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Carta pastoral Jun2015

Carta pastoral IPCohama Jun2015

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Uma percepção do trabalho na IPCohama em 2014, e desafios para o segundo semestre de 2015.

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Carta pastoral | Jun2015 | Uma perspectiva da caminhada na IPCohamaVocê gosta de fazer caminhadas? Em nossos dias, e com a configuração dos espaços nos centros urbanos, a utilização dos automóveis se tornou indispensável, e as caminhadas agora são reservadas, em grande parte, para quem está em busca de melhorar o condicionamento físico.

Nem sempre foi assim: quando o povo de Deus seguiu para a terra prometida, o percurso foi uma longa caminhada — os 40 anos no deserto provam o ponto. Animais ajudaram, é verdade, mas os pés fizeram o maior trabalho. Os peregrinos e forasteiros aos quais Pedro escreve em sua primeira epístola também eram nômades no melhor estilo dos andarilhos, fugindo da perseguição e seguindo para novas experiências de provação e conforto da parte do Senhor.

A nossa trajetória já dura bastante tempo. É bom relembrar e colocar em perspectiva os nossos passos, a fim de termos uma abordagem mais consciente de quem somos, e para onde estamos indo.

HistóricoA IPCohama já foi IPAraçagy. O projeto foi iniciado em 2011: fui designado pela Igreja Presbiteriana do Renascença (IPR) para plantar uma igreja no bairro próximo à praia. Ademir, Rosely, Elisa e Ana acolheram a idéia, cedendo sua casa para as reuniões semanais[1].

Em 11 de janeiro de 2011 tivemos o nosso primeiro encontro. Por dois anos tivemos estudos bíblicos às terças-feiras. Em 2013 começamos nossos cultos vespertinos, em um salão alugado.

Algumas alterações na congregação do bairro da Cohama indicaram a possibilidade de mudanças no projeto do Araçagy, em outubro de 2013. O Rev. Cleomárcio assumiria o pastorado da Igreja Presbiteriana de Vinhais, então o conselho da IPR achou por bem me remanejar para aquela — essa — congregação. O grupo-base que estava no Araçagy

[1] A família morava no Araçagy à época.

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também preferiu acompanhar a transição, e assim aquele plano foi adiado, e as forças foram concentradas no projeto da Cohama.

A fusão se deu em novembro de 2013. Os dois últimos meses do ano foram utilizados para o pastoreio das pessoas no contexto de mudanças, e quaisquer planos maiores só poderiam ser desenvolvidos no ano seguinte.

Como a congregação da Cohama já possuía escola dominical, apenas fizemos os ajustes de horários, e começamos a nos reunir durante a semana, e agora com dois encontros aos domingos.

Eventualmente as definições se tornaram claras, e permaneceu na congregação o grupo que veio do Araçagy, junto à família Reis e Rilton — nossos eternos anfitriões.

A IPCohama, em um sentido, é a continuidade de um projeto anterior; em outro, é a percepção de novos caminhos e possibilidades de um ambiente diferente. É continuidade e descontinuidade.

Etapas de trabalhoCom a chegada na cohama,

em novembro de 2013, era necessário atuar de maneira organizada e estratégica. O trabalho pode ser organizado em seis fases, que por vezes se sobrepõem.

Fase 1: Contenção de conflitos

As mudanças trazem desafios, e não foi diferente com a chegada na IPCohama. Havia insatisfação e insegurança, frustrações e rancor. Em novembro de 2013, para tratar tais questões, as mensagens pregadas tiveram por tema o lamento diante da frustração, o pastoreio do Senhor, e a necessidade de seguir em frente.

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Os esforços foram empregados na tarefa de acalmar corações e promover integração entre o grupo que havia ficado e o que estava chegando. Alguns conflitos foram minimizados, e a saída do grupo maior se deu sem maiores dificuldades.

Fase 2: Adaptação

A etapa seguinte era de contribuir para que os membros se acostumassem com a idéia de estar na Cohama. Para isso, os horários de estudo bíblico, escola dominical e culto foram devidamente reorganizados. A escola

A casa que nos recebeu contava com muitos problemas, e demandava muito trabalho[2]. A parte elétrica gerava insegurança, a parte hidráulica era crítica, havia a necessidade de dedetização, o jardim na frente da casa parecia uma floresta, não havia limpeza regular há um tempo por causa da falta de água, as paredes precisavam de pintura, e era necessário trocar a placa, pra citar alguns problemas.

Começamos com a liberação da água junto à CAEMA, e acabamos por fazer grandes alterações, como a troca de toda a rede elétrica da casa. A sala das crianças também merece destaque, com a fabricação de toda a mobília, por encomenda, com o irmão Edie.

