10/10 pode ser encontrado por 100reais, ou at um pouco menos, enquanto 10 metros de cabo de par tranado no custam mais doque 6 ou 8 reais.

    Se voc mesmo for fazer o trabalho, ligar 10 micros em rede, custaria entre 500 e 800 reais,usando cabos de par tranado e um hub e placas 10/100 em todos os micros.

    Com a rede funcionando, voc poder compartilhar e transferir arquivos, compartilhar a conexocom a Internet, assim como compartilhar impressoras, CD-ROMs e outros perifricos, melhorar acomunicao entre os usurios da rede atravs de um sistema de mensagens ou de uma agendade grupo, jogar jogos em rede, entre vrias outras possibilidades.

    Compartilhando arquivos

    Num grupo onde vrias pessoas necessitem trabalhar nos mesmos arquivos (dentro de umescritrio de arquitetura, por exemplo, onde normalmente vrias pessoas trabalham no mesmodesenho), seria muito til centralizar os arquivos em um s lugar, pois assim teramos apenasuma verso do arquivo circulando pela rede e ao abri-lo, os usurios estariam sempre trabalhandocom a verso mais recente.

    Centralizar e compartilhar arquivos tambm permite economizar espao em disco, j que ao invsde termos uma cpia do arquivo em cada mquina, teramos uma nica cpia localizada noservidor de arquivos. Com todos os arquivos no mesmo local, manter um backup de tudo tambmtorna-se muito mais simples.Simplesmente ligar os micros em rede, no significa que todos tero acesso a todos os arquivosde todos os micros; apenas arquivos que tenham sido compartilhados, podero ser acessados. E

    se por acaso apenas algumas pessoas devam ter acesso, ou permisso para alterar o arquivo,basta proteg-lo com uma senha (caso esteja sendo usado o Windows 95/98) ou estabelecerpermisses de acesso, configurando exatamente o que cada usurio poder fazer (caso estejausando Windows 2000, XP, Linux, Netware, ou outro sistema com este recurso).

    Alm de arquivos individuais, possvel compartilhar pastas ou mesmo, uma unidade de discointeira, sempre com o recurso de estabelecer senhas e permisses de acesso.

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    A sofisticao dos recursos de segurana variam de acordo com o sistema operacional utilizado.No Windows 98 as nicas formas de segurana so pastas ocultas e senhas. Usando um servidorWindows NT, 2000 ou Linux voc ter disposio configuraes muito mais complexas, comogrupos de usurios ou de domnios, vrios nveis de acesso, etc., mas em compensao ter emmos um sistema muito mais difcil de configurar. Ao longo deste livro iremos analisar os pontos

    fortes e fracos dos principais sistemas de rede.

    A Internet nada mais do que uma rede em escala mundial. Se por exemplo voc abrir ocone redes no painel de controle, instalar o compartilhamento de arquivos e impressoraspara redes Microsoft e compartilhar suas unidades de disco, sem estabelecer uma senha deacesso, qualquer um que saiba localizar seu micro enquanto estiver conectado, ter acessoirrestrito a todos os seus arquivos, j que eles esto compartilhados com a rede (no caso aInternet inteira).

    Compartilhando perifricos

    Da mesma maneira que compartilhamos arquivos, podemos tambm compartilhar perifricos,permitindo a qualquer micro da rede imprimir na impressora ligada ao micro 2, ler um CD queest no drive do micro 4, ou mesmo compartilhar a mesma conexo Internet estabelecidaatravs do modem instalado no micro 7.

    Como no caso dos arquivos, possvel estabelecer senhas e permisses de acesso para evitar, porexemplo, que a Maria do micro 5 use a impressora Laser para imprimir seus rascunhos, ao invsde usar a matricial.

    Sistema de mensagens e agenda de grupo

    Um sistema que permita enviar mensagens a outros usurios da rede, pode parecer intil numapequena rede, mas numa empresa com vrias centenas de micros, divididos entre vrios andaresde um prdio, ou mesmo entre cidades ou pases diferentes, pode ser muito til para melhorar acomunicao entre os funcionrios. Alm de texto (que afinal de contas pode ser transmitidoatravs de um e-mail comum) possvel montar um sistema de comunicao viva voz, ou mesmode vdeo conferncia, economizando o dinheiro que seria gasto com chamadas telefnicas.Estas chamadas podem ser feitas tanto dentro da rede interna da empresa, quanto a outras filiais,localizadas em outras cidades ou mesmo outros pases, via Internet. Este um recurso em modaatualmente, o famoso voz sobre IP, que vem atraindo a ateno at mesmo da empresas detelefonia, pois torna as chamadas muito mais baratas do que so atravs do sistema comutadoatual.

    Via Internet, uma chamada para o Japo no custaria mais do que uma chamada local comum,muito pouco. O maior problema estabelecer links rpidos o suficiente para manter uma boaqualidade.

    Outro recurso til seria uma agenda de grupo, um programa que mantm a agenda de todos ou

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    usurios e pode cruzar os dados sempre que preciso; descobrindo por exemplo um horrio em quetodos estejam livres para que uma reunio seja marcada.

    Jogos em Rede

    Mais um recurso que vem sendo cada vez mais util izado, so os jogos multiplayer como Quake 3 eDiablo II que podem ser jogados atravs da rede. A maior vantagem neste caso, que acomunicao permitida pela rede muito mais rpida que uma ligao via modem, evitando ofamoso LAG, ou lentido, que tanto atrapalha quando jogamos os mesmos jogos via Internet.

    Em geral, depois de configurada a rede, a configurao dentro do jogo bastante simples, bastaverificar quais protocolos de rede so suportados. Atualmente, a maioria dos jogos suportamultiplayer via TCP/IP. No apenas os jogos, mas vrios outros recursos, como ocompartilhamento de conexo s funcionaro com este protocolo. Apenas alguns jogos antigos,como o Warcraft II exigem IPX/SPX, ou mesmo o uso de um cabo serial.

    No Diablo II por exemplo, basta acessar a opo Multiplayer Game. Configure o PC mais rpidocomo host, ou seja, quem ir sediar o jogo e permitir a conexo dos outros PCs. Nos demais,basta escolher a opo de conectar-se ao host e fornecer seu (do host) endereo IP, configuradonas propriedades da conexo de rede, como por exemplo 192.168.0.1

    Compartilhando a conexo com a Internet

    Este provavelmente o uso mais comum para as redes hoje em dia. Antigamente se falava emuma proporo de 80/20 entre os dados que trafegam entre os micros da rede local e os dadosque vo para a Internet. Hoje em dia esta proporo muito diferente, a maior parte dos dados

    vai para a Internet.

    Muita gente trabalha apenas usando o navegador e o cliente de e-mails e cada vez mais as redesdas empresas esto se integrando Web para permitir que clientes e os prprios funcionriostenham acesso s informaes em qualquer lugar.

    Hoje em dia muito simples compartilhar a conexo com a Internet e veremos ao longo do livrotanto como compartilhar a conexo a partir de um servidor Windows quanto a partir de umservidor linux. Afinal, pra qu ter um modem e uma linha telefnica para cada micro se voc podeter uma conexo de alta velocidade compartilhada entre todos a um custo muito mais baixo?

    Terminais leves

    Este mais uma possibilidade interessante. Por que sofrer com a lentido dos 486, ou gastar riosde dinheiro para substitu-los por micros novos se voc pode interliga-los a um micro mais rpidoe rodar os aplicativos a partir do servidor, apenas direcionando a sada de tela para os terminais486? Com um Pentium III ou Duron como servidor voc ter potncia de sobra para 10 ou atmesmo 20 terminais. Veremos como colocar esta idia em prtica no final do livro.

