Cartas Pastorais

Embed Size (px)

Citation preview

4

Daniel Martins Sotelo

Cartas Pastorais

Goinia, 2003

CARTAS PAULINAS.As cartas paulinas foram escritas pelo prprio punho do apstolo Paulo conforme a maioria dos especialistas : I Tess., Gal., I e II Cor., Rom., Fil., Fm.

IntroduoA discusso acerca da autenticidade e da no autenticidade dos escritos de Paulo continua evidentemente em debates. As maiorias dos autores concluem que, estas cartas supracitadas so realmente e verdadeiramente do apstolo Paulo. As outras que foram atribudas so no autnticas ou pseudonmicas e as pastorais que no so do prprio punho de Paulo. A bibliografia no final consultada evidencia esta colocao acima acerca da autenticidade ou inautenticidade dos escritos do apostolo Paulo.

Comeamos por analisar os escritos autnticos do apstolo Paulo que so a primeira escrita por ele na cronologia: I Tess, Gal, I e II Cor, Rom, Fil., Fm.

I TESSIntroduo

Conforme os pesquisadores esta carta a mais antiga e a primeira escrita pelo apstolo. Esta carta foi escrita para uma comunidade em Tessalnica que foi fundada por Cassandro no ano 315 a.C., ele era general e cunhado de Alexandre o Magno. A cidade recebe o nome da esposa de Cassandro. Esta cidade era o entreposto da via Ignacia que ligava Roma a Bizncio. A cidade era um importante centro comercial deste perodo.

Paulo chega nesta cidade durante a 2 viagem missionria, na segunda metade do ano 49 d.C. vindo de Filipos (I Tess 2,2). Esta a cidade depois de Filipos a ser o campo missionrio de Paulo. Ele envia seu companheiro Timteo, depois manda a carta esta comunidade (I Tess.3,1-10). O apstolo Paulo antes estivera com Silvano e Timteo de Listra. Silvano o mesmo que seu companheiro Silas.

A comunidade discute sobre a questo dos mortos, a parusia, e questes morais. Estes assuntos so os problemas fundamentais deste escrito de Paulo comunidade.

Contedo.

I Tess.

1,1 introduo

1,2-3,13 - introduo

2,1-10 aes de graa - a parte principal e central

2,1-12 apologia de Paulo - sua defesa

2,13-16 agradecimento de Paulo

2, 17 -3,5 envio de Timteo e a lista de necessidades de Paulo.

3,6-10 alegria das boas novas trazidas por Timteo

3,11-13 a intercesso de Paulo

4,1-5,22 - exortao

4,1-12 a exortao moral

4,13-18 o destino cristo dos defuntos

5,1-11 exortao a cerca do retorno de Cristo.

5,12-22 exortao na vida de comunidade.

5,23-28 Final da carta

Motivo e inteno da carta.

A carta uma introduo moral e possui traos apologticos contra o paganismo. A carta tem como motivo principal as perguntas e respostas sobre a situao da comunidade: a astcia, a lisonja, a avareza, a procura da glria, a falsa interpretao e a arrogncia de uns membros da comunidade.

A questo sobre a vida aps a morte, a vinda de Cristo - parusia, a salvao e a ressurreio dos mortos so os motivos da carta. A carta uma parenese, uma forma literria conhecida no cristianismo primitivo, mais usada por Paulo.Data e local da composio

Quando Paulo escreveu esta carta estava em companhia de Silvano ou Silas e de Timteo. Paulo nota que o xito missionrio da Acia um sucesso. Ele deve ter escrito esta carta durante a estadia em Corinto onde estava entre 50 a 51 d.C. o que concorda com At. 18,5 que narra a reunio deles em Corinto.

Teologia de I Tess

A teologia desta carta elabora uma apologia de Paulo contra o paganismo. Ela uma parenese - exortao moral aos cristos desta comunidade para que permaneam estveis na vida em Cristo. Paulo exorta a comunidade espera escatolgica, a parusia ou a segunda vinda de Cristo. Outro fator importante na teologia desta epistola a crena na vida aps a morte. Indivduos estavam morrendo na comunidade e levantou-se a questo da salvao dos mortos, da ressurreio. Esta exortao do apstolo para que permanecessem fieis a vinda de Cristo.

