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Jornal do CFC, Agosto de 2001 JORNAL DO CFC ANO 4, N 0 40, AGOSTO DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Editorial Pág. 2 Entre as novas regras para o mercado, anunciadas pelo ministro Pedro Malan, a mais esperada, que isentaria da CPMF as aplicações em bolsa de valores, foi adiada. (Página 12) Calendário Contábil Pág. 4 Notícias Contábeis Pág. 4 Certificado de Gestão atrai prefeitos de todo o País Veja ainda: Mini-reforma tributária CFC lidera movimento que vai ajudar a criar uma linguagem universal para balanços e declarações financeiras. (Página 5) Todos os detalhes da Lei das S.A. que está sendo analisada pelas comissões do Senado Federal. (Página 7) Contadores lançam novos livros sobre Auditoria e Tributação. (Página 8) O Contador Valdir Massucatti escreve artigo sobre Responsabilidade Social. (Página 8) O Senado Federal retirou a palavra “contador” do projeto que altera dispositivos do Código Penal. De autoria do Poder Executivo, o projeto incluía a figura do Contador como autor do crime de falso testemunho ou falsa perícia. O projeto está sendo reexaminado agora pela Câmara do Deputados. (Página 3) Foi este encontro entre o presidente do CFC, José Serafim Abrantes, e o Ministro da Educação, Paulo Renato, que propiciou a entrada dos cursos de Ciências Contábeis no Exame Nacional de Cursos. (Página 3) Cartas Pág. 2 CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MEC CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MEC CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MEC CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MEC CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MEC PARLAMENT PARLAMENT PARLAMENT PARLAMENT PARLAMENTARES NO CFC ARES NO CFC ARES NO CFC ARES NO CFC ARES NO CFC O Contador Victor Galloro Duas páginas desta edição do Jornal do CFC fazem uma homenagem aos parlamentares que mensalmente visitam as reuniões plenárias do Conselho. (Páginas 10 e 11) Até o dia 17 de julho, 211 prefeituras brasileiras já haviam aderido ao Programa de Gestão Fiscal Responsável lançado pelo Conselho Federal de Contabilidade. Esses prefeitos colocaram suas administrações à disposição dos técnicos do Conselho Federal de Contabilidade para que as gestões possam ser avaliadas. As prefeituras que melhor aplicarem a Lei de Responsabilidade Fiscal serão agraciadas com o Certificado de Gestão Fiscal Responsável do Sistema Contábil Brasileiro (CFC/CRCs). O Certificado foi lançado em maio deste ano na presença do presidente Fernando Henrique Cardoso, em Brasília. As prefeituras que já aderiram ao Programa estão situadas em todos os estados do País, entre eles Minas Gerais, Santa Catarina, Paraíba, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná e outros que estão chegando. Segundo o administrador Wilson de Faria, diretor da Trevisan Tributos, algumas das maiores dificuldades dos gestores com relação à LRF são o planejamento e o controle interno: “É que não existe no Brasil uma cultura de planejamento de gastos públicos. A LRF vai acabar com o péssimo histórico das administrações municipais”. O Jornal do CFC publica a relação completa das prefeituras que aderiram ao Certificado de Gestão Fiscal. (Página 9) ENTREVIST ENTREVIST ENTREVIST ENTREVIST ENTREVISTA Há menos de um ano, dez andares de um prédio no centro de São Paulo estavam abandonados. Hoje, estão ocupados por Contabilistas profissionais e recém-formados que estudam e se aprimoram para o mercado de trabalho. Esta é uma das novidades que o Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, Victor Domingos Galloro, conta para os leitores deste jornal. O Contador Galloro também detalha as mudanças promovidas em sua administração. (Páginas 6 e 7)

Cartas Pág. 2 JORNAL DO CFC · Jornal do CFC, Agosto de 2001 pág. 2 EXPEDIENTE Conselheiros Efetivos Contador Alcedino Gomes Barbosa Contador Antonio Carlos Morais da Silva Contador

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Jornal do CFC, Agosto de 2001 1pág.

JORNAL DO CFCANO 4, N0 40, AGOSTO DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Editorial Pág. 2Entre as novas regras para o mercado, anunciadas pelo ministroPedro Malan, a mais esperada, que isentaria da CPMF asaplicações em bolsa de valores, foi adiada. (Página 12)

Calendário Contábil Pág. 4Notícias Contábeis Pág. 4

Certificado de Gestão atrai prefeitos de todo o País

Veja ainda:

Mini-reforma tributária

CFC lidera movimento que vai ajudar a criar uma linguagem universal para balanços e declarações financeiras. (Página 5)

Todos os detalhes da Lei das S.A. que está sendo analisada pelas comissões do Senado Federal. (Página 7)

Contadores lançam novos livros sobre Auditoria e Tributação. (Página 8)

O Contador Valdir Massucatti escreve artigo sobre Responsabilidade Social. (Página 8)

O Senado Federal retirou a palavra “contador” do projeto que altera dispositivos do Código Penal. De autoria do PoderExecutivo, o projeto incluía a figura do Contador como autor do crime de falso testemunho ou falsa perícia. O projetoestá sendo reexaminado agora pela Câmara do Deputados. (Página 3)

Foi este encontro entre o presidente do CFC, José Serafim Abrantes, e o Ministro da Educação, Paulo Renato,que propiciou a entrada dos cursos de Ciências Contábeis no Exame Nacional de Cursos. (Página 3)

Cartas Pág. 2

CIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MECCIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MECCIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MECCIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MECCIÊNCIAS CONTÁBEIS NO PROVÃO DO MEC PARLAMENTPARLAMENTPARLAMENTPARLAMENTPARLAMENTARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFC

O Contador Victor Galloro

Duas páginas desta edição do Jornal do CFC fazem uma homenagem aos parlamentares quemensalmente visitam as reuniões plenárias do Conselho. (Páginas 10 e 11)

Até o dia 17 de julho, 211 prefeiturasbrasileiras já haviam aderido ao Programade Gestão Fiscal Responsável lançadopelo Conselho Federal de Contabilidade.Esses prefeitos colocaram suasadministrações à disposição dos técnicosdo Conselho Federal de Contabilidadepara que as gestões possam ser avaliadas.

As prefeituras que melhor aplicarem aLei de Responsabilidade Fiscal serãoagraciadas com o Certificado de GestãoFiscal Responsável do Sistema ContábilBrasileiro (CFC/CRCs). O Certificado foilançado em maio deste ano na presençado presidente Fernando HenriqueCardoso, em Brasília.

As prefeituras que já aderiram ao

Programa estão situadas em todos osestados do País, entre eles Minas Gerais,Santa Catarina, Paraíba, São Paulo, Rio deJaneiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo,Paraná e outros que estão chegando.

Segundo o administrador Wilson deFaria, diretor da Trevisan Tributos,algumas das maiores dificuldades dosgestores com relação à LRF são oplanejamento e o controle interno: “É quenão existe no Brasil uma cultura deplanejamento de gastos públicos. A LRFvai acabar com o péssimo histórico dasadministrações municipais”.

O Jornal do CFC publica a relaçãocompleta das prefeituras que aderiram aoCertificado de Gestão Fiscal. (Página 9)

ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTAAAAA

Há menos de um ano, dez andaresde um prédio no centro de São Pauloestavam abandonados. Hoje, estãoocupados por Contabilistasprofissionais e recém-formados queestudam e se aprimoram para omercado de trabalho. Esta é uma dasnovidades que o Presidente doConselho Regional de Contabilidadedo Estado de São Paulo, VictorDomingos Galloro, conta para osleitores deste jornal.

O Contador Galloro tambémdetalha as mudanças promovidas emsua administração. (Páginas 6 e 7)

pág.Jornal do CFC, Agosto de 2001 2

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

Conselheiros Efetivos

Contador Alcedino Gomes BarbosaContador Antonio Carlos Morais da SilvaContador Daniel Salgueiro da SilvaContadora Delza Teixeira LemaContador Dorgival Benjoíno da SilvaContador José Martônio Alves CoelhoContador José Serafim AbrantesContador Olivio KoliverContador Raimundo Neto de CarvalhoContador Washington Maia FernandesTéc. Cont. Gil Nazareno LossoTéc. Cont. Marta Maria Ferreira ArakakiTéc. Cont. Mauro Manoel NóbregaTéc. Cont. Paulo Viana NunesTéc. Cont. Waldemar Ponte Dura

Conselheiros Suplentes

Contador Edilton José da RochaContador Francisco de Assis Azevedo GuerraContador Gastão BrockContador João Batista LobatoContador Jomar da Silva MarquesContador José Antonio de GodoyContador Liduíno CunhaContadora Maria do Socorro Bezerra MateusContador Solindo Medeiros e SilvaContadora Verônica Cunha de Souto MaiorTéc. Cont. Edeno Teodoro TostesTéc. Cont. Gaitano Laertes P. AntonaccioTéc. Cont. José Augusto Costa SobrinhoTéc. Cont. Luilson Gomes da SilvaTéc. Cont. Windson Luiz da Silva

Plenário do CFCPresidenteJosé Serafim Abrantes

Vice-presidente de Administração Delza Teixeira Lema

Vice-presidente OperacionalJosé Martônio Alves Coelho

Vice-presidente de Controle InternoDaniel Salgueiro da Silva

Vice-presidente de Registro e FiscalizaçãoAlcedino Gomes Barbosa

Vice-presidente TécnicoOlivio Koliver

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS - QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFEndereço eletrônico: www.cfc.org.bre-mail: [email protected]

JORNAL DO CFC

SUPERVISÃO EDITORIAL: AP Vídeo Comunicação Ltda.JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marccio W. Varella -MTb 108/2/20PROJETO GRÁFICO: Anagraphia Designe-mail: [email protected]ília-DFAno 4 - Número 40Agosto de 2001Tiragem: 66.000 exemplares

C F CC F CC F CC F CC F C

Mudanças colocam profissão em altaC F CC F CC F CC F CC F C EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL CARCARCARCARCARTTTTTASASASASASC F CC F CC F CC F CC F C

> José Serafim Abrantes (*)

JORNAL DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFCBRASÍLIA - DFANO 4 - NÚMERO 40 - AGOSTO DE 2001

Este espaço pertence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que será feita ainteração entre a vontade do leitor e os editores do Jornal. Para incentivar este diálogo,

cartas, opiniões, sugestões e pedidos serão bem-vindos. Os editores.