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    Como as redes funcionam

    Genericamente falando, existem dois tipos de rede, chamadas LAN e WAN. A diferena queenquanto uma LAN (local area network, ou rede local) uma rede que une os micros de umescritrio, prdio, ou mesmo um conjunto de prdios prximos, usando cabos ou ondas de rdio,uma WAN (wide area network, ou rede de longa distncia) interliga micros situados em cidades,pases ou mesmo continentes diferentes, usando links de fibra ptica, microondas ou mesmosatlites. Geralmente uma WAN formada por vrias LANs interligadas: as vrias filiais de umagrande empresa por exemplo.

    Placas de Rede

    O primeiro componente de uma rede justamente a placa de rede. Alm de funcionar como ummeio de comunicao, a placa de rede desempenha vrias funes essenciais, como a verificaoda integridade dos dados recebidos e a correo de erros. A placa de rede dever ser escolhida deacordo com a arquitetura de rede escolhida (Ethernet ou Token Ring) e tambm de acordo com otipo de cabo que ser usado.

    Atualmente, as placas mais comuns so as placas Ethernet 10/100, que utilizam cabos de partranado e vem em verso PCI:

    Placa de rede Fast Ethernet (cortesia da 3com)

    Cabos

    Para haver comunicao entre as placas de rede necessrio algum meio fsico de comunicao.Apesar dos cabos de cobre serem de longe os mais utilizados, podemos tambm usar fibra pticaou mesmo ondas de rdio. Em matria de cabos, os mais utilizados so os cabos de par tranado,cabos coaxiais e cabos de fibra ptica. Cada categoria tem suas prprias vantagens e limitaes,

    sendo mais adequado para um tipo especfico de rede. Os cabos coaxiais permitem que os dadossejam transmitidos atravs de uma distncia maior que a permitida pelos cabos de par tranadosem blindagem (UTP), mas por outro, lado no so to flexveis e so mais caros que eles. Oscabos de fibra ptica permitem transmisses de dados a velocidades muito maiores e socompletamente imunes a qualquer tipo de interferncia eletromagntica, porm, so muito maiscaros e difceis de instalar, demandando equipamentos mais caros e mo de obra maisespecializada. Apesar da alta velocidade de transferncia, as fibras ainda no so uma boa opo

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    para pequenas redes devido ao custo.

    Cabo de par tranado e cabo coaxial

    Topologias

    Temos em seguida, a topologia da rede, ou seja, de que forma os micros so interligados. Comoquase tudo em computao, temos aqui uma diviso entre topologias fsicas e topologias lgicas.A topologia fsica a maneira como os cabos conectamfisicamenteos micros. A topologia lgica,por sua vez, a maneira como os sinais trafegam atravs dos cabos e placas de rede. As redesEthernet, por exemplo, usam uma topologia lgica de barramento, mas podem usar topologiasfsicas de estrela ou de barramento. As redes Token Ring, por sua vez, usam uma topologia lgicade anel, mas usam topologia fsica de estrela. No se preocupe pois vamos ver tudo com detalhesmais adiante :-)

    Temos trs tipos de topologia fsica, conhecidas como topologia de barramento, de estrela e deanel. A topologia de barramento a mais simples das trs, pois nela um PC ligado ao outro,usando cabos coaxiais. Na topologia de estrela, os micros no so ligados entre s, mas sim a umhub, usando cabos de par tranado. O Hub permite que todos os micros conectados se vejammutuamente. Finalmente temos a topologia de anel, onde apenas um cabo passa por todos osmicros e volta ao primeiro, formando um anel fechado. A topologia de anel fsico praticamenteapenas uma teoria, pois seria complicado e problemtico demais montar uma rede deste tipo naprtica. Sempre que ouvir falar em uma rede com topologia de anel, pode ter certeza que naverdade se trata de uma rede Token Ring, que usa uma topologia de anel lgico, mas que aomesmo tempo usa topologia fsica de estrela.

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    Topologias fsicas de barramento (acima esquerda), de estrela (acima) e de anel (aolado).

    Arquiteturas

    Ethernet, Token Ring e Arcnet so trs arquiteturas de rede diferentes, que exigem placas de redediferentes, e possuem exigncias diferentes a nvel de cabeamento, que iremos examinar mais

    adiante.

    Uma arquitetura de rede define como os sinais iro trafegar atravs da rede. Todo o trabalho feito de maneira transparente pela placa de rede, que funciona de maneira diferente de acordocom a arquitetura para a qual tenha sido construda.Por isso, existem tanto placas de rede padro Ethernet, quanto padro Token Ring e Arcnet. Umavez que decida qual arquitetura de rede ir utilizar, voc ter que usar apenas placas compatveiscom a arquitetura: 30 placas Ethernet para os 30 micros da rede, por exemplo.

    Claro que atualmente as redes Ethernet so de longe as mais usadas, mas nem por isso vamosdeixar de conhecer as opes.

    Protocolos

    Cabos e placas de rede servem para estabelecer uma ligao fsica entre os micros, a fim depermitir a transmisso de dados. Os protocolos, por sua vez, constituem um conjunto de padresusados para permitir que os micros falem a mesma lngua e possam se entender. Os protocolos

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    mais usados atualmente so o TPC/IP (protocolo padro na Internet), NetBEUI e IPX/SPX.Podemos fazer uma analogia com o sistema telefnico: veja que as linhas, centrais, aparelhos,etc. servem para criar uma ligao que permite a transmisso de voz. Mas, para que duas pessoaspossam se comunicar usando o telefone, existem vrios padres. Por exemplo, para falar com um

    amigo voc discar seu nmero, ele atender e dir al para mostrar que est na linha. Vocs secomunicaro usando a lngua Portuguesa, que tambm um conjunto de cdigos e convenes e,finalmente, quando quiser terminar a conversa, voc ir despedir-se e desligar o telefone.

    Os protocolos de rede tm a mesma funo: permitir que um pacote de dados realmente chegueao micro destino, e que os dados sejam inteligveis para ele. Para existir comunicao, precisoque todos os micros da rede utilizem o mesmo protocolo (voc nunca conseguiria comunicar-secom algum que falasse Chins, caso conhecesse apenas o Portugus, por exemplo). possvel instalar vrios protocolos no mesmo micro, para que ele torne-se um poliglota e possase entender com micros usurios de vrios protocolos diferentes. Se voc usa o protocolo NetBEUIem sua rede, mas precisa que um dos micros acesse a Internet (onde e utilizado o protocoloTCP/IP), basta instalar nele os dois protocolos. Assim ele usar o TCP/IP para acessar a Internet e

    o NetBEUI para comunicar-se com os outros micros da rede. Dentro do Windows 98, voc podeinstalar e desinstalar protocolos atravs do cone redes no painel de controle.

    Existe apenas um pequeno problema em usar vrios perifricos no mesmo micro que umapequena perda de desempenho, j que ele ter de lidar com mais solicitaes simultneas, porisso recomendvel manter instalados apenas os protocolos que forem ser usados. De qualquerforma, conforme os PCs vem tornando-se mais rpidos, esta queda vem tornando-se cada vezmenos perceptvel.

    Recursos

    Tudo que compartilhado atravs da rede, seja um arquivo, um CD-ROM, disco rgido ouimpressora, chamado de recurso. O micro que disponibiliza o recurso chamado de servidor ouhost, enquanto os micros que usam tal recurso so chamados de clientes, ou guests. Talvez o tipomais conhecido (e mais obsoleto) de rede cliente-servidor, sejam as antigas redes baseadas emmainframes e terminais burros, onde todo o processamento era feito no servidor, enquanto osterminais funcionavam apenas como interfaces de entrada e sada de dados.

