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1 George Whitefield ao Sr. John Wesley: "Não, meu caro, Senhor, você errou!". Uma Carta de George Whitefield ao Rev. Sr. John Wesley EM RESPOSTA ao Sermão do Sr. Wesley, intitulado· “Graça Livre” “E chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível”. (Gálatas 2:11) MONERGISMO.COM “Ao Senhor Pertence a Salvação” (Jonas 2:9) www.monergismo.com

Carta Whitefield Wesley

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Carta sobre os assuntos de eleição e livre arbítrio.

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    George Whitefield ao Sr. John Wesley: "No, meu caro, Senhor, voc errou!".

    Uma Carta de

    George Whitefield ao

    Rev. Sr. John Wesley

    EM RESPOSTA ao Sermo do Sr. Wesley, intitulado Graa Livre

    E chegando Pedro Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensvel.

    (Glatas 2:11)

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    Ao Senhor Pertence a Salvao (Jonas 2:9)

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    PREFCIO

    Eu estou muito consciente dos diferentes efeitos que a publicao dessa

    carta, contra o prezado Sermo do Sr. Wesley, ir produzir. Muitos dos meus amigos que so defensores estrnuos da redeno universal sero imediatamente ofendidos. Muitos que so zelosos, por outro lado, sero muito regozijados. Eles dois so tpidos, de ambos os lados, e so levados por argumentaes carnais, o que faz com que esse assunto nunca possa ser levado sob debate.

    As razes que eu dei, no comeo da carta, eu penso que so suficientes

    para satisfazer toda a minha conduta nela. Eu desejo, ento, que eles, que abraam a eleio, no triunfem e comemorem, por um lado (porque eu detesto qualquer coisa desse tipo) e que eles, que so preconceituosos contra esta doutrina, no se sintam muito consternados ou ofendidos uns com os outros.

    Conhecidos por Deus so todos os seus caminhos, desde o comeo do mundo. O grande dia ir revelar porque o Senhor permite que o querido Sr. Wesley e eu tenhamos maneiras to diferentes de pensar. No momento, eu no devo fazer indagaes nesse assunto, alm do relato o qual ele mesmo tem dado dele, na carta que se segue, e que eu recentemente recebi das suas prezadas mos.

    Londres, 9 de Agosto de 1740

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    RESPOSTA DO Sr. WESLEY AO Sr. WHITEFIELD Meu prezado Irmo,

    Eu agradeo a voc pela sua carta de 24 de Maio. O caso bastante evidente.

    Existem os fanticos, tanto a favor da predestinao quanto contra ela. Deus est enviando uma mensagem queles de ambos os lados. Mas ningum ir receb-la, exceto aqueles que tenham opinio prpria. Por essa razo, nesse momento, voc permitido ser de uma opinio e eu de outra. Mas, quando o tempo chegar, Deus ir fazer o que o homem no pode, ou seja, fazer-nos ambos com uma mente apenas.

    Ento, persecuo ir se extinguir, e ser visto, se ns consideramos nossas vidas preciosas para ns mesmos, de modo que possamos terminar nossa jornada com alegria.

    Eu sou, meu mais querido Irmo, Sempre seu, J. Wesley

    Assim, meu honrado amigo, eu oro fervorosamente a Deus para apressar o tempo, para que ele seja claramente iluminado em todas as doutrinas da divina revelao, para que possamos estar, assim, intimamente unidos, em princpio e julgamento, tanto quanto em corao e afeio. E, ento, se o Senhor puder nos chamar para isso, eu no me importo, se eu for com ele, para a priso, ou para a morte. Porque como Paulo e Silas, eu espero que possamos cantar louvores a Deus, e levarmos isto em conta de nossa enorme honra em sofrer pela causa de Cristo, e dispor nossas vidas pelos irmos.

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    A CARTA DO Sr. WHITEFILED PARA Sr. WESLEY

    Bethesda, Georgia, 24 de Dezembro, 1740

    Reverendo e muito Prezado Irmo.

    S Deus sabe quo indizvel tristeza no meu corao, eu senti, do seu informe, desde que eu deixei a Inglaterra, a ltima vez. Se for minha debilidade ou no, eu francamente confesso que Jonas no poderia ir com mais relutncia contra Ninive, do que eu agora ao pegar a pena na mo, para escrever contra voc. Fosse natural falar, eu preferia morrer a fazer isso; e ainda que eu seja fiel a Deus, e minha prpria alma e a de outros, eu no posso permanecer neutro, por mais tempo. Eu estou deveras apreensivo que nossos adversrios comuns venham regozijar-se em nos ver diferindo, entre ns mesmos.

    Mas o que eu posso dizer? Os filhos de Deus esto em perigo de carem no erro. Mais ainda, inmeros tm sido enganados, os quais Deus tem se agradado trabalharem sob meu ministrio, e um grande nmero est ainda clamando para que eu tambm mostre minha opinio. Eu devo, ento, mostrar que eu no conheo homem algum, segundo a carne, que eu no tenha respeito como pessoa, alm do que seja consistente com meu dever para com meu Senhor e Mestre, Jesus Cristo.

    Essa carta, sem dvida, me far perder muitos amigos e, por esse motivo, talvez, Deus tenha deixado essa difcil tarefa incumbida a mim, at mesmo, para ver se eu estou disposto a perdoar tudo por ele, ou no. Por consideraes como essas, eu penso que meu dever suportar um testemunho humilde e, fervorosamente, pleitear pela verdade, o qual, eu estou convencido, est claramente revelada na Palavra de Deus. Em defesa da qual eu devo usar de grande clareza de discurso, e tratar meu mais querido amigo na terra, com a maior simplicidade, fidelidade, e liberdade, deixando as conseqncias de tudo para Deus.

    Porque, algum tempo atrs, e, especialmente, desde minha ltima partida da Inglaterra, tanto em pblico como em privado, pregando ou imprimindo, voc tem propagado a doutrina da redeno universal. E quando eu me lembro o quanto Paulo repreendeu Pedro por esta dissimulao, eu temo que eu tenha sido pecadoramente silencioso muito tempo. Oh! Ento, no se aborrea comigo, prezado e honrado senhor, se agora eu liberto minha alma, dizendo-lhe que voc errou grandemente!.

    No meu desejo entrar num longo debate sobre os decretos de Deus. Eu fiz referncia sua ao Dr. Edwards em seu Veritas Redux1, que, eu penso incontestvel, exceto em um ponto, concernente ao tipo mediano, entre os eleitos e os rprobos, o qual, ele mesmo, em efeito, depois, condena.

    1 Whitefield refere-se a uma obra do Dr. John Edwards de Cambridge, no a Jonathan Edwards, o famoso pastor-telogo americano.

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    Eu devo fazer apenas algumas poucas observaes do seu Sermo intitulado: Graa Livre. E, antes que eu entre no discurso, propriamente, d-me permisso para fazer uma pequena advertncia sobre o que voc denomina ser uma indispensvel obrigao tornar isso pblico a todo o mundo. Eu devo admitir que eu sempre achei que voc estava totalmente equivocado quanto a isso.