Introduo

Esta carta uma biografia de Paulo e uma histria do cristianismo primitivo, uma teologia de Paulo.

Destinatrios.

Paulo Galcia, assim comea o escrito. A confuso inicia quando no se sabe identificar se Galcia uma cidade ou uma regio. Se for a regio, ela est relacionada com as tribos clticas ao norte na Bitnia, nos montes Balcs, sia menor. Esta regio est localizada entre Sangrios e Halis dois montes, vindo da o nome Galcia.Esta regio era composta pelas tribos de Pesino, de Ancira: hoje Ankara, e de Tvio, tudo na Turquia moderna. Foi uma regio visitada por Paulo: na Pisdia ou a Licania descrito em At. 13: Derbe , Listra, Macednia. Foi durante a primeira viagem missionria que ocorreu esta visita. Paulo prega nesta regio e talvez de Corinto na segunda ou na terceira visita tenha escrito esta carta que se deu entre 45 a 49 d.C. Talvez seja esta carta a primeira a ser escrita, a primeira obra do apstolo.

A epstola aos Glatas como a de Romanos denominada de testamento teolgico de Paulo. A partir desta carta ele desenvolve toda a sua teologia. Alguns autores enfatizam que esta carta pode ter sido escrita durante a sua 2 viagem e na visita aos Efsios, durante a sua estadia em feso.

GLATAS.

Introduo.

Esta carta a primeira de Paulo a ser escrita por ele. A defesa do seu apostolado, a luta contra os judaizantes sempre est evidente nesta carta. A graa e a justificao pela f so os temas centrais desta carta. A carta pode ser dividida da seguinte maneira:

1,1-5 prlogo

1,6-10 reprovao e comeo

1,11-2,21 teologia de Paulo

1,11-14 conduta de Paulo

1,15-24 atividade entre os pagos

2, 1-10 Paulo e o conclio apostlico

2,11-21 a disputa com Pedro

3,1-5, 12 teologia do apstolo

3,1-5 atitude espiritual dos Glatas

3,6-18 Abrao prefigura a justificao pela f

3,19-25 sentido da salvao pela lei

3,24-4,7 liberdade dos filhos de Deus

4,8-11 recair em pecado

4,12-20 chamado pessoal

4,21 liberdade e escravido

5,1-12 liberdade ante a lei

5,13-6,10 Parenese ou exortao

5,13-25 liberdade ante a lei e como proceder em esprito

5,26-6,10 exortaes

6,11-18 autgrafo da carta

Literatura da carta de Glatas

A carta uma doxologia ou hino de louvor com afirmaes cristolgicas. Narra as aes de graas pela f, mostra a admirao pela apostasia dos glatas e o apstolo ameaa a comunidade de antema. Paulo na carta demonstra: a ira, a ironia, o sarcasmo, traa as invectivas, e traz uma intercesso. A carta mostra a polmica de Paulo com outro apstolo - Pedro. A carta elaborada com diatribes (diatribe - crtica exacerbada, escrito ou discurso violento e injurioso contra algum).

Esta carta foi escrita motivada pela origem na comunidade com hereges e heresias. Estes so os adversrios do apstolo. As afirmaes de cumprimento de lei, os festeiros e a circunciso so os fatos originados para a discusso de Paulo: relaxamento moral e a libertinagem e a interpretao farisaica da lei. Glatas 4,10 narra o calendrio festivo: dias, meses, estaes, anos; culto aos dolos, religio celtica: gnsticos, cruz cltica, esoterismo, venerao a deusa astral e estoicismo, retorno ao paganismo, politesmo e nomsmo.

Os adversrios do apstolo Paulo eram os judeus cristos e os pagos cristos. So grupos ou partidos de Cefas-Pedro ou de Tiago que so anti-paulinos. Os judaisantes: a lei e a circunciso e os pagos- esticos e gnsticos. O confronto era o nomismo versus libertinismo.