    Num conceito mais moderno, existem vrios tipos de servidores: servidores de disco (quedisponibilizam seu disco rgido para ser usado por estaes sem disco rgido, mas com poder deprocessamento), servidores de arquivos (que centralizam e disponibilizam arquivos que podem seracessados por outros micros da rede), servidores de fax (que cuidam da emisso e recepo defaxes atravs da rede), servidores de impresso (que disponibilizam uma impressora) e assim por

    diante. Dependendo do seu poder de processamento e de como estiver configurado, um nicomicro pode acumular vrias funes, servindo arquivos e impressoras ao mesmo tempo, porexemplo.Existem tambm servidores dedicados e servidores no-dedicados. A diferena que enquanto umservidor dedicado um micro reservado, um servidor no dedicado um micro qualquer, que usado normalmente, mas que ao mesmo tempo disponibiliza algum recurso. Se voc tem 5 micros

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    numa rede, todos so usados por algum, mas um deles compartilha uma impressora e outrodisponibiliza arquivos, temos dois servidores no dedicados, respectivamente de impresso e dearquivos.Outro vocbulo bastante usado no ambiente de redes o termo estao de trabalho. Qualquer

    micro conectado rede, e que tenha acesso aos recursos compartilhados por outros micros darede, recebe o nome de estao de trabalho. Voc tambm ouvir muito o termo n de rede. Umn qualquer aparelho conectado rede, seja um micro, uma impressora de rede, um servidor ouqualquer outra coisa que tenha um endereo na rede.

    N.O.S.

    Finalmente chegamos ao ltimo componente da rede, o NOS, ou Network Operational System.Qualquer sistema operacional que possa ser usado numa rede, ou seja, que oferea suporte redes pode ser chamado de NOS. Temos nesta lista o Windows 3.11 for Workgroups, o Windows95/98, Windows NT, Windows 2000, Novell Netware, Linux, Solaris, entre vrios outros. Cadasistema possui seus prprios recursos e limitaes, sendo mais adequado para um tipo especficode rede.

    Hoje em dia, os sistemas mais usados como servidores domsticos ou em pequenas empresas soo Windows 2000 Server (ou NT Server) e o Linux, que vem ganhando espao. O mais interessante que possvel misturar PCs rodando os dois sistemas na mesma rede, usando o Samba, umsoftware que acompanha a maior parte das distribuies do Linux que permite que tanto umamquina Linux acesse impressoras ou arquivos de um servidor Windows, quanto que um servidorLinux substitua um servidor Windows, disponibilizando arquivos e impressoras para clientesrodando Windows.

    O Samba no to fcil de configurar quanto os compartilhamentos e permisses de acesso do

    Windows, mas em termos de funcionalidade e desempenho no deixa nada a desejar. Voc podeencontrar maiores informaes sobre ele no http://www.samba.org/

    Cabeamento

    At agora tivemos apenas uma viso geral sobre os componentes e funcionamento das redes.Vamos agora estudar tudo com mais detalhes, comeando com os sistemas de cabeamento quevoc pode utilizar em sua rede.

    Como j vimos, existem trs tipos diferentes de cabos de rede: os cabos coaxiais, cabos de par

    tranado e os cabos de fibra ptica.

    Cabo coaxial

    Os cabos coaxiais so cabos constitudos de 4 camadas: um condutor interno, o fio de cobre que

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    transmite os dados; uma camada isolante de plstico, chamada de dieltrico que envolve o cabointerno; uma malha de metal que protege as duas camadas internas e, finalmente, uma novacamada de revestimento, chamada de jaqueta.

    Se voc envolver um fio condutor com uma segunda camada de material condutor, a camadaexterna proteger a primeira da interferncia externa. Devido a esta blindagem, os cabos coaxiais(apesar de ligeiramente mais caros que os de par tranado) podem transmitir dados a distnciasmaiores, sem que haja degradao do sinal. Existem 4 tipos diferentes de cabos coaxiais,chamados de 10Base5, 10Base2, RG-59/U e RG-62/UO cabo10Base5 um tipo mais antigo, usado geralmente em redes baseadas em mainframes.Esta cabo muito grosso, tem cerca de 0.4 polegadas, ou quase 1 cm de dimetro e por isso muito caro e difcil de instalar devido baixa flexibilidade. Outro tipo de cabo coaxial pouco usadoatualmente oRG62/U, usado em redes Arcnet. Temos tambm o cabo RG-59/U, usado nafiao de antenas de TV.Alm da baixa flexibilidade e alto custo, os cabos 10Base5 exigem uma topologia de rede bemmais cara e complicada. Temos o cabo coaxial 10base5 numa posio central, como um backbone,sendo as estaes conectadas usando um segundo dispositivo, chamado transceptor, que atuacomo um meio de ligao entre elas e o cabo principal.

    Os transceptores perfuram o cabo 10Base5, alcanando o cabo central que transmite os dados,sendo por isso tambm chamados de derivadores vampiros. Os transceptores so conectados

    aos encaixes AUI das placas de rede (um tipo de encaixe parecido com a porta de joystick daplaca de som, encontrado principalmente em placas antigas) atravs de um cabo mais fino,chamado cabo transceptor. Alm de antiquada, esta arquitetura muito cara, tanto a nvel decabos e equipamentos, quanto em termos de mo de obra.

    Os cabos 10Base5 foram praticamente os nicos utilizados em redes de mainframes no inicio da

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    dcada de 80, mas sua popularidade foi diminuindo com o passar do tempo por motivos bvios.

    Atualmente voc s se deparar com este tipo de cabo em instalaes bem antigas ou, quemsabe, em museus ;-)

    Finalmente, os cabos10Base2, tambm chamados de cabos coaxiais finos, ou cabos Thinnet, soos cabos coaxiais usados atualmente em redes Ethernet, e por isso, so os cabos que vocreceber quando pedir por cabos coaxiais de rede. Seu dimetro de apenas 0.18 polegadas,cerca de 4.7 milmetros, o que os torna razoavelmente flexveis.Os cabos 10Base2 so bem parecidos com os cabos usados em instalaes de antenas de TV, adiferena que, enquanto os cabos RG-59/U usados nas fiaes de antena possuem impednciade 75 ohms, os cabos 10Base2 possuem impedncia de apenas 50 ohms. Por isso, apesar doscabos serem parecidos, nunca tente usar cabos de antena em redes de micros. fcil diferenciaros dois tipos de cabo, pois os de redes so pretos enquanto os para antenas so brancos.

    O 10 na sigla 10Base2, significa que os cabos podem transmitir dados a uma velocidade de at10 megabits por segundo, Base significa banda base e se refere distncia mxima para que o

    sinal pode percorrer atravs do cabo, no caso o 2 que teoricamente significaria 200 metros, masque na prtica apenas um arredondamento, pois nos cabos 10Base2 a distncia mximautilizvel de 185 metros.

    Usando cabos 10Base2, o comprimento do cabo que liga um micro ao outro deve ser de nomnimo 50 centmetros, e o comprimento total do cabo (do primeiro ao ltimo micro) no podesuperar os 185 metros. permitido ligar at 30 micros no mesmo cabo, pois acima disso, ogrande nmero de colises de pacotes ir prejudicar o desempenho da rede, chegando ao pontode praticamente impedir a comunicao entre os micros em casos extremos.

    Conectamos o cabo coaxial fino placa de rede usando conectores BCN, que por sua vez soligados a conectores T ligados na placa de rede. Usando cabos coaxiais os micros so ligados unsaos outros, com um cabo em cada ponta do conector T.

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    Conector BCN desmontado

    Conector T na placa de rede

    So necessrios dois terminadores para fechar o circuito. Os terminadores so encaixadosdiretamente nos conectores T do primeiro e ltimo micro da rede. Pelo menos um dosterminadores, dever ser aterrado.

