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Carta-Circular nº 1186, de 25 de fevereiro de 1985 CARTA-CIRCULAR Nº. 1186 Documento normativo revogado pela Carta-Circular 2.823, de 13/11/1998. Em decorrência do disposto na Resolução nº 980, de 13.12.84, e nas Circulares nº 903, de 14.12.84, e 909, de 11.01.85, os capítulos 18-7, 18-8, 18-11, 19-8, 19-9, 20-8, 21-8, 24- 1, 24-3, 24-4, 24-5, 24-6 e 24-9 do Manual de Normas e Instruções (MNI) passam a vigorar com as alterações indicadas nas folhas anexas. Brasília (DF), 25 de fevereiro de 1985. DEPARTAMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS Antonio Marsillac de Oliveira CHEFE Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

CARTA-CIRCULAR Nº. 1186 Brasília (DF), 25 de fevereiro de ... · 10 - A adaptação ... Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834 1 ... 3 - O limite geral estabelecido

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Carta-Circular nº 1186, de 25 de fevereiro de 1985

CARTA-CIRCULAR Nº. 1186

Documento normativo revogado pela Carta-Circular 2.823, de 13/11/1998.

Em decorrência do disposto na Resolução nº 980, de 13.12.84, e nas Circulares nº

903, de 14.12.84, e 909, de 11.01.85, os capítulos 18-7, 18-8, 18-11, 19-8, 19-9, 20-8, 21-8, 24-

1, 24-3, 24-4, 24-5, 24-6 e 24-9 do Manual de Normas e Instruções (MNI) passam a vigorar com

as alterações indicadas nas folhas anexas.

Brasília (DF), 25 de fevereiro de 1985.

DEPARTAMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS

Antonio Marsillac de Oliveira

CHEFE

Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Operações Ativas – 2

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - O banco de investimento deve efetuar adequada análise técnica, econômica,

financeira e jurídica do projeto ou empreendimento a ser beneficiado, como medida preliminar à

concessão de apoio financeiro.

2 - As análises efetuadas devem evidenciar os seguintes requisitos mínimos:

a) existência de mercado para os bens ou serviços a serem produzidos;

b) exeqüibilidade técnica do processo de produção e disponibilidade dos fatores

necessários;

c) rentabilidade operacional do empreendimento;

d) viabilidade do esquema financeiro e segurança de disponibilidade dos demais

recursos;

e) capacidade para pagamento do principal e encargos da operação;

f) garantias suficientes;

g) capacidade empresarial do grupo empreendedor;

h) ficha cadastral do mutuário, satisfatória e atualizada.

3 - Na realização das operações ativas, o banco de investimento deve observar as

seguintes normas básicas:

a) o prazo mínimo é de 90 (noventa) dias;

b) as aplicações com recursos internos podem ser realizadas com correção

monetária prefixada ou correção monetária idêntica à das Obrigações Reajustáveis do Tesouro

Nacional (ORTN);

c) nas operações sujeitas a correção monetária idêntica aos índices de variação das

ORTN, as taxas de juros estão limitadas em:

I - no máximo, 20% (vinte por cento) ao ano, para os bancos de grande porte,

assim considerados aqueles ligados a bancos comerciais classificados no MNI 16-14-3-4-c;

II - no máximo, 24% (vinte e quatro por cento) ao ano, para os pequenos e médios

bancos;

d) os recursos líquidos da operação devem ser entregues ao financiado

concomitantemente à formalização do contrato de financiamento, sendo vedado, como forma de

desembolso, a utilização de títulos entregues diretamente ao financiado ou consignados, em seu

nome, à sociedade intermediadora;

e) destinar a empresas controladas por capitais privados nacionais pelo menos

70% (setenta por cento) do valor global de suas operações de crédito e de arrendamento

mercantil, registradas nos balanços e balancetes mensais; (*)

f) as taxas previstas nos incisos I e II da alínea "c" representam o custo total da

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Operações Ativas – 2

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

operação para o tomador do crédito, excluído apenas o Imposto sobre Operações de Crédito,

Câmbio e Seguro, e sobre Operações relativas a Títulos e Valores Mobiliários;

g) o uso de artifícios que por qualquer forma resultem na retenção de parte do

produto dos empréstimos ou que contribuam para a elevação das taxas máximas estabelecidas

para as operações de crédito será considerado falta grave, sujeitando o infrator as penas previstas

no art. 44 da Lei n. 4.595, de 31.12.64, e no Decreto-Lei n. 443, de 03.02.69.

4 - Não será considerado, para efeito de cômputo do limite mínimo fixado na

alínea "e" do item anterior, a partir de 01.01.81, o montante que exceder ao registrado em

31.12.80 na rubrica "RECURSOS EXTERNOS" (COBIN 5.14.63.00.5), excluídos os acréscimos

decorrentes de variação cambial, proveniente de novas operações captadas no exterior, com base

na Resolução n. 63, de 21.08.67.

5 - Considera-se empresa controlada por capitais privados nacionais aquela em

que a maioria do capital social com direito a voto pertencer:

a) a pessoas físicas brasileiras residentes e domiciliadas no País; e/ou

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Operações Ativas – 2

Carta-Circular nº 1014, de 23.04.84 – At. MNI nº 733

b) a pessoas jurídicas cuja maioria de capital votante pertença também, direta ou

indiretamente, a pessoas físicas brasileiras residentes e domiciliadas no País.

6 - Para efeito do item anterior, as pessoas físicas estrangeiras que residam e

trabalhem no Brasil e apresentem condições de estabilidade, caracterizada pela fixação

permanente, com vínculos de família e patrimônio constituído; equiparam-se às pessoas físicas

brasileiras.

7 - Nas firmas cujo capital esteja em maioria representado por ações ao portador, a

nacionalidade dos acionistas é apurada pela identificação, na. última assembléia, sem prejuízo de

outras comprovações.

8 - Deve o banco de investimento munir-se de elementos hábeis, que comprovem

a condição de “empresa controlada por capitais privados nacionais” e, com base nos balanços e

nos balancetes mensais de março, junho, setembro e dezembro, deve preencher mapa contendo a

relação dos 20 (vinte) maiores devedores do banco, por grupo econômico, e a distribuição

percentual das aplicações globais destinadas a empresas controladas por capitais privados

nacionais e as destinadas a pessoas estrangeiras, ou estatais.

9 - O mapa de que trata o item anterior deve ser remetido ao Banco

Central/Departamento de Fiscalização do Mercado de Capitais, dentro dos 20 (vinte) dias

subseqüentes à data do balanço ou balancete em que se baseou.

10 - A adaptação ao disposto na alínea "e" do item 3 deve ser feita

progressivamente, em função do acréscimo das aplicações do banco de investimento, sendo que,

pelo menos 80% (oitenta por cento) do referido acréscimo deve ser destinado às operações

enquadradas no limite mínimo ali previsto. (*)

11 - O banco de investimento somente pode adquirir imóveis quando destinados a

uso próprio.

12 - Os imóveis eventualmente recebidos em pagamento de empréstimos de difícil

ou duvidosa liquidação devem ser vendidos dentro do prazo de 1 (um) ano a contar do

recebimento, prorrogável a critério do Banco Central.

13 - Em cada espécie de operação ativa, o banco de investimento deve observar as

normas específicas sobre garantias previstas na regulamentação.

14 - Não são admitidas como garantia, principal ou acessória, em qualquer

modalidade de empréstimo, financiamento ou refinanciamento, notas promissórias, duplicatas,

letras de câmbio ou outros títulos da espécie, de emissão, aceite ou aval de Estados, Municípios e

suas respectivas entidades autárquicas, correspondentes a compromissos assumidos com

fornecedores, prestadores de serviços ou empreiteiros de obras.

15 - Estão excluídos da proibição de que trata o item anterior os títulos referentes

a aquisição de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas ou de máquinas e equipamentos

rodoviários que, comprovadamente, os Estados, Municípios e as respectivas entidades

autárquicas tiverem emitido, aceito ou avalizado, observados os limites previstos para as

operações de empréstimos concedidos às entidades da espécie.

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Operações Ativas – 2

Carta-Circular nº 1014, de 23.04.84 – At. MNI nº 733

16 - É vedado ao banco de investimento conceder empréstimos ou adiantamentos:

a) a seus diretores e membros dos conselhos consultivo ou administrativo, fiscais

e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges;

b) aos parentes, até 2º grau, das pessoas a que se refere a alínea anterior;

c) às pessoas físicas ou jurídicas que participem do capital do banco de

investimento, com mais de 10% (dez por cento);

d) às pessoas jurídicas de cujo capital o banco de investimento participe com mais

de 10% (dez por cento);

e) às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por

cento) quaisquer dos diretores ou administradores do banco de investimento, bem como seus

cônjuges e respectivos parentes, até 2º grau;

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Cessões de Crédito – 4

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - O banco de investimento pode ceder ou alienar a outros bancos de

investimento e a bancos comerciais, por meio de instrumentos de cessão de crédito ou de outra

forma jurídica adequada, os créditos oriundos de operações de empréstimos destinados ao

financiamento de capital fixo ou de capital de movimento.

2 - É facultado ao banco de investimento ceder, no mercado interno, direitos

creditórios de seus contratos de arrendamento mercantil. (*)

3 - A cessão de direitos creditórios de contratos de arrendamento mercantil,

quando realizada por banco de investimento, somente pode ter como cessionários outros bancos

de investimento, bancos de desenvolvimento, sociedades de arrendamento mercantil, caixas

econômicas e sociedades de crédito imobiliário. (*)

4 - Quando a instituição cedente se responsabilizar pela boa liquidação do crédito,

a respectiva coobrigação, que se enquadra na hipótese prevista em 18-9-7-1, deve ser computada

para efeito dos limites referidos na alínea "a" do item 18-7-2-27.

5 - O banco de investimento pode adquirir das instituições citadas no item 3

direitos creditórios oriundos de contratos de arrendamento mercantil, por meio de instrumentos

de cessão de crédito. (*)

6 - A aquisição de direitos creditórios decorrentes de contratos de arrendamento

mercantil, cujos bens arrendados tenham sido adquiridos com recursos de empréstimos externos

ou que contenham cláusula de paridade cambial, somente pode ser realizada com a utilização de

recursos de empréstimos obtidos no exterior na forma prevista em 18-8-7-12. (*)

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Limites – 5

Carta-Circular nº 1149, de 19.12.84 – At. MNI nº 810

1 - No cálculo do capital realizado e reservas do banco de investimento, para os

fins de limites operacionais, são observados os seguintes critérios:

a) consideram-se reservas:

I - a legal, ou seja, aquela estabelecida na Lei que rege as Sociedades Anônimas;

II - aquelas aprovadas por Assembléia Geral de Acionistas;

III - as constituídas por determinação de lei ou estatuto;

IV - as provisões para riscos de créditos;

V - os saldos, acaso existentes, de lucros não distribuídos ou à disposição da

Assembléia Geral;

VI - recursos provenientes de cobrança de ágio na subscrição de ações do capital

do banco, que constituem capital excedente;

b) do total do capital realizado e reservas são deduzidos:

I - o valor inscrito na conta "CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO";

II - os saldos, acaso existentes, de prejuízos pendentes;

III - o que exceder 60% (sessenta por cento) do capital realizado e reservas, no

somatório das participações de caráter permanente com as aplicações de bens do ativo fixo;

IV - o valor da dotação de capital destacada para as "operações a preços fixos",

exceto para efeito de cálculo do limite de imobilizações previsto em 18-7-5-5;

V - os ativos acionários representativos de participação sucessiva eventualmente

existente, na forma do contido em 18-7-7-10.

2 - As responsabilidades do banco de investimento por todas as suas operações

passivas não podem ultrapassar 12 (doze) vezes o total do capital realizado e reservas.

3 - O limite geral estabelecido pode ser elevado para 15 (quinze) vezes o capital

realizado e reservas, desde que as responsabilidades excedentes ao limite de 12 (doze) vezes

estejam representadas exclusivamente por operações executadas na qualidade de agente

financeiro garantidor ou repassador de recursos de instituições financeiras oficiais nacionais.

4 - No cálculo das responsabilidades são considerados os seguintes critérios: (*)

a) incluem-se todas as operações passivas, quer em moeda nacional, quer em

moeda estrangeira, inclusive responsabilidades por fiança, aval ou outras garantias concedidas

em operações de qualquer natureza;

b) não se incluem as obrigações referentes a juros a decorrer nas operações

passivas a prazo superior a 24 (vinte e quatro) meses, relativamente ao período que exceder o

semestre que estiver em curso;

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Limites – 5

Carta-Circular nº 1149, de 19.12.84 – At. MNI nº 810

c) não se incluem as responsabilidades por recursos obtidos ao amparo do Fundo

de Desenvolvimento do Mercado de Capitais (FUMCAP) para financiamento de debêntures ou

debêntures conversíveis em ações destinadas a colocação, bem como as responsabilidades

decorrentes de coobrigação em títulos da espécie - debêntures ou debêntures conversíveis em

ações - até o valor do capital realizado e reservas do banco de investimento;

d) não se inclui a responsabilidade pela administração de fundos de investimento

autorizados pelo Banco Central;

e) não se incluem as responsabilidades por garantia de subscrição de títulos e

valores mobiliários para revenda, observado o disposto em 18-8-3-2 e 3.