    O caso, (voc sabe), colocado assim: Quando voc estava, em Bristol, eu penso que voc recebeu uma carta, em mo, solicitando a voc a no pregar o Evangelho, porque voc no prega a eleio. Nisso, voc traou o seu destino: a resposta era pregar e imprimir. Eu tenho freqentemente questionado, como eu fao agora, se, em fazendo isso, voc no tentou o Senhor. Um devido exerccio da prudncia religiosa, sem (destino traado), teria dirigido voc a esse respeito. Alm do que, eu nunca ouvi que voc buscou de Deus, se, ou no, a eleio era uma doutrina evanglica.

    Mas, eu temo, que, tomando isso como certo, (que eleio no era uma verdade bblica), voc apenas buscou saber se devia ficar em silncio, ou pregar e imprimir contra isso.

    Como quer que isso seja, a deciso foi tomada: 'pregar e imprimir'; concordantemente, voc pregou e imprimiu contra a eleio. A meu desejo, voc reprimiu a publicao do Sermo, enquanto eu estava na Inglaterra, mas voc logo o enviou ao mundo depois de minha partida. ', que voc tivesse detido isso!'

    Porm, se o Sermo foi impresso, em resposta a uma escolha, eu estou apto a pensar uma razo por que Deus deveria impedir voc de ser enganado , era, que, por este meio, uma obrigao especial poderia ser posta em mim: fielmente declarar a doutrina da eleio das Escrituras, para que assim, o Senhor me desse uma nova oportunidade de ver o que estava em meu corao, e, se eu seria verdadeiro para com Sua causa ou no; o que voc no pode deixar de concordar, ele tinha feito antes, dando a voc aquela outra escolha, em Deal.

    A manh, que eu embarquei de Deal por Gilbratar (2 de Fevereiro de 1738), voc desembarcou da Gergia. Ao invs de me dar uma oportunidade de conversar consigo, j que o navio no estava muito longe da orla, voc 'traou seu destino', e imediatamente partiu de Londres. Voc deixou uma carta, na qual havia palavras com esse efeito: 'Quando eu vi (que) Deus, atravs do vento com qual estava levando voc para fora, trazia-me para dentro, eu pedi uma deliberao a Deus. Sua resposta voc a tem anexa'. (Tratava-se de um pedao de papel), em que estava escrito: 'Deixe-o retornar para Londres'.

    Quando eu recebi isso, eu fiquei um pouco surpreso. Aqui estava um bom homem dizendo-me que ele tinha o destino traado, e que Deus teria pedido meu retorno para Londres. Por outro lado, eu sabia que meu chamado era para a Gergia, e que eu deveria partir de Londres, e no poderia vir justamente dos soldados, que estavam encarregados da minha guarda. Eu me dirigi a um amigo para orar.

    Essa passagem em: (I Reis 13) -Porque assim me ordenou o senhor, pela sua

    palavra, dizendo: No comers po, nem bebers gua e no voltars pelo caminho, por onde foste. E foi-se, por outro caminho, e no voltou, pelo caminho por onde viera

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    a Betel estava poderosamente impressa na minha alma, onde o Profeta foi morto por um leo, quando ele foi tentado a voltar (contrrio ordem expressa de Deus) na qual outro Profeta estava dizendo que Deus lhe teria pedido isso. Eu escrevi a voc dizendo que no poderia retornar para Londres. E partimos imediatamente.

    Alguns meses depois, eu recebi uma carta sua da Gergia, onde voc escrevia palavras com esse efeito: 'Embora Deus nunca tenha me dado uma escolha errada ainda -, talvez, ele me impediu de ter tal escolha naquele momento, para experimentar o que estava em seu corao'.

    Eu nunca deveria ter publicado aquela transao particular ao mundo, se a

    Glria de Deus no tivesse me chamado para isso. evidente que voc teve a escolha errada ficando aqui, e justamente, porque voc tentou Deus, traando seu destino. E, assim, eu acredito, no presente caso. E, sendo assim, no deixe que os filhos de Deus, que so meus, e seus amigos ntimos, e tambm defensores da redeno universal, pensarem que aquela doutrina verdadeira porque voc a pregou, em complacncia com a escolha dada por Deus.

    Isso, eu penso, pode servir como uma resposta para aquela parte do Prefcio do seu Sermo impresso, onde voc diz: 'Nada mais a no ser a forte convico, no apenas esta, que est aqui apresentada, a verdade, como ela em Jesus, mas tambm, que eu sou - indispensavelmente - obrigado a declarar essa verdade para todo o mundo'.

    Que voc acredite que o que voc tem escrito seja verdade, e que voc

    honestamente vise a glria de Deus, escrevendo, eu no tenho a menor dvida. Mas, ento, honrado Senhor, eu no posso deixar de pensar que voc tem cometido muitos equvocos, em imaginar que o seu convidativo Deus, traando seu destino, da maneira como voc tem feito, poderia coloc-lo debaixo da obrigao indispensvel para qualquer ao, muito menos, para publicar seu Sermo contra a doutrina da predestinao da vida.

    Eu devo observar, a seguir, que como voc foi infeliz em imprimir, afinal, de acordo com tal autorizao imaginria, ento voc foi infeliz na escolha do seu texto. Honorvel Senhor, como pode entrar em seu corao escolher um texto para desaprovar a doutrina da eleio, fora de Romanos 8, onde essa doutrina plenamente afirmada?: (...) E aos predestinados, a esses tambm chamou; e aos que chamou, a esses tambm justificou; e aos que justificou, a estes tambm glorificou (...)

    Uma vez, eu falei com um Quaker (membro da Sociedade de Amigos, um grupo cristo que promove encontros informais, ao em vez dos servios formais religiosos, e so contrrios violncia ou guerra sob qualquer circunstncia), sobre esse assunto, ele no teve algum outro modo de fugir da fora da afirmao do Apstolo do que dizendo: 'Eu acredito que Paulo estava errado'. E outro amigo, mais tarde, que uma vez foi bastante preconceituoso contra a doutrina da eleio, ingenuamente confessou que ele foi levado a pensar que o prprio Paulo estava equivocado, ou que ele no havia sido traduzido corretamente.

    De fato, caro, Senhor, evidente, sem qualquer contradio, que Paulo, atravs de todo Romanos 8, est falando dos privilgios somente daqueles que esto realmente

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    em Cristo. E deixe qualquer pessoa no preconceituosa ler o que vem antes, e o que se segue em seu texto, e ele deve confessar, ao mundo todo, apenas o que significa aqueles que esto em Cristo. E a ltima parte do texto plenamente prova isso que, eu acho, o prezado, Sr. Wesley ir, sem dvida, dispensar. Quero dizer, a perseverana final dos filhos de Deus:Ele que no poupou seu nico filho, antes o entregou por ns, (por exemplo, todos Santos), como no nos dar tambm com ele todas as coisas?. (Rom 8:32). [Ele deve nos dar] graa, em particular, para nos capacitar a perseverar, e tudo o mais necessrio para nos levar para casa, para o Reino Divino de nosso Pai.

