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CARTA DE EQUIPAMENTOS PESADOS EM SAÚDE

REALIZADO NA SEQUÊNCIA DO

Despacho N.º 3484/2013 de Sua Excelência o Secretário de Estado da Saúde

Publicado em Diário da República N.º 45, 2ª Série, de 5 de março de 2013

GRUPO DE TRABALHO

Jorge Manuel Virtudes dos Santos Penedo - Coordenador

Ana Cristina Gouveia de Andrade Freire Madahil

Ana Cristina Pardal Canas Ferreira

Ana Sofia Marques Nunes

Jorge Pedro Teixeira Gonçalves Pereira

José Joaquim Marques Venâncio

Maria Gabriela Veloso Maia

Paula Cristina Silva Dias Sanches Pinto Alves

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 5

ÍNDICE

Siglas, Abreviaturas e Acrónimos ............................................................................................................... 13 

Sinais Convencionais .................................................................................................................................. 15 

Figuras e quadros ....................................................................................................................................... 17 

Agradecimentos .......................................................................................................................................... 32 

Sumário Executivo ...................................................................................................................................... 33 

1  Introdução .......................................................................................................................................... 37 

2  Objetivos ............................................................................................................................................ 38 

3  Metodologia........................................................................................................................................ 39 

3.1  Pressupostos globais: ............................................................................................................... 41 

3.2  Pressupostos para a caracterização dos equipamentos ........................................................... 42 

3.3  Pressupostos para a produção .................................................................................................. 43 

3.4  Pressupostos para os recursos humanos ................................................................................. 44 

4  Contexto legislativo e normativo ........................................................................................................ 47 

4.1  Pedido de instalação de Equipamento Médico Pesado (EMP) junto do Ministério da Saúde ... 47 

4.2  Proteção e segurança radiológica em instalações que utilizem radiações ionizantes, nas áreas

de Radiologia, Radioncologia e Medicina Nuclear ................................................................................. 48 

4.3  Licenciamento de unidades de saúde - legislação aplicável a unidade que utilizem radiações -

Áreas de Radiologia / Radioncologia / Medicina Nuclear ....................................................................... 48 

4.3.1  Regime jurídico anterior ........................................................................................................ 48 

4.3.2  Atual regime jurídico ............................................................................................................. 49 

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4.4  Outros ........................................................................................................................................ 50 

4.4.1  Regime do internato médico ................................................................................................. 50 

4.4.2  Legislação aplicável aos Especialistas em Física Médica e Físicos Hospitalares ................ 50 

4.4.3  Legislação aplicável aos técnicos de diagnóstico e terapêutica ........................................... 51 

4.4.4  Autorização de investimentos ............................................................................................... 52 

4.4.5  Medicina Hiperbárica ............................................................................................................ 53 

5  Caracterização da População Portuguesa ......................................................................................... 55 

5.1  Caracterização Demográfica ..................................................................................................... 55 

5.1.1  Cenário Demográfico das diferentes Administrações Regionais de Saúde (ARS) ............... 56 

5.1.2  ARS Norte ............................................................................................................................. 57 

5.1.3  ARS Centro ........................................................................................................................... 57 

5.1.4  ARS de Lisboa e Vale do Tejo .............................................................................................. 58 

5.1.5  ARS Alentejo ......................................................................................................................... 59 

5.1.6  ARS Algarve ......................................................................................................................... 59 

5.1.7  Projeções Demográficas da situação portuguesa ................................................................. 61 

5.2  Epidemiologia ............................................................................................................................ 63 

6  Caracterização do universo de unidades hospitalares do SNS ......................................................... 67 

7  Definição de Equipamento Médico Pesado ....................................................................................... 71 

8  Caracterização dos Equipamentos Médicos Pesados ....................................................................... 73 

8.1  Proteção e Segurança Radiológica ........................................................................................... 74 

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8.2  Medicina Nuclear ....................................................................................................................... 79 

8.2.1  Câmara Gama ...................................................................................................................... 80 

8.2.2  Câmara Gama com Tomografia Computorizada (Câmara Gama - TC) ................................ 82 

8.2.3  Ciclotrão ................................................................................................................................ 83 

8.2.4  Tomografia por Emissão de Positrões (PET) ........................................................................ 84 

8.2.5  Tomografia por Emissão de Positrões com Tomografia Computorizada (PET-TC) .............. 85 

8.2.6  Tomografia por Emissão de Positrões com Ressonância Magnética (PET-RM) .................. 86 

8.3  Medicina Hiperbárica ................................................................................................................. 87 

8.3.1  Câmara Hiperbárica .............................................................................................................. 87 

8.4  Radiologia e Neurorradiologia ................................................................................................... 89 

8.4.1  Telerradiologia ...................................................................................................................... 89 

8.4.2  Angiógrafo ............................................................................................................................. 90 

8.4.3  Ressonância Magnética (RM) ............................................................................................... 93 

8.4.4  Tomografia Computorizada (TC) .......................................................................................... 95 

8.5  Radioncologia ............................................................................................................................ 97 

8.5.1  Acelerador Linear .................................................................................................................. 99 

8.5.2  Braquiterapia de Alta Taxa de Dose ................................................................................... 101 

8.5.3  Gama-knife ......................................................................................................................... 103 

8.5.4  Simulador ............................................................................................................................ 104 

8.5.5  Telecobaltoterapia .............................................................................................................. 105 

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8.6  Rácios ..................................................................................................................................... 106 

8.6.1  Medicina Nuclear ................................................................................................................ 106 

8.6.2  Medicina Hiperbárica .......................................................................................................... 107 

8.6.3  Radiologia e Neurorradiologia ............................................................................................. 109 

8.6.4  Radioncologia ..................................................................................................................... 110 

9  Caraterização e análise do parque existente ................................................................................... 111 

9.1  Hospitais SNS ......................................................................................................................... 111 

9.1.1  Medicina Nuclear ................................................................................................................ 114 

9.1.2  Medicina Hiperbárica .......................................................................................................... 134 

9.1.3  Radiologia e Neurorradiologia ............................................................................................ 141 

9.1.4  Radioncologia ..................................................................................................................... 172 

9.1.5  perfil nacional ...................................................................................................................... 203 

9.1.6  Tempo médio de aquisição de um equipamento ................................................................ 208 

9.1.7  Tempo Médio de instalação de um equipamento ............................................................... 209 

9.1.8  Tempos de Espera .............................................................................................................. 209 

9.2  Setor Convencionado .............................................................................................................. 213 

9.2.1  Medicina Nuclear ................................................................................................................ 214 

9.2.2  Radiologia e Neurorradiologia ............................................................................................. 217 

10  Inovação e tendências ..................................................................................................................... 221 

10.1  Medicina Nuclear ..................................................................................................................... 221 

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10.2  Medicina Hiperbárica ............................................................................................................... 221 

10.3  Radiologia e Neurorradiologia ................................................................................................. 222 

10.4  Radioncologia .......................................................................................................................... 225 

10.5  Cirurgia Robótica ..................................................................................................................... 226 

10.6  Nomenclatura e Sistema de Informação de Equipamentos em Saúde ................................... 228 

10.6.1  Análise Taxionómica dos Equipamentos Pesados ......................................................... 228 

10.6.2  Criação de um Sistema de Informação .......................................................................... 230 

11  Necessidades ................................................................................................................................... 237 

11.1  Medicina Nuclear ..................................................................................................................... 240 

11.1.1  Câmara Gama e Câmara Gama –TC ............................................................................. 240 

11.1.2  PET e PET-TC ................................................................................................................ 242 

11.2  Medicina Hiperbárica ............................................................................................................... 245 

11.2.1  Câmara Hiperbárica ........................................................................................................ 245 

11.3  Radiologia e Neurorradiologia ................................................................................................. 247 

11.3.1  Angiógrafos .................................................................................................................... 247 

11.3.2  Ressonância Magnética (RM) ........................................................................................ 249 

11.3.3  Tomografia Computorizada (TC) .................................................................................... 251 

11.4  Radioncologia .......................................................................................................................... 254 

11.4.1  Acelerador Linear (AL) .................................................................................................... 254 

11.4.2  Braquiterapia de Alta-Taxa de Dose ............................................................................... 256 

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11.4.3  Simulador ....................................................................................................................... 258 

11.4.4  TC(dedicada) .................................................................................................................. 259 

12  Comentários e Recomendações ...................................................................................................... 263 

12.1  Abate Operacional de Equipamentos ...................................................................................... 263 

12.2  Acessibilidade e eficiência....................................................................................................... 263 

12.3  Aquisição de Serviços Externos de MCDT .............................................................................. 264 

12.4  Avaliação dos Recursos Humanos .......................................................................................... 265 

12.5  Capacidade instalada no SNS ................................................................................................. 265 

12.6  Desenvolvimento de estudo comparativos - regiões de Saúde /Instituições ........................... 266 

12.7  Implementar uma política de garantia de qualidade específica para os EMP e a existência de

um sistema e gestão próprio ................................................................................................................ 266 

12.8  Legislação ............................................................................................................................... 266 

12.9  Levantamento da Situação do Sector Privado e/ou Convencionado ...................................... 268 

12.10  Necessidade de produzir legislação para o Licenciamento de todas as unidades de saúde -

sugestão 268 

12.11  Nomenclatura ...................................................................................................................... 269 

12.12  Número de equipamentos a instalar em Portugal ............................................................... 269 

12.13  Planeamento adequado no Ensino e Formação ................................................................. 270 

12.14  Processo de aquisição de equipamentos médicos pesados ............................................... 270 

12.15  Proteção Radiológica .......................................................................................................... 272 

12.16  Quadro de exigências para o sector convencionado .......................................................... 272 

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12.17  Qualidade e Segurança do Doente ..................................................................................... 273 

12.18  Recolha e divulgação de Informação .................................................................................. 274 

12.19  Redes de Referenciação..................................................................................................... 276 

12.20  Sistema de Financiamento .................................................................................................. 276 

12.21  Sistemas de Informação ..................................................................................................... 277 

12.22  Telemedicina ....................................................................................................................... 279 

12.23  Vida útil dos equipamentos ................................................................................................. 281 

Glossário ................................................................................................................................................... 283 

Bibliografia ................................................................................................................................................ 291 

Anexos ...................................................................................................................................................... 297 

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 13

SIGLAS, ABREVIATURAS E ACRÓNIMOS

ACSS – Administração Central do Sistema de

Saúde

AL – Acelerador Linear

ARS – Administração Regional de Saúde

BSS – Basic Safety Standards. Em português:

Normas Básicas de Segurança

BT – Braquiterapia

CA - Conselho de Administração

CH – Centro Hospitalar

CIT – Contrato Individual de Trabalho

COR – Comissão Oncológica Regional

CPS – Contrato de Prestação de Serviços

CSP – Cuidados de Saúde Primários

CTFP – Contrato de Trabalho em Funções

Públicas

CTN – Comissão Técnica Nacional

CVT – Comissão de Verificação Técnica

DGS – Direcção-Geral da Saúde

DL – Decreto-lei

EMP – Equipamentos Médicos Pesados

EPE - Entidade Pública Empresarial

EQF – European Qualifications Framework. Em

português: Quadro Europeu de Qualificações

ESTRO – European Society for Therapeutic

Radiology and Oncology

ERS – Entidade Reguladora da Saúde

ETC – Equivalente Tempo Completo

EANM – European Association of Nuclear

Medicine

FM – Física Médica

FPC – Formação Profissional Contínua

GDH – Grupo de Diagnóstico Homogéneo

GT – Grupo de Trabalho

Gy – Gray

Hab – Habitante (s)

HDR – High Dose Rate

IGRT - Image-guided radiation therapy

IMRT- Intensity-Modulated Radiation Therapy

INE – Instituto Nacional de Estatística

INFARMED - Autoridade Nacional do

Medicamento e Produtos de Saúde, I.P.

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INS – Inquérito Nacional de Saúde

IP – Instituto Público

IPO – Instituto Português de Oncologia

JOUE – Jornal Oficial da União Europeia

KSC – Knowledge, Skills and Competences. Em

português: Conhecimentos, Aptidões e

Competências

LVT – Lisboa e Vale do Tejo

MCDT – Meios Complementares de Diagnóstico

e Terapêutica

MPE – Medical Physics Expert. Em português:

Especialista em Especialistas em Física Médica

e Físicos Hospitalares

MV – Megavolt

NUTS – Nomenclatura de Unidades Territoriais

para Fins Estatísticos

OCDE – Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Económico

OM – Ordem dos Médicos

OMS – Organização Mundial de Saúde (WHO)

PET – Positron Emission Tomography

Pop - População

PPP - Parceria Público-Privada

RCM – Resolução de Conselho de Ministros

RM – Ressonância Magnética

RRH – Rede de Referenciação Hospitalar

ROR – Registo Oncológico Regional

SES - Secretário de Estado da Saúde

SICA – Sistema de Informação Contratualização

e Acompanhamento

SNS – Serviço Nacional de Saúde

SPA - Sector Público Administrativo

SPECT – Single Photon Emission Computed

Tomography

SRER – Sistema de Registo de

Estabelecimentos Regulados

SSNIP – Small but Significant and Non-

transitory Increase in Price

T- Tesla

TAC – Tomografia Axial Computorizada

TI – Tecnologia Informática

TDT – Técnico de Diagnóstico e Terapêutica

TC – Tomografia Computorizada

TMRG – Tempos Máximos de Resposta

Garantidos

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UE – União Europeia

ULS - Unidade Local de Saúde

WebSIG - Sistema de Informação Geográfica

SINAIS CONVENCIONAIS

N.d. - Valor não disponível

N.a. – Valor não aplicável

N. - Valor Absoluto em unidades

% - Percentagem

# - Número

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FIGURAS E QUADROS

FIGURAS

Figura 1: Etapas Macro da Elaboração da Carta de Equipamentos ........................................................... 40 

Figura 2: Diagrama de fluxo das etapas associadas à Resolução de Conselho de Ministros n.º 61/95, de

28 de junho ................................................................................................................................................. 47 

Figura 3: Diagrama de fluxo das etapas associadas ao Decreto-Lei n.º 492/99, de 17 de novembro, com a

redação dada pelo Decreto-Lei n.º 240/2000, de 26 de setembro .............................................................. 49 

Figura 4: Diagrama de fluxo das etapas associadas ao Despacho nº 1747/2014, de 21 de janeiro. ......... 53 

Figura 5: Estimativas de População Residente em Portugal – 1991-2012 (Fonte- INE) ............................ 55 

Figura 6: População residente em Portugal em 2012 (Fonte – INE) .......................................................... 56 

Figura 7: Pirâmide Etária da Região Norte (Fonte – INE Censos 2011) ..................................................... 57 

Figura 8: Pirâmide Etária da Região Centro (Fonte – INE Censos 2011) ................................................... 58 

Figura 9: Pirâmide Etária da Região de Lisboa e Vale do Tejo (Fonte – INE Censos 2011) ...................... 58 

Figura 10: Pirâmide Etária da Região do Alentejo (Fonte – INE Censos 2011) ......................................... 59 

Figura 11: Pirâmide Etária da Região do Algarve (Fonte – INE Censos 2011) .......................................... 60 

Figura 12: Projeção da população jovem e idosa residente em Portugal entre 2012-2020. (Fonte – INE

Censos 2011) ............................................................................................................................................. 61 

Figura 13: Projeção da população residente de Portugal em 2020 (Fonte – INE Censos 2011)................ 62 

Figura 14: Mapa com a localização dos Hospitais pertencentes ao SNS por Região de Saúde

(Fonte:Geosaúde) ....................................................................................................................................... 69 

Figura 15: Enquadramento dos Equipamentos Médicos Pesados nas Tecnologias da Saúde .................. 71 

Figura 16: Câmara Gama ........................................................................................................................... 80 

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Figura 17: Câmara Gama - TC ................................................................................................................... 82 

Figura 18: Ciclotrão..................................................................................................................................... 83 

Figura 19: PET ............................................................................................................................................ 84 

Figura 20: PET-TC ...................................................................................................................................... 85 

Figura 21:PET-RM ...................................................................................................................................... 86 

Figura 22: Câmara Hiperbárica ................................................................................................................... 87 

Figura 23: Angiógrafo ................................................................................................................................. 90 

Figura 24: RM ............................................................................................................................................. 93 

Figura 25: TC .............................................................................................................................................. 95 

Figura 26: Acelerador Linear ...................................................................................................................... 99 

Figura 27: Equipamento de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose ............................................................. 101 

Figura 28: Gama-Knife .............................................................................................................................. 103 

Figura 29: Simulador................................................................................................................................. 104 

Figura 30: Unidade de Telecobaltoterapia ................................................................................................ 105 

Figura 31: Distribuição das Câmara Gama e Câmara Gama-TC em Funcionamento por Região de Saúde

(31.12.2012) ............................................................................................................................................. 114 

Figura 32: Idade das Câmara Gama e Câmara Gama – TC em Funcionamento a Nível Nacional ......... 115 

Figura 33: Tipo de Atividade e Média de Horários de Funcionamento em Atividade Programada das

Câmara Gama e Câmara Gama – TC a nível Nacional ............................................................................ 116 

Figura 34: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 117 

Figura 35: Produção Realizada no Exterior por Falta de Capacidade Interna .......................................... 117 

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 19

Figura 36: Distribuição dos PET e PET - TC em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012) ..... 122 

Figura 37: Idade das PET e PET – TC em Funcionamento a Nível Nacional .......................................... 123 

Figura 38: Tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das PET e PET-TC a nível Nacional ......... 124 

Figura 39: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 124 

Figura 40: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................. 125 

Figura 41: Distribuição de Médicos de Medicina Nuclear por Região de Saúde ...................................... 129 

Figura 42: Percentagem de Médicos de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação ..................... 129 

Figura 43: Distribuição de TDT de Medicina Nuclear por Região de Saúde ............................................. 130 

Figura 44: Percentagem de TDT de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação ............................ 130 

Figura 45: Distribuição de Físicos Médicos de Medicina Nuclear por Região de Saúde .......................... 131 

Figura 46: Percentagem de Físicos Médicos na Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação ......... 131 

Figura 47: Distribuição das Câmaras Hiperbáricas em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

.................................................................................................................................................................. 134 

Figura 48: Idade das Câmaras Hiperbáricas em Funcionamento ............................................................ 135 

Figura 49: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das Câmaras

Hiperbáricas a Nível Nacional ................................................................................................................... 135 

Figura 50: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 136 

Figura 51: Distribuição de Médicos por Região de Saúde ........................................................................ 138 

Figura 52: Percentagem de Médicos por modalidade de vinculação ....................................................... 138 

Figura 53: Distribuição de TDT em Medicina Hiperbárica por Região de Saúde ...................................... 139 

Figura 54: Percentagem de TDT em Medicina Hiperbárica por Modalidade de Vinculação ..................... 139 

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Figura 55: Distribuição dos Angiógrafos em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012) ........... 142 

Figura 56: Idade dos Angiógrafos em Funcionamento ............................................................................. 143 

Figura 57: Características Técnicas dos Angiógrafos em Funcionamento ............................................... 144 

Figura 58: Tipos de Atividade e Horários de Funcionamento dos Angiógrafos a Nível Nacional ............. 144 

Figura 59: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 145 

Figura 60: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................. 146 

Figura 61: Distribuição das RM em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012) ......................... 149 

Figura 62: Idade das RM em Funcionamento .......................................................................................... 150 

Figura 63: Características Técnicas das RM em Funcionamento ............................................................ 151 

Figura 64: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das RM a Nível

Nacional .................................................................................................................................................... 151 

Figura 65: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 152 

Figura 66: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................. 153 

Figura 67: Distribuição das TC em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012) .......................... 156 

Figura 68: Idade das TC em Funcionamento ........................................................................................... 157 

Figura 69: Características Técnicas das TC em Funcionamento ............................................................. 158 

Figura 70: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das TC a Nível

Nacional .................................................................................................................................................... 158 

Figura 71: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 159 

Figura 72: Distribuição de Médicos de Radiologia e Neurorradiologia por Região de Saúde .................. 163 

Figura 73: Percentagem de Médicos Afetos à Radiologia por Modalidade de Vinculação ....................... 164 

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Figura 74: Percentagem dos Médicos Afetos à Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação............ 164 

Figura 75: Distribuição de TDT de Radiologia/Neurorradiologia por Região de Saúde ............................ 166 

Figura 76: Percentagem de TDT Afetos à Radiologia e Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação

.................................................................................................................................................................. 166 

Figura 77: Percentagem de TDT afetos à Cardiologia por modalidade de vinculação ............................. 167 

Figura 78: Distribuição de Físicos Médicos de Radiologia por Região de Saúde ..................................... 168 

Figura 79: Percentagem de Físicos Médicos na Radiologia por modalidade de vinculação .................... 168 

Figura 80: Distribuição dos Aceleradores Lineares em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

.................................................................................................................................................................. 173 

Figura 81: Idade dos AL em Funcionamento ............................................................................................ 174 

Figura 82: Características Técnicas dos AL em Funcionamento ............................................................. 175 

Figura 83: Tipos de Atividade e Horários de Funcionamento dos AL a Nível Nacional ............................ 175 

Figura 84: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 176 

Figura 85: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................. 177 

Figura 86: Distribuição da Braquiterapia de Alta Taxa de Dose em Funcionamento por Região de Saúde

(31.12.2012) ............................................................................................................................................. 181 

Figura 87: Idade dos Equipamentos de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose em Funcionamento .......... 182 

Figura 88: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das BT a Nível

Nacional .................................................................................................................................................... 183 

Figura 89: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 183 

Figura 90: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................. 184 

Figura 91: Distribuição dos Simuladores em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)........... 187 

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Figura 92: Idade dos Simuladores em Funcionamento ............................................................................ 188 

Figura 93: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento dos Simuladores

a Nível Nacional ........................................................................................................................................ 189 

Figura 94: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................... 189 

Figura 95: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................. 190 

Figura 96: Distribuição das TC em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012) .......................... 192 

Figura 97: Idade das TC em Funcionamento ........................................................................................... 193 

Figura 98: Características Técnicas das TC em Funcionamento ............................................................. 193 

Figura 99: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das TC a Nível

Nacional .................................................................................................................................................... 194 

Figura 100: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais ............................. 194 

Figura 101: Distribuição de Médicos por Região de Saúde ...................................................................... 198 

Figura 102: Percentagem de Médicos por modalidade de vinculação ..................................................... 198 

Figura 103: Distribuição de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por Região de Saúde ..................... 199 

Figura 104: Percentagem de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por modalidade de vinculação ..... 199 

Figura 105: Distribuição de Físicos Médicos de Radioncologia por Região de Saúde ............................. 200 

Figura 106: Percentagem de Físicos Médicos na Radioncologia por modalidade de vinculação ............ 200 

Figura 107: Rácio de EMP por milhão de habitantes existente e de referência. ...................................... 203 

Figura 108: Rácio de Exames realizados internamente por equipamento e por1000 habitantes ............. 203 

Figura 109: Top 5 Hospitais com maior número de EMP ......................................................................... 204 

Figura 110: Distribuição dos EMP das diferentes áreas por ARS (em funcionamento a 31.12.2012) ...... 207 

Page 23: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 23

Figura 111: Percentagem do total de EMP em funcionamentos por ARS (31.12.2012) ........................... 207 

Figura 112: Distribuição das Entidades Convencionadas na área de Medicina Nuclear .......................... 214 

Figura 113: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento Câmara Gama por ARS de

Prescrição ................................................................................................................................................. 215 

Figura 114: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento Câmara Gama por Origem de

Prescrição ................................................................................................................................................. 215 

Figura 115: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento Câmara Gama prescritos por

origem de prescrição nas diferentes ARS ................................................................................................ 216 

Figura 116: Distribuição das Entidades Convencionadas na área de Radiologia ..................................... 217 

Figura 117: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento TC por ARS de Prescrição .. 218 

Figura 118: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento TC por Origem de Prescrição

.................................................................................................................................................................. 218 

Figura 119: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento TC prescritos por origem de

prescrição nas diferentes ARS ................................................................................................................. 219 

QUADROS

Quadro 1: Total de Equipamentos por ARS vs. Estado .............................................................................. 35 

Quadro 2: Equipamentos da Carta de 1998 vs. Equipamentos da nova Carta de Equipamentos Médicos

Pesados ...................................................................................................................................................... 39 

Quadro 3: Ponto de situação dos questionários recebidos ......................................................................... 40 

Quadro 4: Correspondência entre Região Anatómica e Equipamento para Radiologia de Intervenção .... 44 

Quadro 5: Agregação das diferentes Modalidades de Vinculação ............................................................. 46 

Quadro 6: Caracterização das ARS (Fonte – INE) ..................................................................................... 56 

Page 24: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 24

Quadro 7: Projeção da população residente, segundo o sexo e os grandes grupos etários de Portugal

Continental e NUTS III (Fonte – INE) ......................................................................................................... 62 

Quadro 8: Nº de Instituições por ARS ......................................................................................................... 67 

Quadro 9: Instituições por Estatuto (2012) ................................................................................................. 68 

Quadro 10: Nº de Instituições por Estatuto (2012) ..................................................................................... 69 

Quadro 11: Classificação da BT de acordo com a Taxa de Dose ............................................................ 101 

Quadro 12: Classificação da BT de acordo com a Técnica de Colocação de fontes radioativas ............. 101 

Quadro 13:Classificação da BT de acordo com a Duração do Implante .................................................. 102 

Quadro 14: Classificação da BT de acordo com o Tipo de Carga ............................................................ 102 

Quadro 15: Rácios de Referência dos Equipamentos de Medicina Nuclear ............................................ 106 

Quadro 16: Rácios de Referência dos Equipamentos de Medicina Hiperbárica ...................................... 107 

Quadro 17: Rácios para os Equipamentos de Radiologia/Neurorradiologia ............................................. 109 

Quadro 18: Rácios de Referência dos Equipamentos de Radioncologia ................................................. 110 

Quadro 19: Estado das Câmara Gama e Câmara Gama- TC .................................................................. 114 

Quadro 20 Rácios de Câmara Gama em Funcionamento por 1.000.000 Habitantes ............................... 115 

Quadro 21: Produção das Câmara Gama e Câmara Gama-TC e Exames por 1.000 Habitantes ............ 116 

Quadro 22: Capacidade Nominal das Câmara Gama e Câmara Gama-TC ............................................. 117 

Quadro 23: Exames/Dia e Exames/Hora Câmara Gama e Câmara Gama-TC ........................................ 119 

Quadro 24: Estado das PET e PET- TC ................................................................................................... 122 

Quadro 25 Rácios de PET e PET-TC em Funcionamento por 1.000.000 Habitantes .............................. 123 

Page 25: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 25

Quadro 26: Produção das PET e PET-TC e Exames por 1.000 Habitantes ............................................. 124 

Quadro 27: Capacidade Nominal das PET e PET-TC .............................................................................. 125 

Quadro 28: Exames/Dia e Exames/Hora PET e PET-TC ......................................................................... 127 

Quadro 29: Distribuição de Médicos de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação por Região de

Saúde ....................................................................................................................................................... 129 

Quadro 30: Distribuição de TDT de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

.................................................................................................................................................................. 130 

Quadro 31: Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por Modalidade de Vinculação por

Região de Saúde ...................................................................................................................................... 131 

Quadro 32: Total de ETC por Grupo Profissional em Medicina Nuclear ................................................... 132 

Quadro 33: Estado das Câmaras Hiperbáricas ........................................................................................ 134 

Quadro 34: Rácios de Câmaras Hiperbáricas por 1.000.000 Habitantes ................................................. 134 

Quadro 35: Produção das Câmaras Hiperbáricas e Exames por 1000 Habitantes .................................. 136 

Quadro 36: Capacidade Nominal das Câmaras Hiperbáricas .................................................................. 136 

Quadro 37: Exames/Dia e Exames/Hora na Câmara Hiperbárica ............................................................ 137 

Quadro 38: Distribuição de Médicos por modalidade de vinculação por Região de Saúde ..................... 138 

Quadro 39: Distribuição de TDT em Medicina Hiperbárica por Modalidade de Vinculação por Região de

Saúde ....................................................................................................................................................... 139 

Quadro 40: Percentagem de ETC por grupos profissionais. .................................................................... 140 

Quadro 41: Estado dos Angiógrafos ......................................................................................................... 142 

Quadro 42: Rácios de Angiógrafos em Funcionamento por 1.000.000 Habitantes .................................. 143 

Quadro 43: Produção dos Angiógrafos e Exames por 1.000 Habitantes .................................................. 145 

Page 26: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 26

Quadro 44: Capacidade Nominal dos Angiógrafos ................................................................................... 145 

Quadro 45: Exames/Dia e Exames/Hora por Angiógrafo ......................................................................... 147 

Quadro 46: Estado das RM ...................................................................................................................... 149 

Quadro 47 Rácios de RM por 1.000.000 Habitantes ................................................................................ 150 

Quadro 48: Produção das RM e Exames por 1.000 Habitantes ............................................................... 152 

Quadro 49: Capacidade Nominal das RM ................................................................................................ 152 

Quadro 50: Exames/Dia e Exames/Hora por RM ..................................................................................... 154 

Quadro 51: Estado das TC ....................................................................................................................... 156 

Quadro 52: Rácios de TC por 1.000.000 Habitantes ................................................................................ 157 

Quadro 53: Produção das TC e Exames por 1000 Habitantes ................................................................. 159 

Quadro 54: Capacidade Nominal das TC ................................................................................................. 159 

Quadro 55: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................ 160 

Quadro 56: Exames/dia e Exames/Hora por TC ....................................................................................... 161 

Quadro 57: Nº de Efetivos vs. ETC de Radiologia e Neurorradiologia ..................................................... 163 

Quadro 58: Distribuição dos Médicos Afetos à Radiologia por Modalidade de Vinculação por Região de

Saúde ....................................................................................................................................................... 164 

Quadro 59: Distribuição dos Médicos Afetos à Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação por Região

de Saúde .................................................................................................................................................. 164 

Quadro 60: Nº de Efetivos vs. ETC de Outras Especialidades Médicas .................................................. 165 

Quadro 61: Distribuição de Médicos de Outras Especialidades por Modalidade de Vinculação por Região

de Saúde .................................................................................................................................................. 165 

Page 27: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 27

Quadro 62: Distribuição de TDT Afetos à Radiologia/Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação por

Região de Saúde ...................................................................................................................................... 166 

Quadro 63: Nº de Efetivos vs. ETC de TDT de Cardio-Pneumologia ....................................................... 167 

Quadro 64: Distribuição de TDT afetos à Cardiologia por modalidade de vinculação por Região de Saúde

.................................................................................................................................................................. 167 

Quadro 65: Distribuição de Físicos Médicos na Radiologia por modalidade de vinculação por Região de

Saúde ....................................................................................................................................................... 168 

Quadro 66: Proporção de ETC por Grupos Profissionais Afetos à Radiologia/Neurorradiologia .............. 169 

Quadro 67: Recursos humanos na área da Radiologia e respectiva distribuição pelas Regiões do País 170 

Quadro 68: Estado dos AL ........................................................................................................................ 173 

Quadro 69: Rácios de AL por 1.000.000 Habitantes ................................................................................ 174 

Quadro 70: Produção dos AL e Exames por 1.000 Habitantes ................................................................ 176 

Quadro 71: Capacidade Nominal dos AL ................................................................................................. 176 

Quadro 72: Exames/Dia e Exames/Hora dos AL ...................................................................................... 179 

Quadro 73: Estado dos Equipamentos de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose ...................................... 181 

Quadro 74: Rácios de BT por 1.000.000 Habitantes ................................................................................ 182 

Quadro 75: Produção das BT e Exames por 1.000 Habitantes ................................................................ 183 

Quadro 76: Capacidade Nominal das BT ................................................................................................. 184 

Quadro 77: Estado dos Simuladores ........................................................................................................ 187 

Quadro 78: Rácios de Simuladores por 1.000.000 Habitantes ................................................................. 188 

Quadro 79: Produção dos Simuladores e Exames por 1000 Habitantes .................................................. 189 

Page 28: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 28

Quadro 80: Capacidade Nominal dos Simuladores .................................................................................. 190 

Quadro 81: Estado das TC ....................................................................................................................... 192 

Quadro 82: Rácios de TC por 1.000.000 Habitantes ................................................................................ 192 

Quadro 83: Produção das TC e Exames por 1000 Habitantes ................................................................. 194 

Quadro 84: Capacidade Nominal das TC ................................................................................................. 195 

Quadro 85: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna ............................................ 195 

Quadro 86: Distribuição dos Médicos por modalidade de vinculação por Região de Saúde.................... 198 

Quadro 87: Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por modalidade de vinculação por

Região de Saúde ...................................................................................................................................... 199 

Quadro 88: Distribuição de Físicos Médicos na Radioncologia por modalidade de vinculação por Região

de Saúde .................................................................................................................................................. 200 

Quadro 89: Percentagem de ETC por grupos profissionais ..................................................................... 201 

Quadro 90: Entidades com Equipamentos duplicados na Medicina Nuclear ............................................ 204 

Quadro 91: Entidades com Equipamentos duplicados na Radioncologia ................................................ 205 

Quadro 92: Entidades com Equipamentos duplicados na Radiologia ...................................................... 206 

Quadro 93: Tempo Médio de Aquisição e um Equipamento .................................................................... 208 

Quadro 94: Tempo Médio de Instalação e um Equipamento .................................................................... 209 

Quadro 95: Número de Exames com o Equipamento Câmara Gama por Origem de prescrição e ARS 214 

Quadro 96: Número de Exames com o Equipamento TC por Origem de prescrição e ARS .................... 217 

Quadro 97: Definição dos valores constantes nas diferentes colunas do quadro referente ao Nº de

Equipamentos ........................................................................................................................................... 238 

Page 29: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 29

Quadro 98: Definição dos valores constantes nas diferentes colunas do quadro referente à produção dos

equipamentos instalados no SNS ............................................................................................................. 239 

Quadro 99: Definição dos valores constantes nas diferentes colunas do quadro referente à Idade dos

Equipamentos instalados no SNS ............................................................................................................ 239 

Quadro 100: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 240 

Quadro 101: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 241 

Quadro 102: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 241 

Quadro 103: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 242 

Quadro 104: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 243 

Quadro 105: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 243 

Quadro 106: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 245 

Quadro 107: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 245 

Quadro 108: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 246 

Quadro 109: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 247 

Quadro 110: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 247 

Quadro 111: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 248 

Page 30: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 30

Quadro 112: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 249 

Quadro 113: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 250 

Quadro 114: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 250 

Quadro 115: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 251 

Quadro 116: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 252 

Quadro 117: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 252 

Quadro 118: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 254 

Quadro 119: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 255 

Quadro 120: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 255 

Quadro 121: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 256 

Quadro 122: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 256 

Quadro 123: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 257 

Quadro 124: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 258 

Quadro 125: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 258 

Page 31: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 31

Quadro 126: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 259 

Quadro 127: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em

Portugal .................................................................................................................................................... 259 

Quadro 128: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS .......................... 260 

Quadro 129: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real

dos Equipamentos do SNS ....................................................................................................................... 260 

Page 32: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 32

AGRADECIMENTOS

O Grupo de Trabalho agradece a todas as pessoas e entidades que se disponibilizaram para colaborar na

Elaboração da Carta de Equipamentos Médicos Pesados e cujo contributo concorreu para o seu

enriquecimento.

Aos Centros Hospitalares, Hospitais e Unidades Locais de Saúde agradecemos o profissionalismo,

eficácia e, em especial, o tempo dispensado a preencher os formulários enviados sem os quais a

concretização deste trabalho não teria sido possível.

Gostaríamos de agradecer ao Dr. Ricardo Costa pelo trabalho desenvolvido no âmbito do tratamento de

dados, ao Dr. António Covas pelo desenvolvimento das ferramentas informáticas que permitiram agilizar

o processo de compilação dos dados e à Dra. Luísa Taveira pelos contributos prestados na área de

normalização da nomenclatura e sistema de informação dos equipamentos médicos. À Arq.ª Carla

Antunes, agradecemos os contributos para a elaboração do contexto legislativo e à Dra. Maria José

Proença a revisão inicial do texto.

Agradecemos à Dra. Luísa Prates, pelos esclarecimentos prestados no âmbito da Tabela de Meios

Complementares de Diagnóstico e Terapêutica – Convencionados, à Dra. Cármen Costa pelo tratamento

dos dados do sector convencionado e ao Eng. Hugo Castelo Branco pela sua colaboração na exploração

de dados da aplicação SIM@SNS.

Desejamos, igualmente, prestar o nosso sincero agradecimento à Dra. Ana Luísa Carvalho, Grupo de

Física do Centro Hospitalar de S. João do Porto, pelo seu grande apoio na área da Medicina Nuclear e ao

Eng. José Afonso, Físico Hospitalar no IPO de Lisboa, pelos seus valiosos contributos na análise do

presente documento e na elaboração dos textos relativos à radioprotecção e à situação atual da Física

Hospitalar.

Ao Dr. Nuno Miranda agradecemos a colaboração e articulação em todas as matérias de intersecção

entre os objetivos deste Grupo de Trabalho e as atividades do Programa Nacional para as Doenças

Oncológicas.

Ao Dr. Óscar Camacho agradecemos o empenho pessoal e a colaboração essencial prestada no âmbito

da especificidade da Câmara Hiperbárica.

Page 33: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 33

SUMÁRIO EXECUTIVO

A presente Carta dá cumprimento ao Despacho N.º 3484/2013 de Sua Excelência o Secretário de Estado

da Saúde, de 5 de março de 2013, que criou o Grupo de Trabalho, no qual foi realçada a necessidade de

determinar a capacidade instalada de equipamentos médicos pesados pertencentes às áreas de

Medicina Nuclear, Medicina Hiperbárica, Radiologia e Radioncologia, que integram o Serviço Nacional de

Saúde.

O trabalho inicia-se com uma pequena introdução, seguida da definição dos objectivos deste trabalho,

capítulos 1 e 2 respectivamente.

No capítulo 3 é descrita a metodologia aplicada na análise de dados, os pressupostos globais e alguns

mais específicos e subjacentes a cada um dos grupos de análise: caracterização dos equipamentos,

produção e recursos humanos.

No capítulo 4 é apresentado um breve enquadramento normativo do tema e no capítulo 5 é efectuada

uma caracterização da população portuguesa por região (Portugal Continental) e do universo das

unidades Hospitalares do SNS (capítulo 6), possibilitando uma visão global do contexto onde se inserem

estes equipamentos e que condiciona o planeamento nesta área.

Seguidamente (capítulo 7) é proposta uma definição para equipamento médico pesado como sendo, todo

e qualquer equipamento utilizado para fins de diagnóstico e/ou terapêutica, sujeito a controlos de

qualidade regulares e cujos recursos humanos são especializados e monitorizados quanto à eventual

exposição nociva decorrente do exercício da profissão (quando aplicável). Acresce que devem satisfazer,

pelo menos, 2 dos seguintes requisitos:

i. Elevado custo de aquisição/ manutenção a definir por Despacho próprio a emitir por

membro do Governo;

ii. Equipamento fixo com instalação específica inerente à sua utilização;

iii. Características físicas que impliquem a existência de infraestruturas específicas e

licenciadas para o seu funcionamento.

Procede-se no capítulo 8 a uma descrição genérica de cada um dos equipamentos considerados e, que

abaixo se elencam, indicando-se igualamente os rácios de referência associados aos equipamentos por

milhão de habitantes, exames por mil habitantes, capacidade nominal e anos de vida útil.

Page 34: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 34

Equipamentos considerados:

Medicina Nuclear

Câmara Gama

Câmara Gama - TC

Ciclotrão

PET

PET-TC

Medicina Hiperbárica

Câmara Hiperbárica

Radiologia

TC

RMN

Angiógrafo

Radioncologia

Acelerador Linear

Gama-knife

Cyber-knife

Simulador

Braquiterapia de alta-taxa de dose

Com o intuito de determinar a capacidade instalada foi enviado um inquérito às diferentes entidades que

constituem a rede hospitalar do SNS que permitiu aferir, entre outros, o número de equipamentos, as

suas características técnicas, idade, tipo de atividade, horários, produção interna e enviada ao exterior e

os recursos humanos associados ao seu funcionamento. Foi realizada uma análise detalhada por

equipamento e por região de saúde ou por área clínica, no caso dos recursos humanos, no capítulo 9.

Globalmente verificou-se que da suprarreferida lista existem 241 equipamentos, conforme se observa no

quadro seguinte. A região Norte detém a maior percentagem (35,7%), seguido pela região de Lisboa e

Vale do Tejo (34,9%) e pela região Centro (22,8%). A região do Alentejo apenas possui 5,0% do parque

de equipamentos e o Algarve 1,6%.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 35

ARS Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013 Total Geral

Norte 80 4 2 86

Centro 53 2 55

LVT 74 2 7 1 84

Alentejo 12 12

Algarve 4 4

Portugal 223 13 241

Quadro 1: Total de Equipamentos por ARS vs. Estado

Foi ainda realizada a análise ao sector convencionada tendo sido identificadas convenções apenas para

a câmara gama e a tomografia computorizada.

No capítulo 10 descrevem-se as inovações e tendências futuras para cada uma das áreas, sendo ainda

focada a importância da adopção de uma nomenclatura para esta área e o desenvolvimento de um

sistema de informação.

Após a análise realizada no capítulo 9, foi desenvolvido um exercício, no capítulo11, que visa determinar

as necessidades, a nível nacional1, dos equipamentos, anteriormente listados, considerando os rácios de

referência, a idade e os dados relativos à produção.

No capítulo 12 são elencadas diversas recomendações que o grupo considera importante pôr em prática

num futuro próximo.

1 Este exercício não foi realizado exclusivamente para o SNS pois considera-se que este não deve esgotar em si toda a capacidade instalada em matéria de equipamentos médicos pesados. Acresce ainda que ao indicar necessidades de instalação/subsituição de equipamentos, não está a ser garantido às instituições do SNS financiamento específico para tal. Apenas se diz que no estado actual se reconhece, por comparação com rácios internacionais e considerando o tempo de vida útil dos vários equipamentos, que será razoável, dentro da prática e racional clínico do momento, ter mais equipamentos ou menos de um determinado tipo.

Page 36: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 36

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 37

1 INTRODUÇÃO

O Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar apresentou, em novembro de 2011, um Relatório Final

intitulado “Os Cidadãos no Centro do Sistema, Os Profissionais no Centro da Mudança” onde definiu oito

Iniciativas Estratégicas que estruturavam um programa de mudança e uma verdadeira reforma estrutural

do sector hospitalar português.

O primeiro Eixo Estratégico identificado, tem como objetivo conseguir “Uma Rede Hospitalar mais

Coerente”.

O desenvolvimento dos últimos anos da rede hospitalar tem sido acompanhado por um crescimento

paralelo do parque de equipamentos médicos, alguns dos quais implicando elevados investimentos. Ao

longo dos anos este crescimento tem sido efetuado sem um controlo tão efetivo quanto seria desejável no

que se refere à aquisição e à renovação de equipamento, em particular em especialidades como

Medicina Nuclear, Medicina Hiperbárica, Radiologia e Radioncologia.

As aquisições não justificadas e sustentadas de equipamento podem conduzir à duplicidade dos mesmos

e a níveis não otimizados da sua utilização, dando origem a um parque de equipamentos desajustado da

realidade. Por outro lado, o desconhecimento dos equipamentos existentes, da sua diferenciação e da

sua idade têm levado à inexistência de um quadro de referência rigoroso que permita sustentar

corretamente e do ponto de vista técnico os investimentos a realizar. Estes fatores contribuem pois,

significativamente, para gastos nem sempre devidamente sustentados nesta área. Acresce, ainda, que as

informações atualmente disponíveis não permitem aferir se a capacidade instalada nas diferentes

instituições de saúde é suficiente para suprir as necessidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Deste modo o Relatório para a Reforma Hospitalar defendeu a atualização da Carta de Equipamentos de

Saúde, datada de 1998, como uma prioridade. Pretende-se que a Carta de Equipamentos se constitua

como um instrumento de relevância no planeamento de cuidados de saúde, interligando-se,

inevitavelmente, com a contratualização das carteiras de serviços e de cuidados das instituições de

saúde, e de suporte da decisão de investimentos em equipamentos pesados em saúde.

Ressalva-se o facto dos dados recolhidos se reportarem ao ano de 2012, pelo que poderão existir alguns

vieses.

Page 38: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 38

2 OBJETIVOS

Os objetivos principais deste trabalho são:

i. Proceder à Revisão da Carta de Equipamentos de Saúde que data de 1998;

ii. Aferir a capacidade atual instalada no SNS de Equipamentos Médicos Pesados, em Medicina

Hiperbárica, Medicina Nuclear, Radiologia e Radioncologia;

iii. Disponibilizar informação atualizada sobre a oferta pública atual para a realização de meios

complementares de diagnóstico e terapêutica nas áreas atrás referidas, determinando-se

relativamente a 31 de Dezembro de 2012:

a. O parque de equipamentos médicos pesados existentes no SNS

b. A sua localização;

c. Os recursos humanos que lhe estão afetos;

d. A sua produção referente ao ano de 2012.

iv. Aferir as necessidades de substituição, aquisição ou abate destes equipamentos;

A partir da informação recolhida procurou-se:

i. Aferir se a capacidade atual instalada de equipamentos médicos pesados é suficiente para suprir

as necessidades do SNS;

ii. Avaliar a necessidade de recurso ao setor convencionado;

iii. Permitir a rentabilização da capacidade instalada existente através da divulgação da oferta

pública existente junto da rede pública dos hospitais do SNS;

iv. Sustentar as decisões em matéria de aquisições e/ou substituições futuras, permitindo a

realização de gastos sustentados nesta área;

v. Lançar as bases de criação de um sistema de informação dinâmico e permanentemente

atualizado relativo a esta matéria;

No decurso deste trabalho, procurou-se ainda:

i. Proceder ao levantamento do contexto/ enquadramento legislativo nacional;

ii. Lançar a discussão sobre o que se perspetiva em matéria de evolução na área do ensino e da

formação nestas áreas;

iii. Proceder ao levantamento em termos internacionais da situação relacionada com estes

equipamentos em matéria de rácios de utilização.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 39

3 METODOLOGIA

Num primeiro momento do Grupo de Trabalho foram definidos o âmbito específico, territorial e

institucional do trabalho, os critérios de análise e os dados a usar, bem como as ações a desenvolver. Foi

decidido recorrer a duas fontes principais de informação: i) as existentes nos serviços centrais da ACSS e

ii) as existentes nas 51 unidades hospitalares do SNS. Com vista a recolher informação selecionada nas

unidades já referidas, foi elaborado um questionário específico a enviar a todos os Presidentes de

Conselhos de Administração dos hospitais nacionais (Anexo 0)

Nessa mesma reunião, foi, igualmente, consensualizada a definição de equipamento pesado e

determinado o universo de equipamentos a considerar.

A título informativo, foram comparados os equipamentos considerados na Carta de Equipamentos de

Saúde de 1998 e na nova Carta (2013), tendo como base o enquadramento, ou não, na definição

proposta para Equipamento Médico Pesado (EMP):

Área Equipamentos considerados na CES 1998

Equipamentos considerados na CEMP 2013

Justificação para exclusão/inclusão

Medicina Nuclear

PET PET - PET- TC Abrangido pela definição de EMP - PET-RM Abrangido pela definição de EMP Câmara-Gama Câmara-Gama - Câmara-Gama – TC Abrangido pela definição de EMP - Ciclotrão Abrangido pela definição de EMP

Radiologia Radiologia Convencional - Não abrangido pela definição de EMP Ecógrafo - Não abrangido pela definição de EMP Mamografo - Não abrangido pela definição de EMP TC TC RM RM Angiógrafo Angiógrafo

Radioncologia Acelerador Linear Acelerador Linear Telecobaltoterapia - Equipamento obsoleto - Simulador Abrangido pela definição de EMP Tomoterapia Tomoterapia Braquiterapia de Alta Taxa de Dose

Braquiterapia de Alta Taxa de Dose

Gamma-knife Gamma-knife - Cyber-knife Abrangido pela definição de EMP Medicina Hiperbárica

- Câmara Hiperbárica Abrangido pela definição de EMP

Outros Litotritor - Não abrangido pela definição de EMP Monitor de Hemodiálise - Não abrangido pela definição de EMP

Quadro 2: Equipamentos da Carta de 1998 vs. Equipamentos da nova Carta de Equipamentos Médicos Pesados

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CEMP | 40

Simultaneamente, foi realizado um levantamento do enquadramento legislativo e normativo bem como

um levantamento bibliográfico quer a nível nacional quer internacional. Estabeleceram-se, ainda,

definições necessárias à normalização do universo em estudo e pesquisaram-se fontes para

benchmarking internacional.

De uma forma geral podemos considerar que o trabalho se desenvolveu segundo três grandes etapas:

Figura 1: Etapas Macro da Elaboração da Carta de Equipamentos

No que concerne aos rácios de referência utilizados para equipamentos/106 habitantes, exames/103

habitantes, capacidade nominal dos equipamentos e anos de vida útil, correspondem aos valores

encontrados na literatura internacional, cujas fontes se indicam no subcapítulo relativo aos rácios, ou

basearam-se nestes tendo sido adaptados à realidade nacional (e.g. equipamentos da área de Medicina

Nuclear).

Tal como anteriormente explicitado, os dados ora apresentados decorrem da consulta às bases de dados

da ACSS e das respostas aos inquéritos enviados às várias entidades:

Quadro 3: Ponto de situação dos questionários recebidos

Análise Bibliográfica

• Documentos de carácter legal

• Documentos de referência nacionais

• Documentos de referência internacionais

Caracterização da situação atual

• Formulários Hospitais • Dados SICA • Caracterização da

População (caracteristicas etárias e dados epidemológicos)

Definição das necessidades

• Equipamentos Pesados • Inovação/Ensino • Trabalhos futuros • Identificar necessidades

ao nível da legislação

Entidades Consultadas

51

Entidades com Equipamentos

Médicos Pesados

Entidades sem Equipamentos

Médicos Pesados

42 9

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 41

As entidades que não detêm equipamentos médicos pesados são:

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa - Hospital Júlio de Matos;

Centro Hospitalar Póvoa do Varzim/Vila do Conde, E.P.E;

Centro Medicina de Reabilitação da Região Centro - Rovisco Pais;

Hospital Anadia - Hospital José Luciano de Castro;

Hospital Barcelos - Hospital Santa Maria Maior, E.P.E.;

Hospital Cantanhede - Hospital Arcebispo João Crisóstomo:

Hospital Magalhães Lemos, E.P.E.;

Hospital Ovar - Hospital Dr. Francisco Zagalo;

Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto.

O último questionário foi rececionado a 10.09.2013 o que, consequentemente, influenciou o

incumprimento do prazo estipulado pelo Despacho Nº 3484/2013, de 5 de março do Senhor Secretário de

Estado da Saúde (SES) para a conclusão do presente trabalho.

Importa referir ab initio os pressupostos aplicados na análise dos dados, permitindo, assim, estabelecer

uma leitura mais rigorosa dos mesmos.

3.1 PRESSUPOSTOS GLOBAIS:

Apenas foram considerados para o presente trabalho os Hospitais pertencentes ao SNS, tendo

sido por esse motivo excluídos da análise o Hospital da Prelada Dr. Domingos Braga da Cruz, o

Hospital da Cruz Vermelha e os Hospitais Militares.

Não foi contemplado para o presente trabalho a distância entre Hospitais, tendo a avaliação sido

realizada de forma macro, ou seja, por região de saúde.

No que concerne aos dados enviados pelas entidades pertencentes ao SNS, foi solicitado a

todas as instituições uma segunda verificação a fim de garantir a sua exatidão e corrigir

eventuais discrepâncias.

Desconhecem-se dados relativos às idades, produção e características dos equipamentos que

compõem o parque privado. O número de equipamentos instalados para as diversas áreas

provêm de fontes distintas, indicadas no capítulo relativo às necessidades, onde são utilizados.

No sector convencionado apenas foram consideradas as Câmara-Gama e as Tomografias

Computorizada, pois são os únicos equipamentos médicos pesados para os quais existem

convenções.

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CEMP | 42

A fonte utilizada para contabilizar a população da região é o Instituto Nacional de Estatística

(INE) através dos dados definitivos da população do Censos 2011. Uma vez que os Institutos

Português de Oncologia (IPO) são considerados Hospitais Especializados, a sua população

corresponde à da área de referência da respetiva Região de Saúde.

Inicialmente as unidades de análise consideradas foram as cinco Regiões de Saúde. No entanto,

após a análise dos valores dos vários indicadores, constatou-se que não são viáveis

comparações entre as Regiões de Saúde Alentejo e Algarve e as restantes Regiões de Saúde.

Considerando que na Região de LVT existem hospitais que prestam cuidados em algumas das

áreas também às Regiões do Alentejo e do Algarve, foi criada uma hipotética Região Sul, que

agrupou as ARS de LVT, Alentejo e Algarve com o objetivo de obter unidades de análise

comparáveis.

3.2 PRESSUPOSTOS PARA A CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Para a cartografia temática foram utlizados os mapas NUT II e NUT III do WebSIG. Visualmente,

os referidos mapas não contemplam Mação na Região Sul - LVT. Não obstante, para efeitos de

cálculo, Mação pertence à Região Sul;

O cálculo dos rácios aplicados aos equipamentos baseou-se na seguinte fórmula2:

Rácio do Equipamento z =Nº Total de Equipamentos z

População da Região×1.000.000 habitantes

O Rácio nacional é calculado a partir do número total de equipamentos em funcionamento no país. Uma

vez que estas populações não coincidem com as das Regiões de Saúde poderão existir viés na

interpretação da análise dos dados.

A data de recepção do último questionário foi 10.09.2013, o que permitiu determinar

equipamentos cujo funcionamento se iniciou no corrente ano;

Para a análise das características técnicas, idade e cálculo de rácios dos equipamentos apenas

foram considerados os equipamentos em funcionamento a 31.12.2012, tendo sido excluídos

todos os que se encontravam parados (por fecho das unidades onde se inserem) para abate ou

cujo funcionamento se iniciou apenas em 2013;

2 z corresponde ao nome do equipamento.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 43

Todos os equipamentos cujo estado foi identificado como parado para substituição foram

considerados como equipamentos a abater;

O cálculo da idade do equipamento tem como base a data de início de funcionamento, uma vez

que nem todos os equipamentos possuíam data de recepção do equipamento, pelo que não

reflete a idade técnica real do equipamento;

Considera-se que um equipamento corresponde a uma nova aquisição se o respetivo processo

de aquisição já se encontrar em curso;

Para o cálculo do tempo médio de aquisição do equipamento e do tempo médio de instalação do

equipamento, apenas foram consideradas as entidades que indicaram as datas de publicação da

aquisição, de receção e de início de funcionamento do equipamento. É condição necessária que

estas 3 datas sejam diferentes. As médias foram calculadas a partir da determinação do tempo

de aquisição e de instalação para cada um dos equipamentos de acordo com as seguintes

fórmulas:

Tempo de Aquisição = Data de Recepção - Data de Publicação da Aquisição

Tempo de Instalação = Data de Início de Funcionamento - Data de Recepção

3.3 PRESSUPOSTOS PARA A PRODUÇÃO

Os equipamentos de Radioncologia do Hospital de Braga não foram considerados para o

presente estudo por ausência de dados de produção, o mesmo se verifica para a Braquiterapia

de Alta-Taxa de Dose do IPO do Porto;

Procura – corresponde, para um dado equipamentos, à soma dos exames produzidos pelas

instituições com os exames solicitados ao exterior;

Os Serviços de Radioncologia que não possuem Simuladores foram contactados no sentido de

determinar qual o equipamento onde são realizadas as simulações de tratamentos. Os códigos

relativos às simulações foram então associados aos equipamentos indicados;

Os códigos de TC de planeamento em serviços de Radioncologia que não possuem TC

exclusiva foram associados aos equipamentos de TC partilhados pelo Hospital;

Uma vez que os exames de radiologia de intervenção vascular podem ser efetuados por

diferentes equipamentos, assumiu-se que:

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CEMP | 44

Região Anatómica Equipamento

Pescoço Ecografia

Tórax TC

Abdómen e Pélvis TC

Músculo-esquelético Ecografia

Quadro 4: Correspondência entre Região Anatómica e Equipamento para Radiologia de Intervenção

3.4 PRESSUPOSTOS PARA OS RECURSOS HUMANOS

Algumas considerações gerais sobre a Física Hospitalar e Física Médica:

i. Atualmente, em Portugal, os únicos profissionais reconhecidos pelas autoridades como tendo

habilitação para exercer a atividade na área da Física Médica são os Físicos Hospitalares,

especialidade integrada carreira dos Técnicos Superiores de Saúde.