Você não sabe como é difícil preparar um sermão ao som de furadeiras, cheiro de cola, pessoas tocando a campainha, e interrupções constantes! Mas, com a graça de Deus, muito foi feito para tornar a nossa estrutura mais adequada.

dominical trabalhou a temática da missão da igreja, e uma série de estudos sobre o natal contou com a entrega de panfletos pelo bairro.

Fase 3: Estrutura física

[2] Até hoje os ajustes são realizados na casa.

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Fase 4: Identificação

Não bastava que os membros se “acostumassem” com a idéia de estar na Cohama. Era necessário um passo além, na direção de ter o bairro e a nova congregação como parte de sua identidade.

Para isso, investimos na reorganização do símbolo visual, criamos um momento no culto para orar pelo bairro e pela cidade, investimos em sermões sobre a igreja e seu papel na cultura, e estabelecemos um cafezinho pós-culto, para termos tempo de comunhão e assimilação do local como “nossa casa”.

Esse período também foi utilizado para reforçar valores fundamentais, como as cinco marcas que desejamos apresentar como igreja: (1) reformada; (2) missional; (3) contemporânea; (4) educativa e (5) voltada para o coração.

Fase 5: Estruturas de serviço

Para que o trabalho tome forma, é necessário ter pessoas servindo. Na fase cinco, começamos a definir um mínimo de estrutura de serviço, com alguns professores de escola dominical, dirigentes de culto, e auxiliadores nos informativos e no Curso de Formação Básica em Teologia.

Em 2015 esse número foi ampliado, e temos mais pessoas contribuindo com o café pós-culto e com a equipe de música.

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Fase 6: Multiplicação

Tendo passado pelas etapas anteriores, é necessário “colocar a mão na massa” e desenvolver a missão da igreja. Para ensinar a congregação a respeito disso, tivemos uma longa série de sermões no livro de Atos, aulas de escola dominical sobre a conversão, o evangelho e a evangelização, e seguimos orando por nosso bairro e cidade.

Fase contínua: Ensino e pastoreio

Todas as fases foram acompanhadas por outra, ininterrupta. Ao longo do ajuste de relacionamentos, do trabalho na estrutura da casa, da distribuição do serviço, etc., tivemos a continuidade dos estudos bíblicos semanais, dos sermões, e do aconselhamento pastoral.

Ufa! Tudo isso aconteceu do fim de 2013 ao final de 2014! Que jornada! Mas ainda há muito a ser feito!

Ações, ministérios e serviçosCom o passar do tempo e a organização crescente, foi possível mapear nossa estrutura de serviço. Tal visualização deve contribuir para envolver os membros, bem como despertar novas possibilidades de aplicar os dons que Deus nos tem dado.

A IPCohama possui, basicamente, cinco áreas de serviço, que poderíamos chamar de ministérios, cada um com subdivisões e atribuições específicas:

Ministério pastoralMinistério de ensinoMinistério de geraçõesMinistério diaconalMinistério de comunicação

O ministério pastoral lida com ensino, pregação, oração, disciplina, visitação e aconselhamento. É composto pelo pastor e pelos presbíteros que Deus levantar para o governo da igreja.

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O ministério de ensino, dividido entre escola dominical e curso de formação básica em teologia, hoje lida com as aulas para crianças e adultos, mas pode vir a ser uma equipe para organizar diferentes ferramentas de aprendizado para a igreja.

O ministério de gerações lida com as faixas etárias e grupos de interesse na congregação. Seguindo a estrutura da Igreja Presbiteriana do Brasil, trata-se das “sociedades domésticas”. Atualmente, temos trabalhado com reuniões de homens e de mulheres, mas pedimos a Deus que nos permita ver as demais se desenvolvendo.

Na IPB, a sociedade dos homens é chamada de UPH (união presbiteriana de homens); a de mulheres é a SAF (sociedade auxiliadora feminina); a de jovens, UMP (união de mocidade presbiteriana); adolescentes, UPA (união presbiteriana de adolescentes), e as crianças se encontram na UPC (união presbiteriana de crianças).

O ministério diaconal lida com as tarefas bíblicas designadas para os

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diáconos, como a assistência social aos que possuem necessidades dessa ordem, mas também lida com o auxílio em outras áreas, como a administração do prédio da igreja, a parte musical, auxílio durante o culto, o café após a reunião e as finanças da igreja.

Nossa congregação tem usado estrategicamente o espaço virtual. Compartilhamos nossos sermões online, utilizamos sites e redes sociais para comunicar nossos eventos e demonstrar a vida da igreja. O ministério de comunicação lida com a administração desse espaço virtual, bem como com a elaboração dos informativos dominicais, das artes das séries, da Festa da EBD e demais eventos, da gravação de sermões em áudio e do registro fotográfico.