5 - As inversões em bens do ativo fixo não podem ser superiores a 30% (trinta por

cento) do capital realizado e reservas.

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Limites – 5

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

6 - Os bens adquiridos pelo banco de investimento para a prática das operações

previstas em 18-8-7 não são computados para efeito da apuração do limite de que trata o item

anterior. (*)

7 - As participações de caráter permanente do banco de investimento no capital de

outras empresas estão sujeitas ao limite específico de 50% (cinqüenta por cento) do capital

realizado e reservas do banco, ressalvadas deste limite as aplicações da carteira de fundos de

investimento, em regime de condomínio, administrados pelo banco.

8 - O banco de investimento pode subscrever, adquirir ou receber ações além do

limite fixado no item anterior, quando se tratar de subscrição, garantia de subscrição ou compra,

sempre destinada à revenda, ou quando resultante do exercício de direito a conversão de

debêntures em ações ou liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa solução.

9 - O banco de investimento, na conversão de debêntures em ações, deve observar

o limite previsto no item 18-8-3-2.

10 - Nos casos previstos nos itens 8 e 9, o banco de investimento deve vender, no

prazo máximo de 1 (um) ano de sua aquisição, as ações que excederem 50% (cinqüenta por

cento) do seu capital realizado e reservas livres, salvo se as condições do mercado não

permitirem ou tornarem onerosa a liquidação, hipótese em que o banco deve, até 30 (trinta) dias

antes, justificar a ocorrência ao Banco Central/Departamento de Fiscalização do Mercado de

Capitais.

11 - Em suas operações ativas, o banco de investimento observa os seguintes

limites de risco:

a) a responsabilidade direta por cliente não pode exceder a 5% (cinco por cento)

do valor total das aplicações do banco;

b) o valor médio das operações por cliente não pode exceder a 2,5% (dois e meio

por cento) do montante total das aplicações do banco.

12 - Na apuração dos limites previstos no item anterior, são observados os

seguintes critérios:

a) a responsabilidade direta por cliente inclui o principal de todas as suas

obrigações para com o banco e de todas as suas obrigações garantidas pelo banco, salvo no caso

de operações lastreadas por duplicatas de emissão do próprio cliente, quando por

responsabilidade direta se entende a dos sacados-compradores;

b) o montante total das aplicações do banco inclui as garantias por ele prestadas,

excetuadas as responsabilidades por obrigações de "underwriting" (garantia de subscrição).

13 - Os repasses de empréstimos devem, também, conter-se nos limites de risco

mencionados no item 11.

14 - O banco de investimento em suas operações com sociedade de arrendamento

mercantil coligada ou interdependente, relativas a empréstimos, financiamentos, repasses de

recursos e prestação de garantias, bem como de aquisição de direitos creditórios com

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 7

SEÇÃO: Limites – 5

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

coobrigação do cedente, deve obedecer, cumulativamente, às seguintes condições: (*)

a) os encargos devem ser os normalmente cobrados em operações da espécie

realizadas com terceiros;

b) para o banco de investimento, essas operações não podem representar mais de

50% (cinqüenta por cento) do respectivo patrimônio líquido nem ultrapassar 10% (dez por cento)

do total de suas aplicações.

15 - O banco de investimento autorizado a operar em câmbio sacado e manual

deve observar, no encerramento do seu movimento diário de compras e vendas de câmbio,

consideradas globalmente todas as moedas e o conjunto dos seus departamentos credenciados no

País, para operações da espécie, os seguintes limites de posição:

a) posição de câmbio comprada:

I - bancos com capital até

Cr$ 500.000.000,00 ........................................................................ US$ 750,000.00

II - bancos com capital acima

de Cr$ 500.000.000,00 ................................................................ US$ 1,500,000.00

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Operações Ativas e Passivas – 8

SEÇÃO: Arrendamento Mercantil – 7 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - O banco de investimento pode realizar operações de arrendamento mercantil,

com o tratamento tributário previsto na Lei n. 6.099/74, com as alterações introduzidas pela Lei

n. 7.132/83, desde que contratadas com o próprio vendedor do bem ou com pessoas jurídicas a

ele coligadas ou interdependentes e que os bens arrendados sejam utilizados na atividade

econômica da arrendatária.

2 - Para os fins previstos nesta seção e no item 18-7-5-14, considera-se coligada

ou interdependente a pessoa jurídica:

a) em que o banco de investimento participe, direta ou indiretamente, com mais de

10% (dez por cento) do capital;

b) em que administradores do banco de investimento, seus cônjuges e respectivos

parentes até o 2o. (segundo) grau participem, em conjunto ou isoladamente, com mais de 10%

(dez por cento) do capital, direta ou indiretamente;

c) em que acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital do banco de

investimento participem com mais de 10% (dez por cento) do capital, direta ou indiretamente;

d) que participar com mais de 10% (dez por cento) do capital do banco de

investimento, direta ou indiretamente;

e) cujos administradores, seus cônjuges e respectivos parentes até o 2o. (segundo)

grau participem, em conjunto ou isoladamente, com mais de 10% (dez por cento) do capital do

banco de investimento, direta ou indiretamente;

f) cujos acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital participem

também do capital do banco de investimento com 10% (dez por cento) ou mais de seu capital,

direta ou indiretamente;

g) cujos administradores, no todo ou em parte, sejam os mesmos do banco de

investimento.

3 - Para a realização das operações previstas nesta seção, o banco de investimento

deve manter departamento técnico devidamente estruturado e supervisionado diretamente por um

de seus diretores.

4 - Para os fins previstos no item 1, podem ser objeto de arrendamento,

exclusivamente, bens imóveis e bens móveis, de produção nacional, ressalvados os seguintes

casos de arrendamento de bens produzidos, no exterior:

a) de acessórios com custo de aquisição inferior a 25% (vinte e cinco por cento)

do custo de aquisição do bem ou de conjunto de bens objeto do contrato de arrendamento;

b) de bens ingressados no País antes de 14.12.84;

c) operações do Programa Nacional de Assistência à Agroindústria (PRONAGRI).

5 - Os contratos de arrendamento mercantil devem ser formalizados por

instrumento público ou particular, devendo constar obrigatoriamente, no mínimo, as seguintes

especificações:

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Operações Ativas e Passivas – 8

SEÇÃO: Arrendamento Mercantil – 7 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

a) a descrição dos bens que constituem o objeto do contrato, com todas as

características que permitam sua perfeita identificação;

b) o prazo do arrendamento;

c) o valor das contraprestações ou fórmula de cálculo das contraprestações, bem

como o critério para seu reajuste;

d) a forma de pagamento das contraprestações por períodos determinados, não

superiores a 1 (um) semestre, salvo nos casos de operações que beneficiem atividades rurais,

quando o pagamento pode ser fixado por períodos não superiores a 1 (um) ano;

e) as condições para o exercício por parte da arrendatária do direito de optar, após

cumprido o prazo do arrendamento, pela renovação do contrato, pela devolução dos bens ou pela

aquisição dos bens arrendados;

f) concessão à arrendatária de opção de compra do bem arrendado, devendo ser

estabelecido o preço para seu exercício ou critério utilizável na sua fixação, que pode inclusive

ser o de valor de mercado;

g) as despesas e os encargos adicionais que, ficarem por conta da arrendatária ou

do banco de investimento, admitindo-se:

I - a obrigação da arrendatária de pagar, no final do prazo de arrendamento, um

valor residual garantido, sempre que optar pelo não exercício da opção de compra;

II - o reajuste do preço estabelecido para opção de compra ou do valor residual

garantido, aplicando-se o disposto na alínea "c";

h) condições para eventual substituição do bem arrendado por outro da mesma

natureza que melhor atenda às conveniências da arrendatária;

i) as demais responsabilidades adicionais que vierem a ser convencionadas, em

decorrência de:

I - uso indevido ou impróprio do bem arrendado;

II - seguro previsto para cobertura de risco dos bens arrendados;

III - danos causados a terceiros pelo uso do bem;

IV - ônus advindos de vícios dos bens arrendados;

j) faculdade de vistoriar os bens objeto de arrendamento e de exigir da

arrendatária a adoção de providências indispensáveis à preservação da funcionalidade e da

integridade de referidos bens;

l) as obrigações da arrendatária, nas hipóteses de inadimplemento, destruição,

perecimento ou desaparecimento do bem arrendado;

m) a faculdade da arrendatária de transferir a terceiros no País, desde que haja

anuência expressa do banco de investimento, os seus direitos e obrigações decorrentes do

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Operações Ativas e Passivas – 8

SEÇÃO: Arrendamento Mercantil – 7 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

contrato, com ou sem co-responsabilidade solidária da arrendatária cedente.

6 - Os contratos devem estabelecer os seguintes prazos mínimos de arrendamento:

a) 2 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos bens à arrendatária,

consubstanciada no termo de aceitação e recebimento dos bens, e a data de vencimento da última

contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens com vida útil igual ou inferior a 5

(cinco) anos;

b) 3 (três) anos, observada a definição do prazo constante da alínea anterior, para

o arrendamento de outros bens.

7 - A operação será considerada como de compra e venda financiada se a opção de

compra for exercida antes do término da vigência do contrato de arrendamento.

8 - É permitido ao banco de investimento, nas hipóteses de devolução ou

recuperação dos bens arrendados, conservar os bens em seu ativo imobilizado, pelo prazo

máximo de 2 (dois) anos.

9 - O banco de investimento, em suas operações com pessoas físicas, deve

observar, ainda, as seguintes condições:

a) somente podem ser objeto de arrendamento bens que sirvam à atividade

econômica da arrendatária; e

b) devem se restringir:

I - aos setores agropecuário, agroindustrial e demais atividades rurais;

II - às firmas individuais;

III - aos profissionais liberais a trabalhadores autônomos.

10 - O banco de investimento somente pode transferir às arrendatárias a

responsabilidade pela paridade cambial, no caso de os bens arrendados serem adquiridos com

recursos provenientes de empréstimos contraídos diretamente no exterior.

11 - Ao banco de investimento é vedada a contratação de operações de

arrendamento mercantil com:

a) pessoas jurídicas coligadas ou interdependentes;

b) acionistas que participem com 10% (dez por cento) ou mais do seu capital;

c) administradores do banco de investimento e seus respectivos cônjuges e

parentes até o 2º (segundo) grau;

d) o próprio fabricante do bem arrendado.

12 - O banco de investimento pode contratar empréstimos no exterior com as

seguintes finalidades:

a) obtenção de recursos para aquisição de bens para fins de arrendamento;

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Operações Ativas e Passivas – 8

SEÇÃO: Arrendamento Mercantil – 7 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

b) aquisição de direitos creditórios decorrentes de contratos de arrendamento

mercantil.

13 - O banco de investimento pode realizar depósitos em moeda estrangeira junto

ao Banco Central, nas condições fixadas nos itens 14 a 29.

14 - Os depósitos em moeda estrangeira de que trata o item anterior têm por base,

exclusivamente, operações de empréstimos externos em moeda ingressados para os fins previstos

no item 12.

15 - Referidos depósitos devem ser efetuados pelo banco de investimento junto ao

Banco Central/Divisão Regional de Operações de Câmbio no Rio de Janeiro ou em São Paulo, a

critério do depositante.

16 - O banco de investimento, localizado em outra praça que não a do Rio de

Janeiro ou de São Paulo, pode, mediante comunicação prévia ao Banco Central, credenciar

banco autorizado a operar em câmbio, para, em seu nome, realizar operações de constituição e

levantamento dos depósitos.

17 - Os depósitos devem ser efetuados na moeda do empréstimo externo ao qual,

na forma dos itens 18 e 19, estejam vinculados, mediante compra de câmbio ao Banco Central à

taxa cambial de compra vigente para a moeda.

18 - Ressalvado o disposto no item 29, os valores depositados são vinculados a

Certificado de Registro de empréstimo externo emitido pelo Banco Central.

19 - A vinculação referida no item anterior é feita com observância da ordem

cronológica de emissão dos Certificados concedidos para a entidade depositante, a iniciar-se pelo

mais antigo, até que seja atingido o valor correspondente ao saldo devedor do empréstimo a ele

relativo, resultando, assim, em uma conta para cada Certificado de Registro.

20 - O saldo dos depósitos não pode ultrapassar a soma dos saldos devedores dos

empréstimos externos que lhes serviram de base.

21 - Os saldos apresentados nas contas referidas no item 19 vencem juros, a favor

do depositante, pelos respectivos prazos dos depósitos, a mesma taxa aprovada para a operação

de empréstimo externo à qual, na forma dos itens 18 e 19, tenha sido vinculado o depósito.

22 - O pagamento dos juros sobre os depósitos, de que trata o item anterior, é

realizado com a antecedência de 2 (dois) dias úteis em relação à data de vencimento da parcela

de juros devida de acordo com o esquema previsto para o empréstimo externo a que esteja

vinculado o depósito ou, se primeiro ocorrer, com base na data do levantamento total do saldo

apresentado na conta do depósito vinculado a um Certificado de Registro.

