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Carrapato, Carraça ou Chato Um carrapato, carraça ou chato é um artrópode da ordem dos ácaros, classificado nas famílias Ixodidae ou Argasidae. São ectoparasitas hematófagos, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças. Registros fósseis sugerem sua existência há pelo menos 90 milhões de anos, com mais de 800 tipos. Localização Encontra-se difundido por toda a Terra tanto no campo como na cidade, pois o principal motivo de sua ação é o ser humano ou animal de cujo sangue se alimenta, sendo por isso considerado hematófago e um dos principais vetores de muitas doenças causadas,por vírus, bactérias, protozoários e riquétsias, que transmitem doenças ao homem e animais. Existem espécies a partir de 0,25 mm de diâmetro. Vivem em touceiras, capim, no chão, entre as madeiras em climas úmidos ou secos., Os carrapatos geralmente têm a forma oval e quando em jejum são planos no sentido dorso-ventral, porém após se alimentarem ficam convexos e até esféricos. Sua carapaça é composta por quitina, na forma de um exoesqueleto, bem resistente e firme em relação a sua pouca espessura. ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS www.controlarambiental.com.br AS MELHORES INFORMAÇÕES SOBRE PRAGAS URBANAS - Since 2001 CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae - Folha 1 Tipos de parasitismo Carrapatos da família Argasidae normalmente não permanecem aderidos ao hospedeiro por períodos prolongados; passam a maior parte do tempo no ambiente (escondidos em frestas em abrigos de animais, por exemplo) e procuram o hospedeiro apenas para se alimentar, normalmente quando estes dormem. Esses carrapatos são notáveis por poderem permanecer em jejum por períodos prolongados, frequentemente mais de um ano, esperando pela oportunidade de se alimentar. Já os carrapatos da família Ixodidae permanecem longos períodos sobre seus hospedeiros. Aqui, há dois principais tipos de parasitismo:

CARRAPATO Ixodidae / Argasidae - Folha 1 ENCICLOPÉDIA DE ... · Encontra-se difundido por toda a Terra tanto no campo como na cidade, pois o principal motivo de sua ação é o ser

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Carrapato, Carraça ou Chato Um carrapato, carraça ou chato é um

artrópode da ordem dos ácaros, classificado

nas famílias Ixodidae ou Argasidae. São

ectoparasitas hematófagos, responsáveis pela

transmissão de inúmeras doenças. Registros

fósseis sugerem sua existência há pelo

menos 90 milhões de anos, com mais de 800

tipos.

Localização

Encontra-se difundido por toda a Terra tanto

no campo como na cidade, pois o principal

motivo de sua ação é o ser humano ou

animal de cujo sangue se alimenta, sendo por

isso considerado hematófago e um dos

principais vetores de muitas doenças

causadas,por vírus, bactérias, protozoários e

riquétsias, que transmitem doenças ao

homem e animais.

Existem espécies a partir de 0,25 mm de

diâmetro. Vivem em touceiras, capim, no

chão, entre as madeiras em climas úmidos

ou secos.,

Os carrapatos geralmente têm a forma oval

e quando em jejum são planos no sentido

dorso-ventral, porém após se alimentarem

ficam convexos e até esféricos.

Sua carapaça é composta por quitina, na

forma de um exoesqueleto, bem resistente e

firme em relação a sua pouca espessura.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 1

Tipos de parasitismo

Carrapatos da família Argasidae normalmente não permanecem aderidos ao hospedeiro por períodos prolongados; passam a maior parte do

tempo no ambiente (escondidos em frestas em abrigos de animais, por exemplo) e procuram o hospedeiro apenas para se alimentar, normalmente

quando estes dormem. Esses carrapatos são notáveis por poderem permanecer em jejum por períodos prolongados, frequentemente mais de um

ano, esperando pela oportunidade de se alimentar. Já os carrapatos da família Ixodidae permanecem longos períodos sobre seus hospedeiros.

Aqui, há dois principais tipos de parasitismo:

Carrapato Biologia e ComportamentoCarrapatos de um hospedeiro, como o

carrapato do boi Boophilus microplus,

aderem ao hospedeiro quando ainda na fase

de larva, alguns dias após eclodirem dos

ovos; após iniciarem o parasitismo, crescem

ficando com aspecto "ingurgitado", realizam

mudas chegando à fase adulta. Após as

fêmeas estarem alimentadas (ingurgitadas)

com o sangue, as fêmeas caem no solo e

procuram um local protegido para realizar a

postura de ovos. As fêmeas produzem

milhares de ovos morrendo em seguida.

Carrapatos de dois hospedeiros, em que os

estágios de larva e ninfa ocorrem no mesmo

hospedeiro, mas o estágio de adulto num

hospedeiro diferente

Carrapatos de três hospedeiros, como o

carrapato do cavalo Amblyomma

cajennense: esses carrapatos caem ao solo

para realizar as mudas, subindo em um novo

hospedeiro em seguida.

Espécies

Carrapatos diversos Argas

Dermacentor Haemaphysalis

Hyalomma Ornithodorus

Rhipicephalus Ixodes

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 2

No Brasil

Os carrapatos mais comuns no Brasil são: Carrapato-de-boi (Boophilus microplus) que transmite ao gado a Babesiose.

Carrapato-de-cavalo ou Carrapato Estrela (Amblyomma cajennense) é o que mais comumente parasita o homem. Também infesta mamíferos

domésticos e silvestres e aves. Em sua forma adulta, ele é conhecido como carrapato estrela. Fica grande, do tamanho de um feijão verde, ou até

maior. A sua forma larval, o micuim, está nos pastos no período de março a julho. Este tipo de micuim, que pode ficar até 24 meses sem se

alimentar, esperando um hospedeiro, no homem causa terrível coceira e inflamação que pode durar mais de um mes. É o principal vetor da Febre

Maculosa.

Carrapato Espécies e ControleCarrapato-de-galinha (Argas miniatus), que

transmite aos galináceos a bouba, doença

infecciosa semelhante à sífilis.

Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus

sanguineus), típico de cães e gatos. Os

adultos preferem instalar-se na pele, entre o

coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem

pelas cercas, muros, e espalham-se pelo

canil, casa, etc. É de fácil controle.

Os Makuxi da região do rio Branco e rio

Rupununi, compreendendo Brasil e Guiana,

eram grandes apreciadores de carrapatos

como alimento.

Métodos de Controle

Quando o parasitismo é pequeno, a

aplicação de graxas neutras, óleos ou

glicerina, provocarão a oclusão dos estigmas

respiratórios desses hóspedes indesejáveis,

que após algumas horas facilmente se

desprenderão dos locais em que estejam

alojados. Já sendo a infestação em grande

quantidade , somente a aplicação de banhos

sob a forma de imersão em banheiras

especiais, denominados banheiras

carrapaticidas, ou então a aspersão ou

pulverização de substâncias especiais,

denominadas carrapaticidas, poderá efetuar

a eliminação desses hóspedes nocivos.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 3

Até pouco tempo atrás era utilizado o arsênico como carrapaticida, porém devido os acidentes que ocorreram por incúria na sua aplicação, foi o

mesmo abandonado como meio de tratamento; Algum tempo depois, também o DDT e o BHC, substâncias essas sintéticas cloradas e fosforadas

foram também utilizadas como carrapaticidas, que também foram abandonadas pela ocorrência de intoxicações e mesmo mortes em animais

tratados, e pelo efeito efetivamente cumulativo no organismo dessas substâncias. Hoje, substâncias fosforadas sintéticas como o Assuntol,

Trolene, Ruelene e Neguvon são as mais utilizadas como carrapaticidas em todo o mundo. No mercado existem muitos produtos de uso

veterinário, de diferentes grupos químicos, para o combate destes ectoparasitas. A implementação de estratégias de controle dos carrapatos são

inerentes a espécie e a região onde se encontram. Medidas de controle dependem de fatores biológicos e epidemiológicos e devem ser

estabelecidas por profissional especializado.

Carrapato Métodos de ControlePara a prevenção dessa parasitose, os meios

que melhor tem funcionado, são as

aplicações sistemáticas de carrapaticidas nos

animais. Para tal, as modernas banheiras

carrapaticidas quer de imersão quer de

aspersão ou pulverização são os melhores;

As aplicações, devem guardar um intervalo

característico para cada espécie animal,

assim como ter-se em conta a espécie do

carrapato a ser exterminado ou controlado.