Conselho Federal de Contabilidade – SAS - Quadra 5 - Bloco J - Ed. CFCTel: (61) 314-9600 - Fax: (61) 226-6547 – Cep 70070-920 - Brasília-DF

e-mail: [email protected]

* é presidente do CFC

LEI DAS S.A.LEI DAS S.A.LEI DAS S.A.LEI DAS S.A.LEI DAS S.A.

“Senhor presidente José SerafimAbrantes, a diretoria da Federação dosContabilistas do Estado de São Paulomanifesta à Vossa Senhoriacongratulações e reconhecimento pelasua vitória na votação do projeto de leique muda a Lei das S.A. e a Lei daComissão de Valores Mobiliários(CVM), aprovado em maio último pelaCâmara dos Deputados”.

João BacciPres. Fed. Contabilistas de SP

DISCRIMINAÇÃODISCRIMINAÇÃODISCRIMINAÇÃODISCRIMINAÇÃODISCRIMINAÇÃO

“Senhor presidente, concluí a Faculdadede Ciências Contábeis aos 22 anos, atéque, após alguns anos, descobri minhasegunda vocação: as Ciências Jurídicas.Já com 31 anos, prestei concursopúblico para o cargo de TécnicoJudiciário Juramentado do Tribunal deJustiça do Estado do Rio de Janeiro, efui aprovado. No entanto, para minhasurpresa e de muitos outros Contadores,estamos sendo discriminados pelaResolução nº 2/2001 do Conselho deMagistratura do Tribunal de Justiça doEstado do Rio de Janeiro, de 17/5/2001,publicada no Diário Oficial de 18/5/2001, na qual consta que para o ingressono cargo de oficial de justiça e avaliadorexigem-se os cursos superiores deDireito, Economia e Administração,

enquanto que para o cargo de TécnicoJudiciário Juramentado exigem-se oscursos superiores de Direito, Economia,Administração e Ciências Contábeis.Nota-se aí a clara, inequívoca eincompreensível exclusão dos Bacharéisem Ciências Contábeis, o que nãopodemos concordar, nem aceitar, hajavista que, se um Economista ouAdministrador podem ingressar no cargode Oficial de Justiça e Avaliador, por queum Contador não o poderia ???Despeço-me na confiança de que, comoContador e cidadão brasileiro, estoucontribuindo, com esta carta, para umasociedade mais justa e solidária”.

Adriano Rangel Rodrigues Téc. Judic. Juramentado - TJRJ

CPI DO FUTEBOLCPI DO FUTEBOLCPI DO FUTEBOLCPI DO FUTEBOLCPI DO FUTEBOL

“Senhor presidente do CFC, José SerafimAbrantes. Na condição de presidentedesta Comissão Parlamentar de Inquérito,destinada a apurar a regularidade docontrato celebrado entre e CBF e aNike, apresento nossos sincerosagradecimentos pela colaboração desseeminente Conselho e, em especial, pelosproficientes Contadores Daniel Salgueiroda Silva e Alberto Jones Souza quedemonstraram dedicação, competência,cooperação e presteza no auxílio aosnossos trabalhos. Atenciosamente”.

Deputado Aldo RebeloPresidente da CPI

Antes de chegar ao final do mês,já teremos, com certeza, mais de 220prefeitos que terão aderido ao Programade Gestão Fiscal Responsável do CFC/CRCs. Até o início da segunda semanade julho, o número era de 211 prefeiturasinscritas. Eles irão concorrer aoCertificado de Gestão FiscalResponsável lançado para todo o país.Esta é uma grande notícia – é o destaquedesta edição do Jornal do CFC.

Outra boa notícia foi o lançamento,no Brasil, do movimento que vai ajudara criar uma linguagem universal para osbalanços e declarações financeiras. Omovimento está se espalhando pelomundo por meio do Fórum Internacionalpara o Desenvolvimento daContabilidade (IFAD, na sigla em inglês).Na América Latina, o Brasil foi escolhidopara liderar este processo, o que já estásendo feito pelo Conselho Federal deContabilidade (CFC) e pelo Instituto dosAuditores Independentes do Brasil(Ibracon), que são representantes doBrasil na Federação Internacional deContabilidade (IFAC). Temos tambémuma reportagem detalhada a esterespeito.

Outra vitória importantíssima daclasse contábil: o curso de CiênciasContábeis será incluído no próximoExame Nacional de Cursos do MEC, oProvão-2002. Foi um pedido nosso aoministro Paulo Renato, que gentilmentenos atendeu. Uma grande vitória para osestudantes, e para a grade curricular, paraa melhoria do ensino nas instituiçõessuperiores de todo o Brasil.

E mais ainda: conseguimos convencero Senado Federal a fazer mudanças noprojeto que incluía a figura do Contadorcomo autor do crime de falso testemunhoou falsa perícia, exacerbando as penasimpostas ao referido crime. A palavra foiretirada graças ao bom senso do senadorIris Resende (PMDB-GO). O projetoretornou à Câmara, mas estamos de olhonele, em defesa da categoria. Por falarem Parlamento, fazemos umahomenagem, nesta edição, aos deputadose senadores que nos honraram com suaspresenças em nossas Plenárias.

Na entrevista desta edição,conversamos com o presidente doCRCSP, Contador Victor DomingosGalloro. Ele conta como foram feitas asmudanças que estão beneficiando maisde 90 mil Contabilistas em todo o Estadode São Paulo.

Também contamos em detalhes comofoi a mini-reforma tributária promovidapelo governo. Uma boa leitura.

Jornal do CFC, Agosto de 2001 3pág.

C F CC F CC F CC F CC F C EDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADA

Cursos de Ciências Contábeis serão avaliados pelo Provão do MEC em 2002

Os cursos de Ciências Contábeisserão avaliados pelo Exame Nacional deCursos no próximo ano. Além dasCiências Contábeis, mais três áreas doensino superior foram incluídas noProvão/2002: Arquitetura e Urbanismo,Enfermagem e Obstetrícia e História.

A inclusão do curso de CiênciasContábeis no Provão foi uma conquistado CFC. Para o presidente do ConselhoFederal de Contabilidade, José SerafimAbrantes, o Provão irá propiciar umaradiografia da qualidade dos cursos,possibilitando a definição de ações paramudanças. “A inclusão no exame é defundamental importância para a categoria,pois vai ajudar a reorientar e subsidiar oscursos, aproximando-os dasnecessidades da sociedade”.

VISITVISITVISITVISITVISITA AO MINISTROA AO MINISTROA AO MINISTROA AO MINISTROA AO MINISTRO

Em maio passado, mais uma vez opresidente Serafim conversou, sobre ainclusão do curso no Provão, com oministro da Educação, Paulo Renato, emBrasília. O ministro foi receptivo ao pedidodo CFC e pediu ao Instituto Nacional deEstudos e Pesquisas Educacionais (INEP)

que estudasse o caso. A portaria com arelação dos novos cursos foi anunciadano dia 28 de junho pelo INEP e publicadano dia seguinte no Diário Oficial. Com ainclusão dessas quatro áreas, o Provão2002 deverá ter a participação de maisde 320 mil alunos de cerca de 4,7 milcursos.

NÚMEROS DO PROVÃONÚMEROS DO PROVÃONÚMEROS DO PROVÃONÚMEROS DO PROVÃONÚMEROS DO PROVÃO

As novas áreas deverão ter cerca de29 mil inscritos na próxima avaliação.Juntas, elas totalizam mais de mil cursos.Dentre as quatro áreas, o maiorcontingente de participantes será deCiências Contábeis, com mais de 13 milformandos de 450 cursos.

A expectativa da coordenação doProvão é de que o Exame cresça 13%em relação à avaliação de 2000,abrangendo 89% dos concluintes doensino superior. Além das quatro novas,o Provão continuará avaliando as 20áreas deste ano, que são:Administração, Agronomia, Biologia,Direito, Economia, Engenharia Civil,Engenharia Elétrica, EngenhariaMecânica, Engenharia Química,

Farmácia, Física, Jornalismo, Letras,Matemática, Medicina, MedicinaVeterinária, Odontologia, Pedagogia,Psicologia e Química.

QUALIDADEQUALIDADEQUALIDADEQUALIDADEQUALIDADE

A avaliação do curso de Ciências

O Conselho Federal de Contabilidadecaminha para obter mais uma vitória noCongresso Nacional. Depois deconseguir incluir a entidade no Comitêde Padrões Contábeis, criado pela lei quealterou dispositivos da Lei das S.A. naCâmara (a matéria está sendo apreciadapelo Senado), agora o CFC pretendealterar dispositivo do Código Penal queinclui a figura do Contador como autordo crime de falso testemunho ou falsaperícia, exacerbando as penas impostasao referido crime.

HISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICO

O Projeto de Lei nº 44/01, de autoriado Poder Executivo, enviado primeiro àCâmara, propôs alterações nos artigos342 e 343 do Código Penal. Segundo aproposta, o artigo 342 ficaria com aseguinte redação: “Fazer afirmação falsa,ou negar ou calar a verdade comotestemunha, perito, contador, tradutor ouintérprete em processo judicial, ouadministrativo, inquérito policial, ou emjuízo arbitral...”.

O artigo 343 do projeto diz assim:“Dar, oferecer ou prometer dinheiro ouqualquer outra vantagem a testemunha,perito, contador, tradutor ou intérprete,

para fazer afirmação falsa, negar ou calara verdade em depoimento, perícia,cálculos, tradução ou interpretação...”.

Além da multa, o projeto aumenta aspenas, de um terço a um sexto. Essesartigos não foram mudados na votaçãofeita pela Câmara dos Deputados.Aprovados pelos deputados, essesartigos, o projeto caminhou para oSenado. Na Comissão de Constituiçãoe Justiça, foi designado relator o senadorIris Resende (PMDB-GO).