Teologia de GalA carta foi escrita com o objetivo tambm apologtico contra os judaizantes, esticos, pagos, gnosticos, contra o nomismo e o libertinismo. Esta comunidade era a que tinha mais problemas e o apstolo alm de tudo se v privado de sua autoridade, pois havia grupos pr-petrinos.

CONCLUSO:

A carta uma doxologia, agradecimento da f. O apstolo condena a luta pelo poder na comunidade e profere o antema contra os hereges e as heresias. Ele condena e intercede pelos contendores da comunidade. A teologia baseia-se na justia pela f CORINTOS.Introduo

A carta mais ampla que Paulo escreveu, e a maior das 4 ou 5 cartas aos Corntios que se conhece. Esta uma epstola, tem forma epistolar no gnero literrio. A carta descreve a teologia da cruz atravs da concepo tica e eclesiolgica. Esta carta foi escrita em forma epistolar, mas tem um carter de liturgia eucarstica.

Contedo

1,1-3 prlogo

1,4-9 segunda introduo

1,10-4,21 partidrios polticos

1,10-17 a questo

1,18-2,5 a pregao da cruz

2,6-16 a pregao da sabedoria

3 partidos polticos

4 a luta pessoal de Paulo

5:6 problemas morais da comunidade

5,1-8 um caso de incesto

5,9-13 as imoralidades

6,1-11os processos de cristos nos tribunais pagos

6,12-20 fornicao

7 ascetismo

7,1-24 matrimnio, celibato e divrcio

7,25-38 virgindade

7,39-40 novo matrimnio das vivas

8,1-11,1 comer carne sacrificada a dolos

8 o amor

9 Paulo como modelo de renncia a seu direitos

10, 1-11,1 tratamento teolgico da glria de Deus

10,1-13 gerao do deserto

10,14-22 banquete sagrado idoltrico e a eucaristia

10,23-11,1 liberdade, conscincia e amor

11,2-34 anomalias na assemblia da comunidade

11, 2-16 uso do vu pelas mulheres no culto

11,17-34 anomalia na eucaristia do banquete do Senhor

12-14 os dons do Esprito

12,4-31 unidade da igreja

12,12-27 igreja corpo de Cristo

12,28-31 como aplicar o Esprito

13 amor com crtica e norma dos carismas

14 edificao da igreja nos carismas pelas lnguas e profecias.

15 ressurreio dos mortos

15,1-11 introduo

15,12-34 o fruto da ressurreio dos mortos

15,38-58 ressurreio dos mortos

16, 1-8 notcias pessoais

16,1-4 coleta

16,5-9 planos de viagem

16,10-11 recomendao a Timteo

16,12-18 notificao dos colaboradores

16,19-24 final da carta: saudaes a autografia paulina

Sobre a cartaCorinto era uma cidade fundada recentemente. Tinha cerca de cem anos de fundao quando Paulo chegou a sua misso. Antes a cidade antiga de Corinto havia sido arrasada pela invaso romana e 164 a.C. Csar havia fundado uma nova Corinto que passou a ser colnia de Roma, era a capital da regio da Acia em 27 a.C. A importncia da cidade na poltica e na economia estava por ser uma capital. Passou a ser provncia da Grcia central e de Peloponeso.

A cidade era um porto que a tornava mais importante politicamente, estratgica e econmica. Ficava localizada num entrecruzamento do imprio romano, desta forma, sofria a influncia de todas as culturas, povos e religies, da a repreenso paulina acerca do sincretismo religioso. Isis e Serapis eram as deusas, as mes dos deuses que influenciavam no culto desta cidade. Este era um culto internacional. A depravao moral e a maledicncia era caracterstica desta comunidade.