Em se tratando de cães ou gatos parasitados

por carrapatos, deve ser tomado especial

cuidado na prescrição do inseticida a ser

utilizado para seu combate, pelo fato de

serem tais animais carnívoros, e por

isso especialmente sensíveis às substâncias

sintéticas cloradas ou fosforadas usualmente

fabricadas para referida utilização. Além

desse cuidado, redobrada atenção durante a

aplicação do inseticida é também indicada,

evitando-se que o animal ingira ou aspire o

produto na hora de sua aplicação, sob pena

de intoxicações muitas vezes graves

causadas por tais produtos quando

acidentalmente absorvidos. Quando a

infestação for leve, existem no mercado

produtos específicos para cães e gatos,

aplicados na forma de pulverização por todo

o corpo do animal ou diretamente na nuca

do mesmo, que se seguidas devidamente

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 4

as instruções, não oferecem riscos de intoxicação ao animal. Dicas, truques e mandingas contra carrapatos. Enxofre no carrapato!

Segundo nosso amigo Juan: "Compre enxofre em pó, normalmente vendido em farmácias em pacotinhos de 5 gramas. Pegue um talco sem

perfume (afinal Caxemir Buffet nem carrapato merece!), que normalmente vem em tubos de 50gramas. Misture ambos (se a infestação for

brava, use dois pacotinhos de enxofre). Antes de iniciar a caminhada aplique por dentro da roupa, e pronto! Você tem um legítimo Micuin-

Elimiantor Tabajara. Repelente de Citronela - Bastante eficiente.

"Citronim - Fitospray" - Fabricado pela Weleda . Tem como componentes básicos: Nim, Citronela, Quássia e Arruda e é indicado para

pernilongos, mosquitos e outros insetos: Sarna, piolhos, lêndeas, pulgas, ácaros, carrapatos e chatos (não serve para aqueles que cutucam!).

Carrapato Métodos de Prevenção 1. Ao caminhar pelo campo, usar calça de

caminhada com a boca da calça enfiada por

dentro da meia.

2. Camiseta por dentro da calça, e de

preferência, de manga cumprida.

3. Usar roupas claras, pois assim os

carrapatos estarão mais visíveis.

4. Borrifar carrapaticida na parte inferior da

calça, pois o cheiro é repelente para o

carrapato.

5. Passar na pele folha de Nogueira verde

(receita dos índios Carajás), ou extrato de

Citronela, antes da caminhada.

6. Sempre que notar, e ao final da

caminhada, cate imediatamente todos eles.

É um momento de solidariedade. Todos

catam os carrapatos de todos.

7. Ao terminar a caminhada tomar banho

com sabonete carrapaticida, e ficar de

molho com ele por 5 minutos. Sabonetes

recomendados: Banzé (é de cachorro),

Tetmotsol (farmácia), Acarsan (veterinário).

8. Para os mais radicais como eu, diluir

conforme instruções do produto, um dos

seguintes carrapaticidas (Mytrax, Bultox,

Triatox). Enxaguar o corpo com ele e

esperar 3 minutos.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 5

Depois tomar banho com sabonete comum, retirando todos os resíduos do produto. Deixar a roupa de molho por 5 minutos com o mesmo

produto. Aparar e cortar a vegetação rasteira, utilizando roupas de mangas longas, botas, calça comprida com a parte inferior dentro das botas.

As roupas devem ser claras para facilitar a visualização dos carrapatos;

· Vistoriar o corpo após freqüentar áreas de mata ou conhecidamente infestadas por carrapatos;

· Evitar caminhar ou freqüentar áreas infestadas por carrapatos;

· Remover o lixo ou restos alimentares expostos, a fim de evitar que estes sirvam de alimento para animais;

· Os animais devem ser vistoriados semanalmente e, quando apresentarem carrapatos, devem ser tratados com indicação de médico veterinário e

mantidos em local restrito; Quando for retirar carrapatos, não se deve utilizar fósforo acesso ou outros objetos aquecidos, bem como produtos

químicos. Deve-se girar levemente o corpo do carrapato até que se desprenda. Não puxar ou pressionar o carrapato.

Doenças Transmitidas Por Carrapatos Os carrapatos alimentam-se do sangue de

seus hospedeiros, através da picada; assim a

perda de sangue é uma questão importante

quando se trata das infestações por

carrapatos. As doenças também são

transmitidas através dessa picada, por um

carrapato infectado. Existem algumas

espécies de carrapatos, responsáveis pela

transmissão de certas doenças.

Babesiose canina

É causada por um protozoário ( Babesia

canis), capaz de causar a infecção dos

glóbulos vermelhos dos cães, destruindo-os e

levando a uma anemia grave.

Ela é transmitida por várias espécies de

carrapatos. Os sintomas são perda de

apetite, apatia, febre, anemia (mucosas

pálidas), icterícia e diarréia.

Erliquiose canina

É causado por uma riquétsia ( Erlichia

canis), que parasita os glóbulos brancos do

sangue, levando à sua destruição. Por essa

característica é uma doença de difícil

diagnóstico e tratamento. Seus sintomas são

febre, perda de apetite e peso, manchas na

pele (hemorragias), fraqueza muscular e em

estados avançados, sangramentos nasais e

vômitos. A erliquiose possui três fases,

dependente do tempo da infecção.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 6

Doença de Lyme (Borreliose)

É causada por uma bactéria (Borrelia), transmitido pelo carrapato Ixodes;é uma zoonose ( transmissível do animal para o homem). Leva à lesões

avermelhadas na pele e problemas articulares. Maior prevalência na Europa e EUA.

Febre Maculosa

Também é uma zoonose, transmitida pelo carrapato Amblyoma cajennense (carrapato estrela). É uma doença aguda causada por uma riquétsia .

Vários animais domésticos e silvestres são reservatórios da doença, porém raríssimos carrapatos estão infectados e poderão transmitir a doença,

sendo sua ocorrência esporádica. No homem a doença causa febre alta, manchas na pele e debilitação progressiva. Esses sinais aparecem de 2 a

14 dias após a picada do carrapato infectado. Não se desespere caso seu cão esteja infestado por carrapatos. Primeiro é preciso saber se a região

possui focos da doença, e mesmo assim, se o animal tiver o agente da febre maculosa, o dono só será contaminado se for picado pelo carrapato.

Doenças Transmitidas Por Carrapatos O controle de carrapatos, através de

carrapaticidas ambientais e de uso tópico, é a

medida sanitária mais eficaz para controlar

essas doenças. Em nenhuma hipótese o

animal infestado deve ser sacrificado ou

abandonado pelos donos.Em caso de dúvida

procure o médico-veterinário. As doenças

transmitidas por carrapatos conhecidas, hoje,

formam um conjunto extenso. Ao contrário

do conceito mais antigo, não são

circunscritas a determinadas regiões, ainda

que sejam caracteristicamente focais. Ao

contrário, têm sido reconhecidas em

praticamente qualquer lugar onde tenham

sido pesquisadas.

As doenças humanas transmitidas por

carrapatos são causadas por:

- Vírus – encefalite transmitida por

carrapatos, febre hemorrágica do Congo-

Criméia, febre hemorrágica de Omsk, febre

transmitida por carrapatos do Colorado,

encefalite de Powassan, encefalite Langat,

encefalite louping ill.

- Bactérias – bacilos Gram-negativos

(tularemia), erlíquias (erliquiose monocítica

e erliquiose granulocítica), riquétsias (febres

maculosas) e borrélias (doença de Lyme,

febre recorrente transmitida por carrapatos).

- Protozoários – babesiose.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 7

CARRAPATOS COMO VETORES E RESERVATÓRIOS DE DOENÇAS

Carrapatos são artrópodes aracnídeos, ectoparasitas de vertebrados terrestres, inclusive de anfíbios. Existem cerca de 850 espécies de carrapatos

em todo o mundo. Dessas, em torno de 680 pertencem à família Ixodidae e 170 à família Agarsidae. Carrapatos são mais do que simples vetores

de doenças. Agem como reservatórios, transmitindo a infecção para a sua progênie, por via transovariana. São os principais vetores de doenças

animais e perdem apenas para os mosquitos como vetores de doenças humanas. As doenças transmitidas por carrapatos são geralmente focais,

uma vez que a sua mobilidade é restrita, salvo quando transportados por vertebrados, rurais ou silvestres, uma vez que sua capacidade de

adaptação ao meio urbano é limitada.

Doenças Transmitidas Por Carrapatos Pela maior resistência ao meio externo,

grande longevidade e capacidade de

transmissão transovariana, a manutenção da

transmissão da doença se faz por períodos

indefinidos, até porque o controle das

populações de carrapatos é extremamente

difícil. Essas doenças não ocorrem em surtos

ou epidemias de rápida progressão, uma vez

que são ectoparasitas eventuais de humanos

e geralmente alimentam-se de sangue apenas

uma vez a cada estádio.