    Tivesse algum a idia de querer provar a doutrina da eleio, tanto quanto a da perseverana final, ele poderia ardentemente desejar por um texto mais adequado ao propsito dele, do que aquele o qual voc tem escolhido para contest-lo! Aquele que no o conhece suspeitaria que voc estava atento a isso, porque, depois do primeiro pargrafo, eu escassamente sei se voc tem mencionado [o texto] mais do que uma vez, atravs de todo o Sermo.

    Mas seu discurso, na minha opinio, to pequeno para o propsito quanto seu texto, e em vez de deformar, faz, mais e mais, me confirmar na crena da doutrina da eterna eleio de Deus.

    Eu no posso deixar de mencionar quo ilgico voc tem procedido. Tivesse voc escrito claramente, voc deveria, primeiro, honorvel Senhor, ter provado sua proposio: A Graa de Deus livre para todos. E, ento, a propsito da inferncia, [voc deveria] pronunciar-se quanto ao que chama de decreto horrvel. Mas voc sabia que aquelas pessoas (porque Armnios, por fim, tm abundado bastante, entre ns) estavam geralmente preconceituosas contra a doutrina da reprovao, e, ento, pensaram que, se voc tivesse mantido a antipatia deles disso, voc poderia subverter a doutrina da eleio inteiramente. Para que, sem dvida, a doutrina da eleio e da reprovao devam permanecer ou cair juntas.

    Mas, no fazendo caso disso, tanto quanto sua definio equivocada da palavra graa, e sua falsa definio da palavra livre, e esta, eu posso ser, to breve, quanto possvel, eu francamente reconheo: Eu acredito na doutrina da reprovao, sob o ponto de vista de que Deus pretende dar salvao pela graa, atravs de Jesus Cristo, apenas a um certo nmero de pessoas, e que o restante da humanidade, depois da queda de Ado, sendo justamente deixado por Deus para continuar no pecado, ir, por fim, sofrer aquela morte eterna, a qual seu prprio salrio.

    Essa a doutrina estabelecida pelas Escrituras, e reconhecida como tal, no 17o. Artigo, da Igreja da Inglaterra, como o Bispo Burnet, ele prprio, confessa. Ainda que, o prezado, Sr. Wesley, absolutamente, negue isso! Mas, a mais importante objeo que voc tem levantado contra essa doutrina, como motivo do porqu voc a rejeita, sendo seriamente considerada, e fielmente, experimentada pela Palavra de Deus, parecer ser sem fora, afinal.

    Vamos deixar o assunto ser humildemente e calmamente revisto, como segue: 1. Voc diz que, se for assim (se h eleio), ento, toda pregao em vo:

    desnecessria queles que so eleitos; porque eles, mesmo com ou sem pregao,

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    sero, infalivelmente, salvos. Conseqentemente, o objetivo da pregao de salvar as almas nulo, no que diz respeito a eles.

    E, desnecessria queles que no so eleitos, e no tm a possibilidade de serem salvos. Eles, mesmo com ou sem pregao, sero, infalivelmente, condenados. O objetivo da pregao nulo, no que diz respeito a eles, igualmente. Ento, tanto num caso, como em outro, nossa pregao ineficaz, e os que a ouve so igualmente vos.

    , Prezado, Senhor, que espcie de argumento ou melhor -, sofisma essa!

    No tem Deus que tem apontado salvao para um certo nmero , apontado tambm a pregao da Palavra como um meio de lev-los a isso? ( salvao).

    Pode algum abraar a eleio, de outra forma?

    E se pode, como a pregao desnecessria aos que so eleitos, quando o Evangelho designado por Deus, para ser o poder de Deus, na salvao eterna deles?

    E, desde que no saibamos quais so os eleitos, e quais so os reprovados, devemos pregar indiscriminadamente a todos. Para que a Palavra possa ser til, at mesmo aos no-eleitos, restringindo-os de tanta maldade e pecado. Porm, suficiente incitar os ltimos diligentes em pregar e ouvir, quando ns consideramos que, por esses meios, alguns, at mesmo os muitos que o Senhor tem ordenado para a vida eterna, devem ser estimulados e habilitados a crer. E aquele que assiste pregao, especialmente com reverncia e cuidado, ele pode dizer que pode ser encontrado entre esses privilegiados?

    2. Voc diz que as doutrinas da eleio e reprovao, diretamente, tendem a destruir

    a santidade, que o objetivo de toda a ordenana de Deus. Porque (diz o equivocado Sr. Wesley), ela totalmente arranca fora aqueles primeiros motivos a serem seguidos, to freqentemente propostos na Escritura. A esperana da futura recompensa, e o medo da punio, a esperana dos cus, e o medo do inferno, etc.. etc... etc....

    Eu penso que aquele que carrega a perfeio, de uma maneira to exaltada, como o nosso prezado, Sr. Wesley faz, saberia que o verdadeiro amante de Jesus Cristo esforar-se-ia para ser santo, pela causa de ser santo, e trabalharia para Cristo por amor e gratido, sem qualquer considerao s recompensas dos cus, ou medo do inferno. Voc se lembra, prezado, Senhor, o que Scougal disse: Amor o mais poderoso motivo que os faz mudar. Mas, afora isso, e concedendo essas recompensas e punies (como elas certamente so) pode ser motivo pelo qual o cristo pode ser honestamente incitado a agir por Deus , ento , como a doutrina da eleio destri esses motivos? No sabem os eleitos que quanto mais boas obras ele fazem, maior ser a recompensa deles? E isso no encorajamento suficiente para estabelec-los e fazer com que eles permaneam trabalhando para Jesus Cristo? E como a doutrina da eleio destri santidade? Quem alguma vez pregou qualquer outra eleio do

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    que aquela que o Apstolo pregou, quando disse em (2Ts. 2:13) Mas devemos sempre dar graas a Deus, por vs, irmos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princpio para a salvao, em santificao do Esprito e f da verdade?. No a santidade feita uma marca de nossa eleio, por todo aquele que a prega? E como, ento, pode a doutrina da eleio destruir santidade? O exemplo que voc traz para ilustrar a sua afirmao, realmente, caro, Senhor, totalmente impertinente. Porque voc diz: Se um homem doente sabe que ele deve inevitavelmente morrer ou inevitavelmente recuperar-se, ainda que ele saiba qual, no razovel tomar qualquer medicamento, afinal. Prezado, Senhor, que argumento mais absurdo esse aqui? Voc j esteve alguma vez doente em sua vida? Se j esteve, a menor probabilidade ou possibilidade de sua recuperao, ainda que voc soubesse que estava inalteradamente determinado que voc deveria viver ou morrer, encorajaria voc a tomar remdio? Como voc saberia que esse medicamento no seria a maneira pela qual Deus pretendia recuperar voc?

    Exatamente assim, para a doutrina da eleio. Eu sei que ela est inalteravelmente fixada (algum pode dizer) que eu devo ser condenado ou salvo; mas desde que eu no saiba qual delas, com certeza, porqu eu no deveria me esforar, embora no momento, no estado natural, j que eu nada sei, se esse esforo pode ser a maneira que Deus tem pretendido me abenoar, com o objetivo de me levar para o estado de graa?