Os contrastes de riqueza e a pobreza eram evidentes, pois era uma cidade comercial (porturia ), industrial e financeiro da regio, era a capital da Acaia. Industria textil e a de couro prevaleciam na economia. Corinto como capital era o centro da misso paulina tambm. Nesta misso tinha um corpo missionrio elaborado por Paulo que saiam desta cidade para outros locais: Silas, Timteo, Priscila e quila, Estefanes, Acaico, Crispo e Gaio, Fortunato, Tcio o justo. A comunidade era composta de pobres e ricos, era muito organizada inclusive enviava missionrios para o trabalho como Aplo por exemplo.

Motivo de I Co.

Paulo recebe notcias sobre a comunidade de que havia grupos que disputavam o poder: a questo da carne sacrificada 8,1; dons do Esprito 12,1; a coleta 16,1; Apolo 16,12: as lutas de partidos dentro da comunidade, os processos judiciais de cristo contra cristo em tribunais pago, a questo do nomismo judaico, os carismas e os carismticos que produziam complexo de inferioridade nos membros da comunidade por uns terem dons e outros no: como milagres, profecias, e a glossolalia.

Os cristos eram divididos em carismticos e os no carismticos, os perfeitos e os carnais, pneumticos, os imaturos, a questo da ressurreio, a gnosis infiltrada, a interpretao mgica dos sacramentos, concubinato, relaxamento moral, ascetismo negando a sexualidade, os sacrifcios, comer e beber, a idolatria, os partidos de Paulo, Apolo e Cefas. Os partidos e os partidrios entram em conflito para, tomar o poder na comunidade I Co. 3,11.Hipteses de outras cartas:

I Co. 5,9 A hipteses de outras cartas.

C II Co 2,3c

A I Co. 6,12-20 e II Co 6,14-7,1 A + I Co. 5,9

A I Co. 9,24-10,23

A I Co 11,2-34; 16,7b-9,15-20

B I Co 1,1-6,11;7,1-9,23; 10,24-11,1;12,6.

Data

A carta pode ter sido escrita entre 53 a55 d.C. em feso na primavera. Outros autores preferem na primavera de 55 d.C. ( Kuemel, Robinson e Petersen)

teologia de I Cor.

Esta carta apesar das dificuldades apresentadas na questo da redao e da suposio de outras existncias de fragmentos apresenta uma teologia da cruz, a luta individual do apstolo contra a existncia de partidos polticos, os problemas morais.

Concluso:

Porm a teologia mais evidente deste fragmento a teologia da cruz, da ressurreio, da glria e da igreja. Aqui inicia-se na obra do apstolo a eclesiologia paulina e a pneumatologia.

II Co.

Introduo

Esta carta no cnon atual a segunda, mas na realidade conforme as hipteses seria a terceira ou fragmentos da terceira e da quarta carta. A carta tenta resolver a questo da sucesso apostlica. Foi denominada a carta das lgrimas, porque reflete a rixa entre o apstolo e a sua comunidade com muitos problemas. Esta carta uma apologia do ofcio do apostolado.

Contedo

1,1-2 Prlogo

1,3-11 eulogia

1,12-2,14 glria de Paulo

1,15-2,4 plano de viagem de Paulo

2,5-11 ofensa de Corinto

2,12-13 nostalgia de Paulo

2, 14 -7,4Funo apostlica

2,14-4,6 a parusia

2,14-17 apostolado

3,1-6 critrio de apostolado

3,7-18 diaconia

4,1-6 parusia

4,7- 6,10 doxologia

4,7-5,10 doxologia

4,7-18 zo e tanatos( vida e morte)

5,1-10 futuro

5,11-6,10 zo(vida)