AÇÃO DO CFCAÇÃO DO CFCAÇÃO DO CFCAÇÃO DO CFCAÇÃO DO CFC

Além de uma agressão à profissãocontábil, o CFC considerou a inclusãodo nome “contador”, no projeto, comoinconstitucional, pois a profissão decontador é regulamentada e não pode serligada dessa maneira a crimes de falsotestemunho ou de perícia.

O presidente do Conselho Federal deContabilidade, José Serafim Abrantes, eo assessor parlamentar Ynel Alves deCamargo, preocupados com a questão,enviaram ao senador Íris Resende umparecer completo sobre o assunto. Oprimeiro argumento do parecer do CFCjá deu motivos suficientes para que osenador Resende retirasse a palavra

“contador” do projeto. Segundo oparecer, “a introdução da figura decontador no caput do artigo não temmotivos conceituais para ser acrescida aoelenco de profissionais citado pelo artigo342 do Código Penal, já que aintervenção de um contador numprocesso, valendo-se de sua formaçãoprofissional, só pode acontecer nacondição de perito... A figura de peritonum processo judicial pode ser exercidapor outros profissionais”.

CONTCONTCONTCONTCONTADOR JUDICIALADOR JUDICIALADOR JUDICIALADOR JUDICIALADOR JUDICIAL

Ainda segundo o parecer do ConselhoFederal de Contabilidade, a inclusão donome “contador” no projeto só teriasentido se com este termo o legisladorestivesse pretendendo referir-se aofuncionário conhecido como “contadorjudicial”, que trabalha na ContadoriaJudicial, cargo exercido por um técnicojudiciário, não obrigatoriamente formadoem Contabilidade. A este funcionáriocabe a responsabilidade de fazer oscálculos das contas, correção monetária,juros e custas do processo.

O presidente Serafim lembra que oContador não é uma falsa testemunhanata, nem pratica uma falsa perícia como

regra: “Infelizmente, profissionais decaráter duvidoso não são exclusividadede nenhuma profissão ou atividadehumana em particular”. O Com sensatez,depois de conversar pessoalmente como presidente Serafim e com o professorYnel, o relator Iris Resende retirou apalavra do caput do projeto, que foiaprovado e já retornou à Câmara dosDeputados, devido às modificações feitasem seu texto. O Conselho Federal deContabilidade, agora, acompanha atramitação do projeto na Câmara.

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Senado atende CFC e retira a palavra “contador” de projeto

Contábeis pelo Exame Nacional deCursos é mais um passo que o ConselhoFederal de Contabilidade dá em direçãoà excelência na profissão. O CFCcontinua assinando convênios comuniversidades para a implantação decursos de mestrado na área daContabilidade.

O presidente Serafim cumprimenta o ministro Paulo Renato

O senador Iris Resende (PMDB-GO)

pág.Jornal do CFC, Agosto de 2001 4

C F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F C CALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBILCALENDÁRIO CONTÁBIL

Brasília – DF - Nos dias 22 e 23 deagosto, na sede do CFC, serãorealizadas as Reuniões das Câmaras; enos dias 23 e 24, as Reuniões Plenárias.

Blumenau – SC - Além da 22a ediçãoda Convenção dos Contabilistas doEstado de Santa Catarina (Contesc),marcada para os dias 16, 17 e 18 deagosto, nas dependências do Complexoda Proeb, Blumenau estará recebendoos dirigentes de todas as entidadesbrasileiras que congregam a categoria.É o 29º Encontro Nacional dasEntidades Representativas daContabilidade (Enercon). A reunião estáprogramada para o dia 16 de agosto,no Hotel Himmelblau, na região centralda cidade. Mais de 100 dirigentes e

líderes contábeis confirmaramparticipação no encontro.

Recife – PE - Entre os dias 15 e 17de agosto, no Centro de Convençõesde Pernambuco, será realizado o VSeminário Latino de Cultura Contábil(V Prolatino), promovido peloConselho Regional de Contabilidade dePernambuco e apoiado pelo CFC, coma presença de Contabilistas brasileirose estrangeiros. As palestras serãoministradas pelos professores CésarAbicalaffe (PR), Valério Nepomuceno(MG), César Kroetz (RS), GioseppeGalassi (Itália), Olivio Koliver (RS),José Antonio Lainez Gadea (Espanha),Mário Vogel (Argentina) e AntonioLopes de Sá (SP).

Gramado – RS - Entre 22 e 24 de agosto,o CRCRS realiza a VIII Convenção deContabilidade do Rio Grande do Sul. O localescolhido para o encontro é o Centro deEventos da ExpoGramado. O tema geral doevento será “Profissão Contábil: O FuturoHoje”. Inscrições podem ser feitas pelainternet www.crcrs.org.br, [email protected] ou pelo telefone (51)228-7999. A Convenção tem o apoio doCFC. Paralelamente, será realizado oEncontro Estadual de Estudantes de CiênciasContábeis, programado para o dia 23.

Foz do Iguaçu – PR – Entre os dias 12 e14 de setembro, o CRCPR promove aXIII Convenção dos ContabilistasParanaenses. O encontro vai discutirquatro temas: Capital Intelectual, Lei de

Responsabilidade Fiscal, Sucessão noContexto da Empresa Familiar eConjuntura Político-Econômica doBrasil. Entre os palestrantes, AntônioCarlos Nasi (presidente da AIC), CiroGomes, Clóvis Luiz Padoveze e MagdaGeyer Ehlers.

São Paulo – SP – Entre os dias 26 e28 de setembro, no Palácio dasConvenções do Anhembi, o CRCSPrealiza a 17ª Convenção dosContabilistas do Estado de São Paulo.O tema do encontro será“contabilidade.com... ética e prestaçãode contas”. Pode-se obter aprogramação completa da convençãopelos telefones (11) 6096-5311 e3824-5358.

Cursos Contábeis

Blumenau – SC - A FundaçãoUniversidade Regional de Blumenauacaba de abrir inscrições para seleçãoe matrícula para o Curso de Mestradoem Ciências Contábeis para o ano letivode 2002. As matrículas devem ser feitasentre 14 e 17 de agosto na secretariado curso, na Rua Braz Wanka 328, VilaNova, Blumenau, telefone (47) 323-6200, ou pela internet www.pos.furb.br .

Curitiba – PR - O CRCPR ofereceum curso completo sobre ICMS e ISSpara Contabilistas em geral, advogados,gerentes, chefes de departamentos decompras, vendas, almoxarifado,responsáveis pela emissão, recepção eescrituração de notas e livros fiscais.Luiz Antônio Cunha, o professor, éContabilista e advogado, especializadoem Legislação Empresarial, DireitoTributário e Processual Tributário,consultor e assessor jurídico deempresas. A programação inclui alegislação do ICMS – Decreto nº 2.736,IPI – Decreto nº 2.637, ISS – Decretonº 406, fato gerador, imunidade,isenção, não-incidência, suspensão,diferimento, entre outros tópicos. SobreISS, igualmente, serão analisados alegislação aplicável, a lista de serviços,atividades sujeitas ao imposto, base decálculo, alíquotas, competência,hipóteses de isenções e imunidades,documentário fiscal e contribuintes.Mais informações com Suzy pelotelefone (41) 232-7911.

Ponta Grossa – PR - A Faculdadeda Ciência da Computação Cristo Rei,de Ponta Grossa, acaba de criar umcurso de pós-graduação emContabilidade, Auditoria ePlanejamento Tributário paracandidatos formados em CiênciasContábeis. Graças a convênio assinadoentre o presidente do CRCPR,

Antônio Carlos Dóro, e EuniceCampos de Andrade Aguiar, diretorada instituição, Contadores registradose regularizados no CRCPR terãodesconto de 10% nas mensalidades.

Porto Alegre – RS - E o CRCRSestá colocando à disposição dosContabilistas os seguintes cursos: ciclode debates sobre a Lei deResponsabilidade Fiscal (inscriçõesgratuitas), palestras do INSS(inscrições gratuitas), palestras sobreTributos Federais: IR-PIS-COFINS(inscrições gratuitas), palestras sobre oSistema Simples (inscrições gratuitas),palestras sobre Rotinas Trabalhistas(inscrições gratuitas), treinamento sobrea Lei de Responsabilidade Fiscal,estrutura e análise de Balanços,redação de Relatórios Contábeis eintensivo de Contabilidade. Aprogramação completa de cada cursopode ser consultada no site doCRCRS: http://www.crcrs.org.br .

Maringá – PR - Dandosequência aos projetos para o ano2001, o Sindicato dos Contabilistasde Maringá (PR) informa que estádando início, neste mês, ao terceiromódulo da “Universidade doContador”, no qual será trabalhadoo tema Marketing Profissional ePessoal, com carga horáriaaproximada de 150 h/a. O curso seráno valor de 4 x 150,00 (associadosao Sincontábil) e 4 x 180,00 ( demaisparticipantes). Número de vagas: 35.As aulas serão ministradas às sextas-feiras e sábados. Inscrições pelotelefone (44) 262-6654 com aDenize. (O Jornal do CFC pedeaos CRCs, sindicatos e associaçõesligadas à Contabilidade que envieminformações sobre cursos para o e-mail [email protected])

GPS ELETRÔNICAGPS ELETRÔNICAGPS ELETRÔNICAGPS ELETRÔNICAGPS ELETRÔNICA

Portaria do Ministério da PrevidênciaSocial, em vigor desde o dia 1º de julho,determinou que as contribuiçõesprevidenciárias deverão ser pagasunicamente por meio eletrônico,aposentando a guia em papel. Asempresas e escritórios de Contabilidadedeverão entrar nos sites dos bancoscredenciados para efetuar a quitação.

HISTÓRIA DA CONTHISTÓRIA DA CONTHISTÓRIA DA CONTHISTÓRIA DA CONTHISTÓRIA DA CONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE

Para quem se interessa pela História daContabilidade, o trabalho do professorCarlos Alberto Serra Negra e da contadoraElizabete Marinho Serra Negra, ambos doNúcleo de Pesquisa em Contabilidade doCurso de Ciências Contábeis do CentroUniversitário do Leste de Minas Gerais –UnilesteMG, pode ser útil. O trabalho estádisponível na página http://www.emp.uc3m.es/noved/8wcah.htm da

Associação Espanhola de Contabilidadee Auditoria - AECA (sessão A-4, ID55 para download no formato pdf), etrata dos aspectos contábeis da cultura edo império inca na América Latina.