    Prezado, Senhor, considere essas coisas. Para fazer uma aplicao imparcial, e, ento, julgar que pequeno motivo voc teve para concluir o 11o. Pargrafo, com essas palavras: Ento, diretamente, essa doutrina tende a fechar todos os portes da santidade em geral, por dificultar os homens profanos de sempre se aproximarem dela, ou se esforarem para entrar nela. Diretamente, voc diz, a doutrina tende a destruir as vrias formas de santidade, como a mansido, amor, etc...

    Eu devo lhe algo, caro, Senhor, em resposta ao seu pargrafo. Caro, Sr. Wesley, talvez esteja disputando com alguns homens esquentados e de esprito-tacanho, e que abraam a doutrina da eleio, e ento, deduz que esses esquentados e tacanhos de esprito sejam assim devido aos princpios deles?

    Mas o Sr. Wesley no conhece meus queridos filhos de Deus, que so predestinados, e ainda assim, so submissos, humildes, desprezveis, afveis, amveis, de esprito catlico, e esperam ver o mais vil e libertino dos homens convertido? E, por que? Porque eles sabem que Deus os salvou, por um ato de seu elegido amor, e eles no sabem, mas ele pode ter elegido aqueles que agora parecem ser os mais abandonados. Mas, caro, Senhor, ns no devemos julgar a verdade dos princpios, em geral, nem essa, da eleio, em particular, completamente, da prtica de alguns que professam det-las. Se assim for, eu estou certo que muito deveria ser dito contra a sua opinio. Por isso, eu apelo ao seu corao, tenha ou no voc sentido em si

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    mesmo, ou observado em outros, um esprito-tacanho, e alguma desunio de alma, com respeito queles que abraam a redeno universal. Se for assim, ento, de acordo com as suas prprias regras, a redeno universal est errada, porque ela destri diversas ramificaes da santidade, como mansido, amor, etc. Mas, para no insistir nisso, eu imploro que voc observe que sua inferncia completamente colocada de lado, pela fora do argumento do Apstolo, e pela linguagem que expressamente usada em Colossenses 3:12-13: Revesti-vos, pois, como eleitos de deus, santos e amados, de entranhas de misericrdia, de benignidade, humildade, mansido, longanimidade, suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros; se algum tiver queixa contra o outro; assim como Cristo vos perdoou, assim, fazei vs tambm.

    Aqui, vemos que o Apstolo os exorta a colocar entranhas de misericrdia, generosidade, humildade da mente, mansido, tolerncia, etc., nessas consideraes: isto , porque elas foram eleitas de Deus. E todo aquele que tem experimentalmente sentido essa doutrina, em seus coraes, sente que essas graas so os genunos efeitos de sua existncia eleita de Deus.

    Mas, talvez, prezado, Sr. Wesley, haja equvocos, nesse ponto, ao chamar de paixo o que apenas zelo pelas verdades de Deus. Voc sabe que o Apstolo nos exorta a combater fervorosamente pela f, que uma vez foi entregue aos santos (Judas 3) Amados, procurando eu vos escrever com toda a diligncia acerca da comum salvao, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela f que uma vez foi dada aos santos. Portanto, voc no deve condenar todo aquele que parece zeloso pela doutrina da eleio, como esprito-tacanho, ou perseguidores, apenas porque eles pensam que dever deles, oporem-se a voc. Eu estou certo de que eu amo voc em Jesus, e penso que eu poderia entregar minha vida pela sua causa; mas ainda, prezado, senhor, eu no posso ajudar tenazmente contrapondo seus erros, nesse assunto importante, porque eu penso que voc entusiasticamente, embora no propositadamente, contrape a verdade, como ela est em Jesus.

    Possa o senhor remover as escamas de preconceito fora dos olhos de sua mente e dar a voc uma zelosa concordncia com o verdadeiro conhecimento cristo!

    3. Diz o seu Sermo: Essa doutrina tende a destruir o conforto da religio, a felicidade do Cristianismo, etc... etc.... Mas como o Sr. Wesley sabe disso; ele que nunca acreditou em eleio? Eu acredito que aquele que experimentou isso ir concordar com o 17o. Artigo, que a piedosa considerao da predestinao, e eleio em Cristo, cheia de agradvel, aprazvel, indizvel conforto as pessoas piedosas, e assim, sentindo em si mesmas o trabalho do Esprito de Cristo, mortificando as obras da carne, e seus concebveis membros, e conduzindo suas mentes para as coisas divinas e elevadas, tanto quanto, isto grandemente estabelece e confirma sua f na eterna salvao, para ser festejada atravs de Cristo, como porque, isso fervorosamente inflame o amor com relao a Deus, etc.. etc

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    Isto claramente mostra que nossos reformadores religiosos no pensam que eleio destruiu santidade e o conforto da religio. No que se refere a mim, essa doutrina meu suporte dirio. Eu deveria, absolutamente, me afundar debaixo do temor dos meus julgamentos iminentes, no fosse firmemente persuadido de que Deus tinha escolhido a mim, em Cristo, antes da criao do mundo, e que agora sendo eficazmente chamado, ele no ir permitir que algum me arranque fora de suas todo-poderosas mos.

    Voc procede assim: evidente naqueles que acreditam que eles prprios sero reprovados, ou apenas suspeitam ou temem isso; todas as grandes e preciosas promessas esto perdidas para eles; elas lhes fornecem nenhum vislumbre de conforto.

    Em resposta a isso, deixe-me observar que nenhum vivente, especialmente ningum que esteja desejoso de salvao, pode saber que ele no um dos eleitos de Deus. Ningum, a no ser o no-convertido pode ter alguma justa razo para temer bastante isso. E poderia, caro, Sr. Wesley, dar conforto, ou ousar aplicar as preciosas promessas do evangelho, sendo alimento infantil, para os homens no estado natural, enquanto eles continuam como esto? Deus proba! O que, se a doutrina da eleio e reprovao faz colocar alguns em dvida? Tanto quanto faz aos da regenerao.

    Mas, no essa dvida, um bom motivo para coloc-los na busca e no esforo, e que esse esforo, um bom motivo para fazer seu chamado e sua eleio segura?

    Esta uma razo, dentre muitas outras, do porqu eu admiro a doutrina da eleio e esteja convencido de que deveria haver um lugar na ministrao do evangelho e de que deveria ser insistida com fidelidade e cuidado. Ela tem a tendncia natural de levantar a alma fora de sua segurana carnal. Entretanto, muitos homens carnais clamam contra isso! Enquanto que a redeno universal uma noo tristemente adaptada para manter a alma nessa letrgica condio de adormecida e, entretanto, tantos homens naturais a admiram e aplaudem.

    Seus pargrafos seguintes so os prximos a serem considerados; O testemunho do Esprito, voc diz, a experincia mostra ser muito obstrudo por essa doutrina.