5,11-19 nova criao

5,20-6,10 pregao

6,11-7,4 compromisso

7,5-16 Tito e a reconciliao com Corinto

8;9 coleta

10-13, 10 funo apostlica

10,1-11 confiana

10,12-12,18 ousadia de Paulo

10,12-18 auto - elogio

11,1-21 suportar o auto - elogio11,22-12,18 - execuo do auto - elogio

11,22-33 glria segundo a carne

12,1-10 glria da debilidade

12,11-18 concluso

13,1-10 terceira visita e as cartas

13,11-11 concluso da segunda carta

Motivo da carta

Novos conflitos surgiram desde a I Co. B e na II Co. Paulo estava contente por ter resolvido vrios problemas da comunidade, mas fica perplexo com o surgimento de vrios e novos problemas. Esta carta foi redigida desde feso como em I Co. 16,19. Paulo enuncia em forma de catlogos de vcios da comunidade a sua situao moral no conveniente. Esta carta foi redigida como forma de disputa sobre a apstolicidade de Paulo. A sua forma de narrar pode ser denominada de carta das lgrimas. A carta uma apologia anti - sofista. Narra que os falsos apstolos, os hebreus, os descendentes de Abrao gloriam-se de sua ascendncia judaica aos cristos. Ainda na carta o apstolo trata da heresia cristolgica do Teios aner, uma cristologia adversria e pneumtica. Os judaizantes criam situaes de embarao ao apstolo, a circunciso pea central da discusso, o legalismo se torna um problema sem soluo na comunidade. Os partidos destas situaes na comunidade passam a serem adversrios do apstolo.Unidade literria

Parece ter uma falta de unidade literria na construo de II Co. como houve na I cor. Nesta II cor 7.7-16, os captulos 8 e 10-13, mais 1-9, parecem ser uma carta independente do resto. Na realidade esta carta composta de fragmentos: 1-7 interrompe em 2,13; e continua em 7,5;2,14-7,4 onde trata da autonomia sobre a funo apostlica. II Co. 6, 14-7,1 rompe o contexto geral da carta.

Os dados e as referncias mencionadas por Paulo nas cartas anteriores I Co. 5,9; II Co. 2,3s. As colees de cartas paulinas ou de fragmentos compem estas cartas. II Co.10-13 continuao de 7 ou de 8s. ; pois 1-9 trata de outro assunto. A carta de reconciliao e carta de lagrimas so coisas diferentes. II Co. 8 e 10 narram a coleta e podem ter sido parte de uma ou da mesma epstola.

Situao atual de II Corntios.

Esta carta pode ser dividida em:

- Carta de lgrimas 2,14-7,4 sem 6,14-17; 10-13 a carta C .

- Carta de reconciliao 1,1-2,13 ; 7,5-16,9 carta D ou a IV Co.- Carta de recomendao a Tito e seu companheiros. E (perdida)

Data

Se I Co. foi redigida na primavera de 55 ou 56 ou 57 em feso, ento a II Cor. tambm redigida em feso porm no outono de 56 ou 57 ou 58 d.C.

Teologia de 2 Cor.

A teologia desta carta inicia com a defesa do apostolado, um combate contra o gnosticismo e o dualismo. A carta fala da vida e da morte, do futuro e da nova criao. Das boas obras condena as obras da carne e enaltece as obras do esprito, ela denominada de carta das lgrimas e do sofrimento do apstolo.

Concluso:

A luta nesta carta continua contra os partidos polticos e que foi possvel a soluo desta luta interna. A teologia central da carta esta na eclesiologia, como deveria ser a igreja almeja por Cristo e por Paulo.

Filipenses.Introduo

Esta epstola uma parenese, tem uma fundamentao teolgica atravs de um livro cristolgico. A carta funcionou como forma de hino na comunidade da cidade.

Contedo da carta.1,1-2 Prlogo

1,3-11 introduo, segundo prlogo

1,12-3,1 apstolo e a comunidade

1,12-26 Paulo prisioneiro

1,12-14 o evangelho

1,15-20 amigos e inimigos de Paulo

1,21-26 processo

1,27-2,5 vida crist

2,6-11 hino a Cristo

12-18 luta pela salvao

2,19-30 recomendao a Timteo e Epafrodito

3,1 parenese e exortao alegria

3,2-4,3 Falsos mestres

3,2-3 polmica

3,4-14 apstolo e o cristo

3,15-4,1 falsos mestres

4,2-3 exortaes pessoais

4,4-9- Parenese

4,10-20 Envio da coleta

4,21-23 Final da carta, saudaes e beno.