Com esta especialidade existem entre 30 a 40 profissionais distribuídos por hospitais públicos e

instalações privadas;

ii. Como o processo de formação parou em 2004, o número existente tornou-se claramente

insuficiente pelo que foram sendo admitidos para funções de Física Médica recém-licenciados de

Biofísica, Engenharia Biomédica e outras licenciaturas que iniciaram a sua atividade com

períodos de treino variável, não se encontrando legalmente habilitados para o exercício das

funções;

iii. Não existem ainda em Portugal Especialistas em Física Médica (designação internacional e

abrangente para a profissão) pois não há formação, qualificação e estágios disponíveis e

validados que sejam adequados à preparação destes profissionais;

iv. Está a decorrer um regime transitório aplicável aos profissionais que se encontram em exercício

para atribuição do título de Especialistas em Física Médica;

v. Nestas circunstâncias, o número de físicos recolhido no inquérito pode conter efetivamente dois

grupos: os físicos legalmente habilitados/reconhecidos para exercer as suas funções e

competências (Técnicos Superiores de Saúde do Ramo da Física Hospitalar) e outros físicos

(não legalmente reconhecidos);

vi. O inquérito não pode deixar de incluir este último grupo dado que corresponde à realidade

nacional. Numa profissão com reconhecida responsabilidade na assistência aos pacientes uma

parte significativa da atividade está a ser exercida por profissionais com a mais variada formação

e experiência, sem qualquer controlo da sua competência. O estado português é responsável

pela implementação de um sistema estruturado de formação, qualificação e certificação dos

Page 45: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 45

EFM de acordo com as recomendações europeias. Não o fazendo está diretamente a criar um

problema de saúde pública cujos riscos são incontrolados,

Esta situação não se verifica com outros profissionais, Médicos e Técnicos com quem os Físicos

fazem equipa e partilham responsabilidades;

Para além das áreas de afetação da Medicina Nuclear, Medicina Hiperbárica, Radiologia,

Neurorradiologia e Radioncologia, identificadas no questionário, posteriormente, foram

consideradas as áreas de afetação da Cardiologia, Gastrenterologia e Cirurgia Vascular, por se

verificar uma elevada representatividade de profissionais que exerciam funções nestas áreas

associados ao angiógrafo;

Foi utilizado como Equivalente Tempo Completo (ETC) o número de horários semanais de

tempo completo (40h semanais), que resulta da conversão do número total de horas semanais

do conjunto de profissionais de saúde da mesma área, em horários de tempo completo;

Só foram contabilizados os Recursos Humanos efetivos das instituições hospitalares, ou seja,

não foram considerados os Internos do Complementar;

Existe uma instituição hospitalar da Região Norte, em que não foram incluídos os dados relativos

aos grupos profissionais da área de Radioncologia, uma vez que a instituição não efetuou a

separação entre os profissionais da área de Radiologia e da Radioncologia;

Uma instituição da Região Centro, não identificou os Recursos Humanos no questionário, uma

vez que a 31.12.2012 ainda não existiam profissionais afetos a estas áreas;

Existe uma instituição que colocou 1 profissional na modalidade de vinculação de comissão de

serviços, a qual foi agregada na modalidade de vinculação de contrato de trabalho em funções

públicas:

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CEMP | 46

Designação das Modalidades de Vinculação Designação Simplificada

Comissão Serviço

CTFP Contrato Trabalho em Funções Públicas a Termo Resolutivo Certo

Contrato Trabalho em Funções Públicas a Termo Resolutivo Incerto

Contrato Trabalho em Funções Públicas por Tempo Indeterminado

Contrato Individual Trabalho CIT

Contrato Trabalho a Termo Resolutivo Certo

Contrato Trabalho a Termo Resolutivo Incerto

Contrato Trabalho por Tempo Indeterminado

Contratos de Prestação de Serviço CPS

Quadro 5: Agregação das diferentes Modalidades de Vinculação

Pressupõe-se que os Hospitais tenham reportado apenas o número de profissionais afetos à

realização dos exames com os equipamentos objeto da presente Carta.

Nota importante para análise dos dados da região Centro: De acordo com o Decreto-Lei n.º 222/2007, de 29 de maio, e

presentemente, com o Decreto-Lei nº 22/2012, de 30 de janeiro de 2012, (Orgânica das Administrações Regionais de Saúde),

concretamente com o nº 1 do seu Artigo 2º - Jurisdição territorial e sede, “As ARS, I.P. exercem as suas atribuições nas áreas

correspondentes ao nível II da Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS)”.

A Região de Saúde do Centro que apresentava, em 2006, uma população estimada de 2.398.572 habitantes (distritos de Aveiro,

Castelo Branco, Coimbra, Leiria e Viseu) conta, atualmente e face mudança da sua jurisdição territorial, ocorrida em 2007, com

uma população de 1.737.216 habitantes (Censos 2011).

À diminuição da área de jurisdição da Região de Saúde do Centro e da sua população (menos cerca de 600 mil habitantes)

correspondeu o acréscimo das áreas de jurisdição e população das Regiões de Saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 47

4 CONTEXTO LEGISLATIVO E NORMATIVO

A instalação e a operação dos equipamentos constantes da presente Carta de Equipamentos Médicos

Pesados são condicionadas por um conjunto de legislação, que abaixo se identifica.

4.1 PEDIDO DE INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTO MÉDICO PESADO (EMP) JUNTO DO MINISTÉRIO DA

SAÚDE

O Decreto-Lei n.º 95/95, de 9 de maio, estabelece os procedimentos a que deve obedecer a instalação do

equipamento médico pesado, nos estabelecimentos de saúde, públicos e privados.

Com este diploma, a instalação do equipamento médico pesado fica sujeita a autorização do Ministro da

Saúde, a conceder de acordo com critérios de programação e de distribuição territorial, fixados em

Resolução do Conselho de Ministros.

A Resolução de Conselho de Ministros n.º 61/95, de 28 de junho, define os critérios a que fica sujeita a

instalação do equipamento médico pesado (angiografia digital, equipamento de Radioncologia –

radioterapia externa e braquiterapia; tomografia de emissão de positrões, câmaras gama e radiocirurgia

com gamma-knife).

Figura 2: Diagrama de fluxo das etapas associadas à Resolução de Conselho de Ministros n.º 61/95, de 28 de junho

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CEMP | 48

4.2 PROTEÇÃO E SEGURANÇA RADIOLÓGICA EM INSTALAÇÕES QUE UTILIZEM RADIAÇÕES IONIZANTES, NAS ÁREAS DE RADIOLOGIA, RADIONCOLOGIA E MEDICINA NUCLEAR

O Decreto-Lei n.º 180/2002, de 8 de agosto, estabelece as normas relativas à proteção da saúde das

pessoas contra os perigos resultantes das radiações ionizantes em exposições radiológicas médicas e

transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva nº 97/43/ EURATOM, do Conselho, de 30 de junho, que

revoga a Diretiva nº 84/466/EURATOM.

A instrução do pedido de licença de proteção e segurança radiológica junto da Direcção-Geral da Saúde é

regida pelo referido Decreto-Lei n.º 180/2002, de 8 de agosto, que define os critérios de aceitabilidade a

observar pelas instalações radiológicas, quanto a planeamento, organização e funcionamento.

Os critérios de aceitabilidade de instalações radiológicas estabelecidos neste diploma são aplicáveis a todos

os estabelecimentos públicos ou privados, comportando ou não serviços de internamento, que desenvolvam

práticas de radiodiagnóstico, de radioterapia e de medicina nuclear.

4.3 LICENCIAMENTO DE UNIDADES DE SAÚDE - LEGISLAÇÃO APLICÁVEL A UNIDADE QUE UTILIZEM

RADIAÇÕES - ÁREAS DE RADIOLOGIA / RADIONCOLOGIA / MEDICINA NUCLEAR 4.3.1 REGIME JURÍDICO ANTERIOR

O Decreto-Lei n.º 492/99, de 17 de novembro, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 240/2000, de 26 de

setembro, estabelece o regime jurídico do licenciamento e da fiscalização das unidades de saúde privadas

que utilizem, com fins de diagnóstico, de terapêutica e de prevenção, radiações ionizantes, ultrassons ou

campos magnéticos e estabelece os requisitos que as mesmas devem observar quanto a instalações,

organização e funcionamento.

As unidades do sector público e do sector social regem-se pelas regras de qualidade e segurança previstas

neste diploma.

Estes diplomas encontram-se em vigor até que sejam publicadas as portarias previstas no artigo 9º do

Decreto-Lei nº 279/2009, de 6 de outubro.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 49

Figura 3: Diagrama de fluxo das etapas associadas ao Decreto-Lei n.º 492/99, de 17 de novembro, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 240/2000, de 26 de setembro

4.3.2 ATUAL REGIME JURÍDICO

O Decreto-Lei nº 279/2009, de 6 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 164/2013, de 6 de dezembro,

estabelece o regime jurídico a que ficam sujeitos a abertura, a modificação e o funcionamento das unidades

privadas de serviços de saúde, com ou sem fins lucrativos, qualquer que seja a sua denominação, natureza

jurídica ou entidade titular da exploração.

Este diploma produz efeitos, para cada tipologia de unidades, com a publicação da portaria que aprove os

respetivos requisitos mínimos relativos à organização e funcionamento, recursos humanos e instalações

técnicas para o exercício da atividade das unidades privadas.

O Decreto-Lei n.º 164/2013, de 6 de dezembro, procedeu à primeira alteração ao Decreto -Lei n.º 279/2009,

de 6 de outubro, revendo, em função da natureza das atividades que desenvolvem, as tipologias das

unidades privadas de serviços de saúde sujeitas a procedimento simplificado, bem como o prazo

estabelecido para a adequação das unidades em funcionamento.

Com esta primeira alteração, e após a publicação da respetiva portaria, as unidades de saúde de Radiologia

passarão a encontrar-se sujeitas ao procedimento de licenciamento simplificado previsto no artigo 3.º do

referido diploma.

Unidade Saúde Privada

ARS

Comissão de Verificação

Técnica

Comissão Técnica Nacional

Emissão da Licença ou Recusa

- Pública - Privada

Envio do Requerimento

Verificação da instrução do processo

Realização de VistoriaElaboração do Relatório

Elaboração do Parecer Vinculativo

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CEMP | 50

4.4 OUTROS

O Despacho n.º 258/2003, de 8 de janeiro, de Sua Excelência o Senhor Secretário de Estado da Saúde, que

corresponde ao Manual de Boas de Práticas de Radiologia.

A circular informativa nº 37/DGS/DQCO que integra o Manual de Boas Práticas de Radioterapia que mereceu

a aprovação de Sua Excelência a Senhora Ministra da Saúde a 1 de Julho de 2009.

4.4.1 REGIME DO INTERNATO MÉDICO

O internato médico (regime do internato médico) rege-se pelo disposto no Decreto-Lei n.º 203/2004, de 18 de

agosto, na redação introduzida pelos Decretos-Leis nº 11/2005, de 6 de janeiro, nº 60/2007, de 13 de março,

nº 45/2009, de 13 de fevereiro, e nº 177/2009, de 4 de agosto, e pelo disposto no Regulamento do Internato

Médico aprovado pela Portaria n.º 251/2011, de 24 de junho.

De acordo com os diplomas acima referidos o internato médico corresponde a um processo único de

formação médica pós-graduada, teórica e prática, tendo como finalidade habilitar o médico ao exercício

tecnicamente diferenciado de uma das especialidades médicas legalmente reconhecidas.

O regime do internato médico prevê matérias a regular por instrumento próprio, designadamente no que

respeita à composição, nomeação, competências e funcionamento dos órgãos do internato médico;

reconhecimento de idoneidade e capacidade formativa das instituições, unidades e serviços de saúde

formadores; condições de acesso e formas de vinculação; regime e condições de trabalho; reafectação do

local de formação; bem como os importantes aspetos relacionados com o processo de avaliação contínua e

final dos formandos, e a atribuição de equivalência a formação obtida noutros contextos.

4.4.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS ESPECIALISTAS EM FÍSICA MÉDICA E FÍSICOS HOSPITALARES

FÍSICOS HOSPITALARES

O Decreto-Lei nº 414/91, de 22 de outubro que reformula o regime geral da carreira dos Técnicos Superiores

de Saúde na qual os Físicos Hospitalares estão inseridos. As Portarias nº 796/94, nº 931/94 e nº 1102/2001

complementam a atualizam o referido Decreto-Lei.

ESPECIALISTAS EM FÍSICA MÉDICA

O Decreto-Lei nº 180/2002 que estabelece as normas relativas à proteção da saúde das pessoas contra os

perigos resultantes das radiações ionizantes em exposições radiológicas médicas define:

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 51

«Especialista em física médica» físico qualificado em física médica com currículo científico e experiência a

reconhecer em diploma próprio e que, quando necessário, atue ou dê parecer sobre a dosimetria a aplicar ao

paciente, o desenvolvimento e a utilização de técnicas e equipamentos complexos, a otimização, a garantia

de qualidade, incluindo o controlo de qualidade, e sobre outros assuntos relacionados com a proteção contra

radiações em relação às exposições radiológicas abrangidas pelo presente diploma.

De acordo com a alínea a) do n.º 1 do artigo 20.º, deste Decreto-Lei, as instalações devem dispor, para além

dos profissionais médicos, de um ou mais Especialistas em Física Médica. Assim como, nos termos da alínea

c) do n.º 1 do artigo 34.º, no processo de licenciamento, é obrigatório a indicação do Especialista em Física

Médica (EFM) responsável pela instalação.

No entanto, mais de 10 anos após a sua publicação não existe, ainda, uma estrutura a funcionar que permita

a formação, qualificação e a certificação profissional dos especialistas a formar e que por esse processo

garanta a existência de profissionais de competência reconhecida, disponíveis para colmatar as

necessidades do sector público e privado da saúde.

O número mínimo de Especialistas em Física Médica (EFM) nas instalações de Radioterapia e Medicina

Nuclear está definido no Anexo II do Decreto-Lei nº 180/2002 (Tabela I e II), estando o tempo de presença do

EFM em Radiologia condicionado à complexidade das exposições e às funções de proteção radiológica do

pessoal e dos utentes.

A rápida evolução tecnológica dos equipamentos torna indispensável uma regular atualização destes

números. O documento em publicação European Guidelines on Medical Physics Expert (Capitulo 5. Medical

Physics Expert Staffing Levels in Europe) inclui tabelas atualizadas de rácios por técnica/equipamento e será,

durante os próximos anos, o documento de suporte nesta área para a transposição da nova diretiva europeia

nos vários estados membros.

4.4.3 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AOS TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

O Decreto-Lei nº 564/99, de 21 de dezembro que estabelece o estatuto legal da carreira de técnico de

diagnóstico e terapêutica.

O Decreto-lei n.º 320/99, de 11 de agosto que regulamenta o exercício das profissões de diagnóstico e

terapêutica, abrangendo: Técnico de Análises Clínicas e de Saúde Pública/ Técnico de Anatomia Patológica,

Citologia e Tanatológica/ Técnico de Audiologia/ Técnico de Cardiopneumologia/ Dietista/ Técnico de

Farmácia/ Fisioterapeuta/ Higienista oral/ Técnico de Medicina Nuclear/ Técnico de Neurofisiologia/

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CEMP | 52

Ortoptista/ Ortoprotésico/ Técnico de Prótese Dentária/ Técnico de Radiologia/ Técnico de Radioncologia/

Terapeuta da Fala/ Terapeuta Ocupacional/Técnico de Saúde Ambiental.

Este diploma abrange os profissionais que exerçam a sua atividade no território nacional, no sector público,

privado e cooperativo, sem prejuízo de outras exigências previstas em diplomas de carreira da Administração

Pública, bem como de normas especiais referidas a subsectores com controlo próprio.

O disposto no presente diploma não prejudica a aplicação de regulamentação específica de determinadas

profissões, de acordo com especiais características que lhes sejam inerentes, nem obsta à eventual fusão de

áreas profissionais quando tal se mostre necessário.

Já o Decreto-lei n.º 261/93, de 24 de julho regulamenta o exercício das atividades profissionais de saúde que

compreendem a utilização de técnicas de base científica.

4.4.4 AUTORIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS

Tendo em atenção a restrição de recursos e a impossibilidade de acumulação de novos pagamentos em

atraso, a realização de investimentos, quer novos quer em curso, por todas as entidades do SNS e

sempre que o valor total do investimento ultrapasse € 100 000, tem sido sujeita, desde 2012 (Despacho

SES nº 3402/2012, de 28 de fevereiro, e Despacho SES nº 2296/2013, de 1 de fevereiro), a autorização

prévia da tutela.

O atual Despacho do Senhor SES nº 1747/2014, de 21 de janeiro, estabelece a necessidade de

autorização prévia para a realização em 2014 de novos investimentos ou de investimentos em curso, por

todas as entidades do SNS, sempre que o valor total do investimento a ser pago em 2014 ou em anos

posteriores ultrapasse € 100 000, exceto se já tiverem sido aprovados pelo Senhor SES em 2012 e em

2013.

Page 53: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 53

Figura 4: Diagrama de fluxo das etapas associadas ao Despacho nº 1747/2014, de 21 de janeiro.

4.4.5 MEDICINA HIPERBÁRICA

EUROPEIA

Medical Device Directive 93/42;

Directive for Pressure Equipment 97/23 (Diretiva 97/23/CE do Parlamento Europeu e do

Conselho de 29 de maio de1997 relativa à aproximação das legislações dos Estados-membros

sobre equipamentos sob pressão);

European Norm 14931 - Pressure vessels for human occupancy (PVHO) - Multi-place pressure

chamber systems for hyperbaric therapy - Performance, safety requirements and testing.

NACIONAL

Decreto-Lei nº 211/99, de 14 de junho que transpõe para o direito interno a Diretiva n.º

97/23/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 29 de maio, relativa aos equipamentos sob

pressão;

A Diretiva 93/42/CEE relativa aos dispositivos médicos foi alterada pela Diretiva 2007/47/CE, do

Parlamento Europeu e do Conselho, a qual foi transposta através dos seguintes diplomas:

Declaração de Retificação n 60-A/2009, de 14 de agosto, que retifica o Decreto-Lei n.º

145/2009, de 17 de junho, do Ministério da Saúde;

ARS

ACSS

SES

Entidade Proponente

-ARS- Instituição Hospitalar

Requerimento

Elaboração de Proposta / Parecer

Comunicação da Decisão

Solicitação de Informações Adicionais*

Solicitação de Informações Adicionais*

*(quando necessário)

Parecer Único Prévio

Page 54: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 54

Decreto-Lei nº 145/2009, de 17 de junho, que estabelece as regras a que devem obedecer a

investigação, o fabrico, a comercialização, a entrada em serviço, a vigilância e a publicidade

dos dispositivos médicos e respetivos acessórios e transpõe para a ordem jurídica interna a

Diretiva 2007/47/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de setembro.

Decreto-Lei nº 90/2010, de 22 julho, que aprova, simplificando, o novo Regulamento de

Instalação, de Funcionamento, de Reparação e de Alteração de Equipamentos sob Pressão,

revogando o Decreto-Lei n.º 97/2000, de 25 de maio;

Decreto-Lei nº 90/2010, de 25 de maio;

São descritos requisitos administrativos, de segurança, de vigilância e a aplicação da carta de risco ISO

EN 14971.

As câmaras hiperbáricas e alguns dos seus componentes periféricos são consideradas recipientes sob

pressão e por este motivo devem também cumprir normas europeias e nacionais:

Existe ainda uma norma europeia para as câmaras terapêuticas multilugar EN 14931 onde são definidos

os requisitos para a operação da câmara, estrutura, tamanho e dimensões, controle da pressão, controle

do ambiente, instalação elétrica, proteção de incêndios, consola de controlo da câmara, sistema de

administração de gases sob pressão, comunicações e energia elétrica de emergência.

Para mais informação deve ser consultado o Código Europeu de Boas Praticas em Medicina Hiperbárica.

Page 55: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 55

5 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA

5.1 CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA

Portugal registou ao longo das últimas décadas importantes alterações demográficas, que se traduziram

num decréscimo acentuado da fecundidade, natalidade, mortalidade e especialmente da mortalidade

infantil. O comportamento destas variáveis demográficas refletiu-se na descida da taxa de crescimento

natural, excetuando-se o caso da diminuição da mortalidade infantil. A estrutura etária da população

portuguesa espelha estas tendências demográficas.

O fenómeno do duplo envelhecimento da população, caracterizado pelo aumento da população idosa e

pela redução da população jovem, continua bem vincado nos resultados dos Censos 2011.

Há 30 anos, cerca de 25,0% da população pertencia ao grupo etário mais jovem (0-14 anos), e apenas

11,4% estava incluída no grupo etário dos mais idosos (com 65 ou mais anos). Em 2011, a tendência

alterou-se e apenas cerca de 15,0% da população pertencia ao grupo etário mais jovem (0-14 anos)

passando 19,0% da população a ter 65 ou mais anos.

Segundo os Censos 2001, residiam em Portugal 10.356.117 indivíduos, dos quais 5.000.141 eram

homens e 5.515.578 mulheres. Através dos dados definitivos divulgados pelo Instituto Nacional de

Estatística (INE) sobre os Censos 2011, sabemos que Portugal tinha 10.562.178 residentes, o que

corresponde a um aumento da população residente de cerca de 2,0% relativamente a 2001, valor inferior

ao da taxa de crescimento registada de 1991 para 2001 (5,0%). O INE estimou para 31 de Dezembro de

2012 uma população residente de 10.487.289, ou seja, menos 74.8889 residentes do que a 31 de

dezembro de 2011. O gráfico seguinte traduz claramente a diminuição da taxa de crescimento nestes

últimos 3 anos:

Figura 5: Estimativas de População Residente em Portugal – 1991-2012 (Fonte- INE)

9.95

0.02

9

9.95

4.95

8

9.97

4.39

1

10.0

08.6

59

10.0

43.6

93

10.0

84.1

96

10.1

33.7

58

10.1

86.6

34

10.2

49.0

22

10.3

30.7

74

10.3

94.6

69

10.4

44.5

92

10.4

73.0

50

10.4

94.6

72

10.5

11.9

88

10.5

32.5

88

10.5

53.3

39

10.5

63.0

14

10.5

73.4

79

10.5

72.7

21

10.5

42.3

98

10.4

87.2

89

9.600.0009.700.0009.800.0009.900.000

10.000.00010.100.00010.200.00010.300.00010.400.00010.500.00010.600.000

Hab

itant

es

Ano

Page 56: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 56

Dos 10.487.289 residentes estimados em Portugal para 31 de dezembro de 2012, 4.995.697 eram

homens e 5.491.592 eram mulheres, como ilustrado pelo gráfico infra:

Figura 6: População residente em Portugal em 2012 (Fonte – INE)

5.1.1 CENÁRIO DEMOGRÁFICO DAS DIFERENTES ADMINISTRAÇÕES REGIONAIS DE SAÚDE (ARS)

Apresenta-se de seguida uma breve caracterização de cada ARS (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo,

Alentejo e Algarve) e o cenário demográfico, de acordo com os dados dos Censos de 2011.

ARS NUT III Área territorial de Intervenção (km2)

População Total Residente (hab)

Densidade Populacional (hab/km2)

Norte Ave, Cávado, Douro, Entre Douro e Vouga, Grande Porto, Minho-Lima, Tâmega e Alto Trás-os- Montes.

21.286 3.689.682 173,3

Centro

Baixo Mondego, Baixo Vouga, Beira Interior Norte, Beira Interior Sul, Cova da Beira, Dão-Lafões, Pinhal Interior Norte, Pinhal Interior Sul, Pinhal Litoral e Serra da Estrela.

23.273 1.737.216 74,6

LVT Grande Lisboa, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Oeste e Península de Setúbal

12.203 3.659.868 299,9

Alentejo Alentejo Central, Alentejo Litoral, Alto Alentejo e Baixo Alentejo.

27.330 509.849 18,6

Algarve Algarve. 4.997 451.006 90,3

Portugal Continental

n.a. 89.089 10.047.621 112,8

Quadro 6: Caracterização das ARS (Fonte – INE)

Page 57: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 57

5.1.2 ARS NORTE

De acordo com os dados dos Censos de 2011, no que respeita à ARS Norte, verifica-se que da totalidade

da população residente com 3.689.682 habitantes, 1.766.260 são homens e 1.923.422 mulheres. A sua

população residente distribui-se de acordo com a seguinte pirâmide etária:

Figura 7: Pirâmide Etária da Região Norte (Fonte – INE Censos 2011)

Na ARS do Norte, podemos constatar que a estrutura da pirâmide etária reflete uma maior percentagem

de jovens, em comparação com a percentagem de idosos, quando comparada com as outras Regiões,

sendo que 681.859 habitantes enquadram-se na faixa etária de <18.

5.1.3 ARS CENTRO

Relativamente à ARS Centro, de acordo com os dados dos Censos de 2011, a população residente era de

1.737.216 habitantes, sendo 827.440 habitantes homens e 909.776 habitantes mulheres.

6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e mais

% Mulheres

% Homens

Page 58: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 58

Figura 8: Pirâmide Etária da Região Centro (Fonte – INE Censos 2011)

No que respeita à ARS do Centro, a estrutura da pirâmide etária apresenta uma percentagem de adultos

e idosos elevada, em detrimento de uma proporção de jovens não muito elevada, ou seja, uma base mais

estreita do que a classe dos adultos, sendo que 285.295 habitantes referem-se à faixa etária <18.

5.1.4 ARS DE LISBOA E VALE DO TEJO

Quanto à ARS de Lisboa e Vale do Tejo, a população total residente, era de 3.659.868 habitantes, sendo

1.737.576 habitantes homens e 1.922.292 mulheres, segundo os dados dos Censos de 2011.

Figura 9: Pirâmide Etária da Região de Lisboa e Vale do Tejo (Fonte – INE Censos 2011)

6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e mais

% Mulheres

% Homens

6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e mais

% Mulheres

% Homens

Page 59: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 59

Em relação à ARS de Lisboa e Vale do Tejo, assiste-se a um aumento dos grupos etários mais jovens,

resultante de uma população rejuvenescida, representado por uma base menos estreita e uma menor

extensão das barras no topo, sendo que 668.771 habitantes enquadram-se na faixa etária de <18.

5.1.5 ARS ALENTEJO

Segundo os dados dos Censos de 2011, a ARS do Alentejo com uma população residente de 509.849

habitantes, encontra-se distribuída por 247.591 homens e 262.258 mulheres.

Figura 10: Pirâmide Etária da Região do Alentejo (Fonte – INE Censos 2011)

No que concerne à Região do Alentejo, os valores indicam que existe uma maior proporção de idosos,

existindo classes ocas significativas nos grupos etários dos jovens e adultos, logo a pirâmide desta região

apresenta uma base mais estreita e uma maior extensão das barras do topo, sendo que 80.308

habitantes se enquadram na faixa etária de <18.

5.1.6 ARS ALGARVE

Relativamente à ARS Algarve, segundo os dados dos Censos de 2011, a população residente era de

451.006 habitantes, verificando-se que 219.931 habitantes eram homens e 231.075 mulheres.

6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e mais

% Mulheres

% Homens

Page 60: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 60

Figura 11: Pirâmide Etária da Região do Algarve (Fonte – INE Censos 2011)

A Região do Algarve, evidencia igualmente uma pirâmide demográfica envelhecida, isto é, a proporção

dos jovens é inferior à dos adultos e dos idosos, apresentando, assim, uma base mais estreita do que a

classe dos adultos, sendo que 80.302 habitantes referem-se à faixa etária <18.

Pode constatar-se que:

A ARS do Norte tem uma maior percentagem de jovens, quando comparada com as restantes

ARS.

A ARS do Alentejo possui a população mais envelhecida comparada com as restantes ARS.

Com estas variações da população residente nas diversas regiões do país assiste-se a dois fenómenos, o

aumento da densidade populacional nas zonas do litoral e, consequentemente, a desertificação das

zonas do interior, povoadas essencialmente por pessoas idosas. O INE refere que se agravou “…o

desequilíbrio na distribuição da população pelo território. Os municípios do litoral registam indicadores de

densidade populacional mais elevados que os do interior…”. Este padrão de litoralização do país

reforçou-se na última década tendo-se também acentuado a tendência para a concentração da população

junto das grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.

6,0 4,0 2,0 0,0 2,0 4,0 6,0

0-45-9

10-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-7980-84

85 e mais

% Mulheres

% Homens

Page 61: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 61

5.1.7 PROJEÇÕES DEMOGRÁFICAS DA SITUAÇÃO PORTUGUESA

A médio e a longo prazo, podemos prever que os cenários da demografia portuguesa perspetivam o

agravamento dos problemas atuais, designadamente: o aumento da população com mais de 65 anos e a

diminuição da população jovem com o consequente aumento dos encargos sociais.

Através dos dados supra analisados, confirma-se que a população portuguesa está efetivamente a

envelhecer, por outras palavras, existe um aumento real do número de pessoas com 65 ou mais anos. A

figura abaixo colocada, representa não só a evolução dos números da população jovem e idosa (2012),

como a projeção da sua evolução até 2020.

Figura 12: Projeção da população jovem e idosa residente em Portugal entre 2012-2020. (Fonte – INE Censos 2011)

Observando as projeções, conclui-se que a tendência de aumento da população idosa e diminuição da

população jovem em 2012 é um cenário demográfico exemplificativo para o futuro. Conforme podemos

observar, e baseados nos valores do cenário base apresentados no gráfico 8, tanto no ano de 2015 e

2020, continuar-se-á a assistir ao aumento das pessoas com 65 anos ou mais e à diminuição das

pessoas até aos 14 anos.

Conclui-se que o envelhecimento da população portuguesa tenderá a agravar-se nos anos futuros, facto

suportado pelo ligeiro aumento da esperança de vida e um saldo migratório positivo. Prevê-se que em

2020 18,1% da população tenha 65 ou mais anos e que a população jovem (inferior a 14 anos)

represente apenas 16,1%. As diferenças entre os sexos tendem a manter-se ou a acentuar-se. Em 2020,

o índice de envelhecimento será de 135.6 para as mulheres e de 89.3 para os homens, conforme a

relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o quociente entre o

número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0

e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 pessoas dos 0 aos 14 anos).

1.46

4.37

9

1.48

3.70

3

1.37

7.32

2 1.96

2.00

6

1.93

1.98

4

2.05

8.76

0

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

2012 2015 2020

Hab

itant

es

Ano

0-14

65+

Page 62: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 62

Figura 13: Projeção da população residente de Portugal em 2020 (Fonte – INE Censos 2011)

Com base nos pressupostos de evolução aceites para cada componente demográfica, selecionaram-se

três cenários, partindo de diferentes conjugações das hipóteses evolutivas consideradas, sintetizadas no

quadro elencado abaixo, que se designaram por “cenário baixo”, “cenário base” e “cenário elevado”.

Grupo Etário

Cenário Baixo Cenário Base Cenário Elevado

2012 2015 2020 2015 2020 2015 2020

H/M H/M H/M H/M H/M H/M H/M

0-14 1.464.380 1.291.164 1.122.750 1.483.703 1.377.322 1.602.262 1.529.027

15-24 1.054.929 1.001.989 990.075 1.059.375 1.070.672 1.059.394 1.090.804

25-64 5.495.334 5.299.948 5.124.729 5.608.242 5.475.972 5.608.229 5.475.951

65+ 1.962.006 1.902.790 2.018.857 1.931.984 2.058.760 1.931.993 2.058.762

Total 9.976.649 9.495.891 9.256.411 10.083.304 9.982.72 10.201.878 10.154.544

Quadro 7: Projeção da população residente, segundo o sexo e os grandes grupos etários de Portugal Continental e NUTS III (Fonte – INE)

Está previsto, para qualquer um dos cenários, um decréscimo populacional associado a um contínuo

envelhecimento da população. É clara a redução significativa da percentagem de população em idade

ativa (entre 15 - 64 anos), em simultâneo com o aumento da proporção da população idosa (população

com 65 ou mais anos de idade), registando-se, igualmente, uma tendência de redução do peso relativo

da população jovem (população com idades inferiores a 15 anos).

Page 63: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 63

5.2 EPIDEMIOLOGIA

As alterações demográficas que se verificaram ao longo do século XX e início do século XXI, traduzem-se

na modificação e, por vezes, na inversão das pirâmides etárias, que refletem no envelhecimento da

população. Esta situação colocou aos sucessivos governos, às famílias e à sociedade em geral, desafios

para os quais não estavam preparados.

Envelhecer com saúde, autonomia e independência, constitui-se como um desafio à responsabilidade

individual e coletiva, com um impacto significativo no desenvolvimento económico dos países. O

prolongamento da vida associado a uma diminuição significativa de nascimentos tem conduzido não

apenas ao envelhecimento da população, mas à diminuição da camada jovem. No entanto a maioria dos

cenários não aponta um decréscimo da população.

De facto, os progressos alcançados pelo desenvolvimento, em particular, na área das ciências da saúde,

contribuíram, de modo decisivo, para um aumento da esperança média de vida em cerca de 30 anos

durante o século XX, continuando a aumentar durante o século XXI. O aumento da longevidade, que

afeta Portugal e toda a Europa tem um impacto profundo na saúde pública.

Segundo os dados do INE (31.12.2012), a estimativa da população residente em Portugal Continental

com +65 anos é de 1.962.006 habitantes, que representa 19,4% da população, com uma distribuição

geográfica caracterizada por um maior envelhecimento do Interior face ao Litoral, sendo a esperança de

vida à nascença, em Portugal, de 82,5 anos para as mulheres e 76,6 anos para os homens.

O processo de envelhecimento demográfico que estamos a viver, associado às mudanças verificadas na

estrutura e comportamentos sociais e familiares, determinará, nos próximos anos, novas necessidades

em saúde, lançando enormes desafios aos sistemas de saúde no que se refere não apenas à garantia de

acessibilidade e qualidade dos cuidados, como à sustentabilidade dos próprios sistemas e exigindo que,

ao aumento da esperança de vida à nascença, corresponda um aumento da esperança de vida “com

saúde” e sem deficiência. É ainda importante salientar a maior prevalência de multipatologia. É cada vez

mais frequente os indivíduos idosos possuam diferentes doenças em simultâneo, de maior complexidade

de diagnóstico, de tratamento e reabilitação.

Seguidamente são identificadas as principais causas de mortalidade identificadas pelas diversas

Administrações Regionais de Saúde em Portugal Continental.

Page 64: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 64

A ARS do Norte apresenta como principais causas de morte:

As doenças cardio e cerebrovasculares;

Os tumores malignos (mama, colo e reto, estômago, traqueia, brônquios e pulmão);

A doença crónica do fígado e cirrose.

A ARS do Centro apresenta como principais causas de morte:

Os tumores malignos (colo e reto, estômago, traqueia, brônquios e pulmão, e próstata);

As doenças cardio e cerebrovasculares;

A hipertensão;

A diabetes.

A ARS de Lisboa e Vale do Tejo apresenta como principais causas de morte:

As doenças cardio e cerebrovasculares;

Os tumores malignos (mama, colo do útero, colo e reto, estômago, próstata, traqueia, brônquios

e pulmão);

A diabetes.

A ARS do Alentejo apresenta como principais causas de morte:

As doenças cardio e cerebrovasculares;

A diabetes;

Os tumores malignos (mama, colo do útero, colo e reto, estômago, traqueia, brônquios e

pulmão);

A obesidade;

A saúde mental e doenças do foro psiquiátrico.

A ARS do Algarve apresenta como principais causas de morte:

As doenças do aparelho circulatório (doença cerebrovascular, isquémica cardíaca e outras

doenças do aparelho circulatório);

Os tumores malignos (mama, colo do útero, colo e reto, estômago, próstata, traqueia, brônquios

e pulmão);

As doenças do aparelho respiratório (pneumonia, bronquite crónica e asma).

Page 65: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 65

No que se refere às doenças cardio e cerebrovasculares, estas têm maior incidência nos grupos etários

acima dos 44 anos e no sexo masculino. Os tumores malignos, as doenças do aparelho respiratório, a

hipertensão, a diabetes e a doença crónica do fígado e cirrose têm maior incidência nas faixas etárias dos

45 a 64 anos e, igualmente, no sexo masculino.

Segundo a projeção das causas de morte (2011 -2016), baseada nas taxas brutas de mortalidade

prematura, em ambos os sexos evidencia a existência de uma tendência decrescente para as doenças

cardio e cerebrovasculares, o tumor maligno da mama e, a doença crónica do fígado e cirrose e, por

outro lado, uma tendência crescente para os tumores malignos colo e reto, próstata, estômago, traqueia,

brônquios e pulmão.

Page 66: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 66

Page 67: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 67

6 CARACTERIZAÇÃO DO UNIVERSO DE UNIDADES HOSPITALARES DO SNS

A partir de 2003, com a criação dos hospitais S.A., a estrutura da oferta hospitalar do SNS, sofreu

profundas alterações com mudanças de estatuto jurídico e fusões entre instituições.

O universo hospitalar do SNS contava, no final de 2012, com cinquenta e duas instituições, distribuídas

geograficamente, da seguinte forma por ARS:

ARS Nº de Instituições

ARS Norte 16

ARS Centro 13

ARS LVT 16

ARS Alentejo 4

ARS Algarve 3

Total 52

Quadro 8: Nº de Instituições por ARS

Relativamente ao estatuto das instituições existentes, verifica-se que a grande maioria (77%) são,

entidades públicas empresariais (E.P.E.), dotadas de autonomia administrativa, financeira e patrimonial e

regendo-se pelo regime jurídico aplicável às entidades públicas empresariais. No conjunto das E.P.E.,

contam-se 8 Unidades Locais de Saúde (ULS).

São instituições hospitalares especializadas, pertencentes à rede do SNS, os três Institutos de Oncologia,

localizados no Porto, em Coimbra e em Lisboa, integrando respetivamente as ARS Norte, Centro e LVT;

duas instituições psiquiátricas (Hospital de Magalhães Lemos, EPE e Centro Hospitalar e Psiquiátrico de

Lisboa), e dois Centros de Medicina Física e de Reabilitação (Centro Medicina Física e de Reabilitação

Rovisco Pais e Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul, PPP)

No sector público administrativo, permanecem sete instituições, pertencentes às ARS Centro e LVT.

São cinco as instituições em regime de parceria público privada (PPP), integrando uma à ARS Norte

(Hospital de Braga PPP), três a ARS de Lisboa e Vale do Tejo (Hospital de Cascais PPP, Hospital de Vila

Franca de Xira PPP e Hospital Beatriz Ângelo) e uma a ARS Algarve (Centro de Medicina Física e de

Reabilitação do Sul).

Page 68: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 68

A estrutura hospitalar do SNS é a apresentada nas tabelas seguintes:

ARS Estatuto Instituições Nº de Instituições

ARS

Nor

te

EPE

Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga, E.P.E

15

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, E.P.E.

Centro Hospitalar do Alto Ave, E.P.E.

Centro Hospitalar do Médio Ave, E.P.E.

Centro Hospitalar do Porto, E.P.E.

Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, E.P.E.

Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, E.P.E.

Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.

Centro Hospitalar de São João, E.P.E.

Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.

Hospital de Magalhães Lemos, E.P.E.

Hospital Santa Maria Maior, E.P.E.

ULS Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E.P.E. Unidade Local de Saúde do Alto Minho, E.P.E. Unidade Local do Nordeste, E.P.E.

PPP Hospital de Braga, PPP 1

ARS

Cen

tro

SPA

Hospital Arcebispo João Crisóstomo (Cantanhede)

4 Hospital Dr. Francisco Zagalo (Ovar)

Hospital José Luciano de Castro (Anadia)

Centro Medicina de Reabilitação Rovisco Pais

EPE

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, E.P.E.

9

Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.

Centro Hospitalar Tondela-Viseu, E.P.E.

Instituto Português de Oncologia de Coimbra, E.P.E.

Hospital Distrital Figueira da Foz, E.P.E.

Centro Hospitalar Leiria-Pombal, E.P.E.

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E.

ULS Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E.P.E. Unidade Local de Saúde da Guarda, E.P.E.

ARS

LVT

SPA Centro Hospitalar do Oeste (CHON + CHTV)

3 Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto

Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

EPE

Centro Hospitalar Lisboa Central EPE (c/ HCC+MAC)

10

Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E.

Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E.

Hospital Garcia de Orta, E.P.E.

Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E.

Centro Hospitalar Lisboa Norte E.P.E.

Hospital Distrital de Santarém, E.P.E.

Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.

Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, E.P.E.

Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, E.P.E.

PPP Hospital de Cascais PPP

3

Hospital de Vila Franca de Xira PPP Hospital Beatriz Ângelo, PPP

ARA

Alen

tejo

EPE

Hospital do Espírito Santo de Évora, E.P.E.

4 ULS

Hospital do Litoral Alentejano, E.P.E. Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, E.P.E. Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, E.P.E.

ARS

Alga

rve

EPE Hospital de Faro, E.P.E.

2 Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, E.P.E.

PPP Centro de Medicina Física e de Reabilitação do Sul 1

Quadro 9: Instituições por Estatuto (2012)

Page 69: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 69

Resumindo, verifica-se que existem:

ARS Nº de Instituições

Total EPE 40

das quais ULS 8

Total SPA 7

Total PPP 5

Total 52

Quadro 10: Nº de Instituições por Estatuto (2012)

A imagem seguinte pretende ilustrar a dispersão das entidades de saúde em Portugal Continental:

Figura 14: Mapa com a localização dos Hospitais pertencentes ao SNS por Região de Saúde (Fonte:Geosaúde)

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CEMP | 70

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 71

7 DEFINIÇÃO DE EQUIPAMENTO MÉDICO PESADO

Para uma correta definição da Carta de Equipamentos Médicos Pesados torna-se essencial definir quais

os critérios de inclusão, ou seja explicitar os equipamentos que farão parte integrante desta Carta. Nesse

sentido, é fundamental enquadrá-los no universo mais vasto em que se inserem e estabelecer o que se

entende por Equipamento Médico Pesado.

Figura 15: Enquadramento dos Equipamentos Médicos Pesados nas Tecnologias da Saúde

As Tecnologias de Saúde compreendem a aplicação dos conhecimentos e apetências sob a forma de

dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos para solucionar um

problema em saúde e melhorar a qualidade de vida.

Dentro das Tecnologias de Saúde interessa-nos destacar os dispositivos médicos que contemplam

qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material, implante ou outros artigos semelhantes

ou relacionados cuja ação primária no corpo humano não seja alcançada exclusivamente por meios

farmacológicos, imunológicos ou metabólicos e que foram destinados pelo seu fabricante para fins de

diagnóstico ou terapêutica em seres humanos para:

Diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento ou atenuação de uma doença;

Diagnóstico, controlo, tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou uma deficiência;

Estudo, substituição ou alteração da anatomia ou de um processo fisiológico;

Controlo da conceção;

Esterilização de dispositivos médicos; e

Recolher informação para fins médicos ou de diagnósticos através de estudos in vitro de

amostra retiradas do corpo humano.

Tecnologias de Saúde

Dispositivos Médicos

Equipamentos Biomédicos

Equipamentos Médicos Pesados

Page 72: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 72

Uma subcategoria deste grande grupo é a dos equipamentos biomédicos que genericamente

correspondem aos equipamentos utilizados diretamente por equipas multidisciplinares de profissionais de

saúde para a realização de atos de cura, de acompanhamento, diagnóstico e terapêutica de um paciente,

excluindo:

Medicamentos;

Reagentes;

Elementos e produtos provenientes do corpo humano (sangue, tecidos, células, etc.);

Dispositivos médicos estéreis;

Dispositivos médicos implantáveis; e

Dispositivos médicos consumíveis.

É no seio dos equipamentos biomédicos que podemos distinguir os equipamentos médicos pesados.

Atualmente, em Portugal, não existe uma definição para esta tipologia de equipamentos pesados pelo

que o Grupo de Trabalho sentiu necessidade de estabelecer uma definição de forma a poder ter um

critério claro para suporte dos equipamentos a analisar:

O grupo de trabalho considera equipamento médico pesado, todo e qualquer equipamento utilizado para

fins de diagnóstico e/ou terapêutica, sujeito a controlos de qualidade regulares e cujos recursos humanos

são especializados e monitorizados quanto à eventual exposição nociva decorrente do exercício da

profissão (quando aplicável). Acresce que devem satisfazer, pelo menos, 2 dos seguintes requisitos:

i. Elevado custo de aquisição/ manutenção a definir por Despacho próprio a emitir por

membro do Governo;

ii. Equipamento fixo com instalação específica inerente à sua utilização;

iii. Características físicas que impliquem a existência de infraestruturas específicas e

licenciadas para o seu funcionamento.

Page 73: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 73

8 CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS MÉDICOS PESADOS

No âmbito agora definido, foram considerados para o presente trabalho as Áreas e Equipamentos que de

seguida se discriminam:

Medicina Nuclear

Câmara Gama

Câmara Gama - TC

Ciclotrão

PET

PET-TC

PET-RM

Medicina Hiperbárica

Câmara Hiperbárica

Radiologia

TC

RMN

Angiógrafo

Radioncologia

Acelerador Linear

Braquiterapia de alta-taxa de dose

Cyber-knife

Gama-knife

Simulador

Tomoterapia

A caracterização dos diferentes equipamentos resulta da análise de múltiplos documentos consultados

neste âmbito e da colaboração com especialistas em cada uma das Áreas.

Elencam-se algumas características dos equipamentos e os diferentes rácios fundamentais para avaliar a

capacidade instalada:

Equipamentos por 1.000.000 habitantes (Equipamento/ 106 Hab);

Exames por 1.000 habitantes (Exames/103 Hab);

Page 74: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 74

Capacidade nominal do equipamento: “…número de exames ou tratamentos que um

equipamento tem capacidade de realizar, dentro das suas condições normais de funcionamento

e, com os recursos humanos e materiais necessários, no período de um ano, considerando 240

dias úteis por ano (atendendo aos períodos de paragem médios para manutenção e outros fins)

e um período de trabalho diário médio de 10horas.”; 3

E finalmente, os anos de vida útil estimados para cada tipo de equipamento.

8.1 PROTEÇÃO E SEGURANÇA RADIOLÓGICA

Os equipamentos pesados da saúde caracterizam-se por um conjunto exigente de condições a

providenciar em fase de planeamento, como sejam as resultantes do seu custo, a complexidade de

instalação e a necessidade de recursos humanos específicos. A acrescentar a estes, um outro aspeto

não menos importante que deve estar presente nas opções de aquisição diz respeito à segurança

radiológica das instalações e à proteção radiológica dos indivíduos expostos. Estes equipamentos,

excluindo a RM, são os responsáveis pelas maiores doses de exposição à radiação de origem médica a

que a população portuguesa está sujeita.

Assim, o modo como as opções de aquisição e escolhas de equipamentos é feita, bem como os cuidados

e salvaguardas de que devem ser rodeadas na sua exploração têm um impacto que vai muito para além

do mero aspeto económico.

A nova diretiva4 salienta a importância de evitar a proliferação desnecessária de equipamento médico,

promovendo a sua seleção racional, utilização otimizada e garantindo o controlo de qualidade periódico

do seu desempenho.

A utilização da radiação ionizante para diagnóstico ou tratamento médico é, de forma destacada, a maior

componente de exposição do homem à radiação de origem artificial e deve ser rodeada de cuidados que

garantam uma utilização segura, potenciando os seus benefícios e minimizando os efeitos indesejáveis.

Assim, o principal objetivo da proteção radiológica no contexto da exposição médica, ocupacional e do

público em geral é a aplicação do conhecimento científico e técnico para instituir um conjunto de práticas

3 Carta de Equipamentos de Saúde,1998

4 Proposal for a Regulation of the European Parliament ando of the Council on Medicla devices, and amending Directive 2001/83/EC, Regulation (EC) No 178/2002 and Regulation (EC) No 1223/2009

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 75

seguras, condicionadas por normas e recomendações a nível nacional e internacional que assegurem um

nível apropriado de proteção ao ser humano e ao meio ambiente, sem limitar de forma inadequada as

práticas benéficas da exposição às radiações.

O estabelecimento de níveis aceitáveis de risco, quer sob perspetiva individual, quer globalmente para a

sociedade e a aplicação do quadro normativo em vigor permite garantir a prevenção da incidência de

efeitos biológicos determinísticos (mantendo as doses abaixo de um determinado valor – o “limite de

dose”) e a redução da incidência dos efeitos biológicos estocásticos a níveis socialmente aceitáveis.

A proteção radiológica de pacientes, trabalhadores e público, baseia-se nos princípios definidos pela

Comissão Internacional de Proteção Radiológica (CIPR) e previstos nas Diretivas 96/29 Euratom e 97/43/

Euratom publicadas em 13 de Maio de 1996 e 30 Junho 1997 respetivamente, e integrados no

ordenamento jurídico interno através de vários diplomas legais, nomeadamente o Decreto-Lei

N.º180/2002 e o Decreto-Lei N.º 222/2008.

Os princípios fundamentais do sistema da proteção radiológica definidos pela CIPR são os seguintes:

Justificação: Nenhuma prática, envolvendo exposição às radiações, deve ser adotada se dela não

resultar um claro benefício para o homem ou para a sociedade, que contrabalance o detrimento

radiológico que ela induz. Este nível de justificação “geral” é aceite no que toca à utilização da radiação

ionizante em medicina. No caso das exposições médicas, o princípio de justificação pode ser definido da

forma seguinte: “nenhuma pessoa pode ser submetida a uma exposição radiológica médica, diagnóstico

ou terapêutica, a não ser que a mesma tenha sido justificada por um médico responsável tendo em conta

os aspetos seguintes:

A eficácia, os benefícios e os riscos das técnicas alternativas disponíveis com o mesmo objetivo

mas que envolvam menos ou nenhuma exposição à radiação ionizante;

Critérios de referência adequados para as exposições a prescrever no caso de exposição para

diagnóstico.

Aplicação dos limites de dose: A dose total de qualquer indivíduo devido a fontes regulamentadas em

situações de exposições planeadas diferentes daquelas da exposição médica de pacientes não deve

exceder a limites apropriados. Assim, os limites de dose são definidos como sendo referências máximas

fixadas para as doses resultantes da exposição às radiações ionizantes dos trabalhadores, aprendizes e

estudantes, e membros do público e os seus valores foram fixados no Decreto-Lei N.º 222/2008.

Page 76: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 76

Otimização da proteção: O valor das doses individuais, o número de indivíduos expostos e a provável

ocorrência de exposições onde não há a certeza das doses recebidas devem ser mantidas tão baixas

quanto o razoavelmente possível, tendo em atenção os diversos fatores de natureza económica e social.

Este princípio também é conhecido por ALARA, acrónimo de “As Low As Reasonably Achievable”. No

caso das exposições médicas de diagnóstico, trata-se de reduzir a exposição dos pacientes ao mínimo

necessário para alcançar as informações de diagnóstico pretendidas, tendo em conta padrões de

qualidade da imagem aceitáveis assim como os Níveis de Referência de Diagnóstico, quando aplicável.

Seguem-se alguns exemplos de como estes princípios podem ser aplicados na prática clínica para

garantir a proteção radiológica dos pacientes:

i. Estão disponíveis protocolos de prescrição de exames, para orientação dos médicos

prescritores de modo a que a solicitação de exames seja feita seguindo um consenso

alargado e, colocando, sempre questões de ponderação da pertinência do exame:

a. O exame com radiação ionizante é realmente necessário para o diagnóstico?

b. O benefício para o paciente é maior que o risco?

c. Não poderão ser usados exames anteriores? O exame é necessário agora?

d. Podem ser usadas alternativas de exames sem radiação ionizante (RM;US)

ii. Os procedimentos de realização dos exames de diagnóstico com recurso a Radiações

Ionizantes, ou da utilização de fontes seladas e não seladas para tratamento, devem ser

otimizados, i.e., devem ser usadas todas as possibilidades técnicas disponíveis que promovam a

redução de dose garantido que não existe perda da informação de diagnóstico.

Se não puder ser dispensada a realização de exames com radiação ionizante então devem ser

usadas todas as possibilidades técnicas e operacionais disponíveis que promovam a redução de

dose garantido que não existe perda da informação de diagnóstico.

iii. A proteção radiológica dos pacientes depende também do bom desempenho dos equipamentos

radiológicos, que é garantido através do estabelecimento de um programa de controlo de

qualidade dos equipamentos de diagnóstico e tratamento. O controlo de qualidade dos

equipamentos é obrigatório e é da responsabilidade dos Especialistas em Física Médica (EFM).

Os critérios mínimos de aceitabilidade estão estabelecidos e foram revistos pela Comissão

Europeia para os equipamentos de radiodiagnóstico, medicina nuclear e radioterapia.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 77

a. Associado ao processo de aquisição está o que se designa por testes de aceitação.

Este tipo de testes destinam-se a comprovar que o equipamento e a instalação estão

de acordo com o Caderno de Encargos e estão salvaguardadas boas condições para o

início de exploração do equipamento. Estes testes, conduzidos por EFM devem ser

extensos e completos de forma a constituir um conjunto de parâmetros iniciais que

servirão de base para comparações posteriores.

b. Os testes de controlo da qualidade de rotina são constituídos por um conjunto de

verificações e medidas, estabelecidas por protocolos e que se destinam a verificar se o

desempenho do equipamento é adequado ao longo do tempo e as características

iniciais não se degradaram. Estes testes, executados pelos EFM ou supervisionados

por eles, têm uma periodicidade variável conforme os objetivos do controlo a efetuar e a

complexidade do equipamento;

iv. O controlo da conformidade das exposições médicas com os Níveis de Referência de

Diagnóstico também faz parte do programa de garantia da qualidade exigido pelo Decreto-Lei

N.º 180/2002.

Para além das noções básicas de proteção contra as radiações ionizantes (por exemplo, no caso

do risco de exposição externa, a maximização da distância à fonte, a minimização do tempo de

exposição e o uso de ecrãs de proteção), a proteção radiológica dos trabalhadores

profissionalmente expostos à radiação ionizante é garantida através de medidas obrigatórias tais

como a formação específica em proteção contra radiações, a monitorização da sua exposição

externa à radiação por dosimetria individual e a sua vigilância médica. Existem vários

documentos publicados na literatura que tratam da formação em proteção contra radiações para

os profissionais envolvidos nas exposições radiológicas médicas (médicos especialistas em

radiologia, medicina nuclear e radioterapia, técnicos de diagnóstico e terapêutica, especialistas

em física médica, enfermeiros, odontologistas, cardiologistas, ortopedistas, anestesistas e ainda

outras especialidades médicas que trabalham fora dos Serviços de Radiologia).

A legislação portuguesa prevê medidas adicionais que permitem garantir a segurança radiológica das

fontes de radiação ionizante e consequentemente a proteção e segurança dos trabalhadores, do

público geral e dos pacientes. As principais medidas são:

i. As normas de construção das instalações radiológicas previstas no Decreto-Lei N.º

180/2002.

Page 78: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 78

ii. O licenciamento das instalações radiológicas previsto no Decreto-Lei N.º 180/2002.

iii. As exigências de conceção e fabrico dos equipamentos radiológicos.

iv. A classificação e sinalização das áreas de risco radiológico de acordo com o Decreto-

Regulamentar N.º 9/90.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 79

8.2 MEDICINA NUCLEAR

A Medicina Nuclear utiliza radionuclídeos ou fármacos marcados com traçadores radioativos com o

objetivo da obtenção de estudos morfofuncionais com imagem (e.g. cintigrafias, PET), estudos funcionais

sem imagem (e.g. fixação do iodo na tiroide, TFG com crómio EDTA) e para fins de terapêutica

(radioterapia seletiva), aquando do tratamento complementar, e.g. de metástases de carcinoma da tiroide

com I-131, terapêutica com microesferas de 90Y de metástases hepáticas, tratamento da dor óssea com

90Sr, 153Sm ou 223Ra. Como tal, a Medicina Nuclear utiliza câmaras gama (simples ou híbridas), PET

(simples ou híbridos), sondas de captação e uma panóplia de variada tecnologia normalmente existente

num departamento de Medicina Nuclear.