ECONOMIA DE ENERGIAECONOMIA DE ENERGIAECONOMIA DE ENERGIAECONOMIA DE ENERGIAECONOMIA DE ENERGIA

O senador Paulo Hartung (PPS-ES) apresentou projeto de leiisentando da cobrança de Impostosobre Produtos Industrializados (IPI)e de Imposto de Importação (II) osprodutos capazes de proporcionareconomia de energia elétrica. Pelaproposta, 30 dias depois de oCongresso aprovar o projeto, aCâmara de Gestão da Crise deEnergia Elétrica apresentará umarelação dos produtos utilizados emresidências, estabelecimentoscomerciais e industriais que estãoaptos a reduzir os custos com energiano País.

Notas ContábeisC F CC F CC F CC F CC F C C F CC F CC F CC F CC F C

Nos últimos anos, a modalidade deseguro que mais cresceu é a que leva emconsideração o perfil do proprietário, oudo motorista, do veículo. Segundoreportagem publicada no site do Estadãoem maio de 2001, nesse tipo de apólice oprêmio - valor pago pelo segurado emcaso de sinistro - costuma ser metade dovalor do de um seguro comum.

O prêmio varia conforme ascaracterísticas e o estilo de vida do donodo carro: sexo, idade, estado civil, se temou não garagem, se usa o carro paratrabalhar ou para o lazer etc. É assim quea seguradora calcula a probabilidade deo automóvel ser danificado ou ter perdatotal. Como em geral as mulheres têm maiscuidado ao dirigir que homens, por

exemplo, o prêmio para elas é mais emconta. Embora ainda não estejaregulamentado, o seguro por perfilpermite que as seguradoras ofereçampromoções e descontos a clientes quese enquadrem em grupos de poucorisco. O contrato baseia-se na boa-fédo segurado ao preencher seus dados.

Mas o Procon-SP alerta paraalguns cuidados que se deve tomar aoassinar o contrato. Primeiro, o clienteprecisa ser claro e não deve mentir nasrespostas, pois, se for provada aomissão, ele pode perder aindenização. Em segundo lugar, ocontrato deve ser lido com atençãopara averiguar as condições deressarcimento em caso de sinistro.

Seguro de carro por perfilC F CC F CC F CC F CC F C

Jornal do CFC, Agosto de 2001 5pág.

C F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F CC F C

CFC forma grupos para implantar linguagem universalLançado no Brasil o movimento que

vai ajudar a criar uma linguagem universalpara os balanços e declaraçõesfinanceiras. O movimento está seespalhando pelo mundo por meio doFórum Internacional para oDesenvolvimento da Contabilidade(IFAD, na sigla em inglês). Na AméricaLatina, o Brasil foi escolhido para liderareste processo, o que já está sendo feitopelo Conselho Federal de Contabilidade(CFC) e pelo Instituto dos AuditoresIndependentes do Brasil (Ibracon), quesão representantes do Brasil na FederaçãoInternacional de Contabilidade (IFAC).

PROJETO BRASILEIROPROJETO BRASILEIROPROJETO BRASILEIROPROJETO BRASILEIROPROJETO BRASILEIRO

Para o presidente do CFC, ContadorJosé Serafim Abrantes, “o ambienteinternacional está promovendosignificativas mudanças tendentes àharmonização dos conceitos contábeis,de auditoria e de governançacorporativa, de forma a criar e a ampliaro desenvolvimento econômicosustentado”. Por esta razão, o movimentoestá sendo chamado no Brasil deProjeto Brasileiro de HarmonizaçãoInternacional de Normas Contábeis ede Auditoria.

O Brasil ficou incumbido de criar doiscomitês: o multiprofissional, com oobjetivo de promover a harmonizaçãodas normas contábeis, valorizando osimpactos pretendidos; e o profissional,integrado por representantes da profissãocontábil, que vai trabalhar as normas deContabilidade e de auditoria, o códigode ética, a governança corporativae os aspectos regulatórios.

COMITÊ FORMADOCOMITÊ FORMADOCOMITÊ FORMADOCOMITÊ FORMADOCOMITÊ FORMADO

Em reuniões realizadas emmaio e junho passados, oIFAD Brasileiro definiu osnomes das pessoas queirão compor seuComitê Multi-profissional: JoséS e r a f i mA b r a n t e s(presidente doCFC), MárcioMartins Villas(presidente doI b r a c o n ) ,Roberto Tei-xeira da Costa(economista),Ernesto RubensGelbcke, L.Nelson Carvalho (Contador), Irineu DeMula (Contador), Modesto Carvalhosa(advogado), José Luiz Osório AlmeidaFilho, Luiz Fernando Furlan, Luiz Otávioda Mota Veiga, Antônio Kandir(deputado e economista), FredericoGerdau Johannpeter (empresário),Victor Faccioni, Eliseu Martins(professor e Contador), Sérgio Darcyda Silva Alves, Armínio Fraga(presidente do Banco Central),Domingos Poubel de Castro (Contadore chefe da Secretaria de ControleInterno do Ministério da Fazenda),Raymundo Magliano Filho. AlfriedPlogler, Humberto Casa-Grande Neto,Antônio de Lacerda, Antonio CarlosNasi (Contador e presidente daAIC), Taiki Hirashima e EmersonKapaz (empresário).

INCOMPINCOMPINCOMPINCOMPINCOMPAAAAATIBILIDADESTIBILIDADESTIBILIDADESTIBILIDADESTIBILIDADES

Neste momento, CFC eIbracon estão definindo os

nomes que comporãoo Comitê Profis-sional do IFADBrasileiro. Masum grupo deauditores já estát r a b a l h a n d odesde o mêspassado na ela-boração das in-compatibilidadesentre as regrasbrasileiras e opadrão interna-cional. A listadeve ficar pron-ta neste mês de

agosto. O presidente do CFC, JoséSerafim Abrantes, considera que a leibrasileira é boa, “em alguns pontos muitomelhor que a dos países desenvolvidos,mas as mudanças na economia nos últimosanos aumentou a defasagem entre o queestá no papel e o que ocorre de verdade,na vida real”.

O presidente Serafim lembra que atransparência é um bom remédio paraamenizar o reflexo das crises financeirasnos países emergentes, mas pode não sersuficiente para convencer os países maisreticientes sobre as mudanças. Noentanto, existem outros motivos maisconcretos para harmonizar as normascontábeis. É que a partir de 2005 oBanco Mundial só vai aprovarprogramas de empréstimo para quemestiver adaptado às novas regras.

O PORQUÊ DOO PORQUÊ DOO PORQUÊ DOO PORQUÊ DOO PORQUÊ DO IF IF IF IF IFADADADADAD

Existe um consenso mundial de quea disponibilidade de informaçõesfinanceiras na maioria dos mercadosestá sendo inadequada para osinvestidores – nota-se uma ausênciade transparência de informaçõesconfiáveis. A crise asiática levantoudúvidas sobre a qualidade da auditoriae da Contabilidade nos paísesafetados. Muitos líderes daContabilidade mundial sugeriram quealguns de seus profissionais não teriamsido responsáveis em relação àsinformações, acabando por provocara crise. Por causa deste e de outrosincidentes, as lideranças contábeis seuniram para propor umcomportamento harmônico daContabilidade dos diversos países,formando o IFAD, com o principalobjetivo de convencer os governos deque a transparência dos balanços euma boa administração corporativasão indispensáveis para a estabilidadena economia globalizada. O IFADtem, como membros ou participantes,observadores do Fundo MonetárioInternacional, do Banco Mundial, doIFAC, da Comissão Internacional deNormas Contábeis e das cincomaiores empresas de Contabilidadedo mundo. A primeira reunião doIFAD foi realizada em janeiro de1999, em Nova Iorque; em outubrodo mesmo ano, o IFAD reuniu-senovamente, em Paris; e em março doano passado, em Washington. Apróxima reunião está prevista paranovembro deste ano, em Londres.

NORMAS CONTÁBEISNORMAS CONTÁBEISNORMAS CONTÁBEISNORMAS CONTÁBEISNORMAS CONTÁBEIS

O professor Eliseu Martins , agora no IFAD

A PIOR RENDAA PIOR RENDAA PIOR RENDAA PIOR RENDAA PIOR RENDA

O Programa das Nações Unidaspara o Desenvolvimento (PNUD)divulgou no dia 10 do mês de julhoRelatório de DesenvolvimentoHumano 2001 e confirmou osproblemas que os brasileirosenfrentam quando o assunto édistribuição de renda: o país é oquarto pior do mundo nesse quesito.

Segundo informações do site“Valor Online”, o Brasil só perdepara Suazilândia, Nicarágua e Áfricado Sul, nesta ordem.

O índice utilizado pelo Programadas Nações Unidas para oDesenvolvimento (PNUD), paraessa classificação, chama-se Gini evaria de 0 a 1. Zero indica aigualdade absoluta e um, adesigualdade total. O Brasil estáem 0,591, de acordo com os dadosde 1997 (os mais recentesdisponíveis) utilizados pela ONU.

“DIGA SIMPARA A RBC”

Participeassinando ourenovando a

assinatura da RBCe oncorra a um

Fiat PálioOkm em 2001.

pág.Jornal do CFC, Agosto de 2001 6

A sociedade está exigindo cada vez mais o trabalho do ContabilistaC F CC F CC F CC F CC F C ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA - VICTOR DOMINGOS GALLOROA - VICTOR DOMINGOS GALLOROA - VICTOR DOMINGOS GALLOROA - VICTOR DOMINGOS GALLOROA - VICTOR DOMINGOS GALLOROC F CC F CC F CC F CC F C

“Em 150 anos de República, poderemos ter a primeira leva de prefeitos responsáveis”.

Dez andares de um prédio nocentro de uma das maiores cidadesdo mundo ficaram durante sete anosabandonados e esquecidos. O donodo prédio, o Conselho Regional deContabilidade do Estado de SãoPaulo, reformou seus andares etransformou o lugar em um centro deaperfeiçoamento de Contabilistas,hoje com 500 alunos.