Comunidade ou a igreja.

Filipos foi criada em 359/357 a.C. pelo rei Filipe II da Macednia pai de Alexandre o Magno, foi a sua residncia real. A cidade era rica em ouro e prata e a economia fundada na agropecuria. Era importante na poltica e os distrbios polticos eram constantes. A cidade era um dos quatro distritos da provncia romana na Macednia.

De 43 a 30 a.C. Augusto Csar transformou a cidade em colnia militar, a populao era mista de gregos e macednios com governo romano gentilicum: pretores e lictores. Estava na rota comercial da via Igncia que ligava Roma a Bizncio. Tinha uma influncia enorme da cultura e dos cultos dos povos que l aportavam. O culto era dos gregos sobre os mistrios com vrios sincretismos orientais.

Foi a primeira comunidade fundada por Paulo na 2 viagem missionria em 48/49 d.C. O comrcio de prpura, e outras mercadorias, como o latifndio fazia da comunidade diferenciao social na composio da comunidade. A questo central era a pobreza em contraste com a riqueza. Paulo sempre teve bom relacionamento com esta comunidade. Parte desta comunidade a ajuda financeira. Deve ter sido redigida na priso.

Redao

Ao contrrio das epstolas de Glatas e Romanos, a epistola aos Filipenses tem rupturas temticas, unidades, e estilos literrios. A carta possui um hino e parenese (consolao), exortao. Os inimigos aqui so externos e no internos. A carta tambm composta de fragmentos, pelos estilos literrios:

4,4-9 fragmentos - polmica contra os hereges.

3,2 - 4,3 carta das lgrimas ltima epstola de Paulo aos Filipenses.

Hipteses sobre os Filipenses

Carta A 4,10-20 aes de graas.

Carta B 1,1-3,1 e 4,4-9. 21-23 carta maior.

Carta C 3,2-4,3 polmica contra herege.

Teologia de fil.

A teologia desta epstola esta centrada na vida de Cristo, e na vida crist, no comportamento moral dos cristos que devem seguir a Cristo como modelo. Abandonar os falsos mestres e seguir o verdadeiro mestre que Paulo que segue o maior dos mestres que Cristo, o mestre dos mestres.

Concluso: Esta epistola foi escrita no ardor do apostolo Paulo em combate com os gnsticos. O hino cristolgico encontrado no capitulo 2 o tema central da carta. O hino um cntico de exaltao do poder de Deus, da humilhao de seu filho, para que o homem pudesse ser salvo.

FILEMONIntroduo

Carta sobre o escravo. Paulo relata da priso que o fugitivo Onsimo deveria retornar ao seu proprietrio Filemon.

Contedo

1-3 Prefcio

4-7 Introduo

8-20 Pedido para acolher o escravo fugitivo Onsimo

21-25 Concluso: visita e saudao

Motivo

Paulo escreve de uma priso, ao destinatrio Filemon e os destinatrios Apia, rquipo e comunidade da qual Filemon participava. Onsimo, o escravo um Colossense, Cl. 4,9. Este deve retornar ao seu dono em Colossos. Deve ser devolvido e perdoado pelo que fez por seu dono.

poca e lugar da redao

Paulo est preso v1,9s,13.22s. e no esta longe de onde residia Filemon, deve-se ento supor que esta preso em feso em meados do ano 50 d.C.Teologia da carta a Filemon.A carta composta de vrios fragmentos e muita polemica com seu contedo. Neste perodo do apstolo estava em evidencia o modo de produo escravagista. O perodo grego e o perodo romano enfatizam as duas formas de ou modelos de escravos. A discusso era se Paulo era ou no escravagista, se ele usou ou no escravos como seus trabalhadores.

A carta trata exatamente que ele devolve o escravo Onsimo a um convertido em seu trabalho Filemon. Os dois eram convertidos em suas pregaes. Est evidente que ele no poderia ficar com o escravo por causa das leis existentes em sua poca, e que poderia ser acusado de receber e ficar com um escravo fugitivo poderia ser penalizado conforme a lei romana. Paulo opta por seguir a lei e o costume de sua poca, devolver o escravo, conseqentemente segue a poca. No faz ele a apologia da escravido, mas da lei da escravido.

