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A cobertura das principais respostas da Rede de Serviços e Equipamentos Sociais (RSES) serviu de mote à presente Folha Informativa, que procura analisar a evolução recente das taxas de cobertura das respostas sociais dirigidas à 1.ª infância e à população idosa, assim como as perspetivas de cobertura nos próximos anos, considerando o desenvolvimento demográfico futuro. Carta Social FOLHA I NFORMATIVA Carta Social Folha Informativa n.º19, Outubro 2015 www.cartasocial.pt Gabinete de Estratégia e Planeamento Mais Informação sobre a Rede de Serviços e Equipamentos Nota introdutória 19 2015 DESTAQUES Evolução da taxa de cobertura das respostas dirigidas à 1ª infância e aos idosos, 2000-2014 Cobertura futura das respostas dirigidas à 1ª infância e aos idosos O esforço desenvolvido nos últimos anos no sentido do alargamento da RSES, através da implementação de um conjunto de programas de financiamento para investimento e da otimização dos espaços que permitiu o aumento da capacidade instalada, conduziu ao crescimento das taxas de cobertura.

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A cobertura das principais respostas da Rede de Serviços e Equipamentos Sociais (RSES) serviu de mote à presente Folha Informativa, que procura analisar a evolução recente das taxas de cobertura das respostas sociais dirigidas à 1.ª infância e à

população idosa, assim como as perspetivas de cobertura nos próximos anos, considerando o desenvolvimento demográfico futuro.

Carta Social

FOLHA INFORMATIVA

Carta Social Folha Informativa n.º19, Outubro 2015 www.cartasocial.pt Gabinete de Estratégia e Planeamento

Mais Informação sobre a Rede de Serviços e Equipamentos

Nota introdutória

19 2015

DESTAQUES Evolução da taxa de cobertura das respostas dirigidas à 1ª infância e aos idosos, 2000-2014 Cobertura futura das respostas dirigidas à 1ª infância e aos idosos

O esforço desenvolvido nos últimos anos no sentido do alargamento da RSES, através da implementação de um conjunto de programas de financiamento para investimento e da otimização dos espaços que permitiu o aumento da capacidade instalada, conduziu ao crescimento das taxas de cobertura.

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Figura 2| Taxa de cobertura das respostas Centro de Dia, Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e Serviço de Apoio Domiciliário no período 2000-2014, por concelho

Fonte: INE, Estimativas da População Residente 2014; GEP - MSESS, Carta Social

Evolução da taxa de cobertura das respostas sociais dirigidas à 1.ª infância e aos idosos, 2000-2014

Distribuição territorial da taxa de cobertura das respostas Creche e Ama

Distribuição territorial da taxa de cobertura das respostas Centro de Dia, Estrutura Residencial para Pessoas Idosas

e Serviço de Apoio Domiciliário

As respostas sociais que compõem a Rede de Serviços e Equipamentos Sociais (RSES) são um vértice fundamental no domínio da conciliação da vida pessoal e familiar com a atividade profissional, designadamente no que respeita aos cuidados a ascendentes e descendentes, a par do contributo para o reforço dos níveis de proteção social. A cobertura de respostas dirigidas a crianças dos 0 aos 3 anos de idade no território Continental apresenta no período 2000-2014 um progresso muito expressivo, refletindo um aumento do número de equipamentos de apoio às famílias no âmbito dos cuidados a descendentes. Se por um lado, a população até aos 3 anos de idade tem vindo a decrescer, por outro, o número de novos lugares disponíveis em equipamentos que integram a RSES tem crescido consideravelmente, resultando num aumento da taxa de cobertura na maioria dos municípios do Continente. Conforme é visível na figura 1, os territórios do interior centro apresentavam em 2014 os níveis de cobertura mais elevados.

Os cuidados às pessoas idosas têm melhorado também de forma significativa nos últimos anos, designadamente no âmbito da RSES. A cobertura de respostas sociais destinadas à população com 65 ou mais anos revela um desenvolvimento muito positivo de 2000 para 2014, como se pode observar na figura 2 sobre a distribuição territorial da taxa de cobertura das principais respostas para os idosos. Se é verdade que a população com 65 ou mais anos tem-se intensificado nas últimas décadas, a capacidade das respostas dirigidas à população idosa tem aumentado igualmente, embora a um ritmo mais moderado. Pela leitura dos mapas disponíveis na figura 2, verifica-se alguma assimetria no Continente ao nível da distribuição de respostas sociais para esta população, observando-se que em 2014 os concelhos do interior do país apresentavam maior cobertura do que os concelhos do litoral.