Todo o tipo de atividade radioativa administrada a doentes é rigorosamente calculada na base de

orientações e protocolos europeus (ref. European Association of Nuclear Medicine Guidlines).

A Medicina Nuclear aparece muito ligada à atividade de especialidades médicas, tais como, Oncologia,

Cardiologia, Pediatria, Nefro-urologia, Ortopedia, Neurologia, e também em campos de atividade

multidisciplinar, tais como, Infeção/ Inflamação, Epilepsia e Diabetes. Com o advento da terapêutica

génica, a utilização da tecnologia PET é ainda mais incontornável. Por estas razões, as unidades que

prestem cuidados nas áreas atrás referenciadas devem dispor de uma forte ligação a Serviços de

Medicina Nuclear.

0s exames de Medicina Nuclear devem ser feitos sob a responsabilidade de um médico da

especialidade, sendo necessários os seguintes recursos humanos: um médico da especialidade de

Medicina Nuclear, um técnico de saúde de Medicina Nuclear e um físico responsável.

O equipamento requer calibrações que habitualmente são feitas para cada tipo de exame e deve haver

protocolos de controlo de qualidade.

Page 80: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 80

8.2.1 CÂMARA GAMA

Figura 16: Câmara Gama

As modernas câmaras gama têm o mesmo princípio de operação que a primitiva câmara de Anger (a

câmara de cintilação ou câmara gama foi desenvolvida por Hal Anger em I958 e tomou-se o principal

instrumento clínico da Medicina Nuclear em meados dos anos 60, tendo havido progressos importantes

que melhoraram significativamente as imagens e os estudos funcionais da Medicina Nuclear.

Esses progressos têm sido conseguidos pela otimização de alguns componentes, por exemplo, através

de uma melhor acoplação ótica entre cristal e fotomultiplicadores, de um aumento do número de

fotomultiplicadores, pelo recurso a fotocátodos mais sensíveis ou aproveitando os avanços tecnológicos

nas componentes eletrónicas como os conversores analógico-digitais, os microprocessadores e as

memórias digitais de alta velocidade, que têm permitido a digitalização dos sinais de saída dos

fotomultiplicadores (posicionamento da emissão e energia) dentro da câmara e as correções em tempo

real das variações de resposta dos fotomultiplicadores em função de energia, das distorções espaciais de

ganho dos fotomultiplicadores.

Estes aperfeiçoamentos das câmaras permitem hoje muito melhores imagens, mas implicam também

uma maior exigência do operador em termos do controlo da qualidade dos sistemas.

Nas câmaras recentes, o computador é um elemento imprescindível e faz parte integrante do sistema da

câmara gama na aquisição e processamento das imagens, no arquivo da informação e no controlo de

qualidade.

Um dos grandes avanços em termos de imagem, foi o recurso às técnicas tomográficas, particularmente

a tomografia transaxial, que consiste na visualização do interior do organismo em direção perpendicular

ao eixo maior com ângulos de incidência variando de modo contínuo ou discreto de 180° a 360°.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 81

O tratamento destas imagens planares sucessivas, recorrendo a algoritmos matemáticos, de

reconstrução, só possíveis com os modernos computadores, permitiu discriminar a informação relativa

aos planos perpendiculares ao eixo do doente, conseguindo um considerável avanço na qualidade da

informação dos exames da Medicina Nuclear, não só morfológica mas funcionalmente.

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8.2.2 CÂMARA GAMA COM TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (CÂMARA GAMA - TC)

Figura 17: Câmara Gama - TC

Os equipamentos híbridos de SPECT com tecnologia TC (Tomografia Computorizada), são designados

por sistemas SPECT/TC e permitem efetuar a fusão de imagens tridimensionais de SPECT (funcionais)

com imagens anatómicas tridimensionais de elevada resolução da TC.

Em Medicina Nuclear, o uso de Tomografia Computorizada (de baixa dose) destina-se apenas à

aquisição de imagens de correção de atenuação do paciente de forma a melhorar a qualidade de imagem

e facilitar a localização anatómica da captação do radioisótopo. As imagens de atenuação são utilizados

em conjunto com as imagens nucleares mas estas não devem ser utilizadas com o objetivo de

diagnóstico.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 83

8.2.3 CICLOTRÃO

Figura 18: Ciclotrão

Um ciclotrão é um acelerador de partículas utilizado para produção de radionuclídeos artificiais, que

podem ser utilizados em Tomografia por Emissão de Positrões (PET).

A produção dos radionuclídeos nos ciclotrões é conseguida através de reações nucleares entre estas

partículas aceleradas (que podem ter energias variáveis e controladas) e um material conveniente (alvo)

escolhido de acordo com o objetivo de produção. As características físicas e as dimensões do alvo, bem

como a corrente de partículas utilizada, condicionam o rendimento de produção de um ciclotrão.

A adequada ligação química a uma molécula de interesse, permite utilizar os radionuclídeos na produção

de radiofármacos, que após as devidas verificações, podem ser utilizados em humanos. Esta ligação

química e o respetivo controlo de qualidade são obrigatoriamente realizados em equipamentos

designados por módulos/unidades de radioquímica ou de radiofarmácia. Estes módulos são devidamente

blindados para permitir a manipulação de materiais radioativos de acordo com os princípios de

radioprotecção.

A equipa a funcionar numa instalação de Ciclotrão (centro de produção de radionuclídeos e

radiofármacos) é uma equipa multidisciplinar. Este tipo de instalação deverá ter um licenciamento

específico para a produção, bem como, um licenciamento específico para a comercialização e transporte.

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CEMP | 84

8.2.4 TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE POSITRÕES (PET)

Figura 19: PET

A PET é um método de obtenção de imagens tridimensionais do interior do corpo sobre o estado

funcional de diversos órgãos. O radionuclídeo emissor de positrões é associado a uma molécula

envolvida em determinado ciclo metabólico (e.g. consumo de açúcar pelas células). Ao serem emitidos,

os positrões conjugam-se com electrões (aniquilação). O resultado desta conjugação é a emissão de

fotões gama de alta energia, com a mesma direção mas sentidos opostos.

Devido à física das partículas envolvidas (dois fotões emitidos simultaneamente a 180 graus), é possível

obter imagens de Medicina Nuclear com maior resolução e contraste do que na tecnologia SPECT. As

desvantagens são a maior complexidade na produção dos radioisótopos e o maior custo dos

equipamentos, instalações e recursos humanos.

A existência de um Centro de Medicina Nuclear exige uma zona protegida de preparação dos

radiofármacos com ventilação forçada e um sistema especial de tratamento de resíduos de acordo com

legislação preparada para o efeito (Decreto-Lei nº 180/2002, publicado no Diário da República, II série, de

8 de agosto).

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 85

8.2.5 TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE POSITRÕES COM TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (PET-TC)

Figura 20: PET-TC

Um sistema PET/TC integra a possibilidade de obter informações anatómicas precisas, por Tomografia

Computadorizada, à potencialidade de obter imagens moleculares, por Tomografia de Emissão de

Positrões, numa única imagem resultante do co-registo destas.

Os benefícios deste sistema são a obtenção de imagens anatómicas de alta resolução para a fusão de

imagem, a correção de atenuação e a localização anatómica.

Este sistema, combina a funcionalidade de PET e TC no mesmo sistema físico, permitindo aos doentes

realizar ambos os exames sem terem de se deslocar. As imagens resultantes, PET e TC, são adquiridas

no mesmo referencial espacial sem ser necessário um alinhamento entre os dois sistemas. Estas

imagens podem ainda ser utilizadas para o planeamento de tratamentos de Radioncologia em doentes

oncológicos, evitando assim a exposição adicional do doente.

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CEMP | 86

8.2.6 TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE POSITRÕES COM RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (PET-RM)

Figura 21:PET-RM

Os tomógrafos PET/MR utilizam as tecnologias PET e RM conjugadas num único equipamento e

encontram-se divididos em dois grandes grupos: os sistemas que adquirem as imagens de PET e RM de

forma simultânea e os que adquirem estas imagens de forma sequencial (duas gantry, uma mesa de

paciente).

A filosofia de funcionamento é semelhante ao PET/CT, com a vantagem de se poder adquirir em

simultâneo PET e RM, com obtenção de imagem anatómica sem radiação ionizante (RM), correção de

atenuação por RM e localização anatómica com fusão de imagem de alta resolução espacial.

As principais aplicações clínicas são os estudos oncológicos, estudos neurológicos avançados, estudos

na área de Cardiologia e de investigação e o planeamento de Radioterapia.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 87

8.3 MEDICINA HIPERBÁRICA 8.3.1 CÂMARA HIPERBÁRICA

Figura 22: Câmara Hiperbárica

As câmaras hiperbáricas são dispositivos de risco intermédio potencialmente lesivo para os seus

ocupantes, devido ao aumento da pressão ambiente no seu interior e ao aumento da pressão parcial de

oxigénio inalado. Podem ser mono ou multilugares.

As câmaras monolugares tratam um doente de cada vez, são pressurizadas com oxigénio puro e não

permitem assistência médica imediata ao doente em caso de necessidade. As novas câmaras monolugar

permitem também tratar doentes críticos ventilados em que o manuseio do equipamento (ventilador e

monitorização é realizada no exterior pelos profissionais de saúde.

As câmaras multilugar permitem tratar vários doentes em simultâneo, a capacidade standard permite

acomodar 12 doentes sentados, são pressurizadas com ar e os doentes inalam oxigénio ou outras

misturas gasosas selecionadas (ex. heliox) através de mascaras buconasais, tendas cefálicas ou

entubação orotraqueal.

Como dispositivos médicos devem cumprir as normas europeias e nacionais5

A MEDICINA HIPERBÁRICA E SUBAQUÁTICA

A Medicina Hiperbárica e Subaquática (MHS) é uma área médica que se dedica ao tratamento de

patologias num meio ambiente com pressão superior à atmosférica.

Os doentes realizam estes tratamentos alojados no interior de câmaras estanques, as câmaras

hiperbáricas multilugar que são pressurizadas com ar, ou em câmaras monolugar.

5 Consultar o contexto legislativo.

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CEMP | 88

No interior das câmaras hiperbáricas os doentes podem inalar oxigénio puro ou outras misturas gasosas

através de uma máscara facial, ou de uma tenda cefálica ou ventilados artificialmente através de um tubo

endotraqueal como no caso dos doentes críticos artificialmente através de um tubo endotraqueal como no

caso dos doentes críticos.

A inalação de oxigénio puro (O2 a 100%) a uma pressão superior á pressão atmosférica no interior da

câmara hiperbárica denomina-se Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB).

Como historicamente as câmaras hiperbáricas estão relacionadas com o tratamento da doença de

descompressão dos mergulhadores, a MHS dedica-se também ao estudo das adaptações fisiológicas, á

profilaxia e tratamento das doenças ocupacionais resultantes das atividades recreativas e profissionais

em meio hiperbárico (ex. mergulhadores, trabalhadores em tuneladoras).

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 89

8.4 RADIOLOGIA E NEURORRADIOLOGIA

Depois da descoberta dos Raios X em 1895, foi nos últimos 40 anos que a Imagem Médica percorreu

uma evolução contínua e exponencial, que pode ser considerada a sua “Golden age”, com o surgimento e

aperfeiçoamento de novos métodos de Imagem e Terapêutica como a Ecografia, Tomografia Axial

Computorizada, Ressonância Magnética e métodos de Imagem Híbrida. Houve de igual modo evolução

significativa na terapêutica guiada por Imagem em múltiplas situações. A Angiografia perdeu o seu papel

no diagnóstico, ganhando um papel incontornável na terapêutica. Surgiram os centros que se dedicam a

órgãos/patologias.

Os recursos económicos disponíveis são escassos, obrigando a uma muito grande e criteriosa avaliação

na sua aplicação em aquisição de equipamentos promovendo a rentabilidade em rede, e distribuição

pelas necessidades e distribuição geográfica devidamente fundamentadas.

8.4.1 TELERRADIOLOGIA

A Telemedicina, nomeadamente a Telerradiologia tem desde há anos sido utilizada na pesquisa de

opiniões de centros especializados e em casos emergentes. Têm sido publicadas várias normas

orientadoras, quer a nível Nacional, quer Internacional de que destacamos o “Manual de Boas Práticas –

Normas de Qualidade para o exercício da Telerradiologia”, que foi aprovada recentemente (5.04.2013)

pela Ordem dos Médicos.

Por definição Telerradiologia é a transmissão electrónica de imagens radiológicas entre locais diferentes,

com o intuito de consulta e interpretação.

Com a evolução técnica, é possível a transmissão de imagens à distância praticamente sem limites. Este

facto permite que utentes de comunidades geograficamente afastadas de centros médicos especializados

tenham comodamente os seus exames (radiologia convencional por exemplo) realizados em unidades

locais, obtendo os seus relatórios sem necessidade de deslocações e com menores custos. Em situações

de Urgência e na inexistência de especialistas de Radiologia/Neurorradiologia locais, poderá ser

colmatada a situação com o acesso à Telerradiologia para outras Técnicas, designadamente TC e RM.

Page 90: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 90

8.4.2 ANGIÓGRAFO

Figura 23: Angiógrafo

Portugal teve um papel de destaque no desenvolvimento da Angiografia. O médico neurologista Egas

Moniz foi um dos pioneiros na aplicação com sucesso da Angiografia, tendo obtido a primeira angiografia

cerebral em vivo em 1927. Inspirados nos seus trabalhos de visualização arterial, outros Portugueses

dedicaram-se a estudar pela Angiografia outras áreas de patologia, para além do cérebro, criando a que

foi chamada “Escola Portuguesa de Angiografia”. Referimo-nos a Reynaldo dos Santos (1929- Aorta-

arteriografia, Arteriografia dos Membros -colaboração de Augusto Lamas e Pereira Caldas); Hernâni

Monteiro, Roberto de Carvalho, Álvaro Rodrigues e Sousa Pereira (1931- Estudo do Sistema Linfático);

Egas Moniz, Lopo de Carvalho e Almeida Lima (1931-Angiopneumografia), para só citarmos os principais.

Hoje em dia, quando falamos de Angiografia referimo-nos à Angiografia Digital, cujos primeiros

equipamentos foram instalados em Portugal na década de 80. Em 1990 existiam seis equipamentos em

hospitais do SNS e um no Setor Privado. Atualmente existem 44 angiógrafos em funcionamento.

O angiógrafo6 é um equipamento que combina técnicas de radiologia convencional com digitalização a

fim de obter imagens do sistema vascular. São obtidas imagens multidirecionais, graças à combinação de

uma mesa telecomanda basculante (+90º / - 90º) e um arco em “C” motorizado, que suporta a cúpula que

contém a ampola de Raios X e o intensificador de imagem. De uma forma simplista, podemos dizer que

são obtidas duas imagens:

6 Administração Central do Sistema de Saúde (2011). Rede de Referenciação Hospitalar de Radiologia/Neurorradiologia. Lisboa: Grupo de Trabalho para a Rede de

Referenciação

Page 91: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 91

i. A primeira sem agente de contraste;

ii. A segunda com administração de um agente de contraste na corrente sanguínea do paciente.

Quando combinadas, recorrendo a uma subtração digital, obtém-se uma imagem muito nítida dos vasos

sanguíneos opacificados, sem as estruturas ósseas.7

A Angiografia é uma técnica sobretudo utilizada como apoio à Neurologia, Neurocirurgia, Cardiologia e

Cirurgia Vascular e tumoral de outras áreas. A Angiografia atualmente perdeu grande parte do seu papel

no diagnóstico, sendo substituída por Angiografia efetuada por TAC / RM, mantendo interesses na

Intervenção Terapêutica.

Podemos distinguir diferentes tipos de Angiógrafos:

Neuro-Angiógrafo Angiógrafo Universal

Objetivo do

sistema

Dedicado a Neurorradiologia.

Deverá realizar não só simples procedimentos de

diagnóstico mas também procedimentos de

intervenção/terapia, incluindo os mais complexos.

Deverá ter a possibilidade de realizar todo o tipo de

procedimentos incluindo: Cardiologia, Neurorradiologia,

Vascular (corpo e periféricos). Poderá ainda realizar

outros tipos de exames como pacing, eletrofisiologia,

Cardiologia Pediátrica, Gastro (e.g. TIPS), Urologia, etc.

Tipo de

sistema

(mono ou

Biplanar)

O “goldstandard” é o Biplanar.

Em Neurorradiologia, devido à anatomia dos

vasos, é importante visualizar duas incidências

(normalmente AP e Lateral). Com dois planos

(duas ampolas e dois detetores) é possível obter

as duas incidências simultaneamente reduzindo

para metade o meio de contraste (1 injeção = duas

incidências) e potencialmente reduzindo a dose de

radiação (procedimento mais facilitado necessita

potencialmente de menos imagens).

Normalmente Monoplanar.

Nesse caso, por norma, não se realizam os

procedimentos mais complexos de Neurorradiologia, no

entanto, em caso de necessidade, é possível a

realização dos exames de Neurorradiologia (tendo a

premissa que se irá usar mais meio de contraste e muito

provavelmente mais radiação)

Tamanho dos

detetores

Dois detetores de 30x40 Um detetor 30x30 ou 30x40

O 30x30 torna mais difícil os exames periféricos,

7 Cadernos DGIES – serviço de imagiologia

Page 92: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 92

Neuro-Angiógrafo Angiógrafo Universal

abdominais, e eventualmente de Neurorradiologia (não

permite visualizar carótidas + vasos cerebrais).

Softwares

Essenciais

Angiografia Digital de Subtração

Roadmap (sobreposição de uma imagem

subtraída, à Fluoroscopia)

Quantificação de estenoses

Angiografia Digital de Subtração

Quantificação de estenoses

Específicos para Cardiologia:

Aquisição nativa até 30f/s

Quantificação de estenoses coronárias

Análise do Ventrículo Esquerdo

Outros

Softwares

Aquisição 3D

E Softwares derivados da reconstrução 3D

Aquisição 3D e Software derivados

Software de stents

Quadro 1: Comparação entre as diferentes tipologias de Angiógrafo

.

Page 93: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 93

8.4.3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)

Figura 24: RM

Apesar dos princípios da RM terem sido descritos por Bloch e Purcell em 1946, a sua aplicação na

Medicina só foi iniciada 1971 por Damadian. Em 2003 Lauterbur e Mansfield foram galardoados com o

Prémio Nobel de Medicina e Fisiologia pelas suas descobertas e contributos neste domínio.

A RM consiste numa técnica de imagem não invasiva que utiliza um campo magnético, ondas de

radiofrequência e um sistema computorizado para adquirir imagens detalhadas dos órgãos internos do

corpo humano. Uma das grandes vantagens, para além de permitir uma correta visualização dos tecidos

moles, possibilitando a exploração de aspetos morfológicos, anatómicos e funcionais, é o facto de não

utilizar radiação ionizante, sendo por isso mais segura para o paciente. Até ao momento desconhecem-se

quaisquer efeitos nocivos resultantes da sua aplicação, recomendando-se no entanto, que nas mulheres

grávidas a indicação deste exame seja ponderada entre o médico radiologista e o obstetra. Este

equipamento permite ainda caracterizar os constituintes químicos, fornecer medidas quantitativas,

funcionais e determinar propriedades físicas dos órgãos.

O uso desta técnica está contraindicado para pacientes com pace-makers (já existem alguns tipos de

pace-makers que permitem realização de RM), implantes do ouvido, clips metálicos pós-cirúrgicos, entre

outros dispositivos metálicos, pelo que antes de se iniciar o exame é realizado um questionário ao doente

a fim de avaliar da segurança da execução do exame.

Os aparelhos de RM podem classificar-se como:

- Abertos (Baixo Campo), pouco usados atualmente;

Page 94: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 94

- Fechados (Alto Campo). Os mais utilizados são as de 1.5 T (Tesla). Durante algum tempo as RM de 3T

ou de campo mais elevado eram consideradas de investigação, mas com a evolução Técnica,

designadamente dos Supercondutores, os aparelhos de 3T são cada vez mais utilizados. Têm maior

qualidade de imagem, permitindo fino detalhe anatómico; são mais rápidos; permitem avaliar com

acuidade fenómenos fisiológicos, de grande utilidade nomeadamente em Oncologia no controlo

terapêutico; permitem a avaliação prostática sem necessidade de antena intra-rectal.

A aquisição de imagem é conseguida à custa da interação com os átomos de hidrogénio que constituem

o corpo humano. Quando estes átomos são submetidos a um campo magnético forte, estes alinham-se

com o campo e rodam em torno do seu eixo num movimento semelhante a um pião (movimento de

precessão). Este movimento será tanto maior quanto maior for a magnitude do campo magnético.

Quando é emitida uma radiação eletromagnética, à mesma frequência da sua precessão, os hidrogeniões

podem absorver a energia desta radiação e rodar, invertendo a direção e ficando alinhados no sentido

oposto ao campo magnético.

O modo como estes átomos se movem e voltam à posição inicial, quando se desliga a corrente geradora

de radiofrequência fornece informação sobre os tecidos da área que está a ser estudada. A fim de

evidenciar algumas estruturas poderá haver necessidade de administração de agentes de contraste, por

via oral ou endovenosa.

O processamento computorizado dos dados obtidos permite a reconstrução das imagens que podem ser

disponibilizadas em diferentes planos (axiais, coronais, sagitais).

Os tecidos normais ou patológicos respondem de modo diferente às ondas de radiofrequência enviadas e

produzem diferenças nos sinais recolhidos pelas antenas que são a base da informação de interesse

para o diagnóstico.

Page 95: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 95

8.4.4 TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC)

Figura 25: TC

Em 1973 Hounsfield ganhou o Prémio Nobel de Física pela participação no desenvolvimento da

tomografia computorizada.

Há vários tipos de aparelhos e de gerações de TC. As suas diferenças têm a ver com a emissão dos

Raios X, com as características dos detetores, com o movimento da mesa e do conjunto ampola-

detetores. A TC é uma técnica de imagem que combina os fundamentos de radiologia convencional

(Raios X) com um sistema sofisticado de computadores, que permitem a formação de uma imagem a

partir dos sinais obtidos num conjunto de detetores sobre os quais incidem os Raios X depois de

atravessarem o paciente. Os RX são produzidos por uma ampola localizada no interior do equipamento e

que roda em torno do paciente, emitindo radiação na forma de um feixe fino.

Enquanto a mesa, onde o paciente se encontra deitado, se movimenta na horizontal no interior do túnel,

os detetores (dispostos em círculo e colocados diametralmente opostos à ampola) recolhem a informação

resultante das diferenças de absorção da radiação pelos tecidos do corpo humano.

A imagem é reconstruída matematicamente a partir da intensidade do feixe emergente por um sistema

computorizado complexo, que processa os dados obtidos criando em seguida uma imagem em corte

axial. A informação adquirida pode ser posteriormente ser processada de forma a apresentar imagens

com características específicas e orientadas para um determinado objetivo diagnóstico. As reconstruções

3D são um exemplo.

À semelhança do que acontece nos equipamentos anteriormente caracterizados, alguns exames de TC

podem carecer da administração de agentes de contraste para potenciar as diferenças de densidade dos

órgãos ou tecidos.

Page 96: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 96

A vantagem principal desta técnica consiste na visualização simultânea de estruturas ósseas e tecidos

moles. Atualmente já é possível visualizar o interior de alguns órgãos (intestinos, brônquios, etc.),

obtendo-se imagens semelhantes às das endoscopias, sem que seja necessário o recurso a endoscópios

(colonografia virtual e broncografia virtual).

Page 97: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 97

8.5 RADIONCOLOGIA8

A Radioterapia é uma modalidade de tratamento que utiliza radiações ionizantes. A interação da radiação

com os tecidos induz fenómenos de natureza química (radiólise da água) conducentes a efeitos

biológicos, que culminam com a morte celular.

Tem a sua origem no tempo, determinada pela descoberta dos Raio X e é o aparecimento de lesões

cutâneas resultantes da manipulação de fontes de rádio, que motiva a sua utilização para tratamento de

lesões superficiais.

Em meados do séc. XX assiste-se ao aparecimento da telecobaltoterapia, terapêutica que utiliza o

cobalto-60 e portanto energia de megavoltagem, permitindo o tratamento de lesões mais profundas e

maior segurança dos profissionais passíveis de exposição às radiações ionizantes.

Os aceleradores lineares surgem com a evolução rápida das “novas tecnologias”, transformando-se em

máquinas poderosas, dotadas de hardware sofisticado, que melhora as suas performances e a segurança

de doentes e profissionais.

As técnicas atuais de radioterapia acompanham a evolução da imagem médica (morfológica, funcional e

híbrida) e das ferramentas de cálculo dosimétrico, incorporando na prática médica diária a radioterapia

3D- conformacional, a IMRT (radioterapia de intensidade modulada), a IGRT (radioterapia guiada por

imagem), SBRT (a radioterapia esterotáxica fraccionada), entre outras.

Também a braquiterapia (étimo grego brachys: próximo de, através de…), modalidade de tratamento que

utiliza implantes radioativos colocados através de lesão ou leito tumoral, tem vindo a evoluir

enormemente. Pode ser prescrita como monoterapia ou ser associada a radioterapia externa, permitindo

incremento da dose total, num volume reduzido. Da manipulação de cargas radioativas inicial, aos

equipamentos de after-loading, passando pela utilização sistemática da imagem de TC e de RM, esta

técnica tem vindo a merecer uma maior atenção por parte de profissionais e indústria.

A responsabilidade clínica de todos os tratamentos efetuados com radiação ionizantes compete ao

Médico Especialista em Radioncologia, inscrito na Ordem dos Médicos em Portugal (Decreto-Lei nº

8 O Conselho Nacional Executivo da Ordem dos Médicos deliberou a 01 de Março de 2013 a alteração da designação do Colégio da Especialidade de Radioterapia para Colégio da Especialidade de Radioncologia.

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CEMP | 98

180/2002, no seu art.28º. É obrigatória a presença física do Radioncologista durante a realização de

tratamentos, segundo o art.22º do mesmo decreto.

Os Serviços de Radioncologia são, na atualidade, estruturas altamente sensíveis à inovação científica,

onde se concentram grandes investimentos em equipamentos e recursos humanos. Para além das

unidades de tratamento, os sistemas de planeamento e cálculo dosimétrico, as ferramentas para controlo

de qualidade (de equipamentos e de tratamentos), sistemas de imobilização mais ou menos complexos

(e.g.: anel estereotáxico) e sistemas informáticos poderosos, capazes de integrar em rede todas as

unidades e de fazerem armazenamento de dados, aumentam grandemente a complexidade dos Serviços

de Radioncologia e os custos associados à sua implementação.

O estudo dos fenómenos radiobiológicos (radiobiologia), indispensável ao estabelecimento do racional do

fracionamento e das interrupções de tratamento, a escalada de dose, a utilização de técnicas avançadas

e a associação cada vez mais frequente de radioterapia à quimioterapia, através de esquemas

concomitantes, implicam elevados níveis de preparação dos profissionais envolvidos.

A adequada e completa orientação dos doentes oncológicos pressupõe que os Serviços de

Radioncologia estejam integrados em Unidades hospitalares dotadas de valências médicas, cirúrgicas e

laboratoriais, capazes de responderem de forma integrada e multidisciplinar aos desafios colocados pela

doença oncológica. Por outro lado, o seu funcionamento em rede permitirá aumentar a eficácia dos

cuidados e garantir os níveis de qualidade exigidos na prestação, com a cobertura populacional e

distribuição geográfica adequadas.

Page 99: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 99

8.5.1 ACELERADOR LINEAR

Figura 26: Acelerador Linear

O acelerador linear é o equipamento mais utilizado nos tratamentos de Radioterapia Externa. Utiliza

ondas eletromagnéticas de alta frequência para acelerar eletrões a energias da ordem dos MeV

(megavoltagem), que podem ser utilizados diretamente no tratamento de lesões superficiais ou pouco

profundas. Se estes eletrões colidirem com um alvo (placa de tungsténio) serão originados fotões que

permitem o tratamento de lesões mais profundas.

Os aceleradores lineares são, geralmente, montados tendo em conta um isocentro mecânico, que

corresponde à intersecção entre os eixos de rotação da gantry e da rotação do colimador ou da mesa de

tratamento. Têm na sua constituição, sistemas de produção, administração e controlo de radiação,

sistemas de posicionamento, de localização e verificação das portas de entrada da radiação.

O acelerador não dispensa a existência de uma mesa de tratamento adequada, um sistema de lasers de

localização e um sistema eletrónico de aquisição de imagens em tempo real.

Os aceleradores lineares incorporam igualmente um sistema de igualmente, um sistema de colimação do

feixe de radiação. Os colimadores mais simples são formados por dois pares de mandíbulas (jaws), que

se movem, formando aberturas regulares, que correspondem aos “campos de irradiação”.

Os colimadores multifolhas introduziram maior complexidade aos sistemas de colimação permitindo uma

maior conformação do feixe à estrutura que se pretende irradiar. Estes podem ser constituídos por várias

lâminas (60 a 120), cuja espessura varia entre alguns milímetros e 1 cm (ao nível do isocentro), e que

têm a particularidade de se poderem mover individualmente.

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CEMP | 100

A correta verificação das portas de entrada da radiação tem vindo a fazer evoluir os equipamentos por

forma a poderem dispor de sistemas para esse fim. A possibilidade de terem acopladas cadeias de

kilovoltagem permitiu a existência de radioterapia guiada por imagem (IGRT).

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 101

8.5.2 BRAQUITERAPIA DE ALTA TAXA DE DOSE

Figura 27: Equipamento de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose

A Braquiterapia (BT), deriva da palavra grega Brachys, que significa “curta distância”.

Utiliza fontes radioativas, que são colocadas próximo ou no interior do volume alvo, concentrando a dose

nesse local. Desta forma, o tumor é irradiado com uma elevada dose, sendo esta mínima nos tecidos

sãos envolventes, dado o rápido decaimento da dose. Podemos classificar a BT de acordo com:

TAXA DE DOSE

Designação Taxa de Dose

Low Dose Rate (LDR) 0,4 a 2Gy/h

Median Dose Rate (MDR) 2 a 12Gy/h

High Dose Rate (HDR) 12Gy/h

Pulsed Dose Rate Várias frações com intervalos de 1 a 4h

Quadro 11: Classificação da BT de acordo com a Taxa de Dose

TÉCNICA DE COLOCAÇÃO DAS FONTES RADIOATIVAS:

Técnica de Colocação da Fonte Descrição

Intracavitária / Intraluminal As fontes radioativas são colocadas numa cavidade natural, como nos

tratamentos ginecológicos (por exemplo)

Intersticial As fontes radioativas são colocadas mediante agulhas vetoras ou tubos

plásticos no interior de um tecido tumoral ou na loca cirúrgica, como por

exemplo na mama ou próstata

Superficial ou Plesioterapia As fontes radioativas colocam-se sobre a superfície da pele ou mucosas

Quadro 12: Classificação da BT de acordo com a Técnica de Colocação de fontes radioativas

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CEMP | 102

DURAÇÃO DO IMPLANTE:

Duração do Implante Descrição

Permanente A fonte permanece um tempo ilimitado no interior do tumor,

sendo a dose prescrita depositada num tempo infinito, em razão

da semivida do isótopo utilizado

Temporário A fonte permanece um tempo limitado no interior do tecido,

retirando-se ao alcançar a dose prescrita

Quadro 13:Classificação da BT de acordo com a Duração do Implante

TIPO DE CARGA

Tipo de Carga Descrição

Hot loading Manual e imediata

After loading Automática diferida, com controlo remoto

Quadro 14: Classificação da BT de acordo com o Tipo de Carga

Na Braquiterapia HDR as fontes radioativas produzem uma taxa de dose superior a 12Gy/hora. Os

isótopos (ex.: Irídio-192) utilizam-se sempre em forma automática diferida, não se realizando nunca carga

manual. Os projetores de fontes, com os quais de realiza a braquiterapia, atualmente estão dotados de

fontes de alta taxa de dose e carga automática diferida. Estes são equipamentos que levam uma fonte

radioativa no extremo de um cabo até aos aplicadores colocados temporariamente no doente, sendo

então administrada a dose prescrita. Posteriormente e também de maneira automática, a fonte radioativa

projeta-se de novo para o interior de um contentor, onde fica armazenada.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 103

8.5.3 GAMA-KNIFE

Figura 28: Gama-Knife

A Gamma Knife (também conhecida como Unidade Gama) é um equipamento radiocirúrgico, sendo a

radiocirurgia um procedimento terapêutico que utiliza feixes finos de radiação, gerados por uma fonte

externa, dirigidos com alta precisão mediante um sistema estereotáxico.

Apesar dos grandes avanços tecnológicos durante os últimos anos, o design e os princípios fundamentais

não mudaram muito, desde Leksell introduziu o protótipo da Unidade gama, no final de 1960.

A unidade utiliza 201 fontes fixas de Cobalto-60, situadas no corpo esferoidal central. Estas fontes

produzem 201 feixes de radiação, direcionados a um centro geométrico do esferoide, através de múltiplos

orifícios de um colimador de chumbo e tungsténio.

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CEMP | 104

8.5.4 SIMULADOR

Figura 29: Simulador

O tratamento com radiações pressupõe uma localização detalhada do volume a tratar. O procedimento

relativo ao planeamento geométrico do tratamento (posição, dimensões e incidência das portas de

entrada da radiação) pode ser efetuado através de um sistema de simulação, usando radiação de baixa

energia, como a que é utilizada nos sistemas de diagnóstico.

A simulação convencional (por contraposição à designada simulação virtual) realiza-se com os

designados “simuladores de tratamento”. Os simuladores convencionais são semelhantes aos

equipamentos de tratamento, possuindo um braço rotativo, um sistema de localização, uma mesa de

posicionamento e um sistema de radioscopia, com uma ampola de raios X idêntica à usada para exames

de diagnóstico, permitindo avaliar o posicionamento das portas de entrada da radiação a usar,

relativamente à anatomia radiográfica do doente.

Idealmente, um simulador deve ter exatamente as mesmas características mecânicas e geométricas do

aparelho de tratamento. Por esta razão, os simuladores presentemente disponíveis são concebidos para

serem universais e corresponderem, tão próximo quanto possível, às características das máquinas de

tratamento existentes.

A simulação convencional tem vindo gradualmente a ser substituída por técnicas de simulação virtual que

utilizam a própria TC de planeamento e sistemas de laser e posicionamento, utilizando referências

obtidas a partir do sistema de planeamento.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 105

8.5.5 TELECOBALTOTERAPIA

Figura 30: Unidade de Telecobaltoterapia

A radiação gama produzida por um equipamento de telecobaltoterapia é obtida a partir de uma fonte de

Cobalto-60 e tem uma energia de 1,33 MeV. A dose máxima é conseguida a 0,5 cm da superfície da zona

irradiada, reduzindo-se a 50% a 10 cm de profundidade.

A fonte radioativa, em virtude das características físicas do Cobalto-60, é periodicamente substituída (a

cada 5 anos), constituindo um problema ambiental importante, pela produção de lixo tóxico.

A utilização deste equipamento caiu em desuso. Existem ainda alguns (poucos) destes equipamentos

descativados em Portugal. As unidades de telecobaltoterapia foram sendo progressivamente substituídas

por aceleradores lineares.

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CEMP | 106

8.6 RÁCIOS

Neste ponto são identificados os rácios de referência de cada equipamento para as quatro áreas

consideradas. Estes permitirão, aquando a análise de dados, realizar uma comparação entre os dados

nacionais e as referências internacionais.

8.6.1 MEDICINA NUCLEAR

Equipamento Hab./ Equip. Equip./106Hab Exames/103 Hab. Capacidade Nominal Anos de vida útil

Câmara Gama 200.000 5,0 n.d. 3.600 10

Câmara Gama-TC 200.000 5,0 n.d. 3.600 10

PET 700.000 1,4 n.d. 4.320 10

PET-TC 700.000 1,4 n.d. 4.320 10

PET-RM 700.000 1,4 n.d. 4.320 10

Quadro 15: Rácios de Referência dos Equipamentos de Medicina Nuclear

O rácio em vigor para a câmara-gama é de 1/300.000. Propõe-se a alteração para 1/200.000 tendo em

conta a necessidade de instalação de novos serviços de Medicina Nuclear em unidades hospitalares

referenciadas na rede para o efeito (e.g. Centro Hospitalar de Trás os Montes, Vila da Feira, Évora);

acresce que o rácio Europeu médio em 1998 era de 1/170.000.9

No que se refere ao rácio de PET, atualmente em Portugal é de 1/1.000.000. A distribuição territorial é

muito díspar [4], com a subsequente desigualdade comparativa entre as diversas regiões. A proposta do

aumento da capacidade de instalação desta tecnologia (1/700.000) baseia-se na crescente necessidade

da respetiva utilização diagnóstica (Oncologia, Infecção, Cardiologia, Neurologia, controlo da terapêutica

Génica), bem como no ainda baixo índice de PET/1.000.000 de habitantes em Portugal (1,2) quando

comparado com a Europa (3,06) e com outros países de igual índice civilizacional em termos de Saúde

(3,13). 10,11,12

Acresce que, a necessidade de exames PET é crescente (vide dados 2008/2013), e irá continuar a sê-lo

devido ao aparecimento de novas moléculas radiomarcadas, as quais devido à sua especificidade, serão

um imperativo na respetiva utilização, nomeadamente em Oncologia.

9 Carta de Equipamentos de Saúde, 1998 10 WHO – Global Health Observatory Data Repository, 2010.

11 Relatório Dose Datamed 2, 2013

12 Acesso, Concorrência e Qualidade na Realização de Exames PET – ERS, 2013

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 107

8.6.2 MEDICINA HIPERBÁRICA

Equipamento Equip./106Hab Exames/103 Hab. Capacidade Nominal13l Anos de vida útil

Câmara Hiperbárica 0,5 2,5 8.880 30

Quadro 16: Rácios de Referência dos Equipamentos de Medicina Hiperbárica

RÁCIO DE EQUIPAMENTOS/HABITANTES

As recomendações do European Committe on Hyperbaric Medicine sugerem a instalação de um centro

de medicina hiperbárica dotado de uma câmara multilugar standard (12 lugares) para cada dois milhões

de habitantes.

Esta recomendação fundamenta-se no método de análise de Persels 14que se baseia nos índices

populacionais num raio de 80 km em torno das novas instalações propostas. Para calcular o volume

aproximado de tratamentos diários no primeiro ano de atividade aplica-se a este índice populacional um

fator de 1:100.000 (habitantes).

Atualmente existem em Portugal Continental dois hospitais com câmaras hiperbáricas em funcionamento

e que deveriam funcionar de modo integrado (Hospital da Marinha – Lisboa e Hospital Pedro Hispano –

Matosinhos). Prevê-se a instalação de uma nova Câmara Hiperbárica no Algarve.

RÁCIO DE EXAMES/EQUIPAMENTOS/HABITANTES

A análise de demográfica de Persels referida anteriormente, apesar das limitações metodológicas

referidas, permite assumir que um centro de medicina hiperbárica dotado de uma câmara multilugar de 12

13 Este valor implica o funcionamento do equipamento 12h/dia e não 10h/dia como foi considerado para os restantes equipamentos.

14 O método de Persel baseia-se numa análise demográfica em que admite como fator de adesão e assiduidade ao tratamento os doentes que vivem a uma distância geográfica máxima de 80 km da unidade de medicina hiperbárica. Persel usou também outras variáveis como as indicações aprovadas pelas sociedades científicas em que a oxigenoterapia hiperbárica tem eficácia demonstrada, a prevalência da indicação para tratamento, a percentagem de doentes de cada uma destas indicações que beneficiam da realização do tratamento e o número médio de sessões de tratamento por doente e por indicação.

Uma análise retrospetiva de um grupo de trabalho do European Committe on Hyperbaric Medicine usando o método de Persel aplicado a alguns centros europeus de Medicina Hiperbárica chegou á recomendação da existência de uma camara hiperbárica standard de 12 lugares para cada 2 milhões de habitantes.

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CEMP | 108

lugares oferece a possibilidade de realizar cerca de 37 sessões individuais de oxigenoterapia hiperbárica

diárias para uma população de três milhões e meio de habitantes.

Este ratio refere-se apenas a doentes tratados em ambiente de rotina não incluindo os doentes com

indicação urgente para oxigenoterapia hiperbárica. O tempo médio de tratamento para cada uma das

sessões coletivas (12 doentes) de tratamento de rotina e, a preparação da câmara para realização de

uma nova sessão coletiva assume que o período de trabalho da unidade deve ser das 8h as 20h.

Nas indicações urgentes o tempo entre o início da doença/ lesão súbita e o início do tratamento coloca

questões de acessibilidade como localização geográfica, capacidade de diagnóstico no local do evento e

tempo de transporte até ao centro hiperbárico mais próximo e apropriado para realização do tratamento.

Os benefícios terapêuticos da oxigenoterapia hiperbárica resultam dos efeitos mecânicos do aumento

direto da pressão e/ou dos efeitos fisiológicos do aumento significativo da oxigenação dos diferentes

órgãos do corpo humano.

ANOS DE VIDA ÚTIL

As câmaras hiperbáricas são recipientes em aço construídos para trabalharem sob pressão e como tal

devem cumprir os requisitos legais internacionais (Directive for Pressure Equipment 97/23) e nacionais

(Decreto- Lei nº 90/2010 de 25 de maio).

Segundo a legislação e as recomendações contidas nestes documentos submetem-se anualmente a

vistorias e testes anuais e a um teste de pressão de 10 em 10 anos chamado de prova hidráulica.

A experiência acumulada destes procedimentos mostra que uma câmara hiperbárica que respeite os

requisitos anuais de manutenção ultrapassa os 30 anos de vida útil.

As câmaras hiperbáricas também são dispositivos médicos de risco intermédio, potencialmente lesivo

para os seus ocupantes). Submetem-se a normas internacionais (Medical Device Directive 93/ 42) e

nacionais (Decreto-Lei nº 145 / 2009 de 17 de junho) e a carta de risco ISO EN 14971.

A norma EN 14931 define os requisitos das câmaras multilugar como recipientes sob pressão e

dispositivos médicos.

Page 109: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 109

8.6.3 RADIOLOGIA E NEURORRADIOLOGIA

Equipamento Equip./106Hab Exames/103Hba Capacidade Nominal Anos de vida útil

TC 20,4 128.1 15.000 10

RM 10,3 52,5 7.000 10

Angiógrafo n.d. n.d. n.d. 10

Quadro 17: Rácios para os Equipamentos de Radiologia/Neurorradiologia

A OCDE15 (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) foi a fonte utilizada para os

rácios relativos aos equipamentos por milhão de habitantes e exames por mil habitantes.

A capacidade nominal dos equipamentos foi determinada considerando os dados apresentados na Rede

de Radiologia, a média nacional (Nº total de exames/ Nº total de equipamentos em funcionamento) e a

tendência natural de diminuição do tempo por exames, decorrente das evoluções tecnológicas dos

equipamentos em causa.

Relativamente ao Angiógrafo, não foram encontrados rácios, facto justificável pela grande diversidade de

exames existentes (e.g. tempo de execução exame/procedimento, tempo de sala, etc.). Verifica-se

igualmente, que diferentes hospitais podem não realizar o mesmo tipo de exames facto que implicaria

uma comparação incorreta da performance dos vários equipamentos.

A OCDE considera que se o número de aparelhos for reduzido traduzir-se-á na dificuldade de

acessibilidade para a população pelo afastamento geográfico entre aparelhos ou no aumento de tempos

de espera. Por outro lado, se a oferta for excessiva, poderá induzir o recurso exagerado a técnicas de

diagnóstico que têm custo elevado com pouco benefício para os doentes.

15 OECD (2012). Medical Technologies: CT Scanners and MRI Units. Health at a Glance: Europe 2012, OECD Publishing, 74-75.

Page 110: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 110

8.6.4 RADIONCOLOGIA

Equipamento Equip./106Hab Exames/103Hba Capacidade Nominal Anos de vida útil

Acelerador Linear 616 n.d. 4 a 4,5 doentes/hora

= 9.600 a 10.80017

10

Simulador n.d. n.d. 1.200 doentes/ano18 10

TC dedicada n.d. n.d. 2.400 doentes/ano18 10

Braquiterapia de

alta taxa de dose

n.d. n.d. n.d. n.d.

Quadro 18: Rácios de Referência dos Equipamentos de Radioncologia

Os rácios apontados para Radioterapia estão habitualmente associados às Unidades de tratamento,

nomeadamente aos aceleradores lineares. A ESTRO-QUARTS define como adequado um rácio de 6

aceleradores lineares por milhão de habitantes, enquanto a OMS define, para a Europa, um rácio de 5

aceleradores lineares por milhão de habitantes.

Ainda segundo a ESTRO cada acelerador linear deverá tratar 450 doentes/ano e cerca de 4 a 4,5

sessões por hora.

Em relação ao Simulador e/ou TC os rácios não estão estabelecidos com clareza, sendo consensual que,

para atividades de simulação (uma etapa obrigatória pré-tratamento) pelo menos um destes

equipamentos deverá existir no Serviço de Radioncologia. No caso da TC, ela pode ser partilhada, com

objetivo de rentabilização do equipamento. Não estão descritos rácios para a braquiterapia de alta taxa

de dose. Há recomendações de que este equipamento deverá tratar, no mínimo, 50 doentes por ano. A

sua utilização é restrita a alguns centros, sendo a sua aplicação e resultados altamente dependentes da

experiência da equipa. 18

16 ESTRO.Bentzen S, Heeren G, Cottier B, Slotman B, Glimelius B, Lievens Y, Bogaert W. Towards evidence-based guidelines for radiotherapy infrastructure and staffing needs in Europe: the ESTRO QUARTS project. Radiother Oncol 2005; 75:355-65 17 National Health Service, United Kingdom - deixa em aberto o número de horas de funcionamento de cada unidade, que é muito diferente, de serviço para serviço. Hiperligação: http://ncat.nhs.uk/radiotherapy/workforce 18 EORTC Radiation Oncology Group

Page 111: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 111

9 CARATERIZAÇÃO E ANÁLISE DO PARQUE EXISTENTE

9.1 HOSPITAIS SNS

De acordo com o referido nos objetivos e metodologia deste trabalho, foram analisadas 52 entidades

(Centros Hospitalares, Hospitais e Locais de Saúde) no concerne à caracterização dos seguintes

equipamentos:

Medicina Nuclear

Câmara Gama / Câmara Gama - TC

Ciclotrão

PET / PET-TC/ PET-RM

Medicina Hiperbárica

Câmara Hiperbárica

Radiologia

TC

RMN

Angiógrafo

Radioncologia

Acelerador Linear

Tomoterapia

Gama-knife

Cyber-knife

TC (Dedicada)

Simulador

Braquiterapia de alta-taxa de dose

Verificou-se que o Ciclotrão, a PET-RM, a Tomoterapia, a Gama-knife e a Cyber-knife, não integram o

parque de equipamentos do SNS.

Page 112: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 112

Os dados analisados neste capítulo, à exceção dos tempos de espera, reportam-se à data de 31 de

dezembro de 2012 e resultam dos inquéritos enviados às entidades.

Este capítulo encontra-se dividido em quatro grandes áreas: Medicina Nuclear, Medicina Hiperbárica,

Radiologia a Radioncologia. Cada uma delas subdivide-se em:

CARACTERIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Secção onde se identifica para cada equipamento e para as diferentes regiões:

O número de equipamentos existentes;

A sua localização (por região de Saúde);

O seu estado (Em funcionamento, Parado; A Abater, Instalado em 2013);

A sua idade (em anos);

As características técnicas (traduzem a diferenciação tecnológica dos equipamentos e variam de

acordo com o mesmo);

O tipo de atividade (Programada, Urgência ou Partilhada);

O horário de funcionamento (em horas);

Os rácios de equipamentos por 1.000.000 habitantes.

PRODUÇÃO

Concerne o número total de MCDT realizados pelos equipamentos em análise. Traduzindo-se na:

Produção interna - exames realizados internamente, ou seja, cuja prescrição foi efetuada pelos

médicos da instituição;

Produção para o exterior - exames realizados internamente, mas cuja prescrição foi efetuada por

médicos externos à instituição (SNS ou não SNS);

Produção no exterior - exames solicitados pela instituição ao exterior (em instituições do SNS,

Privadas/Convencionado) por inexistência ou falta de capacidade interna.

RECURSOS HUMANOS

Caracterizam-se os Recursos Humanos afetos aos Serviços onde se inserem os equipamentos

anteriormente considerados, tendo sido considerandos:

Médicos;

Page 113: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 113

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica;

Especialistas em Física Médica e Físicos Hospitalares19 (doravante designados por Físicos

Médicos).

Para cada um dos grupos profissionais identificou-se:

Modalidade de vinculação;

O número de efetivos;

O número de horas afetas a exames por semana.

ANÁLISE DE DADOS

Após cada um dos itens anteriores, os dados são analisados sendo retiradas algumas conclusões que

estarão na base da determinação das necessidades e recomendações.

19 Apesar de os Especialistas em Especialistas em Física Médica e Físicos Hospitalares e surgirem alocados aos Serviços de Medicina Nuclear, Radiologia e Radioncologia há hospitais que possuem um Serviço de Física Central que dá apoio aos vários Serviços solicitadores ou noutros casos, os físicos alocados a um Serviço específico podem apoiar outros.

Page 114: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 114

9.1.1 MEDICINA NUCLEAR

No SNS, apenas existem Serviços de Medicina Nuclear nas regiões de saúde do Norte, Centro e LVT. As

regiões de saúde do Alentejo e do Algarve não possuem Câmara Gama, Câmara Gama-TC, PET e PET-

TC, pelo que a prestação dos cuidados de saúde é neste caso, assegurada pela Região de Lisboa e Vale

do Tejo.

Da análise desenvolvida constatou-se que não se encontram instalados, na rede do SNS, nenhum PET-

RM, nem nenhum Ciclotrão.

Na rede hospitalar do SNS, os equipamentos desta área (Câmara Gama, Câmara Gama-TC, PET e PET-

TC) encontram-se localizados no serviço de Medicina Nuclear, tratando-se de equipamentos de utilização

exclusiva deste serviço.

9.1.1.1 CÂMARA GAMA E CÂMARA GAMA-TC

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 31: Distribuição das Câmara Gama e Câmara Gama-TC em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 8 0 1 1

Centro 7 0 2 0

Sul LVT 5 0 2 0

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 20 0 5 1

Quadro 19: Estado das Câmara Gama e Câmara Gama- TC

7

7

5

1

Page 115: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 115

Dos equipamentos em funcionamento, 3 pertencem ao IPO do Porto, 1 ao IPO de Coimbra e 2 ao IPO de

Lisboa. Encontram-se em elaboração as peças concursais para a aquisição de uma nova Câmara Gama-

TC para o IPO Coimbra, com o objetivo de aumentar a capacidade. Existe um equipamento em leasing

operacional na região LVT no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.

Em LVT os equipamentos em funcionamento encontram-se distribuídos por 4 entidades; na região Centro

por duas, contudo 86% estão apenas numa dela; e na região Norte por 3 entidades.

CÂMARAS GAMA E CÂMARA GAMA - TC POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total CG +

CG - TC

População CG + CG - TC

/106Hab

Valor de

Referência

CG/106Hab

Diferencial

Norte 8 3.689.682 2,2 5,0

Centro 7 1.737.216 4,0

Sul LVT 5 3.659.868

1,1

Alentejo 0 509.849

Algarve 0 451.006

Portugal Continental 20 10.047.621 2,0

Quadro 20 Rácios de Câmara Gama em Funcionamento por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 32: Idade das Câmara Gama e Câmara Gama – TC em Funcionamento a Nível Nacional

25%

15%

15%

20%

25%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

32 1 2

22 1 2

1 1 3

Page 116: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 116

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 33: Tipo de Atividade e Média de Horários de Funcionamento em Atividade Programada das Câmara Gama e Câmara Gama – TC a nível Nacional

PRODUÇÃO REALIZADA NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total

População Exames/ 1.000Hab

Valor de Referência Exames/ 1000Hab

Diferencial

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Norte 20.177 96 16 20.289 3.689.682 5,5 n.d. n.a. Centro 13.318 192 2 13.512 1.737.216 7,8 n.a. Sul LVT 13.232 113 277 13.622 3.659.868

2,9

n.a. Alentejo 0 0 0 0 509.849 Algarve 0 0 0 0 451.006

Portugal Continental 46.727 401 295 47.423 10.047.621 4,7 n.a.

Quadro 21: Produção das Câmara Gama e Câmara Gama-TC e Exames por 1.000 Habitantes

11

9

0

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 5 9,2

Centro 5 9,8

LVT 5 10

Alentejo n.a. n.a.

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 5 9,6

Page 117: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 117

Figura 34: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 8 20.289 2.536 3.600

Centro 7 13.512 1.930

LVT 5 13.622 2.724

Alentejo 0 0 0

Algarve 0 0 0

Portugal Continental

20 47.423 2.371

Quadro 22: Capacidade Nominal das Câmara Gama e Câmara Gama-TC

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

Figura 35: Produção Realizada no Exterior por Falta de Capacidade Interna

ANÁLISE DE DADOS

98%

1% 1%

Produção Interna

Produção p/ ExtSNS

Produção p/ ExtNão SNS

1%

99%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 10.915

Centro 5.196

LVT 14.511

Alentejo 1.925

Algarve 370

Portugal Continental

32.917

Page 118: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 118

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

No que respeita à análise das Câmara Gama e Câmara Gama TC, constata-se que estes equipamentos

têm uma maior concentração nas Regiões de Saúde do Norte (8) e Centro (7), quando comparadas com

as restantes Regiões de Saúde. A Região de Lisboa e Vale do Tejo possui apenas 5 equipamentos ou

seja 25% do parque que se encontra em funcionamento, servindo no entanto toda a região sul do país.

Verificamos igualmente que apenas a região Norte possui um equipamento híbrido (Câmaras Gama-TC).

Comparando os rácios de Câmara Gama e Câmara Gama TC em funcionamento por 1.000.000

habitantes, verifica-se que a Região Centro possui um rácio de 4, sendo o valor mais próximo do rácio de

referência (5). Em termos nacionais e, considerando apenas o setor público, existe atualmente um rácio

de 2 equipamentos por milhão de habitantes. De realçar que em matéria de entidades convencionadas, a

região Norte e Centro dispõem de 2 entidades cada em Medicina Nuclear e a Região LVT de mais 4 o

que, assumindo-se a complementaridade do setor privado, reduz a margem para a instalação de novos

equipamentos nesta área. Esta questão aprofundada no capítulo das Necessidades (Pág. 237)

Relativamente à idade dos equipamentos, verifica-se que existe o mesmo número de equipamentos com

idades de 0-3, e com mais de 12 anos (5). Denota-se uma disparidade entre as três Regiões de Saúde

quanto às idades dos equipamentos, sendo que apenas o Norte e Centro apresentam equipamentos com

mais de 9 anos. Este facto pode ser explicado se considerarmos que estes equipamentos surgiram

primeiro nestas regiões. Embora o Norte possua os dois equipamentos mais antigos é também a região

que detém maior número de equipamentos dos 3-6 anos, não possuindo no entanto, nenhum

equipamento com idade inferior a 3 anos. A Região de Lisboa e Vale do Tejo é a que tem mais

equipamentos na faixa dos 0-3 (2). Recorda-se que o período de vida útil considerado para estes

equipamentos é cerca de 10 anos.

No que concerne ao tipo de atividade desenvolvido pelas Câmara Gama verifica-se que maioritariamente

as mesmas desenvolvem atividade programada (11). 45% dos equipamentos dão resposta à atividade

programa e de urgência em simultâneo.