RIQUETSIOSES TRANSMITIDAS POR

CARRAPATOS

As riquetsioses humanas constituem um

grupo crescente de doenças, todas elas

transmitidas por artrópodes. As riquetsioses

podem ser divididas em dois grandes

grupos: o das febres maculosas e o do tifo.

O primeiro grupo é hoje o mais importante,

constituído por bactérias zoonóticas,

encontradas em todos os continentes e com

características clínicas semelhantes. São

vasculites sistêmicas, de gravidade variável,

geralmente com exantema, a imensa maioria

transmitida por carrapatos. O arquétipo é a

febre maculosa das Montanhas Rochosas,

causada pela R. rickettsi, a primeira a ser

bem estudada.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 8

Recentemente, com o desenvolvimento da biologia molecular, inúmeras espécies de Rickettsia foram descritas, com quadros clínicos e

epidemiologia semelhantes.

AS ERLIQUIOSES HUMANAS

Ainda que infecções por bactérias do gênero Erlichia sejam conhecidas há muito em medicina veterinária, os primeiros casos humanos foram

reconhecidos somente em 1987. As espécies associadas com doença em humanos são a E. chaffeensis e E. canis.

O gênero Erlichia pertence à tribo Erlichiea, família Rickettsiaceae, ordem Rickettsiales. São bactérias Gram-negativas, pequenas, esféricas

(cocos), de vida intracelular obrigatória e transmitidas por carrapatos. As erlíquias invadem primordialmente leucócitos, tanto que as doenças

humanas causadas por elas são divididas em dois grupos: erliquioses granulocíticas e erliquioses monocíticas.

Doenças Transmitidas Por Carrapatos No interior dos leucócitos, as erlíquias se

multiplicam, formando estruturas

características, em aglomerados,

denominadas mórulas, visíveis ao

microscópio óptico.

A maioria das infecções humanas descritas é

dos EUA, possivelmente refletindo um

menor limiar de percepção, inclusive por ser

doença de notificação compulsória em

alguns Estados norte-americanos. Casos

humanos foram descritos no Japão e na

Europa. No Brasil, casos humanos de

infecção por erlíquias ainda não foram

confirmados.

O quadro clínico não é suficientemente

característico para permitir um diagnóstico

clínico apenas. Ao contrário, suas

manifestações são facilmente confundíveis

com outras doenças infecciosas, a febre

maculosa entre elas.

VIROSES TRANSMITIDAS POR

CARRAPATOS

As viroses transmitidas por carrapatos

apresentam pelo menos três tipos distintos

de manifestações clínicas: as encefalites, as

febres hemorrágicas e as doenças dengue-

símiles, conforme quadro.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 9

No primeiro grupo estão as encefalites transmitidas por carrapatos, conhecidas na literatura de língua inglesa como TBE (Tick-Borne

Encephalitides), um conjunto de encefalites encontradas numa extensa área, que vai das ilhas britânicas (encefalite de louping ill), passando pela

Europa Continental (encefalites transmitidas por carrapatos da Europa Central), até o extremo Leste da Rússia (encefalite russa de primavera-

verão). A gravidade dessas encefalites parece aumentar no sentido Oeste-Leste. A encefalite de Powassan é uma doença pouco freqüente,

encontrada no Noroeste dos EUA e áreas adjacentes do Canadá. Pouco mais de 20 casos já foram descritos. Ainda que rara, essa encefalite é

particularmente grave. As febres hemorrágicas transmitidas por carrapatos têm características clínicas semelhantes às febres hemorrágicas

transmitidas por mosquitos ou as adquiridas por contato com roedores e suas excretas. A encefalite do Congo-Criméia foi inicialmente descrita

na Criméia – península ao sul da Ucrânia –, e posteriormente no Oriente Médio e na África Central e Austral. Recentemente, foi registrado um

surto ocupacional entre funcionários de abatedouros de avestruz, na África do Sul.

Doenças Transmitidas Por Carrapatos De maior interesse, talvez, seja a Colorado

tick-fever (febre por carrapatos do

Colorado), descrita já em 1850, nas áreas

montanhosas do Oeste dos EUA. Foi apenas

na década de 1930 que essa doença foi

separada da febre maculosa das Montanhas

Rochosas, também transmitida por

carrapatos, de características clínicas e

epidemiológicas muito semelhantes. A

história da febre por carrapatos do Colorado

ilustra bem como é possível uma doença

viral, transmitida por carrapatos, passar

despercebida por longo tempo.

BABESIOSE

As babésias são protozoários muito

semelhantes aos da malária, inclusive por

invadirem hemácias. Existem cerca de 100

espécies conhecidas, mas apenas três foram

identificadas causando doença humana. A

babesiose, no entanto, é uma doença de

interesse veterinário bem conhecida,

particularmente de gado bovino.

Descrita em 1891 pelo parasitologista

húngaro Babes, apenas em 1957 o primeiro

caso humano foi descrito. Os casos humanos

foram descritos nos EUA e na Europa.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 10

As espécies associadas com infecção humana são as B. microti, B. gibsoni e B. divergens (B. bovis). O quadro clínico é usualmente discreto,

mas pode ser grave em pacientes esplenectomizados. A letalidade, de um modo geral, é de 5%. A associação da infecção com HIV é fator

agravante.

BORRELIOSES

Borrélias são espiroquetídeos, bactérias filamentosas e espiraladas, pertencentes à família Treponemataceae. Os gêneros Treponema, Borrelia,

Leptospira e Spirillum incluem espécies patogênicas para humanos. As borrélias são mais alongadas e menos espiraladas do que outros

espiroquetídeos. De interesse para o desenvolvimento de vacinas é o fato de que os genes determinantes da sua membrana externa estão em

plasmídeos. As doenças humanas causadas por borrélias são: a doença de Lyme e as febres recorrentes transmitidas por piolhos e por carrapatos.

A doença de Lyme é causada pela Borrelia burgdorferi sensu lato, isolada em 1981 – sensu lato significa que há variações genéticas da espécie

conforme a região considerada.

Doenças Transmitidas Por Carrapatos Por meio de métodos de biologia molecular

(hibridização de DNA), oito genoespécies do

gênero Borrelia foram identificadas, sendo

que quatro são agentes causais da doença de

Lyme. A B. burgdorferi sensu strictu é

predominante na América do Norte. Na

Europa, infecções mistas já foram descritas e

há coexistência da B. burgdorferi sensu

strictu, B. garinii e da B. afzelii. Cepas

recentemente descritas B. valaisiana, B.

lusitaniae e B. japonica somente foram

encontradas na Europa e no Japão. A B.

garinii é reconhecida como a ancestral de

todo o grupo e, muito provavelmente, a

responsável pela maior incidência de

manifestações neurológicas nos casos

adquiridos na Europa. Uma nova espécie, a

B. lonestari, não cultivável até o momento,

foi identificada nos EUA e associada a uma

síndrome semelhante à doença de Lyme.

DOENÇAS HUMANAS

TRANSMITIDAS POR CARRAPATOS

NO BRASIL

No Brasil, ainda que o carrapato em

medicina veterinária tenha recebido bastante

atenção, já há várias décadas, seu papel na

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 11

saúde pública humana tem sido desconsiderado. Até recentemente, a única doença humana conhecida transmitida por carrapato era a febre

maculosa brasileira. Afora ela, a descrição de doenças humanas transmitidas por carrapatos é esporádica e pontual. A babesiose e a erliquiose são

sobejamente conhecidas dos veterinários, mas sobre casos humanos há apenas algumas descrições, de modo que a distribuição e incidência

dessas infecções, assim como das borrelioses, é praticamente desconhecida no Brasil.

A doença de Lyme já foi descrita no Brasil, porém seu agente, a Borrelia burgdorferi, nunca foi isolado, seja de casos humanos, de carrapatos ou

mamíferos reservatórios. As evidências disponíveis sobre sua existência se limitam a dados clínicos, sorológicos e epidemiológicos. As viroses

transmitidas por carrapatos, causadoras de encefalites, são relativamente comuns em extensas áreas do hemisfério norte, tanto na América, como

na Europa e Ásia. No Brasil, elas nunca foram descritas.