    Terminador

    Se voc no instalar um terminador em cada ponta da rede, quando os sinais chegarem s pontasdo cabo, retornaro, embora um pouco mais fracos, formando os chamados pacotes sombra. Estes

    pacotes atrapalham o trfego e corrompem pacotes bons que estejam trafegando, praticamenteinutilizando a rede.Em redes Ethernet os terminadores devem ter impedncia de 50 ohms (a mesma dos cabos),valor que geralmente vem estampado na ponta do terminador.Para prender o cabo ao conector BCN, precisamos de duas ferramentas: um descascador de cabo

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    coaxial e um alicate de crimpagem. O descascador serve para retirar o dieltrico do cabo,deixando exposto o fio de cobre (voc pode fazer este trabalho com algum outro instrumentocortante, como um estilete, mas usando o descascador o resultado ser bem melhor). O alicatepara crimpagem serve para prender o cabo ao conector, impedindo que ele se solte facilmente. Oalicate de crimpagem possuir sempre pelo menos dois orifcios, o menor, com cerca de 1 mm de

    dimetro serve para prender o pino central do conector BCN ao fio central do cabo. A maior servepara prender o anel de metal.

    Para crimpar os cabos coaxiais indispensvel ter o alicate de crimpagem. No d para fazer oservio com um alicate comum pois ele no oferece presso suficiente. Um alicate de crimpagemde cabos coaxiais custa partir de 45 reais; entretanto, a maioria das lojas que vendem cabostambm os crimpam de acordo com a necessidade do cliente.

    Descascador de cabos coaxiais ( esquerda) e alicate de crimpagem.

    Cabo de par tranado

    Os cabos de par tranados vem substituindo os cabos coaxiais desde o incio da dcada de 90.Hoje em dia muito raro algum ainda utilizar cabos coaxiais em novas instalaes de rede, omais comum apenas reparar ou expandir redes que j existem. Mais adiante teremos umcomparativo entre os dois tipos de cabos.

    O nome par tranado muito conveniente, pois estes cabos so constitudos justamente por 4pares de cabos entrelaados. Veja que os cabos coaxiais usam uma malha de metal que protege ocabo de dados contra interferncias externas; os cabos de par tranado por sua vez, usam um tipode proteo mais sutil: o entrelaamento dos cabos cria um campo eletromagntico que ofereceuma razovel proteo contra interferncias externas.

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    Cabo de par Tranado

    Alm dos cabos sem blindagem (como o da foto) conhecidos comoUTP(Unshielded Twisted Pair),existem os cabos blindados conhecidos comoSTP(Shielded Twisted Pair). A nica diferena entreeles que os cabos blindados alm de contarem com a proteo do entrelaamento dos fios,possuem uma blindagem externa (assim como os cabos coaxiais), sendo mais adequados aambientes com fortes fontes de interferncias, como grandes motores eltricos e estaes de rdioque estejam muito prximas. Outras fontes menores de interferncias so as lmpadas

    fluorescentes (principalmente lmpadas cansadas que ficam piscando), cabos eltricos quandocolocados lado a lado com os cabos de rede e mesmo telefones celulares muito prximos doscabos.Quanto maior for o nvel de interferncia, menor ser o desempenho da rede, menor ser adistncia que poder ser usada entre os micros e mais vantajosa ser a instalao de cabosblindados. Em ambientes normais porm os cabos sem blindagem costumam funcionar bem.Existem no total, 5 categorias de cabos de par tranado. Em todas as categorias a distnciamxima permitida de 100 metros. O que muda a taxa mxima de transferncia de dados e onvel de imunidade a interferncias .

    Categoria 1: Este tipo de cabo foi muito usado em instalaes telefnicas antigas, porem no

    mais utilizado.

    Categoria 2: Outro tipo de cabo obsoleto. Permite transmisso de dados a at 4 mbps.

    Categoria 3: Era o cabo de par tranado sem blindagem usado em redes at alguns anos atrs.Pode se estender por at 100 metros e permite transmisso de dados a at 10 Mbps. A diferenado cabo de categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 o numero de tranas.Enquanto nos cabos 1 e 2 no existe um padro definido, os cabos de categoria 3 (assim como osde categoria 4 e 5) possuem atualmente de 24 a 45 tranas por metro, sendo muito maisresistente a rudos externos. Cada par de cabos tem um nmero diferente de tranas por metro, oque atenua as interferncias entre os cabos. Praticamente no existe a possibilidade de dois paresde cabos terem exatamente a mesma disposio de tranas.

    Categoria 4: Por serem blindados, estes cabos j permitem transferncias de dados a at 16mbps, e so o requisito mnimo para redes Token Ring de 16 mbps, podendo ser usados tambmem redes Ethernet de 10 mbps no lugar dos cabos sem blindagem.

    Categoria 5: Este o tipo de cabo de par tranado usado atualmente, que existe tanto em versoblindada quanto em verso sem blindagem, a mais comum. A grande vantagem sobre estacategoria de cabo sobre as anteriores a taxa de transferncia, at 100 mbps.

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    Os cabos de categoria 5 so praticamente os nicos que ainda podem ser encontrados venda,mas em caso de dvida basta checas as inscries decalcadas no cabo, entre elas est a categoriado cabo, como na foto abaixo:

    Category 5e

    Independentemente da categoria, todos os cabos de par tranado usam o mesmo conector,chamado RJ-45. Este conector parecido com os conectores de cabos telefnicos, mas bemmaior por acomodar mais fios. Uma ponta do cabo ligada na placa de rede e a outra no hub.

    Para crimpar o cabo, ou seja, para prender o cabo ao conector, usamos um alicate de crimpagem.Aps retirar a capa protetora, voc precisar tirar as tranas dos cabos e em seguida arruma-los na ordem correta para o tipo de cabo que estiver construindo (veremos logo adiante)

    Veja que o que protege os cabos contra as interferncias externas so justamente as tranas. Aparte destranada que entra no conector o ponto fraco do cabo, onde ele mail vulnervel atodo tipo de interferncia. Por isso, recomendvel deixar um espao menor possvel sem astranas, se possvel menos de 2,5 centmetros.

    Para isso, uma sugesto que voc destrance um pedao suficiente do fio, para ordena-losconfortavelmente e depois corte o excesso, deixando apenas os 2 centmetros que entraro dentrodo conector:

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    Finalmente, basta colocar os fios dentro do conector e pressiona-lo usando um alicate decrimpagem.

    A funo do alicate fornecer presso suficiente para que os pinos do conector RJ-45, queinternamente possuem a forma de lminas, esmaguem os fios do cabo, alcanando o fio de cobree criando o contato. Voc deve retirar apenas a capa externa do cabo e no descascarindividualmente os fios, pois isto ao invs de ajudar, serviria apenas para causar mau contato,deixado o encaixe com os pinos do conector frouxo.

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    Os alicates para crimpar cabos de par tranado so um pouco mais baratos que os usados paracrimpar cabos coaxiais. Os alicates mais simples custam a partir de 40 reais, mas os bons alicates

    custam bem mais. Existem alguns modelos de alicates feitos de plstico, com apenas as pontas demetal. Estes custam bem menos, na faixa de 15 reais, mas so muito ruins, pois quebram muitofacilmente e no oferecem a presso adequada. Como no caso dos coaxiais, existe tambm aopo de comprar os cabos j crimpados, o ideal caso voc no pretenda montar apenas sua rededomstica ou da empresa, e no trabalhar profissionalmente com redes.Um problema bvio em trabalhar com cabos j crimpados que ser quase impossvel passa-losatravs das paredes, como seria possvel fazer com cabos ainda sem os conectores.

