carrinho de emergencia

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Profissionais de sade devem estar preparados para atender, de forma sistematizada e padronizada, uma situao de emergncia. Para que isso ocorra, o treinamento da equipe fundamental, e todo o material necessrio para esse momento deve estar disponvel de forma imediata. Segue uma sugesto de carrinho de emergncia em adultos JUNTO AO CARRINHO: Tbua de compresso torcica Desfibrilador Monitor 1 GAVETA Medicamentos mais utilizados em situaes de emergncias clnicas. Para diluio: - ABD Ampola com 5ml; - ABD Ampola com 10ml; - Cloreto de sdio ampola de 10ml a 20%. Aminofilina - Ampola de 10 ml com 240mg (24mg/ml). Ao: Dilatao dos brnquios e dos vasos pulmonares, atravs do relaxamento da musculatura lisa; Dilatao das artrias coronrias e aumento do dbito cardaco e da diurese; Estmulo do centro respiratrio. Diluir em SF 0,9% ou SG 5%. Administrao intravenosa lenta (10 a 20 min). No misturar ou infundir no mesmo acesso venoso: Adrenalina, clcio, dobutamina, dopamina, fenitona, prometazina, meperidina, morfina, cefalosporinas em geral. Atropina Ampola de 1 ml com 0,5mg. Ao: Parassimpaticoltico: aumenta a freqncia cardaca; Broncodilatao; Midrase; Reduo de salivao; Antdoto na intoxicao por organofosforados. Dose mxima em adultos: 2mg/dose. Administrao intravenosa: Pode ser feita sem diluir e em blus rpido. Administrao endotraqueal: diluir para 3 a 5ml em soro fisiolgico. Bicarbonato de sdio Ampola de 10ml a 8,4%. Indicao: Acidose metablica; Hipercalemia; Hipermagnesemia;

Intoxicaes por antidepressivos tricclicos, cocana ou bloqueadores dos canais de clcio. Na emergncia: Diluir a ampola a 1:1 com ABD e administrar a dose em, no mnimo, 2 minutos, direto na veia. Fora das emergncias: Correr em 1-2 horas em bomba de infuso. Lavar o acesso venoso com 3 a 5ml de SF imediatamente antes e imediatamente depois da administrao em blus. Acesso venoso exclusivo. e de i Ampola de 10 ml a 10%. Indicao: Reposio e preveno de deficincia. Deve ser diludo antes de administrar. Diazepam Ampola de 1 ml com 10 mg; Ampola de 2 ml com 10 mg. Ao: Sedativo de ao longa (sem efeito analgsico); Ansioltico; Anticonvulsivante; Miorelaxante esqueltico. Blus ou EV contnua; No administrar IM; No misturar com nenhuma droga na mesma seringa; Na infuso contnua, trocar a soluo de 4/4h; No infundir junto com adrenalina, bicarbonato, dexametasona, dobutamina, fentanil, furosemida, heparina, hidrocortisona, isoproterenol, lidocana, meperidina, vitaminas. EV: ter material de suporte ventilatrio. Dopamina / Revivan Ampola de 10 ml com 50mg (5mg/ml). Catecolamina endgena; Ao: Inotrpica; Vasoconstritora sistmica (pressora em doses altas); Vasodilatadora renal (em doses baixas). Geralmente usada diluindo-se uma ampola de 10ml com 5mg/ml em 240ml de SGI. Paciente de 60 kg: infuso de 60 gotas/minuto = 180 ml/hora. Pode ser misturada na mesma soluo com dobutamina, adrenalina, noradrenalina, lidocana, vecurnio ou atracurnio. No infundir junto com bicarbonato. Epinefrina / Adrenalina Ampola 1mg/1ml.

Ao: Inotrpico (aumenta a contratilidade miocrdica); Cronotrpico (aumenta a freqncia cardaca); Aumenta a resistncia vascular perifrica; Aumenta a PA (melhorando a perfuso coronariana). EV: 1 ampola por dose a cada 3 minutos. Preferencialmente em veia central em acesso exclusivo; No associar com bicarbonato na mesma via. Hidantal / Fenitona sdica Ampola de 5ml a 5% (50mg/ml). Ao: Anticonvulsivante; Antiarrtmico. No infundir junto com glicose, amicacina, aminofilina, bicarbonato, dobutamina, clcio, heparina, hidrocortisona, lidocana, morfina. Diluir em SF para 1 a 10mg/ml para evitar flebite; Infundir em 20 a 30 minutos; Aps a infuso, lavar equipo e cateter com SF; Usar em 1 hora aps diluio. Amiodarona / Ancoron Ampola de 3 ml com 150mg (50mg/ml). Ao: Antiarrtmico. EV: preferir fazer em blus direto, lento (5 minutos), e evitar correr em equipo (devido a liberao de substncia txica em contato com plsticos). No misturar ou infundir no mesmo acesso: Aminofilina, Bicarbonato de sdio, cefazolina, cloreto de sdio e heparina. Fentanil Frasco de 10 ml com 0,0785 mg/ml. Ao: Analgsico opiide 100 vezes mais potente que a morfina. EV: blus lento (3 minutos). Injeo muito rpida pode provocar rigidez torcica e muscular, broncoconstrio ou laringoespasmo. No misturar na mesma seringa ou na mesma linha com fenobarbital ou pentobarbital. Gardenal / Fenobarbital Ampola de 1 ml com 200mg. Indicao: Profilaxia e tratamento das crises tnico-clnicas generalizadas, crises parciais simples. EV: infuso lenta (1mg/kg/min); Diluir em qualquer tipo de soro. Verificar se a apresentao para uso EV. Furosemida / Lasix Ampola de 2ml com 20mg (10mg/ml).

Diurtico de ala. Indicaes: ICC; Hipertenso; Hipervolemia; Edema por insuficincia renal. EV sem diluir ou diluda a 1mg/ml. No misturar com clcio, cefalosporinas, dopamina, dobutamina, hidrocortisona, gentamicina, midazolan, morfina. Prometazina / Fenergan Ampola de 2 ml com 50mg. Ao: Anti-histamnico H1 com ao antialrgica, antivertiginoso, antiemtico e sedativo hipntico; Uso EV: infundir sem diluir em 3 minutos sem deixar extravasar (necrose de subcutneo). Injeo acidental em artria causa leso grave na extremidade. Cedilanide / Lanatosdeo C Ampola de 2ml (0,2 mg/ml). Digitlico de ao curta; Uso EV. Sulfato de magnsio Ampola de 10ml a 50%. Anticonvulsivante; Uso EV ou IM. Hidrocortisona / Solu-cortef Frasco-ampola com 500mg + diluente (2ml). Ao: Glicocorticide. Usado na asma grave, reposio hormonal na insuficincia supra renal e doenas inflamatrias; Uso EV; No esquecer de realizar desinfeco na tampa com frices de lcool 70%. Heparina / Liquemine Frasco 5 ml; Ampola de 0,25ml com 500UI. Anticoagulante; Uso subcutneo: recomenda-se no aspirar e no massagear o local da aplicao para evitar trauma do tecido. Midazolan / Dormonid Ampola de 3 ml com 15mg. Ampola de 1 ml com 5mg. Agente indutor do sono, sedativo e anticonvulsivante; Uso EV contnua (bomba de infuso) ou blus lento em 2 a 3 min; pode ser IM quando o paciente estiver sem acesso venoso.