Doenças Transmitidas Por Carrapatos FEBRE MACULOSA BRASILEIRA

Como outras doenças transmitidas por

carrapatos, a transmissão da febre maculosa

brasileira é focal. Descrita inicialmente na

década de 1920, em São Paulo, o primeiro

foco reconhecido foi numa área de expansão

urbana, no que hoje são os bairros

paulistanos de Sumaré e Perdizes. Mais

tarde, focos na periferia da Capital e outros

municípios da Grande São Paulo foram

sendo descritos, como os do bairro de Santo

Amaro e a cidade de Mogi das Cruzes.

Porém, com a expansão urbana esses focos

foram desaparecendo ou, pelo menos,

tornando-se inativos.

Até época recente, havia poucos casos

descritos fora do foco de Campinas e

Botucatu, no interior do Estado e em Mogi

das Cruzes. Atualmente, foram confirmados

casos em Piracicaba, Oriente, Suzano e na

região do ABC. A ocorrência desses casos

sugere que a doença é subnotificada e que

sua distribuição seria mais ampla. Nos

Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e

Rio de Janeiro há outros focos descritos. Em

território mineiro, onde a doença vem sendo

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 12

estudada há mais tempo, sua ocorrência é variável de ano para ano, sendo mais bem conhecidos os focos do Vale do Jequitinhonha e da região

do Vale do Aço. Sabe-se pouco acerca dos reservatórios, das espécies de carrapatos transmissoras ou da real extensão da área de transmissão. O

Amblyomma cajennense é tido como o principal vetor da febre maculosa brasileira, isso desde os primeiros estudos, na década de 1930. Os

poucos estudos existentes sobre a prevalência da infecção pela R. rickettsi em carrapatos no Brasil sugere que outras espécies são vetoras, mas o

A. cajennense seria a mais importante na transmissão da infecção para humanos.

Carrapatos Febre Maculosa Nos últimos dias os jornais e programas de

TV tem anunciado notas sobre pessoas

infectadas ou que estão morrendo com a

Febre Maculosa.

Veja abaixo informações sobre esta doença:

Aspectos epidemiológicos: a Febre

Maculosa é uma doença febril aguda, de

gravidade variável, causada por bactéria e

transmitida por carrapatos infectados.

Agente Etiológico: doença causada por

bactéria Rickettisia rickettsii . Bactéria

intracelular obrigatória, sobrevivendo

brevemente fora do hospedeiro.

Os humanos são hospedeiros acidentais,

não colaborando com a propagação do

organismo. Vetores e reservatórios: os

vetores são carrapatos da espécie

Amblyomma cajennense. São conhecidos

como "carrapato estrela", "carrapato de

cavalo" ou "rodoleiro"(Fig. 1), as larvas por

"carrapatinhos" ou "micuins, e as ninfas por

"vermelhinhos". São hematófagos

obrigatórios, necessitando de repastos em

três hospedeiros para completar seu ciclo de

vida. O homem é intensamente atacado nas

fases de larvas e ninfas.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 13

Aspectos biológicos referentes a seus transmissores:

Ciclo Biológico: as fêmeas após fecundadas e ingurgitadas desprendem-se do hospedeiro, caindo no solo para realizar postura única em torno de

5.000 a 8.000 ovos antes de morrerem. Após período de incubação (30 dias à temperatura de 25ºC) ocorre a eclosão dos ovos e nascimento das

ninfas hexápodes (larvas). As ninfas sobem pelas gramíneas e arbustos e aí esperam a passagem dos hospedeiros. Após sugarem sangue do

hospedeiro por 3 a 6 dias, desprendem-se deste e no solo ocorre a ecdise (18 a 26 dias), transformando-se no estágio seguinte que é a ninfa

octópode. As ninfas fixam-se em um novo hospedeiro e em 6 dias ingurgitam-se de sangue, e no solo sofrem nova ecdise (23 a 25 dias),

transformando-se no carrapato adulto.(fig.2). O Amblyomma cajennense completa uma geração por ano, mostrando os três estágios parasitários

marcadamente distribuídos ao longo do ano. As ninfas hexápodes ocorrem basicamente entre os meses de março a julho e sobrevivem até 6

meses sem se alimentar. As ninfas octópodes entre os meses de julho a novembro e os adultos entre os meses de novembro a março, sobrevivem

Carrapatos Febre Maculosa até 1 ano e 02 sem se alimentar,

respectivamente. Os carrapatos Amblyomma

cajennense são responsáveis pela

manutenção da R.rickettsii na natureza, pois

ocorre transmissão transovariana e

transestadial. Esta característica biológica

permite ao carrapato permanecer infectado

durante toda a sua vida e também por muitas

gerações após uma infecção primária.

Hospedeiros: pode ser encontrado em todas

as fases em: aves domésticas - galinhas,

perus; aves silvestres - seriemas; mamíferos

- cavalo, boi, carneiro, cabra, cão, porco,

veado, capivara, cachorro do mato, coelho,

cotia, coati, tatu, tamanduá; animais de

sangue frio - ofídeos. Reservatórios: a

infecção se mantém pela passagem

transovárica e transestadial nos carrapatos.

Diversos roedores e outros animais ajudam

a manter o ciclo da doença. Modo de

Transmissão: A transmissão ocorre pela

picada de carrapato infectado. Para que a

rickettsia se reative e possa ocorrer a

infecção no homem, há necessidade que o

carrapato fique aderido por algumas horas

(de 4 a 6 h.).

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 14

Pode também ocorrer contaminação através de lesões na pele, pelo esmagamento do carrapato. Susceptibilidade e imunidade: A susceptibilidade

é geral. A imunidade provavelmente é duradoura.

Período de incubação: O homem, após receber a picada infectante, leva de 2 a 14 dias (em média 7 dias), para apresentar os primeiros sintomas.

Período de transmissibilidade: Não se transmite diretamente de uma pessoa para outra. O carrapato permanece infectante toda sua vida, mais ou

menos 18 meses. Sazonalidade - maior incidência da doença durante a primavera e o verão.

Aspectos clínicos laboratoriais: no diagnóstico devem ser considerados:

Aspectos clínicos: doença de começo súbito com febre moderada a alta que dura geralmente de 2 a 3 semanas, acompanhada de cefaléia,

calafrios, congestão das conjuntivas. Ao terceiro ou quarto dia pode se apresentar exantema maculopapular, róseo, nas extremidades, em torno

do punho e tornozelo, de onde se irradia para o tronco, face, pescoço, palmas e solas. Petéquias e hemorragias são freqüentes . A doença pode

também cursar assintomática ou com sintomas frustros.

Carrapatos Febre Maculosa Alguns casos evoluem gravemente,

ocorrendo necrose nas áreas de sufusões

hemorrágicas, em decorrência de vasculite

generalizada. Torpor, agitação psicomotora,

sinais meníngeos são freqüentes. A face é

congesta e infiltrada, com edema

peripalpebral e infecção conjuntival. Edema

também está presente nas pernas, que se

apresentam brilhantes.

Tosse, hipotensão arterial e hipercitose

liquórica são achados comuns.

Hepatoesplenomegalia pouco acentuada é

observada. A letalidade é aproximadamente

de 20% na ausência de uma terapia

específica.

pouco comum quando se aplica o tratamento

precocemente.

Exames laboratoriais:

·Sorológico - visando detectar a presença de

anticorpos.

· Cultura - visando o isolamento do agente

etiológico.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 15

Tratamento: empregam-se o cloranfenicol ou tetraciclinas. Além dos antimicrobianos, são indispensáveis os cuidados médicos e de

enfermagem dirigidos para as possíveis complicações, mormente as renais, cardíacas, pulmonares e neurológicas.

Fonte: SUCEN - Superintendência de Controle de Endemias

Carrapatos Febre Maculosa Alguns casos evoluem gravemente,

ocorrendo necrose nas áreas de sufusões

hemorrágicas, em decorrência de vasculite

generalizada. Torpor, agitação psicomotora,

sinais meníngeos são freqüentes. A face é

congesta e infiltrada, com edema

peripalpebral e infecção conjuntival. Edema

também está presente nas pernas, que se

apresentam brilhantes.

Tosse, hipotensão arterial e hipercitose

liquórica são achados comuns.

Hepatoesplenomegalia pouco acentuada é

observada. A letalidade é aproximadamente

de 20% na ausência de uma terapia

específica.

pouco comum quando se aplica o tratamento

precocemente.

Exames laboratoriais:

·Sorológico - visando detectar a presença de

anticorpos.

· Cultura - visando o isolamento do agente

etiológico.

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- Folha 16

Tratamento: empregam-se o cloranfenicol ou tetraciclinas. Além dos antimicrobianos, são indispensáveis os cuidados médicos e de

enfermagem dirigidos para as possíveis complicações, mormente as renais, cardíacas, pulmonares e neurológicas.