    Existe uma posio certa para os cabos dentro do conector. Note que cada um dos fios do cabopossui uma cor diferente. Metade tem uma cor slida enquanto a outra metade tem uma cormesclada com branco. Para criar um cabo destinado a conectar os micros ao hub, a seqnciatanto no conector do micro quanto no conector do hub ser o seguinte:

    lado 1 lado 2

    1- Branco mesclado com Laranja2- Laranja3- Branco mesclado com verde4- Azul5- Branco mesclado com Azul6- Verde7- Branco mesclado com marrom8- Marrom

    possvel tambm criar um cabo para ligar diretamente dois micros, sem usar um hub, chamadode cabo cross-over. Logicamente este cabo s poder ser usado caso a sua rede tenha apenas dois

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    micros. Neste tipo de cabo a posio dos fios diferente nos dois conectores, de um dos lados apinagem a mesma de um cabo de rede normal, enquanto no outro a posio dos pares verde elaranja so trocados. Da vem o nome cross-over, que significa, literalmente, cruzado na ponta:

    lado 1

    Conector da esquerda:

    1- Branco com Laranja2- Laranja3- Branco com Verde4- Azul5- Branco com Azul6- Verde7- Branco com Marrom8- Marrom

    lado 2

    Conector da direita:

    1- Branco com Verde2- Verde3- Branco com Laranja4- Azul5- Branco com Azul6- Laranja7- Branco com Marrom8- Marrom

    Existe um teste simples para saber se o cabo foi crimpado corretamente: basta conectar o cabo placa de rede do micro e ao hub. Tanto o LED da placa quanto o do hub devero acender.Naturalmente, tanto o micro quanto o hub devero estar ligados.

    Existem tambm aparelhos testadores de cabos, que oferecem um diagnstico muito maissofisticado, dizendo por exemplo se os cabos so adequados para transmisses a 10 ou a 100megabits. Estes aparelhos sero bastante teis caso voc v crimpar muitos cabos, mas sodispensveis para trabalhos espordicos. Custam apartir de 100 dlares.

    Os cabos de rede so um artigo bem barato, que representam apenas uma pequena porcentagemdo custo total da rede. Os cabos de par tranado podem ser comprados por at 60 centavos ometro, e centavos de real, no de dlar, enquanto os conectores custam 50 ou 60 centavos cada.O nico artigo relativamente caro o alicate de crimpagem.

    Par tranado x Coaxial

    Disse anteriormente que cada uma destas categorias de cabos possui algumas vantagens edesvantagens. Na verdade, o coaxial possui bem mais desvantagens do que vantagens em relaoaos cabos de par tranado, o que explica o fato dos cabos coaxiais virem tornando-se cada vez

    mais raros. Numa comparao direta entre os dois tipos de cabos teremos:

    Distncia mxima: o cabo coaxial permite uma distncia mxima entre os pontos de at 185metros, enquanto os cabos de par tranado permitem apenas 100 metros.

    Resistncia a interferncias: Os cabos de par tranado sem blindagem so muito maissensveis interferncias do que os cabos coaxiais, mas os cabos blindados por sua vez

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    apresentam uma resistncia equivalente ou at superior.

    Mau contato: Usando cabo coaxial, a tendncia a ter problemas na rede muito maior, pois estetipo de cabo costuma ser mais suscetvel a mau contato do que os cabos de par tranado. Outradesvantagem que usando o coaxial, quando temos problemas de mau contato no conector de

    uma das estaes, a rede toda cai, pois as duas metades no contam com terminadores nasduas extremidades. Para complicar, voc ter que checar PC por PC at encontrar o conector comproblemas, imagine fazer isso numa rede com 20 micros...

    Usando par tranado, por outro lado, apenas o micro problemtico ficaria isolado da rede, poistodos os PCs esto ligados ao hub e no uns aos outros. Este j uma argumento forte osuficiente para explicar a predominncia das redes com cabo de par tranado.

    Custo: Os cabos coaxiais so mais caros que os cabos de par tranado sem blindagem, masnormalmente so mais baratos que os cabos blindado. Por outro lado, usando cabos coaxiais vocno precisar de um hub. Atualmente j existem hubs de 8 portas por menos de 100 reais, no mais um artigo caro como no passado.

    Velocidade mxima: Se voc pretende montar uma rede que permita o trfego de dados a 100mbps, ento a nica opo usar cabos de par tranado categoria 5, pois os cabos coaxiais solimitados apenas 10 mbps. Atualmente complicado at mesmo encontrar placas de rede comconectores para cabo coaxial, pois apenas as placas antigas, ISA de 10 megabits possuem os doistipos de conector. As placas PCI 10/100 possuem apenas o conector para cabo de par tranado.

    Fibra ptica

    Ao contrrio dos cabos coaxiais e de par tranado, que nada mais so do que fios de cobre quetransportam sinais eltricos, a fibra ptica transmite luz e por isso totalmente imune a qualquer

    tipo de interferncia eletromagntica. Alm disso, como os cabos so feitos de plstico e fibra devidro (ao invs de metal), so resistentes corroso.

    A distncia permitida pela fibra tambm bem maior: os cabos usados em redes permitemsegmentos de at 1 KM, enquanto alguns tipos de cabos especiais podem conservar o sinal por at5 KM (distncias maiores so obtidas usando repetidores). Mesmo permitindo distncias tograndes, os cabos de fibra ptica permitem taxas de transferncias de at 155 mbps, sendoespecialmente teis em ambientes que demandam uma grande transferncia de dados. Como nosoltam fascas, os cabos de fibra ptica so mais seguros em ambientes onde existe perigo deincndio ou exploses. E para completar, o sinal transmitido atravs dos cabos de fibra maisdifcil de interceptar, sendo os cabos mais seguros para transmisses sigilosas.As desvantagens da fibra residem no alto custo tanto dos cabos quanto das placas de rede e

    instalao que mais complicada e exige mais material. Por isso, normalmente usamos cabos depar tranado ou coaxiais para fazer a interligao local dos micros e um cabo de fibra ptica paraservir como backbone, unindo duas ou mais redes ou mesmo unindo segmentos da mesma redeque estejam distantes.

    O cabo de fibra ptica formado por um ncleo extremamente fino de vidro, ou mesmo de umtipo especial de plstico. Uma nova cobertura de fibra de vidro, bem mais grossa envolve e

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    protege o ncleo. Em seguida temos uma camada de plstico protetor chamada de cladding, umanova camada de isolamento e finalmente uma capa externa chamada bainha.

    A luz a ser transmitida pelo cabo gerada por um LED, ou diodo emissor de luz. Chegando aodestino, o sinal luminoso decodificado em sinais digitais por um segundo circuito chamado defoto-diodo. O conjunto dos dois circuitos chamado de CODEC, abreviao decodificador/decodificador.

    Existem dois tipos de cabos de fibra ptica, chamados de cabos monomodo e multimodo, ousimplesmente de modo simples e modo mltiplo. Enquanto o cabo de modo simples transmiteapenas um sinal de luz, os cabos multimodo contm vrios sinais que se movem dentro do cabo.Ao contrrio do que pode parecer primeira vista, os cabos monomodo transmitem mais rpidodo que os cabos multimodo, pois neles a luz viaja em linha reta, fazendo o caminho mais curto.Nos cabos multimodo o sinal viaja batendo continuamente mas paredes do cabo, tornando-semais lento e perdendo a intensidade mais rapidamente.Ao contrrio do que costuma-se pensar, os cabos de fibra ptica so bastante flexveis e podemser passados dentro de condutes, sem problemas. Onde um cabo coaxial entra, pode ter certezaque um cabo de fibra tambm vai entrar. No necessrio em absoluto que os cabos fiquem emlinha reta, e devido s camadas de proteo, os cabos de fibra tambm apresentam uma boaresistncia mecnica.

    A velocidade de 155 mbps que citei a pouco, assim como as distncias mximas dos cabos defibra, referem-se s tecnologias disponveis para o uso em pequenas redes, cujas placas e demaiscomponentes podem ser facilmente encontrados. Tecnologias mais caras e modernas podematingir velocidades de transmisso na casa dos Terabits por segundo, atingindo distncia de vriosquilmetros. Alis, a velocidade de transmisso nas fibras pticas vem evoluindo bem mais rpidoque os processadores, ou outros componentes, por isso difcil encontrar material atualizadosobre as tecnologias mais recentes.