23 - A conversão a cruzeiros da importância devida a título de juros sobre os

depósitos é baseada na taxa cambial de venda, para a moeda do depósito, vigente na data em que

o pagamento de juros deva ser efetivado, de acordo com o previsto no item anterior.

24 - Respeitado o regime ajustado entre o mutuário (depositante) e o credor do

empréstimo externo, o Banco Central assume o encargo do imposto de renda sobre os juros

produzidos consoante o item 21, nos casos em que esse ônus seja da responsabilidade do

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Operações Ativas e Passivas – 8

SEÇÃO: Arrendamento Mercantil – 7 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

depositante ou quando, implicitamente, houver sido pactuado que o mesmo se acresça à taxa de

juros, na forma prevista no Certificado de Registro a que se vincule o depósito.

25 - Os valores voluntariamente depositados, na forma desta seção, somente se

tornam disponíveis, observado o disposto no item seguinte, a partir do 3º (terceiro) mês contado

da data da constituição do depósito e sua retirada é efetivada mediante venda de câmbio do

respectivo valor em moeda estrangeira pelo depositante ao Banco Central, à taxa cambial de

compra então vigente.

26 - As contas dos depósitos de que se trata podem ser movimentadas - seja por

constituição, seja por retirada - uma única vez em cada mês, em dia fixo para todos os meses, a

ser indicado ao Banco Central pelo depositante.

27 - Excetuam-se do disposto no item anterior:

a) a constituição e levantamento de depósitos efetuados com base nas disposições

da Resolução n. 595, de 16.01.80, e normas complementares;

b) o levantamento para simultânea remessa ao exterior em pagamento de parcela

relativa ao empréstimo externo ao qual esteja o depósito vinculado.

28 - As movimentações a que se refere o item 26 serão por valores não inferiores

ao equivalente a US$ 20.000 (vinte mil dólares dos Estados Unidos), admitidas operações de

menor valor apenas quando decorrentes de necessidade de adequação dos depósitos às normas

que regem a matéria.

29 - Os depósitos constituídos simultaneamente ao ingresso dos recursos, bem

como aqueles efetuados na forma do que dispõe o item 5 da Circular n. 503, de 13.02.80, ficam

vinculados aos empréstimos externos que lhes deram origem, até que ocorra seu levantamento.

30 - As operações de cessão e aquisição de contratos de arrendamento mercantil

no mercado interno são restritas às sociedades de arrendamento mercantil.

31 - A cessão de contratos de arrendamento mercantil, bem como dos direitos

creditórios deles decorrentes, a entidades domiciliadas no exterior, depende de prévia

autorização do Banco Central.

32 - As operações que se realizarem em desacordo com as disposições desta seção

poderão ser descaracterizadas como de arrendamento mercantil, em conformidade com as

normas complementares que serão baixadas pelo Banco Central.

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 11

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - O banco de investimento deve levantar balancetes no último dia útil de cada

mês, sendo que nos meses de junho e dezembro apura balanços semestrais.

2 - Nos balanços semestrais de junho e dezembro, o banco de investimento deve,

obrigatoriamente, proceder à correção monetária e à avaliação do investimento em coligadas e

controladas, de que tratam os artigos 185 e 248 da Lei n. 6.404, de 15.12.76, e 39, § 1º., do

Decreto-Lei n. 1.598, de 26.12.77.

3 - Os aumentos de capital em espécie devem ser corrigidos monetariamente a

partir da data de aprovação do respectivo processo de aumento de capital pelo Banco Central.

4 - O banco de investimento deve remeter ao Banco Central cópia do modelo

analítico dos documentos a seguir relacionados, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar da

data do seu levantamento:

a) balancetes mensais;

b) balanços patrimoniais acompanhados das demonstrações:

I - do resultado do exercício;

II - das mutações do patrimônio líquido;

III - das origens e aplicações de recursos.

5 - Nenhum dado relativo a demonstrações financeiras pode ser divulgado, a título

de publicidade, antes da publicação exigida na forma dos modelos aprovados pelo Conselho

Monetário Nacional e objeto do plano contábil, observados os prazos ali previstos.

6 - Na hipótese de difusão de dados incompletos, com incorreções ou

imperfeições, deve ser providenciada nova divulgação, que se dará pelas mesmas vias e com os

mesmos destaques, sob menção explícita dos fatos determinantes da republicação.

7 - O banco de investimento deve publicar, no Diário Oficial da União ou da

Unidade Federativa onde estiver localizada sua sede, bem como em jornal de grande circulação

editado naquele local, as demonstrações financeiras e o parecer dos auditores independentes.

(*)

8 - Nos balanços gerais de fim de ano, os bens não de uso próprio, classificados

no Ativo Circulante, estão sujeitos aos seguintes procedimentos: (*)

a) até o final do ano-calendário em que forem adquiridos, devem ser avaliados

pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor;

b) no balanço de dezembro do ano seguinte, devem ser corrigidos monetariamente

com base no índice de variação da ORTN no exercício;

c) o montante da correção monetária, incidente sobre aqueles bens, na forma da

alínea anterior, deve ser objeto de notas explicativas;

d) na oportunidade em que referidos bens forem baixados contabilmente, deve ser

observado o tratamento fiscal pertinente.

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TÍTULO: BANCOS DE INVESTIMENTO – 18

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 11

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

9 - Para efeito de registro contábil, o valor do bem deve fundamentar-se em laudo

de avaliação elaborado por três peritos ou por empresa especializada, com indicação dos critérios

de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruídos com documentos relativos ao

bem avaliado, observadas, ainda, as seguintes condições: (*)

a) a documentação deve incluir elementos que certifiquem a posse e o domínio do

bem;

b) a data-base de contabilização deve ser a do efetivo recebimento do bem e,

conseqüentemente, da liquidação da operação;

c) no caso de o valor constante do laudo ser superior ao montante da dívida,

prevalece esse último;

d) na hipótese inversa, o valor atribuído ao bem.

10 - Ficam dispensados da exigência de laudo de avaliação nas condições de que

trata o item anterior os bens móveis cujo valor, atribuído com base em parâmetros

reconhecidamente aceitos pelo mercado, não ultrapasse ao correspondente a 5.000 ORTNS. (*)

11 - Esgotados o prazo legal de um ano e as eventuais prorrogações concedidas

pelo Banco Central, sem que tenha sido alienado o bem, deve o banco de investimento, sob

prévio aviso ao Banco Central, providenciar a realização de leilão, dentro do prazo máximo de

60 (sessenta) dias. (*)

12 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido dois anos

ou mais em poder do banco de investimento, devem ser alienados dentro de no máximo um ano.

(*)

13 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido menos de

dois anos em poder do banco de investimento, podem ter seus prazos de alienação prorrogados

até complementar um prazo total máximo de três anos, desde que não extrapolem, em mais de

dois anos, a referida data. (*)

14 - A manutenção de bens não de uso próprio, após o término dos prazos e

prorrogações assinalados nos itens 11 a 13, sujeita o banco de investimento às cominações legais

cabíveis, além de subordiná-lo às seguintes restrições: (*)

a) redução, na base de cálculo dos limites operacionais regulamentares, do valor

patrimonial do bem;

b) redução, em 258 (vinte e cinco por cento), do limite de que o banco de

investimento dispõe para as operações de empréstimos de liquidez;

c) impedimento à obtenção de novas autorizações para instalação, permuta ou

transferência de dependências.

15 - Aplicam-se as disposições dos itens 8 a 14 aos bens transferidos do Ativo

Permanente, contando-se os prazos para alienação a partir da data da descaracterização do uso e

conseqüente transferência para o Ativo Circulante. (*)

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TÍTULO: SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO – 19

CAPÍTULO: Operações Ativas e Passivas – 8

SEÇÃO: Operações com Sociedades Arrendadoras – 3

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de crédito, financiamento e investimento pode contratar operações

de refinanciamento de contratos de arrendamento mercantil realizadas por sociedades de

arrendamento mercantil, até o equivalente a 3 (três) vezes o capital realizado e reservas da

instituição financiadora, mediante utilização de recursos de aceites cambiais.

2 - As operações de que trata o item anterior são consideradas como crédito ao

consumidor ou usuário final, para efeito do cumprimento das disposições do item 19-7-2-1, e

têm como garantia principal os próprios contratos de arrendamento mercantil.

3 - Na realização das operações de que trata o item 1, a responsabilidade

individual de cada arrendadora não pode superar 10% (dez por cento) das aplicações da

sociedade de crédito, financiamento e investimento.

4 - Mediante convênio a ser celebrado entre as partes interessadas, a cobrança das

prestações devidas pelos arrendatários, relativas aos contratos objeto de refinanciamento, pode

ficar sob responsabilidade da sociedade arrendadora.

5 - A sociedade de crédito, financiamento e investimento pode adquirir de

sociedades de arrendamento mercantil direitos creditórios de seus contratos de arrendamento

mercantil, através de instrumentos de cessão de crédito. (*)

6 - A aquisição de direitos creditórios de contratos de arrendamento mercantil por

sociedade de crédito, financiamento e investimento fica limitada ao valor do patrimônio fluido

da instituição cessionária, não sendo admitida a utilização de recursos oriundos de aceites

cambiais. (*)

7 - A sociedade de crédito, financiamento e investimento em suas operações com

sociedade de arrendamento mercantil coligada ou interdependente, relativas a financiamentos,

refinanciamentos e repasses de recursos, bem como de aquisição de direitos creditórios com

coobrigação da cedente, deve obedecer, cumulativamente, às seguintes condições: (*)

a) os encargos devem ser os normalmente cobrados em operações da espécie

realizadas com terceiros;

b) para a sociedade financeira, essas operações não podem representar mais de

50% (cinqüenta por cento) do respectivo patrimônio líquido nem ultrapassar 10% (dez por cento)

do total de suas aplicações.

8 - As operações de refinanciamento previstas no item 1 e as aquisições de

direitos creditórios não podem ter por base contratos de arrendamento mercantil celebrados com

lastro em empréstimos externos ou que contenham cláusula de paridade cambial.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO – 19

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 9

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de crédito, financiamento e investimento deve levantar balancetes

no último dia útil de cada mês, sendo que nos meses de junho e dezembro apura balanços

semestrais.

2 - Nos balanços semestrais de junho e dezembro, a sociedade de crédito,

financiamento e investimento deve, obrigatoriamente, proceder à correção monetária e à

avaliação do investimento em coligadas e controladas, de que tratam os artigos 185 e 248 da Lei

n. 6.404, de 15.12.76, e 39, § 1º, do Decreto-Lei n. 1.598, de 26.12.77.

3 - Os aumentos de capital em espécie devem ser corrigidos monetariamente a

partir da data de aprovação do respectivo processo de aumento de capital pelo Banco Central.

4 - A sociedade de crédito, financiamento e investimento deve remeter ao Banco

Central cópia do modelo analítico dos documentos a seguir relacionados, no prazo máximo de 10

(dez) dias, a contar da data do seu levantamento:

a) balancetes mensais;

b) balanços patrimoniais acompanhados das demonstrações:

I - do resultado do exercício;

II - das mutações do patrimônio líquido;

III - das origens e aplicações de recursos.

5 - Nenhum dado relativo a demonstrações financeiras pode ser divulgado, a título

de publicidade, antes da publicação exigida na forma dos modelos aprovados pelo Conselho

Monetário Nacional e objeto do plano contábil, observados os prazos ali previstos.

6 - Na hipótese de difusão de dados incompletos, com incorreções ou

imperfeições, deve ser providenciada nova divulgação, que se dará pelas mesmas vias e com os

mesmos destaques, sob menção explícita dos fatos determinantes da republicação.

7 - A sociedade de crédito, financiamento e investimento deve publicar, no Diário

Oficial da União ou da Unidade Federativa onde estiver localizada sua sede, bem como em

jornal de grande circulação editado naquele local, as demonstrações financeiras e o parecer dos

auditores independentes.

(*)

8 - Nos balanços gerais de fim de ano, os bens não de uso próprio, classificados

no Ativo Circulante, estão sujeitos aos seguintes procedimentos: (*)

a) até o final do ano-calendário em que forem adquiridos, devem ser avaliados

pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor;

b) no balanço de dezembro do ano seguinte, devem ser corrigidos monetariamente

com base no índice de variação da ORTN no exercício;

c) o montante da correção monetária, incidente sobre aqueles bens, na forma da

alínea anterior, deve ser objeto de notas explicativas;

Page 20: CARTA-CIRCULAR Nº. 1186 Brasília (DF), 25 de fevereiro de ... · 10 - A adaptação ... Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834 1 ... 3 - O limite geral estabelecido

TÍTULO: SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO – 19

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 9

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

d) na oportunidade em que referidos bens forem baixados contabilmente, deve ser

observado o tratamento fiscal pertinente.

9 - Para efeito de registro contábil, o valor do bem deve fundamentar-se em laudo

de avaliação elaborado por três peritos ou por empresa especializada, com indicação dos critérios

de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruídos com documentos relativos ao

bem avaliado, observadas, ainda, as seguintes condições: (*)

a) a documentação deve incluir elementos que certifiquem a posse e o domínio do

bem;

b) a data-base de contabilização deve ser a do efetivo recebimento do bem e,

conseqüentemente, da liquidação da operação;

c) no caso de o valor constante do laudo ser superior ao montante da dívida,

prevalece esse último;

d) na hipótese inversa, o valor atribuído ao bem.