Fonte: SUCEN - Superintendência de Controle de Endemias

Carrapatos Babesiose EquinaA babesiose dos equinos, também conhecida

como piroplasmose ou nutaliose, é uma

doença transmitida no Brasil por carrapatos

do gênero Anocentor nitens e Amblyomma

cajennensis, e causada pelos

protozoários Babesia caballi e Babesia

equi. Trata-se de uma afecção amplamente

distribuída pelos trópicos e subtrópicos, e em

menor escala, nas regiões temperadas.

Depois da transmissão do protozoário pela

picada do carrapato, os equinos exibem as

manifestações clínicas dentro de um período

de incubação de aproximadamente 5 a 28

dias. Os sinais caracterizam-se por picos

febris geralmente ao final da tarde, anemia,

icterícia e hemoglobinúria. Sintomas

generalizados como depressão, falta de

apetite, incoordenação motora,

lacrimejamento e decúbito também podem

ser observados. Em muitos casos a doença

torna-se crônica ou em casos mais severos

evolui até a morte do animal. Os casos

crônicos da doença acarretam em prejuízos

financeiros para as áreas endêmicas.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 17

Além de se tornar uma fonte de infecção para os animais sadios, o portador crônico ainda exibe as consequências da anemia, a qual, mesmo nos

casos mais leves, pode levar a diminuição do desempenho durante o exercício. O animal que desenvolveu a forma crônica da doença, quando

submetido a qualquer situação de estresse, como um treinamento pesado, viagem ou processo cirúrgico, pode voltar a apresentar a doença de

forma evidente. O fármaco de escolha para a eliminação do parasita é o Dipropionato de Imidocarb. Como se trata de um parasita causador

anemia, o uso de suplementos a base de ferro, ácido fólico e vitamina B12 são benéficos para a recuperação do animal. A Ourofino conta com o

Metacell para estas situações, que além de todos os compostos mencionados acima, essenciais para a hematopoese, ainda contém Vitamina C,

Vitaminas do complexo B, vitamina K, sacarose, cobalto, cobre e zinco. O produto deve ser administrado via oral, 20 ml ao dia para animais

adultos 5 a 10 ml para potros. O controle da infestação por carrapatos contribui para diminuir a incidência da doença, visto que desta forma

controlamos os transmissores da afecção. As lactonas macrolíticas (ivermectina, abamectina e moxidectina) são fármacos que possuem amplo

espectro de ação contra nematódeos intestinais assim como em artrópodes, e desta forma, auxiliam no controle dos carrapatos.

O Metacell contém elementos essenciais para a formação dos glóbulos vermelhos.

Carrapatos Babesiose CaninaApós a infecção, a presença de parasitas no

sangue acontece dentro de um ou dois dias,

perdurando por cerca de quatro dias. Os

microorganismos então desaparecem do

sangue por um período de 10 a 14 dias,

ocorrendo então uma segunda infestação dos

parasitas, dessa vez mais intensa.

Muitas infecções por Babesia canis são

inaparentes. Em alguns casos, os sintomas

clínicos se tornam aparentes apenas após

esforço (decorrente de exercício esgotante),

cirurgias ou outras infecções.

Tipicamente os sintomas da Babesiose são:

febre, icterícia, fraqueza, depressão, falta de

apetite, membranas mucosas pálidas e

esplenomegalia (aumento do baço).

Podemos encontrar ainda perturbações da

coagulação e nervosas. Por isso é sempre

bom estar atento ao comportamento do seu

cão. Se de repente ele ficar prostrado, triste,

apático, sem ânimo e com atitudes anormais

para seu temperamento, investigue

imediatamente o que pode estar ocorrendo.

Ele pode estar apenas enjoado, mas ele

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 18

também pode estar infectado, com Babesiose ouErliquiose, ambas as doenças podendo ser chamadas de “Doença do Carrapato”.

Encontrou um carrapato no seu cachorro? Observe seu cão durante três ou quatro dias e repare se há:

– um enorme abatimento;

– apatia, tristeza, prostração;

– febre;

– grande cansaço;

– urina escura (“cor de café”);

– mucosas de cor amarelada antes de se tornarem “branco de porcelana “.

Nos exames de laboratório (sangue), os sintomas mais frequentes são: anemia, aumento dos níveis de bilirrubina no sangue, presença de

bilirrubina e hemoglobina na urina e diminuição do número de plaquetas. É muito comum a presença de quadros de insuficiência renal aguda.

Carrapatos Babesiose CaninaA babesiose é uma causa infecciosa de

anemia hemolítica. O espectro da doença

varia de uma anemia leve, clinicamente

inaparente, a uma forma fulminante com

marcada depressão e achados clínico-

patológicos consistentes com coagulopatia

intravascular disseminada.

Diagnóstico

Exame de sangue imediatamente. O

diagnóstico é confirmado pela identificação

dos microorganismos de Babesia nas

hemácias em esfregaços sanguíneos corados.

Contudo, nem sempre os microorganismos

podem ser encontrados nos esfregaços

sanguíneos e nestes casos podem ser

realizados testes sorológicos para

confirmação do diagnóstico.

Tratamento e cura da Babesiose

O tratamento da babesiose vai abranger duas

questões: o combate ao parasita e a correção

dos problemas que foram causados por este

parasita (como a anemia e a insuficiência

renal, por exemplo).

Atualmente, os veterinários possuem à sua

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- Folha 19

disposição piroplasmicidas (Babesicida) capazes de destruir o parasita. O tratamento das complicações da doença, que é indispensável, consiste

por exemplo na cura da insuficiência renal (por diferentes meios, entre os quais a hemodiálise, ou seja, o rim artificial), além de serem tratadas

as demais complicações da doença. Essas graves complicações, como a insuficiência renal e a anemia aguda, podem levar à morte do cão. Por

isso é tão importante diagnosticar a Babesiose Canina o mais rápido possível, assim as sequelas hepáticas e renais são evitadas ao máximo.

Como prevenir a Doença do Carrapato

A melhor maneira de prevenir essa doença é evitando os temíveis carrapatos. É importante desparasitar frequentemente o local onde o cão vive e

o próprio cão também. Uma maneira simples e eficaz é manter a grama do jardim sempre curta, para evitar que carrapatos se escondam por

baixo das folhas. Outra forma eficaz é a aplicação da “vassoura de fogo” ou “lança chamas” nos muros, canis, estrados, batentes, chão etc., pois

elimina todas as fases do carrapato: ovos, larvas, ninfas e adultos. Para desparasitar o cachorro, existem vários métodos: pós, sprays, banhos,

coleiras anti-parasitas, medicamentos orais, etc. Ainda não há uma vacina eficaz contra a doença.

Carrapatos Babesiose Canina– Verificar a presença de carrapato no cão

com frequência;

– Desinfetar o ambiente onde o animal vive

periodicamente;

– Usar produtos veterinários carrapaticidas

como sabonetes, xampus etc;

– Manter a grama do jardim sempre curta;

– Estar atento aos hotéis para cães, pois se há

algum cão infectado, ele poderá transmitir a

doença através de outro carrapato do local.

– Aplicar uma pipeta anti-pulgas e anti-

carrapatos no cão de 25 em 25 dias.

Há vários produtos contra carrapatos. Um

dos mais completos é o Max 3, pois ele

protege também contra pulgas e age

repelindo as pulgas e os carrapatos, não

permitindo que esses piquem o animal.

Lugares preferidos dos carrapatos no corpo

do cão. Verifique sempre:

– Região das orelhas;

– Entre os dedos das patas;

– Próximo aos olhos, nuca e pescoço.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 20

Como tirar um carrapato do meu cachorro?

Arrancar o carrapato não é recomendado. Pode acontecer de tirarmos só uma parte do corpo e o resto ficar ainda aderido ao cão, podendo

provocar infecções. O ideal é aplicar umas gotas de vaselina ou parafina ao redor, esfregá-lo um momento até que amacie um pouco a pele e

depois tentar retirá-lo suavemente. Depois, coloca-se o carrapato no álcool para que morra e não escapem os ovos. Lave as mãos depois de

manipulá-los.

Existem também as pinças de carrapatos, que servem para extrair o parasita por inteiro. Encontram-se à venda em lojas especializadas de

produtos veterinários.

Carrapato do Boi - Boophilus microplusO Carrapato-de-boi (Boophilus microplus) é

um carrapato da família dos ixodídeos, de

ampla ocorrência na América do Sul. O

macho de tal espécie apresenta um par de

placas de pontas agudas no ânus, sendo

associado à disseminação de diversas e

importantes protozooses no gado bovino.