    Mas, Prezado, Senhor, quais experincias? No a sua prpria; porque, em seu Dirio, do seu embarque para Gergia, no seu retorno Londres, voc parecia reconhecer que no tinha, e, ento, voc no um juiz competente nesse assunto. Voc deve estar querendo dizer, a experincia de outros! Porque voc diz no seu 15o. Pargrafo: At naqueles que tm testado o bom dom, e os que ainda, recentemente, os perdeu novamente (eu suponho que voc queira dizer que perdeu o significado dele novamente) e sucumbiram nas dvidas e medos e escurido, at mesmo a horrvel escurido que poderia ser sentida, etc...etc...) Agora, sobre a escurido do deserto, no era esse o caso do prprio Jesus Cristo, depois de ter recebido desmedida uno do Esprito Santo?

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    No estava a sua alma excessivamente dolorosa, at mesmo para a morte, no jardim? E no estava ele cercado por uma horrvel escurido, at mesmo a escurido que deveria ser sentida, quando na cruz ele clamou Meu Deus! Meu Deus! Por que tu me abandonaste?. E que todos os seus seguidores estavam sujeitos ao mesmo, no evidente atravs das Escrituras? Porque, diz o Apostolo Ele foi tentado em todas as coisas como ns somos: (Hebreus 4:15) Porque no temos um sumo sacerdote que no possa compadecer-se das nossas fraquezas; porm, um que, como ns, em tudo, foi tentado, mas sem pecado. Ento, ele prprio deve ser capaz de acudir aqueles que so tentados. (Hebreus 2:18) Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que so tentados. E no responsabilidade deles, alm disso, consistente com aquela conformidade a ele no sofrimento, o qual seus membros tero que agentar? (Fp 3:10) para conhec-lo, e a virtude da sua ressurreio, e a comunicao de suas aflies, sendo feito conforme a sua morte. Por que, ento, deveria ser algum argumento contra a doutrina da eleio, as pessoas carem na escurido, depois de terem recebido o testemunho do Esprito? Ainda, voc diz, muitos, os muitos que no a abraam, em todos os cantos da terra, tm se regozijado do ininterrupto testemunho do Esprito, a contnua luz do semblante de Deus, do momento em que eles primeiro acreditaram, por muitos meses ou anos, at aquele dia. Mas como pode o Sr. Wesley saber disso? Tem ele consultado a experincia de muitos, dos muitos em todas as partes da terra? Ou, poderia ele estar certo de que tendo avanado, sem suficientes fundamentos, significaria que, sua existncia mantida nessa luz, seja devido a no crena dele na doutrina da eleio? No. Essa [doutrina], de acordo com os sentimentos de nossa Igreja, grandemente confirma e estabelece a verdadeira f crist na eterna salvao, atravs de Jesus Cristo, e uma ncora de esperana, tanto certa como firme, quando ele caminha na escurido e no v a luz; como certamente ele pode, mesmo depois de ter recebido o testemunho do Esprito, mesmo que voc ou outros possam, no deliberadamente, afirmar o contrrio. Ento, ter respeito eterna promessa de Deus, e lanar-se frente do livre e nico amor daquele Deus que no muda, ir faz-lo erguer as mos que abaixou, e tornar fortes os fracos joelhos. Mas, sem a crena da doutrina da eleio, e a imutabilidade do livre amor de Deus, eu no posso ver como possvel que algum poderia ter a promessa confortvel da eterna salvao. O que poderia significar para um homem, cuja conscincia cuidadosamente acordada, e para aquele que advertido, sinceramente, a buscar a liberdade - da ira de Deus que vir -, embora, ele possa estar seguro de que todos os seus

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    pecados passados esto perdoados, e que ele agora uma criana de Deus; se, apesar disso, ele pode, no futuro, tornar-se uma criana do diabo, e ser, por fim, lanado no inferno? Poderia tal segurana sucumbir algum conforto slido, duradouro para uma pessoa convencida da corrupo e infidelidade do prprio corao, e da malcia, delicadeza, e poder de Satans? No! Aquele que sozinho merece o nome de total promessa da f, de tal forma uma promessa, como encoraja o que cr, debaixo da compreenso do seu interesse, no amor, sem igual, a confrontar todos os seus adversrios, tanto homens como diabos, e que com o olhar para todo o seu futuro, como tambm o presente, tenta destruir dizendo com o Apstolo: Deus por ns!.

    (Rom. 8:33-39): Quem sustentar acusao contra os escolhidos de Deus? Deus quem os justifica. Quem os condenar? Pois Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual est direita de Deus, e tambm intercede por ns. Quem nos separar do amor de Cristo? A tribulao, ou angstia, ou a perseguio, ou a fome, ou a nudez, ou perigo, ou a espada? Como est escrito: Por amor de ti, somos entregues morte todo o dia; fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas, em todas essas coisas, somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o provir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poder separar do amor de deus, que est em Cristo Jesus, nosso Senhor! Isto, caro, Senhor, a vitoriosa linguagem de toda alma que tem alcanado a total promessa da f. E essa promessa pode apenas surgir da crena do eterno amor da eleio de Deus. Que muitos tm uma promessa de que eles esto em Cristo, hoje - mas no se preocupar com isso - ou no assegura que eles devero estar nele amanh nem em toda eternidade ou, em lugar da imperfeio e infelicidade deles, seus privilgios.

    Eu oro a Deus para trazer essas criaturas para o sentido do seu amor eterno, o qual eles podem no construir da sua prpria fidelidade, mas da imutabilidade daquele Deus, cujos dons e chamados so sem remorsos. Porque aqueles a quem Deus tem uma vez justiado, ele tambm ir glorificar. Eu observei, anteriormente, Prezado, Senhor, que no sempre uma regra segura julgar da verdade dos princpios, da prtica das pessoas. E, ento, supondo que todo aquele que abraam a redeno universal, na sua maneira de explic-la, depois de receberem f, regozijaram-se do contnuo e ininterrupto sinal da tolerncia de Deus, isso no significa que esses so frutos de seus princpios. Porque aquele, eu estou certo, tem uma tendncia natural de fazer permanecer a alma na escurido, para sempre; porque a criatura, nesse caminho, ensinada que sua existncia ser mantida num estado de salvao devido ao seu livre-arbtrio.

    E que fundamentao mais ignbil essa para a pobre criatura construir suas esperanas de perseverana adiante? Todo declnio no pecado, cada surpresa pela tentao, deve atir-lo nas dvidas e medos, na horrvel escurido, mesmo a escurido que pode ser sentida.