10 - Ficam dispensados da exigência de laudo de avaliação nas condições de que

trata o item anterior os bens móveis cujo valor, atribuído com base em parâmetros

reconhecidamente aceitos pelo mercado, não ultrapasse ao correspondente a 5.000 ORTNs. (*)

11 - Esgotados o prazo legal de um ano e as eventuais prorrogações concedidas

pelo Banco Central, sem que tenha sido alienado o bem, deve a sociedade de crédito,

financiamento e investimento sob prévio aviso ao Banco Central, providenciar a realização de

leilão, dentro do prazo máximo de 60 (sessenta) dias. (*)

12 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido dois anos

ou mais em poder da sociedade de crédito, financiamento e investimento, devem ser alienados

dentro de no máximo um ano. (*)

13 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido menos de

dois anos em poder da sociedade de crédito, financiamento e investimento, podem ter seus

prazos de alienação prorrogados até complementar um prazo total máximo de três anos, desde

que não extrapolem, em mais de dois anos, a referida data. (*)

14 - A manutenção de bens não de uso próprio, após o término dos prazos e

prorrogações assinalados nos itens 11 a 13, sujeita a sociedade de crédito, financiamento e

investimento às cominações legais cabíveis, além de subordiná-la às seguintes restrições: (*)

a) redução, na base de cálculo dos limites operacionais regulamentares, do valor

patrimonial do bem;

b) redução, em 25% (vinte e cinco por cento), do limite de que a sociedade de

crédito, financiamento e investimento dispõe para as operações de empréstimos de liquidez;

c) impedimento à obtenção de novas autorizações para instalação, permuta ou

transferência de dependências.

15 - Aplicam-se as disposições dos itens 8 a 14 aos bens transferidos do Ativo

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TÍTULO: SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO – 19

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 9

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

Permanente, contando-se os prazos para alienação a partir da data da descaracterização do uso e

conseqüente transferência para o Ativo Circulante. (*)

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TÍTULO: SOCIEDADES CORRETORAS – 20

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 8

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade corretora deve levantar balancetes mensais e demonstrações

financeiras no último dia útil de junho e dezembro.

2 - Nos balanços semestrais de junho e dezembro, a sociedade corretora deve,

obrigatoriamente, proceder à correção monetária e à avaliação do investimento em coligadas e

controladas, de que tratam os artigos 185 e 248 da Lei n. 6.404, de 15.12.76, e 39, § 1º, do

Decreto-Lei n. 1.598, de 26.12.77.

3 - Também é obrigatória, para a sociedade corretora constituída por cotas de

responsabilidade limitada ou sob a forma de firma individual, a incorporação ao capital social da

correção monetária do capital realizado, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do

exercício social.

4 - A correção monetária apurada em balanço geral levantado em data diferente,

por força de disposição contratual, não pode ser incorporada imediatamente ao capital social,

devendo aguardar o levantamento do balanço do último dia útil de dezembro, para,

posteriormente, proceder à incorporação.

5 - Os aumentos de capital em espécie devem ser corrigidos monetariamente a

partir da data de aprovação do respectivo processo de aumento de capital pelo Banco Central.

6 - A sociedade corretora deve remeter ao Banco Central cópia do modelo

analítico dos documentos a seguir relacionados, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar da

data do seu levantamento:

a) balancetes mensais;

b) balanços patrimoniais acompanhados das demonstrações:

I - do resultado do exercício;

II - das mutações do patrimônio líquido;

III - das origens e aplicações de recursos.

7 - Nenhum dado relativo a demonstrações financeiras pode ser divulgado, a título

de publicidade, antes da publicação exigida na forma dos modelos aprovados pelo Conselho

Monetário Nacional e objeto do plano contábil, observados os prazos ali previstos.

8 - Na hipótese de difusão de dados incompletos, com incorreções ou

imperfeições, deve ser providenciada nova divulgação, que se dará pelas mesmas vias e com os

mesmos destaques, sob menção explícita dos fatos determinantes da republicação.

9 - A sociedade corretora deve publicar, no Diário Oficial da União ou da Unidade

Federativa onde estiver localizada sua sede, bem como em jornal de grande circulação editado

naquele local, as demonstrações financeiras e o parecer dos auditores independentes.

10 - A exigência de que trata o item anterior pode ser suprida pela divulgação em

revista especializada ou em boletim de sua entidade de classe, exclusivamente quando se tratar

de sociedade corretora, com patrimônio líquido inferior ao valor nominal de 10.000 (dez mil)

Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional, e de firma individual.

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TÍTULO: SOCIEDADES CORRETORAS – 20

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 8

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

(*)

11 - Nos registros contábeis da sociedade corretora, o valor do título patrimonial

deve ser corrigido semestralmente, de acordo com a variação da correção monetária e

anualmente ajustado, de acordo com a variação do seu valor nominal, atribuído pela bolsa.

12 - Cumpre à sociedade corretora autorizada a intermediar em operações de

câmbio escriturar destacadamente as operações de câmbio e de títulos e valores mobiliários de

bolsa.

13 - Nos balanços gerais de fim de ano, os bens não de uso próprio, classificados

no Ativo Circulante, estão sujeitos aos seguintes procedimentos: (*)

a) até o final do ano-calendário em que forem adquiridos, devem ser avaliados

pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este, for menor;

b) no balanço de dezembro do ano seguinte, devem ser corrigidos monetariamente

com base no índice de variação da ORTN no exercício;

c) o montante da correção monetária, incidente sobre aqueles bens, na forma da

alínea anterior, deve ser objeto de notas explicativas;

d) na oportunidade em que referidos bens forem baixados contabilmente, deve ser

observado o tratamento fiscal pertinente.

14 - Para efeito de registro contábil, o valor do bem deve fundamentar-se em

laudo de avaliação elaborado por três peritos ou por empresa especializada, com indicação dos

critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruídos com documentos

relativos ao bem avaliado, observadas, ainda, as seguintes condições: (*)

a) a documentação deve incluir elementos que certifiquem a posse e o domínio do

bem;

b) a data-base de contabilização deve ser a do efetivo recebimento do bem e,

conseqüentemente, da liquidação da operação;

c) no caso de o valor constante do laudo ser superior ao montante da dívida,

prevalece esse último;

d) na hipótese inversa, o valor atribuído ao bem.

15 - Ficam dispensados da exigência de laudo de avaliação nas condições de que

trata o item anterior os bens móveis cujo valor, atribuído com base em parâmetros

reconhecidamente aceitos pelo mercado, não ultrapasse ao correspondente a 5.000 ORTNs. (*)

16 - Esgotados o prazo legal de um ano e as eventuais prorrogações concedidas

pelo Banco Central, sem que tenha sido alienado o bem, deve a sociedade corretora, sob prévio

aviso ao Banco Central, providenciar a realização de leilão, dentro do prazo máximo de 60

(sessenta) dias. (*)

17 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido dois anos

ou mais em poder da sociedade corretora, devem ser alienados dentro de no máximo um ano. (*)

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TÍTULO: SOCIEDADES CORRETORAS – 20

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 8

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

18 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido menos de

dois anos em poder da sociedade corretora, podem ter seus prazos de alienação prorrogados até

complementar um prazo total máximo de três anos, desde que não extrapolem, em mais de dois

anos, a referida data. (*)

19 - A manutenção de bens não de uso próprio, após o término dos prazos e

prorrogações assinalados nos itens 16 a 18, sujeita a sociedade corretora às cominações legais

cabíveis, além de subordiná-la às seguintes restrições: (*)

a) redução, na base de cálculo dos limites operacionais regulamentares, do valor

patrimonial do bem;

b) impedimento à obtenção de novas autorizações para instalação, permuta ou

transferência de dependências.

20 - Aplicam-se as disposições dos itens 13 a 19 aos bens transferidos do Ativo

Permanente, contando-se os prazos para alienação a partir da data da descaracterização do uso e

conseqüente transferência para o Ativo Circulante. (*)

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TÍTULO: SOCIEDADES CORRETORAS – 21

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 8

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade distribuidora deve levantar balancetes no último dia útil de cada

mês, sendo que nos meses de junho e dezembro apura balanços semestrais.

2 - Nos balanços semestrais de junho e dezembro, a sociedade distribuidora deve,

obrigatoriamente, proceder à correção monetária e à avaliação do investimento em coligadas e

controladas, de que tratam os artigos 185 e 248 da Lei n. 6.404, de 15.12.76, e 39, § 1º, do

Decreto-Lei n. 1.598, de 26.12.77.

3 - Também é obrigatória, para a sociedade distribuidora constituída por cotas de

responsabilidade limitada ou sob a forma de firma individual, a incorporação ao capital social da

correção monetária do capital realizado, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do

exercício social.

4 - A correção monetária apurada em balanço geral levantado em data diferente,

por força de disposição contratual, não pode ser incorporada imediatamente ao capital social,

devendo aguardar o levantamento do balanço de 31 de dezembro, para, posteriormente, proceder

à incorporação.

5 - Os aumentos de capital em espécie devem ser corrigidos monetariamente a

partir da data de aprovação do respectivo processo de aumento de capital pelo Banco Central.

6 - A sociedade distribuidora deve remeter ao Banco Central cópia do modelo

analítico dos documentos a seguir relacionados, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a contar da

data do seu levantamento:

a) balancetes mensais;

b) balanços patrimoniais acompanhados das demonstrações:

I - do resultado do exercício;

II - das mutações do patrimônio líquido;

III - das origens e aplicações de recursos.

7 - Nenhum dado relativo a demonstrações financeiras pode ser divulgado, a título

de publicidade, antes da publicação exigida na forma dos modelos aprovados pelo Conselho

Monetário Nacional e objeto do plano contábil, observados os prazos ali previstos.

8 - Na hipótese de difusão de dados incompletos, com incorreções ou

imperfeições, deve ser providenciada nova divulgação, que se dará pelas mesmas vias e com os

mesmos destaques, sob menção explícita dos fatos determinantes da republicação.

9 - A sociedade distribuidora deve publicar, no Diário Oficial da União ou da

Unidade Federativa onde estiver localizada sua sede, bem como em jornal de grande circulação

editado naquele local, as demonstrações financeiras e o parecer dos auditores independentes.

10 - A exigência de que trata o item anterior pode ser suprida pela divulgação em

revista especializada ou em boletim de sua entidade de classe, exclusivamente quando se tratar

de sociedade distribuidora, com patrimônio líquido inferior ao valor nominal de 10.000 (dez mil)

Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional, e de firma individual.

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TÍTULO: SOCIEDADES CORRETORAS – 21

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 8

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

(*)

11 - Nos balanços gerais de fim de ano, os bens não de uso próprio, classificados

no Ativo Circulante, estão sujeitos aos seguintes procedimentos: (*)

a) até o final do ano-calendário em que forem adquiridos, devem ser avaliados

pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor;

b) no balanço de dezembro do ano seguinte, devem ser corrigidos monetariamente

com base no índice de variação da ORTN no exercício;

c) o montante da correção monetária, incidente sobre aqueles bens, na forma da

alínea anterior, deve ser objeto de notas explicativas;

d) na oportunidade em que referidos bens forem baixados contabilmente, deve ser

observado o tratamento fiscal pertinente.

12 - Para efeito de registro contábil, o valor do bem deve fundamentar-se em

laudo de avaliação elaborado por três peritos ou por empresa especializada, com indicação dos

critérios de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruídos com documentos

relativos ao bem avaliado, observadas, ainda, as seguintes condições: (*)

a) a documentação deve incluir elementos que certifiquem a posse e o domínio do

bem;

b) a data-base de contabilização deve ser a do efetivo recebimento do bem e,

conseqüentemente, da liquidação da operação;

c) no caso de o valor constante do laudo ser superior ao montante da dívida,

prevalece esse último;

d) na hipótese inversa, o valor atribuído ao bem.

13 - Ficam dispensados da exigência de laudo de avaliação nas condições de que

trata o item anterior os bens móveis cujo valor, atribuído com base em parâmetros

reconhecidamente aceitos pelo mercado, não ultrapasse ao correspondente a 5.000 ORTNs. (*)

14 - Esgotados o prazo legal de um ano e as eventuais prorrogações concedidas

pelo Banco Central, sem que tenha sido alienado o bem, deve a sociedade distribuidora, sob

prévio aviso ao Banco Central, providenciar a realização de leilão, dentro do prazo máximo de

60 (sessenta) dias. (*)

15 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido dois anos

ou mais em poder da sociedade distribuidora, devem ser alienados dentro de no máximo um ano.

(*)

16 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido menos de

dois anos em poder da sociedade distribuidora, podem ter seus prazos de alienação prorrogados

até complementar um prazo total máximo de três anos, desde que não extrapolem, em mais de

dois anos, a referida data. (*)

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TÍTULO: SOCIEDADES CORRETORAS – 21

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 8

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

17 - A manutenção de bens não de uso próprio, após o término dos prazos e

prorrogações assinaladas nos itens 14 a 16, sujeita a sociedade distribuidora às cominações legais

cabíveis, além de subordiná-la às seguintes restrições: (*)

a) redução, na base de cálculo dos limites operacionais regulamentares, do valor

patrimonial do bem;

b) impedimento à obtenção de novas autorizações para instalação, permuta ou

transferência de dependências.