2000 2014

2000 2014

Figura 1| Taxa de cobertura das respostas Creche e Ama no período 2000-2014, por concelho Fonte: INE, Estimativas da População Residente 2014;

GEP - MSESS, Carta Social.

Taxa de cobertura média em 2000 = 18,6 % Taxa de cobertura média em 2014 = 49,2 %

Taxa de cobertura média em 2000 = 9,8 % Taxa de cobertura média em 2014 = 12,7 %

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Figura 4| Taxa de cobertura futura das respostas Centro de Dia, Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e Serviço de Apoio Domiciliário, por concelho

Fonte: INE, Estimativas da População Residente 2014; INE, Projeções da População Residente para 2030;

GEP - MSESS, Carta Social. Nota: (a) Para além da capacidade em funcionamento, inclui também a capacidade em construção registada a 31.12.2014.

O esforço desenvolvido nos últimos anos no sentido do alargamento da RSES, através da implementação de um conjunto de programas de financiamento para investimento e da otimização dos espaços que permitiu o aumento da capacidade instalada, conduziu ao crescimento das taxas de cobertura. O número de lugares em equipamentos em construção (figura 3 - A) vem reforçar o nível de cobertura apresentado atrás, por referência à capacidade em funcionamento das respostas dirigidas à 1.ª infância. Por conseguinte, tendo por base as projeções demográficas para 2030 e no pressuposto de que até aquela data há uma estabilização da construção de novos lugares, conclui-se, conforme se verifica na figura 3 - B, que, ainda assim, a cobertura tenderá a aumentar.

Figura 3| Taxa de cobertura futura das respostas Creche e Ama, por concelho Fonte: INE, Estimativas da População Residente 2014;

INE, Projeções da População Residente para 2030; GEP - MSESS, Carta Social. Nota: (a) Para além da capacidade em funcionamento, inclui também a capacidade em construção registada a 31.12.2014.

Distribuição territorial da taxa de cobertura futura das respostas Creche e Ama

Cobertura futura das respostas dirigidas à 1ª infância e aos idosos

A 2014 (a)

B 2030 (a)

Distribuição territorial da taxa de cobertura futura das respostas Centro de Dia, Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e Serviço

de Apoio Domiciliário

No que diz respeito às respostas de apoio à população idosa, perspetiva-se igualmente um prosseguimento do crescimento da taxa de cobertura destes equipamentos e serviços nos próximos anos (figura 4 - A), considerando a capacidade atualmente ainda em construção. No entanto, o aumento persistente no topo da pirâmide etária da população portuguesa nas próximas décadas, permite antever um decréscimo na cobertura de respostas sociais dirigidas à 3.ª idade (figura 4 – B), se se mantiver o atual número de lugares em funcionamento. Os territórios em torno das grandes áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, assim como na região do Algarve, serão aqueles onde haverá um maior impacto deste efeito.

Taxa de cobertura média em A 2014 (a) = 50,0 % Taxa de cobertura média em B 2030 (a) = 55,1 %

Taxa de cobertura média em A 2014(a) = 13,1 % Taxa de cobertura média em B 2030(a) = 10,2 %

A 2014(a)

B 2030(a)

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FICHA TÉCNICA TÍTULO: Carta Social – Folha Informativa n.º 19 – Outubro 2015 EDITOR: Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) AUTOR: Equipa Multidisciplinar de Análise de Politicas e Economia Social DESIGN GRÁFICO: Equipa Multidisciplinar de Análise de Politicas e Economia Social PERIODICIDADE: Trimestral ISSN: 1747-3434

Consulte a Carta Social

Gabinete de Estratégia e Planeamento Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social Praça de Londres, n.º 2 - 5.º andar 1049-056 Lisboa Tel. 21 115 50 00 Fax. 21 115 51 88 E-mail: [email protected]

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MINISTÉRIO DA SOLIDARIEDADE, EMPREGO E SEGURANÇA SOCIAL

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Os progressos verificados no âmbito do alargamento da RSES têm contribuído para um importante incremento da cobertura de respostas de apoio às famílias, favorecendo a promoção da gestão da vida familiar e da atividade profissional e, simultaneamente, garantido a melhoria dos níveis de proteção social das populações. Contudo, as alterações na estrutura demográfica da população portuguesa terão indubitavelmente efeitos a curto prazo no nível de cobertura das respostas sociais, sendo necessário que antecipadamente sejam ponderados estes desenvolvimentos, tendo também em conta o comportamento da utilização destes serviços.

Notas finais