Universidade Federal do Pará Faculdade de Fisioterapia e Terapia Ocupacional Instituto de Ciências da Saúde Caroline Sousa Jaciene Lima Jéssica Teixeira Rahellen Sacramento Raquel Gomes Renata Correa Ancilostomíase Filariose Strongiloidías e
Desenvolvimento Primeira fase: vida livre, se desenvolve no
meio exterior Segunda fase: vida parasitria, se desenvolve no
hospedeiro definitivo Ovos dos ancilostomdeos depositados pelas
fmeas no intestino delgado do hospedeiro so eliminados atravs das
fezes Em ambiente propcio, ocorre a embrionia: formao da larva de
primeiro estdio L1 do tipo rabditide, transformao para L2 rabditide
e posteriormente L3, filariide denominada larva infectante Infeco:
ocorre quando a Larva filariide ou infectante (L3) penetra
ativamente, atravs da pele, conjuntiva e mucosas, ou passivamente,
por via oral
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Aspectos Etiolgicos Etiologia Primria Migrao das larvas e a
implantao de parasitos adultos no intestino delgado do hospedeiro
Etiologia Secundria: Fenmenos fisiolgicos, bioqumicos e
hematolgicos, em razo da permanencia dos parasitos no
intestino
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Aspectos Epidemiolgicos Distribuio geogrfica: locais temperados
(A. duodenale) e tropicais (N. americanus) Ocorre preferencialmente
em crianas maiores de seis anos, adolescentes e em indivduos mais
velhos Fatores favorveis ao desenvolvimento dos ovos na natureza:
temperatura elevada, solo arenoso, permevel e mido, rico em matria
orgnica
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Aspectos Epidemiolgicos Fatores desfavorveis : baixa oxigenao,
umidade inferior a 90%, raios ultravioletas Nos pacientes, A.
duodenale e N.americanus produzem diariamente cerca de 22 mil e 9
mil ovos, respectivamente Podem sobreviver por at 18 anos Maior
incidncia no Brasil: N. americanus
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Mecanismos de Transmisso
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diretamente proporcional ao nmero de parasitos presentes no
intestino delgado As larvas de ancilostomdeos podem provocar no
local da penetrao: leses traumticas, fenmenos vasculares e processo
inflamatrio Leses cutneas: mais frequentes por N.americanus
Alteraes pulmonares Parasitismo intestinal: dor epigstrica, reduo
de apetite, indigesto, indisposio, nuseas, vmitos, diarria
sanguinolenta e constipao Anemia: intenso hematofagismo exercido
pelos vermes adultos (Principalmente A.duodenale) Mecanismos de
Patogenicidade
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Fase aguda: determinada pela migrao das larvas nos tecidos
cutneos e pulmonar e pela instalao dos vermes adultos no intestino
delgado (duodeno) Fase crnica: determinada pela presena do verme
adulto que, associado expoliao sangunea e deficincia nutricional,
ir caracterizar a fase de anemia Mecanismos de Patogenicidade
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Mecanismos de Preveno Saneamento bsico; Educao sanitria;
Abastecimento de gua adequado; Remoo de resduos, evitando a
contaminao do solo; Uso de calados.
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Mecanismos de Controle Programa a longo prazo, buscando reduzir
o npumero de pessoas parasitadas e a carga parasitria da populao,
mediante tratamentos anti-helminicos peridicos e administrao de
sulfato ferroso, para os casos indicados; Os resultados esperados
compreendem a eliminao das formas clinicas graves da doena (anemia
e suas complicaes) e a reduo da poluio fecal do meio com os ovos de
ancilostomdeos; e consequentemente, a reduo da transmisso da
parasitose.
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Mecanismos de Controle Para assegurar os meios e a continuidade
desse programa indispensvel que as decises sejam tomadas nos
escales administrativos superiores do governo, inclusive naqueles
responsveis pelo financiamento. Para assegurar aeficcia na aplicao
das medidas propostas e sua continuidade importante que a equipe
recrutada seja local. Esta tambm deve receber informao adequada
para compreender perfeitamente a natureza e a epidemiologia da
doena, os objetivos, estratgias e mtodos de ao, bem como tornar-se
capaz de fazer trabalho educativo.