18 - Aplicam-se as disposições dos itens 11 a 17 aos bens transferidos do Ativo

Permanente, contando-se os prazos para alienação a partir da data da descaracterização do uso e

conseqüente transferência para o Ativo Circulante. (*)

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MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES

Sociedades de Arrendamento Mercantil – 24

Índice dos Capítulos e Seções

Atualização MNI nº 834, de 25.02.85

1 - CARACTERÍSTICAS E CONSTITUIÇÃO

2 - OBJETIVO

3 - CAPITAL

1 - Formação

2 - Reservas (a divulgar)

3 - Aumento de Capital

4 - Níveis Mínimos

5 - Normas Gerais

Documentos

1 - Composição de Capital

4 – ADMINISTRAÇÃO

Documentos

1 - Informações sobre Ato de Eleição ou Nomeação

5 - DEPENDÊNCIAS

6 - NORMAS OPERACIONAIS

1 - Disposições Gerais

2 - Subarrendamento

3 - Fontes de Recursos

4 - Limites

5 - Operações com Entidades Públicas

6 - Depósitos em Moeda Estrangeira

7 - Créditos em Liquidação

Documentos

1 - Orçamento e Posição do Endividamento

7 - (a utilizar)

8 - INSTRUÇÃO DE PROCESSOS

1 - Disposições Preliminares

2 - Autorização para Funcionar

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MANUAL DE NORMAS E INSTRUÇÕES

Sociedades de Arrendamento Mercantil – 24

Índice dos Capítulos e Seções

Atualização MNI nº 834, de 25.02.85

3 - Fusão

4 - Incorporação

5 - Autorização Prévia para Transferência de Controle Acionário

6 - Reforma de Estatuto

7 - Aumento de Capital em Moeda Corrente

8 - Aumento de Capital por Incorporação de Lucros a Reservas

9 - Autorização Prévia para Participação Estrangeira

10 - Eleição de Membros de Órgãos Estatutários

11 - Instalação de Dependência

12 - Transferência de Dependência

13 - Cancelamento de Dependência

4 - Autorização para Participar de Grupo de Sociedades

Documentos

1 - Recibo de Depósito para Constituição ou Aumento de Capital

2 - Lista de Subscrição de Ações - Constituição ou Aumento de Capital

3 - Cadastro de Pessoas Físicas e Jurídicas - Dados Pessoais

9 - NORMAS GERAIS DE CONTABILIDADE E AUDITORIA

1 - Disposições Preliminares

2 - Auditoria Externa

3 - Livro "Balancetes Diários e Balanços"

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Características e Constituição – 1 (*)

SEÇÃO:

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A constituição e o funcionamento de pessoas jurídicas para a prática de

operações de arrendamento mercantil, dependem de autorização do Banco Central expressa em

carta patente, que tem prazo de vigência indeterminado.

2 - As pessoas jurídicas referidas no item anterior devem constituir-se sob a forma

de sociedade anônima e a elas se aplicam, no que couber, as mesmas condições estabelecidas

para o funcionamento de instituições financeiras na Lei n. 4.595, de 31.12.64, e legislação

posterior relativa ao Sistema Financeiro Nacional, devendo constar obrigatoriamente em sua

denominação social a expressão "arrendamento mercantil".

3 - O objetivo principal da sociedade de arrendamento mercantil é a prática das

operações de arrendamento mercantil, com o tratamento tributário previsto na Lei n. 6.099, de

12.09.74, com as alterações introduzidas pela Lei n. 7.132, de 26.10.83, de bens móveis e

imóveis, de produção nacional, adquiridos de terceiros para uso da arrendatária em sua atividade

econômica.

4 - A sociedade de arrendamento mercantil deve manter departamento técnico

devidamente estruturado e supervisionado diretamente por um de seus diretores.

5 - A expressão "arrendamento mercantil" na denominação ou razão social é

privativa das sociedades de que trata este título.

6 - Estão suspensas as concessões de novas cartas as patentes para o

funcionamento de sociedades de arrendamento mercantil.

7 - Aplicam-se às sociedades de arrendamento mercantil as normas em vigor para

as instituições financeiras em geral, no que diz respeito à competência privativa do Banco

Central para a concessão das autorizações previstas no inciso IX do artigo 10 da Lei n. 4.595, de

31.12.64, bem como para aprovar a posse e o exercício de quaisquer cargos na administração das

referidas sociedades, inclusive em órgãos consultivos, fiscais ou semelhantes, nos termos da

referida legislação e regulamentação posterior.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Capital – 3

SEÇÃO: Níveis Mínimos – 4 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - Para a constituição e o funcionamento das sociedades de arrendamento

mercantil é exigido capital integralizado e patrimônio líquido equivalente a, no mínimo, 136.000

(cento e trinta e seis mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN) que devem ser

atualizados a cada 2 (dois) anos.

2 - A adaptação aos níveis mínimos de capital e de patrimônio líquido,

estabelecidos neste capítulo, deve ser feita mediante o cumprimento do seguinte esquema de

atualização:

a) até 30.04.86, com base no valor nominal das ORTN fixado para vigência em

dezembro de 1984;

b) até 30.04.88, com base no valor nominal das ORTN fixado para vigência em

dezembro de 1986, e assim, sucessivamente, a cada dois anos.

3 - Em caso de não atendimento ao disposto no item 1, dentro dos prazos

previstos, pode o Banco Central determinar o imediato encerramento das atividades da sociedade

de arrendamento mercantil, devendo a mesma ingressar em regime de liquidação ordinária.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Capital – 3

SEÇÃO: Normas Gerais – 5

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil deve encaminhar ao Banco

Central/Departamento do Mercado de Capitais, no prazo máximo de 15 (quinze) dias da data em

que ocorrer aumentos de capital, fusões, incorporações, transferências de controle e outros atos

que impliquem mudança da composição societária, mapa de composição de capital, na forma do

documento n. 1 deste capítulo, discriminando:

a) o acionista controlador ou os acionistas que compõem o grupo controlador;

independentemente do percentual de participação (art. 116 da Lei n. 6.404/76);

b) outros acionistas, não controladores, detentores de 5% (cinco por cento) ou

mais do capital votante ou não votante da instituição;

c) independentemente de percentual, as participações no seu capital social de:

I - administradores da instituição;

II - instituições financeiras e sociedades autorizadas a funcionar pelo Banco

Central;

III - acionistas estrangeiros.

2 - As participações de pessoas jurídicas no capital da sociedade de arrendamento

mercantil e de outras pessoas jurídicas no capital das primeiras, e assim sucessivamente, devem

ser discriminadas até que fique claramente evidenciado o controle acionário da empresa

participante pelo setor governamental, por pessoa(s) física(s) no País ou por acionista(s)

sediado(s), residente(s) ou domiciliado(s) no exterior.

3 – É dispensável o desdobramento a que se refere o item anterior nos seguintes

casos:

a) participações acionárias no capital da sociedade de arrendamento mercantil de

outras instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central, entidades de previdência privada,

fundos mútuos de investimento, cooperativas, associações e fundações de caráter beneficente e

sem fins lucrativos;

b) quando essa informação já tenha sido apresentada.

(*)

4 - A sociedade de arrendamento mercantil credenciada como companhia aberta

pode emitir, desde que previamente autorizada pelo Banco Central, ações preferenciais ao

portador sem direito a voto.

5 - O total das ações preferenciais sem direito a voto, nas formas nominativas e ao

portador, não pode exceder a 50% (cinqüenta por cento) do capital social.

(*)

6 - As ações preferenciais ao portador não podem ser convertidas em outro tipo de

ação com direito a voto, nem adquirem esse direito sob qualquer circunstância.

7 - Para obter autorização de emissão de ações preferenciais ao portador sem

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Capital – 3

SEÇÃO: Normas Gerais – 5

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

direito a voto, a sociedade de arrendamento mercantil deve submeter previamente ao Banco

Central/Departamento do Mercado de Capitais ou Departamento Regional a que estiver

jurisdicionada a sede da instituição a proposta da alteração estatutária a ser apresentada à

assembléia geral de acionistas.

8 - O Banco Central, ao examinar o pedido de que trata o item anterior, pode

deixar de atendê-lo quando:

a) a sociedade de arrendamento mercantil ou seus administradores tenham sido

punidos pelo Banco Central nos últimos 12 (doze) meses;

b) a sociedade não tenha sua situação perfeitamente regularizada junto ao Banco

Central;

c) circunstâncias especiais, a critério do Banco Central, desaconselhem a medida.

9 - Quando se tratar de emissão de títulos oferecidos à subscrição pública, sua

colocação no mercado de capitais far-se-á com observância das disposições legais e

regulamentares aplicáveis ao registro de emissões para oferta pública.

10 - A participação estrangeira, direta ou indireta, no capital de sociedade de

arrendamento mercantil, ressalvadas as situações anteriores a 12.12.75, não pode ultrapassar a

50% (cinqüenta por cento) do capital total, limitada a 1/3 (um terço) do capital com direito a

voto.

11 - Na emissão pública de ações por sociedade de arrendamento mercantil não

controlada por capitais nacionais é exigida contrapartida de ingresso, de recursos externos,

observados os seguintes critérios:

a) a contrapartida corresponde a três vezes o valor da emissão;

b) a contrapartida de recursos externos pode ser feita sob a forma de empréstimo

ou de aumento de capital;

c) o ingresso de recursos em moeda estrangeira é considerado pelo seu valor

correspondente em moeda nacional na data do fechamento do câmbio;

d) a contrapartida deve ser em espécie e não pode estar vinculada a outras

operações, devendo ter ingressado no País nos 6 (seis) meses que antecederem à data da

autorização da Comissão de Valores Mobiliários.

12 - As quantias recebidas dos subscritores de ações são recolhidas ao Banco

Central e devem permanecer indisponíveis até a solução do processo de aumento de capital,

sendo facultado à sociedade de arrendamento mercantil o uso de uma das seguintes alternativas

de recolhimento: (*)

a) no prazo de 5 (cinco) dias do seu recebimento, em Letras do Tesouro Nacional;

ou

b) o prazo de 5 (cinco) dias e de uma única vez, em moeda corrente, após a

Assembléia Geral Extraordinária que homologar o aumento de capital.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Capital – 3

SEÇÃO: Normas Gerais – 5

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

13 - Para efeito do mencionado na alínea "a" do item anterior, aplicam-se às

Letras do Tesouro Nacional as seguintes normas: (*)

a) devem ser adquiridas no mercado após o recebimento dos recursos relativos à

subscrição de ações e ser contabilizadas em conta específica do Ativo;

b) devem ser mantidas em conta específica de custódia no Banco

Central/Departamento de Operações com Títulos e Valores Mobiliários, devendo ser

relacionadas em mapa próprio;

c) a sociedade de arrendamento mercantil deve contabilizar esses títulos pelo valor

de aquisição, por ocasião do recolhimento ao Banco Central, em conta específica do Ativo;

d) os títulos podem ser substituídos por outras Letras do Tesouro Nacional,

mediante autorização do Banco Central/Departamento do Mercado de Capitais;

e) por ocasião do resgate das Letras, o Banco Central/Departamento de Operações

com Títulos e Valores Mobiliários procederá automaticamente à transferência do valor

correspondente para a conta de aumento de capital, em espécie, da sociedade de arrendamento

mercantil;

f) solucionado o processo do aumento de capital, as Letras podem ser liberadas,

mediante autorização do Banco Central/Departamento do Mercado de Capitais;

g) semanalmente, o Banco Central/Departamento de Operações com Títulos e

Valores Mobiliários fornece à sociedade de arrendamento mercantil demonstrativos analíticos de

movimentação da conta de custódia.

14 - O subscritor de ações deve manifestar ciência e concordância com o uso da

alternativa de que trata a alínea "b" do item 12, mediante inclusão, pela sociedade de

arrendamento mercantil, de cláusula específica no boletim de subscrição. (*)

15 - No caso de distribuição de reservas em dinheiro, a título de bonificação aos

acionistas, é vedado subordinar-se, de qualquer forma, esta distribuição à subscrição do aumento

de capital. (*)

16 - A sociedade de arrendamento mercantil pode aumentar seu capital social por

incorporação de reservas, mesmo que o capital anterior ainda não esteja integralizado. (*)

17 - A sociedade de arrendamento mercantil é facultada a utilização da

prerrogativa prevista no art. 168 da Lei n. 6.404/76, de fazer constar, do seu estatuto social,

autorização para aumento do capital social, independentemente de reforma estatutária. (*)

18 - É vedada a transferência do controle acionário da sociedade de arrendamento

mercantil a conglomerado financeiro que já detém sociedade da espécie. (*)

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Administração – 4

SEÇÃO:

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

(*)

1 - São condições básicas para o exercício de cargos de Conselho de

Administração, de Diretoria, de Conselho Fiscal e de outros órgãos estatutários:

a) ter reputação ilibada, aferida através do exame de informações cadastrais;

b) não ser impedido por lei;

c) não haver sofrido protesto de título, nem ter sido responsabilizado em ação

judicial;

d) não ter participado como sócio ou administrador de firma ou sociedade que, no

período de sua participação ou administração, ou logo após, tenha tido título protestado ou tenha

sido responsabilizada em ação judicial;

e) não ser falido ou concordatário, nem ter pertencido a firma ou sociedade que se

tenha subordinado àqueles regimes;

f) não ser pessoa declarada inabilitada para cargo de administração em instituição

financeira, sociedade seguradora, entidade de previdência privada ou companhia aberta;

g) não ter participado da administração de instituição financeira cuja autorização

de funcionamento tenha sido cassada ou não prorrogada, ou que esteve ou esteja em liquidação

extrajudicial, concordata, falência ou sob intervenção do Governo;

h) não exercer cargo de direção em cooperativa de crédito (ou cooperativa mista

com seção de crédito);

i) ser pessoa natural, residente no Brasil, devendo os membros do Conselho de

Administração ser acionistas e os do Conselho Fiscal diplomados em curso de nível universitário

ou ter exercido, pelo prazo mínimo de 3 (três) anos, cargo de administrador de empresa ou

conselheiro fiscal.