    Placas de Rede

    A placa de rede o hardware que permite aos micros conversarem entre s atravs da rede. Suafuno controlar todo o envio e recebimento de dados atravs da rede. Cada arquitetura de redeexige um tipo especfico de placa de rede; voc jamais poder usar uma placa de rede Token Ringem uma rede Ethernet, pois ela simplesmente no conseguir comunicar-se com as demais.

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    Alm da arquitetura usada, as placas de rede venda no mercado diferenciam-se tambm pelataxa de transmisso, cabos de rede suportados e barramento utilizado.Quanto taxa de transmisso, temos placas Ethernet de 10 mbps e 100 mbps e placas TokenRing de 4 mbps e 16 mbps. Como vimos na trecho anterior, devemos utilizar cabos adequados

    velocidade da placa de rede. Usando placas Ethernet de 10 mbps por exemplo, devemos utilizarcabos de par tranado de categoria 3 ou 5, ou ento cabos coaxiais. Usando uma placas de 100mbps o requisito mnimo a nvel de cabeamento so cabos de par tranado blindados nvel 5.No caso de redes Token Ring, os requisitos so cabos de par tranado categoria 2 (recomendvel ouso de cabos categoria 3) para placas de rede de 4 Mbps, e cabos de par tranado blindadocategoria 4 para placas de 16 mbps. Devido s exigncia de uma topologia em estrela das redesToken Ring, nenhuma placa de rede Token Ring suporta o uso de cabos coaxiais.Cabos diferentes exigem encaixes diferentes na placa de rede. O mais comum em placas Ethernet, a existncia de dois encaixes, uma para cabos de par tranado e outro para cabos coaxiais.Muitas placas mais antigas, tambm trazem encaixes para cabos coaxiais do tipo grosso(10Base5), conector com um encaixe bastante parecido com o conector para joysticks da placa de

    som.

    Placas que trazem encaixes para mais de um tipo de cabo so chamadas placas combo. Aexistncia de 2 ou 3 conectores serve apenas para assegurar a compatibilidade da placa comvrios cabos de rede diferentes. Naturalmente, voc s poder utilizar um conector de cada vez.

    Placa combo

    As placas de rede que suportam cabos de fibra ptica, so uma exceo, pois possuem encaixesapenas para cabos de fibra. Estas placas tambm so bem mais caras, de 5 a 8 vezes mais do queas placas convencionais por causa do CODEC, o circuito que converte os impulsos eltricosrecebidos em luz e vice-versa que ainda extremamente caro.Finalmente, as placas de rede diferenciam-se pelo barramento utilizado. Atualmente vocencontrar no mercado placas de rede ISA e PCI usadas em computadores de mesa e placas

    PCMCIA, usadas em notebooks e handhelds. Existem tambm placas de rede USB que vem sendocada vez mais utilizadas, apesar de ainda serem bastante raras devido ao preo salgado.Naturalmente, caso seu PC possua slots PCI, recomendvel comprar placas de rede PCI poisalm de praticamente todas as placas PCI suportarem transmisso de dados a 100 mbps (todas asplacas de rede ISA esto limitadas a 10 mbps devido baixa velocidade permitida por estebarramento), voc poder us-las por muito mais tempo, j que o barramento ISA vem sendocada vez menos usado em placas me mais modernas e deve gradualmente desaparecer das

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    placas me novas.

    A nvel de recursos do sistema, todas as placas de rede so parecidas: precisam de um endereode IRQ, um canal de DMA e um endereo de I/O. Bastando configurar os recursos corretamente.

    O canal de IRQ necessrio para que a placa de rede possa chamar o processador quando tiverdados a entregar. O canal de DMA usado para transferir os dados diretamente memria,diminuindo a carga sobre o processador. Finalmente, o endereo de I/O informa ao sistema aondeesto as informaes que devem ser movidas. Ao contrrio dos endereos de IRQ e DMA que soescassos, existem muitos endereos de I/O e por isso a possibilidade de conflitos bem menor,especialmente no caso de placas PnP. De qualquer forma, mudar o endereo de I/O usado pelaplaca de rede (isso pode ser feito atravs do gerenciador de dispositivos do Windows) uma coisaa ser tentada caso a placa de rede misteriosamente no funcione, mesmo no havendo conflitosde IRQ e DMA.Todas as placas de rede atuais so PnP, tendo seus endereos configurados automaticamente pelosistema. Placas mais antigas por sua vez, trazem jumpers ou DIP switches que permitemconfigurar os endereos a serem usados pela placa. Existem tambm casos de placas de rede de

    legado que so configurveis via software, sendo sua configurao feita atravs de um programafornecido junto com a placa.Para que as placas possam se encontrar dentro da rede, cada placa possui tambm um endereode n. Este endereo de 48 bits nico e estabelecido durante o processo de fabricao da placa,sendo inaltervel. O endereo fsico relacionado com o endereo lgico do micro na rede. Se porexemplo na sua rede existe um outro micro chamado Micro 2, e o Micro 1 precisa transmitirdados para ele, o sistema operacional de rede ordenar placa de rede que transmita os dados ao

    Micro 2, porm, a placa usar o endereo de n e no o endereo de fantasia Micro 2 comoendereo. Os dados trafegaro atravs da rede e ser acessvel a todas as os micros, porm,apenas a placa do Micro 2 ler os dados, pois apenas ela ter o endereo de n indicado nopacote.Sempre existe a possibilidade de alterar o endereo de n de uma placa de rede, substituindo ochip onde ele gravado. Este recurso usado algumas vezes para fazer espionagem, j que oendereo de n da rede poder ser alterado para o endereo de n de outra placa da rede,fazendo com que a placa clonada, instalada no micro do espio tambm receba todos os dadosendereados ao outro micro.

    Hubs

    Numa rede com topologia de estrela, o Hub funciona como a pea central, que recebe os sinaistransmitidos pelas estaes e os retransmite para todas as demais. Existem dois tipos de hubs, oshubs passivos e os hubs ativos.Os hubs passivos limitam-se a funcionar como um espelho, refletindo os sinais recebidos paratodas as estaes a ele conectadas. Como ele apenas distribui o sinal, sem fazer qualquer tipo deamplificao, o comprimento total dos dois trechos de cabo entre um micro e outro, passando pelohub, no pode exceder os 100 metros permitidos pelos cabos de par tranado.

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    Um Hub ativo por sua vez, alm de distribuir o sinal, serve como um repetidor, reconstituindo osinal enfraquecido e retransmitindo-o. Enquanto usando um Hub passivo o sinal pode trafegarapenas 100 metros somados os dois trechos de cabos entre as estaes, usando um hub ativo osinal pode trafegar por 100 metros at o hub, e aps ser retransmitido por ele trafegar mais 100metros completos. Apesar de mais caro, este tipo de hub permite estender a rede por distncias

    maiores.

    Hubs Inteligentes

    Alm dos hubs comuns, que apenas distribuem os sinais da rede para os demais microsconectados a ele, existe uma categoria especial de hubs, chamados de smart hubs, ou hubsinteligentes. Este tipo de hub incorpora um processador e softwares de diagnstico, sendo capazde detectar e se preciso desconectar da rede estaes com problemas, evitando que uma estaofaladora prejudique o trfego ou mesmo derrube a rede inteira; detectar pontos decongestionamento na rede, fazendo o possvel para normalizar o trfego; detectar e impedirtentativas de invaso ou acesso no autorizado rede e outros problemas em potencial entreoutras funes, que variam de acordo com a sofisticao do Hub. O SuperStak II da 3Com porexemplo, traz um software que baseado em informaes recebidas do hub, mostra um grfico darede, mostrando as estaes que esto ou no funcionando, pontos de trfego intenso etc.Usando um hub inteligente a manuteno da rede torna-se bem mais simples, pois o hub far amaior parte do trabalho. Isto especialmente necessrio em redes mdias e grandes.