Haldol / Haloperidol Ampola de 1ml com 5mg. Antipsictico, neurolptico incisivo; Uso IM ou EV lenta. Adalat / Nifedipina Cpsula sublingual 10mg Anti-hipertensivo e antiarrtmico; Uso sublingual: Deve-se furar a cpsula, colocar na boca e morder devagar para expelir o contedo, deix-la debaixo da lngua e depois engolir. Isordil Cpsula sublingual 10mg. Vasodilatador coronariano; Uso sublingual: no mastigar. Gluconato de clcio Frasco-ampola com 10ml a 10% (100mg/ml). Na parada cardiorespiratria tem importncia secundria e deve ser usado s nos casos com hipocalcemia. Uso EV por blus: deve ser lenta no mximo de 0,5ml/min; No deve ser infundido ou diludo com bicarbonato, pois precipita. Lavar com soro fisiolgico a via antes e depois de se infundir; Se infiltrar provoca esclerose da veia e necrose tecidual. Glicose hipertnica Ampola de 20ml a 50%. A glicose importante na reanimao e nas emergncias como choque, parada cardaca, coma e insuficincia respiratria grave e durante convulses; preferencial que seja realizada uma glicemia capilar antes de se administrar a glicose. Uso EV por blus: diluir a glicose em igual volume de ABD; O uso de solues acima de 25% em blus ou de 12,5% em infuso contnua por tempo prolongado pode levar a esclerose e trombose de veias. Cloridrato de lidocana / Xylocana Anestsico local. Antiarrtmico. 2 GAVETA Agulhas 25 x 7 Agulhas 40 x 12 Jelco n 20 Jelco n 18 Jelco n 22 Cateteres Subclvia n 16 Equipo Macrogotas Equipo Microgotas Sonda Uretral n 8

Sonda Uretral n 12 Sonda Uretral n 16 Sonda Nasogstrica n 12 Sonda Nasogstrica n 16 Lmina de Bisturi Naylon 3,0 com agulha Scalp n 19 Scalp n 21 Scalp n 23 Seringa 1 ml Seringa 3 ml Seringa 5 ml Seringa 10 ml Seringa 20 ml Three Way Xilocana Gelia 3 GAVETA Bicarbonato de Sdio 5% Eletrodos Luvas Cirrgicas n 7,5 Luvas Cirrgicas n 8,0 Soro Glicosado 5% 250ml Soro Glicosado 5% 500ml Soro Fisiolgico 0,9% 250ml Soro Fisiolgico 0,9% 500ml Tubo n 7,0 Tubo n 7,5 Tubo n 8,0 Tubo n 8,5 Tubo n 9,0 4 GAVETA Ambu Cnula de Guedel Guia de tubo i i g Laringoscpio Ltex Mscara de Hudson culos Protetor Umidificador Espero ter ajudado.

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Fonte(s):

PEDROSO, E.R.P.; OLIVEIRA, R.G. Blackbook Clnica Mdica: medicamentos e rotinas mdicas. 1 ed. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2007. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Diretriz de Apoio ao Suporte Avanado de Vida em Cardiologia Cdigo Azul Registro de Ressuscitao Normatizao do Carro de Emergncia. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol. 81, supl IV, 2003. Disponvel em: .h ://www. cie .b / df/ bc/v81 4/20229 Acesso de outubro de 2007. Dicionrio de Administrao de Medicamentos na Enfermagem 2005/2006. Rio de Janeiro: EPUB, 2004.

Em um carrinho de emergncia bsico deve conter medicaes de suporte avanado entre outras: Epinefrina - N-butilescopolamina simples e composta - Dipirona -Prometazina - Kcl - GH 25% e 50 % - Nacl 20 % - Sulfato de Mg Atropina - Gluconato de Clcio - Haloperidol - Diazepam - Aminofilina - Midazolan Metocoplamida - Bromoprida - Heparina - Lidocana - Hidrocortisona - Furosemida - etc Quanto a via de administrao: As medicaes de suporte avanado de vida : no so diluidas e sa administradas, geralmente, endovenosas ou endotraqueal As demaismedicaes podem ser EV ou intramuscular, de acordo com a prescrio mdica. Quanto a diluio: Toda medicao endovenosa bom que seja diluda com excesso dos diurticos e em casos de urgncia ou quando a prescrio " em bolus" E tem tb equipamentos de reanimao como Ambu ou reanimador .. em muitos hospitais pode ter o desfibrilador e material de intubao. OBS: o carrinho de urgncia de uso hospitalar e contem outros materiais para reanimao cardirrespiratra uma que nem sempre apenas o tratamento medicamentoso reverte o quadro.

Atuao da Equipe de Enfermagem Frente uma Parada Cardiorrespiratria

INTRODUO Segundo Murta (2007), a parada cardiorrespiratria acontece quando os movimentos respiratrios e os batimentos cardacos tornam-se imperceptveis, no paciente. Nesta situao, o enfermeiro juntamente com a equipe de enfermagem precisa intervir para reverter o quadro clnico, mas, para que isso acontea com eficcia equipe precisa estar capacitada e treinada quanto ao procedimento a Reanimao Cardiopulmonar, e isso requer que o enfermeiro tambm esteja capacitado para poder treinar, liderar e gerenciar sua equipe durante o procedimento. De acordo com Potter e Perry (2004) a finalidade da reanimao cardiopulmonar fazer o sangue oxigenado circule at o crebro, de modo a evitar leso tissular permanente e/ou at a morte. Nesse sentido, considerando a importncia da capacitao e treinamento da equipe de enfermagem, que segundo Bork (2003) o desenvolvimento com capacidade de aprender novas habilidades, conhecimentos e modificar atitudes e comportamentos durante um procedimento. Sendo assim, torna-se importante a educao continuada para que a equipe atue com eficcia durante uma reanimao cardiopulmonar. Contudo, devido importncia do treinamento/educao continuada para o procedimento veio o interesse por esse assunto, que fundamental para reverter o quadro clnico e salvar a vida do paciente. Atravs desta pesquisa queremos identificar os saberes da equipe de enfermagem frente uma Parada Cardiorrespiratria, e se a mesma est sendo treinada para atuar nesse procedimento. OBJETIVO Objetivo Geral Identificar os saberes da equipe de enfermagem em uma Parada Cardiorrespiratria, na clnica mdica e cirrgica do Hospital Jardim Cuiab. REVISO DE LITERATURA Segundo Potter e Perry (2004, p. 1006) a PCR acontece quando h uma hipxia prolongada, levando uma sbita cessao do dbito cardaco e da circulao. O oxignio no fornecido para os tecidos, o dixido de carbono no transportado dos tecidos, o metabolismo tissular torna-se anaerbico, e ocorrem acidoses metablicas e respiratrias. Sua definio se d pela ausncia de pulso e respirao, quando diagnosticado a enfermeira juntamente com sua equipe deve iniciar a RCP at a chegada do mdico plantonista. Conforme Smeltzer e Bare (2002, p. 652 a 654) ela ocorre devido um evento eltrico cardaco, quando a FC muito rpida (taquicardia ventricular ou fibrilao ventricular) ou muito lenta (bradicardia ou bloqueio AV), ou quando no h freqncia cardaca (assistolia). De acordo com Murta (2007, p.65) os sinais e sintomas so apnia, ou seja, ausncia do pulso femoral ou carotdeo; pele fria; extremidades ciantica e midrase.Quando o paciente apresenta uma Parada Cardiorrespiratria a equipe de enfermagem deve iniciar a Reanimao Cardiopulmonar. Que segundo Potter e Perry (2004, p. 1011) a RCP um procedimento de emergncia bsico de respirao artificial e massagem cardaca externa manual, que pode salvar a vida do paciente, o tratamento eficaz faz circular o sangue oxigenado at o crebro, evitando leso tissular permanente e morte. O tratamento segundo Smeltzer e Bare (2002, p. 653) consiste em via area aberta, respirao artificial, massagem cardaca que promove a circulao e desfibrilao para restaurar o batimento cardaco. A