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    Assim , que as cartas, as quais tm sido ultimamente enviadas a mim, por aqueles que abraam a redeno universal, so mortas e sem vida, secas e inconsistentes, em comparao com aqueles que eu tenho recebido das pessoas do lado contrrio. Aqueles que se estabeleceram na vergonha universal, ento, deveriam comear no Esprito , (o que quer que eles possam dizer ao contrrio) , aquilo que eles terminaram na carne, e construindo a retido fundamentada em seu livre-arbtrio: ao mesmo tempo em que outros triunfam em esperana na glria de Deus, e construir, posteriormente, a promessa-que-nunca-falha e o inaltervel amor de Deus, mesmo quando sua sensvel presena reservada deles. Mas eu no deveria julgar da verdade da eleio, pela experincia de qualquer pessoa em particular. Se eu o fiz (, levante-se comigo, nessa estupidez de audcia), eu penso, eu prprio deveria me gloriar na eleio. Porque, esses cinco ou seis anos que eu tenho recebido o testemunho do Esprito de Deus; desde que, abenoado seja Deus, eu no tenho duvidado, um quarto de hora, do interesse salvador de Jesus Cristo: mas, com tristeza e modesta vergonha, eu reconheo, eu tenho cado em pecado, desde ento. A despeito do fato de eu no fazer no me preocupar permite que qualquer transgresso, ainda que at o momento, eu no tenha sido (nem eu espero isso, e, enquanto eu estiver nesse presente mundo, eu nunca deverei ser) capaz de viver, um dia, perfeitamente livre, de todos os defeitos do pecados. E, desde que as Escrituras declarem que no h um homem justo na face na terra (no, entre aqueles de altas realizaes na graa) que faa o bem e no peque, estamos certos de que esse ser o caso de todos os filhos de Deus. (Ecl. 7:20) Na verdade, no h homem justo sobre a terra, que faa bem e no peque. A experincia universal e o reconhecimento disso, entre os religiosos, em todas as pocas, so abundantemente suficientes para refutar o erro daqueles que abraam o absoluto senso de que, depois do homem ter nascido novamente, ele no pode pecar. Especialmente, desde que o Esprito Santo condene a pessoa que diz que ela no tem pecado, como no sendo, elas prprias, confiveis, como sendo destitudas da verdade, e fazendo Deus uma fraude. (I Joo 1:8.10) Se dissermos que no temos pecado, enganamo-nos a ns mesmos, e no h verdade em ns. Se confessarmos os nossos pecados, ele fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustia. Se dissermos que no pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra no est em ns Eu tenho estado tambm, em muita opresso, devido s mltiplas tentaes, e espero, freqentemente, estar, antes que eu morra. Assim, como os Apstolos e os primitivos cristos estiveram. Assim, era Lutero, esse homem de Deus, que, tanto quanto sei, no imperiosamente, pelo menos, deteve a eleio; e o grande John Arndt esteve, em grande perplexidade, mas um quarto de hora, antes de morrer, embora ele no fosse um predestinado.

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    E, se eu devo falar livremente, eu acredito que sua luta, to vigorosamente, contra a doutrina da eleio e persuaso, to veementemente, para uma perfeio sem pecado, est entre as razes ou causas culpveis, por que voc mantido, do lado de fora das liberdades do Evangelho, e da total promessa da f, o qual desfrutam, aqueles que provam, e diariamente se alimentam do eterno amor da eleio de Deus. Mas, talvez, voc possa dizer, que Lutero e Arndt no eram cristos, pelo menos, que eram muito fracos. Eu sei que voc pensa cruelmente de Abrao, entretanto, ele foi, extremamente, chamado o amigo de Deus; e, eu acredito, tambm de Davi, o homem depois do prprio corao de Deus. No me surpreende, ento, que na carta que voc me enviou, no faz muito tempo, voc me dissesse que nenhum escritor Batista ou Prebisteriano, os quais voc leu, sabe alguma coisa das liberdades de Cristo. O que? Nem Bunyan, Henry, Flavel, Halyburton, ou qualquer um da Nova Inglaterra, ou os telogos escoceses? Veja, caro, senhor, que um esprito-no-mesquinho e desejo de caridade surjam desses seus princpios, e ento, no venha gritar contra a eleio, nunca mais, por causa dessa sua afirmao: destrutiva da mansido e amor.

    4. Eu devo agora prosseguir num outro ponto. Diz o caro, Sr. Wesley. Quo

    incmodo pensamento esse, o de que milhares e milhes de homens, sem qualquer ofensa precedente ou suas prprias faltas, sejam imutavelmente fadados ao fogo eterno? Mas quem alguma vez afirmou que milhares, milhes de homens, sem qualquer ofensa precedente ou suas prprias faltas, sero imutavelmente condenados ao fogo eterno? No so aqueles que acreditam que Deus est sentenciando os homens ao fogo eterno, e que tambm acreditam que Deus olha neles como aqueles homens cados em Ado?

    E que o julgamento, o qual ordena a punio, primeiro observa o crime, pelo qual ele foi merecido? Ento, como eles so sentenciados, sem qualquer falta precedente? Certamente o Sr. Wesley possuir a justia de Deus, imputando o pecado de Ado sua posteridade. E, tambm, depois da queda de Ado, e sua posterioridade tendo sido passada para ele, Deus poderia justamente ter passado para todos os outros, sem enviar seu prprio Filho para ser o Salvador de quem quer que fosse. A menos que voc cordialmente concorde com ambos esses pontos, voc no acredita no pecado original, como deve ser. Se voc os possui, ento, voc deve reconhecer a doutrina da eleio e reprovao ser altamente justa e razovel.

    Porque, se Deus poderia justamente imputar o pecado de Ado, em todos, depois de ter passado, atravs de todos; ento, ele deveria justificar passando, atravs de alguns. De um modo ou de outro, voc est reduzido a um inextricvel dilema. E, se voc for consistente, voc deve tanto desistir da doutrina da atribuio do pecado de Ado, quanto receber a amigvel doutrina da eleio, com a divina e

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    ntegra reprovao como sua conseqncia. Porque, quer voc possa acreditar nela ou no, a Palavra de Deus permanece fiel: (Rom. 11:7) Pois que? O que Israel buscava no o alcanou; mas os eleitos o alcanaram, e os outros foram endurecidos.

    Eu poderia apenas dizer que a doutrina da eleio que mais me pressiona a ser abundante nas boas obras. Eu sou entusiasta em experimentar todas as coisas, pela causa da eleio. Isso me faz pregar com conforto, porque eu sei que a salvao no depende do livre-arbtrio do homem, mas do Senhor que me faz preparado, no dia do seu poder, e pode fazer uso de mim, para trazer alguns de seus eleitos para casa, quando e onde lhe agradar.

    5. Mas, voc diz, Essa doutrina tem uma tendncia diretamente manifesta de

    colocar um fim em toda religio crist. Porque, voc diz, supondo-se esse eterno, e imutvel julgamento, uma parte da humanidade deve ser salva, embora a revelao crist no esteja na criatura.

    Mas, caro, Senhor, como isso se segue? Desde que s, atravs da revelao crist, que estamos familiarizados com os desgnios de Deus, quanto salvao de sua Igreja pela morte de seu Filho. Sim. Isso est estabelecido, no eterno acordo, que essa salvao pode ser aplicada para o eleito, atravs do conhecimento e f em Jesus Cristo. (Isaas 53:11) O trabalho da sua alma ele ver e ficar satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificar a muitos, porque levar sobre si as iniqidades deles. Como, ento, a doutrina da eleio tem a tendncia direta de lanar fora toda a revelao crist? Quem alguma vez pensou que a declarao de Deus a No, de que o tempo de plantar e colher nunca deveria cessar, poderia produzir um argumento para o abandono do arado e semeadura?