    Switchs

    Um Hub simplesmente retransmite todos os dados que chegam para todas as estaes conectadas

    a ele, como um espelho. Isso faz com que o barramento de dados disponvel seja compartilhadoentre todas as estaes e que apenas uma possa transmitir de cada vez.

    Um switch tambm pode ser usado para interligar vrios hubs, ou mesmo para interligardiretamente as estaes, substituindo o hub. Mas, o switch mais esperto, pois ao invs desimplesmente encaminhar os pacotes para todas as estaes, encaminha apenas para odestinatrio correto. Isto traz uma vantagem considervel em termos desempenho para redescongestionadas, alm de permitir que, em casos de redes, onde so misturadas placas 10/10 e10/100, as comunicaes possam ser feitas na velocidade das placas envolvidas. Ou seja, quandoduas placas 10/100 trocarem dados, a comunicao ser feita a 100 megabits. Quando uma dasplacas de 10 megabits estiver envolvida, ser feita a 10 megabits. Os switchs mais baratos,destinados a substituir os hubs so tambm chamados de hub-switchs.

    De maneira geral a funo do switch muito parecida com a de um bridge, com a excesso queum switch tem mais portas e um melhor desempenho. Usando bridges ou switches todos ossegmentos interligados continuam fazendo parte da mesma rede. As vantagens so apenas amelhora no desempenho e a possibilidade de adicionar mais ns do que seria possvel unindo oshubs diretamente. Os roteadores por sua vez so ainda mais avanados, pois permitem interligarvrias redes diferentes, criando a comunicao, mas mantendo-as como redes distintas.

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    Conectando Hubs

    A maioria dos hubs possuem apenas 8 portas, alguns permitem a conexo de mais micros, mas

    sempre existe um limite. E se este limite no for suficiente para conectar todos os micros de suarede?Para quebrar esta limitao, existe a possibilidade de conectar dois ou mais hubs entre s. Quasetodos os hubs possuem uma porta chamada Up Link que se destina justamente a esta conexo.Basta ligar as portas Up Link de ambos os hubs, usando um cabo de rede normal para que os hubspassem a se enxergar.Como para toda a regra existe uma exceo, alguns hubs mais baratos no possuem a porta UpLink, mas nem tudo est perdido, lembra-se do cabo cross-over que serve para ligar diretamentedois micros sem usar um hub? Ele tambm serve para conectar dois hubs. A nica diferena nestecaso que ao invs de usar as portas Up Link, usaremos duas portas comuns.

    Note que caso voc esteja interligando hubs passivos, a distncia total entre dois micros da rede,incluindo o trecho entre os hubs, no poder ser maior que 100 metros, o que bem pouco nocaso de uma rede grande. Neste caso, seria mais recomendvel usar hubs ativos, que amplificamo sinal.

    Repetidores

    Caso voc precise unir dois hubs que estejam muito distantes, voc poder usar um repetidor. Sevoc tem, por exemplo, dois hubs distantes 150 metros um do outro, um repetidorestrategicamente colocado no meio do caminho servir para viabilizar a comunicao entre eles.

    Crescendo junto com a rede

    O recurso de conectar hubs usando a porta Up Link, ou usando cabos cross-over, utilizvelapenas em redes pequenas, pois qualquer sinal transmitido por um micro da rede serretransmitido para todos os outros. Quanto mais micros tivermos na rede, maior ser o trfego emais lenta a rede ser.Para resolver este problema, existem dois tipos de hubs especiais: os hubs empilhveis e osconcentradores (tambm chamados de hubs de gabinete).

    Os hubs empilhveis so a soluo mais barata; inicialmente produzidos pela 3Com, so hubsnormais que podem ser conectados entre s atravs de um barramento especial, que aparece naforma de dois conectores encontrados na parte traseira do Hub. Temos ento, dois barramentosde comunicao, um entre cada hub e os micros a ele conectados, e outro barramento decomunicao entre os hubs. Caso o micro 1 conectado ao hub A, precise transmitir um dado parao micro 22 conectado ao hub C, por exemplo, o sinal ir do Hub A diretamente para o Hub C

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    usando o barramento especial, e em seguida para o micro 22, sem ser transmitido aos demaishubs e micros da rede.Os hubs empilhveis so conectados entre s atravs de conectores localizados em sua partetraseira. Como um hub conectado ao outro, voc poder ir interligando mais hubs conforme arede for crescendo.

    Hubs empilhveis da 3com

    Os concentradores por sua vez, so grandes caixas com vrios slots de barramento. Da mesmamaneira que conectamos placas de expanso placa me do micro, conectamos placas de portaaos slots do concentrador. Cada placa de porta na verdade um hub completo, com 8 ou 16portas. O barramento principal serve para conectar as placas. Voc pode comear com apenasalgumas placas, e ir adicionando mais placas conforme necessrio.Um concentrador pode trazer at 16 slots de conexo, o que permite a conexo de at 256 micros(usando placas de 16 portas). Mas se este nmero ainda no for suficiente, possvel interligardois ou mais concentradores usando placas de backbone, que so conectadas ao ltimo slot decada concentrador, permitindo que eles sejam interligados, formando um grande concentrador.Neste ltimo caso possvel conectar um nmero virtualmente ilimitado de micros.

    10 ou 100?

    Para que a sua rede possa transmitir a 100 mbps, alm de usar placas de rede Ethernet PCI de100 mbps e cabos de par tranado categoria 5, preciso tambm comprar um hub que transmitaa esta velocidade. A maioria dos hubs venda atualmente no mercado, podem funcionar tanto a10 quanto a 100 mbps, enquanto alguns mais simples funcionam a apenas 10 mbps. No caso doshubs 10/100 mais simples, possvel configurar a velocidade de operao atravs de uma chave,enquanto hubs 10/100 inteligentes freqentemente so capazes de detectar se a placa de rede daestao e o cabo so adequados para as transmisses a 100 mbps sendo a configurao

    automtica.

    Bridges, Roteadores e Gateways

    Montar uma rede de 3 ou 4 micros bem fcil. Mas, e se ao invs de apenas 4 PCs, forem um

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    contingente de centenas de PCs divididos em vrios prdios diferentes, algumas dezenas de Macs,e de brinde, meia dzia de velhos mainframes, todos esperando algum (no caso voc ;-)conseguir realizar o milagre de coloc-los para conversar?

    Em redes maiores, alm de cabos e hubs, usamos mais alguns dispositivos, um pouco mais caros:

    bridges (pontes) e Roteadores (routers). Todos estes podem ser tanto componentes dedicados,construdos especialmente para esta funo, ou PCs comuns, com duas placas de rede e osoftware adequado para executar a funo.

    Bridges (pontes)

    Imagine que em sua empresa existam duas redes; uma rede Ethernet, e outra rede Token Ring.Veja que apesar das duas redes possurem arquiteturas diferentes e incompatveis entre s, possvel instalar nos PCs de ambas um protocolo comum, como o TCP/IP por exemplo. Com todosos micros de ambas as redes falando a mesma lngua, resta apenas quebrar a barreira fsica dasarquiteturas de rede diferentes, para que todos possam se comunicar. justamente isso que umbridge faz. possvel interligar todo o tipo de redes usando bridges, mesmo que os micros sejamde arquiteturas diferentes, Macs de um lado e PCs do outro, por exemplo, contanto que todos osmicros a serem conectados utilizem um protocolo comum. Antigamente este era um dilema difcil,mas atualmente isto pode ser resolvido usando o TCP/IP, que estudaremos fundo mais adiante.