No que diz respeito à atividade programada conclui-se que os equipamentos operam numa média de 5

dias/semana 9,6 horas por dia.

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Page 119: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 119

Pela análise dos dados, verifica-se que a região Norte é aquela que apresenta a maior produção, sendo

responsável por 43% do total de exames realizados. Não obstante, a região do Centro possuir

sensivelmente o mesmo número de equipamentos (7) a sua produção comparativamente com a região do

Norte é 14% inferior, sendo idêntica à da região LVT que possui menos 2 equipamentos (13.512 vs.

13.622).

Os rácios de exames por 1.000 habitantes são díspares para as diferentes regiões, sendo o Centro a

região que mais exames realiza por 1.000 habitantes – 7,8 contra 5,5 no Norte e 2,9 no Sul,

ultrapassando largamente o rácio nacional de 4,7 exames por 1.000 habitantes.

Do total de exames realizados internamente, verifica-se que 98 % corresponde à resposta dada à

prescrição interna dos próprios hospitais, sendo residual a resposta a pedidos de entidades externas (1%

para instituições do SNS e 1% para instituições não pertencentes ao SNS).

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, verifica-se que em média um equipamento

produz 2.371 exames, sendo a região Sul quem apresenta o maior índice de produtividade por

equipamento (2.724), seguido do Norte (2.536) e em último lugar o Centro (1.930).

Em média os hospitais portugueses estão a produzir 10 exames por dia, ou seja, 1 exame por hora20. A

tabela seguinte permite-nos compreender melhor esta realidade:

Região Capacidade Nominal Exames/dia Exames/dia Teórico21

Diferencial Exames/hora Exames/hora Teórico22

Diferencial

Norte 2.536 10,6 15 1,1 1,5

Centro 1.930 8,0 0,8

LVT 2.724 11,4 1,1

Alentejo 0 n.a. n.a. Algarve 0 n.a. n.a. Portugal Continental

2.371 9,9

1,0

Quadro 23: Exames/Dia e Exames/Hora Câmara Gama e Câmara Gama-TC

20 Capacidade nominal/240 dias úteis = nº exames por dia. Nº exames por dia/10 horas = nº exames por hora. 21 Exames/dia Teórico = Capacidade Nominal de Referência / 240 dias 22 Exames/hora Teórico = (Capacidade Nominal de Referência / 240 dias) /10horas

Page 120: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 120

Relativamente à produção realizada no exterior:

Da Figura 35, conclui-se que foram realizados no exterior 32.917 exames e que 99% destes foram

realizados fora das instituições do SNS. A região Sul foi a que mais exames solicitou ao exterior (16.806),

seguido pelo Norte com 10.915 e pelo Centro com 5.196. 86% dos exames solicitados pela região Sul

tiveram origem na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Considerações:

Face aos dados anteriormente apresentados, pode concluir-se:

Comparando os rácios de Câmara Gama e Câmara Gama TC em funcionamento por 1.000.000

habitantes, verifica-se, que praticamente todas as Regiões de Saúde possuem aparentemente margem

para instalação de mais equipamentos; no entanto, analisando a produção verifica-se que o mesmo fica

aquém do valor de referência (3.600 exames/ano). Parece, pois, existir capacidade para produzir mais

exames dentro do SNS em qualquer uma das regiões. Se se tivermos em consideração o número de

exames solicitados ao exterior e a capacidade instalada não rentabilizada, ter-se-ia eventualmente

evitado o recurso ao exterior de 32.917 exames (considerando o número de exames realizados pelos

equipamentos do SNS e a respetiva capacidade nominal de referência haveria margem para realização

de um número aproximado de mais 24.577). Contudo, esta conclusão para ser válida deveria ter

associada uma análise a outras variáveis nomeadamente, existência de recursos humanos suficientes e

adequação do tempo de resposta à situação clínica dos doentes.

Considerando ainda a capacidade nominal dos equipamentos por região e as diferenças existentes entre

as mesmas, deverá ser ponderada o impacto que a idades tem na performance dos mesmos, sendo de

realçar que 63% dos equipamentos disponíveis no Norte e 57% no Centro possuem mais de 9 anos de

idade (regiões que apresentam, comparativamente ao Sul, índices de produção por equipamento

inferiores).

Comparando as regiões entre si, tudo parece indicar que a região Norte apresenta uma produção muito

superior à das restantes regiões. Contudo, se tivermos em consideração o número de exames solicitados

ao exterior (assumindo-se deste modo que o somatório destes dois dados traduzem a procura de exames

nesta área) verifica-se que a região Norte e Sul apresentam necessidades muito semelhantes (38,8% vs.

37,8% da procura total). Se considerarmos a população abrangida por estas regiões, verifica-se ainda

assim um rácio de exames por 1.000 habitantes superior na região Norte (8,5 vs. 6,6 na região Sul). Esta

Page 121: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 121

diferença deverá ser analisada tendo em conta outras variáveis não consideradas neste estudo,

nomeadamente, epidemiológicas, prática clínica, entre outras.

Page 122: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 122

9.1.1.2 PET E PET-TC

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 36: Distribuição dos PET e PET - TC em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 1 0 0 1

Centro 1 0 0 0

Sul LVT 1 0 0 0

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 3 0 0 1

Quadro 24: Estado das PET e PET- TC

Do total de equipamentos em funcionamento 1 pertence ao IPO do Porto e outro ao IPO de Lisboa.

Encontra-se em fase de adjudicação a aquisição de um PET-TC para o Hospital de S. João, com a

finalidade de aumentar a capacidade, e em fase de assinatura de contrato a aquisição de um PET-TC

para o IPO de Lisboa, a fim de substituir o PET existente.

1

1

1

Page 123: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 123

PET E PET-TC POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total PET e

PET- TC

População PET e PET- TC

/106Hab

Valor de Referência

PET e PET-

TC/106Hab

Diferencial

Norte 1 3.689.682 0,3 1,4

Centro 1 1.737.216 0,6

Sul LVT 1 3.659.868

0,2

Alentejo 0 509849

Algarve 0 451006

Portugal Continental 3 10.047.621 0,3

Quadro 25 Rácios de PET e PET-TC em Funcionamento por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 37: Idade das PET e PET – TC em Funcionamento a Nível Nacional

67%

33%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

1

1

1

Page 124: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 124

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 38: Tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das PET e PET-TC a nível Nacional

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total

População Exames/ 1.000Hab

Exames/ 1000Hab

Diferencial

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Norte 2.852 714 2 3.568 3.689.682 1,0 n.d. n.a. Centro 2.006 55 2 2.063 1.737.216 1,2 n.a. Sul LVT 1.541 24 0 1.565 3.659.868

0,3

n.a. Alentejo 0 0 0 0 509.849 Algarve 0 0 0 0 451.006

Portugal Continental 6.399 793 4 7.196 10.047.621 0,7

n.a.

Quadro 26: Produção das PET e PET-TC e Exames por 1.000 Habitantes

Figura 39: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

3

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente

88,92%

11,02% 0,06%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 5 10

Centro 5 8,5

LVT 5 8

Alentejo n.a. n.a.

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 5 8,8

Page 125: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 125

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 1 3.568 3.568 4.320

Centro 1 2.063 2.063

LVT 1 1.565 1.565

Alentejo 0 0 n.a.

Algarve 0 0 n.a.

Portugal Continental

3 7.196 2.399

Quadro 27: Capacidade Nominal das PET e PET-TC

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

Figura 40: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

No que respeita à análise das PET e PET-CT, existe uma distribuição equitativa de PET nas três regiões

de Saúde, ou seja 1 equipamento por região; no entanto, é de referir que o equipamento instalado na

região de Lisboa e Vale do Tejo não dispõe de TC.

Comparando os rácios de PET e PET-CT em funcionamento por 1.000.000 habitantes, verifica-se que

todas as regiões se encontram abaixo do valor de referência (1,4), sendo a média nacional de 0,3.

Os aparelhos existentes possuem todos mais de 6 anos de idade, estando o mais antigo em Lisboa com

mais de 9, quase a atingir o tempo de vida útil indicado para estes equipamentos (10 anos).

17%

83%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 1.500

Centro 674

LVT 2.141

Alentejo 237

Algarve 14

Portugal Continental

4.566

Page 126: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 126

No que concerne ao tipo de atividade desenvolvido pelos PET verifica-se que é exclusivamente

programada, e que todos funcionam 5 dias por semana. Na região Norte, os equipamentos funcionam,

em média, mais 2h do que as restantes regiões, sendo que em média os equipamentos funcionam 8,8

horas/dia.

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Pela análise dos dados, verifica-se que a região Norte é aquela que apresenta a maior produção, sendo

responsável por 49,6% do total de exames realizados, seguido pelo Centro com 28,7% e o Sul com

21,7%.

Os rácios de exames por 1.000 habitantes são díspares para as diferentes regiões, sendo o Centro a

região que mais exames realiza por 1.000 habitantes – 1,2 contra 1,0 no Norte e 0,3 no Sul, sendo o rácio

nacional de 0,7 exames por 1.000 habitantes.

Do total de exames realizados internamente, verifica-se que 88,92 % corresponde à resposta dada à

prescrição interna dos próprios hospitais, situando-se a resposta a entidades externas nos 11,02% para

instituições do SNS e nos 0,06% para instituições não pertencentes ao SNS.

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, verifica-se que em média um equipamento

produz 2.399 exames, sendo a obviamente a região Norte a detentora do maior índice de produtividade

por equipamento (3.568), seguido do Centro (2.063) e em último lugar o Sul (1.565). No entanto, todos os

equipamentos se encontram abaixo da capacidade nominal de referência que se situa nos 4.320 exames.

Em média os hospitais portugueses estão a produzir 10 exames por dia, ou seja, 1 exame por hora23. A

tabela seguinte permite-nos compreender melhor esta realidade:

23 Capacidade nominal/240 dias úteis = nº exames por dia. Nº exames por dia/10 horas = nº exames por hora

Page 127: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 127

Região Capacidade Nominal Exames/dia Exames/dia Teórico24

Diferencial Exames/hora Exames/hora Teórico25

Diferencial

Norte 3.568 14,9 18

1,5 1,8

Centro 2.063 8,6 0,9

LVT 1.565 6,5 0,7

Alentejo 0 n.a. n.a. Algarve 0 n.a. n.a. Portugal Continental

2.399 10,0

1,0

Quadro 28: Exames/Dia e Exames/Hora PET e PET-TC

Relativamente à produção realizada no exterior:

Da Figura 40, conclui-se que foram realizados no exterior 4.566 exames e que 83% destes foram

realizados fora das instituições do SNS. A região Sul foi a que mais exames solicitou ao exterior (2.392),

seguido pelo Norte com 1.500 e pelo Centro com 674. 89,5% dos exames solicitados pela região Sul

tiveram origem na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Considerações:

Face aos dados anteriormente apresentados, pode-se concluir:

Comparando os rácios de PET e PET-TC em funcionamento por 1.000.000 habitantes, verifica-se, que

praticamente todas as Regiões de Saúde possuem aparentemente margem para instalação de mais

equipamentos; no entanto, analisando a produção verifica-se que o mesmo fica muito aquém do valor de

referência (4.320 exames/ano). Parece, pois, existir capacidade para produzir mais exames dentro do

SNS em qualquer uma das regiões, sendo que a região Norte é quem mais se aproxima deste valor.

Caso se tivesse rentabilizado toda a capacidade instalada, poder-se-ia ter reduzido significativamente o

número de exames enviados ao exterior numa percentagem aproximada de 80% (os exames solicitados

ao exterior pelas regiões do Centro e do Sul poderiam ter sido assumidas na integra pelos equipamentos

respetivos, sendo que os da região Norte apenas teriam capacidade para assumir 50% dos exames

enviados ao exterior). No entanto, esta conclusão para ser válida deveria ter associada uma análise a

outras variáveis nomeadamente, existência de recursos humanos suficientes; e adequação do tempo de

resposta à situação clínica dos doentes.

24 Exames/dia Teórico = Capacidade Nominal de Referência / 240 dias 25 Exames/hora Teórico = (Capacidade Nominal de Referência / 240 dias)/10horas

Page 128: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 128

Embora o Centro possua uma produção inferior ao Norte, se considerarmos o rácio do número de

exames por 1.000 habitantes verificamos que o Centro apresenta um número superior de exames

realizado (1,2 contra 1,0 verificado na região Norte). A região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta a

menor produção e o menor rácio de exames por 1.000 habitantes (0,3), sendo também a única região que

tem o índice inferior ao nacional (0,7). Se considerarmos o total de exames entre os produzidos pelos

equipamentos em análise e os solicitados ao exterior verificamos que estes índices se mantêm na mesma

ordem, ou seja, a zona Centro continua a apresentar o maior índice de exames por 1.000 habitantes,

seguido do Norte e por fim do Sul.

Page 129: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 129

9.1.1.3 RECURSOS HUMANOS

MÉDICOS

Figura 41: Distribuição de Médicos de Medicina Nuclear por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 7 5 0 12

Centro 6 2 0 8

Sul Lisboa 4 5 0 9

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 17 12 0 29

Quadro 29: Distribuição de Médicos de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

Figura 42: Percentagem de Médicos de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação

59%

41%

0%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 12 12,3

Centro 8 8,1

Sul Lisboa 9 7,8

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Portugal Continental 29 28,2

12

8

9

Page 130: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 130

TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA DE MEDICINA NUCLEAR

Figura 43: Distribuição de TDT de Medicina Nuclear por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 10 5 0 15

Centro 4 7 0 11

Sul Lisboa 6 3 0 9

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 20 15 0 35

Quadro 30: Distribuição de TDT de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

Figura 44: Percentagem de TDT de Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação

57%

43%

0%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 15 14,4

Centro 11 9,9

Sul Lisboa 9 8,3

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Portugal Continental 35 32,5

15

11

9

Page 131: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 131

FÍSICOS MÉDICOS

Figura 45: Distribuição de Físicos Médicos de Medicina Nuclear por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 2 0 1 3

Centro 1 1 0 2

Sul Lisboa 2 0 2 4

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 5 1 3 9

Quadro 31: Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

Figura 46: Percentagem de Físicos Médicos na Medicina Nuclear por Modalidade de Vinculação

26 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 2 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado 27 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 2 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado

56%

11%

33% CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 3 2,326

Centro 2 1,8

Sul Lisboa 4 2,127

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Portugal Continental 9 6,1

3

2

4

Page 132: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 132

TOTAL NACIONAL

Grupo Profissional Nº de Efetivos Total ETC

Médicos 29 28,2

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica 35 32,5

Físicos Médicos 9 6,1

Total 73 66,828

Quadro 32: Total de ETC por Grupo Profissional em Medicina Nuclear

ANÁLISE CRÍTICA

Da análise aos Recursos Humanos afetos à Área de Medicina Nuclear verifica-se que os Médicos

representam 39,7% do Nº de Efetivos afetos a esta área, os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, 48%

e os Físicos Médicos, 12,3%. Em termos de ETC, num total de 66,8 (comparativamente com 69 efetivos),

verifica-se uma proporção idêntica, representando um maior peso (48,7%) os Técnicos de Diagnóstico e

Terapêutica, seguidos dos Médicos (42,1%) e dos Físicos Médicos (9,2%).

Considerando a sua distribuição pelas Regiões do País, verifica-se:

a. 43,6% do Nº de ETC dos Médicos (12,3) encontram-se localizados na região Norte, 28,7% (8,1) na

região Centro e 27,7% (7,8) na região Sul;

b. 44,2% do Nº de ETC dos TDT (14,4) encontram-se localizados na região Norte, 30,3% (9,9) na

região de Centro e 25,5% (8,3) na região Sul;

c. 37,1% do Nº de ETC dos Físicos Médicos (2,3) encontram-se localizados na região Norte, 33,9%

(2,1) na região Sul e 29% (1,8) na região Centro;

No que respeita à distribuição por modalidade de vinculação, verifica-se que:

a. A maior parte do Nº de Efetivos dos Médicos (59,0%) possui um CIT, estando os restantes médicos

vinculados por um CTFP;

b. Do total de Efetivos dos TDT, 57% possuem um CIT 43% um CTFP;

c. Relativamente aos Físicos Médicos, 55,6% possuem um CIT, 33% um CPS e 11% um CTFP.

28 Os 66,8 ETC referem-se a 69 efetivos, uma vez que não dispõe de informação relativa a 4 Físicos Médicos

Page 133: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 133

Analisando o número de ETC e o número de equipamentos disponíveis por região de saúde, verifica-se

que não obstante o nº de equipamentos existentes na região Norte (9) e Centro (8) ser idêntico, em

matéria de afetação de recursos humanos, a região Norte apresenta um rácio de profissionais por

equipamento superior. Analisando, no entanto, a produção dos equipamentos em causa, verifica-se uma

maior produtividade nos da região Norte, que poderá em parte ser justificada pela maior disponibilidade

de horas de recursos humanos.

Page 134: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 134

9.1.2 MEDICINA HIPERBÁRICA 9.1.2.1 CÂMARA HIPERBÁRICA

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 47: Distribuição das Câmaras Hiperbáricas em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento A Abater Parado Instalado em 2013

Norte 1 0 0 0

Centro 0 0 0 0

Sul LVT 0 0 0 0

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 1 0 0 0

Quadro 33: Estado das Câmaras Hiperbáricas

CÂMARAS HIPERBÁRICAS POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total CH População CH /106Hab Valor de

Referência CH

/106Hab

Diferencial

Norte 1 3.689.682 0,3 0,5

Centro 0 1.737.216 0,0

Sul LVT 0 3.659.868

0,0

Alentejo 0 509.849

Algarve 0 451.006

Portugal Continental 1 10.047.621 0,1

Quadro 34: Rácios de Câmaras Hiperbáricas por 1.000.000 Habitantes

1

Page 135: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 135

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 48: Idade das Câmaras Hiperbáricas em Funcionamento

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 49: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das Câmaras Hiperbáricas a Nível Nacional

100%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

1

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente

Atividade Programada

Região Dias/semana Horas/dia

Norte 5 6

Centro n.a. n.a.

LVT n.a. n.a.

Alentejo n.a. n.a.

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 5 6

1

Page 136: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 136

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total

População Exames/ 1000Hab

Exames/ 1000Hab

Diferencial

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Norte 3.971 5.853 536 10.360 3.689.682 2,8 2,5

Centro 0 0 0 0 1.737.216 0,0

Sul LVT 0 0 0 0 3.659.868

0,0

Alentejo 0 0 0 0 509.849

Algarve 0 0 0 0 451.006

Portugal Continental 3.971 5.853 536 10.360 10.047.621 1,0

Quadro 35: Produção das Câmaras Hiperbáricas e Exames por 1000 Habitantes

Figura 50: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 1 10.360 10.360 8.880

Centro 0 0 n.a. n.a.

LVT 0 0 n.a. n.a.

Alentejo 0 0 n.a. n.a.

Algarve 0 0 n.a. n.a.

Portugal Continental

1 10.360 10.360

Quadro 36: Capacidade Nominal das Câmaras Hiperbáricas

38%

57%

5%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Page 137: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 137

ANÁLISE DE DADOS

A única Câmara Hiperbárica integrada na rede de entidades do SNS está localizada na região de saúde

do Norte, funcionando em atividade partilhada entre urgente e programada, 5 dias/semana e 6horas/dia.

O equipamento tem 7 anos.

De acordo com valores de referência de 0,5 equipamentos por 1.000.000 habitantes, o SNS apresenta

margem para instalação de novos equipamentos. De realçar no entanto que, é do conhecimento geral a

existência de mais duas Câmaras Hiperbáricas na região LVT, não pertencendo no entanto ao SNS.

Existindo apenas uma Câmara Hiperbárica na Região Norte que produz muito acima da capacidade

nominal de referência, mais 1.480 exames, justifica-se a razão pela qual a maior parte da produção deste

equipamento seja para o exterior (62%) e que desta, 57% seja para dar resposta a Entidades do SNS.

Não foi possível no presente estudo identificar os exames solicitados ao exterior, situação que permitiria

aferir a procura de exames neste âmbito.

Região Capacidade Nominal Exames/dia Exames/dia Teórico29

Diferencial Exames/hora Exames/hora Teórico30

Diferencial

Norte 10.360 43,2 37

4,3 3,7

Centro 0 0 n.a. 0 n.a. LVT 0 0 n.a. 0 n.a. Alentejo 0 0 n.a. 0 n.a. Algarve 0 0 n.a. 0 n.a. Portugal Continental

10.360 43,2 4,3

Quadro 37: Exames/Dia e Exames/Hora na Câmara Hiperbárica

29 Exames/dia Teórico = Capacidade Nominal de Referência / 240 dias 30 Exames/hora Teórico = (Capacidade Nominal de Referência / 240 dias) /10horas

Page 138: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 138

9.1.2.2 RECURSOS HUMANOS

MÉDICOS

Figura 51: Distribuição de Médicos por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 1 1 0 2

Centro 0 0 0 0

Sul Lisboa 0 0 0 0

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 1 1 0 2

Quadro 38: Distribuição de Médicos por modalidade de vinculação por Região de Saúde

Figura 52: Percentagem de Médicos por modalidade de vinculação

TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA

50%

0%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 2 1,8

Centro 0 0

Sul Lisboa 0 0

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Portugal Continental 2 1,8

2

Page 139: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 139

Figura 53: Distribuição de TDT em Medicina Hiperbárica por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 2 0 1 3

Centro 0 0 0 0

Sul Lisboa 0 0 0 0

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 2 0 1 3

Quadro 39: Distribuição de TDT em Medicina Hiperbárica por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

Figura 54: Percentagem de TDT em Medicina Hiperbárica por Modalidade de Vinculação

TOTAL NACIONAL

31 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 2 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado

33% CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 3 2,031

Centro 0 0

Sul Lisboa 0 0

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Portugal Continental 3 2,0

3

Page 140: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 140

Grupo Profissional Nº de Efetivos Total ETC

Médicos 2 1,8

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica 3 2

Físicos Médicos 0 0

Total 5 3,832

Quadro 40: Percentagem de ETC por grupos profissionais.

ANÁLISE DE DADOS

Na única Câmara Hiperbárica do SNS existente em Portugal Continental, operam dois Médicos, num

total de cerca de 75h semana, um com vínculo de CTFP e outro de CIT e 3 TDT, num total de mais

de 80h semanais dispondo dois de CIT e um de CPS.

32 Da totalidade dos 4 ETC referentes a este grupo profissional foram considerados apenas 4 efetivos, sendo excluído 1 efetivo da Região Norte, por não incluir o número de ETC para a respetiva análise

Page 141: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 141

9.1.3 RADIOLOGIA E NEURORRADIOLOGIA 33

Os equipamentos médicos pesados da área de Radiologia/Neurorradiologia encontram-se distribuídos

por todo o país, à exceção dos Angiógrafos que não existem na região do Algarve.

Ao contrário do que se verifica para os equipamentos de Medicina Nuclear e de Radioncologia, os

equipamentos de Radiologia encontram-se localizados em diferentes serviços e são utilizados por

diferentes especialidades, dependendo do tipo de equipamentos.

Existem angiógrafos instalados em serviços de Radiologia, Cardiologia, Neurorradiologia e Cirurgia

Cardiotorácica. Cerca de 38% dos equipamentos existentes têm uma utilização partilhada por vários

serviços. Verifica-se que quando o Angiógrafo está instalado na Cardiologia, a sua utilização é na maior

parte dos casos exclusiva deste. É quando estão instalados na Radiologia que a utilização é

maioritariamente partilhada por vários serviços (Neurorradiologia, Cardiologia, Cirurgia Vascular,

Gastrenterologia e Nefrologia são especialidades utilizadoras dos equipamentos instalados na

Radiologia).

Os equipamentos de Ressonância Magnética encontram-se localizados nos serviços de Radiologia, à

exceção de 3, em que um se encontra na Radioncologia (uma vez que a sua utilização é partilhada por

diversos serviços foi contabilizado nesta área e não na de Radioncologia) e 2 na Neurorradiologia. Em

34% das situações a utilização das RM é partilhada entre diferentes serviços (Cardiologia,

Neurorradiologia, Radioncologia e Radiologia), sendo nos restantes casos de utilização exclusiva da

Radiologia.

Maioritariamente os equipamentos de Tomografia Computorizada encontram-se localizados nos serviços

de Radiologia, sendo em 80% dos casos utilizados em exclusivamente por este serviço. Porém,

constatou-se que existe um equipamento que se encontra num Serviço de Cardiologia e dois que

pertencem ao Serviço de Radioncologia (como a sua utilização é partilhada por diversos serviços foram

contabilizados nesta área).

33 Uma vez que os equipamentos utilizados por estas áreas são iguais e muitas vezes partilhados, o grupo optou por juntar as duas especialidades para a análise de dados.

Page 142: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 142

9.1.3.1 ANGIÓGRAFO

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 55: Distribuição dos Angiógrafos em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 14 0 0 0

Centro 12 0 0 0

Sul LVT 17 1 1 0

Alentejo 1 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 44 1 1 0

Quadro 41: Estado dos Angiógrafos

Dos equipamentos que se encontram em funcionamento o IPO de Porto possui 1, enquanto o IPO de

Coimbra e o de Lisboa não possuem nenhum. O Hospital Garcia de Orta está neste momento em fase de

elaboração do caderno de encargos para a aquisição de um novo Angiógrafo para aumento de

capacidade. Dois dos equipamentos encontram-se em regime de locação (região LVT).

Na região Norte estes equipamentos encontram-se distribuídos por 7 entidades, na região centro por 4,

na região LVT por 7 e na região do Alentejo por 1 entidade.

12

14

17 1

Page 143: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 143

ANGIÓGRAFOS POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total

Angiógrafos

População Angiógrafos

/106Hab

Valor de Referência

Angiógrafos/106Hab

Diferencial

Norte 14 3.689.682 3,8 n.d. n.a.

Centro 12 1.737.216 6,9 n.a.

Sul LVT 17 3.659.868

3,9

n.a. Alentejo 1 509.849

Algarve 0 451.006

Portugal Continental 44 10.047.621 4,4 n.a.

Quadro 42: Rácios de Angiógrafos em Funcionamento por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 56: Idade dos Angiógrafos em Funcionamento

21%

20%

23%

16%

20%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

3 2 2 4 3

22 2 3 3

43 6 1 3

1

Page 144: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 144

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS

Figura 57: Características Técnicas dos Angiógrafos em Funcionamento

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 58: Tipos de Atividade e Horários de Funcionamento dos Angiógrafos a Nível Nacional

48%

14%

34%

4%

Angiografo universal (monoplano 1 ampola)

Angiografo universal (multiplano 2 ampolas)

Cardio-angiografo

Neuro-angiografo

8

31

5

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente n.d.

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 3,3 9,3

Centro 3,3 8,8

LVT 5 7,1

Alentejo n.d. n.d.

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 3,6 8,4

2 7 1 4

5 7

3 5 9

1

Page 145: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 145

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total População Exames/1.000Hab Exames/ 1.000Hab

Diferencial

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Norte 24.512 403 82 24.997 3.689.682 6,8 n.d. n.a. Centro 6.910 1.067 1.196 9.173 1.737.216 5.3

n.a.

Sul LVT 22.153 2.047 39 24.239 24.302

3.659.868 5,3

n.a. Alentejo 63 0 0 63 509.849

Algarve 0 0 0 0 451.006 Portugal Continental

53.638 3.517 1.317 58.472 10.047.621 5,8

n.a.

Quadro 43: Produção dos Angiógrafos e Exames por 1.000 Habitantes

Figura 59: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 14 24.997 1.786 n.d. n.a.

Centro 12 9.173 764 n.a.

LVT 17 24.239 1.426 n.a.

Alentejo 1 63 63 n.a.

Algarve 0 0 n.a. n.a.

Portugal Continental

44 58.472 1.329 n.a.

Quadro 44: Capacidade Nominal dos Angiógrafos

92%

6%

2%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Page 146: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 146

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

Figura 60: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

No que concerne à análise dos Angiógrafos, apurou-se que dos 44 equipamentos em funcionamento a

região de Lisboa e Vale do Tejo concentra o maior número (17), representando 39% do parque instalado.

A Região Norte dispõe de 14 equipamentos (32%) e a região Centro de 12 (27%). Verifica-se que a

região do Algarve não dispõe de Angiógrafos e o Alentejo possui um.

A região Centro é a que possui o maior rácio de Angiógrafos por milhão de habitantes com 6,9, valor

muito superior ao valor médio nacional de 4,4. As regiões Sul e Norte apresentam um valor próximo de

3,9 e 3,8 respetivamente, não atingindo assim a média nacional.

No SNS, existe uma percentagem muito semelhante de equipamentos com 0-3 e 3-6 anos, 21% e 20%,

respetivamente. 59% do parque instalado tem mais de 6 anos, sendo que destes 20% possuem mais de

12 anos. Comparando as regiões entre si, verifica-se um equilíbrio entre os equipamentos mais recentes

e os mais envelhecidos, sendo Lisboa e Vale do Tejo a região que apresenta 41% dos seus

equipamentos com idade acima dos 9 anos (7 vs. 4 no Centro e 5 no Norte).

No que concerne às características técnicas dos Angiógrafos em funcionamento, verificamos que 48%

são Angiógrafos universais (monoplano), sendo 34% dos equipamentos Cardio-angiógrafos. O

Angiógrafo universal (multiplano) representa apenas 14% sendo o Neuro-angiógrafo o menos

representativo (4%).

86%

-14%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 163

Centro 2.603

LVT 76

Alentejo 63

Algarve 24

Portugal Continental

2.929

Page 147: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 147

Relativamente ao tipo de atividade a que estes equipamentos dão resposta verifica-se que 70% dos

equipamentos dão resposta em simultâneo à atividade programada e urgente. Os equipamentos que

operam apenas em regime de programada funcionam em média 3,6 dias por semana, 8,4 horas por dia,

verificando-se algumas diferenças de funcionamento entre as várias regiões.

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

A região do Norte é a região que maior número de angiografias realiza (24.997), a par da região Sul

(24.302) detendo no entanto esta região o maior número de equipamentos (17). A região Centro é quem

produz menos exames, sendo responsável por apenas 15,6 % da produção total. Em matéria de exames

por 1000 habitantes as regiões Centro e Sul apresentam um rácio igual (5,3) ficando próximo da média

nacional de 5,8 exames e abaixo da região Norte que apresenta um índice superior de 6,8.

Do total de exames realizados internamente 92% corresponde à resposta dada à prescrição interna dos

próprios hospitais, sendo residual a resposta a pedidos de entidades externas (6% para instituições do

SNS e 2% para instituições não pertencentes ao SNS).

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, a média nacional situa-se nos 1.329 exames

por equipamento, valor superado quer pela região Norte quer pela região Sul com 1.786 e 1.426 exames

respetivamente. A região centro é a que apresenta um rácio muito abaixo da média nacional (764).

Em média os hospitais portugueses estão a produzir 5,4 exames por dia ou seja menos de 1 exame por

hora. A tabela seguinte permite-nos compreender melhor esta realidade:

Região Capacidade Nominal Exames/dia Exames/dia Referência

Tendência Exames/hora Exames/hora Referência

Tendência

Norte 1.786 7,4 n.d. n.a. 0,7 n.d. n.a.

Centro 764 3,2 n.a. 0,5 n.a.

LVT 1.426 5,9 n.a. 0,6 n.a.

Alentejo 63 0,3 n.a. 0,03 n.a.

Algarve n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

Portugal Continental

1.329 5,4 n.a. 0,5 n.a.

Quadro 45: Exames/Dia e Exames/Hora por Angiógrafo

Relativamente à produção realizada no exterior:

De acordo com os dados apurados e relativamente aos exames realizados no exterior, por inexistência de

Angiógrafos ou falta de capacidade interna, apenas foram reportados pelas instituições 2.929 exames.

Confrontando este número com os exames realizados pelos hospitais para entidades do SNS, com

Page 148: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 148

facilidade se conclui que este valor de produção realizada no exterior teria de ser no mínimo igual a 3.517

(produção realizada internamente para entidades do SNS Figura 60). Logo os valores reportados para a

produção realizada no exterior não poderão considerar-se corretos.

No que diz respeito à produção realizada no exterior e face à incongruência de dados recolhidos, foi

possível identificar algumas das razões que podem justificar a diferença observada. Existem instituições

que quando enviam os seus utentes para outras instituições do SNS para realização de exames, por

inexistência do equipamento e/ou técnica, não registam esse envio como “solicitação ao exterior”. A

instituição que recebe o utente regista do seu lado a “realização de exames para o exterior”. Quando se

cruzam os dados relativos aos exames solicitados ao Exterior (SNS) com os exames realizados para o

Exterior (SNS) verificam-se as incongruências anteriormente descritas.

Considerações:

Face aos dados anteriormente apresentados, pode-se concluir:

Não foi encontrado nenhum rácio de angiógrafos por 1.000.000 de habitantes na literatura

nacional/internacional. A diversidade e elevada variabilidade dos procedimentos realizados neste tipo de

equipamento, onde a intervenção terapêutica assume, de forma cada vez mais progressiva, um maior

peso no total de exames realizados e no tempo de ocupação da sala, não permitiu igualmente

estabelecer-se um rácio que fosse considerado aceitável no âmbito deste estudo.

Analisando a capacidade de produção nominal dos equipamentos existentes nas diferentes regiões,

poder-se-á concluir que pelo menos os Angiógrafos disponíveis na região Centro e Sul poderiam ser

melhor rentabilizados comparativamente com a produção dos equipamentos do Norte, dado que não

existe capacidade nominal de referência. De realçar que não obstante acima se ter verificado que os

equipamentos da região Sul se encontram acima da média de produção nacional, a verdade é que estes,

ainda têm uma margem para aumento de produção se comparados com os da região Norte. Mesmo

considerando a idade dos equipamentos, 39% dos Angiógrafos da região Sul têm mais de 9 anos, a

verdade é que 36% dos da região Norte encontram-se nas mesmas condições.

Page 149: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 149

9.1.3.2 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 61: Distribuição das RM em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 12 0 0 0

Centro 5 0 0 0

Sul LVT 10 0 0 0

Alentejo 1 0 0 0

Algarve 2 0 0 0

Portugal Continental 30 0 0 0

Quadro 46: Estado das RM

No IPO do Porto encontram-se instalados dois equipamentos em pleno funcionamento, no IPO de

Coimbra 1 e no IPO de Lisboa outro. Um dos equipamentos em funcionamento encontra-se em locação

operacional na região LVT.

Na região Norte estes equipamentos encontram-se distribuídos por 8 entidades, na região Centro por 3,

na região LVT por 7, na região do Alentejo numa entidade e no Algarve distribuídos por 2 entidades.

5

12

10 1

2

Page 150: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 150

RM POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total RM População RM /106Hab Valor de

Referência

RM/106Hab

Diferencial

Norte 12 3.689.682 3,3 10,3

Centro 5 1.737.216 2,9

Sul LVT 10 3.659.868

2,8

Alentejo 1 509.849

Algarve 2 451.006

Portugal Continental 30 10.047.621 3,0

Quadro 47 Rácios de RM por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 62: Idade das RM em Funcionamento

40%

20%

17%

17%

6%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

2 4 2 4

1 11 2

2 12 5

1

11

Page 151: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 151

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS

Figura 63: Características Técnicas das RM em Funcionamento

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 64: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das RM a Nível Nacional

4% 3%

73%

20%

RM < a 0,5 T RM 1,0 T RM 1,5 T RM 3,0 T

10

20

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 6 12

Centro 5,5 10,1

LVT 5,5 9,3

Alentejo n.d. n.d.

Algarve 5 12

Portugal Continental 5,6 10,6

3 8 1

1

1 4

2 7 1

2

Page 152: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 152

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total População Exames/ 1.000Hab

Exames/ 1.000Hab

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Diferencial

Norte 90.508 436 200 91.144 3.689.682 24,7 52,5

Centro 30.505 84 86 30.675 1.737.216 17,7

Sul LVT 74.696 202 22 74.920

88.471

3.659.868

19,1

Alentejo 4.671 0 0 4.671 509.849

Algarve 8.878 2 0 8.880 451.006

Portugal Continental

209.258 724 308 210.290 10.047.621 20,9

Quadro 48: Produção das RM e Exames por 1.000 Habitantes

Figura 65: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal

Capacidade Nominal Referência

Tendência

Norte 12 91.144 7.595 7.000

Centro 5 30.675 6.135

LVT 10 74.920 7.492

Alentejo 1 4.671 4.671

Algarve 2 8.880 4.440

Portugal Continental

30 210.290 7.010

Quadro 49: Capacidade Nominal das RM

100%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Page 153: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 153

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

Figura 66: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

Pelos dados obtidos, é possível constatar que existem Ressonâncias Magnéticas em todo o país,

verificando-se que 43% do total de equipamentos se encontra localizado na região Sul. A região Norte

dispõe de 40% da capacidade instalada, sendo a região Centro a que detém menos número de

equipamentos (17%).

Quanto aos rácios da Ressonância Magnética em funcionamento por 1.000.000 habitantes, constata-se

que qualquer uma das regiões tem um rácio muito inferior ao rácio de referência que indica 10,3 RM/106

habitantes. O rácio mais elevado está localizado na região Norte com 3,3, seguido da região Centro com

2,9 e com um valor muito idêntico a região sul com 2,8. A média nacional situa-se nos 3, muito longe dos

10,3 que servem de referência.

No que concerne à idade, constata-se que mais de 60% do parque de RM tem uma idade inferior a 6

anos. À semelhança dos angiógrafos, a vida útil espectável para estes equipamentos é de 8 a 10 anos. A

região LVT concentra o maior número de equipamentos mais novos (5 com menos de 3 anos) e mais

velhos (3 com mais de 9 anos). A região Norte é quem no entanto apresenta o maior número de

equipamentos com idade superior a 9 anos (50% do total de equipamentos).

Relativamente às caraterísticas técnicas, verifica-se que a maior parte dos equipamentos (73%) são de

1,5T. As ressonâncias de 3T representam 20% do parque e apenas 7% tem 1T ou menos.

1%

99%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 28.808

Centro 7.342

LVT 27.729

Alentejo 2.309

Algarve 133

Portugal Continental

66.321

Page 154: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 154

66,7% destes equipamentos funciona em regime de atividade partilhada entre a programada e a resposta

à Urgência. Relativamente à atividade programada dos equipamentos verifica-se que a média de horário

de funcionamento dos mesmos é de 5,6 dias/semana e 10,6 horas/dia.

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Com apenas mais um equipamento do que a região de LVT, a região Norte produz mais 10% de exames

(91.144 vs. 88.471). O Centro apenas produz 30.675 com 5 equipamentos.

O índice de exames por 1.000 habitantes é muito variável sendo que nenhuma região atinge 50% do

valor de referência (52,5). Ainda assim, a região Norte é quem apresenta o maior índice de exames por

1000 habitantes (24,7), ficando acima da média nacional (20,9).

Praticamente a totalidade da produção dos equipamentos em análise corresponde à procura interna

(99,57%), sendo residual a resposta a pedidos externos (0,5%).

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, verifica-se que, em média, os equipamentos do

SNS produzem 7.010 exames, correspondendo na prática ao que se encontra estabelecido em matéria

de valor de referência (7.000). Os equipamentos da região Norte e LVT ultrapassam ainda assim este

valor (7.595 e 7.492 respetivamente). A região do Alentejo e do Algarve ficam aquém da média nacional e

do valor de referência, encontrando-se a região Centro mais próxima destes valores (6.135).

Em média os hospitais portugueses estão a produzir 29 exames por dia ou seja cerca de 3 exames por

hora. A tabela seguinte permite-nos compreender melhor esta realidade:

Região Capacidade Nominal Exames/dia Exames/dia Teórico34

Tendência Exames/hora Exames/hora Teórico35

Tendência

Norte 8.012 33,4 29,2

3,3 2,9

Centro 6.135 25,6 2,7

LVT 7.492 31,2 3,1

Alentejo 4.671 19,5 2,0

Algarve 4.440 18,5 1,9

Portugal Continental

7.010 28,9

2,9

Quadro 50: Exames/Dia e Exames/Hora por RM

34 Exames/dia Teórico = Capacidade Nominal de Referência / 240 dias 35 Exames/hora Teórico = (Capacidade Nominal de Referência / 240 dias) /10horas

Page 155: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 155

Relativamente à produção realizada no exterior:

Dos 66.321 exames realizados no exterior por inexistência de equipamento ou falta de capacidade

interna, 99% foram solicitados a entidades fora do SNS. De realçar que a região Norte solicitou 43,4% do

total e LVT 42%.

Considerações:

Face aos dados anteriormente apresentados, pode-se concluir:

Comparando os rácios de RM em funcionamento por 1.000.000 habitantes, verifica-se, que todas as

Regiões de Saúde possuem larga margem para instalação de mais equipamentos; no entanto, analisando

a capacidade nominal dos equipamentos constatamos que os equipamentos da região do Alentejo e do

Algarve podem ser melhor rentabilizados, bem como os da região Centro, em menor volume. Parece,

pois, existir capacidade para produzir mais exames dentro do SNS nestas três últimas regiões, e que se

poderia ter eventualmente evitado o recurso ao exterior para realização de 6.767 exames (que

corresponde a 2.309 solicitados ao exterior pelo Alentejo, mais 133 exames solicitados pelo Algarve, mais

4.325 - diferença entre o total de exames enviados para o exterior e o total de exames passíveis de ser

realizados pelos 5 equipamentos do Centro, considerando a capacidade nominal de referência). No

entanto, esta conclusão para ser válida deveria ter associada uma análise a outras variáveis

nomeadamente, existência de recursos humanos suficientes; existência de competência técnica/ know-

how; características técnicas dos equipamentos e adequação do tempo de resposta à situação clínica dos

doentes.

Considerando ainda os exames solicitados ao exterior e assumindo que o somatório entre estes dados e

os exames produzidos pelos equipamentos do SNS traduzem a procura de exames nesta área, verifica-

se que a região Norte e Sul apresentam necessidades muito semelhantes (43,3% vs. 42,8% da procura

total). No entanto, o rácio de exames por 1.000 habitantes continua a verificar-se superior na região Norte

(32,5 vs. 25,7).

Page 156: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 156

9.1.3.3 TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC)

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 67: Distribuição das TC em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 27 0 2 0

Centro 18 0 0 0

Sul LVT 24 1 0 1

Alentejo 5 0 0 0

Algarve 2 0 0 0

Portugal Continental 76 1 2 1

Quadro 51: Estado das TC

Dos equipamentos em funcionamento, 3 pertencem ao IPO do Porto, 2 ao IPO de Coimbra e 2 ao IPO de

Lisboa. Uma das TC da região LVT é gerida em regime de concessão, outra encontra-se em regime de

outsourcing (região do Alentejo) e uma terceira encontra-se abrangida por um leasing operacional (na

região Norte).

Na região Norte estes equipamentos encontram-se distribuídos por 13 entidades, na região centro por 9,

na região LVT por 14 entidades, na região do Alentejo por 4 e na região do Algarve por 2.

18

27

24 5

2

Page 157: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 157

TC POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total TC População TC /106Hab Valor de

Referência

TC/106Hab

Diferencial

Norte 27 3.689.682 7,3 20,4

Centro 18 1.737.216 10,4

Sul LVT 24 3.659.868

6,7

Alentejo 5 509.849

Algarve 2 451.006

Portugal Continental 76 10.047.621 7,6

Quadro 52: Rácios de TC por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 68: Idade das TC em Funcionamento

30%

28%

29%

8% 5%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

1 1 18 6 1

2 1 3 5 7

1 3 5 8 7

1 3 1

2

Page 158: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 158

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS

Figura 69: Características Técnicas das TC em Funcionamento

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 70: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das TC a Nível Nacional

3%

41%

41%

14%

1%

TC Sequencial TC Multicorte (<16 cortes)TC Multicorte (16 cortes ) TC Multicorte (64 cortes )n.d.

20

54

2

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 5,5 10,2

Centro 4,6 7,6

LVT 5 11,3

Alentejo 5 12

Algarve n.d. n.d.

Portugal Continental 5,7 9,5

1

4 7 1 1 5

2 1 4 1 1

5 1 8 0

1 4

2

Page 159: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 159

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total População Exames/ 1.000Hab

Exames/ 1.000Hab

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Diferencial

Norte 465.894 106 207 466.207 3.689.682 126,4 128,1

Centro 225.956 788 36 226.780 1.737.216 130,5

Sul LVT 381.508 1.045 153 382.706

500.983 3.659.868

108,4

Alentejo 66.709 6.191 3.033 75.933 509.849 Algarve 42.343 0 1 42.344 451.006

Portugal Continental 1.182.410 8.130 3.430 1.193.970

10.047.621 118,8

Quadro 53: Produção das TC e Exames por 1000 Habitantes

Figura 71: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 27 466.27 17.267 15.000

Centro 18 226.780 12.599

LVT 24 382.706 15.946

Alentejo 5 75.933 15.187

Algarve 2 42.344 21.172

Portugal Continental

76 1.193.970 15.710

Quadro 54: Capacidade Nominal das TC

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

99,0%

0,7% 0,3%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Page 160: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 160

Quadro 55: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

Em todo o estudo, o equipamento mais prevalente é sem dúvida a TC, existindo um total de 76

equipamentos no SNS. As regiões Norte e Sul concentram cerca de 76% do parque de TC com um total

de 58 equipamentos. Na Região de Saúde do Centro encontramos 18 equipamentos (24%).

Comparando os rácios de referência de número de TC/106 habitantes constata-se que os valores

regionais estão consideravelmente abaixo do mesmo. A região Centro é a região que apresenta o maior

rácio de equipamento por milhão de habitantes (10,4), seguido do Norte (7,3) e Sul (6,7), sendo o valor

nacional é de 7,6 equipamentos por 106 habitantes muito abaixo dos 20,4 de referência.

No que diz respeito à idade dos equipamentos, constata-se que 58% têm uma idade inferior a 6 anos,

sendo que 13% possuem mais de 9 anos. A região Sul é aquela que possui maior número de

equipamentos com mais de 9 anos (5), seguida do Centro com 3 equipamentos e o Norte com 2.

No parque nacional verifica-se a mesma proporção de TC com 16 cortes e com menos de 16 cortes, 41%

cada. Apenas 14% dos TC possuem 64 cortes e ainda existem 2 TC Sequenciais em funcionamento.

À semelhança das RM, também a maior parte dos equipamentos de TC funcionam em regime de

atividade partilhada (54), existindo apenas 2 equipamentos que funcionam exclusivamente para dar

resposta à atividade urgente. Relativamente à atividade programada desenvolvida por estes

equipamentos, verifica-se que funcionam em média 5,7 dias por semana, 9,5 horas por dia.

24,0%

76,0%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 2.731

Centro 4.155

LVT 22.697

Alentejo 858

Algarve 3.375

Portugal Continental

33.816

Page 161: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 161

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Os hospitais do SNS produziram em 2012 um valor aproximado de 1.194.000 exames de TC, sendo a

região Sul responsável por realizar 42% desta produção, seguida pela da região Norte com 39% e

finalmente pela região Centro com 19%.

Analisando o rácio de exames por 1000 habitantes, verifica-se que a região Centro apresenta o maior

rácio superior (130,5) quer à média nacional (118,8) quer ao valor de referência (128,1). A região Norte

encontra-se próxima do valor de referência (126,4), sendo a região Sul a que apresenta o menor rácio,

situando-se abaixo quer da média nacional quer do valor de referência (108,4).

99% da produção realizada por estes equipamentos dá resposta a necessidades internas dos hospitais

onde estão instalados, sendo pouco significativa a percentagem de exames realizada para o exterior

(1%).

Considerando a capacidade nominal real destes equipamentos, verifica-se que a média nacional se fixou

nos 15.710 exames por equipamento, valor este que, à exceção da região Centro e o Alentejo, todas as

restantes conseguem ultrapassar. Analisando o valor de referência (15.000), à exceção da zona Centro,

todas as regiões apresentam índices de produção por equipamento superiores, sendo de realçar a zona

Norte que realiza em média mais 2.000 exames por equipamento face a este valor.

Em média os hospitais portugueses estão a produzir 65,5 exames por dia ou seja 6,6 exames por hora. A

tabela seguinte permite-nos compreender melhor esta realidade:

Região Capacidade Nominal Exames/dia Exames/dia Teórico36

Diferencial Exames/hora Exames/hora Teórico37

Diferencial

Norte 17267 71,9 62,5

7,2 6,3

Centro 12599 52,5 5,3

LVT 15946 66,4 6,7

Alentejo 15187 63,3 6,3

Algarve 21172 88,2 8,8

Portugal Continental

15710 65,5

6,6

Quadro 56: Exames/dia e Exames/Hora por TC

36 Exames/dia Teórico = Capacidade Nominal de Referência / 240 dias 37 Exames/hora Teórico = (Capacidade Nominal de Referência / 240 dias) /10horas

Page 162: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 162

Relativamente à produção realizada no exterior:

Dos 33.816 exames realizados no exterior por inexistência de equipamento ou falta de capacidade

interna, 76% foram solicitados a entidades fora do SNS. De realçar que 67% destes exames foram

solicitados na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Considerações:

Face aos dados anteriormente apresentados, pode-se concluir:

Considerando os rácios de TC em funcionamento por 1.000.000 habitantes, verifica-se, que todas as

Regiões de Saúde possuem larga margem para instalação de mais equipamentos.

Ao contrário do que se verificou até ao momento noutros equipamentos e, analisando a capacidade

nominal dos TC, verifica-se que, à exceção dos da região Centro, todos os restantes equipamentos

produzem acima do valor de referência pelo que se poderá concluir que se encontram rentabilizados.

Considera-se deste modo justificado o recurso ao exterior para suprir as necessidades dos hospitais do

SNS bem como das verificadas ao nível dos cuidados de saúde primários, apresentadas mais adiante no

capítulo do Sector Convencionado (pág.213).

Page 163: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 163

9.1.3.4 RECURSOS HUMANOS

MÉDICOS

Figura 72: Distribuição de Médicos de Radiologia e Neurorradiologia por Região de Saúde

Região Nº de Efetivos

Radiologia

Total ETC

Radiologia

Nº de Efetivos

Neurorradiologia

Total ETC

Neurorradiologia

Norte 134 81,138 37 29,6

Centro 102 72,739 29 18,3

Sul LVT 204 154,640 56 41,741

Alentejo 34 26,2 1 0,6

Algarve 15 11,5 0 0

Portugal Continental 489 346,1 123 90,2

Quadro 57: Nº de Efetivos vs. ETC de Radiologia e Neurorradiologia

38 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 132 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado. 39 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 99 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado 40 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 190 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado 41 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 50 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado

102

37

204

34

15

29

56

1

134

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CEMP | 164

Região CIT CTFP CPS Total Norte 58 38 38 134

Centro 21 58 23 102

Sul LVT 81 90 33 204

Alentejo 1 24 9 34

Algarve 11 4 0 15

Portugal Continental 172 214 103 489

Quadro 58: Distribuição dos Médicos Afetos à Radiologia por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

Figura 73: Percentagem de Médicos Afetos à Radiologia por Modalidade de Vinculação

Região CIT CTFP CPS Total Norte 18 14 5 37 Centro 7 14 8 29 Sul LVT 22 26 8 56

Alentejo 1 0 0 1 Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 48 54 21 123

Quadro 59: Distribuição dos Médicos Afetos à Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

Figura 74: Percentagem dos Médicos Afetos à Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação

35%

44%

21%

CIT

CTFP

CPS

39%

44%

17%

CIT

CTFP

CPS

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 165

MÉDICOS DE OUTRAS ESPECIALIDADES42

Especialidade Região Nº de Efetivos Total ETC Cardiologia Norte 32 23,6

Centro 29 16,443 Sul LVT 34 25,4

Alentejo 0 0 Algarve 0 0

Portugal Continental 95 65,4 Gastrenterologia Norte 4 3,5

Centro 3 0,3 Sul LVT 7 5,3

Alentejo 0 0 Algarve 0 0

Portugal Continental 14 9,1 Cirurgia Vascular Norte 10 8,8

Centro 0 0 Sul LVT 8 7,5

Alentejo 0 0 Algarve 0 0

Portugal Continental 18 16,3

Quadro 60: Nº de Efetivos vs. ETC de Outras Especialidades Médicas

Especialidade Região CIT CTFP CPS Total Cardiologia Norte 16 14 2 32

Centro 8 12 9 29 Sul LVT 16 17 1 34

Alentejo 0 0 0 0 Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 40 43 12 95 Gastrenterologia Norte 1 3 0 4

Centro 1 2 0 3 Sul LVT 3 2 2 7

Alentejo 0 0 0 0 Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 5 7 2 14 Cirurgia Vascular Norte 8 2 0 10

Centro 0 0 0 0 Sul LVT 6 2 0 8

Alentejo 0 0 0 0 Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 14 4 0 18

Quadro 61: Distribuição de Médicos de Outras Especialidades por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA DE RADIOLOGIA/NEURORRADIOLOGIA

42 Afetos à realização de exames com os equipamentos objeto da presente Carta. 43 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 23 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado

Page 166: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 166

Figura 75: Distribuição de TDT de Radiologia/Neurorradiologia por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 145 170 3 318

Centro 73 162 0 234

Sul Lisboa 222 290 4 516

Alentejo 21 35 11 67

Algarve 30 22 0 52

Portugal Continental 491 678 18 1.187

Quadro 62: Distribuição de TDT Afetos à Radiologia/Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação por Região de Saúde

Figura 76: Percentagem de TDT Afetos à Radiologia e Neurorradiologia por Modalidade de Vinculação

44 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 315 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado

41%

57%

2%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 318 290,644

Centro 234 246,1

Sul Lisboa 516 462,2

Alentejo 67 59,2

Algarve 52 45,9

Portugal Continental 1.187 1.104,1

318

234

516

67

52

Page 167: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 167

TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA DE CARDIO-PNEUMOLOGIA45

Região Nº de efetivos Total ETC

Norte 26 21,8

Centro 29 13,046

Sul LVT 70 63,0

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Portugal Continental 125 97,8

Quadro 63: Nº de Efetivos vs. ETC de TDT de Cardio-Pneumologia

Região CIT CTFP CPS Total

Norte 12 12 2 26

Centro 19 0 10 29

Sul LVT 40 30 0 70

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 71 42 12 125

Quadro 64: Distribuição de TDT afetos à Cardiologia por modalidade de vinculação por Região de Saúde

Figura 77: Percentagem de TDT afetos à Cardiologia por modalidade de vinculação

45 Afetos à realização de exames com os equipamentos objeto da presente Carta. 46 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 13 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado

57% 34%

9%

CIT

CTFP

CPS

Page 168: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 168

FÍSICOS MÉDICOS

Figura 78: Distribuição de Físicos Médicos de Radiologia por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 2 0 0 2

Centro 0 0 0 0

Sul Lisboa 0 1 1 2

Alentejo 0 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 2 1 1 4

Quadro 65: Distribuição de Físicos Médicos na Radiologia por modalidade de vinculação por Região de Saúde

Figura 79: Percentagem de Físicos Médicos na Radiologia por modalidade de vinculação

50%

25%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 2 2,0

Centro 0 0

Sul Lisboa 2 1,9

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Portugal Continental 4 3,9

2

2

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 169

TOTAL NACIONAL

Grupo Profissional Nº de Efetivos

Total ETC

Médicos de Radiologia 489 346,1

Médicos de Neurorradiologia 123 90,2

Médicos Outras Especialidades 127 90,8

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica Radiologia 1.187 1.104,1

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica Cardiopneumologia

125 97,8

Físicos Médicos 4 3,9

Total 2.055 1.732,9

Quadro 66: Proporção de ETC por Grupos Profissionais Afetos à Radiologia/Neurorradiologia

ANÁLISE CRÍTICA

Da análise aos Recursos Humanos afetos à Área de Radiologia verifica-se que os Médicos representam

36% do Nº de Efetivos, os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, 63,8% e os Físicos Médicos, 0,2%*.

Relativamente ao total de Médicos que operam nos equipamentos em análise, verifica-se que do total de

739 Efetivos, 66,2% são da especialidade de Radiologia, 16,6% da especialidade de Neurorradiologia,

12,9% da especialidade de Cardiologia, 2,4% da especialidade de Cirurgia Vascular 1,9% da

especialidade de Gastrenterologia.