2 - Para o exercício de cargo de Diretoria, são ainda básicas uma das seguintes

condições:

a) ser diplomado em curso de nível universitário, com experiência profissional de,

no mínimo, 2 (dois) anos; ou

b) ter exercido, comprovadamente, por prazo mínimo de 5 (cinco) anos, cargo de

chefia ou assessoramento de alto nível em instituição de sistema financeiro.

3 - A critério do Banco Central, o prazo de 5 (cinco) anos referido no item

anterior, pode ser reduzido para 2 (dois) anos, caso o pretendente eleito comprove a conclusão,

com aproveitamento, de curso específico de alto nível, reconhecido pelo Banco Central, para as

áreas do mercado financeiro e de capitais, ministrado por Faculdade ou Instituição competente.

4 - Ficam ressalvados, em relação às condições fixadas nos itens 2 e 3, os casos de

diretores em exercício. (*)

5 - Nos casos previstos nas alíneas "c", "d", "e" e "g" do item 1, é facultada ao

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Administração – 4

SEÇÃO:

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

Banco Central o exame e a avaliação da situação individual do pretendente, com vistas a aceitar

ou recusar o nome do eleito. (*)

(*)

6 - Os atos relativos à eleição de administrador e de membros de quaisquer órgãos

estatutários devem ser submetidos ao Banco Central/Departamento do Mercado de Capitais ou

Departamento Regional a que estiver jurisdicionada a sede da instituição no prazo de 15 (quinze)

dias de sua ocorrência, acompanhados dos formulários conforme documento n. 1 deste capítulo.

(*)

7 - O afastamento, por prazo certo ou indeterminado, de administrador de

sociedade de arrendamento mercantil, em gozo de licença, não o exclui do rol de

administradores, devendo sujeitar-se, mesmo enquanto perdurar o afastamento, às disposições

aplicáveis àqueles em exercício.

8 - Os administradores e membros de outros órgãos estatutários da sociedade de

arrendamento mercantil devem atualizar, anualmente, os campos 50 a 65 do formulário cadastral,

de que trata o documento n. 3 do capítulo 24-8, podendo a obrigatoriedade ser satisfeita com a

remessa de cópia da última declaração de bens fornecida à Secretaria da Receita Federal, anexa à

Declaração de Renda.

9 - As informações de que trata o item anterior devem ser encaminhadas ao Banco

Central/Departamento do Mercado de Capitais até 30 de abril de cada ano.

10 - A renúncia de qualquer administrador ou membro de outro órgão estatutário

da sociedade de arrendamento mercantil deverá ser imediatamente comunicada ao Banco

Central/Departamento do Mercado de Capitais.

11 - Os anúncios de convocação de assembléia geral devem conter,

obrigatoriamente, além das informações exigidas por lei, os nomes dos administradores,

conselheiros fiscais, liquidantes ou acionistas que fizeram a convocação.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Dependências – 5

SEÇÃO:

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil pode, mediante prévia autorização do

Banco Central:

a) instalar dependências no País;

b) transferir dependências;

c) instalar escritórios, sem a caracterização de dependência, desde que a finalidade

seja a descentralização de serviços de natureza interna, vedado o acesso do público em geral,

observado o disposto no item 5.

2 - A sociedade de arrendamento mercantil, com base nos níveis mínimos de

capital e de patrimônio líquido previstos em 24-3-4, pode instalar até 10 (dez) dependências no

País. (*)

3 - Pode ser autorizado o funcionamento de número maior de dependências, desde

que haja destaque adicional de capital equivalente a 8.000 (oito mil) ORTN para cada nova

dependência. (*)

4 - A sociedade de arrendamento mercantil deve comunicar ao Banco Central:

a) as datas do encerramento e do início de operações da primitiva e da nova

dependência, sendo que o início das atividades da nova dependência só pode ocorrer após o

encerramento das atividades da dependência transferida;

b) mudança do endereço de dependência dentro de uma mesma cidade.

5 - Na instalação de escritórios, de que trata a alínea "c" do item 1, deve ser

observado o seguinte:

a) consideram-se serviços de natureza interna:

I - processamento de dados;

II - contabilidade;

III - almoxarifado;

IV - pessoal;

V - outros, a critério do Banco Central;

b) é vedado mencionar o endereço do escritório em impressos ou em qualquer tipo

de propaganda;

c) a inobservância das condições estabelecidas neste item, bem como a falta de

autorização prévia para instalação, confere ao escritório característica de dependência, sujeitando

os administradores da sociedade às penalidades previstas na legislação em vigor e a instituição à

perda da faculdade de instalação de dependência na localidade do escritório em que se verificar a

ocorrência.

6 - A sociedade de arrendamento mercantil deve comunicar ao Banco

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Dependências – 5

SEÇÃO:

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

Central/Departamento de Fiscalização do Mercado de Capitais ou Departamento Regional que

jurisdicione a sede da instituição a instalação de "stands" em feiras, exposições, congressos etc.

7 - A instalação dos "stands" mencionados no item anterior deve ser destinada a

fins exclusivamente publicitários, sendo vedada a realização de quaisquer operações nesses

recintos.

8 - A comunicação sobre a instalação de "stands" deve conter as seguintes

informações:

a) local exato de funcionamento;

b) natureza do certame em que se fará a promoção publicitária;

c) datas de início e fim do período em que estará em funcionamento.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Disposições Gerais – 1 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - Podem ser objeto de arrendamento, exclusivamente, bens imóveis e bens

móveis, de produção nacional, adquiridos pela entidade arrendadora segundo especificações e

para uso da arrendatária em sua atividade econômica, ressalvados os seguintes casos de

arrendamento de bens produzidos no exterior:

a) em operações de subarrendamento previstas no MNI 24-6-2;

b) de acessórios com custo de aquisição inferior a 25% (vinte e cinco por cento)

do custo de aquisição do bem ou de conjunto de bens objeto do contrato de arrendamento;

c) de bens ingressados no País antes de 14.12.84;

d) em operações do Programa Nacional de Assistência à Agroindústria

(PRONAGRI).

2 - Os contratos de arrendamento mercantil devem ser formalizados por

instrumento público ou particular, devendo constar obrigatoriamente, no mínimo, as

especificações abaixo relacionadas:

a) a descrição dos bens que constituem o objeto do contrato, com todas as

características que permitam sua perfeita identificação;

b) o prazo do arrendamento;

c) o valor das contraprestações ou fórmula de cálculo das contraprestações, bem

como o critério para seu reajuste;

d) a forma de pagamento das contraprestações por períodos determinados, não

superiores a 1 (um) semestre, salvo nos casos de operações que beneficiem atividades rurais,

quando o pagamento pode ser fixado por períodos não superiores a 1 (um) ano;

e) as condições para o exercício por parte da arrendatária do direito de optar, após

cumprido o prazo do arrendamento, pela renovação do contrato, pela devolução dos bens ou pela

aquisição dos bens arrendados;

f) concessão à arrendatária de opção de compra do bem arrendado, devendo ser

estabelecido o preço para seu exercício ou critério utilizável na sua fixação, que pode inclusive

ser o de valor de mercado;

g) as despesas e os encargos adicionais que ficarem por conta da arrendatária ou

da entidade arrendadora, admitindo-se:

I - a obrigação da arrendatária de pagar, no final do prazo de arrendamento, um

valor residual garantido, sempre que optar pelo não exercício da opção de compra;

II - o reajuste do preço estabelecido para opção de compra ou do valor residual

garantido, aplicando-se o disposto na alínea "c";

h) condições para eventual substituição do bem arrendado por outro da mesma

natureza que melhor atenda às conveniências da arrendatária;

i) as demais responsabilidades adicionais que vierem a ser convencionadas, em

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Disposições Gerais – 1 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

decorrência de:

I - uso indevido ou impróprio do bem arrendado;

II - seguro previsto para cobertura de risco dos bens arrendados;

III - danos causados a terceiros pelo uso do bem;

IV - ônus advindos de vícios dos bens arrendados;

j) faculdade de vistoriar os bens objeto de arrendamento e de exigir da

arrendatária a adoção de providências indispensáveis à preservação da funcionalidade e da

integridade de referidos bens;

l) as obrigações da arrendatária, nas hipóteses de inadimplemento, destruição,

perecimento ou desaparecimento do bem arrendado;

m) a faculdade da arrendatária de transferir a terceiros no País, desde que haja

anuência expressa da entidade arrendadora, os seus direitos e obrigações decorrentes do contrato,

com ou sem co-responsabilidade solidária da arrendatária cedente.

3 - Os contratos devem estabelecer os seguintes prazos mínimos de arrendamento:

a) 2 (dois) anos, compreendidos entre a data de entrega dos bens à arrendatária,

consubstanciada no termo de aceitação e recebimento dos bens, e a data de vencimento da última

contraprestação, quando se tratar de arrendamento de bens com vida útil igual ou inferior a 5

(cinco) anos;

b) 3 (três) anos, observada a definição do prazo constante da alínea anterior, para

o arrendamento de outros bens.

4 - A operação será considerada como de compra e venda a prestação se a opção

de compra for exercida antes do término da vigência do contrato de arrendamento.

5 - É permitida à sociedade de arrendamento mercantil, nas hipóteses de

devolução ou recuperação dos bens arrendados:

a) conservar os bens em seu ativo imobilizado, pelo prazo máximo de 2 (dois)

anos;

b) alienar ou arrendar a terceiros os referidos bens.

6 - A sociedade de arrendamento mercantil, em suas operações com pessoas

físicas, deve observar, ainda, as seguintes condições:

a) somente podem ser objeto de arrendamento bens que sirvam à atividade

econômica da arrendatária; e

b) devem se restringir:

I - aos setores agropecuário, agroindustrial e demais atividades rurais;

II - às firmas individuais;

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Disposições Gerais – 1 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

III - aos profissionais liberais e trabalhadores autônomos.

7 - As operações de arrendamento mercantil contratadas com o próprio vendedor

do bem ou com pessoas jurídicas a ele coligadas ou interdependentes aplicam-se as mesmas

condições fixadas neste capítulo para as demais modalidades de operações de arrendamento.

8 - A sociedade de arrendamento mercantil é vedada a contratação de operações

de arrendamento mercantil com:

a) pessoas jurídicas coligadas ou interdependentes;

b) acionistas que participem com 10% (dez por cento) ou mais de seu capital;

c) administradores da entidade e seus respectivos cônjuges e parentes até o 2º

(segundo) grau;

d) o próprio fabricante do bem arrendado.

9 - Para os fins previstos neste capítulo, considera-se coligada ou interdependente

a pessoa jurídica:

a) em que a entidade arrendadora participe, direta ou indiretamente, com mais de

10% (dez por cento) do capital;

b) em que administradores da entidade arrendadora, seus cônjuges e respectivos

parentes até o 2º (segundo) grau participem, em conjunto ou isoladamente, com mais de 10%

(dez por cento) do capital, direta ou indiretamente;

c) em que acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital da entidade

arrendadora participem com mais de 10% (dez por cento) do capital, direta ou indiretamente;

d) que participar com mais de 10% (dez por cento) do capital da entidade

arrendadora, direta ou indiretamente;

e) cujos administradores, seus cônjuges e respectivos parentes até o 2º (segundo)

grau participem, em conjunto ou isoladamente, com mais de 10% (dez por cento) do capital da

entidade arrendadora, direta ou indiretamente;

f) cujos acionistas com mais de 10% (dez por cento) do capital participem

também do capital da entidade arrendadora com 10% (dez por cento) ou mais de seu capital,

direta ou indiretamente;

g) cujos administradores, no todo ou em parte, sejam os mesmos da entidade

arrendadora.

10 - É vedado à sociedade de arrendamento mercantil coobrigar-se por aceite,

aval, fiança ou qualquer outra modalidade de garantia, excetuando-se eventuais coobrigações

decorrentes das cessões de créditos admitidas no MNI 24-6-3-4 é outras obrigações vinculadas a

operações firmadas com sociedades de crédito, financiamento e investimento destinadas ao

refinanciamento de contratos de arrendamento mercantil.