Em que área você pode servir?

Estatísticas

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Os números também nos ajudam a perceber melhor como temos andado.

MembresiaEm fevereiro de 2014, o grupo que compunha o trabalho da congregação era de 18 pessoas. Em Junho do mesmo ano, já éramos 27. Concluímos 2014 com 33 pessoas.

FrequênciaNa escola bíblica dominical, a frequência média no ano de 2014 ficou entre 12 e 25 pessoas, enquanto nos cultos tivemos entre 20 e 30.

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ArrecadaçãoEm 2014, tivemos R$4.469,15 como a média de arrecadação. O número ainda é muito baixo diante de nossas demandas. Para se ter uma idéia, o aluguel da casa onde nos reunimos custa R$2.800,00. Some-se a isso os custos de água, energia, manutenção, remuneração pastoral, lanche para as crianças, livros para a biblioteca, e se verá que estamos aquém de nossas necessidades. Como congregação, temos o auxílio da igreja mãe, a IPR, que arca com a maior parte de nossas despesas.

EnsinoO ensino é um dos focos principais da IPCohama. Entendemos que é mediante o conhecimento de Deus em Sua Palavra que o nosso coração é transformado, e, consequentemente, a nossa vida.

Em 2014 tivemos quatro cursos para adultos na escola dominical:

Teologia Reformada — classe que trabalhou os nossos distintivos teológicos;Homem&Mulher — curso sobre masculinidade, feminilidade, e o ensino bíblico acerca dos relacionamentos;Cosmovisão cristã — discussões sobre o cristianismo e a sua relação com os mais variados aspectos da vida, como política, artes, trabalho, etc.;Conversão, evangelho e evangelização — percepções bíblicas sobre o trabalho de evangelização e os efeitos da conversão em nossa existência.

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As crianças tiveram três cursos sistemáticos e aulas sobre tópicos específicos; aprenderam sobre (1) o livro de Deus — a Bíblia sagrada —, (2) servindo ao nosso Deus — maneiras de agradar a Jesus com a vida, (3) Mensageiros de Deus — personagens bíblicas que falaram da parte do Senhor, e (4) aulas especiais em datas como dia dos pais, das mães, natal, etc.

Para onde vamos?A percepção de nossa caminhada em 2014 deve trazer luz sobre aspectos importantes do ministério da IPCohama. Estamos trilhando tais rumos na base de oração, reflexão, e do desejo sincero de agradar a Deus e crescer juntos. Pela graça de nosso Senhor, recebemos o aval do conselho de nossa igreja-mãe, e agora caminhamos em ritmo acelerado para nos tornar igreja organizada. O procedimento é cauteloso: o conselho da IPR deve protocolizar um documento junto ao Presbitério Leste do Maranhão (PLMA) — o presbitério do qual fazemos parte —, solicitando a nossa organização como igreja; em seguida, o PLMA deve nomear uma comissão para acompanhar a congregação, e verificar se possui os itens necessários para ser organizada, a saber: liderança própria — dois presbíteros e um diácono, pelo menos — e sustento próprio; passado o período de averiguação, a equipe define data para a organização e ordenação dos presbíteros e diáconos.

A previsão para que tudo isso tenha início é dezembro de 2015. Na reunião ordinária do PLMA, a IPR deve protocolizar o documento. Mas, para que isso aconteça, de fato, precisamos trabalhar intensamente para cumprir os requisitos, e mais do que isso. Não apenas queremos ter o básico, mas podemos e devemos caminhar para superar tais demandas, vivenciando as realidades de uma igreja saudável nos mais diversos níveis.

Por isso, as etapas mencionadas no início dessa carta continuam sendo desenvolvidas: as fases de adaptação, estrutura física, identificação, estruturas de serviço e multiplicação seguem recebendo a devida atenção e esforços. A elas somamos uma etapa: a de formação de liderança — avaliar possíveis líderes, e investir em pessoas para ocupar os espaços de liderança na congregação. Tudo segue envolvido pela fase contínua de

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ensino e pastoreio.

Você está caminhando intencionalmente conosco nesse projeto? Ore pelos passos de nossa congregação, apresente-se para o serviço, prepare-se para a liderança, contribua com as necessidades, e comprometa-se com a vida da igreja. Frequência e pontualidade são fundamentais para que isso aconteça.

Finalmente, nós planejamos e sonhamos, mas a efetivação de tais projetos só se dará se o Senhor agir (Pv.16.1). É nosso trabalho planejar diligentemente e trabalhar intensamente, mas também é nosso trabalho “descansar em Deus” — Ele é o Senhor da história, o Senhor da igreja, e o Senhor da minha e da sua vida. Que a vontade Dele seja feita!

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