    Ou que o imutvel propsito de Deus, de que a colheita no deveria falhar, causaria o calor do sol, ou a influncia de seres divinos desnecessrios para produzi-la? No mais o absoluto propsito de Deus para salvao dos seus eleitos prev a necessidade da revelao do evangelho, ou o uso de qualquer outro significado, atravs do qual ele tem determinado os decretos a entrarem em vigor. Nem o correto entendimento, ou a convico reverente dos decretos de Deus, iro alguma vez permitir ou impedir o cristo, em qualquer caso, de separar os meios do fim, ou o fim dos meios.

    E, desde que somos ensinados pela prpria revelao que isso proposital e dado por Deus como um meio para trazer seus eleitos para casa, ns, ento, recebemos isso com alegria, altamente prezando, usando na f, e fazendo um esforo para espalhar isso atravs de todo o mundo, na completa garantia de que, onde quer que Deus envie isso, cedo ou tarde, ela ser til a todos os eleitos no seu chamado.

    Como, ento, detendo essa doutrina, podemos nos juntar com os modernos descrentes, fazendo a revelao crist desnecessria? No, caro, senhor, voc errou! Infiis de toda a espcie esto por todos os lados da questo. Destas (aqueles que rejeitam toda espcie de revelao divina, mas acreditam em Deus), Arianos (os que so contra o dogma da Trindade) e (Socinians?) acusam o poder de Deus, e se

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    levantam pela redeno universal. Eu oro a Deus que o Sermo do caro, Sr. Wesley, assim como ele tem feito sofrer os coraes dos muitos filhos de Deus, possa tambm no tornar fortes as mos dos muitos dos seus mais declarados inimigos.

    Aqui eu quase pude me deitar e chorar. (2 Samuel 1:20) No o noticieis em Gate, no o publiqueis nas ruas de Asquelom, para que no se alegrem as filhas dos filisteus, para que no saltem de contentamento as filhas dos incircuncidados Mais adiante, voc diz, Essa doutrina tornar a revelao a sua prpria contradio. Por exemplo, voc diz, Os defensores dessa doutrina interpretam que, esse texto da Escritura, Jac eu amei, mas Saul eu odiei, como implicando que Deus, num sentido literal, odiava Saul e todos os rprobos da eternidade!. E, quando considerados como cados em Ado, no eram eles objetos de seu dio? E no poderia Deus, para o seu bom prazer, amar ou mostrar misericrdia para Jac e o eleito e ainda, ao mesmo tempo, ao rprobo que no errou? Mas voc diz, Deus amor. E pode Deus no ser amor, a menos que mostre a mesma misericrdia a todos?

    Novamente, diz o caro, Sr. Wesley, Eles deduzem daquele texto, `Eu terei misericrdia, naqueles em que terei misericrdia`, que Deus misericordioso, apenas com alguns homens, isto , os eleitos; e que ele tem misericrdia por aqueles, to somente; completamente, contrrio, com que o total teor da Escritura, como essa declarao expressa, em particular, `O Senhor amor a todo homem, e sua misericrdia sobre todas as suas obras.

    E assim , mas no sua misericrdia salvadora: (Atos 10:34) E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheo, por verdade, que Deus no faz acepo de pessoas.

    No! Para nenhuma, seja judia ou pag, que acreditaram em Jesus, e trabalharam em retido, aceita por ele: (Marcos 16:16) Quem crer e for batizado ser salvo, mas quem no crer ser condenado. Porque Deus no faz acepo de pessoas, na conta de qualquer condio ou circunstncia externa na vida, ou o que seja; nem a doutrina da eleio, por fim, o faz supor que seja assim.

    Mas, como Soberano Senhor de todos, que est em dbito com ningum, ele tem o direito de fazer o que quiser, com o que lhe pertence, e dispensar seus favores queles objetos que ele v de acordo, meramente por seu prazer. E seu supremo direito disso est claramente e fortemente afirmado, naquelas passagens da Escritura, onde ele diz: (xodo 33:19) Porm, ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti e apregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericrdia de quem eu tive misericrdia e me compadecerei de quem me compadecer.

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    Mais adiante, do texto, (Rom. 9:11-12) porque, no tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propsito de Deus, segundo a eleio, ficasse firme, no por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela (Rebeca): o maior servir o menor voc nos compreende, deduzindo que nossa predestinao para a vida, de maneira alguma, depende da prescincia de Deus. Mas quem deduz isso, caro, Senhor?

    Porque, se prescincia significa aprovao, como feito em diversas partes da Escritura, ento, ns confessamos que predestinao e eleio tambm dependem da prescincia de Deus. Mas, se por prescincia de Deus, voc entende que Deus est prevendo algumas boas obras feitas, atravs de suas criaturas, como fundamento e razo da eleio deles e, como resultado, elegendo-os, ento, ns podemos dizer que, nesse sentido, predestinao, de maneira alguma, depende da prescincia de Deus.

    Mas, eu submeti voc, no incio dessa carta, ao Veritas Redux do Dr. Edward, o qual eu recomendei a voc na ltima carta, com Elisha Coles, na Gods Sovereignty (Soberania de Deus). Esteja vontade para l-los, e tambm os excelentes sermes do Sr. Cooper de Boston, na Nova Inglaterra (que eu tambm enviei a voc), e eu no duvido, mas voc ir ver todas as suas objees respondidas. Ento, eu posso observar que, depois de todas as nossas leituras de ambos os lados da questo, no devemos, nunca nessa vida, sermos capazes de sondar os decretos de Deus para a perfeio.

    No! Ns precisamos humildemente respeitar o que no podemos compreender, e com o grande Apstolo, no final de nossas indagaes clamou: (Rom. 11:33-34) profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da cincia de Deus! Quo insondveis so os seus juzos, e quo inescrutveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? ou com nosso Senhor, quando ele estava admirando a Soberania de Deus: (Mateus 11:26) Sim, pai, porque assim te aprouve.

    Por outro lado, no pode ser incorreto tomar nota, que, se esses textos, (2Pedro 3:9) O Senhor no retarda a sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia; mas longnime para convosco, no querendo que alguns se percam, seno que todos venham a arrepender-se, e, (Ezequiel 33:11) Dize-lhes: vivo eu, diz o Senhor Jeov, que no tenho prazer na morte do mpio, mas em que o mpio e converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos nossos maus caminhos, pois, por que razo, vs morrereis, casa de Israel? e, se assim parece seja considerado, no seu mais restrito sentido, ento, ningum ser condenado. Eu gostaria de salientar, alm disso, que voc injustamente acusa a doutrina da reprovao com blasfmia, enquanto a doutrina da redeno universal, como voc faz saber, realmente a mais alta censura sobre a dignidade do Filho de Deus, e o mrito de seu sangue. Considere, se ou no blasfmia, dizer, como voc disse, Cristo no apenas morreu por aqueles que so salvos, mas tambm por aqueles que perecem.