equipe deve estar treinada e capacitada para realizar esse procedimento, pois cada minuto que passa sem ao com eficcia prejudica a vida do paciente e se torna mais difcil reverter o quadro. Uenishi (2005, p.144 a 146) tambm afirma que o diagnstico de Parada Cardiorrespiratria feito pela equipe de enfermagem, sendo assim compete a ela iniciar a reanimao bsica e providenciar o carro de emergncia, desfibrilador ligado e com gel (carga inicial de 200 J), puno venosa de grosso calibre, preparar medicao em ordem de prioridade (adrenalina, atropina, amiodarona, etc.), monitorizao cardaca e oxmetro de pulso. Qualquer pessoa da equipe que constata a Parada Cardiorrespiratria tem por obrigao iniciar as manobras bsicas de atendimento e solicitar por ajuda. De acordo com Rogante e Furcolin (2004, p. 89) para realizar uma reanimao cardiopulmonar necessrio o carro de emergncia completo com cardioversor / desfibrilador, respirador montado, monitor cardaco, material para disseco de veia central, painel de gases com os acessrios em ordem: aspirador, oxignio e ar comprimido e biombo. As medicaes utilizadas durante a reanimao segundo Smeltzer e Bare (2002, p. 654) so: Oxignio para melhorar a oxigenao tecidual e corrigir a hipxia, Adrenalina para aumentar a resistncia vascular sistmica e a presso arterial; melhora a perfuso coronria e cerebral e a contratilidade miocrdica, Atropina que bloqueia a ao parassimptica (aumenta a automaticidade do ndulo AS e a conduo AV), Bicarbonato de Clcio que corrige a acidose metablica e Magnsio que promove o funcionamento adequado da bomba celular. Para Rogante e Furcolin (2004, p. 101 a 104) os procedimentos necessrios durante uma RCP primeiramente chamar por ajuda, solicitando que tragam o carro de urgncia e o biombo no caso de enfermaria, logo posicionar o paciente corretamente em decbito horizontal dorsal e retirar prteses se estiver, colocar tbua, abrir as vias areas, usando o mtodo de hiperextenso da cabea e verificar se h ventilao durante trs a cinco segundos; para isso, ouvir, sentir e observar a passagem do ar, e observando os movimentos do trax. Se o paciente respira, manter a via area aberta e observar a sua ventilao, olhando sempre para o trax, agora se o paciente no tiver respirando dar duas ventiladas rpidas e consecutivas (1 a 1,5 segundo cada) com amb e mscara 100% de oxignio, com cerca de 12 Lt/min. Verificar ausncia de pulso (durante cinco a dez segundos), sempre deve ser verificado na artria cartida, gentilmente, do mesmo lado em que o reanimador se encontra. Se no existir pulso deve-se iniciar a compresso torcica. Quando um reanimador: 15 massagens e 2 ventilaes, quando dois reanimadores 5 massagens e 1 ventilao. Aps um minuto (quatro ciclos de 15:2 ou doze ciclos de 5:1) deve-se verificar novamente o pulso; a partir da, verific-lo a cada trs a cinco minutos (ROGANTE E FURCOLIN, 2004). Outro profissional de enfermagem deve preparar o material para intubao e entreg-lo montado e testado para o mdico, com as luvas estreis, o tubo endotraqueal com o cuff testado, lubrificado e o fio guia conectado na mo direita do mdico e o laringoscpio montado na sua mo esquerda. Nesse momento solicitar a monitorizao cardaca, aspirar secrees se necessrio, passar e abrir sonda nasogstrica se houver contedo gstrico. Proceder intubao somente mediante total e completa visualizao das vias areas, retirar o fio-guia, segurando firmemente o tubo endotraqueal e insuflar o cuff da cnula com auxlio de uma seringa, testar o posicionamento do tubo endotraqueal atravs da insuflao manual (amb) dos pulmes, observando a expanso torcica, enquanto outro elemento segura o tubo, fixar a cnula endotraqueal com o cadaro de acordo com a tcnica, e colocar a cnula de guedel. Observar a eficcia da massagem atravs da palpao do pulso carotdeo e / ou observao do traado do monitor cardaco, ficar atento na respirao, colorao das mucosas e extremidades do paciente (ROGANTE E FURCOLIN). Observar periodicamente as pupilas e trazer o cardioversor /desfibrilador junto ao leito do paciente e deix-lo pronto para uso, instalar respirador mecnico se necessrio e colher gasometria para avaliao dos parmetros respiratrios, de preferncia antes de instalar o respirador. Deixar o paciente em ordem e confortvel, lavar as mos e anotar no pronturio do paciente: hora da parada, tempo da reanimao e intercorrncias. Recolher o material e deixar o carro de emergncia em ordem e checado, para pronto uso.

De acordo com Rogante e Furcolin (2004, p. 83 a 86) o carro de urgncia deve ser revisado e complementado pelo enfermeiro da unidade no incio de cada planto e imediatamente aps o uso. Mant-lo com etiqueta, na qual dever estar registrado o nome do enfermeiro que revisou o carro, a data, a hora da ltima reviso e material em falta no hospital. Dever ser sempre a prioridade do enfermeiro, portanto ele no poder falhar no momento da urgncia, por no ter sido checado com antecedncia. O carro de urgncia dever ter acoplado em sua lateral a tbua para massagem cardaca. Todo posto de enfermagem das unidades de internao dever ter uma gaveta denominada, "medicao de suporte", onde sero guardados os medicamentos de "segunda urgncia". Mas, para que a reanimao cardiopulmonar seja realizada com eficcia a equipe deve estar treinada. Pois uma vida que est dependendo do seu domnio e conhecimento para sobreviver. Segundo Silva (1997, p. 37 a 39) de competncia do enfermeiro organizar, gerenciar as aes planejadas atravs de metodologia cientfica e humanstica, para a eficincia do atendimento ao paciente. Supervisionar, avaliar o desempenho do pessoal que est sob sua responsabilidade e planejar educao continuada aos componentes da equipe. Conforme Bork (2003, p. 159 e 160) "O treinamento o desenvolvimento do ser humano, com capacidade de aprender novas habilidades, obter novos conhecimentos e modificar atitudes e comportamentos". Tem uma viso focada e de curto prazo, sendo o responsvel por este treinamento o lder, que deve observar e realizar treinamento focado no problema. Na enfermagem, entendido como um processo de educao continuada, que deve ser aplicado desde a admisso do funcionrio na empresa, incluindo sua insero no setor especfico de trabalho e o constante aprimoramento das habilidades requeridas e do desenvolvimento de suas potencialidades. Dessa forma, dividimos o treinamento na enfermagem em treinamento admissional geral, treinamento setorial e treinamento continuado (BORK, 2003). Marquis e Huston (2005, p.361) afirmam que o resultado do treinamento costuma ser uma modificao positiva, mas para que isso acontea o lder deve estabelecer um clima de troca de idias para saber a dificuldade do funcionrio para que ento, seja realizado um treinamento eficaz, e assim, melhorar o desempenho profissional. A equipe de profissionais devem ter competncia, conhecimento, habilidade e coordenao de trabalho, e sua conduta deve ser coerente, visando necessidade do paciente, reduzindo a morbimortalidade (MURTA, 2007, p.260). METODOLOGIA Tipo de Estudo O tipo de estudo abordado foi quantitativo, de forma descritivo atravs de questionrios como coleta de dados. Segundo Chizzotti (2001, p.52) o estudo quantitativo a forma de mensurar variveis preestabelecidas, com o objetivo de verificar e explicar sua influncia sobre outras variveis mediante anlise da freqncia de incidncias e de correlaes estatsticas. De acordo com Marconi e Lakatos (2003, p. 187) quantitativo ? descritivo consistem em investigaes de pesquisa emprica cuja principal finalidade o delineamento ou anlise das caractersticas de fatos e fenmenos, a avaliao de programas, ou o isolamento de variveis principais ou chave. Conforme Chizzotti (2001, p. 55) o questionrio consiste em um conjunto de questes pr-elaboradas, sistemtica e seqencialmente dispostas em itens que constituem o tema da pesquisa, com o objetivo de suscitar dos informantes respostas por escrito ou verbalmente sobre o assunto que os informantes saibam opinar ou informar. Desta maneira, o objetivo identificar a conduta da equipe de enfermagem durante uma parada cardiorrespiratria. Local de Estudo

Est pesquisa foi realizada na clnica mdica e cirrgica em um Hospital na cidade de Cuiab (enfermarias, apartamentos e sutes), que se localiza no 1, 2 e 3 andar, sendo os pacientes de toda faixa etria, com o quadro clnico mdico e clnico cirrgico. Inaugurado no ano de 1984, atualmente composto por 122 leitos total. Sendo: 42 leitos de enfermarias, 32 apartamentos, 6 sutes, 7 leitos UTI Neonatal e peditrico, e 35 leitos UTI adulto. Um hospital particular de nvel tercirio, que atende pacientes com convnio ou particular, tendo assistncia de: Anestesiologista, Angiologia, Buco maxilo-facial, Cardiologia clnica e cirrgica, Cirurgia Plstica, Clnica Geral, Clnica e Fertilizao, Dermatologia, Gastroenterologia, Ginecologia, Obstetrcia, Hematologia, Nefrologia, Neurologia, Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia, Otorrinolaringologia, Pediatria, Neonatologia, Pneumologia, Urologia e Vascular. No qual foi entregue para a instituio um ofcio para a autorizao da coleta de dados. Populao / Amostra

