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Cartas de amor nº 37

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Page 1: Cartas de amor nº 37

Cartas de Amor nº 37 – À Juventude

Malditos os que fazem da

juventude instrumento de guerra,

que lhes negam o conhecimento

dizendo não ter vagas nas

universidades. Malditos os que

vendem o destino e fazem da

pátria um puteiro, onde o dólar

com sua inteligência comem a

virgindade e a consciência; estes

pararão um dia, em nossa mágica

utopia de jovens guerreiras e

guerreiros.

Aos que traficam ilusões, fazendo

da juventude massa esquartejada

com o objetivo único de frustrar

carreiras ainda por nascer. Aos que se agarram ao mercado mundial para

alimentar o capital matando todas as soberanias; aos que fabricam fantasias

e usam as drogas como escudo, aos que pensam que assim podem tudo,

haverão de parar em nossa rebeldia.

Estes que usam da violência para matar os sonhos, e levam das nações suas

riquezas, que comem todas as certezas, investem os esforços em novas

tecnologias, enquanto o povo come apenas uma vez por dia, pagando com a

vida a crueldade; eles que acreditam na luxúria, pararão um dia em nossa

fúria, que corre em busca da solidariedade.

Aos que desconstroem a história feita, impedem que façamos as colheitas e

buscam os produtos importados; aos que já veem o trabalhado eliminado e

acreditam na especulação, sentirão a justiça, pois, chegar no dia em que o

jovem acreditar, que o caminho é a revolução. A todos os que pensam que as fronteiras não existem, e fazem dos países

um só tapete para o capital, estes que se dizem do “bem” para combater o

“mal”, que perseguem a natureza e a matéria prima; saberão o que é o

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enfrentamento, quando a juventude unificar o pensamento e resgatar em si

a auto-estima.

E os parasitas que vivem de orgias, que penetram as consciências com

insanas ideologias e fazem da juventude bravos consumidores. Aos que da

terra julgam-se senhores, que dividem o mundo em raças e religiões; eles

que acreditam nos canhões e se agarram às torneiras do petróleo, sentirão o

peso de nosso repertório, nas formas de lutas que unificam todas as nações. Aos que degradam a democracia, fazendo da juventude apenas eleitores, e

se apegam ao princípio da “Ordem de Direito”. Aos que pensam fabricar o

futuro deste jeito, enquanto se divertem nos escombros da paciência,

saberão pela desobediência, o que é da história ser sujeito.

Aos que apostam na exploração e na eternidade do capitalismo, que

transformam a utopia e o socialismo em imensas frustrações; que iludem

grandes multidões, com as farras dos shoppings e das novelas, terão de

apertar a própria goela quando despertar a fúria das nações.

E assim veremos florir os girassóis, ouviremos canções de liberdade,

viveremos em uma sociedade, onde florescerão todas as virtudes.

Sentiremos o pulsar de cada coração e a igualdade não terá fronteiras;

no dia em que a nossa bandeira, estiver na mão da juventude.