O responsável por essa façanhafoi o atual presidente do CRCSP,Victor Domingos Galloro, 59 anos,pai de três filhos, profissional dasáreas contábil e de auditoria desde1970. Galloro é formado em CiênciasContábeis e Jurídicas e MBA emControladoria pela USP/FEA/FIPECAFI. Foi diretor por trêsgestões seguidas do Ibracon e, antesde assumir a presidência do CRCSP,no ano passado, foi vice-presidentede Fiscalização e de Administraçãoe Finanças da entidade.

Na entrevista que concedeu aoJornal do CFC, Galloro fala dasmudanças promovidas em sua gestãoe da Lei de Responsabilidade Fiscal.Hoje, o CRCSP dá palestras e orientaprefeitos do interior do estado. OConselho Regional que preside é omaior do país em número de inscritose de pagantes: são 94 mil ao todo;50% deles residentes na capital.

Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC – Como começaram asmudanças no CRCSP?VG -VG -VG -VG -VG - Quando fui eleito e fiz a primeirareunião com o conselho diretor, eu játinha um plano de trabalho. Expliquei aeles os objetivos que o CRCSP tinha dealcançar, como a profissão deveria sedesenvolver em São Paulo. Ao mesmotempo, apesar de termos um regimepresidencialista nos CRCs, em São Paulonós fizemos um acordo pelo consenso,em que cada um administra sua área; etemos administrado bem. Então, eudesenvolvo as políticas e os vice-presidentes tomam conta de suas áreas– Registro, Fiscalização, Administraçãoe Finanças. Com essa união e esserespeito, um pela área do outro, nóstemos conseguido crescer juntos eestamos gerindo bem o Conselho pormeio de um consenso. Apesar de serpresidente, eu tenho o consenso dosVice-Presidentes em tudo o que eu faço.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Como o CRCSPconseguiu criar líderes nas sub-sedes doestado?VG VG VG VG VG - Foi uma modificação importante.Nós temos 16 sub-sedes. Essas sub-sedes, espalhadas por todo o Estadode São Paulo, não tinham lideranças.

Nós tínhamos a figura do antigodelegado regional, mas, na realidade, otrabalho era coordenado pelosfuncionários. O delegado era mais umafigura decorativa. Então, estabeleci queo delegado regional é que deveria cuidarda delegacia e desenvolver toda apolítica estabelecida pelo Conselho

Diretor dentro da região dele. Nóscriamos 16 líderes no prazo de um anoe meio. São Contabilistas de altíssimonível, pessoas reconhecidas, respeitadase de proeminência na sociedade local.Hoje eles fazem um encontro entre eles.São 150 no total, mais 80 delegados-representantes. É o delegado regionalque verifica as dificuldades que estãosendo enfrentadas na região. Eleestabelece as políticas que devem serdesenvolvidas na região. Por ano, nóstemos quatro reuniões com os delegadosregionais e mais duas reuniões anuaiscom os delegados-representantes. Todossentiram que era preciso participar mais,ser mais ativo, e o trabalho entãocomeçou a fluir. Além disso, demosagilidade aos encontros regionais decontabilidade no interior do estado – em2000, fizemos quatro encontrosregionais, além de outros eventos – , eentão passamos a divulgar a culturacontábil dentro do estado, com palestras,

fóruns, debates e esses encontrosregionais. Nós tivemos cerca de 350participações em cada encontro regional.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Como o CRCSP chegouaos estudantes de Ciências Contábeis?VG VG VG VG VG - No ano passado, nós decidimosque deveríamos ter representantes nas

faculdades. Nomeamos representantesem todas as faculdades de CiênciasContábeis do Estado de São Paulo.Hoje, temos 90 representantes nessasinstituições de ensino. Com issocomeçamos a exercer uma política quevem dando certo, estamos conseguindoatender às necessidades dos alunos eagilizar o trabalho deles. Além disso, oCRCSP passou a ser mais respeitadoentre os estudantes e pela própriasociedade.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Parece que o CRCSPtem hoje um espaço cultural amplo ediversificado...VG VG VG VG VG – Antes de reformular a área cultural,nomeamos várias comissões, com aparticipação dos Conselheiros – cadaum ficou responsável por determinadosetor. Um deles, por exemplo, éresponsável pelo setor de publicações- reformulamos todos os nossosimpressos, nossas revistas, demos um

novo visual ao Conselho Regional,bastante agradável de se ver. Depois,criamos o espaço cultural, construindo,inclusive, um novo palco em nossa sede.A Secretaria de Recuperação de BensCulturais da Prefeitura de São Paulo nosapoiou na criação deste espaço cultural– eles nos indicam e fornecem artistaspara expor neste espaço. A cada 40dias fazemos uma apresentaçãomusical e uma exposição de artes. Noano passado, instalamos na entrada doprédio do CRCSP uma estátua deMercúrio com o caduceu, o símboloda Ciência Contábil. A estátua é umaobra de um famoso escultor italiano.Em abril deste ano inauguramos oCentro de Memória da ContabilidadePaulista, em convênio com a prefeiturae com o Museu da Pessoa, que fez umlevantamento de todo o acervo doConselho. Criamos o nosso museu numespaço de 400 metros quadrados,ficou muito bonito e moderno.Conseguimos salvar livros de 1892.Temos toda a contabilidade dascapitanias hereditárias – cópias, lógico–apenas para mostrar aos nossosvisitantes. Estamos recebendo escolas,com palestras, inclusive. Tambéminauguramos 16 mini-bibliotecas emcada uma de nossas sub-sedes.Esqueci de dizer que ainda temos umaoutra sub-sede, aqui na capital.Pedimos a ajuda dos professoresHilário Franco e Eliseu Martins, quedesenvolveram um roteiro mínimo queuma biblioteca deveria ter.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Como tem sido orelacionamento do CRCSP com oSindicato dos Contabilistas do Estadode São Paulo?VG VG VG VG VG - Nós temos apoiado o Sindicato dosContabilistas do Estado de São Paulo.Os eventos que eram realizados na sededo CRCSP nós passamos a realizar nasede do sindicato. O sindicato não tinhacursos e começamos a dar esses cursospara os associados ao sindicato. Comisso, muitos contabilistas se associaramao sindicato, que, com a nossatecnologia, abriu seus próprios cursos.E no ano passado assinamos convêniocom a Federação dos Contabilistas eestamos implantando um centro deestudos em todos os sindicatos dointerior do estado. Então, são essascoisas que começam a melhorar aimagem do Conselho Regional.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Como o CRCSPmelhorou sua imagem na capital e nointerior?VG VG VG VG VG – No início da gestão, nós sentimosnecessidade de fazer uma comunicaçãomelhor com a sociedade. Conseguimosduas colunas em jornais; uma no

Jornal do CFC, Agosto de 2001 7pág.

“Agora, são os prefeitos que nos pedem orientação sobre a LRF ”

Estadão e outra no Jornal da Tarde,semanais. Além destas, temos outrascolunas em mais 17 jornais do estado.Aí, criamos o nosso Departamento deComunicação Social. Começamos comdois jornalistas e dois revisores de texto.Isso depois de muita briga, pois foi difícilmudar a estrutura de comunicação queexistia dentro do CRCSP. Masconseguimos. Temos as pessoas queescrevem essas colunas. Reformulamosas nossas revistas – o nosso boletim eratrimestral e agora é bi-mensal –, e nofinal do ano passado conseguimoscontratar uma assessoria de imprensaexterna. Os eventos do CRCSP estãosendo bem divulgados, e temos umagrande participação da sociedade. Essamelhora na divulgação melhorou tambéma comunicação interna no CRCSP. Naverdade, o CRCSP começou a aparecermais para a sociedade.

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Que fim levou um prédiode propriedade do CRCSP no centroda cidade?VG VG VG VG VG – Nós tínhamos um prédio na Rua 24de Maio, que estava abandonado há 7anos. Nossa antiga sede funcionava em10 andares deste prédio. Então, comonós tínhamos que desenvolver cursospara Contabilistas, dentro do projeto deEducação Continuada, criamos ali umCentro de Treinamento Avançado deContabilidade, Finanças e Negócios, oCETA, que é do CRCSP. Lá estamosdando oportunidade para estudantes doúltimo ano de Ciências Contábeis e deTécnico em Contabilidade e recém-formados que queiram se aprimorar parapoder entrar no mercado. Todas asmatérias que as faculdades e escolas

técnicas não ensinam nós procuramosministrá-las para que o profissional possaaprimorar seus conhecimentos e entrarmelhor preparado no mercado. Ali nóstemos convênios com o Sindicato dosContabilistas, com o Instituto dosAuditores Independentes do Brasil(Ibracon) e com o Sebrae. Temos cursosdestinados aos empresários deContabilidade, e agora vamos fazer umcurso destinado aos empresáriosespecializados em comércio exterior; eoutro, também já marcado, sobrecooperativas. Nós temos um convêniocom o Senac, que visa ao aprimoramentodo Técnico em Contabilidade. Temosconvênio também com o Instituto deMediação e Arbitragem e outro convêniocom a Ordem dos Advogados do Brasil.Nós ministramos aulas de Contabilidadepara os advogados e eles ministram aulasde direito para os Contadores. É umareciprocidade de conhecimentos. Hojetemos cerca de 500 alunos nesses cursosdo CETA. O Centro foi criado emfevereiro deste ano. Com certeza vamosocupar os dez andares do prédio. Emjunho passado, fomos procurados pelaAssembléia Legislativa para assinar umconvênio que vai trazer, para estudosno CRCSP, todos os projetos de leiapresentados na Casa que digamrespeito a Contabilidade, a tributos.Quer dizer, todos esses projetos, a partirde agora, terão o nosso parecer. Isso éinédito no país. Isso é fruto de nossaabertura. Na medida em que nosabrimos e a sociedade passa a nosenxergar, estaremos contribuindo paraum futuro melhor.

Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC Jornal do CFC – O que deu origem a

essa nova fase que a Classe Contábilestá vivendo no Brasil?VG –VG –VG –VG –VG – A precursora dessa abertura foitoda essa gestão dos ConselhosFederal e Regionais. O que houve foique o CFC começou a participarativamente da integração com osCRCs, a apoiá-los, e todo o Sistemafoi atingido. Foi uma conseqüência docrescimento do trabalho de integração.E o resultado é que a sociedade estáaprendendo a usar a Contabilidade.

Hoje, a Contabilidade é imprescindívelpara as empresas. A bola da vez é aContabilidade, tenha certeza. Asociedade está exigindo de nós – oCFC está respondendo e os CRCstambém. Chegou a hora inclusive deos cursos de Ciências Contábeis seremavaliados pelo Exame Nacional deCursos, o Provão do MEC. Isso serámuito importante. Nós temosfaculdades de ensino medíocres emtodos os setores no País, isso é sabidode todos. Vão avaliar a gradecurricular, as faculdades, e isto só vaiajudar na melhoria da qualidade doscursos. Hoje, com o Provão e o Examede Suficiência, a pessoa vai entrar naprofissão muito melhor preparada doque no passado. Como estamosfalando em Educação Continuada,gostaria de parabenizar o CFC pelaimplantação do sistema de Educaçãoa Distância. Acho que todo CRCdeveria ter um ponto do Direct toCompany S.A.(Dtcom).

Jornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFCJornal do CFC – Como o CRCSP temapoiado a Lei de ResponsabilidadeFiscal?VG VG VG VG VG – Nós fizemos uma cartilha sobre aLei de Responsabilidade Fiscal. Temosfeito palestras para as prefeiturasespalhadas pelo estado, distribuindoessas cartilhas. No início, nosoferecemos para dar palestras, elesaceitaram, e agora o retorno tem sidomuito bom – são eles que nos pedemessa orientação. Estamos orientando

prefeitos, políticos e contadores aimplementar a Lei de ResponsabilidadeFiscal. Depois de 150 anos deRepública, nós poderemos ter aprimeira leva de prefeitos responsáveis.Eles estão interessados, são pessoasde boa-fé, mas muitos são políticos enão são afetos à Contabilidade, àadministração. Nas palestras, temosconseguido transmitir muitasinformações, falando da importânciado Contador dentro do contexto daadministração, da LRF. Isso emconsonância com o Conselho Federalde Contabilidade, que está fazendo umtrabalho excelente na divulgação destalei. Eu acho isso muito certo porque,na verdade, é muito fácil o governoarrecadar e não ter de prestar contasa ninguém. Quer dizer, gastar semqualquer responsabilidade. Agoratodos sabem que tem de haver umaprestação de contas. Para a sociedade,isso é muito importante. Realmente, aLRF foi um grande avanço.

PPPPPARA FICAR EM DIAARA FICAR EM DIAARA FICAR EM DIAARA FICAR EM DIAARA FICAR EM DIAC F CC F CC F CC F CC F C

Tramitam no Congresso dois projetossobre a Lei das S.A.: um focaliza omercado de valores mobiliários e o outro,a área de Contabilidade. O primeiro, é oProjeto de Lei nº 3.115-C, de 1997, ou“Lei das S.A.”. Este PL, de autoria dodeputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR),foi votado e aprovado pela Câmara em28/3/01. Ele propôs a criação do Comitêde Padrões Contábeis (CPC), do qual oCFC faz parte. O CFC tem batalhadomuito por esse projeto, assinalando seusequívocos e defendendo suas qualidades.Na Câmara, o Conselho conquistou odireito legal de fiscalizar os papéis detrabalho das empresas de auditoria abertasou fechadas, o que até então não erapossível fazer.

COMO IDENTIFICARCOMO IDENTIFICARCOMO IDENTIFICARCOMO IDENTIFICARCOMO IDENTIFICAR

O CFC também lutou para conseguirque todos os membros do Comitê fossemContadores. Considerando que isso

sequer estava contemplado pelo projeto,o CFC conseguiu aprovar que a maioriados nove integrantes do Comitê fosseintegrada por Contadores. Foi uma vitória.Hoje, o PL nº 3.115-C, de 1997, está noSenado, e pode ser identificado como oProjeto de Lei Complementar nº 23, de2001. Está sendo apreciado em ReuniãoConjunta pela Comissão de Constituiçãoe Justiça (CCJ) e pela Comissão deAssuntos Econômicos (CAE).

Na CCJ, o presidente é o senadorBernardo Cabral (PFL-AM); o senadorPedro Piva (PSDB-SP) é o relator. NaComissão de Assuntos Econômicos, opresidente é o senador Lúcio Alcântara(PSDB-CE); o senador José Agripino(PFL-RN) é o relator. O PLC nº 23, de2001, já recebeu 25 emendas no Senado:23 na CCJ e duas na CAE. O CFCentrou com três emendas para tentar aaprovação de novos benefícios para oSistema CFC/CRCs. Duas foramapresentadas à CAE pelo senador José

Fogaça (PMDB-RS) e uma outra foiencaminhada, a título de “sugestões”,diretamente pelo senador LúcioAlcântara ao relator da CAE, senadorJosé Agripino.

Foram realizadas duas audiênciaspúblicas para aprimorar o projeto, comvários expositores, entre eles o presidentedo CFC, contador José SerafimAbrantes (representado pelo professorYnel Alves de Camargo). Há uma terceiraaudiência pública marcada para agostopróximo. Os convidados são osdeputados Emerson Kapaz (PPS-SP) eAntônio Kandir (PSDB-SP), relatoresda Lei das S.A. na Câmara, para exporsuas experiências sobre o projeto.

CONTCONTCONTCONTCONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADE

O segundo projeto de Lei das S.A.que transita no Congresso é o de nº 3.741,de 2000. Este PL, do Poder Executivo(leia-se CVM), cria as “Organizações da

Sociedade Civil de Interesse Público”(OSCIP), para realizar as mesmas funçõesque o Grupo Técnico do CFC realiza há20 anos e sem ônus para o país. O PLestá na Comissão de Economia Industriae Comércio da Câmara (CEIC), cujopresidente é o Deputado Marcos Cintra(PFL-SP). O relator é o deputadoEmerson Kapaz (PPS-SP). O CFC jáentrou com uma emenda substitutiva,assinada pelo deputado Agnelo Queiroz(PC do B - DF), que estabelece que“...compete ao Conselho Federal deContabilidade a elaboração e adivulgação de princípios, normas epadrões contábeis...”. A CVM já entroucom um substitutivo ao próprio PL nº3.741, eliminando o art. 4º, objeto daemenda do CFC, substituindo-o poroutro comitê. O texto do primeiro PLestá disponível em www.camara.gov.br.Proposições, redação final e o texto dosegundo PL em www.Planalto.gov.br,PLs de 2000.

CFC trabalha para aprimorar o novo projeto da Lei das S.A.

pág.Jornal do CFC, Agosto de 2001 8

Muito se tem falado sobre BalançoSocial, Ética Empresarial eResponsabilidade Social.

A jornalista Claúdia Vassalo escreveuno Guia Bom Corporativismo,editado pela Revista Exame: “ AResponsabilidade Social deixou de seruma opção para as empresas. É umaquestão de visão, de estratégia e, muitasvezes, de sobrevivência”.

Na verdade, as empresas passarampor três fases de gestão: a primeira tinhauma visão monossocial, onde opensamento visava somente a interessesdo investidor; num segundo momento,veio a fase bissocial, onde a visão era parao investidor e para os empregados, ambasde caráter interno. Atualmente, a visão émultissocial, ou seja, as empresas estãopreocupadas com o investidor, com osempregados e com a sociedade em queestá inserida. Passaram a olhar para fora.

Realmente, esta visão é estratégica ecertamente será um diferencial nosnegócios. Porém, Ações Sociais eBalanço Social não podem e não devem

ser usadoscomo instru-mentos demarketing.

A empresasoc ia lmen teresponsável éaquela que cum-pre seu principalpapel, que éo de prestarbons serviçosou fornecerprodutos deq u a l i d a d e ,atendendo àl e g i s l a ç ã o ,sem gerar des-perdício e sem prejudicar o meioambiente. Ou seria socialmenteresponsável uma empresa que apoiaprojetos comunitários e/ou açõessociais, culturais e esportivas, semfornecer produtos de qualidade, sempagar seus impostos, atrasandopagamento dos fornecedores,

agredindo o meioa m b i e n t e ?Entendemos quenão.

Fazendo umparalelo, citamoso exemplo de umContabi l i s ta .A responsabi-lidade desteprofissional éd e s e n v o l v e rsua atividadena geração deinformações paratomada de deci-sões, com com-petência, ética e

atendimento às normas legais. Destaforma é que estará agregando valor àsociedade, cumprindo o seu papel social.De nada adianta pagar seus impostos,prestar serviços à comunidade se nãoexecuta corretamente suas atribuiçõesprincipais.

Quero dizer que uma empresa não é

C F CC F CC F CC F CC F C ARARARARARTIGO - VTIGO - VTIGO - VTIGO - VTIGO - VALDIR MASSUCAALDIR MASSUCAALDIR MASSUCAALDIR MASSUCAALDIR MASSUCATTITTITTITTITTI

Responsabilidade Social> Valdir Massucatti (*)

* é Contador, advogado, coordenador doCurso de Ciências Contábeis da FaculdadeSão Mateus e presidente do CRCES

Segredos de auditoria e tributação

O professor, Contador e consultorparanaense Everson Carlin lançou emCuritiba o Manual de AuditoriaContábil, um guia prático aplicável àrealidade de grandes, médias e pequenasempresas. São 194 páginas abordandoeste campo contábil, em sete capítulossubdivididos em dezenas de itens. Osconceitos são embasados em legislaçãosocietária, fiscal e contábil atualizadas.

O diretor administrativo e financeiro daElectrolux do Brasil, Adriano Rudek deMoura, o “Equilibrista do Ano 2000 noParaná”, afirma na apresentação: “OManual de Auditoria Contábil ofereceuma ótima oportunidade didática de seconhecer como é planejado, executado econcluído o trabalho de auditoria”. Segundoele, o livro “é, acima de tudo, um guiaprático da metodologia aplicada nessestrabalhos, incluindo uma vasta contribuiçãode conceitos técnicos e operacionais,aprimorados pelo autor durante váriosanos de sua experiência profissional”.

CONTCONTCONTCONTCONTABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADEABILIDADETRIBUTÁRIATRIBUTÁRIATRIBUTÁRIATRIBUTÁRIATRIBUTÁRIA

E o professor titular de ContabilidadeComercial da Faculdade de Ciências

Contábeis da Universidade Católica deSalvador, José Amândio Barbosa, estálançando o livro Curso Prático deContabilidade Tributária/ICMS,adaptado para a sistemática de cursomodelar a distância.

O livro envolve os aspectosintegrativos entre a escrita contábil e aescrita fiscal, os aspectoscaracterizadores do ICMS, a descriçãodos documentos e livros fiscais, osprocedimentos iniciais para a efetivaçãodos registros e as formas decontabilização e de controle do imposto.O livro mostra também osprocedimentos para registro contábil efiscal das operações abrangidas peloICMS, bem como os procedimentospara a regularização de registros.

Para conseguir um exemplar, oleitor do Jornal do Conselho Federalde Contabilidade deve contatar aEditora Nacional de Guias Ltda., naRua dos Algibebes, nº 4, 7º andar, CEP41927-000, Salvador – BA, ouprocurar o seguinte endereço na internet:www.fiscobrasil.com.br, [email protected]. Otelefone do autor do livro e professor é(71) 672-1308.

LIVROSLIVROSLIVROSLIVROSLIVROSC F CC F CC F CC F CC F C

Na Reunião Plenária de junho, visitaram a sede do Conselho Federal deContabilidade, em Brasília, da direita para a esquerda , a delegada do CRCROem Ji-Paraná, Vilma Fátima Mendes; o presidente do Sescon de Florianópolis(SC), Walter T. Cruz; o delegado do CRCRS em Panambi, Eugênio Gressler;e o delegado do CRCPA em Marabá, Carlos Alberto Cruz Caldas. As visitasfazem parte do programa instituído pelo CFC para trazer a Brasília delegados, representantes e sindicalistas de todo o País. Os visitantes ficam conhecendode perto o trabalho elaborado pelo CFC e ainda participam das reuniõesplenárias realizadas mensalmente.

VISITVISITVISITVISITVISITASASASASASC F CC F CC F CC F CC F C

Contabilistas do Norte e do Sul no CFC

socialmente responsável porque fazações sociais, desenvolve projetos deapoio à criança e à juventude e divulgaessas ações para ter este reconhecimentopela sociedade, e não faz o “dever decasa”.

Todas essas ponderações nos levama crer que as empresas podem e deveminvestir no social, mas nunca deverãoesquecer sua maior responsabilidade, queé prestar bons serviços ou fornecerprodutos de qualidade, atendendo àlegislação, sem gerar desperdício ouprejudicar o meio ambiente. O exercíciopermanente dessa responsabilidade é queassegura a sobrevivência e o crescimentoorgânico das empresas em todos ospaíses do mundo e, em conseqüência,de toda a sociedade.

O não-exercício dessa respon-sabilidade pode levar a rupturas, inclusivesituações falimentares danosas a todasociedade.

Jornal do CFC, Agosto de 2001 9pág.

C F CC F CC F CC F CC F C CERTIFICADOCERTIFICADOCERTIFICADOCERTIFICADOCERTIFICADO

Novas prefeituras aderem ao Programa de Gestão Fiscal Responsável do CFC

As prefeituras de todas as regiões brasileiras continuamrecebendo exemplares com os critérios do Certificado de GestãoFiscal Responsável. O Certificado foi lançado em maio peloCFC, em Brasília, em solenidade que contou com a presençado presidente Fernando Henrique Cardoso e de toda a cúpulaeconômica do Governo Federal.

O principal objetivo do Certificado é motivar as prefeituras aaplicarem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – o apoio doCFC e do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social

a esta causa já provocou a adesão de muitos gestores à LRF. Até o dia 17 de julho, 211prefeituras de diversas regiões do país já haviam aderido ao Programa de GestãoFiscal Responsável do CFC. Veja abaixo a relação das prefeituras inscritas:

Para os prefeitos que estão recebendo osexemplares do Certificado do CFC, aí vai um conselhode alguém que entende de administração pública, odiretor da Trevisan Tributos, Wilson de Faria:

“A maior dificuldade dos gestores municipais comrelação à LRF reside no planejamento e no controleinterno. Ao contrário da iniciativa privada, não existeno Brasil uma cultura de planejamento de gastospúblicos. A nova legislação vai acabar com o péssimohistórico das administrações municipais do País, emque os novos prefeitos passavam os dois primeiros anosde seus mandatos pagando as dívidas do governoanterior e, nos dois últimos anos, criavam novas dívidasque deveriam ser quitadas pelo governo seguinte. ALRF tem o grande mérito de romper este circuito”,explica Wilson, graduado em Administração deEmpresas pela FGV, em Direito pela USP e pós-graduado em Direito Universitário.

Ele afirma que a LRF é baseada em três pontosfundamentais: a Contabilidade, o orçamento e ossistemas. “Para atendê-los, os gestores municipaisdevem, em primeiro lugar, promover um diagnósticodos controles internos. Com isso, será possível detectaras falhas praticadas no início da gestão e apontar oscontroles internos que estão faltando para o bomandamento da administração. Em seguida, é precisoadequar esses controles internos para que seja possívelimplantá-los efetivamente, fase que corresponde àanálise da gestão”.

O terceiro passo, complementa Wilson de Faria, éadaptar o município aos requisitos da LRF: apadronização das normas de escrituração, os relatóriosbimestrais e os demonstrativos da execuçãoorçamentária, os relatórios da gestão fiscal e, por fim,o anexo da política, metas e riscos fiscais.

RECADO AOS PREFEITOSRECADO AOS PREFEITOSRECADO AOS PREFEITOSRECADO AOS PREFEITOSRECADO AOS PREFEITOSC F CC F CC F CC F CC F C

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Analândia - SP

Celso Witcel Dias

São Gonçalo do Abaeté - MG

Jaraguá do Sul- SC

Inocência - MS

Alvaro Augusto Rodrigues

Iáras - SP

pág.Jornal do CFC, Agosto de 2001 10

C F CC F CC F CC F CC F C PPPPPARLAMENTARLAMENTARLAMENTARLAMENTARLAMENTARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFC

Classe contábil estreita relações com o Congresso Nacional...> Antonio Carlos Nasi (*)

O Conselho Federal de Contabilidadeestá estreitando cada vez mais suasrelações com o Poder Legislativosediado em Brasília. Em todas asreuniões plenárias mensais, realizadas nasede do CFC, no Setor de AutarquiasSul, os Conselheiros têm a oportunidadede conhecer de perto, e de debater, asdiversidades de opiniões dos membrosdo Congresso Nacional.

Nesses encontros, os pontos fortesdo debate têm sido principalmente aReforma Tributária, a nova Lei das S.A.e o mercado financeiro.

NOVOS CONHECIMENTOSNOVOS CONHECIMENTOSNOVOS CONHECIMENTOSNOVOS CONHECIMENTOSNOVOS CONHECIMENTOS

Os Conselheiros participamativamente das palestras proferidas pelosparlamentares, com perguntas e

exposições sobre os temas do debate.Na visita do deputado Valdemar CostaNeto, por exemplo, os Conselheiros seinteressaram bastante pelas novidadestrazidas pelo parlamentar sobre o sistemapenitenciário do País.

Para o presidente do ConselhoFederal de Contabilidade, José SerafimAbrantes, as palestras dos parlamentaresdurante as reuniões plenárias têm oobjetivo, além de estreitar relações como Congresso Nacional, “ de aprimorar oconhecimento dos Conselheiros sobretemas políticos importantes”.

Um assunto de grande interesse temsido a Reforma Tributária, um dosprincipais problemas debatidos comparlamentares no CFC. O relator daComissão Especial da ReformaTributária, deputado Germano Rigotto

Em 22-3-01, o deputado federalGermano Rigotto (PMDB-RS)explicou a Reforma Tributária feitapela Comissão Especial da Câmara;o deputado mostrou aos Conselheirosdo CFC as mudanças feitas em seurelatório.

Em maio deste ano, o presidente doCFC, José Serafim Abrantes, e opresidente do CRCCE, RobinsonPassos de Castro e Silva, visitaram osenador Sérgio Machado (PSDB-CE).Assunto: cursos de Contabilidade.

18-11-9918-11-9918-11-9918-11-9918-11-99

Deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR)

24-5-0124-5-0124-5-0124-5-0124-5-01

Deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP)

22-2-0122-2-0122-2-0122-2-0122-2-01

9-11-009-11-009-11-009-11-009-11-00

Deputado Eduardo Paes (PTB-RJ)

Deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE)

Deputado Antônio Kandir (PSDB-SP)

16-6-9916-6-9916-6-9916-6-9916-6-99

Deputado Renato Rainha (PL- DF)

23-9-9923-9-9923-9-9923-9-9923-9-9917-5-9917-5-9917-5-9917-5-9917-5-99

Deputado João C. Medeiros (PMDB- DF)

Jornal do CFC, Agosto de 2001 11pág.

C F CC F CC F CC F CC F C PPPPPARLAMENTARLAMENTARLAMENTARLAMENTARLAMENTARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFCARES NO CFC

... promovendo palestras durante as reuniões plenárias realizadas em Brasília

(PMDB-RS), por exemplo, explicoucom detalhes toda a elaboração doprojeto final, todas as modificaçõesfeitas em consenso com empresários,governos federal e estaduais.

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Outro parlamentar que falou aosConselheiros do Conselho Federal deContabilidade sobre a Reforma Tributáriafoi o deputado Luiz Carlos Hauly(PSDB-PR), que criticou o modelopolítico brasileiro: “O Brasil possui umCongresso Nacional sem modelo políticoforte, exatamente no intervalo docapitalismo e do socialismo, carregandoo que há de pior nos dois modelos. Ouseja, um capitalismo selvagem,predatório, com as conquistas sociais

amarradas ao corporativismo e aoclientelismo”. Dois deputados formados emCiências Contábeis também fizerampalestras no plenário do CFC nos últimosdois anos. Um deles foi o deputado distritalJoão Carlos Coelho de Medeiros (PMDB-DF), que detalhou para o plenário atramitação do projeto de lei de sua autoriaque disponibiliza salas para os contabilistasnas Juntas Comerciais, Receita Federal eagências da Receita no Distrito Federal.