De realçar neste grupo profissional, a diferença existente entre o Nº de Efetivos e o Nº de ETC’s. Do total

de 714 efetivos, temos, na prática, o correspondente a 527,1 Médicos a 40h/semana.

Do total de 1.312 efetivos de TDT, 90,5% detém a especialização em Radiologia, pertencendo os

restantes ao grupo dos Cardiopneumologistas.

Considerando as Especialidade de Radiologia e Neurorradiologia, que representam o maior peso de

recursos humanos na área da Radiologia, e a sua distribuição pelas Regiões do País, verifica-se:

Page 170: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 170

Região Total ETC Percentagem

Radiologistas LVT 154,6 44,7

Norte 81,1 23,4

Centro 72,7 21

Alentejo 26,2 7,6

Algarve 11,5 3,3

Total 346,1 100

Neurorradiologistas LVT 41,7 46,2

Norte 29,6 32,8

Centro 18,3 20,3

Alentejo 0,6 0,7

Algarve 0 0

Total 90,2 100

Técnicos de Radiologia LVT 462,2 41,8

Norte 290,6 26,3

Centro 246,1 22,3

Alentejo 59,2 5,4

Algarve 45,9 4,2

Total 1104 100

Físicos Médicos Norte 2 51,3

LVT 1,9 48,7

Centro 0 0

Alentejo 0 0

Algarve 0 0

Total 3,9 100

Quadro 67: Recursos humanos na área da Radiologia e respectiva distribuição pelas Regiões do País

No que respeita à distribuição por modalidade de vinculação, verifica-se que:

d. A maior parte do Nº de Efetivos dos Médicos Radiologistas (44 %) e Neurorradiologistas (44%)

possui um CTFP;

e. Do total de Efetivos dos TDT, 57% possui um CTFP;

Analisando o Nº de ETC e o nº de equipamentos disponíveis por região de saúde, verifica-se que não

obstante o nº de equipamentos existentes na região Norte (53) e LVT (51) ser idêntico, em matéria de

afetação de recursos humanos, a região de Lisboa e Vale do Tejo apresenta um rácio de profissionais por

equipamento muito superior (43,9% do total de ETC em análise, concentra-se nesta região, contra 26,6%

na região Norte). Analisando, no entanto, a produção dos equipamentos em causa, verifica-se não haver

correspondência direta entre as diferenças verificadas ao nível da capacidade nominal real entre as

regiões em análise e os recursos humanos que lhes estão afetos.

Page 171: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 171

Nota: Apesar do número de Físicos residentes e a exercer na Radiologia ser muito baixo uma parte significativa de

atividades de física Médica podem ser executadas em radiologia por físicos residentes nos serviços de radioterapia

e Medicina Nuclear a tempo parcial. Dada a não obrigatoriedade legal de existir físico residente na radiologia, tal

como acontece na Radioterapia e Medicina Nuclear, as instituições recorrem ao Outsourcing para as tarefas de

controlo de qualidade, licenciamento radiológico e outros.

Page 172: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 172

9.1.4 RADIONCOLOGIA

Em termos nacionais, a ARS do Algarve é neste momento a única região de saúde que não detém

nenhum serviço de Radioncologia pertencente ao SNS, sendo as necessidades desta região

asseguradas por uma entidade privada.

Do levantamento realizado, conclui-se que a Cyber-knife, a Gama-knife e a Tomoterapia não integram

atualmente o parque de equipamentos médicos pesados do SNS. No entanto, foi identificada a intenção

de aquisição de um equipamento de Tomoterapia para a Região de Saúde Centro.

Verificou-se igualmente, que embora sem utilização clínica, ainda existem 2 equipamentos

Telecobaltoterapia na Região de Lisboa e Vale do Tejo e, 1 na Região Norte.

Os equipamentos de radioterapia localizam-se nos Serviços de Radioncologia e são da sua utilização

exclusiva, à exceção dos aparelhos de TC que, em alguns casos, são partilhados.

Page 173: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 173

9.1.4.1 ACELERADOR LINEAR (AL)

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 80: Distribuição dos Aceleradores Lineares em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 12 0 0 0

Centro 5 0 0 0

Sul LVT 10 0 2 0

Alentejo 2 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 29 0 2 0

Quadro 68: Estado dos AL

Dos Aceleradores em funcionamento 8 pertencem ao IPO do Porto, 3 ao de Coimbra e 4 ao de Lisboa.

Na região Norte estes equipamentos encontram-se distribuídos por 4 entidades, na região Centro por 2,

na região LVT por 4 entidades e na região do Alentejo numa entidade.

5

12

10 2

Page 174: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 174

AL POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total AL População AL /106Hab Valor de

Referência

AL/106Hab

Diferencial

Norte 12 3.689.682 3,3 6

Centro 5 1.737.216 2,9

Sul LVT 10 3.659.868

2,6

Alentejo 2 509.849

Algarve 0 451.006

Portugal Continental 29 10.047.621 2,9

Quadro 69: Rácios de AL por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 81: Idade dos AL em Funcionamento

52%

24%

10%

7% 7%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

1 21 8

1 22

12 7

2

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 175

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS

Figura 82: Características Técnicas dos AL em Funcionamento

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 83: Tipos de Atividade e Horários de Funcionamento dos AL a Nível Nacional

3%

38%

38%

21%

Com capacidade com TBI ou HBI

Com capacidade para IMRT, RT estereotáxica/radiocirurgia

Com capacidade para IMRT, RT estereotáxica/radiocirurgia, IGRT

Standard

25

2

2

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente n.d.

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 5 11,3

Centro 5 14

LVT 5 11,6

Alentejo 5 8

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 5 11,7

2 3 6 1

3 2

1 6 3

2

Page 176: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 176

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total

População Exames/ 1.000Hab

Exames/ 1000Hab

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Diferencial

Norte 106.387 0 0 106.387 3.689.682 28,8 n.d. n.a.

Centro 63.379 0 0 63.379 1.737.216 36,5 n.a.

Sul LVT 105.421 0 0 105.421 3.659.868

27,8

n.a.

Alentejo 22.882 0 0 22.882 509.849

Algarve 0 0 0 0 451.006

Portugal Continental 298.069 0 0 298.069 10.047.621 27,8

n.a.

Quadro 70: Produção dos AL e Exames por 1.000 Habitantes

Figura 84: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 1147 106.387 9.672 10.800

Centro 5 63.379 12.676

LVT 10 105.421 10.542

Alentejo 2 22.882 11.441

Algarve 0 0 n.a.

Portugal Continental

28 298.069

10.645

Quadro 71: Capacidade Nominal dos AL

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

47Não foi identificada a produção dos equipamentos de Radioncologia do Hospital de Braga, tendo por esse motivo sido excluído o seu acelerador linear para a análise da capacidade nominal.

100%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Page 177: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 177

Figura 85: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

No que concerne à análise do Acelerador Linear, verifica-se uma distribuição equitativa entre a região

Norte e a região Sul, com 12 equipamentos cada. A região Centro dispõe de apenas 5 equipamentos.

Tal como se tem verificado em todos os equipamentos analisados até aqui, também os rácios do

acelerador Linear em funcionamento por 1.000.000 habitantes, dão indicação de haver margem para uma

necessidade de investimentos nesta área, uma vez que se encontram sempre abaixo do valor de

referência considerado (6). Ainda assim, o rácio de equipamento com maior representatividade regista-se

na Região de Saúde do Norte, com 3,3 e o menor na Região de Saúde do Sul com 2,6.

Relativamente à idade dos equipamentos a nível nacional, constata-se uma maior incidência de

equipamentos entre 0-3 anos (55%), seguidos dos equipamentos com idades entre 3-6 anos (24%). De

notar que cerca de 14% dos AL estão no final da sua vida útil, ou já a ultrapassaram e que mais de

metade dos equipamentos instalados terão um fim de vida praticamente em simultâneo.

No que respeita às características técnicas do Acelerador Linear em funcionamento, destacam-se com

38%, o Acelerador Linear com capacidade para IMRT, RT estereotáxica/radiocirurgia e, igualmente com

38%, o Acelerador Linear com capacidade para IMRT, RT estereotáxica/radiocirurgia, IGRT. Já, o

Acelerador Linear com capacidade com TBI ou HBI é o que é menos representativo, com uma

percentagem de 3%.

11%

89%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 490

Centro 0

LVT 65.806

Alentejo 135

Algarve 0

Portugal Continental

66.431

Page 178: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 178

Do total de 29 equipamentos, 25 funcionam em regime de atividade programada, existindo apenas dois

equipamentos em que é feita referência de funcionarem em regime de atividade partilhada entre a

programada e a urgente.

Em média, estes equipamentos funcionam 5 dias por semana, 11,7 horas por dia, sendo a região Centro

a que apresenta um maior número de horas de trabalho diário (14h).

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Analisando a produção dos AL regista-se que é a região do Sul que apresenta maior número de exames

realizados, representando 43,2% do total, sendo seguida pela região do Norte com 35,6% e da região

Centro com 21,2%.

Relativamente ao índice de exames por 1.000 habitantes, verifica-se que todas as regiões apresentam

valore iguais ou superiores à média nacional (27,8), dado que não se dispõe de valor de referência,

sendo de realçar a região Centro que apresenta um índice bastante superior ao das restantes regiões

com 36,5 exames por 1.000 habitantes.

O total de 298.069 exames realizados deu resposta em exclusivo à procura interna dos hospitais onde

estes equipamentos se encontram instalados.

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, verifica-se que as regiões do Norte e LVT

apresentam índices de produtividade inferiores ao de referência (10.800). É de salientar que a zona

Centro é quem apresenta maior capacidade nominal, com 12.676 exames, muito acima também do valor

nacional (10.645) seguida pelo Alentejo com 11.441.

Em média os hospitais portugueses estão a produzir 42,8 exames por dia ou seja 4,3 exame por hora,

valor muito próximo do Valor de Referência máximo previsto de 4,5.

Page 179: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 179

Região Capacidade Nominal Exames/dia Exames/dia Teórico48

Tendência Exames/hora Exames/hora Teórico49

Diferencial

Norte 9.672 40,3 45

4,0 4,5

Centro 12.676 52,8 5,3

LVT 10.542 43,9 4,4

Alentejo 11.441 47,7 4,8

Algarve 0 n.a. n.a.

Portugal Continental

10.645 42,8

4,3

Quadro 72: Exames/Dia e Exames/Hora dos AL

Relativamente à produção realizada no exterior:

Dos dados recolhidos verifica-se que 89% dos exames solicitados ao exterior tiveram origem na região de

saúde de Lisboa e Vale do Tejo, não tendo, aparentemente, as regiões Centro e Algarve recorrido ao

exterior para satisfazer as suas necessidades (ver Figura 85)

Considerações:

Face aos dados anteriormente apresentados, pode-se concluir:

Considerando os rácios de AL em funcionamento por 1.000.000 habitantes, verifica-se, que todas as

Regiões de Saúde possuem margem para instalação de mais equipamentos, especialmente no caso das

regiões do Centro e Alentejo, cuja capacidade instalada se revela bem rentabilizada face à capacidade

nominal de referência, que ultrapassam. No caso das regiões Norte e LVT, em princípio haveria margem

para realização de mais exames o que no caso da região Norte poderia ter permitido a internalização do

total de exames solicitados ao exterior. Dos 65.806 solicitados ao exterior pela região LVT, esta poderia

ter internalizado 2.580. No entanto, esta conclusão para ser válida deveria ter associada uma análise a

outras variáveis nomeadamente, existência de recursos humanos suficientes; existência de competência

técnica/know-how ; características técnicas dos equipamentos e adequação do tempo de resposta à

situação clínica dos doentes.

É importante salientar que a capacidade dos equipamentos efetuarem técnicas complexas associa-se

fortemente à sua idade, uma vez que equipamentos mais recentes representam por norma inovação. Por

outro lado, é de referir igualmente que o facto de os equipamentos disporem de capacidade para

aplicação de técnicas especiais, não significa que as mesmas sejam de facto realizadas.

48 Exames/dia Teórico = Capacidade Nominal de Referência / 240 dias 49 Exames/hora Teórico = (Capacidade Nominal de Referência / 240 dias) /10horas

Page 180: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 180

Na produção solicitada ao exterior, é de referir que, se no caso da região Centro não se levantam dúvidas

quanto à fiabilidade dos dados fornecidos, uma vez que esta região dispõe de equipamentos que

produzem acima da capacidade de referência, no caso da região do Algarve tal não se verifica, já que

não possuem nenhum AL50.

Acresce a esta constatação o facto de nenhuma instituição ter indicado produção realizada internamente

para o exterior e ter havido instituições que identificaram exames solicitados ao exterior a entidades do

SNS.

Face ao exposto, não é possível retirar conclusões válidas em matéria de procura nesta área.

50 É do conhecimento geral a drenagem de doentes oncológicos , com condições de radioterapia, para uma clínica pertencente ao sector privado.

Page 181: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 181

9.1.4.2 BRAQUITERAPIA DE ALTA TAXA DE DOSE (BT)

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 86: Distribuição da Braquiterapia de Alta Taxa de Dose em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento A Abater Parado Instalado em 2013

Norte 1 0 0 n.a.

Centro 2 0 0 n.a.

Sul LVT 2 0 0 n.a.

Alentejo 1 0 0 n.a.

Algarve 0 0 0 n.a.

Portugal Continental 6 0 0 n.a.

Quadro 73: Estado dos Equipamentos de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose

Cada um dos IPO possui um equipamento de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose.

Na região Norte o equipamento está localizado numa única entidade, nas regiões Centro e LVT em 2 no

Alentejo numa entidade.

2

1

2 1

Page 182: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 182

EQUIPAMENTOS DE BRAQUITERAPIA DE ALTA-TAXA DE DOSE POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total BT População BT /106Hab Valor de

Referência

BT/106Hab

Diferencial

Norte 1 3.689.682 0,3 n.d. n.a.

Centro 2 1.737.216 1,2 n.a.

Sul LVT 2 3.659.868

0,6

n.a.

Alentejo 1 509.849

Algarve 0 451.006

Portugal Continental 6 10.047.621 0,6 n.a.

Quadro 74: Rácios de BT por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 87: Idade dos Equipamentos de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose em Funcionamento

33%

17%

0%

17%

33%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

1

1 1

1 1

1

Page 183: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 183

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 88: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das BT a Nível Nacional

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total

População Exames/ 1.000Hab

Exames/ 1000Hab

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Diferencial

Norte 927 0 0 927 3.689.682 0,3 n.d. n.a.

Centro 493 0 0 493 1.737.216 0,3

n.a.

Sul LVT 665 0 0 665 3.659.868

0,2

n.a. Alentejo 72 0 0 72 509.849

Algarve 0 0 0 0 451.006

Portugal Continental 2.157 0 0 2.157 10.047.621 0,2

n.a.

Quadro 75: Produção das BT e Exames por 1.000 Habitantes

Figura 89: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

5

1

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente n.d.

100%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Atividade Programa

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 4 5

Centro 5 8

LVT 5 8

Alentejo 5 8

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 4,75 7,4

Page 184: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 184

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 1 927 927 n.d. n.a.

Centro 2 493 247 n.a.

LVT 2 665 333 n.a.

Alentejo 1 72 72 n.a.

Algarve 0 0 n.a. n.a.

Portugal Continental

5 2.157 431 n.a.

Quadro 76: Capacidade Nominal das BT

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

Figura 90: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

Relativamente à análise da Braquiterapia de Alta Taxa de Dose, constata-se que estes equipamentos

estão distribuídos pelas três Regiões de Saúde Norte, Centro e LVT sendo esta a que apresenta um

maior número de equipamentos (3).

No que respeita aos rácios da braquiterapia de Alta Taxa de Dose de notar que não se encontram

definidos rácios quer relativamente ao número de equipamentos por 1.000.000 de habitantes, número de

exames por 1.000 habitantes e capacidade nominal dos mesmos.

Relativamente ao primeiro índice verifica-se que o maior rácio de equipamento se situa na região Centro,

com um valor de 1,2 e que o menor rácio de equipamento se localiza na região Norte (0,3).

0%

100%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 151

Centro 0

LVT 0

Alentejo 0

Algarve 0

Portugal Continental

151

Page 185: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 185

Quanto à idade dos equipamentos, verifica-se que 50% dos equipamentos possuem mais de 9 anos,

situação verificada em particular na região Centro (os dois equipamentos desta região têm mais de 9

anos).

Dos 6 equipamentos, 5 funcionam em regime de atividade programada, laborando em média 5 dias por

semana, 7,4 horas por dia.

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Analisando a produção dos equipamentos de BT regista-se que é a região do Norte quem mais produz

sendo responsável por 43% do total da produção, seguido da região Sul com 34% e da região Centro

com 23%. Estes valores resultam numa média de 0,2 exames por 1.000 habitantes, verificando-se que as

regiões Norte e Centro, dispondo do mesmo valor de 0,3, se encontram ligeiramente acima.

O total de 2.157 exames realizados deu resposta em exclusivo à procura interna dos hospitais onde estes

equipamentos se encontram instalados.

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, verifica-se que as regiões e face à media

nacional (431 exames/equipamento) que apenas a região Norte ultrapassa largamente este valor (927).

Relativamente à produção realizada no exterior:

Dos dados recolhidos verifica-se que apenas foram solicitados ao exterior, pela região Norte, 151

tratamentos totalmente realizados em instituições não SNS.

Considerações:

O facto de não se dispor de rácios de referência compromete uma análise mais detalhada da capacidade

de produção destes equipamentos. Não obstante este facto, pode realçar-se que o equipamento instalado

no Norte apresenta face aos restantes uma produção muito superior e que a região do Alentejo

funcionando mais 1 dia por semana e mais 3 horas por dia apresenta uma sub-rentabilização do seu

equipamento que coloca em causa a fiabilidade dos dados fornecidos.

O facto de relativamente à produção solicitada ao exterior apenas a região Norte ter indicado o número

de exames solicitado, quando a região do Algarve não dispõe de nenhum equipamento, leva-nos

novamente a questionar a fiabilidade desta informação.

Page 186: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 186

Não podendo retirar-se mais conclusões face ao anteriormente exposto, é de referir apenas que a idade

destes equipamentos deverá ser interpretada de forma diversa da utilizada para os aceleradores lineares,

uma vez que a produção de radiação terapêutica é, para os equipamentos de braquiterapia de alta taxa

de dose, conseguida a partir de fontes radioativas que são periodicamente substituídas, tendo em conta

as características físicas do isótopo radioativo utilizado (exemplo: Irídio-192), pelo que a rentabilidade dos

equipamentos deverá ser vista à luz destas duas variáveis.

Page 187: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 187

9.1.4.3 SIMULADOR

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 91: Distribuição dos Simuladores em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 1 0 0 0

Centro 2 0 0 0

Sul LVT 1 0 0 0

Alentejo 1 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 5 0 0 0

Quadro 77: Estado dos Simuladores

Dos 3 IPO, o de Coimbra é o único que recorre à utilização do Simulador, uma vez que dispõe de um

equipamento instalado.

2

1

1 1

Page 188: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 188

SIMULADORES POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total

Simuladores

População Simuladores/106Hab Valor de Referência

Simuladores/106Hab

Diferencial

Norte 1 3.689.682 0,3 n.d.

Centro 2 1.737.216 1,2

Sul LVT 1 3.659.868

0,4

Alentejo 1 509.849

Algarve 0 451.006

Portugal Continental 5 10.047.621 0,5

Quadro 78: Rácios de Simuladores por 1.000.000 Habitantes

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 92: Idade dos Simuladores em Funcionamento

40%

40%

20%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

1 1

1

1

1

Page 189: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 189

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 93: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento dos Simuladores a Nível Nacional

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total

População Exames/ 1.000Hab

Exames/ 1000Hab

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Diferencial

Norte 599 0 0 599 3.689.682 0,2 n.d. n.a. Centro 2.466 0 0 2.466 1.737.216 1,4 n.a.

Sul LVT 1.329 0 0 1.329 3.659.868 0,6

n.a. Alentejo 1.322 0 0 1.322 509.849

Algarve 0 0 0 0 451.006 Portugal Continental 5.716 0 0 5.716 10.047.621 0,6

n.a.

Quadro 79: Produção dos Simuladores e Exames por 1000 Habitantes

Figura 94: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

3

1

1

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente n.d.

100%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 5 12

Centro 5 9

LVT 5 8

Alentejo 5 8

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 5 9,8

Page 190: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 190

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 1 599 599 1.200

Centro 2 2.466 1.233

LVT 1 1.329 1.329

Alentejo 1 1.322 1.322

Algarve 0 0 n.a. n.a.

Portugal Continental

5 5.716 1.143

Quadro 80: Capacidade Nominal dos Simuladores

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

Figura 95: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

Relativamente à análise dos Simuladores, constata-se que estes equipamentos estão distribuídos pelas

três Regiões de Saúde Norte, Centro e Sul, apresentando a zona Norte uma equipamento e as restantes

dois equipamentos cada.

Não se encontram disponíveis rácios de Simuladores por 1.000.000 de habitantes e número de exames

por 1.000 habitantes. De qualquer modo referir-se que sendo a média nacional de 0,5 Simuladores por

1.000.000 de habitantes, é a zona Centro quem novamente apresenta um rácio superior de 1,2.

Quanto à idade dos equipamentos, verifica-se que cerca de metade dos equipamentos possuem entre 3 e

6 anos, encontrando o mesmo número de equipamentos entre os 6 e 9 anos, dispondo a região de

Centro do único equipamento com mais de 9 anos do parque total.

0%

100%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 0

Centro 0

LVT 2.818

Alentejo 0

Algarve 0

Portugal Continental

2.818

Page 191: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 191

Dos 5 equipamentos, 3 funcionam em regime de atividade programada, laborando em média 5 dias por

semana, 9,8 horas por dia, sendo o Norte que labora mais horas por dia (12h).

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Analisando a produção dos Simuladores, regista-se que é a região Sul quem mais produz sendo

responsável por 46,4% do total da produção, seguido da região Centro com 43% e da região Norte com

10,6%. Estes valores resultam numa média de 0,6 exames por 1.000 habitantes, verificando-se que a

região Centro apresenta um valor muito superior à média (1,4).

O total de 5.716 exames realizados deu resposta em exclusivo à procura interna dos hospitais onde estes

equipamentos se encontram instalados.

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, verifica-se que à exceção da região Norte os

equipamentos instalados nas restantes regiões produzem acima da capacidade nominal de referência

(1.200) e da média nacional (1.143).

Relativamente à produção realizada no exterior:

Dos dados recolhidos verifica-se que apenas foram solicitados ao exterior, pela região LVT, 2.818

exames totalmente realizados em instituições fora SNS.

Considerações:

O facto de não se dispor de rácios de referência compromete uma análise mais detalhada da capacidade

de produção destes equipamentos. Não obstante este facto, é possível afirmar-se que teoricamente o

equipamento instalado na região Norte pode produzir mais. No entanto, a máxima rentabilização deste

equipamento está obrigatória e necessariamente ligada ao número de doentes referenciados para a

radioterapia.

No entanto, a inexistência destes rácios podem justificar-se pelo facto de a atividade de simulação poder

ser realizada, como anteriormente mencionado, com recurso a uma TC, a sistemas de laser de

posicionamento e referências conseguidas a partir do sistema de planeamento. Este facto, aliás afeta de

forma significativa a análise da produção.

Relativamente à produção solicitada ao exterior, apenas a região LVT indicou o número de exames

solicitado.

Page 192: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 192

9.1.4.4 TC (DEDICADA)

NÚMERO, LOCALIZAÇÃO E ESTADO

Figura 96: Distribuição das TC em Funcionamento por Região de Saúde (31.12.2012)

Região Em Funcionamento Parado A Abater Instalado em 2013

Norte 3 0 0 0

Centro 1 0 0 0

Sul LVT 4 0 0 0

Alentejo 1 0 0 0

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 9 0 0 0

Quadro 81: Estado das TC

TC POR 1.000.000 HABITANTES

Região Total TC População TC /106Hab Valor de

Referência

TC/106Hab

Diferencial

Norte 3 3.689.682 0,8 n.d. n.a.

Centro 1 1.737.216 0,6

Sul LVT 4 3.659.868

1,1

Algarve 1 509.849

Alentejo 0 451.006

Portugal Continental 9 10.047.621 0,9

Quadro 82: Rácios de TC por 1.000.000 Habitantes

1

3

4 1

Page 193: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 193

IDADE DOS EQUIPAMENTOS

Figura 97: Idade das TC em Funcionamento

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS EQUIPAMENTOS

Figura 98: Características Técnicas das TC em Funcionamento

45%

22%

33%

0-3 3-6 6-9 9-12 +12

11%

22%

34%

22%

11%

TC SequencialTC Multicorte (<16 cortes)TC Multicorte (16 cortes )TC Multicorte (64 cortes )TC Multicorte ou outros (não integráveis nos anteriores)

1 2

2 2

1

1

1 1 1

1 1 1 1

1

1

Page 194: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 194

ATIVIDADE E HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

Figura 99: Percentagem dos Diferentes tipos de Atividade e Horários de Funcionamento das TC a Nível Nacional

PRODUÇÃO NOS HOSPITAIS

Região Produção Interna

Produção para o Exterior Produção Total

População Exames/ 1.000Hab

Exames/ 1000Hab

Entidade SNS

Entidade Não SNS

Tendência

Norte 1.683 0 0 1.683 3.689.682 0,5 n.d. n.a. Centro 2.604 0 0 2.604 1.737.216 1,5

n.a.

Sul LVT 5.865 0 0 5.865 3.659.868 1,5

n.a. Alentejo 918 0 0 918 509.849 Algarve 0 0 0 0 451.006

Portugal Continental 11.070 0 0 11.070 10.047.621 1,1

n.a.

Quadro 83: Produção das TC e Exames por 1000 Habitantes

Figura 100: Percentagem Relativa da Origem da Produção Realizada nos Hospitais

8

1

ActividadeProgramada Programada + Urgente Urgente

100%

Produção Interna

Produção Ext SNS

Produção Ext NãoSNS

Atividade Programada

Região Média de

dias/semana

Média de

horas/dia

Norte 5 8

Centro 5 9

LVT 5 10

Alentejo 5 8

Algarve n.a. n.a.

Portugal Continental 5 9

Page 195: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 195

Região # Equipamentos Produção total Capacidade Nominal Capacidade Nominal Referência

Diferencial

Norte 3 1.683 651 2.400

Centro 1 2.604 2.604

LVT 4 5.865 1.466

Alentejo 1 918 918

Algarve 0 0 n.a. n.a.

Portugal Continental

8 11.070 1.230

Quadro 84: Capacidade Nominal das TC

PRODUÇÃO REALIZADA NO EXTERIOR POR FALTA DE CAPACIDADE INTERNA

Quadro 85: Produção realizada no Exterior por falta de capacidade interna

ANÁLISE DE DADOS

Relativamente à caracterização dos equipamentos:

No que concerne à análise da Tomografia Computorizada (dedicada) destaca-se uma maior

concentração destes equipamentos na região Sul com 5 equipamentos, seguida da região Norte com 3 e

do Centro com 1.

Tal como se verificou para o Simulador, não se encontram disponíveis rácios de TC (dedicada) por

1.000.000 de habitantes e nem número de exames por 1.000 habitantes. Comparando os rácios da

Tomografia Computorizada (dedicada) em funcionamento por 1.000.000 habitantes, constata-se que a

região Sul apresenta um rácio 1,1, seguida da região Norte com 0,8 e região Centro com 0,6, situando-se

a média nacional nos 0,9.

0%

100%

Realizados no SNS

Realizados fora doSNS

Região Produção total

Norte 0

Centro 0

LVT 2.629

Alentejo 131

Algarve 0

Portugal Continental

2.760

Page 196: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 196

No que respeita à idade das Tomografias Computorizadas (dedicada) em funcionamento, estes

equipamentos são os que se apresentam como os mais novos de todos os equipamentos analisados para

este relatório, visto que o limite da idade destes equipamentos é inferior a 9 anos, sendo que a maior

percentagem de equipamentos (45%) se refere a equipamentos com idades compreendidas entre os 0 e

os3 anos.

Quanto às caraterísticas técnicas da Tomografia Computorizada (dedicada) em funcionamento, destaca-

se a Tomografia Computorizada de 16 cortes com 34%, seguindo-se as Tomografias Computorizadas de

<16 cortes e 64 cortes com a mesma percentagem (22%).

Do total de 9 equipamentos, 8 funcionam em regime de atividade programada, operando uma média de 5

dias/semana e 9horas/dia.

Relativamente à produção dos equipamentos em análise:

Analisando a produção das TC(dedicada), regista-se que 61,3% da produção total é realizada pela região

Sul, seguida da região Centro com 23,4% e da região Norte com 15,3%. Estes valores resultam numa

média de 1,1 exames por 1.000 habitantes, valor superado pelas regiões do Centro e Sul.

O total de 11.070 exames realizados deu resposta em exclusivo à procura interna dos hospitais onde

estes equipamentos se encontram instalados.

Analisando a capacidade nominal real dos equipamentos, verifica-se que à exceção da região Centro

todos os equipamentos instalados produzem abaixo da capacidade nominal de referência (2.400). De

realçar que a zona Centro é a quem apresenta uma maior e produção (2.604), ultrapassando, quer a

capacidade nominal de referência quer a média nacional (1.230)

Relativamente à produção realizada no exterior:

Dos dados recolhidos verifica-se que apenas foram solicitados ao exterior, pela região LVT 2.629 e pela

região do Alentejo 131, exames totalmente realizados em instituições fora SNS.

Considerações:

Nem todos exames de TC de planeamento e simulação, são contabilizados na produção das

TC(dedicada) por terem sido realizados em equipamentos cuja utilização é partilhada com a radiologia,

constante por isso mesmo na produção desta área.

Page 197: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 197

O facto de não se dispor de rácios de referência compromete uma análise mais detalhada da capacidade

de produção destes equipamentos. Não obstante este facto, é possível afirmar-se que teoricamente todos

os equipamentos à exceção dos instalados na região Centro poderiam ser melhor rentabilizados. No

entanto, a máxima rentabilização deste equipamento está obrigatória e necessariamente ligada ao

número de doentes referenciados para a radioterapia.

O facto de relativamente à produção solicitada ao exterior apenas a região LVT e Alentejo terem indicado

o número de exames solicitado, quando a região do Algarve não dispõe de nenhum equipamento e a

região do Norte solicitou exames de Radioterapia Externa ao exterior, leva-nos novamente a questionar a

fiabilidade desta informação.

Page 198: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 198

9.1.4.5 RECURSOS HUMANOS

MÉDICOS

Figura 101: Distribuição de Médicos por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 12 14 5 31

Centro 8 6 0 14

1Sul Lisboa 22 6 1 29

Alentejo 3 0 0 3

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 45 26 6 77

Quadro 86: Distribuição dos Médicos por modalidade de vinculação por Região de Saúde

Figura 102: Percentagem de Médicos por modalidade de vinculação

51 Os ETC apresentados apenas dizem respeito a 28 efetivos, os restantes não dispunham de valor associado

58%

34%

8%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 31 29,5

Centro 14 14,1

Sul Lisboa 29 27,451

Alentejo 3 3

Algarve 0 0

Portugal Continental 77 74,0

31

14

29

3

Page 199: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 199

TÉCNICOS DE DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICA DE RADIONCOLOGIA

Figura 103: Distribuição de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 38 29 8 75

Centro 16 17 0 33

1Sul Lisboa 78 1 0 79

Alentejo 0 0 12 12

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 132 47 20 199

Quadro 87: Distribuição dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por modalidade de vinculação por Região de Saúde

Figura 104: Percentagem de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica por modalidade de vinculação

66%

24%

10%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 75 69,6

Centro 33 30,3

Sul Lisboa 79 76,8

Alentejo 12 12,0

Algarve 0 0

Portugal Continental 199 188,8

75

33

79

12

Page 200: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 200

FÍSICOS MÉDICOS

Figura 105: Distribuição de Físicos Médicos de Radioncologia por Região de Saúde

Região de Saúde CIT CTFP CPS Total

Norte 11 0 4 15

Centro 10 4 0 14

1Sul Lisboa 13 0 0 13

Alentejo 0 0 3 3

Algarve 0 0 0 0

Portugal Continental 34 4 7 45

Quadro 88: Distribuição de Físicos Médicos na Radioncologia por modalidade de vinculação por Região de Saúde

Figura 106: Percentagem de Físicos Médicos na Radioncologia por modalidade de vinculação

76%

9%

15%

CIT

CTFP

CPS

Região Nº de Efetivos Total ETC

Norte 15 15,2

Centro 14 13,4

Sul Lisboa 13 13,2

Alentejo 3 3,0

Algarve 0 0

Portugal Continental 45 44,8

15

14

13

3

Page 201: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 201

TOTAL NACIONAL

Grupo Profissional Nº de Efetivos Total ETC

Médicos 77 74,0

Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica 199 188,8

Físicos Médicos 45 44,8

Total 321 307,6

Quadro 89: Percentagem de ETC por grupos profissionais

ANÁLISE CRÍTICA

Da análise aos Recursos Humanos afetos à Área de Radioncologia verifica-se que os Médicos

representam 24% do Nº de Efetivos afetos a esta área, os Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, 62% e

os Físicos Médicos, 14%. Em termos de ETC, num total de 307,5 (comparativamente com 320 efetivos),

verifica-se uma proporção idêntica, representando um maior peso (61,4%) os Técnicos de Diagnóstico e

Terapêutica, seguidos dos Médicos (24,1%) e dos Físicos Médicos (14,5%).

Considerando a sua distribuição pelas Regiões do País, verifica-se:

a. 39,8% do Nº de ETC’s dos Médicos (29,5) encontram-se localizados na região Norte, 37,0% (27,4)

na região de Lisboa e Vale do Tejo, 19,1% (14,1) na região Centro e 4,1% (3) na região do Alentejo;

b. 40,7% do Nº de ETC’s dos Técnicos de Radioncologia (76,8) encontram-se localizados na região de

Lisboa a Vale do Tejo, verificando-se praticamente a mesma percentagem 36,9% (69,6) na região do

Norte, na região Centro encontramos 16,1% (30,3) e na região do Alentejo 6,3% (12);

c. 33,9% do Nº de ETC’s dos Físicos Médicos encontram-se na região Norte, sendo que a região do

Centro e de Lisboa e Vale do Tejo apresentam a mesma percentagem de Físicos Médicos,

aproximada de 29% (cerca de 13 profissionais em cada região), a região do Algarve detém apenas

6,7% do Nº de ETC’s (3).

No que respeita à distribuição por modalidade de vinculação, verifica-se que:

a. A maior parte do Nº de Efetivos dos Médicos (58%) possui CIT;

b. Do total de Efetivos dos TDT’s, 66% possui CIT;

c. Relativamente aos Físicos Médicos, 76% possui um CIT.

Page 202: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 202

Analisando o Nº de ETC’s e o nº de equipamentos disponíveis por região de saúde, verifica-se que

parece existir concordância entre a distribuição dos recursos humanos e o nº de equipamentos

disponíveis. Analisando, no entanto, a produção dos Aceleradores Lineares, verifica-se uma maior

produtividade nos da região Centro.

Page 203: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 203

9.1.5 PERFIL NACIONAL 9.1.5.1 PERFIL NACIONAL DE EMP POR 1.000.000 HABITANTES

Figura 107: Rácio de EMP por milhão de habitantes existente e de referência.

9.1.5.2 PERFIL NACIONAL DE EXAMES POR 1.000.000 HABITANTES

Figura 108: Rácio de Exames realizados internamente por equipamento e por1000 habitantes

0,10

0,10

0,10

0,20

0,50

0,60

0,90

1,89

2,89

2,99

4,38

7,56

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00

Câmara Gama-TC

Câmara Hiperbárica

PET

PET-TC

Simulador

Braquiterapia

TC (Dedicada)

Câmara Gama

Acelerador Linear

RM

Angiógrafo

TC

Rácio de Referência

Rácio Real

0,2

0,6

0,7

1,0

1,1

4,7

5,8

20,9

29,7

118,8

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0

Braquiterapia

Simulador

PET /PET-TC

Câmara Hiperbárica

TC (dedicada )

Câmara Gama / Câmar Gama-TC

Angiógrafo

RM

Acelerador Linear

TC

Page 204: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 204

9.1.5.3 TOP 5 HOSPITAIS COM MAIOR NÚMERO DE EMP A NÍVEL NACIONAL

Figura 109: Top 5 Hospitais com maior número de EMP

9.1.5.4 ENTIDADES COM EQUIPAMENTOS DUPLICADOS

Entidades por Região de Saúde

Câmara Gama

Centro Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

x

LVT Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Lisboa, EPE

x

Norte Centro Hospitalar de S. João, EPE

x

Centro Hospitalar do Porto, EPE x Instituto Português Oncologia F. Gentil - Porto, EPE

x

Quadro 90: Entidades com Equipamentos duplicados na Medicina Nuclear

0 10 20 30

Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE

Centro Hospitalar de S. João, EPE

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Porto, EPE

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

Page 205: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 205

Entidades por Região de Saúde

Acelerador Linear

Alentejo x Hospital do Espírito Santo, EPE - Évora

x

Centro x Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Coimbra, EPE

x

LVT x Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE

x

Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Lisboa, EPE

x

Norte x Centro Hospitalar de S. João, EPE

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Porto, EPE

x

Quadro 91: Entidades com Equipamentos duplicados na Radioncologia

Page 206: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 206

Entidades por Região de Saúde

Angiógrafo RMN TC

Alentejo ULS Norte Alentejano, EPE

x

Centro Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE

x

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

x x x

Centro Hospitalar Leiria - Pombal, EPE

x

Centro Hospitalar Tondela - Viseu, EPE

x

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Coimbra, EPE

x

LVT Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

x x x

Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE

x x x

Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE

x

x

Hospital Garcia da Orta, EPE - Almada, EPE

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Lisboa, EPE

x

Norte Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, EPE

x

Centro Hospitalar de S. João, EPE

x x x

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE

x

Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE

x

x

Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE

x

Centro Hospitalar do Porto, EPE x x x Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE

x

Hospital de Braga, PPP

x x Instituto Português Oncologia F. Gentil - Porto, EPE

x x

ULS Alto Minho, EPE

x ULS Matosinhos, EPE x

x

ULS Nordeste, EPE

x

Quadro 92: Entidades com Equipamentos duplicados na Radiologia

Page 207: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 207

9.1.5.5 AVALIAÇÃO D ASSIMETRIA DAS REGIÕES

Figura 110: Distribuição dos EMP das diferentes áreas por ARS (em funcionamento a 31.12.2012)

Figura 111: Percentagem do total de EMP em funcionamentos por ARS (31.12.2012)

9 8 6 1

51

34

51

7 4

19

11

17

5

0

10

20

30

40

50

60

Norte Centro LVT Alentejo Algarve

Medicina Nuclear

Medicina Hiperbárica

Radiologia

Radioncologia

36%

23%

35%

5%

1% Norte

Centro

LVT

Alentejo

Algarve

Page 208: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 208

9.1.6 TEMPO MÉDIO DE AQUISIÇÃO DE UM EQUIPAMENTO

Rótulos de Linha Tempo médio de

Aquisição (meses)

Acelerador Linear 30

Angiógrafo 12

Braquiterapia de alta-taxa de dose 9

Câmara Gama 13

Câmara Hiperbárica 12

RMN 17

Simulador 24

TC 12

TC (Dedicada) 15

Média Total 17

Quadro 93: Tempo Médio de Aquisição e um Equipamento

Analisando os dados recolhidos é possível aferir que o processo médio de aquisição dos equipamentos

levará cerca de 17 meses.

Para um acelerador linear o tempo obtido (30 meses) poder-se-á justificar pela grandeza do investimento

e a complexidade da elaboração das peças concursais, que devem ter em conta especificidades

relacionadas com a casuística do Serviço e as técnicas de tratamento desenvolvidas e a desenvolver,

para além da necessidade de ter presente a integração do novo equipamento na rede pré-existente.

A morosidade os processos não se compadece com a própria evolução tecnológica. Cada equipamento

tem um tempo de vida limitado não só de utilização mas também de conceção. Ao adquirir um

equipamento não é de todo irrelevante saber se falamos de um equipamento em início do seu ciclo de

vida útil ou numa fase mais avançada. Se considerarmos uma situação de dois anos de atraso no

processo de aquisição facilmente se percebe as implicações indesejáveis de tal facto. Embora o

equipamento seja considerado novo em termos de estado de conservação, se considerarmos a vertente

tecnologia, este poderá estar obsoleto.

Page 209: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 209

9.1.7 TEMPO MÉDIO DE INSTALAÇÃO DE UM EQUIPAMENTO

Equipamento Tempo médio de

Instalação (dias)

Acelerador Linear 114

Angiógrafo 64

Braquiterapia de alta-taxa de dose 172

Câmara Gama 187

Câmara Hiperbárica 92

PET 2

PET-TC 660

RMN 38

Simulador 154

TC 35

TC (Dedicada) 208,352

Média Total 112

Quadro 94: Tempo Médio de Instalação e um Equipamento

De acordo com os dados obtidos verifica-se que o tempo de instalação varia de equipamento para

equipamento, o que poderá ser explicado pelo diferente tipo de testes associado à instalação de cada um

ou o se ainda esteve inativo durante algum tempo.

Verificam-se algumas disparidades e incongruências nos dados. De acordo com os valores de referência

cedidos pela indústria o tempo médio de instalação de câmara gama é de 15 dias, de um PET ou PET-TC

é de 30 dias.

No que diz respeito ao acelerador linear, a instalação e os complexos testes de aceitação respondem

pela média encontrada.

9.1.8 TEMPOS DE ESPERA

Registou-se uma reduzida percentagem de respostas (16,7%) por parte das 42 instituições hospitalares

do SNS incluídas no universo deste relatório, no que respeita ao tempo de espera para a marcação de

exames. Considerou-se tempo de espera o número de dias que decorre desde que surge a necessidade

de marcar um exame até à sua realização, para um doente programado, não urgente e seguido em

ambulatório.

52 A média foi significativamente afectada por um valor muito díspar dos restantes.

Page 210: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 210

Acresce que os dados recolhidos não apresentam qualidade suficiente para permitirem uma análise dos

tempos de espera, já que a maioria das instituições respondeu parcialmente ao pretendido. Deveriam

existir tempos de espera para os mesmos exames que registavam produção interna, facto que não se

verificou. A elevada percentagem de respostas em branco (83,3%), foi justificada pelo pressuposto do

agendamento de um dado exame depender da consulta.

De acordo com o disposto no n.º 6 do Despacho n.º 10430/2011, de 18 de agosto, do Senhor Secretário

de Estado da Saúde, “os hospitais que integram o SNS devem publicitar e manter atualizados, com uma

periodicidade trimestral, nos respetivos sítios da Internet, a informação relativa aos MCDT realizados e

respetivos tempos de espera”, pelo que foi efetuada a pesquisa do número de dias de espera para a

realização de exames, a 31/12/2012, nos sítios da internet das 42 instituições hospitalares do SNS que

constituem o universo deste relatório, divididas pelas respetivas Administrações Regionais de Saúde

(ARS).

Deste modo, através da consulta aos sítios da internet, foi possível localizar a informação prevista no

Despacho SES nº 10430/2011, nos seguintes conjuntos de entidades (ver em anexo os quadros relativos

aos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica - MCDT realizados e os respetivos tempos de

espera):

Na ARS Norte, de um total de 13 instituições hospitalares, apenas foi possível localizar a

informação em 353 instituições, verificando-se que publicaram apenas informação parcial (o

tempo médio de espera para realização de MCDT);

Na ARS Centro, de um total de 9 instituições hospitalares, apenas foi possível localizar a

informação em 254 instituições, verificando-se que 2 instituições publicaram apenas informação

parcial (o tempo médio de espera para realização de MCDT);

Na ARS Lisboa e Vale do Tejo, de um total de 14 instituições hospitalares, apenas foi possível

localizar a informação em 355 instituições, verificando-se que 2 instituições publicaram

informação parcial (o tempo médio de espera para realização de MCDT) e, 1 instituição publica

informação integral (o número de MCDT realizados e os respetivos tempos de espera);

53 Uma das instituições hospitalares publica os dados referentes aos 2ºs trimestres de 2013. 54 Uma das instituições hospitalares publica os dados referentes ao 1º trimestre de 2013. 55 Uma das instituições hospitalares publica os dados referentes ao 1º trimestre de 2013 e uma outra apresentava o site em manutenção, logo a indisponibilidade de obtenção de informação.

Page 211: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 211

Na ARS Alentejo, do total das 4 instituições hospitalares, todas56 publicaram a informação

solicitada, verificando-se que 3 instituições publicam a informação integral (MCDT realizados e

os respetivos tempos de espera) e, 1 instituição publica apenas informação parcial (o número de

MCDT realizados);

Na ARS Algarve, a única instituição hospitalar, que integra o universo deste relatório, não publica

a informação prevista.

A análise dos resultados obtidos, na pesquisa efetuada, permite concluir que da totalidade das 42

instituições hospitalares, apenas foi possível localizar a informação prevista no n.º 6 do Despacho SES

n.º 10430/2011 em 12 entidades (28,6%). Verificou-se, também, que algumas destas 12 instituições que

publicaram o número de MCDT realizados e respetivos tempos de espera nos seus sítios da internet, não

responderam ao ponto “VIII - Tempos de Espera” do questionário.

A já referida reduzida percentagem de respostas a este ponto do questionário, não possibilita que

possam ser retiradas conclusões fidedignas sobre os tempos de espera para a realização de exames,

concretamente sobre o número máximo de dias de espera para realização de exames.

Da análise das instituições hospitalares que publicaram dados, verifica-se que não há qualquer coerência

na estrutura e no detalhe dos mesmos. Algumas entidades publicaram apenas o número de exames

realizados, enquanto outras publicam, apenas o tempo de espera para cada exame. Por outro lado,

algumas instituições publicaram o número de exames realizados e os respetivos tempos de espera,

através dos códigos de exame. Por último, também o período de tempo dos dados apresentados difere,

como se pode verificar no caso da ARS Alentejo.

A título de exemplo, e em resultado da análise, efetuada à informação publicada nos termos do referido

Despacho, verificou-se que 2 das entidades hospitalares da mesma ARS, com localização muito próxima,

publicaram um modelo idêntico de divulgação dos tempos de espera para a realização de exames, o qual

permitiu identificar uma diferença no tempo de espera para a marcação do mesmo tipo de exames entre

as 2 instituições. Concretamente, no grupo de exames referentes à Radiologia (ex. RM e TAC) verificou-

se que, numa das instituições, o tempo de espera para a realização de uma TAC ao Tórax se situa entre

os 11 dias e os 25 dias e, na outra instituição, o tempo de espera do mesmo exame ao Tórax é de 121

dias.

56 Uma das instituições hospitalares publica os dados referentes a Novembro de 2011 a Janeiro de 2012.

Page 212: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 212

Conclui-se, assim, que os dados recolhidos para este propósito, quer através do questionário enviado

quer através da recolha de informação nos sítios de internet das instituições hospitalares, inviabiliza

qualquer análise comparativa. É no entanto possível constatar um muito baixo cumprimento das diretivas

emanadas bem como pouca fiabilidade e atualidade da informação disponibilizada.

Page 213: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 213

9.2 SETOR CONVENCIONADO

De acordo com o Decreto-Lei nº 139/2013, de 9 de outubro, as convenções são “celebradas mediante

contrato de adesão ou após procedimento de contratação específico, sendo ainda permitida a celebração,

a título excecional, de convenções que abranjam um conjunto integrada e ou alargado de serviços”.

Podendo ser pates contratantes em convenções quaisquer pessoas singulares ou coletivas, com ou sem

fim lucrativos. As convenções de âmbito nacional são contratadas pela Administração Central do sistema

de Saúde, I.P. (ACSS, I.P.), e vinculam todas as Administrações Regionais de Saúde (ARS). Por seu lado

as ARS podem celebrar convenções de âmbito regional, ou constituir um agrupamento de entidades

contratantes para celebrar convenções que abranjam mais de uma região. O novo modelo de convenções

pretende, com respeito pelos princípios da complementaridade, da liberdade de escolha, da

transparência, da igualdade e da concorrência, assegurar a realização de prestações de serviços de

saúde aos utentes do Serviço Nacional de Saúde, no âmbito da rede nacional de prestação de cuidados

de saúde. “Foram utilizados os seguintes critérios relativamente aos dados do setor convencionado:

Os dados utilizados, referem-se ao ano de 2012, tendo como fonte o sistema de informação

SIM@SNS (data de extração 8 de Agosto de 2013);

A contagem de convencionados, considera o número de pessoas privadas, singulares ou

coletivas com contrato de adesão por ARS e com exames aceites no ano de 2012. São

consideradas unicamente as entidades sede e não os diversos estabelecimentos;

A contagem de exames considera o número de exames prescritos por ARS;

A prescrição de exames pode ter origem, nos cuidados de saúde primários, Hospitais do SNS e

entidades não pertencentes ao SNS, como sejam, postos de Empresa (EDP/Seguros, Galp

Energia, entre outros), Santas Casas da Misericórdia (SCM Lisboa, SCM Aveiro, SCM Ovar,

entre outros), Associações Profissionais (Associação dos Comerciantes do concelho Sintra-

AESintra; Associação Empresarial – Covilhã, Belmonte e Penamacor; Associação Comercial e

Industrial – Castelo Branco, V. Velha de Rodão e Idanha, entre outros.). Os exames prescritos

por estas entidades são comparticipados pelo SNS.

No setor convencionado não existem convenções para a área de Radioncologia;

No que se refere ao sector convencionado existe um grande desconhecimento do Estado relativamente a

alguns dados que importa conhecer permanentemente nomeadamente no que se refere ao tipo de

equipamentos utilizados e a sua diferenciação. Tal facto implica que o Estado compra MCDT não

conhecendo atualmente qual a sua qualidade e a sua diferenciação. Por exemplo não é indiferente um

exame TC ser produzido por um equipamento de 4 ou 64 cortes.

Page 214: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 214

9.2.1 MEDICINA NUCLEAR

NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES CONVENCIONADAS

Figura 112: Distribuição das Entidades Convencionadas na área de Medicina Nuclear

9.2.1.1 CÂMARA GAMA

Quadro 95: Número de Exames com o Equipamento Câmara Gama por Origem de prescrição e ARS 57

57 Nota: A região Sul engloba as ARS LVT, Alentejo e Algarve.

Origem de

Prescrição

ARS

Norte Centro Sul S/ ARS

Atribuída

Total

LVT Alentejo Algarve Total Sul

CSP 6.721 7.233 11.749 810 265 12.824 4 26.937

Hosp. SNS 1 13 13 14

Não SNS 21 1.759 1.780

Total 6.742 7.389 11.762 810 265 12.837 1.763 28.731

2

2

4

0

0

Page 215: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 215

Figura 113: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento Câmara Gama por ARS de Prescrição

Figura 114: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento Câmara Gama por Origem de Prescrição

23%

26% 41%

3% 1% 6%

Região de Prescrição

Norte

Centro

LVT

Alentejo

Algarve

S/ ARSAtribuída

94%

0%

6%

Origem de Prescrição

CSP

Hospitais SNS

Não SNS

Page 216: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 216

Figura 115: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento Câmara Gama prescritos por origem de prescrição nas diferentes ARS

No total de exames prescritos, realizados com o equipamento câmara gama, 28 731 exames, a ARS

de Lisboa e Vale do Tejo é a região de saúde mais representativa com 41%. Seguem-se as ARS

Centro e Norte, com valores aproximados de 26% e 23% respetivamente.

Relativamente à origem de prescrição dos exames os cuidados de saúde primários são responsáveis

pela grande maioria dos exames representando 94% do total.

A prescrição de exames por entidades não pertencentes ao SNS (Não SNS) representa apenas 6%

do total de exames aceites, fruto de 1 780 exames. 99% por cento dos exames com esta origem de

prescrição foram prescritos por entidades sem ARS atribuída (convencionados).

25%

27%

44%

3% 1%

Cuidados de Saúde Primários por Região de Prescrição

7%

93%

Hospitais SNS por Região de Prescrição

1%

99%

Não SNS por Região de Prescrição

Page 217: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 217

9.2.2 RADIOLOGIA E NEURORRADIOLOGIA

NÚMERO E LOCALIZAÇÃO DAS ENTIDADES CONVENCIONADAS

Figura 116: Distribuição das Entidades Convencionadas na área de Radiologia

9.2.2.1 TC

Quadro 96: Número de Exames com o Equipamento TC por Origem de prescrição e ARS58

58 Nota: A região Sul engloba as ARS LVT, Alentejo e Algarve

Origem de

Prescrição

ARS

Norte Centro Sul S/ ARS

Atribuída

Total

LVT Alentejo Algarve Total Sul

CSP 131.172 58.165 152.437 17.457 17.316 187.210 289 376.836

Hosp. SNS 1 916 2 918 1 920

Não SNS 399 3.609 4.008

Total 13.1571 58.166 153.353 17.459 17.316 188.128 3.899 381.764

59

109

148

14

5

Page 218: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 218

Figura 117: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento TC por ARS de Prescrição

Figura 118: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento TC por Origem de Prescrição

34%

15%

40%

5%

5% 1%

Região de Prescrição

Norte

Centro

LVT

Alentejo

Algarve

S/ ARS Atribuída

99%

0% 1%

Origem de Prescrição

CSP

Hosp. SNS

Não SNS

Page 219: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 219

Figura 119: Distribuição de Exames Aceites realizados pelo Equipamento TC prescritos por origem de prescrição nas diferentes ARS

No total de 381.764 exames prescritos na área de radiologia, realizados com o equipamento TC, as

regiões mais representativas são a ARS LVT, com 40% do total, e a ARS Norte com 34%. Segue-se a

ARS Centro com um peso 15% no total de exames.

Relativamente à prescrição de exames por origem de prescrição, os cuidados de saúde primários são

representantes quase totalidade dos exames prescritos, com 99% do total.

A prescrição de exames pelas entidades não pertencentes ao SNS constitui apenas 1% do total de

prescrições, destes, 90% são prescritos por entidades sem ARS atribuída.

35%

15%

40%

5% 5%

Cuidados de Saúde Primários por Região de

Prescrição

10%

90%

Não SNS por Região de Prescrição

Page 220: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 220

Page 221: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 221

10 INOVAÇÃO E TENDÊNCIAS

10.1 MEDICINA NUCLEAR

A tecnologia PET vai ser utilizada em maior número de situações com indicação.

E quando falamos de indicação estamos a referir a orientação clínica para realização de exames. Neste

contexto entende-se, que no futuro, todos os serviços referenciados para realização de exames deverão

submeter-se a certificação, na qual esteja previsto o ato médico especializado (p.e Medicina Nuclear) de

referenciação prévia de todos os pedidos de exames (indicado/ não indicado).

Na prática já não se utiliza a aparelhagem PET de forma isolada dado que a imagem carece de correção

de atenuação, bem como, de posicionamento anatómico. Assim sendo a aparelhagem mais utilizada

atualmente é o PET-TC.

A evolução futura aponta para um aumento significativo das indicações de realização de exames PET-TC

em Oncologia, Cardiologia e em Infecção/Inflamação. Acresce que tornando realidade a terapêutica

génica, o seu controlo e seguimento só poderá ser realizado através de PET-TC.

A tecnologia PET-RM surge como um avanço significativo de diferenciação na obtenção das imagens,

tornando, conjuntamente com o aparecimento de novos radiofármacos (nomeadamente aminoácidos

marcados), este tipo de imagem como uma biopsia metabólica por imagem.

A nível Europeu existem, apenas, 20 centros com tecnologia PET-RM; na Península Ibérica existe

apenas uma instalação com esta tecnologia, sediada em Madrid.

Quando falamos de futuro, o PET-RM é um exemplo de futuro no presente; tal significa que em termos de

Imagem Molecular, o PET-RM é imperativo.