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    O texto voc desviou seu sentido, para ilustr-lo veja, explicado por Ridgedy, Edwards, Henry; e, eu, propositadamente, me omiti de respond-los, para que voc seja levado a ler tais dissertaes, as quais, debaixo de Deus, iro mostrar a voc seus erros. Voc no pode fazer aceita a afirmao de que Cristo morreu por aqueles que pereceram, sem supor (como Peter Bohler, um dos Irmos Moravianos, com o propsito de entender a redeno universal, posteriormente, confessou numa carta) que todas as almas condenadas, depois disso, sejam tiradas do inferno. Eu no posso pensar que o Sr. Wesley imagine desse modo. E, a menos que isso possa ser provado, a redeno universal, levada em seu sentido literal, cai inteiramente por terra. Prezado, Senhor, pelo amor de Cristo, considere como voc desonrou a Deus, negando a eleio! Voc fez a salvao depender, inteiramente, no da livre graa de Deus, mas do livre-arbtrio do homem! E, se for assim, mais do que provvel que Jesus Cristo no tenha tido satisfao em ver os frutos de sua morte, na salvao eterna de uma s alma. Nossa pregao seria, ento, v, e todos os convites s pessoas, para acreditarem Nele, seriam tambm em vo. Mas, abenoado seja Deus, nosso Senhor sabia por quem ele morreu. Havia um pacto eterno, entre Pai e Filho. Um certo nmero foi dado a ele como aquisio e recompensa por sua obedincia e morte. Por esses, ele ora (I Joo 17:9) eu rogo por eles; no rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque so teus, e no pelo mundo! Por esses, os eleitos, e, por esses, apenas, ele est agora intercedendo e, com a salvao deles, ele ser completamente satisfeito. Eu, propositadamente, omiti fazer qualquer particular comentrio, posterior, sobre as ltimas pginas do seu Sermo. Realmente, no tivesse sido seu nome, caro, Senhor, prefixado a ele, eu no seria to cruel ao pensar que voc poderia ser o autor de tal sofisma. Voc pediu por isso, ao dizer que Deus tem declarado (a despeito de sua prpria opinio - que eu suponho - algumas sero condenadas), que ele salvar a todos ou seja, toda pessoa individualmente. Voc tomou isso por decidido (porque evidncia slida, voc tem nenhuma!), que Deus injusto, se ele passa por alguns, e, ento, voc se coloca contra o decreto horrvel. E ainda, como eu havia omitido antes, detendo a doutrina do pecado original, voc acredita que ele deveria justamente ter passado por todos. Prezado, Senhor, no se ofenda! Pelo amor de Cristo, no se precipite! Permita-se ler. Estude o entendimento da graa. Deite por terra sua maneira carnal de pensar! Seja uma pequena criana; e, ento, em vez de penhorar sua salvao, como voc tem feito, no recente hinrio, se a doutrina da redeno universal no for verdadeira; em vez de falar da perfeio sem pecado, como voc fez no prefcio de seu hinrio, e fazendo a salvao do homem depender do seu livre-arbtrio, como voc tem em seu Sermo; voc ir compor um hino em louvor da regra suprema do amor sem igual.

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    Voc acautelar os crentes para no trabalhar a perfeio, fora de seus prprios coraes, e imprimir um outro Sermo, invalidando este, e intitulado Livre Graa, Realmente. Livre, no porque seja livre a todos; mas livre, porque Deus pode recusar-se a dar, ou d-la a quem, e quando lhe agradar. At que voc faa isso, eu devo duvidar, se voc conhece a si mesmo, ou no. Nesse nterim, eu no posso deixar de culp-lo por censurar o clero de nossa Igreja, por no manter aos artigos deles, quando voc mesmo, por seus princpios, positivamente nega o 9o. 10o. e 17o. Prezado, Senhor, essas coisas no devem ser assim. Deus conhece meu corao. Como eu disse a voc antes, eu declaro novamente, nada mais, do que apenas uma simples observao, para a honra de Cristo, forou-me a escrever essa carta. Eu amo e honro voc, pelo amor de Cristo; quando eu for a julgamento, eu irei agradecer voc, diante de homens e anjos, pelo que voc tem, debaixo de Deus, feito por minha alma!

    At l, eu estou persuadido de que verei o caro, Sr. Wesley convencido da eleio e do amor eterno. E isso me enche freqentemente de prazer, ao pensar que eu o contemplarei lanando sua coroa aos ps do Cordeiro, e de como ela estava cheia com a vergonha santa, por opor-se soberania divina, da maneira, como voc tem feito. Mas eu espero que o Senhor mostre isso a voc, antes que se v, exatamente por essa razo. , quanto eu almejo por esse dia! Se o Senhor se agradar de fazer uso desta carta, para esse propsito, isso regozijaria abundantemente meu corao, prezado, e honrado, Senhor.

    Seu afetuoso, embora, no bom o suficiente, irmo e servo em Cristo.

    EORGE HITEFIELD.

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    CURIOSIDADE: O que se segue abaixo a transcrio de um captulo do dirio do Sr. Wesley, onde ele fala sobre o fato de ter sido convidado para pregar o sermo fnebre do Sr. Whitefield, a pedido do mesmo quando ainda vivo. Vale lembrar ainda que aps o incidente acima os dois voltaram a fazer as pazes, afirmando que ambos respeitariam as diferenas uns dos outros nesses pontos que no eram essenciais para a quebra da comunho entre irmos:

    Sbado, 10 de Novembro de 1770 Eu retornei para Londres, e tive a melanclica notcia da morte do Sr. Whitefield, confirmada por seus testamenteiros, que me pediram que pregasse um Sermo, pelo seu funeral, no domingo, 18. Com o objetivo de escrever sobre isto, eu me retirei para Lewisham, na segunda; e, no domingo seguinte, fui para a capela, em Tottenham Court Road.

    Uma imensa multido estava reunida, em todos os cantos da cidade. Eu estava um

    tanto temeroso, a princpio, que a maior parte da congregao no fosse capaz de me ouvir (o Sr. Wesley tinha sessenta e sete anos); mas isso agradou tanto a Deus, que minha voz foi fortalecida, de modo que at mesmo os que estavam na porta puderam me ouvir distintamente. Foi um momento notvel: todos permaneceram, durante toda noite; a maioria aparentava estar profundamente afetada; e uma impresso foi deixada em muitos, a de que aquele momento no seria apagado rapidamente.

    O tempo designado para o incio, no Tabernculo, era para s cinco e meia da tarde,

    mas estava completamente cheio s trs horas; ento, eu comecei a pregar s quatro. A princpio o barulho era intenso; mas ele foi diminuindo, quando eu comecei a falar; e minha voz estava novamente fortalecida, de tal modo que, todos que estavam nele, puderam ouvir, no fosse um barulho acidental ter dificultado, por alguns momentos. Oh! Que todos possam ouvir a voz Dele, a quem pertencem os assuntos da vida e da morte; e quem, to ruidosamente, por esse inesperado golpe, chama todos os Seus filhos para amarem uns aos outros!