O outro Contador, deputado EdinhoBez (PMDB-SC), fez uma palestra sobreo papel do sistema financeiro nacional,valorizando o trabalho da auditoria.

Além de levar os parlamentares aoCFC, o presidente Serafim tambémparticipou, por duas vezes, de debatespromovidos pela TV Senado. Osprogramas foram ao ar em rede nacional.

Em 26-8-99, o deputado federalMarcos Cintra (PFL-SP) veio ao CFCexplicar, durante reunião plenária, oporquê de sua luta em defesa daCPMF. O deputado elogiou aspropostas do CFC à Comissão deReforma Tributária.

No ano passado, o presidenteSerafim participou de um debate naTV Senado, sobre Exame deSuficiência, com o senador ArlindoPorto (PTB-MG). O senador elogiouo trabalho do CFC.

O presidente Serafim e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) participam de debate na TV Senado

25-5-0025-5-0025-5-0025-5-0025-5-00

Deputado Gervásio Silva (PFL-SC)

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Senador Ademir Andrade (PSB-PA)

18-3-9918-3-9918-3-9918-3-9918-3-99

Deputado Fetter Júnior (PPB-RS)

Deputado Edinho Bez (PMDB-SC)

21-6-0121-6-0121-6-0121-6-0121-6-01

Senador Leomar Quintanilha (PPB-TO)

15-4-9915-4-9915-4-9915-4-9915-4-99 17-5-9917-5-9917-5-9917-5-9917-5-99

Deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE)

7 -2 -017-2-017-2-017-2-017-2-01

pág.Jornal do CFC, Agosto de 2001 12

C F CC F CC F CC F CC F C

Governo alivia impostos de exportadores e dá vida nova à CPMFC F CC F CC F CC F CC F C REFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIA

No mesmo dia em que o ministro daFazenda, Pedro Malan, anunciou a mini-reforma tributária -30 de junho-, duasmudanças entraram em vigor por meiode medidas provisórias. O gás natural eo carvão, destinados a usinastermelétricas, ficam livres de doistributos: do Programa de IntegraçãoSocial (PIS) e da Contribuição paraFinanciamento da Seguridade Social(Cofins). As empresas brasileiras pagamao governo 3% do faturamento, mesmoque não tenham lucro, por conta dessesdois impostos. Agora, as empresas queprocessam ou transportam gás e carvãoterão descontado do faturamento oganho com esses produtos. A outramudança nas regras do PIS/Cofins livraos exportadores desses tributos.Empresas que produzem para venderpara fora do País poderão descontarseus desembolsos de PIS e Cofins, casoelas participem da primeira ou da últimaetapa da cadeia de produção. ‘‘Nenhumexportador brasileiro tem o direito dereclamar mais nada do governo a partirde hoje’’, avisa o ministro Malan.

COMPENSAÇÃO DAS PERDASCOMPENSAÇÃO DAS PERDASCOMPENSAÇÃO DAS PERDASCOMPENSAÇÃO DAS PERDASCOMPENSAÇÃO DAS PERDAS

O governo perderá R$ 500 milhõespor ano com o desconto aosexportadores, mas espera manter aarrecadação. Em primeiro lugar, porqueas exportações tendem a aumentar e,com isso, também os impostos.

Além disso, o governo prepara novas

regras que obrigarão os fundos depensão a pagar mais impostos — comisso, o ganho será de aproximadamenteR$ 1 bilhão por ano. Portanto, a perdaé mais do que compensada. A medidaprovisória mais esperada, porém, nãosaiu. É a que isentaria da ContribuiçãoProvisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) as aplicações embolsas de valores. Segundo Malan, essamudança ainda está em estudos e nãotem data para ser apresentada.

Além dos benefícios que passam avaler imediatamente, o governo enviouao Congresso uma proposta de emendaconstitucional para prorrogar a CPMFaté 31 de dezembro de 2004. Quer amesma alíquota atual, de 0,38% sobretodas as operações financeiras. A cadaano, o tributo rende R$ 18 bilhões aoscofres do governo. Os 30 meses deprorrogação significam R$ 45 bilhões amais para o Tesouro Nacional, se aarrecadação permanecer nospatamares atuais.

REGRA ÚNICA PREGRA ÚNICA PREGRA ÚNICA PREGRA ÚNICA PREGRA ÚNICA PARA ICMSARA ICMSARA ICMSARA ICMSARA ICMS

A proposta de emenda constitucionalda CPMF tem outra novidade que afetao funcionamento de todo o PoderJudiciário. Trata-se do Incidente deConstitucionalidade. De acordo com aproposta, o artifício poderá serproposto ao Supremo Tribunal Federalquando houver dúvida a respeito daconstitucionalidade de uma matéria. O

Na noite de 30 de junho, poucodepois de participar do anúncio oficialdas medidas tributárias, o secretárioda Receita Federal, Everardo Maciel,fez, aos jornalistas que cobrem o setor,um comentário surpreendente paraquem vem festejando sucessivosrecordes de arrecadação.

“A carga tributária das empresasestá muito elevada. Acho que nósfomos longe demais. De janeiro de1995 a abril deste ano, a receita daUnião aumentou 40% em termos reais.E fomos longe demais porque dooutro lado tem uma conta interminávelque não pára de crescer”, disse,referindo-se às despesas da União.Disse mais o secretário da ReceitaFederal, Everardo Maciel: “O dinheiroque se consegue nunca é suficiente,nunca dá; e tem sempre aqueles quepedem para arrumar mais. Chega deaumentar impostos, pois nós já

STF ganhará o direito de,ao analisar a dúvida,suspender todos osprocessos envolvendo aquestão nas instânciasinferiores e fazê-las seguirseu julgamento.

Em outra proposta deemenda constitucional, ogoverno quer instituirregras únicas em todo oPaís para o Imposto sobreCirculação de Merca-dorias e Serviços(ICMS). Hoje, os 26estados do País e oDistrito Federal têm leispróprias sobre o tributo.

Com a nova proposta,haverá apenas cincoclasses de alíquotas emtodo o País. Só o SenadoFederal poderá alterá-las. O Imposto sobreServiços (ISS), cobrado pelasprefeituras, também terá alíquotasmínimas em todo o País.

“INIMIGO DO BOM”“INIMIGO DO BOM”“INIMIGO DO BOM”“INIMIGO DO BOM”“INIMIGO DO BOM”

Sobre o fato de o governo, mais umavez, deixar de lado as mudançasaprovadas pela Comissão Especial deReforma Tributária da Câmara dosDeputados, o ministro Malan afirmou:“Às vezes o ótimo (a reforma feita pelaCâmara) é inimigo do bom (o pacote

de reformas tributárias anunciado peloGoverno)”.

Para o presidente do SindicatoNacional dos Auditores Fiscais daReceita Federal (Unafisco), Paulo GilIntroíni, “a reforma silenciosa dogoverno foi toda voltada para aumentara tributação dos mais pobres e reduzira cobrança dos mais ricos. Basta verque entre 1996 e 2000 a arrecadaçãodo IR pago pelo trabalhador aumentou68%, mais do que o dobro da inflaçãono período”.

estamos no limite, agora é necessárioolhar para o lado da despesa”.

CARGA TRIBUTÁRIACARGA TRIBUTÁRIACARGA TRIBUTÁRIACARGA TRIBUTÁRIACARGA TRIBUTÁRIA

Estudo realizado pelo InstitutoBrasileiro de Planejamento Tributário(IBPT) mostra que a carga tributáriaficou em 34,16% do Produto InternoBruto (PIB), em 2000. Em 1998, foide 29,44%; em 1999, de 31,15%.

Segundo o estudo do InstitutoBrasileiro de Planejamento Tributário(IBPT) , coordenado pelos tributaristasGilberto Luiz do Amaral e João EloiOlenike, de 1986 a 2000 a cargatributária cresceu 352,15%, contra196,36% do PIB. Em 1993, cadabrasileiro pagou o equivalente a R$719,19 em tributos. Em 2000, pagouR$ 2.023,73. Ou seja, houve umaumento de 187,39% da arrecadaçãoper capita entre 1993 e 2000.

CPMF - O ‘‘imposto do cheque’’seria extinto em junho do próximo ano.De olho na receita anual de R$ 18bilhões que lhe proporciona, o governoenviará projeto de emenda constitucionalpropondo sua prorrogação atédezembro de 2004, com a mesmaalíquota de 0,38%.

ICMS - Outra emendaconstitucional vai propor o desmontedas atuais 27 legislações estaduais. Osprodutos poderão ser divididos emcinco classes, cada uma com umaalíquota de ICMS, que será igual em

AS MEDIDASAS MEDIDASAS MEDIDASAS MEDIDASAS MEDIDASC F CC F CC F CC F CC F C ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTAAAAAC F CC F CC F CC F CC F C

Chega de aumentos, pede Everardo Maciel

O ministro da Fazenda, Pedro Malan

todo o território nacional. As classes deprodutos serão estabelecidas por leicomplementar. As cinco alíquotas ficama cargo do Senado. O Confazregulamenta a lei.

ISS - O Imposto Sobre Serviços(ISS), principal fonte de receitas dosmunicípios, muda na mesma emendaconstitucional. No lugar da alíquotamáxima definida atualmente, entra aalíquota mínima para todo o País. Assim,as prefeituras só terão margem para subirimposto, não para baixá-lo. Isençõesserão proibidas para ICMS e para ISS.

INFORMAÇÕES:INFORMAÇÕES:INFORMAÇÕES:INFORMAÇÕES:INFORMAÇÕES:TTTTTel: (61) 314-9600 - Fel: (61) 314-9600 - Fel: (61) 314-9600 - Fel: (61) 314-9600 - Fel: (61) 314-9600 - Fax: (61) 226-6547ax: (61) 226-6547ax: (61) 226-6547ax: (61) 226-6547ax: (61) 226-6547

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