10.2 MEDICINA HIPERBÁRICA

A Medicina Hiperbárica ganhou na última década um protagonismo terapêutico significativo consequente

á evolução tecnológica das câmaras hiperbáricas. Atualmente permitem tratar doentes críticos mantendo

os mesmos níveis de monitorização, de ventilação e de intervenção terapêutica dos Cuidados Intensivos.

Por outro lado, os sistemas de administração de gases medicinais no interior das câmaras hiperbáricas

evoluíram no sentido da eficácia e da adesão dos doentes ao tratamento.

Page 222: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 222

Estudos científicos publicados em revistas de referência fundamentaram a utilização da oxigenoterapia

hiperbárica como uma arma terapêutica complementar aos tratamentos convencionais com forte impacto

na saúde pública.

Aplicações na área da infeção e tratamento da sépsis como nas infecções dos tecidos moles59, úlceras

crónicas dos membros inferiores que cursam com hipoxia perilesional como as dos pés diabéticos60 e a

osteorradionecrose óssea61 foram algumas das indicações que fundamentaram e incentivaram a que

surgissem ou fossem modernizadas unidades de hiperbáricas de referência em todo o mundo como na

Clinica Mayo - EUA, Instituto Karolinska - Suécia, Alfred Hospital, Melbourne - Austrália, Centro Hospitalar

e Universitário de Lille – França, Hospital de Sant Joan Despi, Barcelona - Espanha.

Algumas indicações inequívocas com caráter de urgência como as intoxicações severas por monóxido de

carbono, os embolismos gasosos especialmente os iatrogénicos e os acidentes de descompressão dos

mergulhadores fundamentam a necessidade de criar e viabilizar uma via verde destes doentes para uma

unidade de medicina hiperbárica de referência.

Atualmente a Medicina Hiperbárica ganhou um espaço terapêutico transversal a várias especialidades

médicas e cirúrgicas cujo protagonismo deve-se á qualidade dos diferentes estudos que têm sido

publicados. As indicações que fundamentam a sua utilização têm crescido pelo que no futuro a tendência

será a necessidade de aumentar o ratio de oferta deste tratamento.

10.3 RADIOLOGIA E NEURORRADIOLOGIA

Baseados nas características das populações que servem os diversos hospitais e outras estruturas de

Imagem do SNS, deverão estar convenientemente equipados para desempenhar a sua missão em

quantidade e qualidade, privilegiando a execução dos exames de que necessita internamente, avaliando

comparativamente todos os exames em arquivo PACS ou outros e só recorrendo em últimas instâncias

ao exterior. Deverão existir e ser respeitados protocolos de decisão multidisciplinares em relação às

59 “Hyperbaric oxygen therapy in necrotizing soft tissue infections: A study of patients in the United States Nationwide Inpatient Sample”. Intensive Care Med 2012 Jul; 38:1143

60 “Hyperbaric Oxygen Therapy Facilitates Healing of Chronic Foot Ulcers in Patients with Diabetes” – Diabetes Care - 10 May;33 (5):998-1003), as lesões tardias consequentes á radioterapia que afetam os tecidos moles (cistite, proctosigmoidite radica, etc

61 “Prospective assessment of outcomes in 411 patients treated with hyperbaric oxygen for chronic radiation tissue injury” – Cancer - 2012 Aug 1; 118(15):3860-8

Page 223: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 223

diversas patologias, órgãos e sistemas e métodos de imagem, baseados na medicina de evidência,

publicados em Portugal e Internacionalmente e aprovados pelos órgãos competentes de cada instituição.

É previsível que num futuro próximo os exames de Ecografia aumentem ligeiramente, os exames de TAC

estabilizem ou diminuam ligeiramente e os de RM deverão aumentar gradual e substancialmente. Estas

perspetivas são mundiais no chamado Mundo Ocidental, privilegiando-se os métodos de imagem sem

radiações ionizantes para o mesmo benefício clinico (Ecografia e RM) e os aparelhos de TAC têm tido de

parte dos fabricantes grande preocupação no sentido de redução de dose de radiação ionizante e do

número de aquisições de séries de imagem.

A Angiografia Digital perdeu grande preponderância, pelo surgir de Técnicas de Angiografia por outros

métodos, como a Angio-TAC e a Angio-RM, mantendo interesse essencialmente em situações

terapêuticas quer da área de Neurorradiologia, quer de Radiologia Geral. Os Serviços que utilizam a

Angiografia deverão fornecer Serviços de Imagem a agrupamentos de Hospitais, de modo a promover a

sua rentabilização e o desenvolvimento e especialização técnica e científica dos profissionais que se

dedicam essencialmente a essa técnica na sua diferenciação orgânica. É preferível a existência de

Serviços Centrais de grande experiência e que rentabilizem os Equipamentos, do que diversificar a

instalação desses equipamentos, não permitindo especialização adequada dos Profissionais, tornando

mais onerosos a manutenção desses Serviços.

Deverão ser evitados a instalação de Equipamentos de Imagem, designadamente os que utilizam

Radiações Ionizantes em Serviços que não possuem profissionais habilitados para os utilizar, conforme

as normas Euratom, devendo ser respeitadas as Normas Internacionais de Proteção Contra Radiações

Ionizantes em base científica.

Os diversos Serviços de Radiologia/Neurorradiologia do SNS deverão perspetivar planos de investimento

a curto/médio prazo, prevendo as suas necessidades imediatas e futuras em recursos humanos e

equipamento, de modo a permitir o adequado desempenho da sua missão, renovando e atualizando

esses recursos, que são escassos. No que se refere a equipamentos deverão ser efetuados mapas de

investimento, baseados em todos os fatores descritos e principalmente na vida útil conhecida dos

aparelhos, para permitir aos órgãos de gestão das Unidades adequada programação.

No que se refere aos equipamentos radiológicos importa destacar que a grande tendência, transversal a

todos eles, vai no sentido da redução de dose de radiação que torna o seu uso mais seguro para os

pacientes e utilizadores.

Page 224: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 224

Os acidentes ocorridos com radiações na Europa e nos Estados Unidos e a sua grande projeção

mediática que os tornou do conhecimento do grande público condicionou a indústria, obrigando-a ao

desenvolvimento de equipamentos cujo funcionamento se faz com recurso a muito menos radiação para

a aquisição da mesma ou de maior informação diagnóstica.

Os sucessos obtidos nesta área permite a utilização de várias ferramentas quer em diagnóstico quer em

intervenção que alargam de forma segura os seus campos e áreas de utilização,

Paradoxalmente, apesar dos novos equipamentos permitirem um funcionamento com menores doses de

radiação o seu potencial efetivo de produção de radiações aumentou exponencialmente porque se irradia

mais e durante mais tempo.

Assim, a utilização segura destes equipamentos na realização de todo o seu potencial que os torna

indispensáveis à medicina moderna, deve estar sujeita a condições que garantam a segurança

radiológica dos procedimentos.

Bom enquadramento da aquisição através do correto estabelecimento das necessidades,

Planeamento das instalações que potencie a segurança,

O controlo de qualidade desde a instalação e prolongando-se por toda a vida útil do

equipamento,

Formação dos profissionais na tecnologia que estão a utilizar nomeadamente, e com grande

enfâse, em proteção radiológica´,

Utilização de protocolos otimizados e avaliação regular das práticas.

As tendências vão igualmente para a uniformização dos standards de imagem que, como se referiu,

permitem desenvolvimento de soluções híbridas de equipamentos com fusão de imagem de PET,CT,

Angio e RM com aquisição combinada e multidirecional de informação que beneficia grandemente o

diagnóstico e também a terapia

Com o funcionamento dos equipamentos com mais baixas doses e o desenvolvimento de novas soluções

de software e hardware as áreas de intervenção ganham ferramentas de automação de procedimentos,

reconstruções iterativas em tempo real.

As angiografias são cada vez mais equipamentos de bloco operatório que, pelo elevado custo em

infraestruturas de garantia de assepsia e suporte de vida são de utilização híbrida de bloco operatório e

sala de intervenção. Detetores digitais diretos, maiores velocidades de aquisição, processamento de

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 225

imagem e reconstruções 3D em tempo real constituem algumas das inovações que a tecnologia vem

proporcionando.

No que se refere aos equipamentos de TC e RM importa referir algumas notas quanto ao seu futuro:

TC

Soluções técnicas que recorrem à utilização de mais que uma zona do espetro de RX e a combinação

dessa informação para a caraterização dos materiais e tecidos,

Processamento iterativo com vantagens diretas na qualidade de imagem, na redução de dose e

eliminação de artefactos,

Mais rapidez de rotação obtida com a supressão de contactos mecânicos na gantry e a quase total

eliminação de atrito,

Novas aplicações clinicas, nomeadamente em cardiologia, que potenciam grandemente a deteção da

patologia que lhe é associada.

RM

Aumento da rapidez de aquisição, maior resolução temporal e espacial conseguida com a aplicação de

novas soluções tecnológicas nomeadamente com plataformas totalmente digitais e computadores mais

potentes e rápidos,

O ruído sonoro constitui um dos maiores motivos de desconforto para os pacientes e de geração de

artefactos de movimento, especialmente em RM de mais alto campo. A sua redução é também uma

aposta da indústria.

A RM pode ser combinada com os ultrassons de forma a criar uma poderosa ferramenta cirúrgica que

permite a ablação de tumores, destruindo de forma muito localizada os tecidos afetados. Tem aplicação

em várias áreas nomeadamente nos miomas uterinos. Dadas as suas caraterísticas as cirurgias assim

efetuadas tem tempos curtíssimos de internamento ou mesmo uma utilização em ambulatório.

10.4 RADIONCOLOGIA

A Radioterapia tem sofrido uma evolução rápida e notável nas últimas décadas. Admite-se que a

tendência futura, com aceleradores lineares cada vez mais poderosos, será a de terapêutica imagem-

Page 226: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 226

guiada em todas as circunstâncias, o planeamento e administração do tratamento terá em conta a

dinâmica interna dos órgãos e a regressão tumoral ao longo do tratamento, determinará a alteração da

volumetria e replaneamento (radioterapia adaptativa).

O hipofracionamento trará novas indicações e, particularmente nos tratamentos de metástases as

prescrições de dose única aumentarão.

As técnicas estereotáxicas (intra e extracranianas) serão mais expressivas e todas as etapas

conducentes ao tratamento serão mais morosas, pela complexidade com que se revestem.

A terapêutica com protões ou com partículas pesadas deixará de ser investigacional- A indústria

desenvolve já na atualidade equipamentos de terapêutica com protões dimensionados para a prática

clínica, o que faz prever a sua utilização num futuro não muito longínquo. Os protões são produzidos por

aplicação de corrente elétrica de alta voltagem, a átomos de hidrogénio que libertam os seus electrões ficando

portanto, carregados positivamente. Os protões são então acelerados para a energia aplicável à terapêutica, através

de um ciclotrão ou um sincrotrão.

Os ciclotrões produzem um feixe de protões unidirecionais e praticamente monoenergéticos. O feixe produzido tem

de ser decomposto para permitir o cumprimento dos requisitos específicos de cada tratamento, para cada doente

específico, através da interposição de dispositivos próprios.

Os sincrotrões produzem feixes de protões de energia selecionável (sem necessidade de degradadores de energia

e dispositivos de seleção de energia).

Muitas publicações reportaram diferenças significativas na distribuição de dose quando compararam planos de

tratamento com protões e planos de tratamento baseados em raios X, numa plêiade de lesões benignas e malignas.

Correntemente a terapêutica com protões é um recurso médico raro, que é melhor usado em situações que

representem uma melhoria no índice terapêutico, através de ganhos na distribuição de dose.

A terapêutica com protões oferece a promessa de toxicidade reduzida aos doentes quando comparada com a

terapêutica com fotões. A investigação da otimização do planeamento e da administração da terapêutica protónica

estão em curso e a indústria apresenta já interessantes soluções de equipamento, o que poderá constituir inovação

e desafio na área da Radioncologia.

10.5 CIRURGIA ROBÓTICA

Apesar da cirurgia robótica robótica não ter sido objecto deste levantamento neste trabalho considera-se

que é uma das áreas que tem vindo a ganhar algum destaque nos últimos anos e que poderá ser

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 227

importante no futuro. Desenvolvida com o objetivo de assistir os cirurgiões em procedimentos

minimamente invasivos, essencialmente na área da laparoscopia.

O primeiro destes equipamentos foi o ZEUS, cuja produção já foi descontinuada. Atualmente existe um

sistema de telemanipulação no qual o cirurgião controla 3/4 braços cirúrgicos, a partir de uma consola

localizada na proximidade da mesa de operações, podendo atuar, por exemplo, na laparoscopia

urológica, ginecológica, geral não-cardiovascular, tanto em adultos como em crianças. No SNS não existe

nenhum robot cirúrgico deste tipo, no entanto há pelo menos um instalado num hospital do sector privado.

A cirurgia assistida por este robot, por ser pouco invasiva, pode beneficiar o paciente:

Reduz as perdas e transfusões de sangue;

Origina menos complicações;

Reduz as dores no período pós-operatório;

Implica menos dias de internamento após a intervenção;

Contribui para a diminuição do tempo de recuperação.

As vantagens para o cirurgião são essencialmente do foro ergonómico, factor que pode potenciar uma

melhor performance cirúrgica.

De acordo com a evidência científica e com o estudo desenvolvido pela Agência de Avaliação de

Tecnologias Canadiana, este tipo de cirurgia pode ter impacto em muitos dos resultados clínicos em

pacientes sujeitos por exemplo, a prostatectomia, nefrectomia parcial, histerectomia, variando os

benefícios de acordo com as indicações. Não obstante, muitos estudos ainda deverão ser desenvolvidos

nesta área.

Os custos de aquisição e os custos operacionais são muito elevados, pelo que a decisão de aquisição

deve basear-se numa análise económica, que considere, não apenas os custos, mas igualmente as

vantagens do ponto de vista clínico para as práticas da instituição.

Mas a cirurgia robótica não se esgota neste equipamento, existem igualmente sistemas de comandado

controlado por voz para posicionamento de um robots de endoscópios e sistemas robóticos de

Telecollaboration, que permitem o controlo partilhado dos anteriores a partir de diferentes localizações.

O futuro da cirurgia robótica irá passar pela melhoria:

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CEMP | 228

da resposta táctil (haptic feedback);

dos sistemas de visualização de alta definição;

da acessibilidade robótica com a redução dos pontos de entrada; e

diminuição do slave robot.

10.6 NOMENCLATURA E SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM SAÚDE 10.6.1 ANÁLISE TAXIONÓMICA DOS EQUIPAMENTOS PESADOS

Trabalhar em informação sobre equipamentos médicos de forma sistemática e organizada é um dos

grandes desafios da atualidade, em todos os países do mundo.

Para que isto se faça de um modo lógico e integrado torna-se necessário a preparação da base de todo o

estabelecimento de um sistema de nomes e números que identifique os produtos.

Isto facilita a comercialização e implantação de sistemas de registo, de informação de acidentes e

incidentes, programa de fiscalização, integração das agências reguladoras dos sistemas de saúde, a

criação de redes de informação de acesso público, entre outros.

Para ser considerada uma nomenclatura, o sistema deve ser de uso geral dentro do Ministério da Saúde

e ter carácter obrigatório.

A crescente globalização que contribui para o aumento das interações entre os países e, das exigências

dos consumidores no que diz respeito à qualidade e atendimento na saúde, tem obrigado os países a

trocarem cada vez mais informações.

O passo inicial para a adoção de uma nomenclatura é criar um sistema oficial que, no mínimo, contenha o

nome e número associado aos equipamentos, identificando-os de forma inequívoca.

Para integração com outros sistemas já existentes, criam-se cruzamentos de informações que permitam o

diálogo informacional com aquele sistema.

ESTADO DA ARTE

O uso de terminologias em algumas áreas da saúde como os equipamentos médicos é uma iniciativa

relativamente nova, já na área de nomenclaturas para doenças o processo é mais antigo. As

preocupações com os equipamentos médicos tiveram início com o incremento das agências reguladoras.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 229

Na área da saúde, os custos com as novas tecnologias têm crescido exponencialmente pelo que se tem

investido muito no desenvolvimento de formas padronizadas de comunicação.

No âmbito internacional existem vários sistemas de nomenclatura dos quais se destacam:

UMDNS – Universal Medical Device Nomenclature System –, americana,foi desenvolvida pelo

ECRI – Emergency Care Research Institute. É estruturada de forma que cada termo genérico

seja identificado com um código, que constitui o Universal Medical Device Code – UMDC, sem

relação hierárquica.

MHW/JFMDA – Ministry of Health and Welfare/Japan Federation of Medical Devices Association,

Japanese. É uma nomenclatura hierarquizada por classes e subdivisões.

ISO – International Organization for Standardization, tem desenvolvido nomenclaturas para

determinadas categorias de produtos sempre numa lógica hierárquica.

Atualmente há vários esforços para a criação de uma nomenclatura internacional harmonizada para

equipamentos médicos, destacando-se os trabalhos do Global Harmonization Task Force (GHTF) e da

European Comittee for Standardization (CEN) que contam com a participação de várias instituições de

todo o mundo, pelo que para além do esforço europeu é um trabalho mundial.

Atendendo a que:

A Global Medical Device Nomenclature (GMDN),é a linguagem usada pela Comissão Europeia,

tendo já investido 2,5 MEUR para traduzir os GMDN termos e respetivas definições para a maior

parte das línguas europeias;

A indústria tem de implementar a UDI (Unique Device Idenfication) consequência da entrada em

vigor, em 2014, da Proposta de Diretiva Europeia62, caracterizando a GMDN como um dos seus

atributos, em virtude de a reconhecer como nomenclatura internacional;

Será vantajoso para Portugal introduzir, no sistema português, a nomenclatura GMDN, para os

equipamentos médicos pesados.

62 Proposal for a Regulation of the Parliament and of the Council on medical devices, and amending Directive 2001/83/EC, Regulation (EC) Nº 178/2002 and Regulation (EC) Nº 1223/2009Brussels, 26.9.2012 COM(2012) 542 final 2012/0266(COD)

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CEMP | 230

VANTAGENS DA ADOÇÃO DE UMA ESTRATÉGIA DE NORMALIZAÇÃO

Com base na normalização de uma taxinomia nacional dos equipamentos médicos pesados, deverá ser

criado um Sistema de Informação que permita ao Ministério da Saúde:

i. Ter uma perspetiva nacional do parque de equipamentos da saúde;

ii. Poder comparar os equipamentos instalados nas instituições de saúde e seu aproveitamento;

iii. Definir políticas de alocação de equipamentos a regiões e instituições de acordo com o seu perfil

de atividade;

iv. Planear as aquisições de equipamentos;

v. Racionalizar custos;

vi. Melhorar a eficácia e a eficiência dos Serviços de Saúde.

Nesta conformidade, as dificuldades identificadas como fatores críticos de sucesso são:

i. Falta de mecanismos de concorrência:63

ii. Falta de avaliação de desempenho;

iii. Falta de transparência da informação;

Poderão ser colmatadas, no âmbito do Ministério da Saúde, através da definição de metas que

quantifiquem o nível de desempenho que se pretende atingir para se considerarem cumpridos os

objetivos previamente pensados e estabelecidos.

Este desafio de melhorar e racionalizar a rede nacional de equipamentos do sistema de saúde e otimizar

o processo de gestão, contribuirá de forma significativa para a sustentabilidade do sistema de saúde,

onde a informação rigorosa de gestão e a disseminação de boas práticas assumem grande relevância no

momento de viragem na modernização e desburocratização dos serviços de saúde.

10.6.2 CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO

A introdução de reformas num sistema de saúde, concretamente na rede hospitalar pública, deverá ser

suportada no conhecimento dos meios existentes nos serviços de saúde, bem como dos meios de que

estes necessitam para cumprir a sua tarefa de prestação de cuidados de saúde às populações que

servem.

63 Modelo Regulatório Relativo Às Decisões de Investimento Hospitalar- Projeto de Investigação e Desenvolvimento. Parceria entre a ACSS, Administração Central do Sistema de Saúde e a OPET, Observatório de Prospectiva da Engenharia e Tecnologia.2012

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 231

Assim, o conhecimento permanente e atualizado da situação dos meios complementares de diagnóstico e

terapêutica (MCDT) existentes, traduzido num sistema de informação de equipamentos de saúde,

constitui-se como um imperativo urgente e fundamental para melhorar a organização e a rentabilização

da rede existente no SNS bem como para planear a sua evolução futura, face à oferta existente no setor

convencionado.

Em Portugal é bastante comum a utilização de diferentes nomes para identificar o mesmo objeto. Esta

diversidade de nomes dados a um único dispositivo médico é um entrave na:

i. Inventariação de produtos;

ii. Troca de informações entre os atores do Sistema de Saúde;

iii. Processos de compra e venda;

iv. Controle interno de material e equipamento hospitalar;

v. Definição de Politicas de Regulação dos equipamentos médicos por parte do Ministério da

Saúde.

Se a terminologia dos dispositivos médicos, onde se incluem os equipamentos médicos pesados, fosse

padronizada evitavam-se desperdícios em burocracia e em comunicação entre os diferentes

intervenientes nos processos acima referidos.

Conscientes desta realidade, deverá ser criado um Sistema de Informação suportado na normalização de

uma taxinomia nacional dos equipamentos médicos pesados, por forma a permitir ao Ministério da Saúde

conhecer o parque de equipamentos médicos pesados existentes no SNS e no setor convencionado, a

sua localização, os recursos que lhes estão afetos e os dados relativos à produção, de modo dinâmico e

em permanentemente atualizado.

A necessidade daquele instrumento de apoio á decisão é bem evidente se se analisar a realidade atual

plena de exemplos onde os recursos aplicados não corresponderam aos resultados ambicionados

multiplicando-se os casos de sobre investimento, de duplicação, de subutilização e de não potenciação

apropriadas por virtude de bloqueios diversos e insuficiente integração organizacional nos processos e

nas estruturas de gestão.

Portugal tem de começar a preparar-se para esta nova realidade dos equipamentos médicos numa

perspetiva de processo ou seja, avaliando que processos são críticos, quais os que podem melhorar e

que processos têm de ser implementados para atingir objetivos pré definidos.

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CEMP | 232

SISTEMA DE INFORMAÇÃO, INSTRUMENTO DE APOIO À DECISÃO

O sistema Saúde não é um sistema estático e fechado. Como sistema que é, mantém todos os sistemas

em constante interação. Uma decisão tomada ao nível de um elemento do sistema, não será jamais

limitada a este. Ela propaga-se mais ou menos rapidamente e com mais ou menos força no interior do

sistema. Pode mesmo modificar o ambiente e o contexto onde se verifique. Reciprocamente, uma

mudança no ambiente externo pode perturbar e modificar fortemente os comportamentos do sistema

saúde.

Assim, admitindo que uma decisão é o resultado de certas transformações, é extremamente perigoso,

para o equilíbrio geral de qualquer sistema, que os responsáveis por uma decisão mudança64 não

tenham uma visão clara e precisa das repercussões que irá ter no sistema de saúde como um todo.

Uma decisão mudança é o conjunto de atos que podem ser suscetíveis de ter qualquer influência no

funcionamento do próprio sistema e nos demais que constituem o seu environnement.

Os atores do sistema de decisão para enfrentar a mudança, têm de ter conhecimento da realidade,

porque, embora identificados com o conjunto dos objetivos e finalidades que se propõem realizar, têm, no

entanto, possíveis alternativas utilizáveis num contexto de limitação de recursos.

A percepção do real faz-se por meio do Sistema de Informação que deverá ter capacidade para fornecer

aos decisores:

i. A realidade da rede nacional de equipamentos do sistema de saúde, de um modo fiável;

ii. Um conhecimento atual e passado de como foi utilizada a rede nacional de equipamentos da

saúde como meio auxiliar de diagnóstico e de tratamento dos utentes do Serviço Nacional de

Saúde.

Assim, no que respeita ao Serviço Nacional de Saúde o Sistema de Informação poderá ser a ferramenta

de suporte ao “Plano de Equipamentos e Sistemas Médicos”, a elaborar pelas instituições hospitalares

(previsto no nº 2 da Cláusula 22ª da Minuta de Contrato Programa 2013), bem como à apreciação dos

mesmos pelas ARS, permitindo o conhecimento integrado dos recursos existentes nas respetivas

Regiões de Saúde e suportando a sua tomada de decisão (prevista no nº 4 da mesma cláusula),

64 A Arquitetura do S.I: de um sistema em Mudança Constante, Luísa Taveira. Comunicação apresentada ao 3º. Congresso Português de Informática (1984).

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 233

numa perspetiva de otimização dos recursos existentes e do seu planeamento racional ao nível

regional.

Para além de instrumento de apoio à gestão da capacidade instalada no SNS o Sistema de Informação

poderá, igualmente, suportar o processo de monitorização de acesso dos utentes aos MCDT, se se

constituir como o registo central da informação prevista no nº 6 do Despacho n.º 10430/2011, de 1 de

agosto, do Senhor Secretário de Estado da Saúde (“os hospitais que integram o SNS devem publicitar e

manter atualizados, com uma periodicidade trimestral, …, a informação relativa aos MCDT realizados e

respetivos tempos de espera”) possibilitando, não só, a informação ao utente como também às ARS,

ACSS e tutela. Serviço Nacional de Saúde

No que respeita ao Setor Convencionado o Sistema de Informação poderá centralizar informação

fornecida através das fichas técnicas das entidades convencionadas e com origem no Sistema de Registo

de Estabelecimentos Regulados (SRER), que possa, igualmente, suportar quer o processo de

acompanhamento da convenção, quer o processo de atualização da informação de identificação e

caraterização (valências/serviços, equipamentos, exames, recursos humanos, data e âmbito da

convenção, etc.) da entidade convencionada.

De referir, a propósito do setor convencionado, que, perspetivando-se uma alteração ao atual regime de

convenções, o conhecimento detalhado, quer do parque e capacidade instalada no SNS como da oferta

privada, pelo menos em termos da sua localização geográfica valências, assume uma relevância urgente.

Quanto ao Setor Privado, não convencionado, o Sistema de Informação poderá assumir-se como a base

nacional de identificação ou registo das licenças para a instalação do equipamento médico pesado,

concedidas nos termos previstos no Decreto-lei nº 95/95, de 9 de maio, e dada a necessidade de as

mesmas serem concedidas de acordo com critérios de programação e de distribuição territorial, fixados

na Resolução de Conselho de Ministros n.º 61/95, de 28 de junho.

ARQUITETURA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO

Para implementar um sistema de informação, baseado na informação deveriam ser concebidas, em

separado, duas memórias:

Memória das Informações que tem por finalidade conter o conjunto de informações necessárias

à vida do sistema, e que possa ser utilizada e partilhada pelos vários atores e utilizadores do

sistema saúde.

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CEMP | 234

Memória de Tratamento que contém a base de programas necessária à obtenção de

informações para a tomada de decisão.

O questionário às Unidades Hospitalares, realizado pelo Grupo de Trabalho, será uma ótima

oportunidade para ser utilizado como ponto de partida para encontrar as informações de base a

memorizar.

À medida que cada unidade de saúde fosse tratada, realiza-se a stockagem das informações numa

memória única. Esta memória será concebida pela construção gradual da informação recolhida e tratada,

de cada unidade de saúde cuja conceção deverá permitir a integração das informações que, depois de

recolhidas, verificadas e arquivadas numa estrutura única e geral, ficam à disposição de todos os atores e

utilizadores do Sistema de Saúde.

Deveria ser criada uma estrutura estratificada dos equipamentos, de acordo com a nomenclatura

escolhida que deverá ser disponibilizada às unidades de saúde para classificarem os seus bens.

Depois deste trabalho executado, esta informação já estruturada permitirá o diálogo informacional entre

todos os atores do sistema saúde.

As vantagens deste procedimento serão as seguintes:

Colher benefícios a curto prazo, na medida em que, o tratamento de determinados subsistemas

de informação, permite alcançar os objetivos de forma eficiente e rápida;

Colher benefícios a longo prazo, uma vez que o objetivo último é conceber um Sistema de

Informação único para todo o setor da Saúde;

Uniformizar a linguagem, utilizando o mesmo nome para o mesmo equipamento;

Reduzir o custo e aumentar a fiabilidade na recolha da informação uma vez que o levantamento

inicial só se efetua uma vez, por equipamento;

Autonomizar das informações, entre si, o que permite modificar uma, sem, nos preocuparmos

com as outras;

Aumentar da capacidade de resposta a modificações;

Normalizar de procedimentos;

Aumentar o rigor nas ações de gestão na medida em que podem efetuar um controlo único,

permitindo obter resultados homogéneos dos vários utilizadores;

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 235

Promover programas de tratamento independentes que se podem modificar ou ajustar, sem

consequências, param a memória das informações;

Garantir de uma visão integrada e consolidada com a base de informação já existente e

consequente flexibilidade que garanta a evolução dos requisitos de informação;

Facilitar os processos necessários à mudança, na medida em que se dá um tratamento metódico

aos problemas relacionados com a assimilação ativa das inovações, que pressupõe:

i. Reformulação das técnicas de trabalho;

ii. Motivação dos atores do sistema;

iii. Reequilíbrio ativo do Sistema de Saúde trabalhando de forma metódica, sistemática e com

consistência.

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CEMP | 236

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 237

11 NECESSIDADES

A identificação de novas necessidades de investimento nesta matéria, no setor público,

independentemente do prazo a considerar, deverá ter sempre em consideração e em simultâneo

devidamente ponderadas, as seguintes variáveis:

a) Os Rácios de equipamentos por 1.000.000 habitantes de referência;

b) A rentabilização dos equipamentos existentes face à capacidade nominal de referência;

c) As necessidades de substituição dos que ultrapassaram ou se prevê ultrapassarem

rapidamente a sua idade média de vida útil;

d) As existências no setor Privado.

Os quadros que seguidamente se apresentam traduzem uma tentativa de estimar as necessidades de

equipamentos médicos pesados para Portugal continental considerando as quatro variáveis supra

citadas.

Contudo é importante ter presente o nº2 da Resolução de Conselho de Ministro Nº 61/95, de 8 de junho,

quando se fala de substituição ou instalação de um novo equipamento numa região:

“Sempre que existam condicionantes de acessibilidade, de carácter geográfico ou outro, com reflexos na

coerência do planeamento dos serviços, pode também, a título excepcional, ser autorizada, por despacho

do Ministro da Saúde, a instalação do equipamento referido no número anterior, independentemente dos

rácios ali referidos.”

A fim de facilitar a leitura dos quadros apresentados, explicita-se de seguida o conteúdo de cada coluna:

Page 238: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 238

Quadro 97: Definição dos valores constantes nas diferentes colunas do quadro referente ao Nº de Equipamentos

Região PopulaçãoReferência/106H

ab

(a)

Referência por

Região

(b)

Existências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existente Fora

do SNS

(n)

Diferencial de

Equipamentos

(d)=(c-b)

• Referência / 106 Habitantes – corresponde ao rácio de equipamentos por milhão de habitantes;

• Referência por Região – corresponde ao número de equipamentos que uma dada região deveria

ter considerando o Referência por 106 de habitantes;

• Ex istências no SNS 2012 – corresponde ao número de equipamentos que estão instalados em

Portugal Continental (31.12.2012);

• Diferencial de Equipamentos I – corresponde à diferença entre Referência por Região e as

Existências no SNS, ou seja , o número de equipamentos em falta para atingir a Referência por

Região.

• Nº de Equipamentos Existentes Fora do SNS – Correspondem aos equipamentos instalados

fora do SNS;

• Diferencial de Equipamentos – Corresponde à diferença entre a Referência por Região e a soma

as Existências no SNS , ou seja traduz o número de equipamentos em falta para atingir a

Referência por Região ou que ultrapassam a mesma.

Nº de Equipamentos

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 239

Quadro 98: Definição dos valores constantes nas diferentes colunas do quadro referente à produção dos equipamentos instalados no SNS

Quadro 99: Definição dos valores constantes nas diferentes colunas do quadro referente à Idade dos Equipamentos instalados no SNS

Região

Existências no

SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('e)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(f)=(cx e)

Produção Real

SNS

(g)

Nº Equipos

correspondente à

Produção Real

SNS (h)

Variação

Produção

(i)=(g-f)

Nº de Equipamentos

corresponde à

Variação da Produção

(j)=(i/e)

• Capacidade Nominal de Referência – corresponde à Capacidade Nominal de um equipamento de MCDT, ou

seja, o número de exames ou tratamentos que um equipamento tem capacidade de realizar, dentro das suas

condições normais de funcionamento e, com os recursos humanos e materiais necessários, no período de um ano,

considerando 240 dias úteis por ano (atendendo aos períodos de paragem médios para manutenção e outros fins) e

um período de trabalho diário médio de 10horas);

• Produção de Referência para Existências no SNS – corresponde à Capacidade Nominal de Referência vezes

as Existências no SNS , ou seja , à produção que em condições ideais os equipamentos instalados no SNS

(Existências no SNS) deveriam ter realizado;

• Produção Real – corresponde à produção real dos equipamentos instalados no SNS (Existências no SNS) –

acumulado 2012;

• Variação da Produção – corresponde à diferença entre a Produção Real e a Produção de Referência para

Existências no SNS, de onde podemos aferir se ex istiu um “défice” de produção ou “excedente” face à Produção

de Referência para Existências no SNS ;

• Nº de Equipamentos correspondente à Variação de Produção – corresponde à div isão da Variação de Produção

pela Capacidade Nominal de Referência, que traduz o número de equipamentos que teoricamente seria

responsável por esse défice/excedente de produção.

Produção

Região

Existências

no SNS

(2013)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

• Existências no SNS (2013) – corresponde ao número de equipamentos que estavam instalados em Portugal Continental a

31.12.2012 e os indicados pelas entidades como tendo iniciado o funcionamento em 2013;

• Nas restantes colunas são indicados dois cenários para os diferentes anos o número de equipamentos com idade >10 anos ou

>12 , ou seja, os equipamentos que irão atingir o final de v ida útil;

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Page 240: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 240

11.1 MEDICINA NUCLEAR65 11.1.1 CÂMARA GAMA E CÂMARA GAMA –TC

Quadro 100: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Considerando o valor de referência por região, Portugal Continental deveria dispor de um

número aproximado de 50 equipamentos. Existindo apenas 20 no SNS, resulta daqui e de

imediato uma margem de crescimento de 30 equipamentos;

Assumindo que o SNS não pode esgotar em si toda a capacidade instalada em matéria de

equipamentos pesados e considerando o setor privado um interveniente do sistema de saúde, foi

nesta análise incluída a variável do número de equipamentos instalados neste último (35

equipamentos). Face a estes novos dados, verifica-se que existe um excedente de 5

equipamentos a nível nacional.66

65 Fonte para o Nº de Equipamentos Existentes Fora do SNS: Demografia Médica – Colégio de Especialidade de Medicina Nuclear (2012) 66 É importante considerar que cerca de 50% do parque privado já tem mais de 9 anos.

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Existências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Ex istentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3.689.682 5 18 8 10 0

Centro 1.737.216 5 9 7 6 4

LVT 3.659.868 5 18 5 18 5

Alentejo 509.849 5 3 0 0 -3

Algarve 451.006 5 2 0 1 -1

Portugal 10.047.621 5 50 20 35 5

Nº de Equipamentos

Page 241: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 241

Quadro 101: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o factor da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil

é de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos,

rapidamente se conclui que a médio prazo (2014) haverá necessidade de se proceder à

substituição de 11 a 6 equipamentos (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil respectivamente);

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 5 a 8 equipamentos.

Quadro 102: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Comparando a produção de referência para existências no SNS destes 20 equipamentos com a

sua produção real, verifica-se que os mesmos produzem abaixo dos valores espectáveis em

condições ideais. O défice de produção em causa corresponde à produção de aproximadamente

mais 7 equipamentos a operar com mesmo nível de desempenho. No entanto, é espectável que

estes equipamentos maximizem a sua capacidade de produção.

Região

Ex istências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 9 5 1 - - - 1 1 - 3 - 2 1 - - - 1

Centro 7 4 1 - - - - - - 2 1 1 1 - - - -

LVT 5 - - 1 - 1 - - 1 - - - - 1 - 1 -

Alentejo 0 - - - - - - - - - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - - - - - - - - - - -

Portugal 21 9 2 1 - 1 1 1 1 5 1 3 2 1 - 1 1

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Ex istentes com idade > 12 anos

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 8 3.600 28.800 20.289,0 -8.511 -2,4

Centro 7 6.000 42.000 13.512,0 -28.488 -4,7

LVT 5 6.000 30.000 13.622,0 -16.378 -2,7

Alentejo 0 6.000 0 0,0 0 0,0

Algarve 0 6.000 0 0,0 0 0,0

Portugal 20 3.600 72.000 47.423,0 -24.577 -6,8

Produção

Page 242: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 242

11.1.2 PET E PET-TC

Quadro 103: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Considerando o valor de referência por região, Portugal Continental deveria dispor de um

número aproximado de 14 equipamentos. Existindo apenas 3 no SNS, resulta daqui e de

imediato uma margem de crescimento de 11 equipamentos;

Assumindo que o SNS não pode esgotar em si toda a capacidade instalada em matéria de

equipamentos pesados e considerando o setor privado um interveniente do sistema de saúde, foi

nesta análise incluída a variável do número de equipamentos instalados no setor privado (7

equipamentos). Face a estes novos dados, verifica-se que o existe um défice de 4 equipamentos

a nível nacional.

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3 689 682 1 5 1 2 -2

Centro 1 737 216 1 2 1 0 -1

LVT 3 659 868 1 5 1 5 1

Alentejo 509 849 1 1 0 0 -1

Algarve 451 006 1 1 0 0 -1

Portugal 10 047 621 1,4 14 3 7 -4

Nº de Equipamentos

Page 243: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 243

Quadro 104: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o factor da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil

é de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos,

rapidamente se conclui que a médio prazo (2014) haverá necessidade de se proceder à

substituição de 2 ou nenhum equipamento (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil

respectivamente);

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 1 a 3 equipamentos.

Quadro 105: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Comparando a produção de referência para existências no SNS destes 3 equipamentos com a

sua produção real, verifica-se que os mesmos produzem abaixo dos valores espectáveis em

condições ideais. O défice de produção em causa, corresponde à produção de mais 1

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 2 - 1 - - - - - - - - - 1 - - - -

Centro 1 - - 1 - - - - - - - - - 1 - - -

LVT 1 1 - - - - - - - - - 1 - - - - -

Alentejo 0 - - - - - - - - - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - - - - - - - - - - -

Portugal 4 1 1 1 - - - - - - - 1 1 1 - - -

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 1 4.320 4.320 3.568,0 -752 -0,2

Centro 1 4.320 4.320 2.063,0 -2.257 -0,5

LVT 1 4.320 4.320 1.565,0 -2.755 -0,6

Alentejo 0 4.320 0 0,0 0 0,0

Algarve 0 4.320 0 0,0 0 0,0

Portugal 3 4.320 12.960 7.196,0 -5.764 -1,3

Produção

Page 244: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 244

equipamento a operar com mesmo nível de desempenho. É espectável que estes equipamentos

maximizem a sua capacidade de produção.

Em Medicina Nuclear a tendência tecnológica é a necessidade de uma maior acuidade e eficácia no

diagnóstico, nomeadamente no campo da Oncologia. Daí o aparecimento de tecnologia mais avançada,

nomeadamente, tecnologia híbrida (câmara gama-TC, PET-TC e PET-RM).

Os exames realizados em câmara gama irão ser substituídos, num futuro breve, por exames realizados

em PET; tal acontece porque, dada a possibilidade da marcação de aminoácidos com traçadores

radioativos, estes radiofármacos, pela seletividade e acuidade diagnóstica da aparelhagem PET, irão

condicionar o diagnóstico num só exame. Se pensarmos p.e. em patologia maligna da mama, sabemos

hoje que a metastização para o osso poderá ser de dois tipos: metástases osteoblásticas e metástases

osteolíticas; no cintilograma ósseo apenas são diagnosticáveis as metástases osteoblásticas, enquanto,

com a tecnologia PET, poder-se-ão diagnosticar os dois tipos de metastização óssea no mesmo exame,

com ganhos significativos em termos de acuidade e de tempo.

As tendências de evolução demográfica revelam um envelhecimento crescente da população com o

subsequente crescimento de determinada tipologia de patologia (Oncológica Cardiovascular, Cerebral,

Osteoarticular e outras). Assim sendo, existirá uma necessidade crescente do recurso diagnóstico da

Medicina Nuclear.

Ciclotrão: Dada a expectativa do aumento de necessidade de instalações PET no país e tendo em conta

a existência de ciclotrões já instalados no Norte e no Centro de Portugal, prevê-se a necessidade de

instalação de ciclotrão na região Sul de Portugal. Assim sendo, haverá necessidade de instalação na

região supracitada.

Page 245: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 245

11.2 MEDICINA HIPERBÁRICA 11.2.1 CÂMARA HIPERBÁRICA

Quadro 106: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Considerando o valor de referência por região, Portugal Continental deveria dispor de um

número aproximado de 5 equipamentos. Existindo apenas 1 no SNS, resulta daqui e de imediato

uma margem de crescimento de 4 equipamentos;

Assumindo que o SNS não pode esgotar em si toda a capacidade instalada em matéria de

equipamentos pesados e considerando os equipamentos existentes nas entidades não SNS (2

equipamento), verifica-se que existe uma margem de crescimento de 2 equipamentos.

Quadro 107: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando a vida útil do equipamento em questão é de 30 anos, até 2020 não haverá

necessidade de substituir o equipamento atualmente instalado na região Norte.

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3.689.682 1 2 1 0 -1

Centro 1.737.216 1 1 0 0 -1

LVT 3.659.868 1 2 0 2 0

Alentejo 509.849 1 0 0 0 0

Algarve 451.006 1 0 0 0 0

Portugal 10.047.621 0,5 5 1 2 -2

Nº de Equipamentos

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 1 - - - - - - - -

Centro 0 - - - - - - - -

LVT 0 - - - - - - - -

Alentejo 0 - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - - -

Portugal 1 - - - - - - - -

Nº Equipamentos Existentes com idade > 30 anos

Page 246: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 246

Quadro 108: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Comparando a produção de referência para existências no SNS deste equipamento com a sua

produção real, verifica-se que o mesmo produz acima do valor espectável e o equivalente a mais

ou menos 0,2 equipamentos.

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 1 8.880 8.880 10.360,0 1.480 0,2

Centro 0 8.880 0 0,0 0 0,0

LVT 0 8.880 0 0,0 0 0,0

Alentejo 0 8.880 0 0,0 0 0,0

Algarve 0 8.880 0 0,0 0 0,0

Portugal 1 8.880 8.880 10.360,0 1.480 0,2

Produção

Page 247: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 247

11.3 RADIOLOGIA E NEURORRADIOLOGIA67 11.3.1 ANGIÓGRAFOS

Quadro 109: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com a referência por milhão de

habitantes, apenas se pode concluir que existem 70 angiógrafos instalados em Portugal.68

Quadro 110: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o factor da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil

é de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos,

67 Fonte para Angiógrafos Existentes Fora do SNS: Inquérito aos Hospitais – INE (2011); RM Existentes Fora do SNS: referência bibliográfica número 61; TC Existentes Fora do SNS: DGS

68 De notar que não foi possível obter informação de entidades não SNS e não hospitalares, pelo que se acredita que poderão existir mais angiógrafos

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3.689.682 n.d. n.d 14 11 n.a.

Centro 1.737.216 1 n.d 12 1 n.a.

LVT 3.659.868 1 n.d 17 12 n.a.

Alentejo 509.849 1 n.d 1 0 n.a.

Algarve 451.006 1 n.d 0 2 n.a.

Portugal 10.047.621 n.d. n.d 44 26 n.a.

Nº de Equipamentos

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 14 5 1 - 1 2 1 1 0 3 - 3 1 - 1 2 1

Centro 12 4 2 - - 2 - 1 3 1 - 1 2 - - 2 -

LVT 17 7 3 2 1 1 - - 2 3 - 3 3 2 1 1 -

Alentejo 1 - - - - - - 1 - - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - - - - - - - - - - -

Portugal 44 16 6 2 2 5 1 3 5 7 - 7 6 2 2 5 1

Nº Equipamentos Ex istentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Page 248: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 248

rapidamente se conclui que a médio prazo (2014) haverá necessidade de se proceder à

substituição de 22 a 7 equipamentos (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil respectivamente);

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 18 a 23 equipamentos.

Quadro 111: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com o desempenho dos angiógrafos,

nada de novo se pode concluir sobre a performance destes equipamentos.

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 14 n.d. n.d 24.997,0 n.a n.a.

Centro 12 n.d. n.d 9.173,0 n.a n.a.

LVT 17 n.d. n.d 24.239,0 n.a n.a.

Alentejo 1 n.d. n.d 63,0 n.a n.a.

Algarve 0 n.d. n.d 0,0 n.a n.a.

Portugal 44 n.d. n.d. 58.472,0 n.a n.a.

Produção

Page 249: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 249

11.3.2 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)

Quadro 112: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Considerando o valor de referência por região, Portugal Continental deveria dispor de um

número aproximado de 103 equipamentos. Existindo apenas 30 no SNS, resulta daqui uma

margem de crescimento de 73 equipamentos;

Assumindo que o SNS não pode esgotar em si toda a capacidade instalada em matéria de

equipamentos pesados e, considerando o setor privado um interveniente do sistema de saúde foi

nesta análise incluída a variável do número de equipamentos instalados no setor privado (113

equipamentos), verifica-se que existe um excedente de aproximadamente 40 equipamentos a

nível nacional.

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3 689 682 10 38 12 n.a.

Centro 1 737 216 10 18 5 n.a.

LVT 3 659 868 10 38 10 n.a.

Alentejo 509 849 10 5 1 n.a.

Algarve 451 006 10 5 2 n.a.

Portugal 10 047 621 10,3 103 30 113 40

Nº de Equipamentos

Page 250: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 250

Quadro 113: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o factor da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil

é de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos,

rapidamente se conclui que a médio prazo (2014) haverá necessidade de se proceder à

substituição de 8 a 3 equipamentos (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil respectivamente);

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 15 a 12 equipamentos.

Quadro 114: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Comparando a produção de referência para existências no SNS destes 30 equipamentos com a

sua produção real, verifica-se que 3 regiões possuem equipamentos que produzem abaixo dos

valores espectáveis em condições ideais. O défice de produção em causa, corresponde à

produção de mais 3 equipamento a operar com mesmo nível de desempenho. É espectável que

estes equipamentos maximizem a sua capacidade de produção.

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 12 2 1 3 - 1 - 1 1 - - 2 1 3 - 1 -

Centro 5 1 - - 1 1 - - - - - 1 - - 1 1 -

LVT 10 3 - - - 1 - 1 3 2 - 1 - - - 1 -

Alentejo 1 - - - - - - 1 - - - - - - - - -

Algarve 2 1 - - - - - - 1 1 - - - - - - -

Portugal 30 7 1 3 1 3 - 3 5 3 - 4 1 3 1 3 -

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 12 7.000 84.000 91.144,0 7.144 1,0

Centro 5 7.000 35.000 30.675,0 -4.325 -0,6

LVT 10 7.000 70.000 74.920,0 4.920 0,7

Alentejo 1 7.000 7.000 4.671,0 -2.329 -0,3

Algarve 2 7.000 14.000 8.880,0 -5.120 -0,7

Portugal 30 7.000 210.000 210.290,0 290 0,0

Produção

Page 251: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 251

11.3.3 TOMOGRAFIA COMPUTORIZADA (TC)

Quadro 115: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Considerando o valor de referência por região, Portugal Continental deveria dispor de um

número aproximado de 205 equipamentos. Existindo apenas 76 no SNS, resulta daqui e de

imediato uma margem de crescimento de 129 equipamentos;

Assumindo que o SNS não pode esgotar em si toda a capacidade instalada em matéria de

equipamentos pesados e, considerando o setor privado um interveniente do sistema de saúde,

foi nesta análise incluída a variável do número de equipamentos instalados no setor privado (265

equipamentos69). Face a estes novos dados, verifica-se um excedente de 136 equipamentos a

nível nacional.

69 Estes valores correspondem ao número de Licenças emitidas fora do SNS 2008 – 2013 o que não corresponde obrigatoriamente ao número de equipamentos efetivamente em funcionamento.

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3 689 682 20 75 27 111 63

Centro 1 737 216 20 35 18 40 23

LVT 3 659 868 20 75 24 88 37

Alentejo 509 849 20 10 5 7 2

Algarve 451 006 20 9 2 19 12

Portugal 10 047 621 20,4 205 76 265 136

Nº de Equipamentos

Page 252: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 252

Quadro 116: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o factor da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil

é de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos,

rapidamente se conclui que a médio prazo (2014) haverá necessidade de se proceder à

substituição de 19 a 7 equipamentos (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil respectivamente);

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 41 a 44 equipamentos.

Quadro 117: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Pelo quadro acima verifica-se que:

Comparando a produção de referência para existências no SNS destes 76 equipamentos com a

sua produção real, verifica-se uma diferença na performance dos mesmos, estando a maioria a

produzir acima da capacidade nominal de referência. O excedente e produção em causa,

corresponde à produção de mais cerca de 4 equipamento a operar com mesmo nível de

desempenho.

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 27 2 4 5 2 4 3 1 2 1 - 4 4 5 2 4 3

Centro 18 3 1 2 - 2 - 3 2 3 - 1 1 2 - 2 -

LVT 25 4 2 2 1 1 2 5 1 1 2 2 2 2 1 1 2

Alentejo 5 1 2 1 - - - - - - - 2 2 1 - - -

Algarve 2 - - - - - - - 2 - - 1 - - - - -

Portugal 77 10 9 10 3 7 5 9 7 5 2 10 9 10 3 7 5

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 27 15.000 405.000 466.190,0 61.190 4,1

Centro 18 15.000 270.000 226.780,0 -43.220 -2,9

LVT 24 15.000 360.000 382.706,0 22.706 1,5

Alentejo 5 15.000 75.000 75.933,0 933 0,1

Algarve 2 15.000 30.000 42.344,0 12.344 0,8

Portugal 76 15.000 1.140.000 1.193.953,0 53.953 3,6

Produção

Page 253: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 253

Baseados nas características das populações que servem os diversos hospitais e outras estruturas de

Imagem do SNS, deverão estar convenientemente equipados para desempenhar a sua missão em

quantidade e qualidade, privilegiando a execução dos exames de que necessita internamente, avaliando

comparativamente todos os exames em arquivo PACS ou outros e só recorrendo em últimas instâncias

ao exterior. Deverão existir e ser respeitados protocolos de decisão multidisciplinares em relação às

diversas patologias, órgãos e sistemas e métodos de imagem, baseados na medicina de evidência,

publicados em Portugal e Internacionalmente e aprovados pelos órgãos competentes de cada instituição.

É previsível que num futuro próximo os exames de Ecografia aumentem ligeiramente, os exames de TC

estabilizem ou diminuam ligeiramente e os de RM deverão aumentar gradual e substancialmente. Estas

perspetivas são mundiais no chamado Mundo Ocidental, privilegiando-se os métodos de imagem sem

radiações ionizantes para o mesmo benefício clinico (Ecografia e RM) e os aparelhos de TC têm tido de

parte dos fabricantes grande preocupação no sentido de redução de dose de radiação ionizante e do

número de aquisições de séries de imagem.

A Angiografia Digital perdeu grande preponderância, pelo surgir de Técnicas de Angiografia por outros

métodos, como a Angio-TC e a Angio-RM, mantendo interesse essencialmente em situações terapêuticas

quer da área de Neurorradiologia, quer de Radiologia Geral. Os Serviços que utilizam a Angiografia

deverão fornecer Serviços de Imagem a agrupamentos de Hospitais, de modo a promover a sua

rentabilização e o desenvolvimento e especialização técnica e científica dos profissionais que se dedicam

essencialmente a essa técnica na sua diferenciação orgânica. É preferível a existência de Serviços

Centrais de grande experiência e que rentabilizem os Equipamentos, do que diversificar a instalação

desses equipamentos, não permitindo especialização adequada dos Profissionais, tornando mais

onerosos a manutenção desses Serviços.

Os diversos Serviços de Radiologia/Neurorradiologia do SNS deverão perspetivar planos de investimento

a curto/médio prazo, prevendo as suas necessidades imediatas e futuras em recursos humanos e

equipamento, de modo a permitir o adequado desempenho da sua missão, renovando e atualizando

esses recursos, que são escassos. No que se refere a equipamentos deverão ser efetuados mapas de

investimento, baseados em todos os fatores descritos e principalmente na vida útil conhecida dos

aparelhos, para permitir aos órgãos de gestão das Unidades adequada programação.

Page 254: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 254

11.4 RADIONCOLOGIA 11.4.1 ACELERADOR LINEAR (AL)70

Quadro 118: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Considerando o valor de referência por região, Portugal Continental deveria dispor de um

número aproximado de 60 equipamentos. Existindo apenas 29 no SNS, resulta daqui e de

imediato uma margem de crescimento de 31 equipamentos;

Assumindo que o SNS não pode esgotar em si toda a capacidade instalada em matéria de

equipamentos pesados e considerando o setor privado um interveniente do sistema de saúde, foi

nesta análise incluída a variável do número de equipamentos instalados no setor privado (16

equipamentos). Face a estes novos dados, verifica-se que existe uma margem de crescimento

de 15 equipamentos.

70 Trabalho Ordem dos Médicos

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Existências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3.689.682 6 22 12 4 -6

Centro 1.737.216 6 10 5 0 -5

LVT 3.659.868 6 22 10 11 -1

Alentejo 509.849 6 3 2 0 -1

Algarve 451.006 6 3 0 1 -2

Portugal 10.047.621 6 60 29 16 -15

Nº de Equipamentos

Page 255: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 255

Quadro 119: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o factor da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil

é de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos,

rapidamente se conclui que a médio prazo (2014) haverá necessidade de se proceder à

substituição de 5 a 4 equipamentos (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil respectivamente);

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 12 a 8 equipamentos.

Quadro 120: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Comparando a produção de referência para existências no SNS 28 equipamentos com a sua

produção real, verifica-se que na globalidade parte destes equipamentos estão a produzir abaixo

dos valores de referência. O défice de produção em causa, corresponde à produção de mais 1

equipamento a operar com mesmo nível de desempenho. É espectável que estes equipamentos

maximizem a sua capacidade de produção.

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 12 1 1 - - 1 1 - - 1 - - 1 - - 1 1

Centro 5 3 - - - 2 - - - 2 1 - - - - 2 -

LVT 10 - - 1 - 2 - - - - - - - 1 - 2 -

Alentejo 2 - - - - - - - 3 - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - 2 - - - - - - - - -

Portugal 29 4 1 1 - 5 1 2 3 3 1 - 1 1 - 5 1

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 11 10.800 129.600 106.387,0 -23.213 -2,1

Centro 5 10.800 54.000 63.379,0 9.379 0,9

LVT 10 10.800 108.000 105.421,0 -2.579 -0,2

Alentejo 2 10.800 21.600 22.882,0 1.282 0,1

Algarve 0 10.800 0 0,0 0 0,0

Portugal 28 10.800 313.200 298.069,0 -15.131 -1,4

Produção

Page 256: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 256

11.4.2 BRAQUITERAPIA DE ALTA-TAXA DE DOSE

Quadro 121: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com a referência por milhão de habitantes nem

informação acerca dos equipamentos instalados fora do SNS, apenas se pode concluir que existem em 6

equipamentos de Braquiterapia de Alta Taxa de Dose instalados no SNS.

Quadro 122: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o factor da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil

é de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos,

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3.689.682 n.d. n.d 1 n.d n.a.

Centro 1.737.216 n.d. n.d 2 n.d n.a.

LVT 3.659.868 n.d. n.d 2 n.d n.a.

Alentejo 509.849 n.d. n.d 1 n.d n.a.

Algarve 451.006 n.d. n.d 0 n.d n.a.

Portugal 10.047.621 n.d. n.d 6 n.d. n.a.