Os participantes da pesquisa foram 12 enfermeiros e 70 tcnicos de enfermagem, dos turnos matutino, vespertino e noturno, que prestam assistncia na clnica mdica e cirrgica do hospital. A amostra para responder o questionrio foram 12 enfermeiros e 35 tcnicos de enfermagem, sendo que os tcnicos foram escolhidos aleatoriamente pelo enfermeiro da unidade. A pesquisa foi realizada com 47 participantes, ou seja, 30% da populao que prestam assistncia na clnica mdica e cirrgica no hospital citado cima, nos turnos de 6 horas (perodo matutino e vespertino) e 12/36 horas (perodo noturno). Meta 1- Os sinais e sintomas de uma Parada Cardiorrespiratria De acordo com Murta (2007) os sinais e sintomas de uma parada cardiorrespiratria so: apnia, ausncia de pulso, pele fria, extremidade ciantica e midrase. Meta 2- O procedimento Reanimao Cardiopulmonar Segundo Rogante e Furcolin (2004), para realizar uma reanimao cardiopulmonar se faz necessrio o carro de urgncia completo, com cardioversor/desfibrilador, respirador montado, monitor cardaco, material para disseco de veia central, painel de gases (oxignio e ar comprimido) e biombo. Meta 3- Atuao na Reanimao Cardiopulmonar Segundo Potter e Perry (2004) quando diagnosticado a Parada cardiorrespiratria a enfermeira juntamente com a sua equipe deve iniciar a Reanimao Cardiopulmonar, at a chegada do mdico plantonista. Meta 4- O tratamento da Reanimao Cardiopulmonar Para Smeltzer e Bare (2002) o tratamento consiste em via area aberta, respirao artificial, massagem cardaca que promove a circulao e a Desfibrilao, para restaurar o batimento cardaco. Meta 5- As complicaes da Reanimao Cardiopulmonar De acordo com Nettina (2003) as complicaes so sndrome de angstia ps-reanimao (distrbios em mltiplos rgos) e comprometimento neurolgico, leso tissular. Meta 6- As medicaes utilizadas na Reanimao Cardiopulmonar

Segundo Smeltzer e Bare (2002) as medicaes utilizadas so Oxignio, Adrenalina, Atropina, Bicarbonato de Clcio e Magnsio. Meta 7- O carro de urgncia deve ser revisado Conforme Rogante e Furcolin (2004) o carro de urgncia deve ser revisado e complementado pelo enfermeiro da unidade, no incio de cada planto e imediatamente aps o uso. Coleta de Dados A coleta de dados foi realizada aps a aprovao do projeto pelo Comit de tica em Pesquisa (CEP) da Universidade de Cuiab, durante o ms de Agosto de 2008. O instrumento de coleta de dados foi um questionrio, com perguntas fechadas, que abordaram as variveis deste estudo, a respeito dos sinais e sintomas, procedimentos, atuao da equipe de enfermagem, tratamento, complicaes e medicaes utilizadas numa Parada Cardiorrespiratrias. Que se encontra em apndice. A coleta foi realizada no Hospital, no perodo matutino, vespertino e noturno, onde os enfermeiros e tcnicos de enfermagem encontravam-se trabalhando. Para a realizao da coleta foi entregue um ofcio instituio, informando o objetivo da pesquisa. E somente aps a sua autorizao foi colhido os dados desses profissionais, que responderam o questionrio aps ser entregue duas vias do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, informando que as respostas no seriam interferidas pelo pesquisador, suas condutas e fins. Anlises de Dados As anlises dos dados foram realizadas no ms de Setembro de 2008, atravs da organizao das respostas, apresentados em nmeros absolutos e relativos, atravs de grficos com resultados significativos e fundamentao terica dos pontos relevantes. Foram separadas como respostas certas e erradas, cada pergunta obteve 3 (trs) sugestes de respostas, mas apenas 1 (um) estava correta. As respostas dos participantes foram mantidas em sigilo e no houve interferncia nos resultados. Aspectos ticos A coleta de dados foi desenvolvida a partir do parecer favorvel do Comit de tica em Pesquisa, em conjunto com a autorizao da instituio e dos pesquisados, no qual foi explicado o objetivo do estudo e que as informaes obtidas sero utilizadas na construo do Trabalho de Concluso do Curso (TCC). Foi informado aos pesquisados sobre o sigilo e anonimato das informaes obtidas e foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido em duas vias, sendo uma para o pesquisado e o outro para o pesquisador, este foi assinado para a autorizao da coleta, de acordo como preconiza o Ministrio da sade/Resoluo 196 de 10 de Outubro de 1996 do Conselho Nacional de Sade, que disciplina as pesquisas com seres humanos.

APRESENTAO DE RESULTADOS E DISCUSSO Distribuio da equipe de enfermagem na clnica mdica e cirrgica do Hospital, 2008. O grfico revela que 26% dos profissionais entrevistados eram enfermeiros, e 74% Tcnicos de enfermagem. Conforme Cofen (2004) o dimensionamento de profissionais de Enfermagem inicia-se pela quantificao de enfermeiros, as atividades desenvolvidas devem ser coordenadas pelo enfermeiro. Um enfermeiro s

pode coordenar as atividades de no mximo 15 (quinze) profissionais de enfermagem por turno de trabalho, salvo em Clnicas e/ou Hospitais com menos de 50 leitos, voltada para assistncia de Cuidados Mnimos e Intermedirios, localizados em regies interioranas, em que, por diversas razes houver dificuldades de contratar enfermeiros. O COREN local aps a avaliao poder autorizar a complementao das equipes com tcnicos de Enfermagem, respeitando-se a presena fsica de pelo menos um enfermeiro por perodo de trabalho. Percebe-se que o dimensionamento dos profissionais de Enfermagem est de acordo com o Cofen (2004), ou seja, cada enfermeiro est coordenando menos de 15 profissionais de Enfermagem. Levantamento dos saberes da equipe de enfermagem referente aos sinais e sintomas de uma Parada Cardiorrespiratria.

Conforme observa-se o grfico, 67% dos Enfermeiros responderam corretamente, e 33% erraram sobre os saberes dos sinais e sintomas de uma Parada Cardiorrespiratria. Observa-se que 80% dos Tcnicos de enfermagem responderam corretamente, e 20% erraram sobre os saberes dos sinais e sintomas de uma Parada Cardiorrespiratria. De acordo com Murta (2007) os sinais e sintomas de uma Parada Cardiorrespiratria so: apnia, inconscincia, ausncia de pulso, pele fria, extremidade ciantica e midrase. Atravs das respostas da equipe de enfermagem pode-se notar a dificuldade dos sinais e sintomas de uma Parada Cardiorrespiratria, alguns assinalando que hipxia, hipoglicemia e bradicardia faziam parte dos sinais e sintomas, mas a maioria respondeu de acordo o autor. Levantamento da equipe de enfermagem em relao ao conhecimento dos materiais para realizar a Reanimao Cardiopulmonar. Conforme o grfico acima 58% dos Enfermeiros respondeu corretamente, e 42% erraram, sobre o conhecimento dos materiais para realizar uma Reanimao Cardiopulmonar, enquanto que 54% dos Tcnicos de enfermagem responderam corretamente, e 46% erraram sobre o conhecimento dos materiais para realizar uma Reanimao Cardiopulmonar. De acordo com Rogante e Furcolin (2004) os materiais utilizados na reanimao Cardiopulmonar so: carro de urgncia completo, de preferncia com cardioversor/desfibrilador, respirador montado; monitor cardaco; material para disseco venosa; painel de gases com acessrios em ordem: aspirador, oxignio e ar comprimido e biombo. Durante a entrevista foi percebido que a equipe de enfermagem obteve dvidas, mas a maioria respondeu corretamente a pergunta. Levantamento dos saberes da equipe de enfermagem de quem deve comear a Reanimao Cardiopulmonar.