O Boophilus microplus é o mais importante

ectoparasita dos rebanhos bovinos e está

presente em todas as áreas tropicais e

subtropicais entre os paralelos 32° N e

32° S, abrangendo regiões que se dedicam

à pecuária na América, África, Ásia e

Austrália. As perdas econômicas causadas

pelo B. microplus são estimadas em quase 2

bilhões de dólares no Brasil, quando

contabilizadas a queda na produção de leite

e carne, a mortalidade, a redução da

natalidade, os gastos no seu controle e a

transmissão dos protozoários Babesia

bovis e B. bigemina e da riquétsia Anaplas-

ma marginale que causam a Tristeza

Parasitária Bovina.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 21

Apesar da existência de outras formas de controle, atualmente, a do carrapato é feito principalmente com o uso de carrapaticidas. Os métodos de

controle biológico incluem: seleção de raças menos sensíveis ao carrapato; cultivo de pastagens que dificultam a sobrevivência das fases de vida

livre; ação de predadores naturais manejo do rebanho e rotação de pastagens.

Morforlogia

Peritrema em forma de círculo

Macho com 4 placas adanais bem desenvolvidas e apendice caudal

Festões ausentes

Olhos presentes

sulco anal ausente

coxa I com dois espinhos curtos em ambos os sexos

escudo sem ornamentação

Carrapato do Boi - Boophilus microplusNo Brasil, a principal espécie de carrapato

que compromete a produtividade da pecuária

bovina, comumente chamado de carrapato-

do-boi, denomina-se Boophilus microplus.

Os prejuízos causados por esse ácaro, à

pecuária brasileira, superam a um bilhão de

dólares anualmente. Tais prejuízos, nos

bovinos, são evidenciados, principalmente,

pela: a) ingestão de sangue (uma fêmea pode

ingerir até 2 mililitros de sangue durante sua

alimentação sobre o hospedeiro) que,

dependendo do número de infestações, pode

comprometer a produção de carne e leite; b)

pela inoculação de toxinas nos hospedeiros,

promovendo diversas alterações e

conseqüências fisiológicas, como a

inapetência alimentar; c) pela transmissão

de agentes infecciosos,

principalmente Anaplasma e Babesia,

responsáveis pela tristeza parasitária bovina

(TPB); e d) pela redução da qualidade do

couro do animal, por causa das cicatrizes

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 22

irreversíveis ocasionadas durante a alimentação, verificadas por ocasião de seu beneficiamento no curtume. Além desses danos diretos,

considerados prejudiciais à bovinocultura brasileira, existem aqueles indiretos, resultantes dos custos da mão-de-obra necessária para o seu

combate, assim como as demais despesas com construções e manutenção de banheiro, compra de equipamentos, aquisição de carrapaticidas,

entre outros.

Devem-se ter cuidados especiais no controle a esse carrapato, por se apresentar como uma fonte de prejuízo à criação bovina, principalmente nos

núcleos de raças européias de corte e leite. Entretanto, nas regiões onde se explora o zebuíno, esse parasito não deve deixar de ser considerado,

pois em situações especiais de manejo que levam ao estresse, tais como a deficiência alimentar, as altas concentrações por hectare, e desmame

interrompido ou precoce, sua presença torna-se importante não só como agente espoliativo ou tóxico, como também pela transmissão da TPB.

CICLO EVOLUTIVO

O carrapato-de-boi é um parasito que só utiliza um hospedeiro em seu ciclo evolutivo, e apresenta duas fases: a de vida livre, que se realiza no

solo e na vegetação, e a parasitária, realizada no corpo do hospedeiro.

Carrapato do Boi - Boophilus microplusA fase não parasitária começa com a fêmea

fecundada e alimentada (aquela que parece

um grão de mamona, feijão), caindo ao solo

para realizar a postura, e termina em uma

das alternativas: a) quando a fêmea morre

antes da postura ou produz ovos inférteis, ou

ainda, suas larvas morrem sem alcançar um

hospedeiro adequado; e b) quando as larvas

oriundas de ovos dessa fêmea conseguem

alcançar um hospedeiro suscetível.

A fase parasitária, com duração média de

23 dias, inicia-se com a fixação das larvas

em hospedeiro suscetível e termina quando

os adultos, incluídas as fêmeas fecundadas e

alimentadas, desprendem-se desse

hospedeiro.

CONTROLE

Não existe uma fórmula mágica ou um

método revolucionário capaz de resolver

definitivamente o problema do parasitismo

dos bovinos por esse ácaro, mas sabe-se que

uma associação de métodos alternativos e

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 23

integrados de acordo com a situação permite obter excelentes resultados e até mesmo reduzir o uso e prolongar a vida útil dos carrapaticidas.

O combate ao carrapato torna-se necessário tanto em áreas onde se verificam grandes infestações durante todo o ano, quanto em áreas com

baixas infestações limitadas em algumas épocas do ano. áreas com grandes infestações, os danos diretos e indiretos produzidos pelo carrapato

levam a grandes prejuízos e, nas áreas com baixa infestação e restrita a algumas épocas do ano, os prejuízos causados pela TPB assumem

grandes proporções.

Em função do ciclo biológico, existem duas alternativas para o controle: fora do hospedeiro e sobre o hospedeiro.

Controle fora do hospedeiro

Ainda que pouco utilizado, o controle do carrapato fora do animal pode ser realizado por meio de rotação de pastejo, introdução de espécies de

gramíneas com poder de repelência e ou ação letal ao carrapato, alteração de microclima, implantação de lavouras, uso de agentes biológicos

etc.

Carrapato do Boi - Boophilus microplusA rotação de pastejo consiste na retirada dos

animais da pastagem, até que todas ou a

maioria das larvas sejam eliminadas por

causas naturais. Em Mato Grosso do Sul, um

bom descanso seria em torno de 40 dias na

primavera/verão e, 60 dias, no outono/inver-

no. Algumas espécies de forrageiras têm

influência na sobrevivência das larvas nas

pastagens, porque, em função da forma de

crescimento e características específicas de

cada uma, há formação de um

microambiente, que resulta em repelência

ou morte das larvas. Dentre estas, destacam-

se o capim-gordura, o andropógon, o capim-

elefante, os estilosantes (Stylosanthes spp.).

A implantação de lavoura, com o objetivo

de recuperação de pastagens, é uma prática

que indiretamente auxilia o controle do

carrapato, pela ausência de animais na área.

No passado, a queima de pastagens era uma

alternativa para o controle do parasito,

entretanto, sabe-se hoje sobre os malefícios

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 24

dessa prática à fauna e flora, assim como a aplicação de acaricidas nas pastagens, sendo, portanto, práticas não recomendadas, e até mesmo

antieconômicas. A utilização de agentes biológicos é uma alternativa em estudo ainda não disponível no mercado.

Controle sobre o hospedeiro

O combate ao carrapato sobre o hospedeiro é feito pelo uso de raças resistentes, de uma vacina biológica GavacÒ , disponível no mercado, e de

químicos (carrapaticidas). Outras formas de controle, como o uso de feromônios associados a substâncias tóxicas, machos e fêmeas estéreis,

mecanismos genéticos, estão em fase de experimentação e ainda não constituem alternativas viáveis ao controle desse parasito.

A utilização da resistência natural do bovino ao carrapato tem por base as raças resistentes, o cruzamento entre raças e a seleção entre e dentro

de raças. Assim, o produtor, ao explorar raças taurinas, pode selecionar a mais resistente e/ou os animais mais resistentes dentro da mesma raça.

A vacina disponível no mercado (GavacÒ ) é um antígeno recombinante, com resultados satisfatórios na redução de até 65% do número de

teleóginas dos animais, nas condições brasileiras em campo. A utilização dessa prática é uma alternativa viável no combate ao carrapato,

garantindo ainda a obtenção de alimentos saudáveis, livres de resíduos e a preservação do ambiente.

Carrapato do Boi - Boophilus microplusOs produtos carrapaticidas constituem uma

opção que melhor resultado oferece ao

produtor no combate ao carrapato. A escolha

e o uso correto, tanto nas concentrações e na

dose por animal, quanto na freqüência de

aplicação, assim como a mudança de

produto quando necessária, são fatores

preponderantes para a obtenção de

resultados esperados. Historicamente, tem-se

verificado o desenvolvimento de populações

de carrapatos após algum tempo de uso da

maioria dos carrapaticidas lançados no

mercado. Vários são os grupos químicos de

carrapaticidas, hoje disponíveis, como os

organofosforados, as formamidinas, os

piretróides e as avermectinas.