11 - A sociedade de arrendamento mercantil somente pode transferir às

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Disposições Gerais – 1 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

arrendatárias a responsabilidade pela paridade cambial, no caso de os bens arrendados serem

adquiridos com recursos provenientes de empréstimos contraídos, direta ou indiretamente, no

exterior.

12 - As disponibilidades da sociedade de arrendamento mercantil, quando não

mantidas em espécie, podem ser aplicadas em títulos da dívida pública, letras de câmbio de

aceite de instituições financeiras, debêntures, letras imobiliárias, depósitos a prazo, com ou sem

emissão de certificado, ou, até o montante estabelecido no MNI 24-6-6-8, em depósitos em

moedas estrangeiras no Banco Central.

13 - A sociedade de arrendamento mercantil somente pode subscrever ou adquirir

debêntures destinadas à subscrição pública.

14 - Excetua-se do disposto no item anterior a subscrição de debêntures

conversíveis em ações decorrente do exercício do direito de preferência, previsto no § 1º do

artigo 57 da Lei n. 6.404/76.

15 - As operações que se realizarem em desacordo com as disposições deste

capítulo poderão ser descaracterizadas como de arrendamento mercantil, em conformidade com

as normas complementares que serão baixadas pelo Banco Central.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Subarrendamento – 2

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil, na qualidade de arrendatária, pode

realizar operações de arrendamento com entidades domiciliadas no exterior, com vistas

unicamente ao posterior subarrendamento dos bens a subarrendatárias no País.

2 - As operações de que trata o item anterior somente podem ser realizadas tendo

por objeto bens de capital sem similar nacional e mediante prévia autorização do Banco Central.

3 - Nas operações de subarrendamento a sociedade de arrendamento mercantil

deve repassar As subarrendatárias domiciliadas no País todas as condições pactuadas no contrato

firmado com as entidades do exterior, acrescidas de sua remuneração, devendo ser observadas,

ainda, as demais disposições deste capítulo.

4 - O registro efetuado pelo Banco Central deve incluir as condições financeiras

básicas do arrendamento mercantil.

5 - Não podem ser realizadas operações de subarrendamento em que haja

coligação ou interdependência entre a arrendadora domiciliada no exterior e a subarrendatária

domiciliada no País.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Fontes de Recursos – 3

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil pode empregar em suas atividades,

além de recursos próprios, os recursos provenientes de:

a) empréstimos contraídos diretamente no exterior;

b) empréstimos, financiamentos ou refinanciamentos de instituições financeiras

nacionais, inclusive repasses de recursos externos;

c) instituições financeiras oficiais, destinados a repasses dentro de programas

específicos;

d) colocação de debêntures de emissão pública ou particular;

e) cessão de direitos creditórios de contratos de arrendamento mercantil a outras

sociedades de arrendamento mercantil e a instituições citadas no item 5;

f) cessão de contratos de arrendamento mercantil a outras sociedades de

arrendamento mercantil;

g) cessão de contratos de arrendamento mercantil, bem como dos direitos

creditórios deles decorrentes, a entidades domiciliadas no exterior;

h) outras formas de captação de recursos, autorizadas pelo Banco Central.

2 - A sociedade de arrendamento mercantil pode contratar empréstimos no

exterior com as seguintes finalidades:

a) obtenção de recursos para aquisição de bens para fins de arrendamento;

b) aquisição de direitos creditórios decorrentes de contratos de arrendamento

mercantil;

c) aquisição de contratos de arrendamento mercantil.

3 - A emissão de debêntures por sociedade de arrendamento mercantil depende de

prévia autorização do Banco Central antes de ser obtida a aprovação da Comissão de Valores

Mobiliários.

4 - É facultado à sociedade de arrendamento mercantil ceder, no mercado interno,

direitos creditórios de seus contratos de arrendamento mercantil.

5 - As operações referidas no item anterior podem ter como cessionários,

exclusivamente, as sociedades da mesma espécie, os bancos de investimento, os bancos de

desenvolvimento, as caixas econômicas, as sociedades de crédito, financiamento e investimento

e as sociedades de crédito imobiliário.

6 - As operações de cessão e aquisição de contratos de arrendamento no mercado

interno são restritas às sociedades de arrendamento mercantil.

7 - A aquisição de contratos de arrendamento mercantil, cujos bens arrendados

tenham sido adquiridos com recursos de empréstimos externos ou que contenham cláusula de

paridade cambial, bem como dos direitos creditórios deles decorrentes, somente pode ser

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Fontes de Recursos – 3

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

realizada com a utilização de recursos de empréstimos obtidos no exterior.

8 - Na cessão de direitos creditórios, a cedente que se responsabilizar pela

liquidação do crédito tem a respectiva coobrigação computada no cálculo do limite operacional

estabelecido no MNI 24-6-4-3.

9 - A cessão de contratos de arrendamento mercantil, bem como dos direitos

creditórios deles decorrentes, a entidades domiciliadas no exterior, depende de prévia

autorização do Banco Central.

10 - A sociedade de arrendamento mercantil pode oferecer, em garantia de

empréstimos que contrair nos mercados interno ou externo, a caução de direitos creditórios de

contratos de arrendamento mercantil.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Limites – 4 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil deve destinar pelo menos 70% (setenta

por cento) do valor global de suas operações de arrendamento a pessoas jurídicas controladas por

capitais privados nacionais, firmas individuais nacionais e pessoas físicas domiciliadas no País.

2 - Ficam excluídas da destinação de que trata o item anterior as seguintes

operações:

a) contratadas com arrendatárias do exterior, desde que o bem arrendado seja

produzido no País;

b) cujos contratos de arrendamento mercantil tenham por objeto bens adquiridos

com recursos oriundos de empréstimos contratados, direta ou indiretamente, no exterior;

c) de subarrendamento, previstas no MNI 24-6-2.

3 - As operações passivas da sociedade de arrendamento mercantil, consideradas

todas as suas exigibilidades, inclusive provenientes de repasses de recursos oficiais, de quaisquer

créditos de coligadas e interdependentes e de eventuais coobrigações em cessões de crédito, não

podem ser superiores a 15 (quinze) vezes o montante do respectivo patrimônio líquido.

4 - Para o cômputo do limite das operações passivas previsto no item anterior,

consideram-se as obrigações pelo seu valor atual, assim entendido o valor do principal mais

encargos decorridos em razão da fluência do prazo de vencimento das mesmas.

5 - As operações de arrendamento mercantil devem ser diversificadas, de modo

que nenhum cliente, isoladamente, seja responsável por mais de 10% (dez por cento) do total das

aplicações da sociedade de arrendamento mercantil.

6 - O Banco Central pode estabelecer limite de risco diferente do limite fixado no

item anterior para a sociedade que estiver em início de atividade ou em fase de reativação

operacional.

7 - Os bens do ativo imobilizado de uso próprio da sociedade de arrendamento

mercantil, somados as participações de caráter permanente, não podem representar mais de 30%

(trinta por cento) do seu patrimônio líquido.

8 - Deve a sociedade arrendadora munir-se de elementos hábeis que comprovem a

condição de empresa controlada por capitais privados nacionais" e, com base nos balanços e nos

balancetes mensais de março, junho, setembro e dezembro, deve preencher mapa contendo

relação dos 20 (vinte) maiores devedores, por grupo econômico, e a distribuição percentual das

aplicações globais destinadas a empresas controladas por capitais privados nacionais e as

destinadas a pessoas estrangeiras ou estatais.

9 - O mapa de que trata o item anterior deve ser remetido ao Banco

Central/Departamento de Fiscalização do Mercado de Capitais, dentro dos 20 (vinte) dias

subseqüentes a data do balanço ou do balancete em que se baseou.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Operações com Entidades Públicas – 5 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil só pode renovar operações de

arrendamento mercantil com as empresas estatais de que trata o art. 2º do Decreto n. 84.128, de

29.10.79, e com os Territórios Federais, após expressa autorização da Secretaria de Planejamento

da Presidência da República - SEPLAN, mediante pedido encaminhado àquela Secretaria de

Estado pelos órgãos e entidades interessados, por intermédio do respectivo Ministério ou

equivalente órgão integrante da Presidência da República.

2 - A sociedade de arrendamento mercantil só pode realizar suas operações com

Estados, Municípios, respectivas Autarquias, e demais entidades da administração indireta dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e com fundações mantidas total ou parcialmente

por esses entes públicos, após pronunciamento favorável da SEPLAN.

3 - Nas operações de que trata o item anterior, a sociedade de arrendamento

mercantil deve apresentar ao Banco Central/Departamento de Operações com Títulos e Valores

Mobiliários solicitação formal, acompanhada de documentação em que constem os seguintes

elementos:

a) parecer conclusivo da sociedade de arrendamento mercantil sobre a viabilidade

técnico-financeira da operação;

b) características da operação, indicando o cronograma de reembolso;

c) garantias e contragarantias a serem prestadas;

d) orçamento e posição de endividamento do arrendatário, na forma estabelecida

no documento n. 1 deste capítulo.

4 - O descumprimento das normas consubstanciadas nos itens 1, 2 e 3 sujeita a

sociedade de arrendamento mercantil às sanções previstas na legislação em vigor e, em especial,

à suspensão temporária dos repasses e refinanciamentos do Banco Central, até que seja sanada a

irregularidade.

5 - A sociedade de arrendamento mercantil pode renovar, nas condições a seguir

indicadas, as operações com o setor público, contabilizadas nas contas 1.1.25.03.00-0 -

Arrendamentos a Receber - Recursos Internos, 1.1.25.06.00-7 - Arrendamentos a Receber -

Recursos Externos e 1.1.60.03.00-1 - Créditos em Liquidação:

a) até 90% (noventa por cento) do principal das operações vencidas e não

liquidadas, apurado em 31.12.84 e corrigido segundo o índice de variação das Obrigações

Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN), no período compreendido entre aquela data e a da

renovação; e

b) até 90% (noventa por cento) do principal das operações vincendas em 1985.

6 - Os requisitos fixados no item anterior devem ser observados, conforme o caso,

em cada contrato que venha a ser objeto de renovação.

7 - É vedado à sociedade de arrendamento mercantil celebrar novas operações

com o setor público, sob qualquer forma.

8 - Em nenhuma hipótese a sociedade de arrendamento mercantil fica dispensada

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Operações com Entidades Públicas – 5 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

do cumprimento das normas contidas nesta seção no que se refere à exigência de prévia

autorização da Secretaria de Planejamento da Presidência da República (SEPLAN) para

contratação de financiamentos destinados ao setor público.

9 - Cabe ao Banco Central examinar, se houver, casos com características

especiais, com vistas ao seu ajustamento aos objetivos do item 5.

10 - O descumprimento das normas consubstanciadas nos itens 5 e 7 será

considerado falta grave, expondo a sociedade de arrendamento mercantil às sanções previstas na

legislação em vigor e, em especial, ao recolhimento em moeda ao Banco Central, em valor igual

ao saldo devedor da nova operação contratada de forma irregular, sendo que tal recolhimento não

será passível de qualquer remuneração e permanecerá congelado pelo número de dias

compreendidos entre a data da contratação e da liquidação da operação.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Depósitos em Moeda Estrangeira – 6 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil pode realizar depósitos em moeda

estrangeira junto ao Banco Central, nas condições fixadas nesta seção.

2 - Os depósitos em moeda estrangeira de que trata o item anterior têm por base,

exclusivamente, operações de empréstimos externos em moeda ingressados para os fins previstos

no MNI 24-6-3-2.

3 - Referidos depósitos devem ser efetuados pela sociedade arrendadora junto ao

Banco Central/Divisão Regional de Operações de Câmbio no Rio de Janeiro ou em São Paulo, a

critério do depositante.

4 - A sociedade de arrendamento mercantil, localizada em outra praça que não a

do Rio de Janeiro ou de São Paulo pode, mediante comunicação prévia ao Banco Central,

credenciar banco autorizado a operar em câmbio, para, em seu nome, realizar operações de

constituição e levantamento dos depósitos.

5 - Os depósitos devem ser efetuados na moeda do empréstimo externo ao qual,

na forma dos itens 6 e 7, estejam vinculados, mediante compra de câmbio ao Banco Central à

taxa cambial de compra vigente para a moeda.

6 - Ressalvado o disposto no item 17, os valores depositados são vinculados a

Certificado de Registro de empréstimo externo emitido pelo Banco Central.

7 - A vinculação referida no item anterior é feita com observância da ordem

cronológica de emissão dos Certificados concedidos para a entidade depositante, a iniciar-se pelo

mais antigo, até que seja atingido o valor correspondente ao saldo devedor do empréstimo a ele

relativo, resultando, assim, em uma conta para cada Certificado de Registro.

8 – O saldo dos depósitos não pode ultrapassar a soma dos saldos devedores dos

empréstimos externos que lhes serviram de base.

9 - Os saldos apresentados nas contas referidas no item 7 vencem juros, a favor do

depositante, pelos respectivos prazos dos depósitos, a mesma taxa aprovada para a operação de

empréstimo externo à qual, na forma dos itens 6 e 7, tenha sido vinculado o depósito.