    Como funcionam os Bridges?

    Imagine que voc tenha duas redes, uma Ethernet e outra Token Ring, interligadas por um bridge.O bridge ficar entre as duas, escutando qualquer transmisso de dados que seja feita emqualquer uma das duas redes. Se um micro da rede A transmitir algo para outro micro da rede A,

    o bridge ao ler os endereos de fonte e destino no pacote, perceber que o pacote se destina aomesmo segmento da rede e simplesmente ignorar a transmisso, deixando que ela chegue aodestinatrio atravs dos meios normais. Se, porm, um micro da rede A transmitir algo para omicro da rede B, o bridge detectar ao ler o pacote que o endereo destino pertence ao outrosegmento, e encaminhar o pacote.

    Caso voc tenha uma rede muito grande, que esteja tornando-se lenta devido ao trfego intenso,voc tambm pode utilizar um bridge para dividir a rede em duas, dividindo o trfego pelametade.

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    Existem tambm alguns bridges mais simples (e mais baratos) que no so capazes de distinguirse um pacote se destina ou no ao outro lado da rede. Eles simplesmente encaminham tudo,aumentando desnecessariamente o trfego na rede. Estes bridges so chamados de bridges deencaminhamento, servem para conectar redes diferentes, mas no para diminuir o trfego dedados. A funo de bridge tambm pode ser executada por um PC com duas placas de rede,corretamente configurado.

    Roteadores (routers)

    Os bridges servem para conectar dois segmentos de rede distintos, transformando-os numa nicarede. Os roteadores por sua vez, servem para interligar duas redes separadas. A diferena queusando roteadores, possvel interligar um nmero enorme de redes diferentes, mesmo quesituadas em pases ou mesmo continentes diferentes. Note que cada rede possui seu prprioroteador e os vrios roteadores so interligados entre s.Os roteadores so mais espertos que os bridges, pois no lem todos os pacotes que sotransmitidos atravs da rede, mas apenas os pacotes que precisam ser roteados, ou seja, quedestinam-se outra rede. Por este motivo, no basta que todos os micros usem o mesmoprotocolo, preciso que o protocolo seja rotevel. Apenas o TCP/IP e o IPX/SPX so roteveis, ouseja, permitem que os pacotes sejam endereados outra rede. Portanto, esquea o NetBEUI casopretenda usar roteadores.Como vimos, possvel interligar inmeras redes diferentes usando roteadores e no seria de seesperar que todos os roteadores tivessem acesso direto a todos os outros roteadores a queestivesse conectado. Pode ser que por exemplo, o roteador 4 esteja ligado apenas ao roteador 1,que esteja ligado ao roteador 2, que por sua vez seja ligado ao roteador 3, que esteja ligado aosroteadores 5 e 6. Se um micro da rede 1 precisar enviar dados para um dos micros da rede 6,ento o pacote passar primeiro pelo roteador 2 sendo ento encaminhado ao roteador 3 e entofinalmente ao roteador 6. Cada vez que o dado transmitido de um roteador para outro, temos

    um hop.

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    Os roteadores tambm so inteligentes o suficiente para determinar o melhor caminho a seguir.Inicialmente o roteador procurar o caminho com o menor nmero de hops: o caminho maiscurto. Mas se por acaso perceber que um dos roteadores desta rota est ocupado demais, o quepode ser medido pelo tempo de resposta, ento ele procurar caminhos alternativos para desviardeste roteador congestionado, mesmo que para isso o sinal tenha que passar por mais roteadores.No final, apesar do sinal ter percorrido o caminho mais longo, chegar mais rpido, pois noprecisar ficar esperando na fila do roteador congestionado.A Internet na verdade uma rede gigantesca, formada por vrias sub-redes interligadas porroteadores. Todos os usurios de um pequeno provedor, por exemplo, podem ser conectados Internet por meio do mesmo roteador. Para baixar uma pgina do Yahoo por exemplo, o sinaldever passar por vrios roteadores, vrias dezenas em alguns casos. Se todos estiverem livres, apgina ser carregada rapidamente. Porm, se alguns estiverem congestionados pode ser que apgina demore vrios segundos, ou mesmo minutos antes de comear a carregar.

    O tempo que um pedido de conexo demora para ir at o servidor destino e ser respondido chamado de Ping. Voc pode medir os pings de vrios servidores diferentes usando o prompt doMS-DOS. Estando conectado Internet basta digitar:pingendereo_destino, como em: pingwww.uol.com.br ou ping207.167.207.78

    Outra ferramenta til tanto para medir o tempo de resposta de um servidor qualquer, quanto paraverificar por quantos e quais roteadores o sinal est passando at chegar l o NeoTrace, umfreeware que pode ser baixado na rea e download do Guia do Hardware:http://www.guiadohardware.net/download/

    Ns de interconexo

    Os bridges trabalham apenas checando o endereo destino dos pacotes transmitidos atravs darede e os encaminhando quando necessrio, para o outro segmento. Os roteadores so bem maissofisticados, mas no fundo fazem a mesma tarefa bsica: encaminhar os pacotes de dados. Tanto

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    os bridges quanto os roteadores trabalham lendo e transmitindo os pacotes, sem alterarabsolutamente nada da mensagem, por isso que necessrio que todos os micros ligados a elesutilizem o mesmo protocolo.Mas, e se voc precisar interligar mquinas que no suportem o mesmo protocolo: interligar PCs a

    um mainframe projetado para se comunicar apenas com terminais burros, por exemplo?O trabalho dos ns de interconexo justamente este, trabalhar como tradutores, convertendo asinformaes de um protocolo para outro protocolo inteligvel ao destinatrio. Para cumprir estatarefa so utilizveis dois artifcios: o tunnelling e a emulao de terminal.O tunnelling o mtodo mais simples e por isso mais usado. Ele consiste em converter ainformao para um protocolo mutuamente inteligvel, que possa ser transportado atravs darede, e em seguida novamente converter o pacote para o protocolo usado na rede destino.Se, por exemplo, preciso transmitir um pacote de dados Novell IPX de uma rede de PCs para umMacintosh conectado a uma rede AppleTalk, podemos do lado da Rede Novell envelopar os dadosusando o protocolo TPC/IP que inteligvel para ambas as redes, para que ele possa chegar ao

    destino, e do lado da rede AppleTalk retirar o envelope para obter os dados reais.

    A emulao de terminal j um processo um pouco mais trabalhoso e se destina a permitir aconexo de PCs com mainframes antigos, como os ainda muito utilizados em bancos. Como osmainframes so capazes de se comunicar apenas com terminais burros e no com PCs, precisofazer com que o PC finja ser um terminal burro durante a conversao. O fingimento feitoatravs de um programa de emulao de terminal, instalado em cada PC usurio do mainframe.

    Para conectar vrios PCs ligados em rede a um mainframe, preciso instalar uma placa deinterconexo em um dos PCs da rede (para poder conect-lo fisicamente ao mainframe), estaplaca contm a interface que permitir a conexo. Este PC passar a ser o servidor do n deinterconexo.

    Aps estabelecer a conexo da rede com o mainframe, o acesso feito usando o programa deemulao instalado em cada PC da rede, sendo a comunicao feita atravs do micro que estatuando como n de interconexo. Note que por ser realizado via software, o processo deemulao relativamente lento, o que era um problema em micros 286 ou 386 usadosantigamente, mas no nos PCs modernos, muitas vezes mais rpidos que o prprio mainframe :-).

    Arquiteturas de rede

    Como vimos no incio deste captulo, temos uma diviso entre topologias fsicas de rede (a formacomo os micros so interligados) e as topologias lgicas (a forma como os dados sotransmitidos).Quanto topologia fsica, temos topolog