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Mecanismos de Controle Para que os bons resultados no sejam
temporrios, so necessrias medidas se saneamento (mesmo que venham a
ser implantadas depois das outras aes programadas).
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Aspectos Etiolgicos Agente causador: Wucheria bancrofti, Brugia
malayi e Brugia Timori. Trazida pelos escravos; Direfentes formas
evolutivas: Humanos: filrias e microfilrias; Mosquitos:
larvas.
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Aspectos Etiolgicos Vermes adultos Corpo longo e delgado.
Comprimento: de 3,5 a 4 cm (macho); de 7 a 10 cm (fmea).
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Aspectos Etiolgicos Microfilrias Comprimento: medem de 250 a
300 m. Membrana de revestimento.
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Aspectos Etiolgicos Larvas Encontradas no inseto vetor; Larvas
de primeiro estdio; Larvas de segundo estdio.
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Aspectos Etiolgicos Habitat Vasos e gnglios linfticos humano;
Regies do corpo humano: plvica, mamas e braos. Peridiocidade
Peridiocidade noturna.
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Aspectos Etiolgicos Vetor: Mosquitos da espcie Culex
quinquefasciatus; Fmeas realizam oviposio; reas propcias ao
desenvolvimento do culex; Preferncia pelo sangue humano.
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Aspectos Epidemiolgicos Vida mdia do mosquito: aproximadamente
1 ms; Ciclo do parasito no inseto: em torno de 20 dias; Distribuio
geogrfica: Encontrada de forma endmica: sia, frica e ilhas a ostes
do Pacfico; Nas amricas: Haiti, Repblica dominicana Guiana e
Brasil.
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Aspectos Epidemiolgicos No Brasil: Manaus (AM), Belm (PA), So
Luis (MA), Recife (PE), Macei (AL), Salvador e Castro Alves (BA),
Florianpolis, So Jos da Ponta Grossa e Barra de Laguna (SC) e Porto
Alegre (RS); Forma ativa: Recife e cidades da sua regio
metropolitana, Olinda, Jaboato dos Guararapes Paulista; Populao:
2.600.000 habitantes (2007).
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Aspectos Epidemiolgicos Distribuio Relativa a Pessoa: Maior em
jovens do sexo masculino; Pode ocorrer a reinfeco. Fatores que
interferem na epidemiologia: O ser humano como nica fonte de
infeco; Temperatura ambiente (28 a 30 C) e unidade relativa do ar
elevadas (80% a 90%); Longo tempo de residncia na rea endmica.
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Aspectos Epidemiolgicos Sntese da Situao Atual no Brasil
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Aspectos Epidemiolgicos Na cidade de Belm, estado do Par, tudo
leva a crer que a transmisso da doena foi interrompida, como
ilustra o grfico ao lado.
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Aspectos Epidemiolgicos Ilustrao dos ndices (% de deteco) de
microfilarmicos nos inquritos realizados no perodo entre 2001- 2004
em Recife, Olinda, Jaboato dos Guararapes e Paulista.
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Mecanismos de Transmisso Vermes adultos no sistema linftico
produzem microfilrias; Microfilrias migram para o sangue; Mosquito
ingere microfilrias; Microfilrias se transformam em larva: L1 L2
L3; Mosquito deposita larva infectante (L3) no hospedeiro; As
larvas L3 migram para o sistema linftico onde se desenvolvem.
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Mecanismos de Transmisso
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Mecanismos de Patogenicidade Danos nos vasos linfticos sem
inflamao; Reao inflamatria do hospedeiro - obstruo parcial e
temporria ou crnica; Disfuno linftica; Ruptura dos vasos linfticos;
Ocorrncia de infeces de pele associadas.
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Mecanismos de Patogenicidade Edema linftico de membro inferior
Linfangite filarial aguda (LFA) Elefantase de membro inferior
esquerdo
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Mecanismos de Preveno No existe medicamento profiltico. Deve-se
evitar o contato humano-vetor.
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Mecanismos de Controle Tratamento coletivo dos parasitados;
Reduo da densidade populacional do vetor; Melhoria sanitria;
Controle da morbidade A OMS tem a expectativa de eliminao da
filariose linftica, como problema de sade pblica, at 2020.