10 - O pagamento dos juros sobre os depósitos, de que trata o item anterior, é

realizado com a antecedência de 2 (dois) dias úteis em relação à data de vencimento da parcela

de juros devida de acordo com o esquema previsto para o empréstimo externo a que esteja

vinculado o depósito ou, se primeiro ocorrer, com base na data do levantamento total do saldo

apresentado na conta do depósito vinculado a um Certificado de Registro.

11 - A conversão a cruzeiros da importância devida a título de juros sobre os

depósitos é baseada na taxa cambial de venda, para a moeda do depósito, vigente na data em que

o pagamento de juros deva ser efetivado, de acordo com o previsto no item anterior.

12 - Respeitado o regime ajustado entre o mutuário (depositante) e o credor do

empréstimo externo, o Banco Central assume o encargo do imposto de renda sobre os juros

produzidos consoante o item 9, nos casos em que esse ônus seja da responsabilidade do

depositante ou quando, implicitamente, houver sido pactuado que o mesmo se acresça à taxa de

juros, na forma prevista no Certificado de Registro a que se vincule o depósito.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Depósitos em Moeda Estrangeira – 6 (*)

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

13 - Os valores voluntariamente depositados, na forma desta seção, somente se

tornam disponíveis, observado o disposto no item seguinte, a partir do terceiro mês contado da

data da constituição do depósito e sua retirada é efetivada mediante venda de câmbio do

respectivo valor em moeda estrangeira pelo depositante ao Banco Central, à taxa cambial de

compra então vigente.

14 - As contas dos depósitos de que se trata podem ser movimentadas - seja por

constituição, seja por retirada - uma única vez em cada mês, em dia fixo para todos os meses, a

ser indicado ao Banco Central pelo depositante.

15 - Excetuam-se do disposto no item anterior:

a) a constituição e levantamento de depósitos efetuados com base nas disposições

da Resolução n. 595, de 16.01.80, e normas complementares;

b) o levantamento para simultânea remessa ao exterior em pagamento de parcela

relativa ao empréstimo externo ao qual esteja o depósito vinculado.

16 - As movimentações a que se refere o item 14 serão por valores não inferiores

ao equivalente a US$ 20.000,00 (vinte mil dólares dos Estados Unidos), admitidas operações de

menor valor apenas quando decorrentes de necessidade de adequação dos depósitos às normas

que regem a matéria.

17 - Os depósitos constituídos simultaneamente ao ingresso dos recursos, bem

como aqueles efetuados na forma do que dispõe o item 5 da Circular n. 503, de 13.02.80, com a

redação dada pelo item 17 da Circular n. 600, de 22.01.81, ficam vinculados aos empréstimos

externos que lhes deram origem, até que ocorra seu levantamento.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Créditos em Liquidação – 7

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil, autorizada a funcionar pelo Banco

Central, deve constituir, obrigatoriamente, por ocasião de seus balanços anuais, provisão

destinada a fazer face a eventuais prejuízos na liquidação de suas operações de arrendamento

mercantil.

2 - A provisão é constituída com base no percentual de até 2% (dois por cento)

sobre o valor total dos arrendamentos a receber, conforme conceituado no item seguinte, ou com

base no percentual correspondente à relação entre os CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO da

instituição e o montante dos arrendamentos a receber, apurados por ocasião do balanço anual a

que se referir a provisão, prevalecendo, obrigatoriamente, como limite mínimo de constituição da

provisão, o valor dos créditos inscritos em CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO.

3 - O valor total dos arrendamentos a receber é representado pela soma de todas as

contraprestações a que contratualmente se obriga a empresa arrendatária, devidamente

contabilizadas no ativo realizável da sociedade de arrendamento mercantil.

4 - A sociedade de arrendamento mercantil deve adotar, em relação aos

arrendamentos a receber que não tenham sido liquidados nos respectivos vencimentos originais,

os seguintes critérios de classificação contábil:

a) as contraprestações de arrendamento vencidas há mais de 60 (sessenta) dias da

data dos respectivos vencimentos são inscritas em subtítulo próprio das contas que registram os

créditos por arrendamentos a receber;

b) as contraprestações vencidas há mais de 180 (cento e oitenta) dias são

transferidas do subtítulo referido na alínea anterior para a conta CRÉDITOS EM

LIQUIDAÇÃO, onde permanecerão até a sua liquidação, ou baixa, pelas formas previstas nos

itens 6 e 8, alínea "a".

5 - Devem ser imediatamente transferidos para CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO,

independentemente do decurso do prazo de 180 (cento e oitenta) dias:

a) os créditos por arrendamentos a receber contra devedores em regime falimentar

ou concordatário;

b) as contraprestações vincendas de operações de arrendamento com parcelas já

escrituradas, ou que devam ser escrituradas em CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO;

c) os créditos que, por circunstâncias conhecidas da instituição, sejam

considerados de difícil liquidação, ouvido previamente o Banco Central/Departamento de

Fiscalização do Mercado de Capitais;

6 - Os créditos inscritos há mais de 60 (sessenta) dias na conta CRÉDITOS EM

LIQUIDAÇÃO, podem ser baixados a débito da provisão constituída, na forma prevista nesta

seção, observado o prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias da data da inscrição naquela

conta para a baixa obrigatória a débito da respectiva provisão.

7 - No caso da não utilização da totalidade da provisão constituída em

determinado exercício, faz-se, obrigatoriamente, por ocasião do balanço, a reversão do saldo não

utilizado para o crédito de LUCROS E PERDAS, procedendo-se constituição de nova provisão,

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Operacionais – 6

SEÇÃO: Créditos em Liquidação – 7

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

na forma prevista no item 2.

8 - É facultado à sociedade de arrendamento mercantil:

a) mediante aprovação prévia do Banco Central/Departamento de Fiscalização do

Mercado de Capitais, a transferência, para conta de curso normal, dos créditos por

arrendamentos a receber escriturados em CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO, desde que a

instituição, em exposição fundamentada, demonstre que os créditos objeto da regularização

apresentam razoáveis condições de liquidez;

b) não inscrever como CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO, os créditos por

arrendamentos a receber em relação aos quais a instituição também comprove previamente,

perante o Banco Central/Departamento de Fiscalização do Mercado de Capitais, apresentarem

condições de liquidez.

9 - O montante dos créditos debitados à provisão constituída, na forma do que

determina o item 6, é registrado em contas do sistema de compensação, nelas permanecendo

enquanto não esgotados todos os meios normais e usuais de cobrança.

10 - Na hipótese de os créditos de que trata o item anterior serem posteriormente

recebidos, total ou parcialmente, deverão ser escriturados como receita do exercício

correspondente ao ano-base em. que ocorreu seu recebimento.

11 - A sociedade de arrendamento mercantil deve adotar os critérios de

classificação previstos nesta seção, em especial quanto à inscrição na conta CRÉDITOS EM

LIQUIDAÇÃO dos créditos por arrendamentos a receber enquadráveis nas condições previstas

nos itens 4, alínea "b", e 5. (*)

12 - É obrigatória a divulgação, nos modelos de balanço e balancete destinados à

publicação, da conta CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO. (*)

13 - A sociedade de arrendamento mercantil deve manter registros extracontábeis

destinados ao controle dos créditos em liquidação quanto a devedores, montantes inscritos,

encargos e compensações efetuadas a débito da provisão constituída, de modo que, a qualquer

momento, possam ser apresentados ao Banco Central/Departamento de Fiscalização do Mercado

de Capitais.

14 - A sociedade de arrendamento mercantil deve remeter mensalmente ao Banco

Central/Departamento de Fiscalização do Mercado de Capitais, juntamente com os balanços e

balancetes levantados, os quadros demonstrativos de:

a) movimento mensal da conta CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO;

b) discriminação da conta CRÉDITOS EM LIQUIDAÇÃO;

c) operações de curso anormal.

15 - Independentemente da remessa dos quadros referidos no item anterior, deve a

sociedade de arrendamento mercantil encaminhar, mensalmente, relação de créditos em

liquidação, com especificação do número do contrato, data, empresa arrendatária, valor total,

vencimento, garantias e perspectivas de recuperação.

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MNI 24-6 DOCUMENTO Nº. 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

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MNI 24-6 DOCUMENTO Nº. 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 9

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

1 - A sociedade de arrendamento mercantil deve levantar balancetes no último dia

útil de cada mês, sendo que nos meses de junho e dezembro apura balanços semestrais.

2 - Nos balanços semestrais de junho e dezembro, a sociedade de arrendamento

mercantil deve, obrigatoriamente, proceder à correção monetária e à avaliação do investimento

em coligadas e controladas, de que tratam os artigos 185 e 248 da Lei n. 6.404, de 15.12.76, e 39,

§ 1º, do Decreto-Lei n. 1.598, de 26.12.77.

3 - Os aumentos de capital em espécie devem ser corrigidos monetariamente a

partir da data de aprovação do respectivo processo de aumento de capital pelo Banco Central.

4 - A sociedade de arrendamento mercantil deve remeter ao Banco Central cópia

do modelo analítico dos documentos a seguir relacionados, no prazo máximo de 10 (dez) dias, a

contar da data do seu levantamento:

a) balancetes mensais;

b) balanços patrimoniais acompanhados das demonstrações:

I - do resultado do exercício;

II - das mutações do patrimônio líquido;

III - das origens e aplicações de recursos.

5 - Nenhum dado relativo a demonstrações financeiras pode ser divulgado, a título

de publicidade, antes da publicação exigida na forma dos modelos aprovados pelo Conselho

Monetário Nacional e objeto do plano contábil, observados os prazos ali previstos.

6 - Na hipótese de difusão de dados incompletos, com incorreções ou

imperfeições, deve ser providenciada nova divulgação, que se dará pelas mesmas vias e com os

mesmos destaques, sob menção explícita dos fatos determinantes da republicação.

7 - A sociedade de arrendamento mercantil deve publicar, no Diário Oficial da

União ou da Unidade Federativa onde estiver localizada sua sede, bem como em jornal de grande

circulação editado naquele local, as demonstrações financeiras e o parecer dos auditores

independentes.

8 - Nos balanços gerais de fim de ano, os bens não de uso próprio, classificados

no Ativo Circulante, estão sujeitos aos seguintes procedimentos: (*)

a) até o final do ano-calendário em que forem adquiridos, devem ser avaliados

pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor;

b) no balanço de dezembro do ano seguinte, devem ser corrigidos monetariamente

com base no índice de variação da ORTN no exercício;

c) o montante da correção monetária, incidente sobre aqueles bens, na forma da

alínea anterior, deve ser objeto de notas explicativas;

d) na oportunidade em que referidos bens forem baixados contabilmente, deve ser

observado o tratamento fiscal pertinente.

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TÍTULO: SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL – 24

CAPÍTULO: Normas Gerais de Contabilidade e Auditoria – 9

SEÇÃO: Disposições Preliminares – 1

Carta-Circular nº 1186, de 25.02.85 – At. MNI nº 834

9 - Para efeito de registro contábil, o valor do bem deve fundamentar-se em laudo

de avaliação elaborado por três peritos ou por empresa especializada, com indicação dos critérios

de avaliação e dos elementos de comparação adotados e instruídos com documentos relativos ao

bem avaliado, observadas, ainda, as seguintes condições: (*)

a) a documentação deve incluir elementos que certifiquem a posse e o domínio do

bem;

b) a data-base de contabilização deve ser a do efetivo recebimento do bem e,

conseqüentemente, da liquidação da operação;

c) no caso de o valor constante do laudo ser superior ao montante da dívida,

prevalece esse último;

d) na hipótese inversa, o valor atribuído ao bem.

10 - Ficam dispensados da exigência de laudo de avaliação nas condições de que

trata o item anterior os bens móveis cujo valor, atribuídos com base em parâmetros

reconhecidamente aceitos pelo mercado, não ultrapasse ao correspondente a 5.000 ORTNs. (*)

11 - Esgotados o prazo legal de um ano e as eventuais prorrogações concedidas

pelo Banco Central, sem que tenha sido alienado o bem, deve a sociedade de arrendamento

mercantil, sob prévio aviso ao Banco Central, providenciar a realização de leilão, dentro do

prazo máximo de 60 (sessenta) dias. (*)

12 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido dois anos

ou mais em poder da sociedade de arrendamento mercantil, devem ser alienados dentro de no

máximo um ano. (*)

13 - Os bens não de uso próprio que, em 11.01.85, tenham permanecido menos de

dois anos em poder da sociedade de arrendamento mercantil, podem ter seus prazos de alienação

prorrogados até complementar um prazo total máximo de três anos, desde que não extrapolem,

em mais de dois anos, a referida data. (*)

14 - A manutenção de bens não de uso próprio, após o término dos prazos e

prorrogações assinalados nos itens 11 a 13, sujeita a sociedade de arrendamento mercantil às

cominações legais cabíveis, além de subordiná-la às seguintes restrições: (*)

a) redução, na base de cálculo dos limites operacionais regulamentares, do valor

patrimonial do bem;

b) impedimento à obtenção de novas autorizações para instalação, permuta ou

transferência de dependências.

15 - Aplicam-se as disposições dos itens 8 a 14 aos bens transferidos do Ativo

Permanente, contando-se os prazos para alienação a partir da data da descaracterização do uso e

conseqüente transferência para o Ativo Circulante. (*)