Observa que existe uma porcentagem de 67% dos Enfermeiros que responderam corretamente, enquanto 33% erraram sobre quem deve comear a Reanimao Cardiopulmonar. O grfico demonstra que 46% dos Tcnicos de enfermagem responderam corretamente, e 54% erraram sobre quem deve comear a Reanimao Cardiopulmonar. Segundo Potter e Perry (2004) quando diagnosticado a Parada cardiorrespiratria, a enfermeira juntamente com a sua equipe deve iniciar a Reanimao Cardiopulmonar at a chegada do mdico. Foi observado que os tcnicos de enfermagem pensam que somente o mdico deve iniciar a Reanimao Cardiopulmonar, mas a literatura diz que a equipe de enfermagem deve iniciar, na ausncia do mdico.

Levantamento dos saberes da equipe de enfermagem sobre o atendimento imediato na Reanimao Cardiopulmonar. Conforme o grfico acima, 100% dos Enfermeiros responderam corretamente, sobre qual o atendimento imediato na Reanimao Cardiopulmonar. De acordo com o grfico 94% dos Tcnicos de enfermagem responderam corretamente, e 6% erraram sobre qual o atendimento imediato na Reanimao Cardiopulmonar. Segundo Smeltzer e Bare (2002) o ABCD da ressuscitao cardiopulmonar (RCP) o atendimento imediato que consiste em via area, respirao, circulao e desfibrilao. Uma vez estabelecida perda da conscincia, a prioridade da ressuscitao para a vtima adulta telefonar para ativar a equipe do sistema mdico de emergncia. A Ressuscitao consiste em via area aberta: manter a via area aberta; respirao: fornecer a ventilao artificial; circulao: promover circulao artificial atravs da compresso cardaca externa e desfibrilao: restaurar o batimento cardaco. A equipe de enfermagem soube responder com eficcia o questionrio, mostrando seus saberes sobre o assunto, ou seja, a maioria das respostas foram corretas. Levantamento da equipe de enfermagem em relao s medicaes usadas numa Parada Cardiorrespiratria. Este grfico revela que 100% dos Enfermeiros responderam corretamente sobre o conhecimento das medicaes utilizadas numa Parada Cardiorrespiratria, enquanto 97% dos Tcnicos de enfermagem responderam corretamente, e 3% erraram sobre o conhecimento das medicaes utilizadas numa Parada Cardiorrespiratria. Segundo Smeltzer e Bare (2002) as medicaes utilizadas na Parada Cardiorrespiratria so: Oxignio: Pois melhora a oxigenao tecidual e corrige a hipoxemia. So administrados em todos os pacientes com isquemia cardaca aguda ou suspeita de hipoxemia, incluindo aqueles com DPOC, sendo de FiO2 de 100%; Adrenalina: aumenta a resistncia vascular sistmica e a presso arterial, melhora a perfuso coronria e cerebral e a contratibilidade miocrdica, fornecida aos pacientes em Parada Cardaca causada por taquicardia ventricular, fibrilao ventricular, assistolia ou atividade eltrica sem pulso. Deve ser administrado em bolo endovenoso ou atravs do tubo endotraqueal; Atropina: bloqueia a ao parassimptica, aumenta a automatcidade do ndulo AS e a conduo AV. So administrados em pacientes com bradicardia sintomtica, deve ser administrados rapidamente; Bicarbonato de Sdio: corrige a acidose metablica, a dose inicial deve ser de 1 mEq/Kg IV, em seguida a dose baseia-se no dficit de base calculado a partir da gasometria arterial e Magnsio: que promove o funcionamento adequado da bomba celular de sdio-potssio, aps a administrao deve-se monitorar para hipotenso, assistolia, paralisia respiratria. Foi percebido que a equipe de enfermagem soube responder esta pergunta com segurana, com isso entende-se que conhecem essas medicaes. Levantamento dos saberes da equipe de enfermagem referente s complicaes de uma Reanimao Cardiopulmonar. De acordo com o grfico acima, 100% dos Enfermeiros responderam erroneamente sobre os saberes referentes s complicaes de uma Reanimao Cardiopulmonar. Conforme demonstrado no grfico, 23% dos Tcnicos de enfermagem responderam corretamente, e 77% erraram sobre os saberes referentes s complicaes de uma Reanimao Cardiopulmonar. De acordo com Nettina (2003) as complicaes da Reanimao Cardiopulmonar so: Sndrome de Angstia ps-ressuscitao (distrbios em mltiplos rgos) e comprometimento neurolgico, leso neurolgica. A maioria das respostas da equipe de enfermagem foi errnea. Sendo assim, percebe-se a falta de saberes sobre as complicaes de uma RCP.

Levantamento dos saberes da equipe de enfermagem sobre o responsvel pela reviso e manuteno do carrinho de emergncia. O grfico demonstra que 58% dos Enfermeiros responderam corretamente, e 42% responderam erroneamente sobre quem deve revisar e manter o carro de emergncia organizado, enquanto 74% dos Tcnicos de enfermagem responderam corretamente, e 26% erroneamente sobre quem devem revisar e manter o carro de emergncia organizado. De acordo com Rogante e Furcolin (2004, p. 83 a 86) o carro de urgncia deve ser revisado e complementado pelo enfermeiro da unidade no incio de cada planto e imediatamente aps o uso. Mant-lo com etiqueta, na qual dever estar registrado o nome do enfermeiro que revisou o carro, a data, hora da ltima reviso e material em falta no hospital. Dever ser sempre a prioridade do enfermeiro, portanto ele no poder falhar no momento da urgncia, por no ter sido checado com antecedncia. Durante a coleta de dados foi observado que os Tcnicos de enfermagem ficaram em dvida se seria o enfermeiro ou o tcnico, porque no hospital quem era o responsvel por manter o carro em ordem seriam os mesmos. Mas na literatura a responsabilidade de revisar e manter o carro de emergncia em ordem do Enfermeiro responsvel pelo setor. Distribuio da equipe de enfermagem de quem recebeu capacitao sobre Parada Cardiorrespiratria ou Reanimao Cardiopulmonar. Observa que existe uma porcentagem de 58% dos Enfermeiros que responderam que sim, j 42% responderam que no receberam capacitao sobre Parada Cardiorrespiratria, enquanto que 23% dos Tcnicos de enfermagem responderam que sim, e que 77% responderam que no receberam capacitao sobre Parada Cardiorrespiratria. Segundo Bork (2003) o treinamento o desenvolvimento do ser humano, com capacidades de aprender novas habilidades, obter novos conhecimentos, modificar atitudes e comportamentos. E na enfermagem o treinamento entendido como um processo de educao continuada, aplicado desde a admisso do funcionrio na empresa, pois ela costuma apresentar uma modificao positiva. A maioria dos Tcnicos de enfermagem relatou que no obtiveram treinamento, agora a maioria dos enfermeiros relataram que receberam capacitao. Durante a anlise dos resultados foi observado falta dos saberes da equipe de enfermagem frente uma Parada Cardiorrespiratria. Sendo que estes saberes se fazem necessrio para que ele atue numa RCP com eficcia. CONSIDERAES FINAIS Essa pesquisa demonstrou que a capacitao (Educao Continuada) sobre Parada Cardiorrespiratria se faz necessria, para que a equipe de enfermagem atue com eficcia durante o procedimento RCP. Durante a anlise de dados percebeu-se a falta dos saberes desses profissionais, como por exemplo, quem deve comear a RCP e as complicaes que podem ocorrer se no realizar o procedimento rpido, com conhecimento e eficcia. Vejo sob tica acadmica que o enfermeiro tem a maior responsabilidade, porque quando diagnosticado a PCR ele precisa delegar funes para a sua equipe, para que juntos iniciem a RCP. Sendo assim, orientamos o Setor de Educao Continuada importncia de planejar e oferecer uma capacitao para esses profissionais, para que os mesmos adquirem conhecimentos e estejam aptos para atuarem durante o procedimento RCP com mais eficcia e segurana. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