Nº de Equipamentos

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 1 - - - - - - - 1 - - - - - - - -

Centro 2 2 - - - - - - - 1 1 - - - - - -

LVT 2 1 - - - - - - - 1 - - - - - - -

Alentejo 1 - - - - - - - - - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - 1 - - - - - - - - -

Portugal 6 3 - - - - - 1 1 2 1 - - - - - -

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Page 257: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 257

rapidamente se conclui que a médio prazo (2013) haverá necessidade de se proceder à

substituição de 3 a 2 equipamentos (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil respectivamente);71

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 2 ou nenhum

equipamento.

Quadro 123: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com o desempenho dos equipamentos

de Braquiterapia de Taxa de Dose, nada de novo se pode concluir sobre a performance destes

equipamentos.

71 Recorda-se que a noção de idade deste equipamento apenas reflete apenas o equipamento em si e não a fonte que é substituída periodicamente.

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 1 n.d. n.d 927,0 n.a n.a.

Centro 2 n.d. n.d 493,0 n.a n.a.

LVT 2 n.d. n.d 665,0 n.a n.a.

Alentejo 1 n.d. n.d 72,0 n.a n.a.

Algarve 0 n.d. n.d 0,0 n.a n.a.

Portugal 6 n.d. n.d 2.157,0 n.a n.a.

Produção

Page 258: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 258

11.4.3 SIMULADOR

Quadro 124: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com a referência por milhão de

habitantes nem informação acerca dos equipamentos instalados fora do SNS, apenas se pode

concluir que existem em 5 Simuladores instalados no SNS.

Quadro 125: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o fator da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil é

de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos, rapidamente

se conclui que a médio prazo (2014) haverá necessidade de se proceder à substituição de 1

equipamento (períodos de 10 ou 12 anos de vida útil);

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 4 ou 3 equipamentos

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3.689.682 n.d. n.d 1 n.d n.a.

Centro 1.737.216 n.d. n.d 2 n.d n.a.

LVT 3.659.868 n.d. n.d 1 n.d n.a.

Alentejo 509.849 n.d. n.d 1 n.d n.a.

Algarve 451.006 n.d. n.d 0 n.d n.a.

Portugal 10.047.621 n.d. n.d 5 n.d. n.a.

Nº de Equipamentos

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 1 - - - - - 1 - - - - - - - - - 1

Centro 2 1 - 1 - - - - - 1 - - - 1 - - -

LVT 1 - - 1 - - - - - - - - - 1 - - -

Alentejo 1 - - - - - - - - - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - 1 - - - - - - - - -

Portugal 5 1 - 2 - - 1 1 - 1 - - - 2 - - 1

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Page 259: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 259

Quadro 126: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com o desempenho dos Simuladores,

nada de novo se pode concluir sobre a performance destes equipamentos.

11.4.4 TC(DEDICADA)

Quadro 127: Diferencial entre o nº de equipamentos de referência e os efetivamente instalados em Portugal

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com a referência por milhão de

habitantes nem informação acerca dos equipamentos instalados fora do SNS, apenas se pode

concluir que existem em 9 TC (dedicadas) instalados no SNS.

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 1 n.d. n.d 599,0 n.a n.a.

Centro 2 n.d. n.d 2.466,0 n.a n.a.

LVT 1 n.d. n.d 1.329,0 n.a n.a.

Alentejo 1 n.d. n.d 1.322,0 n.a n.a.

Algarve 0 n.d. n.d 0,0 n.a n.a.

Portugal 5 n.d. n.d 5.716,0 n.a n.a.

Produção

Região PopulaçãoReferência/106

Hab

(a)

Referência por

Região

(b)

Ex istências no

SNS

2012 ('c)

Nº de

Equipamentos

Existentes Fora do

SNS

(d)

Diferencial de

Equipamentos

(e)=(c+d)-b

Norte 3.689.682 n.d. n.d 3 n.d n.a.

Centro 1.737.216 n.d. n.d 1 n.d n.a.

LVT 3.659.868 n.d. n.d 4 n.d n.a.

Alentejo 509.849 n.d. n.d 1 n.d n.a.

Algarve 451.006 n.d. n.d 0 n.d n.a.

Portugal 10.047.621 n.d. n.d. 9 n.d. n.a.

Nº de Equipamentos

Page 260: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 260

Quadro 128: Necessidades de substituição face à vida útil dos equipamentos do SNS

Considerando o fator da idade dos equipamentos existentes no SNS e que o tempo de vida útil é

de 10 anos mas que alguns equipamentos podem ainda funcionar até aos 12 anos, rapidamente

se conclui que a médio prazo (2014) não haverá necessidade de substituir nenhum

equipamento;

A longo prazo (até 2020) poderá existir a necessidade de substituir mais 6 a 4 equipamentos

Quadro 129: Variação entre a Produção de Referência para as Existências no SNS e a Produção Real dos Equipamentos do SNS

Uma vez que não existem publicados rácios relacionados com o desempenho das TC

(dedicada), nada de novo se pode concluir sobre a performance destes equipamentos.

Admite-se existir, na área da Radioncologia, oportunidade bastante para tornar o SNS autónomo,

dotando-o de mais equipamentos.

Região

Existências no

SNS

2013 (k)

2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

Norte 3 - - 1 - - - - 1 - - - - 1 - - -

Centro 1 - - - - 1 - - - - - - - - - 1 -

LVT 4 - - 1 1 - - - - - - - - 1 1 - -

Alentejo 1 - - - - - - - - - - - - - - - -

Algarve 0 - - - - - - 1 - - - - - - - - -

Portugal 9 - - 2 1 1 - 1 1 - - - - 2 1 1 -

Nº Equipamentos Existentes com idade > 10 anos Nº Equipamentos Existentes com idade > 12 anos

Região

Existências

no SNS

2012 ('c)

Capacidade

Nominal de

Referência

('f)

Produção de

Referência para

Existências no

SNS

(g)=(cx f)

Produção Real

SNS

(h)

Variação

Produção

(i)=(h-g)

Nº de

Equipamentos

corresponde à

Variação da

Produção (j)=(i/f)

Norte 3 n.d. n.d 1.683,0 n.a n.a.

Centro 1 n.d. n.d 2.604,0 n.a n.a.

LVT 4 n.d. n.d 5.865,0 n.a n.a.

Alentejo 1 n.d. n.d 918,0 n.a n.a.

Algarve 0 n.d. n.d 0,0 n.a n.a.

Portugal 9 n.d. n.d. 11.070,0 n.a. n.a.

Produção

Page 261: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 261

Há a curto prazo, necessidade premente de investimento na substituição de equipamentos que

ultrapassaram já a sua vida útil, apresentando down-times inadmissíveis por avarias e reparações

sucessivas. Por outro lado, estes equipamentos vêem os seus contratos de manutenção a extinguirem-

se, uma vez que as empresas deixam de assumir a responsabilidade pela manutenção de máquinas,

cujos componentes e acessórios estão na maioria dos casos, descontinuados. Este facto é ainda mais

gravoso se atentarmos que estes equipamentos estão ainda em atividade e portanto são efetivas para a

produção nos Serviços em que estão instaladas.

A longo prazo deverá ser relevante o envelhecimento simultâneo de vários equipamentos cuja aquisição

foi no mesmo momento temporal e cujo número, como anteriormente foi analisado, é impressivo.

Outras considerações:

Verifica-se ainda a existência de equipamentos pesados, no âmbito da Radioterapia, que não existem no

SNS, a saber Tomoterapia, Cyber-Knife e Gama-Knife.

Não existem ratios definidos* em relação a estes equipamentos, uma vez que eles são equipamentos

dedicados a técnicas específicas e avançadas de tratamento.

A Tomoterapia e a Cyber-Knife, a existirem no SNS, completarão o parque de equipamentos de

radioterapia de alta precisão, acrescentando um potencial de inovação.

A Gama-Knife, pelo facto de utilizar Cobalto-60, com as características físicas implícitas deste

radiosótopo, pode ser substituída com vantagem72, por aceleradores lineares, com capacidade para

radiocirurgia (dedicados ou não).

72 A fonte radioativa, em virtude das características físicas do Cobalto-60, é periodicamente substituída (a cada 5 anos), constituindo um problema ambiental importante, pela produção de lixo tóxico.

Page 262: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 262

Page 263: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 263

12 COMENTÁRIOS E RECOMENDAÇÕES

O presente capítulo procede ao levantamento, e respetivo resumo, das principais questões e problemas

identificados no decurso deste estudo e que se entende poderem ser objeto de ações posteriores para a

sua resolução/esclarecimento.

12.1 ABATE OPERACIONAL DE EQUIPAMENTOS

Considerando o volume de equipamentos que foram identificados como estando inoperacionais e, não

obstante a maior parte deles se encontrarem abatidos ao inventário das respetivas instituições, verifica-se

que os mesmos lá permanecem fisicamente, o que nalguns casos levanta relevantes questões de saúde

pública, pelo que se recomenda a correção da presente situação. Importa igualmente estabelecer o prazo

máximo que estes equipamentos podem vir a manter-se nas instituições e estabelecer um plano a um

ano com vista à resolução deste problema.

Deverá ser também prática corrente das instituições, aquando da substituição de equipamentos, que os

contratos de fornecimento destes incluam a retirada dos antigos.

12.2 ACESSIBILIDADE E EFICIÊNCIA

Considerando ter sido identificado para a maior parte dos equipamentos a possibilidade de os mesmos

serem melhor rentabilizados deveria ponderar-se quais as medidas a implementar no sentido de obter

uma utilização mais eficaz. Poderia ser ponderada, a existência de um programa de recuperação de listas

de espera, à semelhança do já existente no âmbito da atividade cirúrgica (SIGIC) para este tipo de meios

complementares de diagnóstico e terapêutica.

Assumindo esta questão maior relevância no caso particular da RM e da TC, deveria promover-se a sua

rentabilização em termos de horários de funcionamento, pelo menos 12 horas diárias, 5 dias por semana

(situação que se reconhece igualmente já ser pratica de muitas das instituições em análise) e possibilitar

a contratualização interna para execução de exames fora das horas normais de abertura dos Serviços em

atividade programada (habitualmente 8-20h). Só na inevitabilidade de não ser possível essa

contratualização interna se deveria recorrer ao exterior, relembrando que o nosso SNS é “patient

centered”, e os doentes deverão ter os exames de que efetivamente precisam, efetuados no tempo em

que deles necessitam e efetuados com qualidade;

Page 264: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 264

Para que de facto, o recurso a esta contratualização interna não fosse desvirtuada, dever-se-ia, à

semelhança do sistema atualmente existente aplicável às Consultas Externas, proceder à definição, ao

nível da Tutela, dos Tempos Mínimos Garantidos para a realização de exames;

Com vista a garantir uma correta e justa acessibilidade de todos os cidadãos aos exames e terapêuticas

prestadas por este tipo de equipamentos deveriam também ser definidas as distâncias mínimas que

devem ser garantidas com vista a manter os desejados níveis de qualidade no acesso.

Ainda em matéria de acessibilidade e considerando as recentes orientações ao nível da tutela relativas à

utilização total da capacidade instalada das instituições que integram o SNS, dever-se-ia ponderar a

instituição do livre acesso dos utentes, independentemente da zona de residência, aos hospitais para

realização de MCDT prescritos no âmbito dos cuidados de saúde primários, constituindo a requisição/

prescrição destes, documento válido para a respetiva faturação às ARS, por parte das entidades que

realizam o exame, à semelhança do que se verifica atualmente com as entidades convencionadas.

Importa no entanto salvaguardar um sistema eficaz e célere de cobranças aos sub-sistmas como

condição de sucesso desta abertura.

12.3 AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS EXTERNOS DE MCDT

O atual sistema de recurso a entidades convencionadas foi precedido pela abertura de concursos visando

a seleção das entidades com quem o Estado contratualiza a prestação de serviços de MCDT. Não

obstante nestes concursos existirem critérios de admissibilidade do ponto de vista da capacidade técnica

e tecnológica, a verdade é que terminado este processo não se encontra prevista qualquer ação de

monitorização e controlo da manutenção das condições que conduziram à sua seleção. De igual modo a

tutela não dispõe de informação relativa aos recursos em matéria de equipamentos que estas instituições

possuem, pelo que urge alterar esta situação.

Os processos de contratação de MCDT deveriam considerar vários aspetos:

i. As características técnicas dos equipamentos e instalações;

ii. A qualidade dos equipamentos e exames que deve obrigatoriamente ser garantida e

comprovada pelo prestador de serviços contratado e auditada por entidade

independente;

iii. A experiência e competência dos profissionais, médicos e técnicos, tendo em

consideração técnicas mais exigentes (ex.RM e mamografia);

Page 265: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 265

iv. A definição de um teto mínimo e máximo para o preço dos MCDT, a fim de garantir

parâmetros mínimos de qualidade.

Este tema é por demais complexo pelo que deverá ser devidamente aprofundado num curto espaço de

tempo e enquadrado ao abrigo da nova legislação aprovada.

12.4 AVALIAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS

Considerando que uma das variáveis mais importante e que mais determina a capacidade de produção

dos equipamentos em análise se trata dos Recursos Humanos, é imperioso que se proceda a uma

avaliação destes recursos com maior profundidade e acuidade, garantindo uma correta afetação dos

mesmos aos equipamentos em análise, situação que nem sempre se viu garantida neste estudo.

12.5 CAPACIDADE INSTALADA NO SNS

i. SNS ter pelo menos um equipamento de todos os considerados?

Embora tenha sido defendido em diversos momentos que o SNS não pode esgotar em si toda a

capacidade instalada em matéria de equipamentos pesados, o grupo considera que seria importante que

existisse pelo menos um exemplar de cada tipologia de equipamento permitindo assim ao sector público

acompanhar a evolução tecnológica, oferecendo aos utentes cuidados inovadores. A capacidade

instalada no SNS, não pode nem deve ser igual aos valores de referência apresentados no trabalho.

ii. Os hospitais de fim de linha devem ter todos os equipamentos?

Deverão ser os hospitais fim de linha a oferecer os cuidados de saúde mais diferenciados, detendo para

isso as condições para aplicar as tecnologias de diagnóstico e terapêutica existentes.

iii. Deve haver um perfil em EMP por perfil de hospital?

Uma vez que nem todos os hospitais oferecem o mesmo tipo de cuidados fará sentido adequar o perfil

dos equipamentos pesados à tipologia hospitalar. A instalação de um determinado tipo de equipamento

numa entidade, deve ser coerente com a respetiva carteira de serviços e assentar na garantia de

existência de todos os recursos que permitirão a sua exploração.

iv. Deve ser ou não liberalizada a introdução de equipamentos no que se refere à não necessidade

de autorização ministerial para instalação de equipamentos?

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CEMP | 266

O Estado deve clarificar qual o seu compromisso de uso de capacidade a médio prazo (5 anos) e

promover a uma maior estabilização do mercado público e privado. Deste modo quer o sector público

quer o sector privado poderão encontrar um modelo estável que permita gerir de forma estruturada

os seus investimentos.

12.6 DESENVOLVIMENTO DE ESTUDO COMPARATIVOS - REGIÕES DE SAÚDE /INSTITUIÇÕES

Considera-se relevante e incentivador, o desenvolvimento de estudo tipo benchmarking que compare as

regiões de saúde/instituições entre si, avaliando-se a produtividade, não só dos equipamentos, mas

também e essencialmente dos recursos humanos. Este trabalho, para ser efetuado, pressupõe a

obtenção de outro tipo de informação, recolhida de outra forma e com outros parâmetros para que possa

efetivamente ser trabalhada e comparada. No âmbito deste novo estudo, assumiria prévia relevância a

discussão e definição entre pares do denominador utilizado para o cálculo desta

produtividade/rentabilidade quer de profissionais quer de equipamentos. O “peso relativo” existente na

Portaria da tabela de Preços do SNS pode ser esse indicador, mas tal deverá ser consensualizado.

12.7 IMPLEMENTAR UMA POLÍTICA DE GARANTIA DE QUALIDADE ESPECÍFICA PARA OS EMP E A

EXISTÊNCIA DE UM SISTEMA E GESTÃO PRÓPRIO

Como necessidade de uma estratégia comum dos hospitais EPE para este efeito será interessante

estabelecer um conjunto de normas e procedimentos que deverão ter em conta as fases de produção de

cadernos de encargos para aquisição e também as fases de receção técnica das instalações e

equipamentos.

Desta forma criar-se-á uma solução de apoio e compromisso técnico aos hospitais EPE ou outras

instituições do SNS, melhorando a qualidade, respetiva garantia e registo operacional de cada uma das

estruturas de EMP. Esta política se orientada com persistência e continuidade dará à rede uma

qualificação e cobertura mais rentável do que o sistema atual que deixa as instituições a funcionar no

regime cada um por si.

12.8 LEGISLAÇÃO

Considerando o trabalho desenvolvido no âmbito da presente Carta, considera-se que seria importante

rever Resolução do Conselho de Ministros nº 61/95, de 28 de junho e o Decreto-Lei n.º 95/95, de 9 de

maio. Poderia ser prevista a inclusão da definição de equipamento médico pesado, revista a lista dos

equipamentos que carecem de autorização, atualizados os rácios populacionais anteriormente propostos

e, finalmente, verificados os sectores de aplicação das referidas peças legislativas.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 267

Outro aspeto importante a considerar, deveria ser a caducidade das licenças de instalação, a fim de

prevenir eventuais “reservas” de direito de instalação e permitir um correto planeamento da capacidade

instalada.

No que concerne à Portaria nº 671/2000, de 17 de abril, que publica as instruções de inventariação dos

móveis do Estado, as quais se designaram por CIME (cadastro e inventário dos móveis do Estado), e que

constitui um instrumento para a organização do inventário deste tipo de bens, considera-se que poderiam

ser revistos os valores relativos às taxas de amortização anual dos equipamentos médicos.

Relativamente ao Ciclotrão e, à semelhança do que se pratica nos restantes países europeus, poderia

prever-se para o processo de licenciamento que este fosse simplificado. Portugal deve caminhar pela

regulação, mas igualmente pela desburocratização. Um Ciclotrão é uma unidade industrial, que produz

radiofármacos para fins de Investigação e/ou para fins de utilização em humanos (comercialização).

Atualmente o Infarmed já labora de acordo com a legislação europeia e de acordo com as Good

Manufactoring Practice.

O processo de licenciamento poderia passar pelo Ministério da Economia ou Indústria, o qual, e em

colaboração com o Infarmed prosseguiria à verificação funcional e da qualidade da produção, à

semelhança do que se passa com as empresas de fabrico de medicamentos genéricos.

Para a concretização destes desideratos, este processo deverá ser alvo de alteração legislativa.

É opinião de peritos que importa melhorar e modernizar a regulação da proteção radiológica no setor da

saúde em Portugal. Urge uma revisão global da legislação do setor, culminando, de preferência, num

diploma unificador de toda a legislação dispersa, resolvendo contradições e colmatando lacunas. É

imperativo uma redistribuição das competências das autoridades públicas intervenientes, concentrando-

as numa única entidade (abrangendo toda a proteção radiológica e a segurança nuclear) que tenha a

independência, os recursos financeiros e humanos e a "massa crítica" necessários à prossecução

eficiente destas atribuições bem como promover a separação entre a prestação de serviços e o exercício

de funções reguladoras. A transposição da nova diretiva europeia que se encontra em fase final de

preparação será uma oportunidade imperdível de melhorar a proteção radiológica em Portugal tornando-a

transparente, fácil de aplicar e um verdadeiro benefício para pacientes, profissionais, instituições, bem

como todos os intervenientes nesta área.

O número mínimo de Especialistas em Física Médica (EFM) nas instalações de Radioterapia e Medicina

Nuclear está definido no Anexo II do Decreto-Lei nº 180/2002 (Tabela I e II), estando o tempo de

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CEMP | 268

presença do EFM em Radiologia condicionado à complexidade das exposições e às funções de proteção

radiológica do pessoal e dos utentes.

A rápida evolução tecnológica dos equipamentos torna indispensável uma regular atualização destes

números. O documento em publicação European Guidelines on Medical Physics Expert (Capitulo 5.

Medical Physics Expert Staffing Levels in Europe) inclui tabelas atualizadas de rácios por técnica/

equipamento e será, durante os próximos anos, o documento de suporte nesta área para a transposição

da nova diretiva europeia nos vários estados membros.

Sugere-se igualmente a criação de uma comissão/grupo de trabalho para a revisão total e integrada da

legislação relativa à segurança radiológica, direito nuclear e equipamentos (aquisição, exploração,

desativação, segurança, qualidade) e que possa em simultâneo antecipar e acompanhar a

implementação da nova Diretiva europeia. Deve referir-se que a maior parte dos países europeus já se

encontra a trabalhar ativamente nesta matéria, alguns há mais de 2 anos, estando com o trabalho que

desenvolvem e o seu contributo a influenciar o próprio texto da diretiva. Esta é sem dúvida a melhor

forma de garantir que o texto final da diretiva será implementado sem grandes dificuldades.

12.9 LEVANTAMENTO DA SITUAÇÃO DO SECTOR PRIVADO E/OU CONVENCIONADO

Considera-se da maior importância efetuar um levantamento da situação do sector privado e/ou

convencionado.

O questionário efetuado anualmente pelo INE - que adiante se referirá no âmbito do levantamento de

necessidades - não se encontra completo, nem abrange todas as entidades que laboram no mercado e

que complementam ou concorrem para a resposta em matéria de MCDT à população portuguesa.

A ERS apenas contempla dados identificativos das várias entidades de saúde não possuindo informação

sobre equipamentos médicos pesados nem sobre as suas características.

12.10 NECESSIDADE DE PRODUZIR LEGISLAÇÃO PARA O LICENCIAMENTO DE TODAS AS UNIDADES DE

SAÚDE - SUGESTÃO

O grupo considera que as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 279/2009, de 6 de outubro (que

procedeu à revisão do regime de licenciamento das unidades privadas de saúde e estabeleceu uma nova

metodologia), carecem de aprofundamento com vista a concluir o processo de licenciamento de todas as

unidades de saúde, estendendo ao sector público e social as mesmas regras e os mesmos requisitos

técnicos de funcionamento exigidos ao sector privado, harmonizando, assim, todos os setores nesta

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 269

matéria e contribuindo para a melhoria da prestação dos serviços bem como para uma concorrência mais

leal entres os vários sectores.

Deverá procurar-se estabelecer um regime jurídico de licenciamento de unidades de saúde que abranja

todo e qualquer conjunto de meios organizado para a realização de prestações de saúde,

independentemente da natureza jurídica do seu titular com vista a que o cidadão disponha de um meio

que ateste da conformidade com as exigências de qualidade das instalações onde são realizadas as

prestações de saúde

12.11 NOMENCLATURA

i. Tendo em consideração a inexistência a nível nacional e internacional de um conceito

inequívoco que traduza e integre tudo o que se considera ser equipamento médico pesado,

propõe-se a aprovação e utilização, para todos os efeitos, da definição de equipamentos

médicos pesados estabelecida neste estudo.

Dadas as disparidades de designações encontradas nas respostas obtidas, e não obstante a

tentativa de uniformização efetuada pelo Grupo em matéria de identificação dos equipamentos

médicos pesados e respetivas características, considera-se crítica a adoção de um sistema de

nomenclatura único que permita às unidades de saúde a classificação correta dos seus bens.

ii. As diferenças de nomenclatura verificadas ao nível das designações dos equipamentos,

verificou-se igualmente ao nível da tipificação dos vínculos contratuais dos profissionais,

havendo instituições que não adotaram as designações estabelecidas pelo Grupo, o que

dificultou a leitura e interpretação dos dados, pelo que também nesta área e em futuros estudos,

é pertinente a clarificação desta matéria.

iii. Perante as dificuldades sentidas na compatibilização da informação fornecida pelas instituições

que integram o SNS e os dados recolhidos no âmbito das entidades convencionadas, sugere-se

fortemente a uniformização da identificação dos exames/procedimentos entre estes dois

intervenientes, fazendo coincidir a Portaria nº 163/2013, de 24 de abril, com a Tabela de Preços

do Sector Convencionado.

12.12 NÚMERO DE EQUIPAMENTOS A INSTALAR EM PORTUGAL

É importante determinar números máximos e mínimos de equipamentos instalados a nível nacional para

dar resposta às necessidades da população portuguesa nas diversas áreas de diagnóstico/terapêutica. O

racional utilizado poderá ser equivalente ao aplicado no exercício das Necessidades objeto deste

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CEMP | 270

trabalho, que recorre a rácios internacionais para determinar as necessidades globais para cada tipologia

de equipamento. A ACSS em conjugação com as ARS e com base neste relatório poderão

eventualmente fazer um plano com vista ao ajuste a médio e longo prazo das necessidades em EMP

para os próximos 5 anos.

12.13 PLANEAMENTO ADEQUADO NO ENSINO E FORMAÇÃO

O correto funcionamento destes equipamentos está em muito dependente da existência de um

desejável equilíbrio com os recursos humanos disponíveis. Sabendo o tempo necessário para

formar técnicos nesta área facilmente se entende que é essencial a existência de um planeamento

rigoroso e atempado na formação de recursos humanos.

Tal premissa implica um conhecimento correto e detalhado dos recursos existentes e da evolução

previsível para os próximos anos que pode vir a implicar necessidades acrescidas.

Será totalmente incompreensível a não rentabilização de equipamentos por ausência de recursos

qualificados pelo que este tema deve ser assumido como prioritário.

12.14 PROCESSO DE AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS PESADOS

i. Planeamento do investimento

É importante e fundamental que se proceda, com maior relevância e criticismo, previamente a qualquer

decisão em matéria de investimentos deste nível de equipamentos, a análises custo-benefício, com

regras claras e bem definidas.

O planeamento e análises de investimento de equipamentos médicos pesados não deve limitar-se a

rácios populacionais, devem considerar, além desse fator, outras variáveis como por exemplo: a carteira

de serviços e as especialidades a que estão ligadas, se os equipamentos existentes nesse hospital/

região já esgotaram a sua capacidade, se existem recursos para operar o novo equipamento ou se esse

facto implica novas contratações, se existem infraestruturas para acomodar o novo equipamento ou se

terão de ser criadas, a idade de equipamentos e a sua dispersão, entre outros. Nesse sentido são

fundamentais análises económicas que fundamentem uma nova aquisição.

Outro fator importante a considerar no processo de aquisição/substituição dos EMP é a definição de um

plano de investimentos faseado. Por outras palavras, devem ser evitadas compras em simultâneo de um

elevado número de equipamentos de uma mesma categoria. Só desta forma se poderá salvaguardar que

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 271

a obsolescência dos equipamentos não será atingida num mesmo ano, garantido assim uma resposta

continua por parte da(s) instituição(ões).

ii. Opção pelo procedimento administrativo de aquisição

No que se refere ao tipo de procedimentos administrativos adotados na aquisição de equipamentos, é

norma corrente a tomada de opção pela simples aquisição. Esta opção cria um imobilizado corpóreo que,

passado o tempo de reintegração, se transforma em imobilizado de museu, com o consequente aumento

de consumos em assistência e manutenção técnica, como também, na natural perda de rentabilidade

funcional.

Tendo em vista objetivos da modernização, permanente atualização e substituição da aparelhagem

pesada nos hospitais públicos, a opção por um modelo alternativo ao da aquisição deverá ser ponderada.

A utilização de uma Locação Financeira ou Operacional, em contrapartida com a aquisição simples deste

género de equipamentos poderá ser uma dessas alternativa mas a sua utilização deverá, no entanto, ser

ponderada caso a caso, dado que o investimento financeiro que resulta no final deste tipo de contratos é

necessariamente muito superior. Do ponto de vista do estado da arte e da intenção de se poder proceder

ao permanente upgrade de hardware e de software (situação que ficará sob a responsabilidade do

locador bem como todas as questões relacionadas com a manutenção e assistência técnica), a opção por

uma locação apresenta significativamente maiores vantagens. Do ponto de vista financeiro, o mesmo

poderá não se verificar, o que considerando ainda os condicionalismos de realização de contratos

superiores a 3 anos, conforme definido pelas diretivas europeias, deverá levar a uma ponderação e a um

estudo custo/benefício prévio bem fundamentado desta opção.

iii. Acompanhamento do processo de aquisição

Conforme definição, os EMP são equipamentos de custo elevado pelo que importa rever os atuais

processos de aquisição na salvaguardada da boa utilização dos dinheiros públicos, maximizando o rácio

benefício/custo.

Decorrente da sua complexidade técnica, dos exigentes requisitos de funcionamento e instalação a

constituição dos júris dos concursos de aquisição/instalação reveste-se de importância capital para que

os equipamentos adquiridos cumpram os objetivos de satisfação das necessidades, bom desempenho,

baixo custo de aquisição, instalação, exploração e duração que se aproxime da máxima recomendada.

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CEMP | 272

Nestas circunstâncias, haveria toda a vantagem que as estruturas atuais do Ministério da Saúde

pudessem dispor de peritos especializados nos aspetos técnicos e legais, organizados por área

(Radiologia, Radioncologia, Medicina Nuclear) que dessem apoio técnico em cada processo de aquisição.

12.15 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

i. Recursos Humanos

É de extrema importância e urgência a implementação em Portugal de um processo de formação,

qualificação e certificação do Especialista em proteção radiológica no âmbito da saúde, que seja exigente

e cumpra as novas orientações europeias.

A qualidade dos serviços prestados, da qual advém a segurança dos doentes, e da saúde pública

depende do bom exercício das funções destes especialistas. A comprová-lo estão os vários acidentes

com o uso de radiações em exposições radiológicas médicas que têm sido recentemente relatados em

países como a Espanha, a França, o Reino Unido ou os EUA. A análise destes acidentes, que levaram à

morte de vários doentes e a graves prejuízos na saúde de centenas de outros, identificou causas como a

falta de formação e treino dos profissionais, a falta de estabelecimento de procedimentos, protocolos e

documentação conducentes a uma prática de segurança adequada, ou a carência de número de

profissionais, nomeadamente de EFM.

O impacto destes acidentes, que para além das consequências diretas nos doentes, levam ao descrédito

no sistema de saúde e nas autoridades enquanto responsáveis pelo seu bom funcionamento e garantia

da sua qualidade, levou à revisão do quadro de formação, qualificação e certificação do EFM a nível

internacional (International Atomic Energy Agency - IAEA e International Organization of Medical Physics -

IOMP) e, em particular, ao nível europeu (Comissão Europeia e EFOMP) tendo como resultado direto o

aumento do nível de exigência dos requisitos necessários para a obtenção da certificação profissional do

EFM. Este quadro de formação classifica o EFM com o EQF (European Qualifications Framework) nível 8,

o nível mais elevado que é possível na escala do quadro europeu de qualificações.

ii. Legislação

Ver recomendação Legislação (Página 266).

12.16 QUADRO DE EXIGÊNCIAS PARA O SECTOR CONVENCIONADO

O grupo considera que o setor convencionado, funcionando de forma complementar ao SNS, deve ter as

mesmas exigências de qualidade e acesso que as instituições SNS. O novo modelo de convenções,

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 273

Decreto-Lei nº 139/2013, de 9 de outubro, não faz qualquer referência comparativa entre os níveis de

qualidade e acesso exigidos às instituições do SNS e ao setor convencionado. Pelo que, fará sentido esta

recomendação complementar.

O referido diploma, estabelece requisitos de idoneidade (Artº 5º) para a celebração de convenções, como

sejam, a responsabilidade técnica e a habilitação dos profissionais, a titularidade de licenciamento e o

registo na ERS.

Determina também que o conteúdo das convenções (Artº 6º) deve incluir, nomeadamente, os requisitos

relativos à idoneidade técnica dos colaboradores, as regras de fiscalização, controlo e acompanhamento

do contrato, os níveis de serviço, o volume de serviços.

Está igualmente previsto um modelo de acompanhamento e controlo (Art. º 13º) que permita avaliar de

forma sistemática a qualidade e acesso aos cuidados prestados, através de auditorias, relatórios, sistema

de monitorização e controlo da produção e respetiva despesa.

Contudo, não é referida qualquer verificação, à priori, de que estão reunidas as condições para adesão à

convenção. A recomendação feita neste sentido vem colmatar este ponto. Seria de incluir também uma

referência relativamente à garantia das características, qualidade e idade, dos equipamentos (apesar de

falar de modelo de acompanhamento e controlo o diploma não refere concretamente os equipamentos)

Os factos que podem dar origem à resolução da convenção (Artº 15º) estão relacionados com práticas de

discriminação de utentes, violação dos nº 2 e 3 dos Art.º 5º (profissionais vinculados ao SNS não podem

celebrar convenções, deter funções de gerência ou titularidade superior a 10% de entidades

convencionadas; trabalhadores com funções de chefia não podem exercer funções de direção técnica em

convenções) e com o abandono da prestação de serviços ou sua suspensão injustificada.

Não existe referência à não garantia da manutenção das condições adesão como critério incumprimento, sendo pertinente a recomendação de existência de uma cláusula nesse sentido.

12.17 QUALIDADE E SEGURANÇA DO DOENTE

Não obstante o presente estudo não se debruçar sobre a área da Qualidade e Segurança do Doente,

entende o Grupo ser relevante introduzir um breve apontamento sobre esta matéria porque, se

efetivamente é relevante reconhecer a cartografia dos equipamentos a nível nacional e a capacidade

instalada existente para dar resposta às necessidades da população portuguesa, não é menos importante

a garantia da qualidade da resposta que é dada. Esta qualidade interliga-se com duas dimensões: a

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CEMP | 274

primeira relacionada com a adequabilidade do exame prescrito à situação clínica e específica do doente

(algo que poderá ter resposta com a definição e aprovação de Normas de Orientação Terapêutica e

Protocolos de Diagnóstico e Terapêuticos, cuja elaboração deverá ser amplamente promovida junto das

instituições); a segunda relacionada com a fiabilidade diagnóstica, dependente da qualidade das imagens

obtidas e da qualidade dos relatórios elaborados a partir destas (situação que poderá ser acautelada com

a obrigatoriedade de realização de auditorias periódicas ou processos de revisão de utilização).

12.18 RECOLHA E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

i. Report das Instituições às estruturas centrais do Ministério da Saúde

Ao longo de todo o processo de obtenção dos dados que estiveram na base do presente relatório, foram

detetadas dificuldades por parte das Instituições na resposta da informação solicitada. A falta de

uniformização dos registos, pelo que, tal como se tinha verificado na anterior Carta, parte dos dados

recolhidos não serão estudados dada a sua pouca fiabilidade e fragilidade, o que resulta em grande parte

“…pela ausência de normalização de procedimentos de rotina nesta matéria tanto nos serviços centrais

do Ministério e hospitais…”

A uniformização de critérios e a fiabilidade da informação reportada são essenciais para se conseguir

proceder a um planeamento adequado e imprescindível. Importa pois criar as condições necessárias a

este nível que permita efetuar análises corretas e proceder a um planeamento imprescindível.

Deste modo, parece impor-se a necessidade de se proceder a novos estudos, visando o aprofundamento

e alargamento de algumas das análises aqui iniciadas, destacando-se, em particular, as relativas à

produtividade quer dos equipamentos, quer dos próprios recursos humanos que lhe estão afetos,

sugerindo-se fortemente a revisão/adequação dos atuais sistemas de recolha de informação relativos a

esta matéria, que apresentam limitações significativas que não permitem a permanente atualização da

informação em análise.

Por outro lado, é importante sensibilizar as instituições da importância da sua participação nestes projetos

e o impacto que a falta de qualidade ou rigor dos dados enviados pode trazer para as conclusões a que

se chegam neste tipo de estudos, traduzindo-se em enviesamentos inaceitáveis e distorções da

realidade.

De igual modo, e considerando os atuais sistemas existentes de recolha de dados a nível central, o que

tem vindo a permitir um cruzamento gradual e faseado da informação fornecida pelas Instituições, é

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 275

relevante que estas tenham bem definido internamente a hierarquia, circuitos, recolha e validação de

dados, que deverá, dentro do possível, estar sempre dependente do mesmo grupo de pessoas, evitando-

se deste modo, que os dados relativos a uma determinada área, não sejam diferentes dos apresentados

por outras vias (e.g.: dados formulário vs. SICA). Este é um problema que sem sido reconhecido em

vários relatórios de instituições tais como o Tribunal de Contas e o IGAS entre outros.

ii. Divulgação dos Tempos de Espera

Considerando as apreciações efetuadas no Capítulo 7 relativo à análise do Tempo de Espera para

realização dos exames diretamente relacionados com os equipamentos em análise, somos obrigados a

concluir pelo incumprimento por parte da maior parte das instituições, do disposto no Despacho

10430/2011, de 18 de Agosto, sugerindo-se fortemente que deveria ser construído um modelo único para

reporte destes tempos, que:

Por parte das instituições, garantisse a uniformização da recolha, tratamento e divulgação desta

informação, abrangendo os equipamentos/exames mais relevantes do ponto de vista do Utente;

Por parte dos Utentes, possibilitasse uma leitura e interpretação fácil e compreensível da

informação publicada;

Deveria igualmente ser exigido, em nome de uma transparência desejável, o total cumprimento por parte

das diferentes instituições do disposto no acima referido despacho.

iii. Portaria que define os atos/procedimentos de MCDT

A atual Portaria que define e estabelece para cada Especialidade, os MCDT passíveis de registo e

faturação ao nível das entidades do SNS (Portaria nº 163/2013, de 24 de abril), encontra-se organizada

por grande tipologia de exame, não tendo em consideração o tipo de equipamento onde esse exame

pode ser realizado.

Se de futuro se pretender avançar e aprofundar parte das análises aqui afloradas/iniciadas/realizadas,

nomeadamente ao nível da produtividade/capacidade instalada, a associação e distinção dos exames por

cada tipo de equipamento assume maior relevância.

Se para a maior parte dos exames, o equipamento onde o mesmo é realizado não é determinante para

análises relacionadas com índices de produção por equipamento, quando falamos de equipamentos

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CEMP | 276

médicos pesados, considerando o elevado valor de aquisição dos mesmos e a complexidade associada à

sua instalação e manutenção, tal questão torna-se fulcral para uma avaliação correta dos mesmos.

Deste modo, haveria vantagens em que se procedesse à distinção do mesmo exame dependendo do

equipamento em que o mesmo é realizado (na área da Radiologia existem exames que podem ser

realizados por vários equipamentos desde Ecógrafo, TC a RM; na Radioncologia, uma simulação pode

ser realizada com um Simulador, uma TC ou um Acelerador Linear); pelo que se sugere a realização de

uma definição dos exames em função do tipo de equipamento que o realiza.

12.19 REDES DE REFERENCIAÇÃO

É indispensável uma Rede de Referenciação funcional, que promova a rentabilização dos equipamentos,

evitando os desperdícios, a duplicação e a sua não utilização adequada. Deverão ser respeitadas árvores

de decisão por patologias/órgãos baseadas na evidência clínica e discutidas em equipas

multidisciplinares, pelo que as redes de referenciação já existentes para as áreas de Medicina Nuclear,

Radiologia e Neurorradiologia e Oncologia (inclui a de radiooncologia), deverão rapidamente ser revistas,

aprovadas e operacionalizadas.

A criação de uma rede de referenciação para doentes com indicação para oxigenoterapia hiperbárica tem

toda a pertinência.

12.20 SISTEMA DE FINANCIAMENTO

Ao longo de todo o estudo foram detetadas discrepâncias na informação dada pelas instituições

decorrente de diferenças existentes ao nível de registos, principalmente no que toca à referenciação

/transferência de utentes entre instituições do SNS, que resulta maioritariamente do entendimento de

cada instituição perante a inexistência de determinada técnica/equipamento/ know-how. Deste modo

impõe-se a clarificação do modo como estes registos devem ser efetuados e que passam igualmente pela

clarificação da responsabilidade financeira na referenciação destes utentes (ver caso especifico da

angiografia pág.146).

O atual sistema de financiamento das instituições públicas não prevê, relativamente aos cuidados

prestados aos utentes cuja responsabilidade financeira é abrangida pelos contratos programa, o

pagamento/ faturação direto dos MCDT realizados, uma vez que se dizem incluídos no preço das

principais linhas de atividade.

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O modelo atual não permite à tutela a monitorização e acompanhamento de uma área que,

independentemente de não ser financiada diretamente, é geradora de enormes despesas e consumidora

de recursos especializados e em rápida e constante evolução.

Por outro lado, do ponto de vista das instituições existem já algumas áreas, nomeadamente de

intervenção cardiológica e neurorradiológica que, tratando-se de áreas altamente especializadas, são

geradoras de enormes custos raramente abrangidos pelos preços das principais linhas de atividade

incluídas no contrato programa, o que poderá de forma perversa, induzir as instituições a não promover

este tipo de procedimentos alta e comprovadamente benéficos para os utentes.

Dada a controvérsia do tema, o GT sugere vivamente a discussão urgente de modelos alternativos de

financiamento da totalidade ou parte deste setor.

Existem outros modelos de financiamento dos MCDT como no caso do sistema francês que prevê a

retribuição dos atos de radiologia, segundo dois parâmetros: o ato médico e a parte técnica.

Em França, está definida a parcela de ato médico para todos os exames da nomenclatura. O ato técnico

é retribuído percentualmente de acordo com a idade do equipamento. Para equipamentos com menos de

2 anos -100%; para aparelhagem com 3 anos – 75%; e assim sucessivamente até aos 5 anos: Exames

realizados em equipamentos com mais de cinco anos de instalação são pagos com 0% da parte técnica.

Isto significa que em França a reintegração dos equipamentos é de cinco anos.

Considerando que Portugal é um país de mais parcos recursos, e no sentido de uma mais correta

regulação de preços e valores de convencionados e Estado, poder-se-ia propor um esquema deste tipo

com o eventual aumento da reintegração para 10 anos.

12.21 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

É importante desenvolver um sistema de informação que permita a integração das informações que,

depois de recolhidas, verificadas e arquivadas numa estrutura única e geral, ficam à disposição de todos

os atores e utilizadores do Sistema de Saúde, questão que não se desenvolve neste capítulo, por ter sido

amplamente abordada no capítulo Nomenclatura e Sistema de Informação de Equipamentos em Saúde

(pág. 228).

Será vantajoso para Portugal introduzir, no sistema português, a nomenclatura GMDN, para os

equipamentos médicos pesados.

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CEMP | 278

Conscientes desta realidade, deverá ser criado um Sistema de Informação suportado na normalização de

uma taxinomia nacional dos equipamentos médicos pesados, por forma a permitir ao Ministério da Saúde

conhecer o parque de equipamentos médicos pesados existentes no SNS e no setor convencionado, a

sua localização, os recursos que lhes estão afetos e os dados relativos à produção, de modo dinâmico e

em permanentemente atualização.

Acresce que para rentabilizar a oferta pública, aproveitando o excedente numa instituição em proveito de

outras será sempre mandatório mas torna-se um imperativo incontornável nas circunstâncias atuais.

Não só interessa fazê-lo mas é importante garantir que seja concretizado de modo a potenciar a sua

capacidade de melhoria. Iniciativas com esta finalidade devem ser acompanhadas de instrumentos

facilitadores e que propiciem o melhor aproveitamento possível, maximizando efetivamente o

aproveitamento dos recursos existentes.

Para tal é fundamental o desenvolvimento e atualização das redes TI da saúde. Muito trabalho está a ser

feito, quer ao nível das instituições com a generalização dos PACS e adoção de soluções do registo

eletrónico do paciente, quer ao nível das redes e da sua interligação, mas muito haverá ainda a fazer de

modo a beneficiar de todas as vantagens que as TI podem proporcionar.

Podemos exemplificar essas vantagens na aplicação ao caso em estudo da rentabilização do parque de

equipamentos pesados existente.

Facilmente se compreende que ao enviar um paciente de uma instituição com a sua capacidade

esgotada para ir realizar um exame noutra, o beneficio obtido será claramente superior se o técnico que

realiza o exame tiver acesso a informação pertinente para a sua atividade e o especialista que atende o

paciente, com responsabilidade de se pronunciar sobre o seu estado de saúde, fá-lo-á melhor e de forma

muito mais produtiva se tiver acesso ao seu historial clínico e exames anteriores.

Caso contrário o médico especialista na ausência de informação necessária não terá condições para

aproveitar toda a sua expertise, ficando condicionado a produzir conclusões de caráter mais geral e

defensivo, recomendando mais exames que o ajudam a entender toda a dimensão da patologia do

paciente,

Assim, em termos globais, só existem perdas. O paciente foi deslocado com óbvio desconforto e custos,

a instituição de destino sofreu um acréscimo na sua atividade, a instituição requisitante sujeita a

sobrecarga que deu origem à solicitação externa não obteve informação clínica pertinente, muitas vezes

com a necessidade de voltar a repetir o exame solicitado alongando as suas listas de espera.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 279

Estes aspetos são notórios, especialmente em oncologia, em que a situação clinica dos pacientes é,

frequentemente, complexa e multifacetada.

Relativamente à proteção radiológica, poder-se-iam igualmente criar orientações que garantam o

desenvolvimento/adaptação das TI’s de modo a cumprir mais dois objetivos fundamentais:

a. Manter atualizadas, online, as capacidades existentes no SNS com informação das

disponibilidades residuais a disponibilizar à rede e as previsíveis falhas de oferta que em termos

regionais quer em termos de setores e/ou especialidades. Cruzar esta informação com os

tempos de espera para realização de exames e tratamentos poderá validar encontrando

eventuais desvios e inconformidades.

b. Sistemas informáticos em rede que permitam gerir e disponibilizar a informação clínica de modo

a evitar repetições que penalizam quer os pacientes quer o sistema. A necessidade de facultar o

máximo de informação aos médicos para que possam tomar as decisões clínicas e terapêuticas

adequadas - é essa a finalidade do subsetor do diagnóstico (Radiologia e Medicina Nuclear) - é

um requisito básico que é necessário garantir se for pretendido uma partilha de recursos entre

entidades. Não esquecer que na generalidade das instituições já não existem exames em

películas e a gravação e transporte de CD’s é disfuncional, debatendo-se sempre com a

compatibilidade dos vários sistemas de software e hardware, utilizados quer na escrita do CD

quer na sua posterior leitura pelo clínico.

12.22 TELEMEDICINA

Considerando a ampla utilização da Telerradiologia que se verifica atualmente considera-se importante

que se proceda à regulamentação desta área desenvolvida no capítulo Telerradiologia (pág. 89)

Relativamente à área da Medicina Nuclear e no que diz respeito à Câmara Gama e PET, o recurso à

telemedicina pode trazer benefícios de eficácia na manipulação de unidades periféricas ligadas a um

centro coordenador, pelo menos numa área de exames mais usuais. Verificando-se esta realidade,

deverão ser estabelecidos protocolos e instruções de execução rigorosas para cada tipo de exame. A

presença física de pelo menos um especialista na instalação de MN durante o seu funcionamento é um

imperativo para o respetivo licenciamento.

Esta prática tem vantagens, mas obviamente também pode ter desvantagens. É muito importante que o

nível de serviço prestado aos doentes seja elevado, adequado e auditado. Deve ser tido em consideração

que a tentativa de generalizar a prestação de Serviços de Telerradiologia em detrimento da sua utilização

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CEMP | 280

pontual e especializada, apenas com intuitos economicistas afasta os objetivos desta técnica da

finalidade de promover mais qualidade e acessibilidade aos doentes de locais remotos.

Devem privilegiar-se as discussões radiológico-clinicas com o médico prescritor, as discussões clinicas e

as relações medico-doente.

A Telerradiologia deverá ser dirigida tecnicamente pelo Radiologista / Neurorradiologista local, e cumprir

todas as leis, regras, e regulamentos em vigor segundo a legislação Portuguesa. O nível da qualidade no

atendimento, no processamento técnico e o rigor na interpretação dos exames não podem ficar

comprometidos pela Telerradiologia.

O Radiologista/ Neurorradiologistas e a Instituição que refere, bem como o Radiologista/

Neurorradiologistas e a Instituição que interpreta devem ser responsáveis pela qualidade dos exames.

Todas as instalações devem cumprir as normas DICOM, EURATOM e o Manual de Boas Práticas

publicado pelo Colégio de Radiologia da Ordem dos Médicos. Devem ser consideradas atitudes de

atualização contínua dos equipamentos (upgrades). Os Especialistas que interpretam devem estar

inscritos nos respetivos Colégios da Especialidade de Radiologia e/ou Neurorradiologia, devendo cumprir

também os regulamentos e jurisdição do local onde estão fisicamente presentes aquando da

interpretação do exame. A decisão de utilizar ou não meios de contraste pertence ao médico que faz a

leitura do exame, baseado em protocolos aprovados e auditados. Deverá ser averiguada a existência de

contra-indicações. A responsabilidade médica que decorre da administração de meios de contraste,

incluindo o tratamento de eventuais reações adversas é da responsabilidade da equipa médica do local

onde o exame é executado.

As características dos aparelhos envolvidos em Telerradiologia, nomeadamente as características dos

PACS e Estações de Trabalho de leitura devem respeitar o recomendado quer na legislação portuguesa

(por exemplo: Normas de Qualidade em Telerradiologia da Ordem dos Médicos), quer a europeia. O

sistema deve ser seguro e manter a confidencialidade do doente. A qualidade da imagem deve ser a

mesma quer no local da aquisição quer no local de interpretação. As imagens deverão ser guardadas no

local de aquisição, pelo prazo legalmente determinado. As instalações e dispositivos utilizados devem

estar sujeitos a programas de controlo de qualidade e auditorias quer no local de obtenção das imagens,

quer de leitura.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 281

12.23 VIDA ÚTIL DOS EQUIPAMENTOS

Considerando que não foi possível encontrar claramente definido o tempo de vida útil dos equipamentos

em análise, sugere-se que seja aprovada a opção tomada no presente estudo – considerou-se uma vida

útil de 10 anos – uma vez que a mesma teve por base o ciclo de vida deste tipo de equipamentos.

Considerando que, os ciclos de produção dos equipamentos são de aproximadamente 4 a 6 anos e,

normalmente, existe garantia de assistência técnica pelo fabricante e substituição de peças por mais 5 a

6 anos. Habitualmente a garantia de peças é de 10 anos se os aparelhos forem adquiridos próximo do

início do ciclo de produção.

Há no entanto um documento do EURATOM: RP 162 – Criteria for Acceptability of Medical Radiological

Equipment used in Diagnostic Radiology, Nuclear Medicine and Radiotherapy, que aponta o caminho

possível e que se baseia no estabelecimento de parâmetros técnicos mínimos de viabilidade de

funcionamento, abaixo dos quais o equipamento ´e considerado inadequado ou obsoleto.

O planeamento a nível deste tipo de equipamentos é multifatorial, constituindo este indicador uma peça

importante de análise com a vantagem de ser um indicador mensurável e como tal bastante objetivo.

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CEMP | 282

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 283

GLOSSÁRIO

Acessibilidade: Possibilidade de acesso a um lugar, ou conjunto de lugares. Caracteriza o nível de

oferta em relação às infraestruturas e serviços de transporte, constituindo importante fator na

estruturação do espaço, na ponderação da localização das atividades, e na valorização da propriedade

fundiária. A função acessibilidade está associada à cobertura do território pela rede viária e é tanto maior

quanto maior for a permeabilidade do espaço à rede de infraestruturas rodoviárias, particularmente, às de

nível hierárquico mais baixo (estradas municipais, estradas coletoras, de serventia, etc.) Por outro lado, a

qualidade e quantidade dos meios de transporte e as características das vias de comunicação constituem

fatores condicionantes da acessibilidade. O conceito de acessibilidade é fundamental particularmente no

estudo e planeamento de novas periferias urbanas ainda não servidas por uma rede conveniente de

transportes. Nos estudos de transportes e acessibilidade deverá constituir o indicador principal da

qualidade do serviço da rede. Em termos de oferta, a acessibilidade a um determinado lugar pode ser

definida pela proximidade dos pontos de paragem de transportes coletivos, pela sua frequência, pela

duração e qualidade dos trajetos, ou pelo leque de destinos possíveis. Fonte: INE, Sistema de

Metainformação

Aluguer de Longa Duração (ALD) - Contrato entre duas entidades em que uma (o locador) cede à outra

(locatário) o direito de usar um bem durante um período de tempo acordado e mediante o pagamento de

prestações ou rendas. No final do contrato o bem tem que obrigatoriamente passar a ser propriedade do

locatário.

Atividade Programada- Atividade efetuada com data de realização previamente marcada. Fonte: INE,

Sistema de Metainformação (intervenção cirúrgica programada) - intervenção / cirurgia efetuada com data

de realização previamente marcada ou admissão programada - Internamento de um doente, com prévia

marcação).

Atividade de Urgência - Atividade realizada em unidade orgânica de um Hospital para tratamento de

situações de emergência médica, cirúrgica, pediátrica ou obstétrica, a doentes vindos do exterior, a

qualquer hora do dia ou da noite. Fonte: INE, Sistema de Metainformação (Serviço de Urgência)

Avaliação de Tecnologias da Saúde - Avaliação/medição da tecnologia mais custo-efetiva para cada

indicação terapêutica, ou seja, a tecnologia mais eficiente, a que tem menores custos por unidade de

resultados. Fonte: Política de Medicamentos, Dispositivos médicos e Avaliação de Tecnologias de Saúde

- http://pns.dgs.pt/files/2010/11/PM1.pdf

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CEMP | 284

Benchmarking - Processo contínuo e sistemático que permite a comparação das performances das

organizações e respetivas funções ou processos face ao que é considerado “o melhor nível”, visando não

apenas a equiparação dos níveis de performance, mas também a sua ultrapassagem Fonte: DG III –

Indústria da Comissão Europeia, 1996 Hiperligação: http://www.iapmei.pt

Capacidade instalada no SNS - Potencial de produção ou volume máximo de realização de meios

complementares de diagnóstico e terapêutica, em Medicina Nuclear, Radiodiagnóstico e Radioterapia,

que as instituições hospitalares do SNS conseguem atingir, durante um certo período de tempo e sem a

restrição de fatores variáveis, tendo em conta todos os equipamentos que têm disponíveis nas suas

instalações físicas, seja em regime de propriedade própria, locação ou concessão. Fonte: GT

Capacidade Nominal de um equipamento de MCDT – Numero de exames ou tratamentos que um

equipamento tem capacidade de realizar, dentro das suas condições normais de funcionamento e, com

os recursos humanos e materiais necessários, no período de um ano, considerando 240 dias úteis por

ano (atendendo aos períodos de paragem médios para manutenção e outros fins) e um período de

trabalho diário médio de 10horas). Fonte: Carta de Equipamentos de Saúde (1998)

Classes Ocas: Classes etárias cujo número de indivíduos é inferior à classe etária anterior e posterior. A

redução do número de indivíduos tem vários motivos: guerras, epidemias, fluxos migratórios.

Hiperligação:http://professores.esfelgueiras.org/professores/geofelgueiras/conceitos.htm

Concessão: Pessoa singular ou coletiva encarregada, por pessoa coletiva de direito público de explorar,

por conta própria, uma atividade de caráter empresarial. O ato jurídico mediante o qual se opera a

transferência de direitos e deveres denomina-se concessão. Fonte: INE, Sistema de Metainformação.

Convenção – Entidade Convencionada: Prestador de cuidados de saúde privado, com quem o

Ministério da Saúde ou as Administrações Regionais de Saúde - ARS, celebram contrato de adesão com

o objetivo de prestação de cuidados de saúde, em articulação com o Serviço Nacional de Saúde - SNS,

integrando-se na rede nacional de prestação de cuidados de saúde. Fonte: INE, Sistema de

Metainformação.