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Aspectos Etiolgicos Doena Parasitria, resultante da infeco pelo
helminto Strongyloides Stercoralis. Larva filariideLarva
rabditiformeFmea adulta e Ovos
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Aspectos Etiolgicos Ciclo de vida livre: As larvas
rabditiformes eliminadas nas fezes podem passar por mudanas duas
vezes e se tornarem larvas filariformes infectantes
(desenvolvimento direto); Ou quatro vezes e se tornarem adultos
machos ou fmeas de vida livre que acasalam e produzem ovos, onde se
formam novas larvas rabditiformes.
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Aspectos Etiolgicos Ciclo parasitrio: As larvas filariformes no
solo contaminado penetram a pele humana e so transportados aos
pulmes, onde penetram nas cavidades alveolares; so ento carreados
pela rvore bronquial at a faringe, onde so engolidas e alcanam o
intestino delgado; No delgado, mudam duas vezes e se tornam vermes
fmeas adultas. As fmeas vivem emaranhadas no epitlio do intestino
delgado e produzem ovos por partenognese, que se desenvolvem em
larvas rabditiformes. Essas larvas podem ser eliminadas nas fezes
ou causar autoinfeco.
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Aspectos Etiolgicos
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Aspectos Epidemiolgicos Maior frequncia nas zonas tropicais e
temperadas
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Aspectos Epidemiolgicos Brasil: prevalncia de 3% a 82%
(Gonalves et al.; 1990; Kobayashi et al.1995; Kobayashi et
al.,1996; Machado & Costa-Cruz, 1998; Santos, 2000; Morrone et
al., 2004); Faixa etria: 5 a 20 anos; Variao regional em funo da
idade, diferenas geogrficas e socioeconmicas; Estados de maior
prevalncia: Minas Gerais, Amap, Gois e Rondnia.
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Aspectos Epidemiolgicos Deficincias sanitrias; Adubao orgnica
com fezes humanas; Solos arenosos e aluvionares (porosos, ricos em
matria orgnica).
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Mecanismos de Transmisso Henteroinfeco ou Primoinfeco: L3
penetram no corpo atravs da pele ou mucosas. Auto infeco Externa:
Larvas rabditides presentes na regio perianal, transformam-se em
L3, penetrando a pele nessa regio. Auto infeco Interna: Larvas
Rabditides no intestino de indivduos infectados, transformam-se em
L3 e penetram na mucosa intestinal.
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Mecanismos de Patogenicidade Leses podem ocorrer em vrios
setores do organismo. Pele: Observa-se leses resultantes da
penetrao das larvas filariides. Em casos de reinfeco ocorre reao de
hipersensibilidade com edema, eritrema, prurido, ppulas
hemorrgicas. Ocorrncia de Larvas currens ( migrao no tecido
subcutneo). Pulmes: O indivduo apresenta tosse, febre, dispnia,
crises asmticas. Pode ocorrer ainda, hemorragias discretas dentro
dos espaos areos. Pneumonite e broncopneumonia, edema pulmonar,
insuficincia respiratria.
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Mecanismos de Patogenicidade Intestino: Aparecimento de
necrose, ulceraes, enterite catarral( forma leve), enterite
edematosa (forma moderada) e enterite ulcerosa (forma grave). Forma
disseminada: Larvas alcanam a circulao e se disseminam a mltiplos
rgos como rins, vescula biliar, corao, pncreas, entre outros. Alm
de sintomas descritos,, o paciente apresenta anemia, sudorese,
incontinncia urinria, palpitaes, tonturas, emagrecimento, perfurao
intestinal.
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Mecanismos de Preveno Saneamento bsico; Educao Sanitria;
Higiene pessoal; Evitar contato direto com solo infectado; Uso de
calados; Identificar pacientes em risco e realizar testes
diagnsticos apropriados antes de iniciar terapia
imunossupressora.
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Mecanismos de Controle Reduo da fonte de infeco com tratamento
sanitrio adequado das fezes; Quimioterapia em massa em comunidades
com alta endemicidade (apesar de preconizada por alguns autores,
ainda no uma medida adotada por todos); Tratar os animais domsticos
infectados; No h nenhum regime profiltico aceito ou vacina
disponvel.