BORK, A. M. T. Enfermagem de Excelncia: Uma viso ao. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. p. 159 - 160. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Cincias Humanas e Sociais, 5 ed. So Paulo: Cortez, 2001. p. 52. COFEN. Resoluo N. 293/2004, Anexo I. Dimensionamento do Quatro de Profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituies de Sade e Assemelhados. Rio de Janeiro, 2004 MARCONI, M. A. e LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Cientfica, 5 ed. So Paulo: Atlas, 2003. p. 187. MARQUIS, B. L.; HUSTON, C. J. Administrao e Liderana em Enfermagem: Teoria e Prtica, 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. p.361. MURTA, G. F. Saberes e Prticas: Guia para Ensino e Aprendizado de Enfermagem, 3 ed. Vol 4. So Paulo: Difuso, 2007. p. 271 - 272. NETTINA, S. M. Brunner: Prtica de Enfermagem, 7 ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. POTTER, P. A.; PERRY, A. G. Fundamentos de Enfermagem, 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. p. 1006 - 1011. ROGANTE, M. M.; FURCOLIN, M. I. R. Procedimentos Especializados de Enfermagem: Departamento de enfermagem do Hospital das Clnicas UNICAMP. So Paulo: Atheneu, 2004. p. 83 - 104. SILVA, M. A. A. et al. Enfermagem na Unidade de Centro Cirrgico, 2 ed. rev. E amp. So Paulo: E.P.U., 1997. p. 37 a 39. SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner e Suddart: Tratado de Enfermagem Mdico-Cirrgico, 9 ed. Vol. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. p. 652 - 654. UENISHI, E. K. Enfermagem Mdica-Cirrgica em Unidade de Terapia Intensiva, 5 ed. rev. e amp. So Paulo: SENAC, 2005. p. 144 a 146.

A Importncia Do Controle No Carrinho De Parada Na Unidade Hospitalar

1. INTRODUO Um Carro de Parada um armrio que contm os equipamentos usados por mdicos e enfermeiros quando acontece uma parada cardaca. Esta uma situao que exige procedimentos de socorro imediatos. Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a nomenclatura mais apropriada Carrinho de Emergncia. Com base nessa necessidade, prope-se a padronizao dos carros de emergncia, objetivando homogeneizar o contedo e quantidade de material dos carrinhos nas diferentes unidades, retirando o desnecessrio e acrescentando o indispensvel, de forma a agilizar o atendimento de emergncia e reduzir o desperdcio. Os tpicos a serem consideradas nessa homogeneizao so: 1 - idade da vtima: adulto e/ou infantil; 2 - local do evento: Unidade de Internao, Pronto Socorro, Unidade de Terapia Intensiva, Unidade Coronariana, Centro Cirrgico, Unidade Ambulatorial, Hemodinmica, entre outros. A quantidade de drogas e equipamentos deve ser estipulada conforme necessidade da rea e rotina institucional. Mdicos e enfermeiros devem estar preparados para atender, de forma sistematizada e padronizada, uma situao de emergncia. Para que isso ocorra, o treinamento da equipe fundamental, e todo o material necessrio para esse momento deve estar disponvel de forma imediata. Existe um a controvrsia de quem a responsabilidade da conferencia do carrinho de parada, pois o profissional responsvel pelas medicaes do hospital o Farmacutico, porem o Conselho Federal de Farmcia no trata como privativo do profissional farmacutico a conferncia e reposio do Carrinho de Emergncia. Contudo na maioria das Instituies Hospitalares cabe ao Enfermeiro de preferncia um diarista a responsabilidade da conferncia e reposio do Carrinho de Emergncia, esta responsabilidade deve ser protocolada de modo que toda equipe tenha acesso a sua conferencia. 2. AVALIAO E DIAGNSTICO 2.1 - Material de Proteo Os equipamentos de proteo individual so: luvas, mscaras, gorros, culos de proteo, capotes (aventais), porem no carrinho de parada deve conter luva mascara e culos. 2.1.1 - Luva Deve se usada sempre que houver possibilidade de contato com o sangue, secrees e excrees, como mucosas ou com reas de pele no ntegra (ferimentos, escaras, feridas cirrgicas e outros). As luvas estreis esto indicadas para procedimentos invasivos e asspticos. 2.1.2 - Mscaras, gorros e culos de proteo Devem ser usados durante a realizao de procedimentos em que haja a possibilidade de respingo de sangue e outros fluidos corpreos, nas mucosas da boca, nariz e olhos do profissional; 2.2 - Monitor/Desfibrilador O desfibrilador da unidade hospital de preferncia deve apresentar Monitorizao nas Ps, mnimo 3 derivaes. Este um aparelho eltrico com dois eletrodos que so colocados sobre o peito. Ele descarrega eletricidade no corao quando indicada uma freqncia fatal. O objetivo dar choques no corao para que ele volte ao normal. As arritmias fatais incluem fibrilao ventricular (batimentos cardacos rpidos, descoordenados e no sincronizados) e taquicardia ventricular (batimentos cardacos rpidos que impedem o corao de bombear adequadamente). Tambm pode ser usado em freqncias menos perigosas para fazer o corao voltar ao ritmo normal. 2.3 - Tbua de parada (prancha de cama) No leito hospitalar, antes de iniciar a Recuperao Cardiopulmonar Compressiva deve ser colocado um suporte firme sob as costas do paciente. Uma tbua que se estenda dos ombros at a cintura e por toda a largura da cama, fornece um timo suporte. A largura da tbua especialmente importante para evitar perda de fora de compresso, por conta do afundamento do colcho, quando o trax comprimido. 3. CONTROLE DE VIAS AREAS 3.1 - Cnula Orofarngea de Guedel Equipamento introduzido na boca, por trs da lngua, abaixa-se a lngua com um abaixador e ento, coloca-se a cnula oral posterior lngua, no deve empurrar a lngua para trs, pois deste modo obstru as vias areas ao invs de desimpedi-las. No paciente consciente esta tcnica induz a engasgo, vmitos e aspirao. Outro modo introduzir a cnula de cabea para baixo, at encontrar o palato mole, quando a cnula submetida a uma rotao de 180 graus, a concavidade dirigida em sentido caudal, e a cnula deslizada para dentro, por sobre a lngua. Este mtodo contra indicado em crianas, pois a rotao pode quebrar algum dente. 3.2 Cnula Nasofarngea Um tipo de material introduzido em uma das narinas e posicionado na orofaringe