Dispositivos médicos- contemplam qualquer instrumento, aparelho, equipamento, software, material,

implante ou outros artigos semelhantes ou relacionados cuja ação primária no corpo humano não seja

alcançada exclusivamente por meios farmacológicos, imunológicos ou metabólicos e que foram

destinados pelo seu fabricante para fins de diagnóstico ou terapêutica em seres humanos para:

diagnóstico, prevenção, controlo, tratamento ou atenuação de uma doença; diagnóstico, controlo,

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 285

tratamento, atenuação ou compensação de uma lesão ou uma deficiência; estudo, substituição ou

alteração da anatomia ou de um processo fisiológico; controlo da conceção; esterilização de dispositivos

médicos e recolher informação para fins médicos ou de diagnósticos através de estudos in vitro de

amostra retiradas do corpo humano. Fonte: WHO

Hiperligação: http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241564045_eng.pdf

Equipamentos biomédicos -que genericamente correspondem aos equipamentos utilizados diretamente

por equipas médicas e paramédicas para a realização de atos de cura, de acompanhamento, diagnóstico

e terapêutica de um paciente, excluindo: medicamentos, reagentes, elementos e produtos provenientes

do corpo humano (sangue, tecidos, células, etc.), dispositivos médicos estéreis, dispositivos médicos

implantáveis e dispositivos médicos consumíveis. Forte: WHO – Global Harmonization Task Force 2005/

INFARMED Hiperligação: http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241564045_eng.pdf ;

http://www.infarmed.pt/portal/page/portal/INFARMED/PERGUNTAS_FREQUENTES/DM/#P1

Equipamentos médicos pesados – Considera-se equipamento pesado em saúde, todo e qualquer

equipamento utilizado para fins de diagnóstico e/ou terapêutica, sujeito a controlos de qualidade regulares

e cujos recursos humanos são especializados e monitorizados quanto à eventual exposição nociva

decorrente do exercício da profissão. Acresce que devem igualmente satisfazer pelo menos 2 dos

seguintes requisitos: Elevado custo de aquisição/ manutenção a definir por Despacho próprio a emitir por

membro do Governo; Equipamento imóvel com instalação específica inerente à sua utilização Com

instalação fixa e própria à sua utilização; Características físicas que impliquem a necessidade de

existência de infra-estruturas específicas e licenciadas para o seu funcionamento. Fonte: Definição

proposta pelo GT. Fonte: Definição elaborada pelo GT com base na definição provida pela Agence de

l’Hospitalisation Régionale – Provence Alpes Côte d’Azur, Gestion coordonnes des équipements

biomédicaux dans une opération de construction, Repères méthodologiques – juillet 2009 Hiperligação:

http://www.ihf.fr/atualites/fichier/Gestioncoordonneedesequipementsbiomedicauxdansuneoperationdecons

tructionARHPACA.pdf

ETC - Equivalente Tempo Completo (ETC) – Nº de horários semanais de tempo completo, que resulta da

conversão do número total de horas semanais do conjunto de profissionais de saúde da mesma área, em

horários de tempo completo. Assume-se como horário de tempo completo 40h semanais. Fonte: SICA

2013

Page 286: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 286

Gy - Unidade Física do Sistema Internacional de dose de radiação absorvida, corresponde à absorção de

um joule por quilograma de matéria absorvente. (De L.H.Gray,antropónimo,físicoinglês,1905-1965)

Fonte: Infopédia - Porto Editora. Hiperligação : www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/gray

Grupo Hospitalar - Conjunto de hospitais, em que cada um mantém a sua autonomia administrativa e

financeira mas é coordenado por um órgão que promove a sua articulação; Fonte: INE, IP Hiperligação:

http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Híbrido - A: Que ou o que utiliza mais do que uma fonte de energia para o seu funcionamento. Fonte:

Dicionário Priberam B:Que ou o que resulta da junção de coisas diferentes. Fonte: Infopédia –

Enciclopédias e Dicionários Porto Editora Hiperligação: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa

Hospital - Estabelecimento de saúde dotado de internamento, ambulatório e meios de diagnóstico e

terapêutica, com o objetivo de prestar à população assistência médica curativa e de reabilitação,

competindo- lhe também colaborar na prevenção da doença, no ensino e na investigação científica.

Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Central - Hospital caracterizado por dispor de meios humanos e técnicos altamente

diferenciados. Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Distrital - Hospital público caracterizado por possuir recursos inerentes às valências básicas,

podendo ter, quando se justifique, outras relacionados com valências intermédias e diferenciadas e só

excepcionalmente altamente diferenciadas, com responsabilidades no âmbito da sub-região onde se

inserem. Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Especializado - Hospital em que predomina um número de camas adstritas a determinada

valência ou que presta assistência apenas ou especialmente a utentes de um determinado grupo etário.

Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Geral - Hospital que integra diversas valências. Fonte: INE, IP Hiperligação:

http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Oficial - Hospital que é propriedade do Estado. Fonte: INE, IP Hiperligação:

http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Particular - Hospital que é propriedade de entidades particulares, com ou sem fins lucrativos.

Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 287

Hospital Privado - Hospital cujas propriedade e administração são pertença de instituição privada, com

ou sem fins lucrativos. Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Privado com Fins Lucrativos - Hospital que é propriedade de instituição privada e em que

50% ou mais dos custos de produção da sua atividade são financeiramente cobertos pela prestação de

serviços de saúde. Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Privado sem Fins Lucrativos - Hospital que é propriedade de instituição privada e em que

menos de 50% dos custos de produção da sua atividade são financeiramente cobertos pela prestação de

serviços de saúde. Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Público - Hospital oficial cujo acesso é universal. Fonte: INE, IP Hiperligação:

http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Hospital Universitário - Hospital que tem no seu quadro de pessoal, profissionais das carreiras

universitárias e está ligado a um departamento de ensino de uma universidade. Fonte: INE, IP

Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Indicador - Variável que representa um dado estatístico, referente a um determinado período de tempo,

local e a outras características. O período de tempo pode referir-se a um momento no tempo ou a um

intervalo de tempo. Fonte: INE, IP (2009); UNECE (2000) Hiperligação:

http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Índice - É uma medida estatística que quantifica as variações verificadas numa dada variável ao longo do

tempo ou do espaço. Fonte: OCDE (2009c); INE, IP (2009) Hiperligação:

http://stats.oecd.org/glossary/detail.asp?ID=3750

Inquérito - Investigação sobre determinadas características de uma população através da recolha de

dados de uma amostra dessa população e posterior estimação dessas características através de recurso

sistemático a metodologias estatísticas. Fonte: INE, IP (2009); UNECE (2000); OCDE (2009c)

Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Leasing operacional - Uso de bens móveis e imóveis por um período de tempo variável segundo o

contrato prévio, mediante o pagamento de uma taxa de utilização, sendo da conta do proprietário a

conservação do bem alugado. Fonte: INE, Sistema Metainformação

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CEMP | 288

Locação: É um acordo pelo qual o locador transfere para o locatário, por contrapartida de um pagamento

ou série de pagamentos, o direito à utilização de um determinado bem, por um período de tempo

acordado.

Locação Financeira ou a designação mais vulgarmente utilizada de Leasing: é uma locação em que,

em substância, o locador transfere para o locatário todos os riscos e vantagens inerentes à detenção de

um dado ativo, independentemente de o título de propriedade poder ou não vir a ser transferido

Locação Operacional: É uma locação que não seja de considerar como financeira, ou seja quando não

se transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade do bem.

NUT: Designa a classificação europeia criada pelo Serviço de Estatística da Comissão Europeia,

EUROSTAT, com vista a estabelecer uma divisão coerente e estruturada do território económico

comunitário, criando uma base territorial comum para efeitos de análise estatística de dados. Esta

classificação é hierárquica, subdividindo cada Estado Membro em unidades territoriais ao nível de NUTS

I, cada uma das quais é subdividida em unidades territoriais ao nível de NUTS II, sendo estas, por sua

vez, subdivididas em unidades territoriais ao nível de NUTS III. Portugal está dividido, de acordo com esta

classificação : NUTS I - correspondendo ao território do Continente e de cada uma das Regiões

Autónomas dos Açores e Madeira; Em sete NUTS II - das quais cinco no Continente (Norte, Centro,

Lisboa, Alentejo e Algarve) e duas nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira; e em 30 NUTS III -

das quais 28 no Continente (Norte 8 - Ave, Cávado, Douro, Entre Douro e Vouga, Grande Porto, Minho-

Lima, Tâmega e Alto Trás-os-Montes; Centro 10 - Baixo Mondego, Baixo Vouga, Beira Interior Norte,

Beira Interior Sul, Cova da Beira, Dão-Lafões, Pinhal Interior Norte, Pinhal Interior Sul, Pinhal Litoral e

Serra da Estrela; Lisboa 5 - Grande Lisboa, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Oeste e Península de Setúbal;

Alentejo 4 - Alentejo Central, Alentejo Litoral, Alto Alentejo e Baixo Alentejo; Algarve 1 - Algarve) e 2

correspondentes às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. As Unidades Territoriais ao nível da

NUTS III correspondem a agrupamentos de municípios. Fonte: IGFSE, I.P., IP Hiperligação:

http://www.igfse.pt

Outsourcing – (para outros) Contratação de uma empresa externa para fornecimento de serviços

auxiliares ou funções de apoio à atividade principal. Esta permite normalmente a substituição de recursos

humanos anteriormente existentes, ex.: serviços de limpeza, segurança, etc. Fonte: INE, Sistema de

Metainformação.

Pessoal ao Serviço de um Estabelecimento de Saúde - Profissionais que, no último dia do período de

referência, participam na atividade do estabelecimento de saúde, independentemente da duração dessa

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 289

participação, nas seguintes condições: a) Pessoal ligado ao estabelecimento de saúde por um contrato

de trabalho, recebendo em contrapartida uma remuneração; b) Pessoal com vínculo a outras instituições

que trabalhou no estabelecimento de saúde, sendo por ele diretamente remunerado; c) Pessoal nas

condições das alíneas anteriores temporariamente ausente por um período igual ou inferior a um mês por

férias, conflito de trabalho, formação profissional, assim como por doença ou acidente de trabalho. Não

são considerados como pessoal ao serviço do estabelecimento de saúde: i) Os trabalhadores que se

encontram nas condições descritas nas alíneas a) e b) e estejam temporariamente ausentes por um

período superior a um mês; ii) Os trabalhadores com vínculo ao estabelecimento de saúde deslocados

para outras instituições, sendo nessas diretamente remunerados; iii) Os trabalhadores a trabalharem no

estabelecimento de saúde e cuja remuneração é suportada por outras instituições (exemplo:

trabalhadores temporários); iv) Os trabalhadores independentes (exemplo: prestadores de serviços, ou a

recibos verdes); v) Os colaboradores voluntários. Fonte: INE, IP

Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

População de Influência Direta- população atendida em primeira linha pela instituição hospitalar.

População de Referência- população a que o hospital dá resposta, podendo ser em primeira linha ou

não.

Profissional de Cuidados de Saúde - Indivíduo envolvido diretamente na prestação de cuidados de

saúde. Fonte: INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Rácios - Um rácio é um número que expressa o tamanho relativo de outros dois números. Fórmula: O

resultado da divisão de um número X por outro número Y (X/Y) é o rácio de X por Y. Fonte: OCDE

(2009c) Hiperligação: http://stats.oecd.org/glossary/detail.asp?ID=6688

Radioterapia (atualmente designada por Radioncologia) - Especialidade médica que utiliza radiações

ionizantes, isoladamente ou em associação a outras modalidades para tratamento. É essencialmente

utilizada na terapia da doença maligna, podendo também ser usada em certas doenças benignas. Fonte:

INE, IP Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Sistema de informação – sistema sociotécnico que compreende todas as ações de processamento de

informações assim como os atores humanos ou técnicos nos seus respetivos papéis. (Winter et al.,

2001).

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CEMP | 290

SNS - Conjunto de todas as instituições e serviços oficiais prestadores de cuidados de saúde

dependentes do Ministério da Saúde. Fonte: INE, IP

Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Taxa de resposta efetiva - Proporção de unidades da amostra para as quais foi possível obter resposta,

de entre a totalidade das unidades da amostra. Pode ser calculada dividindo o número de unidades com

resposta pelo número de unidades da amostra. Fonte: INE, IP (2009)

Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Taxa Bruta de mortalidade prematura – Número de óbitos de indivíduos com idades compreendidas

entre os 0 - 74 anos/ população média residente do mesmo grupo etário x 10.000. Fonte: ARS Norte

Hiperligação: http://portal.arsnorte.min-saude.pt

Tecnologias de Saúde - As Tecnologias de Saúde compreendem a aplicação de conhecimento e

apetências sob a forma de dispositivos, medicamentos, vacinas, procedimentos e sistemas desenvolvidos

para solucionar um problema em saúde e melhorar a qualidade de vida ; Fonte : World Health Assembly

resolution WHA60.29, Maio de 2007

Hiperligação: http://www.who.int/medical_devices/resolution_wha60_29-en1.pdf

Tempos de Espera - Para efeitos da criação do questionário a definição de Tempo de Espera utilizada

foi a indicação do tempo de espera para a marcação de exames, que corresponde ao número de dias que

decorre desde que surge a necessidade de marcar um exame até à sua realização, para um doente

programado, não urgente e seguido em ambulatório. Fonte: Elaborada pelo GT.

Unidade Local de Saúde (ULS) - Entidade pública que reúne um conjunto de serviços e instituições do

Serviço Nacional de Saúde articulados e organizados segundo critérios geográfico-populacionais, cujas

atribuições são a prestação global de cuidados de saúde bem como o exercício de atividades e

competências no âmbito da saúde pública à população da sua área de influência. Fonte: INE, IP

Hiperligação: http://metaweb.ine.pt/sim/conceitos/Conceitos.aspx

Page 291: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 291

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35. Institute of Physics and Engineering in Medicine, Society and College of Radiographers, The

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48. OECD (2012). Health at a Glance 2012. OECD Publishing.

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55. Proposal for a COUNCIL DIRECTIVE laying down basic safety standards for protection against

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Royal College of Radiologists.

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 295

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75. Who (2010). Medical Equipment: Total density per million population by country. Geneva, World

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76. Who (2010). A stepwise approach to identify gaps in medical devices (availability matrix and

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77. Who (2003). Medical Device Regulations: global overview and guiding principles. Geneva, World

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CEMP | 296

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2004), A European Code of Good Practice for Hyperbaric Oxygen Therapy.

Links:

ACR Appropriateness Criteria®

http://www.acr.org/Quality-Safety/Appropriateness-Criteria

Page 297: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 297

ANEXOS

FORMULÁRIO DE RECOLHA DE DADOS

Instruções de Preenchimento do Formulário

É fundamental a leitura das instruções para o correto preenchimento do presente formulário.

O levantamento concerne apenas ao ano de 2012.

Cada título cinzento escuro contém as instruções para o separador com a mesma designação.

Nas diferentes tabelas a preencher, existem duas formas de introdução de dados:

1. Campos de escrita livre - assinalados a cor salmão;

2. Seleção de resposta mediante uma lista pré- de finidade de hipóteses - assinalados a azul claro.

Exemplo:

No final de cada quadro foi colocada uma coluna de observações, onde poderá ser escrita qualquer informação adicional

considerada relevante para a análise posterior.

Identif icação

Neste separador solicita-se a seleção do nome da entidade que está a preencher formulário.

I Equipamentos - Levantamento/Caracterização dos Equipamentos Médicos Pesados (31.12.2012)

Este separador diz exclusivamente respeito às existências dos seguintes equipamentos, a 31 de Dezembro de 2012. Os

equipamentos considerados para este levantamento são:

Acelerador Linear

Tomoterapia

Gama-knife

Cyber-knife

CT (Dedicada exclusivamente à Radioterapia)

RM (Dedicada exclusivamente à Radioterapia)

Simulador

Page 298: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 298

Braquiterapia de alta-taxa de dose

Câmara Gama

Câmara Gama com CT

Ciclotrão

PET

PET-CT

PET-RMN

TC

RMN

Angiógrafo

Câmara Hiperbárica

Para definir cada equipamento é pedido o seu NÚMERO DE SÉRIE e o SERVIÇO onde está instalado, bem como a Unidade

Hospitalar, no caso dos Centros Hospitalares.

A fim de caracterizar o processo de aquisição, são solicitadas as datas de publicação do anúncio do processo de aquisição, a

data de receção do equipamento, ou seja, do auto de receção do equipamento e a data de início de funcionamento.

As datas devem ser inseridas no seguinte formato dd-mm-aaaa.

Relativamente às especificações do equipamento, são pedidas a sua MARCA, MODELO e CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS, que

elencamos de seguida associando-as aos respetivos equipamentos:

Acelerador Linear

Com capacidade para IMRT, RT estereotáxica/radiocirurgia, IGRT

Com capacidade para IMRT, RT estereotáxica/radiocirurgia

Com capacidade para HBI/TBI

TC

TC Sequencial

TC Multicorte ( inferior a 16 cortes- Especificar na coluna seguinte quantos)

TC Multicorte( 16 cortes )

TC Multicorte ( 64 cortes )

TC Multicorte (> 64 cortes - Especificar na coluna seguinte quantos)

TC Multicorte ou outros (não integráveis nos anteriores)

Page 299: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 299

RM

RM < a 0,5 T

RM 0,5 T

RM 1,0 T

RM 1,5 T

RM 3,0 T

Angiógrafo

Cardio-angiógrafo

Neuro-angiógrafo

Angiógrafo universal (monoplano 1 ampola)

Angiógrafo universal (multiplano 2 ampolas)

É importante salvaguardar que o campo CRACTERÍSTICAS TÉCNICAS não terá de ser preenchido para todos os equipamentos

mas apenas para os equipamentos acima listados. Acresce que, no caso do acelerador linear, só deverão ser preenchidas as

características se o equipamento realizar técnicas especiais, caso contrário deverá ser deixado em branco.

Seguidamente, solicitamos que seja avaliado o estado do equipamento:

Em funcionamento

Avariado

Não instalado

Parado

Explicitando na coluna seguinte, o motivo da opção anterior, sempre que o mesmo seja diferente de EM FUNCIONAMENTO.

Finalmente, surge a caracterização da atividade do equipamento, onde deverá ser definido se o equipamento tem atividade

exclusivamente programa, exclusivamente urgente ou ambas. Requere-se o número de horas de trabalho por dia e o número de

dias por semana em que o equipamento se encontra em funcionamento. Solicita-se, igualmente, a definição do tipo de utilização,

ou seja, se é utilizado exclusivamente pelo serviço onde está instalado ou se é partilhado por diversos serviços. Caso se verifique

a última opção, a folha seguinte terá de ser preenchida (II UTILIZAÇAO EQUIPAMENTOS).

A fim de tentar avaliar o estado de funcionamento, de uma forma muito global, solicita-se que seja determinado o número de

horas de paragem do equipamento por avaria do mesmo.

Devem ser colocadas tantas linhas quantos os equipamentos existentes. Nesse sentido, se existirem 3 TC, esses deverão figurar

na tabela em três linhas com a designação TC e com 3 números de série diferentes.

Page 300: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 300

Exemplo:

NOTAS:

ESTADO

A coluna MOTIVO só deverá ser preenchida se a opção for diferente de EM FUNCIONAMENTO;

Se o estado do equipamento for para AVARIADO e estiver para ABATER não haverá necessidade de preencher os

campos relativos à ACTIVIDADE.

ACTIVIDADE

Page 301: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 301

Se no TIPO DE UTILIZAÇÂO for escolhida a opção PARTILHADA POR VÀRIOS SERVIÇOS, solicita-se o

preenchimento de folha IV UTILIZAÇÃO EQUIPAMENTOS para detalhar quais as especialidades que partilham um

mesmo equipamento.

Nº TOTAL DE HORAS DE PARAGEM POR AVARIA

Deve surgir um número arredondado de horas.

I I Ut i l ização dos Equipamentos - Caracterização da Util ização dos Equipamentos Médicos Pesados

pelos Diferentes Serviços (31.12.2012)

Esta folha só deverá ser preenchida se tiver sido escolhida a opção PARTILHADA POR VÁRIOS SERVIÇOS no TIPO DE

UTILIZAÇÃO da folha II EQUIPAMENTOS.

O número de serie desta folha deverá corresponder ao número do equipamento constante na folha anterior (I Equipamentos).

Devem ser colocadas tantas linhas quantos os serviços que partilham o mesmo equipamento.

Exemplo:

I I I Novas Aquisições -Novas Aquisições de Equipamentos Médicos Pesados

Neste separador solicita-se a inclusão de informação relativa aos equipamentos, da lista pré-definida, cujo processo de aquisição

já tenha sido iniciado até final de 2012.

Deverá ser identificado qual o equipamento que se encontra nesse processo, bem como o Serviço onde será localizado.

Seguidamente deve ser identificado o motivo da aquisição que poderá ser Aumento de Capacidade ou Substituição, sendo

necessário para este último especificar qual o número de série do equipamento que vai ser substituído (deverá corresponder a

um dos equipamentos introduzidos na I Equipamentos).

Finalmente, solicita-se a identificação da fase do processo de aquisição:

Publicação do anúncio

Apresentação da proposta

Análise das propostas

Em fase de adjudicação

Assinatura de contrato

Page 302: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 302

IV RH - Levantamento/Caracterização dos Recursos Humanos (31.12.2012)

Este separador concerne apenas os profissionais ligados aos equipamentos anteriores. Nesse sentido, solicita-se que sejam

identificados todos os profissionais que exerciam funções nas seguintes áreas, a 31 de Dezembro de 2012:

Medicina Nuclear

Radiologia

Radioncologia

Descriminando para cada um deles a modalidade de vinculação, o número de efetivos e o número de horas afetas a exames por

semana.

Devem ser introduzidas tantas linhas, quantos os tipos de profissionais e vínculos associados, a fim de esgotar todas as

possibilidades existentes no Centro Hospitalar, Hospital ou ULS.

Os grupos de profissionais considerados para o presente levantamento são:

Médico

Enfermeiro

Técnico de Diagnóstico e Terapêutica

Assistente Operacional

Assistente Técnico

Físico

Engenheiro Biomédico

Engenheiro Eletrotécnico

Engenheiro Físico

Outro (que deve ser especificado na coluna de observações)

Exemplo:

Page 303: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 303

NOTAS :

Definição de Equivalente Tempo Completo (ETC) – Nº de horários semanais de tempo completo, que resulta da conversão do

número total de horas semanais do conjunto de profissionais de saúde da mesma área, em horários de tempo completo.

Assume-se como horário de tempo completo 40h semanais.

V Produção Interna - Levantamento de alguns exames (acumulado 31.12.2012)

Deverá ser colocado o número de exames realizados de acordo a lista pré-definida e para cada uma das especialidades

consideradas.

Produção interna - exames requisitados pela instituição e realizados nas suas instalações.

Exames realizados no Hospital - Indicar o número de exames realizados no hospital, por exame no período em referência.

VI Produção Externa 1 - Levantamento de exames real izados no exterior por falta de capacidade

interna (acumulado 31.12.2012)

Semelhante ao anterior mas aplicado aos exames realizados no exterior por falta de capacidade interna, solicitando-se a

distinção entre os que foram produzidos no SNS ou noutras entidades fora do SNS.

Produção Externa - exames requisitados pelo hospital e realizados no exterior (em convencionados ou subcontratação).

Exames Realizados no Exterior - Indicar o número de exames requisitados pelo hospital e realizados no exterior, por exame em

Acumulado do Ano 2012.

VII Produção Externa 2 - Levantamento de exames realizados para o exterior (acumulado

31.12.2012)

Semelhante ao anterior mas aplicado aos exames realizados para o exterior, solicitando-se a distinção entre os que foram

produzidos para o SNS e para outras entidades fora do SNS.

Produção para o exterior - exames requisitados para o exterior e realizados na instituição.

Exames Realizados para o Exterior - Indicar o número de exames requisitados ao hospital e realizados no na instituição, por

exame em Acumulado do Ano 2012.

Page 304: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 304

VII I Tempos de Espera -Levantamento do Número Máximo de Dias de espera para real ização de

exame (à data do preenchimento do formulário)

Solicita-se que seja indicado o tempo de espera para marcação de exames, que corresponde ao número de dias que decorrem

desde que surge a necessidade de marcar um exame até à sua realização, para um doente programado, não urgente e seguido

em ambulatório.

Para o efeito, considere-se os tempos de espera à data de receção do presente formulário.

Deverão ser igualmente indicados os valores relativos a tempos de espera para exames pedidos ao exterior ou pelo exterior.

Em caso de dúvida, por favor contacte: [email protected]

Agradecemos que no correio eletrónico de resposta seja indicado, por favor, um elemento de contacto do Centro

Hospitalar/Hospital/ULS (nome e contacto telefónico) para o caso de eventuais necessidades de informações adicionais, por

parte dos elementos do Grupo de Trabalho.

Formulário

Levantamento e Caracterização dos Equipamentos Médicos Pesados (31.12.2012) Designação Nº Série do Equipamento Serviço Unidade Hospitalar (quando

aplicável) Data de Publicação

do Processo de Aquisição

(dd-mm-aaaa)

Data de Recepção do Equipamento (Auto de receção do equipamento dd-mm-

aaaa)

Data de Início de Funcionamento (dd-mm-aaaa)

Marca

Modelo Características Técnicas (quando aplicável)

Detalhe (quando aplicável)

Estado

Motivo Tipo de Actividade Nº Horas de Funcionamento/Dia

Nº Dias/ Semana

Tipo de Utilização Nº total de Horas de paragem por Avarias (2012)

Observações

Levantamento e Caracterização dos Equipamentos Médicos Pesados (31.12.2012) Nº Série do

Equipamento Serviços % de Tempo Afetação Observações

Levantamento e Caracterização dos Recursos Humanos (31.12.2012) Caracterização dos Recursos Humanos

Nº Horas (por semana) Atribuídas à Realização de Exames/Tratamentos

Grupo Profissional

Área de Afetação

Modalidade de

Vinculação

Nº de Efetivos

Nº de ETC's

Nº de horas

de Horário

Nº Horas Extraordinária

Nº Horas Prevenção

Observações

Page 305: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 305

Levantamento do número total de exames realizados na instituição (acumulado 31.12.2012) - de acordo com o Anexo III Portaria nº 839_2009

Especialidade Designação Código Designação do Ato Nº Total

de Exames

Observações

Medicina Nuclear

I Exames - Aparelho Cardiovascular

Todos os códigos

Medicina Nuclear

I Exames - Sistema Nervoso Central

Todos os códigos

Medicina Nuclear

I Exames - Aparelho Digestivo Todos os códigos

Medicina Nuclear

I Exames - Sistema Musculo-Esquelético

58150 Cintigrafia óssea corpo inteiro

Medicina Nuclear

58155 Cintigrafia óssea parcelar

Medicina Nuclear

58160 Cintigrafia óssea em 3 fases

Medicina Nuclear

Osteodensitometria da

coluna lombar (ver tabela de Radiologia, código 10920)

Medicina Nuclear

Osteodensitometria do colo

femoral (ver tabela de Radiologia, código 10930)

Medicina Nuclear

Osteodensitometria do

punho (ver tabela de Radiologia, código 10935)

Medicina Nuclear

Osteodensitometria da coluna lombar e do colo femoral (ver tabela de Radiologia, código 10955)

Medicina Nuclear

I Exames - Aparelho Respiratório Todos os códigos

Medicina Nuclear

I Exames - Glândulas Endócrinas Todos os códigos

Medicina Nuclear

I Exames - Aparelho urinário

Todos os códigos EXCEPTO 58340

Medicina Nuclear

I Exames - Estudos Hematológicos 58350 Cintigrafia da medula óssea

Medicina Nuclear

I Exames - Estudos de Infecção/Inflamação

Todos os códigos

Medicina Nuclear

I Exames - Tomografia de Positrões Todos os códigos

Medicina Nuclear

I Exames - Outros Estudos Todos os códigos

Radiologia TC Cabeça e Pescoço Todos os códigos

Radiologia TC Coluna Vertebral e Bacia Todos os códigos

Radiologia TC Tórax (pulmonar e cardíaca) Todos os códigos

Radiologia TC Abdómen e Pélvis Todos os códigos

Radiologia TC Membros Todos os códigos

Page 306: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 306

Radiologia TC Complementos e Outros Procedimentos

Todos os códigos

Radiologia RM Cabeça e Pescoço Todos os códigos

Radiologia RM Coluna Vertebral e Bacia Todos os códigos

Radiologia RM Tórax Todos os códigos

Radiologia RM Mama 18100 RM Mamário

Radiologia RM Abdómen e Pélvis Todos os códigos

Radiologia RM Membro superior Todos os códigos

Radiologia RM Membro inferior Todos os códigos

Radiologia RM Exames Especiais Todos os códigos

Radiologia RM Procedimentos especiais Todos os códigos

Radiologia

Angiografia Diagnóstica - Acesso vascular para procedimento angiográfico pela técnica de Seldinger

Todos os códigos

Radiologia Angiografia Diagnóstica - Aortografia

Todos os códigos

Radiologia Angiografia Diagnóstica - Arteriografia (território sistémico)

Todos os códigos

Radiologia Angiografia Diagnóstica - Estudo venoso angiográfico

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção - Geral

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção - Não vasculares

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção específicos de cada região - Cabeça e pescoço

15819 Desobstrução por stent do canal nasolacrimal

Radiologia Procedimentos de Intervenção específicos de cada região - Tórax (vascular)

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção específicos de cada região - Tórax (não vascular)

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção específicos de cada região - Abdómen e pélvis (vascular)

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção específicos de cada região - Abdómen e pélvis (não vascular)

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção específicos de cada região - Extremidades (vascular)

Todos os códigos

Radiologia Procedimentos de Intervenção específicos de cada região - Intervenção músculo-esquelética

Todos os códigos

Radioncologia Radioterapia Externa - Aquisição de Imagem para Planeamento

45028 Tomografia computorizada de planeamento

Page 307: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 307

Radioncologia 45027 Tomografia computorizada

para IMRT

Radioncologia 45029 Tomografia computorizada

4D

Radioncologia 45041 Ressonância magnética de

planeamento

Radioncologia 45044 PET-TC planeamento

Radioncologia 45046 Angiografia digital

Radioncologia 45047 Angio/RM de planeamento

Radioncologia Radioterapia Externa - Simulação de Tratamento

45055 Simulação simples, uma única localização

Radioncologia 45065 Simulação intermédia, duas

localizações

Radioncologia 45075 Simulação conformacional

3D

Radioncologia 45085 Simulação virtual

Radioncologia Radioteraipa Externa - Tratamento Clínico

45157 Tratamento simples

Radioncologia 45182 Tratamento conformacional

3D

Radioncologia

45189 Radiocirurgia - planeamento, dosimetria e tratamento estereotáxico em dose única (ver GDH de Ambulatório)

Radioncologia 45193 Radioterapia estereotáxica

fraccionada, cada fração

Radioncologia 45194 Tratamento - técnicas

especiais

Radioncologia 45195 Irradiação corporal total e

hemicorporal. Inclui o planeamento e a dosimetria

Radioncologia 45198 Tratamento IMRT

Radioncologia Braquiterapia - Aquisição de Imagem para Planeamento

45200 Tomografia computorizada de planeamento

Radioncologia 45201 Suplemento de contraste

endovenoso (adicional ao exame de TC)

Radioncologia 45204 Ressonância magnética de

planeamento

Radioncologia 45207 PET-TC planeamento

Radioncologia 45208 Angiografia digital

Radioncologia 45209 Angio/RM de planeamento

Radioncologia Braquiterapia -Tratamento Clínico

Todos os códigos EXCEPTO 45350

Page 308: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 308

Para as seguintes páginas repetia-se a listagem variando apenas os campos de preenchimento obrigatório com ilustrado de

seguida:

Levantamento de exames realizados no exterior por falta de capacidade interna (acumulado 31.12.2012) - de acordo com o Anexo III Portaria nº 839_2009

Especialidade Designação Código Designação do Ato

Nº Total de

Exames SNS

Quais as entidades?

Nº Total de

Exames fora do SNS

Observações

Levantamento de exames realizados para o exterior (acumulado 31.12.2012) - de acordo com o Anexo III Portaria nº 839_2009

Especialidade Designação Código Designação do Ato

Nº Total de

Exames SNS

Quais as entidades?

Nº Total de

Exames fora do SNS

Observações

Levantamento do Número Máximo de Dias de espera para realização de exames (à data do preenchimento do formulário)

Especialidade Designação Código Designação

do Ato

Nº Máximo de dias de espera -

doente programado, não

urgente e seguido em ambulatório

Nº Máximo de dias de espera - exames

pedidos do exterior

Nº Máximo de dias de espera

- exames pedidos ao

exterior

Observações

Page 309: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

GT CEMP Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 309

DISTRIBUIÇÃO DO EQUIPAMENTOS POR ENTIDADE

Entidades por Região de Saúde

Acelerador Linear Angiógrafo Braquiterapia HDR

Câmara Gama

Câmara Gama

TC

Câmara Hiperbárica

Cobaltoterapia PET PET-TC RMN Simulador TC TC (Dedicada )

Alentejo x x x

x x x x Hospital do Espírito Santo, EPE - Évora

x x x

x x x x

ULS Baixo Alentejo, EPE

x

ULS Litoral Alentejano, EPE

x

ULS Norte Alentejano, EPE

x

Algarve

x

x

Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE

x

x

Hospital de Faro, EPE

x

x

Centro x x x x

x x x x x Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE

x

x

Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE

x

Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE

x x x x

x x x x

Centro Hospitalar Leiria - Pombal, EPE

x

x

x

x

Centro Hospitalar Tondela - Viseu, EPE

x

x

x

Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Coimbra, EPE

x

x x

x x x x

ULS Castelo Branco, EPE

x

ULS Guarda, EPE

x

LVT x x x x

x x

x x x x

Page 310: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

GT CEMP Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 310

Entidades por Região de Saúde

Acelerador Linear Angiógrafo Braquiterapia HDR

Câmara Gama

Câmara Gama

TC

Câmara Hiperbárica

Cobaltoterapia PET PET-TC RMN Simulador TC TC (Dedicada )

Centro Hospitalar Barreiro Montijo, EPE

x

x x x

Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE

x

x

x

Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE

x x x

x

x x

Centro Hospitalar do Médio Tejo, EPE

x

x

Centro Hospitalar do Oeste

x

Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE

x

x

x

x

Centro Hospitalar Setúbal, EPE

x

x

Hospital Beatriz Ângelo, PPP

x

x

x

Hospital de Vila Franca de Xira, PPP

x

Hospital Distrital de Santarém, EPE

x

x x

Hospital Garcia da Orta, EPE - Almada, EPE

x

x

x

x

Hospital Professor Dr. Fernando da Fonseca, EPE

x

x

x

HPP Hospital de Cascais, PPP

x

Instituto Português Oncologia F. Gentil - Lisboa, EPE

x

x x

x x

x

x x

Norte x x x x x x x

x x x x x Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga, EPE

x

Centro Hospitalar de S. João, EPE

x x

x x

x

x

x x

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE

x

x x

Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE

x

x

x

Page 311: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

GT CEMP Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 311

Entidades por Região de Saúde

Acelerador Linear Angiógrafo Braquiterapia HDR

Câmara Gama

Câmara Gama

TC

Câmara Hiperbárica

Cobaltoterapia PET PET-TC RMN Simulador TC TC (Dedicada )

Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE

x

x

Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE

x

Centro Hospitalar do Porto, EPE

x

x

x

x

Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE

x

x

Hospital de Braga, PPP x x

x

x x

x x Instituto Português Oncologia F. Gentil - Porto, EPE

x x x x

x x

x x

ULS Alto Minho, EPE

x

x

ULS Matosinhos, EPE

x

x

x

x

ULS Nordeste, EPE

x

Page 312: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

GT CEMP Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 312

CARACTERIZAÇÃO HOSPITALAR

Internamento

Cirúrgico

Internamento

Médico

Ambulatório

Cirúrgico

Ambulatório

Médico

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

ICM ICM ICM ICM 1ªs ConsultasConsultas

Subsequentes

Cirurgia

Convencional

Cirurgia

AmbulatóriaCirurgia Urgente

Realizados na

instituição

Requisitados ao

exteriorGeral Ginec,/Obstet Pediátrica Psiquiátrica

Centro Hospitalar do Alto Ave, E.P.E.

- Unidade Hospitalar de Fafe

- Unidade Hospitalar de Guimarães

256.696 455 7,2 1,0 0,8 0,3 0,2 88,9 73.539 180.521 20.405 4.098 5.195 2.141 2.751.161 19.670 27.079 100.415 7.428 35.651 n.a.

Centro Hospitalar de Entre o Douro e

Vouga, E.P.E.

- Hospital São Sebastião, EPE

- Hospital São Miguel - Oliv eira de Azeméis

- Hospital Distrital São João da Madeira

274.859 356 5,3 0,8 0,9 0,3 0,2 80,5 116.832 192.142 19.724 8.452 7.941 2.648 2.713.566 25.708 25.442 134.698 9.146 34.929 n.a.

Centro Hospitalar do Médio Ave, E.P.E.

- Unidade Hospitalar de Santo Tirso

- Unidade Hospitalar de Famalicão

244.361 281 6,4 0,6 0,7 0,3 0,2 77,0 46.481 124.417 12.425 4.586 8.495 2.113 1.555.525 23.225 6.748 88.731 4.677 30.911 n.a.

Centro Hospitalar do Porto, E.P.E.

- Hospital Joaquim Urbano

- Hospital Geral de Santo António

304.396 707 7,2 1,6 1,0 0,4 0,2 87,8 156.333 459.834 31.521 11.613 15.731 5.591 5.133.467 12.879 106.271 117.800 13.040 n.d. n.a.

Centro Hospitalar de S. João, E.P.E.

- Hospital N. Sra. da Conceição de Valongo

- Hospital de S. João - Porto

330.386 1106 8,0 2,0 1,1 0,4 0,2 83,1 168.617 505.883 41.915 16.548 18.471 5.196 7.268.835 9.026 96.660 197.537 13.688 77.947 n.a.

Centro Hospitalar Tâmega e Sousa,

E.P.E.

- Hospital Padre Américo, Vale do Sousa

- Hospital de Amarante

519.769 435 6,7 0,9 0,9 0,3 0,2 86,0 92.424 173.939 20.303 8.327 11.713 2.796 2.744.903 36.729 22.448 133.641 13.960 40.143 n.a.

Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e

Alto Douro, E.P.E.

- Hospital Dom Luiz I - Peso da Régua

- Hospital São Pedro de Vila Real

- Unidade Hospitalar de Chav es

- Unidade Hospitalar de Lamego

273.263 603 8,1 1,2 0,9 0,3 0,2 85,6 80.310 199.223 23.327 4.596 7.036 2.085 3.981.596 43.276 18.684 149.118 3.490 19.425 n.a.

Centro Hospitalar de Vila Nova de

Gaia/Espinho, E.P.E.334.081 550 7,9 1,6 0,9 0,7 0,2 89,9 130.731 314.425 22.825 7.905 10.744 2.660 3.708.579 54.116 41.715 112.210 11.637 45.292 n.a.

Hospital de Braga 290.407 705 b) 7,4 1,3 0,9 0,4 0,2 74,2 123.608 236.252 25.738 9.566 13.038 2.430 2.661.358 8.420 42.595 123.889 12.938 40.942 n.a.

Instituto Português Oncologia do Porto

Francisco Gentil, E.P.E.n.a. 319 8,6 1,8 1,4 0,5 0,2 86,4 77.960 192.963 11.662 4.918 4.541 523 2.096.830 658 47.217 n.d. n.d. n.d. n.a.

Unidade Local de Saúde do Alto

Minho, E.P.E.244.836 426 6,9 0,9 0,9 0,4 0,2 85,5 66.985 144.681 19.177 4.633 5.425 2.317 1.925.366 9.784 21.953 124.863 5.484 22.648 n.a.

Unidade Local de Saúde de

Matosinhos, E.P.E.

- Hospital Pedro Hispano

175.478 331 7,0 1,0 0,9 0,4 0,2 87,4 69.778 158.281 15.092 5.151 6.483 1.853 2.658.810 14.197 12.746 71.408 7.511 n.d. n.a.

Unidade Local de Saúde do Nordeste,

E.P.E.

- Unidade Hospitalar de Bragança

- Unidade Hospitalar de Macedo de

Cav aleiros

- Unidade Hospitalar de Mirandela

143.564 390 8,1 0,8 0,9 0,3 0,2 73,1 35.621 66.057 12.889 2.499 2.504 1.920 1.519.160 19.814 4.203 119.760 n.d. n.d. n.a.

Centro Hospitalar Póvoa do

Varzim/Vila do Conde, EPE142.941 143 n.a. 0,5 0,7 0,3 0,3 n.a. 26.440 44.871 7.349 3.240 4.315 1.099 786.493 54.757 1.630 78.469 n.d. n.d. n.a.

Hospital Magalhães Lemos, EPE n.a. 99 14,5 0,0 1,1 0,0 0,0 116,1 3.715 43.245 3.533 n.a. n.a. n.a. 8.125 23.620 23.930 n.d. n.d. n.d. n.a.

Hospital Santa Maria Maior, EPE -

Barcelos154.645 124 7,1 0,7 1,0 0,3 0,2 81,7 19.407 47.998 5.192 1.205 2.073 378 555.162 18.897 3.819 51.336 n.d. 21.784 n.a.

Total ARS Norte 3.689.682 7030 116,4 16,7 15,0 5,6 3,3 1283,1 1.288.781 3.084.732 293.077 97.337 123.705 35.750 42.068.936 374.776 503.140 1.603.875 102.999 369.672 n.a.

Internamento (Nº

de Doentes Saídos)

Exames (Quantidade Total) sem ser

ponderada Nº Sessões de

Hospital de Dia

Nº de Atendimentos Total – Urgência

ARS NORTE

EntidadePop. da área de

influência directa a)

Lotação

Praticada

Demora

Média

Taxa de

Ocupação

Nº Total de Consultas Externas Médicas

Page 313: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

GT CEMP Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 313

Internamento

Cirúrgico

Internamento

Médico

Ambulatório

Cirúrgico

Ambulatório

Médico

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

ICM ICM ICM ICM 1ªs ConsultasConsultas

Subsequentes

Cirurgia

Convencional

Cirurgia

AmbulatóriaCirurgia Urgente

Realizados na

instituição

Requisitados ao

exteriorGeral Ginec,/Obstet Pediátrica Psiquiátrica

Centro Hospitalar do Baixo Vouga,

E.P.E.

- Hospital Infante D. Pedro - Av eiro

- Hospital Visconde de Salreu - Estarreja

- Hospital de Águeda

285.846 426 7,6 1,0 0,8 0,4 0,2 89,5 66.651 133.616 18.235 4.049 4.314 2.314 1.640.108 21.370 12.613 133.031 6.066 37.799 n.d.

Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E.

- Hospital Pêro da Cov ilhã

- Hospital do Fundão

87.869 317 7,7 0,9 0,9 0,4 0,2 83,2 48.766 113.642 12.528 2.860 1.624 784 1.828.676 51.000 18.717 59.369 1.618 16.844 n.d.

Centro Hospitalar Leiria - Pombal,

E.P.E.

- Hospital Santo André, E.P.E. - Leiria

- Hospital de Pombal

260.942 503 6,2 1,0 0,8 0,4 0,2 76,2 69.791 130.764 22.497 5.442 5.208 2.424 1.964.206 56.141 9.344 117.387 10.775 41.795 n.d.

Centro Hospitalar Tondela - Viseu,

E.P.E.

- Hospital S. Teotónio, E.P.E. - Viseu

- Hospital Cândido de Figueiredo - Tondela

267.633 650 8,1 1,2 0,9 0,3 0,2 78,0 72.872 154.751 22.745 6.748 9.415 3.350 2.627.462 463 64.265 119.811 14.865 34.625 n.d.

Centro Hospitalar e Universitário de

Coimbra, E.P.E.

- Hospital Geral

- Hospital Pediátrico de Coimbra

- Maternidade Bissay a Barreto

- Maternidade Dr. Daniel de Matos

- Hospitais da Univ ersidade de Coimbra

- Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra -

Unidade de Arnes

- Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra -

Unidade Lorv ão

- Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra -

Unidade Sobral Cid

368.938 1933 8,5 1,8 1,0 0,5 0,2 79,6 205.978 663.352 65.962 17.335 16.067 8.089 10.279.058 40.897 70.727 199.213 27.635 60.682 n.d.

Hospital Distrital da Figueira da Foz,

E.P.E.88.296 144 6,5 0,8 1,0 0,4 0,2 79,3 25.275 62.428 6.393 3.153 3.340 936 936.301 8.431 5.811 52.261 n.d. 19.413 n.d.

Instituto Português Oncologia de

Coimbra Francisco Gentil, E.P.E.n.a. 186 7,5 1,1 0,9 0,4 0,2 73,4 21.873 106.831 6.631 3.345 1.773 n.d. 1.346.828 15.679 14.177 n.d. n.d. n.d. n.d.

Unidade Local de Saúde de Castelo

Branco, E.P.E.

- Hospital Amato Lusitano

108.395 265 7,6 1,0 1,0 0,4 0,2 72,6 26.362 59.002 9.233 2.734 2.320 1.329 1.131.635 23.772 7.589 48.837 1.482 14.492 n.d.

Unidade Local de Saúde da Guarda 148.154 361 8,8 1,0 0,9 0,5 0,2 69,3 38.091 65.069 10.321 2.856 4.468 1.148 2.206.293 16.324 2.319 69.461 4.130 11.690 n.d.

Hospital Dr Francisco Zagalo - Ovar 55.398 35 9,6 0,6 0,9 0,4 0,3 64,3 9.955 20.369 856 491 1.400 n.d. 163.567 6.827 206 n.d. n.d. n.d. n.d.

Hospital José Luciano de Castro -

Anadia 29.150n.d. n.d.

0,0 0,0 0,4 0,3n.d. 5.857 9.436 n.d. n.d. 986 n.d. 61.354 26.467 28 n.d. n.d. n.d. n.d.

Hospital Arcebispo João Crisóstomo -

Cantanhede 36.595n.d. n.d.

0,0 0,0 0,4 0,3n.d. 7.500 8.772 n.d. n.d. 1.650 n.d. 139.026 5.516 186 n.d. n.d. n.d. n.d.

Centro Medicina de Reabilitação da

Região Centro - Rovisco Paisn.a.

96n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.

90,1 1.613 2.205 246n.d. n.d. n.d.

672.850 15.852n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.

Total ARS Centro 1.737.216 4916 206,5 10,4 9,1 4,9 2,7 855,4 600.584 1.530.237 175.647 49.013 52.565 20.374 24.997.364 288.739 205.982 799.370 66.571 237.340 n.d.

Internamento (Nº

de Doentes Saídos)

Exames (Quantidade Total) sem ser

ponderada Nº Sessões de

Hospital de Dia

Nº de Atendimentos Total – Urgência

ARS CENTRO

EntidadePop. da área de

influência directa a)

Lotação

Praticada

Demora

Média

Taxa de

Ocupação

Nº Total de Consultas Externas Médicas

Page 314: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

GT CEMP Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 314

Internamento

Cirúrgico

Internamento

Médico

Ambulatório

Cirúrgico

Ambulatório

Médico

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

Nº Intervenções

Cirúrgicas -

ICM ICM ICM ICM 1ªs ConsultasConsultas

Subsequentes

Cirurgia

Convencional

Cirurgia

AmbulatóriaCirurgia Urgente

Realizados na

instituição

Requisitados ao

exteriorGeral Ginec,/Obstet Pediátrica Psiquiátrica

Centro Hospitalar Barreiro Montijo,

E.P.E.

- Hospital Nossa Senhora do Rosário

- Hospital Distrital do Montijo

213.584 353 8,3 1,0 0,8 0,4 0,2 79,2 38.517 125.064 12.346 2.477 2.345 1.053 2.295.357 5.445 32.778 100.094 10.549 38.613 n.d.

Centro Hospitalar do Médio Tejo,

E.P.E.

- Hospital Dr. Manoel Constâncio - Abrantes

- Hospital Nossa Senhora da Graça -

Tomar

- Hospital Rainha Santa Isabel - Torres

Nov as

227.999 427 7,7 1,0 0,9 0,3 0,2 83,9 64.691 96.306 16.913 3.572 3.771 1.650 3.881.492 29.308 14.483 120.106 2.881 26.845 n.d.

Centro Hospitalar de Lisboa Central,

E.P.E.

- Hospital de Curry Cabral

- Hospital Dona Estefânia

- Hospital Santa Marta

- Hospital Santo António dos Capuchos

- Hospital São José

- Maternidade Dr. Alfredo da Costa

428.191 1462 9,2 2,0 1,1 0,4 0,2 86,7 204.055 591.632 50.113 16.657 18.384 7.842 n.d n.d 41.272 151.798 24.760 81.524 7.540

Centro Hospitalar de Lisboa Norte,

E.P.E.

- Hospital Santa Maria

- Hospital Pulido Valente

154.208 1168 8,2 1,9 1,2 0,5 0,2 90,0 184.839 519.444 46.823 13.567 14.792 5.653 7.828.728 87.735 94.910 179.202 15.077 42.450 n.d.

Centro Hospitalar Lisboa Ocidental,

E.P.E.

- Hospital Egas Moniz

- Hospital São Francisco Xav ier

- Hospital Santa Cruz

233.465 797 9,3 2,1 1,0 0,6 0,2 84,1 101.956 359.808 26.445 7.879 7.138 4.599 4.017.528 7.340 25.321 110.668 15.530 36.101 n.d.

Centro Hospitalar do Oeste

- Hospital Termal Rainha D. Leonor

- Hospital Bernardino Lopes de Oliv eira -

Alcobaça

- Hospital São Pedro Gonçalv es Telmo -

Peniche

- Hospital Distrital Torres Vedras

- Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior -

Torres Vedras

- Hospital Distrital Caldas da Rainha

349.040 201 7,1 0,8 0,8 0,3 0,2 87,3 46.448 96.325 16.645 3.275 2.262 2.559 2.158.074 77.221 19.131 147.358 14.000 55.515 n.d.

Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E.

- Hospital Ortopédico Sant'Iago do Outão

- Hospital São Bernardo

184.016 380 7,8 1,2 0,8 0,5 0,2 79,6 63.220 149.670 14.250 3.589 3.568 1.524 1.994.197 16.489 26.371 76.131 12.316 39.998 n.d.

Hospital de Cascais Dr. José de

Almeida206.479 277 6,9 1,0 0,8 0,4 0,1 80,4 45.404 74.962 11.844 1.714 3.080 2.272 n.a. n.a. 7.363 82.729 14.670 49.810 n.d.

Hospital Garcia da Orta, E.P.E. -

Almada381.799 545 8,0 1,8 1,0 0,4 0,2 84,8 83.848 185.872 21.033 4.508 6.926 2.311 2.888.044 8.817 18.968 88.043 16.463 41.939 n.d.

Hospital Amadora/Sintra - Hospital

Professor Dr. Fernando da Fonseca,

E.P.E.

552.971 772 7,9 1,0 1,0 0,4 0,2 89,8 88.469 185.675 32.224 8.375 10.264 7.580 3.032.669 23.536 16.332 171.729 19.365 61.210 n.d.

Hospital Loures - Hospital Beatriz

Ângelo, S.A287.119 418 7,6 1,2 0,9 0,4 0,2 70,6 63.894 57.176 14.161 1.440 3.586 570 n.a. n.a. 4.659 89.005 6.805 38.751 n.d.

Hospital Distrital de Santarém, E.P.E. 196.620 373 7,9 1,0 0,9 0,4 0,2 92,2 38.992 108.500 15.851 2.787 3.237 1.618 4.341.270 14.221 20.772 79.504 8.955 34.929 n.d.

Hospital de Vila Franca de Xira -

Reynaldo dos Santos244.377 221 6,6 0,8 0,8 0,3 0,2 88,2 40.517 50.541 10.851 2.557 2.793 1.234 74.679 214 3.725 67.154 4.304 32.715 n.d.

Instituto Português Oncologia de

Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.n.a. 261 6,2 1,9 1,2 0,6 0,2 81,3 41.062 181.373 12.498 4.978 2.094 306 3.126.917 1.602 87.576 n.a. n.a. n.a. n.a.

Centro Hospitalar Psiquiátrico de

Lisboa

- Hospital Júlio de Matos

n.a. 140 16,7 0,0 1,2 0,0 0,0 72,3 4.866 58.119 2.371 n.a. n.a. n.a. 408.668 71 28.405 n.d. n.d. n.d. n.d.

Instituto de Oftalmologia Dr Gama Pinto n.a. 5 2,3 0,4 0,7 0,5 0,0 11,2 28.447 25.130 88 70 3.540 n.a. 87.721 31.526 n.a. n.a. n.a. n.a. n.a.

Total ARS LVT 3.659.868 7800 127,4 19,1 15,1 6,4 2,7 1261,5 1.139.225 2.865.597 304.456 77.445 87.780 40.771 36.135.344 314.415 442.066 1.463.521 165.675 580.400 7.540

ARS LVT

Internamento (Nº

de Doentes Saídos)

Exames (Quantidade Total) sem ser

ponderada Nº Sessões de

Hospital de Dia

Nº de Atendimentos Total – Urgência

EntidadePop. da área de

influência directa a)

Lotação

Praticada

Demora

Média

Taxa de

Ocupação

Nº Total de Consultas Externas Médicas

Page 315: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

GT CEMP Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 315

Hospital do Espírito Santo, E.P.E. -

Évora166.726 331 7,1 1,0 0,9 0,4 0,2 69,1 56.734 122.042 11.785 5.532 6.951 1.403 2.665.151 95.459 11.370 50.633 n.d. 19.047 n.d.

Unidade Local de Saúde do Baixo

Alentejo, E.P.E.

- Hospital José Joaquim Fernandes - Beja

- Hospital São Paulo - Serpa

126.692 229 7,1 1,0 0,8 0,3 0,2 73,5 26.057 57.985 8.633 2.029 1.726 1.328 1.413.502 8.731 7.674 97.695 4.373 15.368 n.d.

Unidade Local de Saúde do Litoral

Alentejano, E.P.E.97.925 122 8,2 1,3 1,2 0,3 0,2 88,4 18.481 42.276 4.780 1.579 2.901 683 944.573 5.828 5.500 50.914 n.d. n.d. n.d.

Unidade Local de Saúde do Norte

Alentejano, E.P.E.

- Hospital Santa Luzia de Elv as

- Hospital Dr. José Maria Grande -

Portalegre

118.506 261 8,2 1,0 1,0 0,4 0,2 79,8 27.281 69.167 9.290 2.854 2.465 1.314 1.982.394 93.648 8.532 78.523 1.142 9.847 n.d.

Total ARS Alentejo 509.849 943 30,6 4,3 3,9 1,4 0,8 310,8 128.553 291.470 34.488 11.994 14.043 4.728 7.005.620 203.666 33.076 277.765 5.515 44.262 n.d.

Hospital de Faro, E.P.E. 287.055 581 9,1 1,5 0,9 0,5 0,2 81,5 54.116 130.380 18.950 4.267 2.947 3.053 1.707.282 34.110 21.305 77.435 9.937 43.931 n.d.

Centro Hospitalar Barlavento Algarvio, E 163.951 325 8,6 0,9 0,8 0,3 0,2 89,1 36.338 75.914 12.205 2.354 3.191 1.483 1.399.603 15.135 25.916 76.385 1.873 31.590 n.a.

Centro de Medicina Física e de Reabilita n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d. n.d.

Total ARS Algarve 451.006 906 17,7 2,4 1,7 0,8 0,4 170,6 90.454 206.294 31.155 6.621 6.138 4.536 3.106.885 49.245 47.221 153.820 11.810 75.521 n.a.

Total de Portugal Continental 1.411.861 2755 66,0 9,1 7,3 3,0 1,6 652,0 309.461 704.058 96.798 25.236 26.319 13.800 13.219.390 302.156 127.518 585.405 29.135 195.304 7.540

ARS ALENTEJO

Page 316: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 316

TEMPOS DE ESPERA

Fonte:http://issuu.com/ipoporto/docs

Page 317: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 317

Fonte: http://www.cham.min-saude.pt/

Fonte: http://www.ulsm.min-saude.pt/

Page 318: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 318

Fonte: http://www.chlo.min-saude.pt/

Fonte: http://www.chlc.min-saude.pt/

Page 319: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 319

Fonte: http://www.choeste.min-saude.pt/

Page 320: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 320

Fonte: http://www.ulscb.min-saude.pt/

Fonte: http://www.ulsguarda.min-saude.pt/

Page 321: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 321

Fonte: http://www.hevora.min-saude.pt

Fonte: http://www.hbeja.min-saude.pt

Page 322: Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 1

CEMP | 322

Fonte: http://www.hlalentejano.min-saude.pt/

Fonte: http://www.ulsna.min-saude.pt/

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Carta de Equipamentos Médicos Pesados | 323