A aplicação desses produtos é feita por meio

de pulverização, imersão, dorsal (pour-

on e spot-on) ou injetável, no caso das

avermectinas. Cada método apresenta suas

vantagens e desvantagens e a escolha

depende da região geográfica, tipo de

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 25

criação, manejo, número de animais, entre outros fatores. Para cada produto, devem-se respeitar as recomendações do fabricante, como a

concentração, a dose por animal, a carência para o abate e ordenha. Em quaisquer dos métodos a serem empregados é de fundamental

importância o período residual do produto, para a determinação dos intervalos de aplicações. Por exemplo, recomendam-se aplicações com

intervalos de catorze a 21 dias para os produtos convencionais (piretróides).

Como estratégia de aplicação dos carrapaticidas em bovinos na região Centro-Oeste, a Embrapa Gado de Corte recomenda aplicações no início

do período chuvoso (setembro/outubro), repetindo-se por mais três vezes em intervalos de catorze ou 21 dias ou, após a primeira aplicação,

transferir os animais para pastagens limpas de carrapatos. Para os demais produtos, respeitar os intervalos entre os tratamentos, determinados

pelos fabricantes.

Os rebanhos taurinos ou mestiços (taurino x zebuíno), por serem mais suscetíveis ao parasitismo, terão as infestações aumentadas e,

conseqüentemente, o proprietário deverá efetuar algum tipo de controle. Já quem explora os zebuínos, em condições extensivas, não tem que se

preocupar com esse parasito, a não ser com animais jovens, nas situações especiais de manejo ou quanto aos danos no couro.

Carrapato do Boi - Boophilus microplusA aplicação correta dos carrapaticidas,

quanto à concentração, dose, época,

intervalo etc., é a única forma capaz de

retardar por tempo considerável o

surgimento de populações de carrapatos

resistentes aos carrapaticidas, problema já

em evidência nas propriedades de Mato

Grosso do Sul.

O primeiro sinal do aparecimento da

resistência é quando um produto, aplicado de

forma correta, não causa a morte dos

carrapatos. Nesse caso, o produtor deve

buscar orientação do médico-veterinário

para que proceda o teste de sensibilidade

dos carrapatos aos carrapaticidas,

denominado de "biocarrapaticidograma",

para a indicação correta de qual produto

usar, para evitar, assim, maiores prejuízos.

A correta forma de combate ao carrapato

maximiza os lucros do produtor, bem como

das cadeias produtivas da carne, do leite e

do couro.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 26

Carrapato do Cavalo – A. cajennenseAmblyomma cajennense é uma espécie

de carrapato da família Ixodidae, também

conhecida como carrapato estrela

ou carrapato do cavalo, que tem como

hospedeiros preferidos os eqüídeos, mas

pode também parasitar bovinos, outros

animais domésticos e animais silvestres.

O A. cajennense, na sua fase adulta, é

também conhecido pelos nomes populares:

"rodoleiro", "picaço", "carrapato rodolego" e

também como "micuim", "carrapato

pólvora", "carrapato-fogo", "carrapato meio-

chumbo" e "carrapatinho" nas suas fases de

larva e ninfa. A espécie é comum no Brasil e

é um vector de diversas doenças como

a babesiose equina e a febre maculosa,

sendo esta última considerada um zoonose.

Apesar de ser bastante irregular as

infestações do Amblyomma, geralmente

concentram-se nas sombras ou nos locais de

passagem de seus hospedeiros.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 27

Pode transmitir a babesiose eqüina, através dos protozoários Babesia equi e Babesia caballi, e a febre maculosa, causada pela

bactéria Rickettsia rickettsii. Para que a transmissão da febre maculosa ocorra são necessárias pelo menos 6 horas de fixação do carrapato no

hospedeiro. A transmissão é mais comum quando o carrapato se encontra nos estágios de larva ou ninfa, pois o adulto tem uma picada dolorosa,

de modo que é rapidamente percebido e removido. 1. Ovoposição no solo (em torno de 3 a 4 mil ovos) 2. Eclosão dos ovos e nascimento das

larvas (possuem três pares de pernas) após 60 a 70 dias de incubação 3. Ao encontrar um hospedeiro definitivo, a larva se alimenta por 5 dias.

Após esse período, retorna ao solo e realiza a primeira muda, tornando-se ninfa (passa a ter quatro pares de pernas). Após a muda, pode

permanecer longe do hospedeiro por até um ano 4. Ao encontrar um hospedeiro, se alimenta por 5 a 7 dias. Após esse período, vai para o solo

novamente e realiza a segunda muda, tornando-se adulto e diferenciando-se em macho ou fêmea. Nesse estágio, pode permanecer por até 24

meses sem se alimentar 5. No hospedeiro, ocorre o acasalamento. A fêmea se alimenta até ficar ingurgitada, retornando para o solo para a

postura dos ovos. Ciclo de vida de Amblyomma cajennense - O carrapato do cavalo é conhecido popularmente como carrapato estrela e está

amplamente difundido pelo Brasil. Na região sudeste os eqüídeos ( eqüinos , muares e asininos) se constituem os principais hospedeiros desse

Carrapato do Cavalo – A. cajennensecarrapato. Entretanto o carrapato do cavalo

(Amblyomma cajennense) se mantém em

áreas livres de cavalos parasitando outras

espécies como, por exemplo, capivaras e

outros animais silvestres. Dada sua baixa

especificidade, assume importante papel na

transmissão de patógenos entre os animais e

o homem dentre eles a febre maculosa. Há

um predomínio de larvas na região sudeste

nos meses de abril a julho, ninfas de julho a

outubro e adultos de outubro a março.

Nos meses em que as larvas e ninfas estão

presentes, erradamente, não são realizados

banhos carrapaticidas. Pois nessa fase o

tamanho desse ácaro é reduzido e não

desperta atenção do criador, pois os mesmos

ficam entre os pêlos. Durante os meses de

primavera e verão, quando os estágios

adultos predominam, os carrapatos de

tamanho maior chamam a atenção do

criador, são as fêmeas ingurgitadas. Por essa

razão, os banhos carrapaticidas predominam

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 28

nesta época. O banho carrapaticida efetivo deve disponibilizar no mínimo 5 litros de calda carrapaticida por eqüino adulto, seguindo as

recomendações do fabricante. No entanto, observa-se que os criadores banham esses animais com volumes inferiores a este citado.

Propõe-se através de estudos que os banhos carrapaticidas deverão ser semanais durante os meses de abril a outubro, quando predominam as

formas de larva e ninfa desse carrapato.

Os banhos carrapaticidas não devem omitir orelhas e divertículo nasal dos eqüinos, as crinas das éguas devem ser mantidas aparadas para

facilitar a aplicação do carrapaticida nesta área do corpo.

Em áreas infestadas, o banho carrapaticidas com piretróides deve, impreterivelmente, abranger todo período de predomínio de larvas e ninfas

(abril a outubro). Possivelmente após um ano de controle abrangendo esses meses, a carga de carrapatos adultos na pastagem estará reduzida.

Não obstante, é fato que pastagens “sujas” que promovem micro clima favorável para desenvolvimento deste carrapato.

Como estas fases imaturas de desenvolvimento do carrapato coincide com a estação de seca (menores índices pluviométricos) em grande parte

do Brasil (abril a outubro) a possibilidade de se repetir os banhos carrapaticidas a cada sete dias, com satisfatória eficácia, é maior nessa época

do ano. As chuvas inviabilizam os banhos e nesta ocasião, caso ocorra, o banho deverá ser transferido para o dia seguinte.

Carrapato do Cavalo – A. cajennenseO controle de carrapatos dos eqüídeos é de

extrema importância devido às

peculiaridades desta espécie e a sua

participação como transmissor de doenças

para os animais e para o homem.

Existem várias espécies de carrapatos: nas

fases adultas, eles são mais específicos para

um determinado hospedeiro nas fases jovens

de larvas ou ninfas, eles são menos seletivos,

podendo parasitar vários animais e,

inclusive, o homem.

Os eqüídeos são afetados principalmente por

duas espécies o Anocentor nitens que, aloja

principalmente na região interna da orelha e

região nasal, e o Amblyomma cajennense,

que parasita qualquer região do corpo e é

encontrado parasitando outras espécies de

animais como cães, capivaras, aves, bovinos

e o próprio homem. O carrapato de orelha,

como é conhecido, e de fácil controle

através de práticas de higiene periódicas,

inspecionando as orelhas, removendo e

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 29

aplicando carrapaticida local. Esta espécie ocorre durante todo o ano e seu ciclo de vida dura em torno de 28 dias.