posterior. Deve ser bem lubrificada e, ento, introduzida naquela narina que aparentemente no esteja obstruda, encontrando obstculo durante a introduo o procedimento deve ser interrompido. a cnula de escolha para os pacientes conscientes por no causar engasgo, e ainda poder servir de guia para uma sonda nasotraqueal principalmente nos politraumatizados com fratura de face. 3.3 - Equipamento de Intubao Endotraqueal A intubao endotraqueal o procedimento que consiste em colocar um tubo na traquia quando a pessoa pra de respirar ou no est respirando adequadamente. O tubo permite que o equipamento de respirao artificial assuma a tarefa de respirar pelo paciente. A embalagem inclui tubos de diferentes tamanhos e um laringoscpio, uma luz especial com uma pea achatada de metal que levanta a lngua para que o tubo possa ser colocado na traquia; 3.3.1 Laringoscpio um instrumento utilizado para o exame do laringe. Existem diversos tamanhos e formatos que servem a propsitos diferentes. Na intubao endotraqueal o laringoscpio utilizado para obter-se uma exposio adequada das cordas vocais facilitando a introduo de um tubo orotraqueal que utilizado para ventilar o paciente. 3.3.2 - Tubo Endotraqueal (6,0 a 9,0) Procedimento de suporte avanado de vida onde o mdico, com a ajuda de um laringoscpio, visualiza o laringe e atravs dele introduz um tubo na traquia (tubo endotraqueal). Tal tubo ser utilizado para auxiliar a ventilar o paciente, pois possibilita que seja instituda a ventilao mecnica, ou seja a ventilao dos pulmes (respirao) atravs do uso de aparelhos. 3.3.3 - Guia para intubao traqueal Os estiletes guias semi-rgidos foram desenvolvidos com a finalidade de auxiliar a intubao sob laringoscopia direta, ao direcionarem o Tubo para a traquia. 3.3.4 Fixador Para uma rpida e segura estabilizao de cnulas proporcionando um posicionamento seguro do tubo endotraqueal aps intubao oral. 3.3.5 - Cnula Endotraqueal (6,0 a 9,0) Este procedimento feito no centro cirrgico ou na prpria Unidade de Terapia Intensiva, atravs de uma pequena inciso sob anestesia geral no meio do pescoo. Aps a abertura da traquia, uma cnula de traqueostomia introduzida e conectada ao aparelho de ventilao. Na ponta da cnula tem um balo que insuflado para que o ar injetado pelo aparelho siga obrigatoriamente seu trajeto at os pulmes, evitando vazamento ao redor da cnula. 3.3.6 - Sonda de Aspirao Traqueal indicada a pacientes impossibilitados de eliminar as secrees ou pacientes intubados ou ainda traqueostomizados. Consiste em retirar a secreo traqueobrnquica e orofarngea atravs de uma sonda ligada a um aparelho de suco manual ou de mquina eltrica. A aspirao traqueal pode ser efetuada por via oral ou nasal, sendo a oral a mais freqentemente executada, porque o acesso mais fcil e permite o uso de sondas com calibres maiores. 3.3.7 - Sonda Nasogstrica A passagem de sonda gastrointestinal a insero de uma sonda plstica ou de borracha, flexvel, podendo ser curta ou longa, pela boca ou nariz para: descomprimir o estmago e remover gs e lquidos; diagnosticar a motilidade intestinal; administrar medicamentos e alimentos; tratar uma obstruo ou um local com sangramento; obter contedo gstrico para anlise. 4. ACESSO VASCULAR E CONTROLE CIRCULTORIO 4.1 - Cateter Intravascular Perifrico (Jelco 12 24) Cateter perifrico de uso nico, descartvel confeccionado em Polmero radiopaco, indicado em terapia intravenosa perifrica de permanncia at 72 horas na veia. um procedimento que exige do profissional competncia, bem como habilidade psicomotora, representa um procedimento invasivo, considerando que o cateter provoca o rompimento da proteo natural e conseqentemente acarreta a comunicao do sistema venoso com o meio externo, sendo risco iminente de infeco. 4.2 - Cateteres das veias centrais (Intracath) Os cateteres so tubos pequenos colocados nas grandes veias centrais prximas ao corao, para que lquidos e medicamentos possam chegar rapidamente aos rgos importantes. 4.3 - Equipo de Soro Espcie de mangueira aderida ao paciente e ao soro. Existem vrios tipos de Equipo, entre eles os principais que podem conter no carrinho so: - Equipo comum: conecta o soro ao paciente, atravs do jelco ou butterfly; - Equipo com sada lateral: tem a mesma finalidade do anterior, contudo a sada lateral possibilita a administrao de medicamentos por outra via, alm do soro; - Equipo tipo bomba de infuso: permite a infuso medicamentosa, com maior preciso; - Equipo tipo micro-gotas: provido de um recipiente de cerca de 100 a 150 ml, esse equipamento administra micro-gotas de medicamento em tempo adequado. mais utilizado no antibitico-terapia e na dosagem do Bicarbonato de Sdio, quando em frasco de 250 ml. 4.4 - Seringa Equipamento com uma agulha usado por profissionais da rea da sade (ou eventualmente por usurios de drogas) para: inserir substncias lquidas por via intravenosa, intramuscular, intracardaca, subcutnea, intradrmica, intraarticular; retirar sangue; ou ainda, realizar

uma puno aspirativa em um paciente. As mais utilizadas em um PCR so: 5, 10 e 20: seringas maiores ( o tamanho aumenta de acordo com o nmero). 4.5 Agulha Haste metlica ou plstica com um orifcio que vai de uma extremidade a outra, para passagem de fluido. A espessura (calibre) consoante a viscosidade do fluido e o calibre da veia/artria que se quer alcanar. Existem outras duas formas de uso alem da intravenosa, que so subcutanea e intramuscular. As mais utizadas so: 25x0,7; 30x0,8 ou0,7 e 40x1,20 sendo esta ultima mais utilizada para aspirao do farmaco. 4.6 - Soro Fisiolgico Soluo isotnica em relao aos lquidos corporais que contem 0,9%, em massa, de NaCl em gua destilada, ou seja, cada 100mL da soluo aquosa contm 0,9 gramas do sal. 100 mL de soro fisiolgico contem 0,354 gramas de Na+ e 0,546 gramas de Cl-, com pH = 6,0. 4.7 - Soro Glicosado Soluo isotnica em relao ao sangue, que contm 5%, em massa, de glicose ( C6 H12 O6 ) em gua destilada, ou seja, cada 100 mL de soro glicosado contm 5 gramas de glicose. A glicose uma fonte de energia que facilmente absorvido pelas clulas. 4.8 - Agua Destilada gua que foi obtida atravs da destilao (condensao do vapor de gua obtido pela ebulio ou pela evaporao) de gua no pura que contm outras substncias dissolvidas. Usado como diluente de alguns farmacos 5. MEDICAMENTOS 5.2 - Drogas cardacas Durante uma parada cardaca, algumas drogas potentes so necessrias para fazer com que o corao recomece a bater ou volte para um ritmo mais estvel. As arritmias graves mais comuns durante uma parada cardaca so: " Fibrilao ventricular - as contraes do ventrculo (cavidade principal do corao) so incapazes de promover o bombeamento do sangue; " Bradicardia - ritmos variados que fazem com que o corao bata to devagar que no bombeie sangue suficiente. Junto com as manobras de Ressuscitao Cardiopulmonar (RCP), os medicamentos favorecem o restabelecimento da circulao espontnea. Contribuem, tambm, para a regularizao do ritmo cardaco e so utilizados para a manuteno de um funcionamento satisfatrio do sistema cardiorrespiratrio. Alteraes eletrocardigrficas podem e devem ser observadas pela equipe de enfermagem, conforme mostra anexo1. 5.2.1 - SULFATO DE EPINEFRINA (Adrenalina) A adrenalina uma Hormona secretada pelas glndulas supra-renais. Quando lanada na corrente sangunea, devido a condies do meio ambiente que ameaam a integridade fsica do corpo, responsvel pelo aumento da freqncia dos batimentos cardacos e o volume de sangue por batimentos cardacos. Aumenta o nvel de acar no sangue, minimiza o fluxo sanguneo nos vasos enquanto maximiza o fluxo para os msculos voluntrios nas pernas e nos braos e queima a gordura contida nas clulas adiposas. Utilizada em todos os casos de Parada Cardiorrespiratria. Seu efeito vasoconstritor perifrico intenso aumenta a presso na aorta, melhorando o fluxo coronariano e cerebral. Apresentao: ampola 1 mg/1 ml. Quando: A dose recomendada de na fibrilao ventricular, na taquicardia ventricular sem pulso, na assistolia, na atividade eltrica sem pulso e, s vezes, na bradicardia. Como: Deve ser usada em 1 mg ev em bolus, a cada 3 a 5 min enquanto durar a PCR. O inicio do efeito por via Intravenosa imediato. Por que: Aumenta a presso de perfuso. Ateno: Doses elevadas, acima das preconizadas ou em esquemas crescentes esto associadas a maior recuperao de circulao espontnea, mas no alta hospitalar. Cuidado de Enfermagem: Monitorizar a funo respiratria e cardaca, esta preferivelmente atravs do Eletrocardiograma, aferir os sinais vitais. Em caso de hipotenso a presso dever ser controlada at sua estabilizao. A droga deve ser protegida da luz e de altas temperaturas, no deve ser utilizada em caso de turvao. 5.2.2 - SULFATO DE ATROPINA Atua bloqueando o efeito do ndulo sinoatrial, o que aumenta a conduo atravs do ndulo atrioventricular e consequentemente o batimento cardaco. No estmago e intestino pode ser usado como agente antiespasmdico para os distrbios gastrintestinais e tratamento da lcera pptica. Atropina reduz sua funo secretria. Em doses mnimas, a atropina inibe a atividade das glndulas sudorparas e a pele torna-se seca e quente. A transpirao pode ser inibida a ponto de aumentar a temperatura corprea, porm este efeito notvel apenas depois da utilizao de doses altas, ou sob temperaturas ambientes elevadas. Nos lactentes e nas crianas, doses moderadas dos pode causar febre atropnica. Apresentao: varivel; ampolas de 0,25mg/1ml (0,5 e 1mg, na dependncia do servio). Quando: Assistolia, Atividade Eltrica Sem Pulso com ritmos bradicrdicos (FC 50% basal, dose mxima de 17 mg/kg ter sido administrada. Manuteno - 1 a 4 mg/min. Por que: Reduz conduo atrial, ventricular e no sistema de His-Purkinge. Diminui a automaticidade. Ateno: Reduzir a dose de manuteno em insuficincia heptica e renal. Contra-indicaes lpus eritematoso sistmico; pacientes

com reao de sensibilidade procana ou outros anestsicos base de steres; QT prolongado. Interao medicamentosa amiodarona (metabolismo heptico), lidocana (depresso SNC) e colinrgicos (precipita crises miastnicas em pacientes com Miastenia Gravis). Cuidado de Enfermagem: Assim como no uso do sulfato de quinidina, verificar se o paciente com flutter atrial ou fibrilao foi digitalizado antes de iniciar a droga, o inicio da resposta deve ser monitorizado e os pacientes com disfuno renal ou heptica reduzir a dose. A procainamida tem o inicio do efeito apartir de 1 a 3 horas e sua eliminao e de 6 a 8 horas. 5.2.8 - VASOPRESSINA A vasopressina, ou hormnio antidiurtico, um hormnio peptdeo que sintetizado nos ncleos suprarticos e para ventriculares do hipotlamo e transportado para a hipfise posterior, onde armazenado. liberado na circulao por estmulo da osmolalidade aumentada do protoplasma ou como uma resposta baroreflexa a diminuies do volume ou presses sanguneos. Os efeitos da vasopressina foram semelhantes aos da epinefrina no tratamento da fibrilao ventricular e atividade eltrica sem pulso, porm a vasopressina foi superior epinefrina nos pacientes com assistolia. A vasopressina seguida pela epinefrina pode ser mais efetiva do que a epinefrina isolada no tratamento de parada cardaca refratria. Apresentao: ampola/frasco Concentrao/Dosagem 20 U/ML; Forma Soluo injetvel ampola/frasco, ampola/seringa preenchida. Prazo de validade mnimo de 12 meses; via SC/EV/IM. Quando: Fibrilao Ventricular /Taquicardia Ventricular sem pulso. Como: 40 UI ev em bolus uma nica vez. Por que: Aumenta a presso de perfuso. Ateno: Devido a sua durao prolongada, pode ser utilizada em uma nica dose. Mesmos cuidados requeridos para adrenalina. Conferir caixa de entubao e carro de parada-cardaca 5.2.9 - ADENOSINA Nucleosdeo endgeno, presente em todas as clulas do organismo, com efeitos farmacolgicos como: vasodilatao coronariana e atividade adrenrgica; reduo do tempo de conduo atravs do ndulo atrioventricular; possvel interrupo da atividade reentrante atravs do ndulo AV e restaurao do ritmo sinusal nas indicaes abaixo. Meiavida estimada como inferior a 10 segundos; metabolizada inosina e adenosina monofosfato (AMP). Tem ao direta, portanto, suas atividade e metabolismo no so afetados pelas funes renal ou heptica. Na Unidade Hospitalar preferivelmente na Unidade de Terapia Intensiva , utilizada por via endovenosa para reverso de taquiarritmias com QRS estreito ou como agente farmacolgico para causar estresse em determinados exames complementares. Apresentao: 3 mg/ml, 2 ampolas de 2 ml. Quando: Converso da taquicardia supraventricular paroxstica, incluindo a associao com Wolf-Parkinson-White. Auxiliar em testes cardacos onde a adenosina substitui o stress. Como: 1 ampola em "bolus" IV. A aplicao pode ser repetida com intervalo de 1 2 minutos. Dose mxima 12 mg (meia vida de 10 segundos). Ateno: No bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro grau e na doena ndulo sinusal, excetuando, em ambos os casos, os pacientes com marca-passo artificial funcionante. Hipersensibilidade a adenosina. A cafena e teofilina antagonizam os efeitos da adenosina; ateno: quando usados concomitantemente, aumentar a dose de adenosina; pode ocorrer ineficcia da adenosina. H potencializao dos efeitos na presena do dipiridamol (adequar doses de ambos). Carbamazepina pode aumentar o bloqueio na conduo, assim o uso concomitante pode agravar o bloqueio atrioventricular. Cuidado de Enfermagem: Na administrao IV, a infusa deve ser rpida, em caso de diluio deve ser realizada com SF 0,9% para que a droga alcance rapidamente a circulao sistmica. Cristais podem aparecer se a soluo estiver fria, caso isso ocorra ampola dever ser aquecida em temperatura ambiente. No usar se a soluo no estiver clara. 6. ANEXO 1. ARRITIMAS CARDIACAS Fonte: http://www.medicina.ufmg.br/edump/ped/paradacardio_r.htm " Taquicardia ventricular sem Pulso contrao rpida do ventrculo que produz fluxo sangneo insuficiente; Fonte: http://www.medicina.ufmg.br/edump/ped/paradacardio_r.htm " Assistolia - ausncia total de atividade eltrica e, portanto, de contraes cardacas; Fonte: http://www.medicina.ufmg.br/edump/ped/paradacardio_r.htm " Atividade eltrica sem pulso (AESP) - h atividade eltrica no corao, mas com contraes inadequadas; Fonte: http://www.medicina.ufmg.br/edump/ped/paradacardio_r.htm CONSIDERAOES FINAIS O Enfermeiro o profissional que permanece maior tempo na assistncia ao paciente, e assim, passa a ser detentor de quase totalidade das informaes; ser organizador do ambiente do cuidado; ser o guardio das normas e rotinas institucionais; ser o organizador da assistncia; elemento de referncia, mediador das situaes de conflito. O enfermeiro passa a ser o administrador global da assistncia. Tornando-se, portanto de sua

extrema responsabilidade a conferncia e controle de todo material. Como j pode ser observado o carrinho de emergncia um de matrias de maior importncia dentro da unidade hospitalar, pois atravs dele que estaremos cumprindo nosso dever de prestar clientela uma assistncia de enfermagem livre dos riscos decorrentes de impercia negligncia e imprudncia, Protegendo o cliente contra danos decorrentes de impercia, negligncia ou imprudncia por parte de qualquer membro da equipe de sade, pois fica difcil num momento de desespero para salvar uma vida em risco de morte conferir a validade e existncia do medicamento. Portanto um carrinho bem revisto e atualizado atendimento bem feito e organizado, nunca esquecer de se respaldar de forma formal sua conferencia atravs de protocolos ou ate mesmo lacres com numerao de controle evitando que o carrinho de emergncia torne se um material facilitador. Assim, espera-se que os profissionais prestem um atendimento eficiente, com domnio de tcnicas, sistematizado e uniforme a todos os que dele necessitem. Nestas condies imprescindvel que a enfermagem esteja atenta para as anotaes, que so atividades que devem fazer parte da assistncia de enfermagem e so normalizadas pela instituio. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS Feitosa-Filho GS - Reanimao Cardiopulmonar e Suporte Cardaco Avanado de Vida, em: Mansur AP, Ramires JAF Rotinas Ilustradas da Unidade Clnica de Emergncia do Instituto do Corao. So Paulo: Editora Atheneu, 2006;23-29. Guimares HP, Lopes RD, Costa MPF - Suporte Bsico de Vida, em: Guimares HP, Lopes RD, Lopes AC - Parada Cardiorrespiratria. So Paulo, Editora Atheneu, 2005;7-37. Guimares HP, Senna APR, Leal PHR - Suporte Ps-Parada e Cuidados de Neuroproteo. em: Guimares HP, Lopes RD, Lopes AC - Parada Cardiorrespiratria. So Paulo: Editora Atheneu, 2005;99104. Muller AMA, Borba SRC. Papel do pessoal de enfermagem no atendimento parada cardaca no pequeno hospital. Rev Gacha Enferm 1986; 7(1): 23-31. Barbisan JN. Reanimao cardiorrespiratria. Rev AMRIGS 1988; 32(2): 122. Lopes M. Emergncias mdicas. 5 ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan; 1989. Gomes AM. Enfermagem na unidade de terapia intensiva. 2 ed. So Paulo: Pedaggica e Universitria; 1998.