O Amblyomma cajennense, conhecido como carrapato de cavalo, Rodoleiro ou Carrapato Estrela tem seu ciclo de vida completo em torno de

um ano. As fêmeas do Amblyomma cajennense, depois de fecundadas e ingurgitadas (teleóginas), desprendem-se do hospedeiro e realizam a

postura no solo cerca de 12 dias após. Depois deste período de postura de 4 a 6.000 ovos em média, a fêmea morre. O período de incubação dos

ovos em temperatura adequada, cerca de 30° C dura em média 30 dias, ocorrendo o nascimento das larvas, que são hexápodes (seis patas).

Estas sobem nos hospedeiros e alimentam-se de linfa, tecidos digeridos e sangue por três a seis dias. Desprendem-se do hospedeiro e abrigam-

se no solo por um período de duas a três semanas e transformam-se no estágio de ninfa, que são os octópodes (oito patas). Estas ninfas

parasitam um novo hospedeiro durante uma semana e se ingurgitam de sangue e desprendem novamente do hospedeiro. Transformam-se em

adultos no solo após um período de três semanas em média, conforme condições do ambiente. Os adultos acasalam-se durante o parasitismo no

hospedeiro final enquanto as fêmeas fertilizadas iniciam o ingurgitamento que termina em um período de 8 a 12 dias, quando se desprendem do

hospedeiro iniciando novo ciclo.

Carrapato do Cavalo – A. cajennenseSistema de controle

Conhecendo melhor ciclo do carrapato nos

permite utilizar medidas estratégicas de

controle. Cada fase do ciclo do carrapato

ocorre em uma época do ano. As larvas

ocorrem nos meses de março a julho

enquanto as ninfas ocorrem nos meses de

julho a novembro. Nestes períodos é possível

fazer o controle químico, com pulverizações

ou uso de produtos de uso interno. Estas

fases jovens são mais sensíveis aos

produtos químicos, sendo conveniente que

as pulverizações sejam feitas com intervalos

de sete dias. A fase adulta ocorre nos meses

mais quentes, de novembro a março. Os

adultos são muito mais resistentes aos

produtos químicos e as condições adversas

do ambiente, podendo sobreviver em jejum

por até dois anos, sendo de extrema

importância o uso correto dos

carrapaticidas, para evitar resistência a

estes. Deve-se realizar Carrapatogramas

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 30

para escolher os produtos de maior eficácia para cada fazenda. Pode ser controlado por práticas de catação manual das fêmeas ingurgitada

semanalmente, evitando-se que estas realizem a oviposição, interrompendo o ciclo. O Amblyomma é responsável pela transmissão da

Babesiose eqüina, uma doença de grande importância no meio. Para que o animal tenha imunidade frente a esta doença é necessário que tenha

contato com o carrapato; portanto, não podemos eliminá-lo totalmente das propriedades e, sim, mantê-lo sob controle. Alguns estabelecimentos

de cavalos de corrida e centros hípicos devem manter controle rígido, porque os animais devem ser livres de Babesiose e outros agentes, para

terem permissão de entrada em outros países onde não ocorrem estas doenças. Consulte um médico-veterinário para estabelecer o controle

adequado dos carrapatos em sua propriedade. Para o homem, o carrapato pode transmitir a Febre Maculosa, que é de rara incidência, mas nem

por isto menos perigosa. Devemos ter cuidado. Casos foram registrados nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo

e Santa Catarina.A doença é transmitida através da picada do carrapato após ficar aderido na pele por um período mínimo de quatro horas.

Deve-se evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural ou parques de áreas urbanas. Sendo necessário

frequentar estas áreas, usar calça comprida, botas, meias ou fitas adesivas na bainha da calça com a bota. O uso de repelentes a base de DEET é

recomendado. A pessoa deve vistoriar o corpo a cada três horas durante os trabalhos e passeios

Carrapato de Galinha - Argas miniatusCarrapato Argas miniatus é o nome que é

dado aos carrapatos das aves, ele é bem

pequeno se comparado às outras espéciaes,

ele ataca inclusive galinhas. O nome popular

desse carratpato em algumas regiões do

Brasil é "piunga". Transmite aos galináceos

a bouba, uma doença infecciosa semelhante

à sífilis, e pode matar a ave.

Quando a infestação e grande, ele também

pode se hospedar nos humanos, veja

informações sobre essa espécie:

O Argas miniatus passa por 4 fases até

chegar asua fase adulta: ovo, larva,

protoninfa, deutoninfa e adulto no ciclo

evolutivo. Quando a fêmea realiza a

alimentação, aumenta de peso e torna-se

globosa e, o macho aumenta muito pouco o

seu tamanho.A cópula é feita fora do

hospedeiro. Depois da cópula a fêmea do

Argas miniatus realiza várias posturas,

durante 8 a 10 dias e, cada uma procedida

de uma sucção de sangue.

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 31

A cada postura, aquantidade de ovos varia entre 120 a 200 ovos. Os ovos têm a coloração castanha, ficam aglomerados e são meio esféricos. O

tempo de incubação dos ovos até a eclosão são de 12 a 15 dias, em uma temperatura de25ºC em média. Depois desse tempo, eclodem as larvas.

Medindo 0,7 mm de comprimento e com 3 pares de patas. Na sua fase larvária, ela sobe no hospedeiro por 4 dias para se alimentar. Depois

dessetempo, ela desce e procura um esconderijo, onde irá trocar de pele e virar a protoninfa, que ocorre entre 6 a 8 dias para completar a

transformação. A protoninfa espera alguns dias até que seurevestimento de quitina esteja endurecido, e procura uma ave para se alimentar.

Depois de alimentada, a protoninfa desce do hospedeiro e espera mais 10 a 12 dias para passar por uma ecdise e se transformar nadeutoninfa.

Depois de alguns dias, ela troca de pele novamente e se transforma na sua fase adulta.

Hospedeiros

O hospedeiro preferido do Argas miniatus é as galinhas, mas ele também podeparasitar pombos, patos, perus e alguns pássaros. Ele não parasita

os mamíferos e os humanos. Muitos deles ficam nos galinheiros, principalmente se oferecer uma condição de desenvolvimento melhor,

comopoleiros feitos de bambu. Esta espécie tem hábitos noturnos, e saem de seus ninhos para se alimentar nas aves, e depois de satisfeitos, eles

voltam paras seus esconderijos.

Carrapato do Cão – Rhip. sanguineusO Rhipicephalus sanguineus, carrapato da

família Ixodidae, tem como hospedeiros

preferidos os cães, embora também possa

parasitar outros animais domésticos, animais

silvestres. No Brasil também é conhecido pelo

nome popular: carrapato-vermelho-do-cão. Ao

contrário da maioria dos carrapatos, o

Rhipicephalus possui geotropismo negativo, ou

seja, ao sair do hospedeiro ele procura lugares

altos, de preferência perto do ambiente onde os

hospedeiros ficam e dormem.

Características

- Quelícera curta

- Base do gnatossoma geralmente hexagonal

- Escudo não ornamentado

- Festões pouco desenvolvidos

- Primeiro par de coxas bífidas

- Um par de placas adanais nos machos

- Peritremas em forma de vírgula

- Geotropismo negativo

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CARRAPATO – Ixodidae / Argasidae

- Folha 32

Ciclo

É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. A fêmea

podem por 200 a 3000 ovos por dia.

Períodos (em dias) - Pré-postura – 3 - Incubação - 17-60 - Sucção da larva - 2-7 - Muda da larva - 5-23 - Sucção da ninfa - 4-9 - Muda da ninfa

- 11-72 - Sucção da fêmea - 6-30.

As larvas não alimentadas podem sobreviver até 8 meses e meio, as ninfas seis meses e adultos até 19 meses. Importância em Medicina

Veterinária e Saúde pública. Este carrapato é comum em cães e as altas infestações provocam desde leves irritações até anemia por ação

espoliadora. O carrapato pode atacar qualquer região do corpo, porém é mais freqüente nos membros anteriores e nas orelhas.

É considerado o principal transmissor da babesiose canina e da Erlichiose ("doença do carrapato"); a transmissão pode ser transovariana, pode

também transmitir vírus e bactérias. Pode atacar o homem causando dermatites. Controle - O controle faz-se através da aplicação de banhos

carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou três vezes com intervalos de 14 dias, em conjunto com limpeza dos canis e aplicação

de acaricidas nas paredes e pisos das instalações.