EPSTOLA AOS ROMANOSIntroduo

Paulo escreve vrias cartas a comunidades fundadas por ele em sua misso. A carta aos romanos um testamento teolgico do apstolo. Esta epstola que provocou em vrias pocas a revoluo da teologia: Agostinho, Lutero, Barth, etc...

Eduardo Lohse opina sobre esta carta como sendo a justia de Deus e que Rom.1-16 o miolo da epstola. Este texto determina todo o pensamento e a teologia da carta em si.

Existia uma comunidade em Roma, Rom.1-8. Paulo no a conhecia e gostaria de visit-la, 1,10ss, mas alguma coisa o impede que se faa de concreto esta visita15,22ss. Nunca se fala na carta quem fundou a comunidade, nem o nome de missionrios no local ou que estivessem ainda por l. Os cristos desconhecidos chegaram por l e fundaram esta comunidade At.2,10. Viviam por l judeus de Jerusalm que haviam se convertido e se mudaram para Roma por algum motivo.

O imperador Cludio elabora um edito contra os judeus. Suetnio, um escritor romano, em seus escritos menciona Cresto ( nome muito comum e fcil de ser encontrado entre os escravos daquela poca ) que trazia convulso no imprio com suas idias. Em At. 18,2 narra a expulso de judeus - cristos de Roma. A comunidade era formada por gentios. Nero no ano 54-68 d.C.: revogava o edito de Cludio e permite o regresso de judeus para Roma. A maioria dos representantes da comunidade era composta por gentios, mas havia tambm judeus convertidos.

As outras cartas de Paulo so diferentes da carta de Romanos. Ele sempre esteve ou fundou a comunidade.

Esta uma carta doutrinria, com argumentao e lgica. Deveria estar ocorrendo alguns problemas na comunidade com os judaizantes. Esta carta denominada de: Teologia de Paulo. Tambm pode ser denominada carta polmica ou a carta da discrdia (P.S Minear e G. Klein). A carta foi escrita em Corinto, de onde vai para Jerusalm levar a coleta efetuada 15,22-23. A diaconisa Febe levar a carta para Roma por mandado de Paulo 16,1. A data mais provvel a de 56 d.C., pois neste perodo Paulo, era o hospedeiro de Gaio 16,23 e faz parte, a carta de correspondncia lida em Corinto.

Romanos 16 parte de uma outra carta, ou restante de outra. Deve ser ps-paulina e tem outro redator, pois existem duas concluses ou doxologias. Entendemos que a terminologia ps-paulina ( Deus eterno - Deus sbio, etc. no de Paulo).

As duas doxologias em 15 e 16 so completas. A teoria mais provvel, depois de sculos de discusso, que a segunda doxologia foi dirigida Igreja de feso onde Febe deveria passar para levar a carta de Paulo. Na cidade de feso, os copistas pegaram a carta de Paulo aos Romanos mais a carta de feso e copiaram tudo como se fosse uma, juntando Rm. 1-15 e a doxologia de feso que virou o cap. 16 ( G.Friedrich, J. Munck, W. Schmithals).

Esboo Literrio e Teolgico de Romanos:

Rm. 1,1-17 . Introduo com nfase nos v. 16-17 ( tema da carta).

Rm.1,18-3,20.2. A necessidade para a revelao da justificao de

Deus

Rm.1,18-321- A revelao de Deus como Ira ao gentios.

Rm.2.1-3, 20.2.2 - Juzo sobre os judeus -

Rm. 3,21-4,253. A justificao pela f -.

Rm. 5,1-8-39 A justificao pela f como realidade da liberdade

escatolgica- Centro teolgico ou corao da epstola.

Rm.9,1-11.3 . apologtica, a justificao de Deus e a questo de Israel

Rm. 12.1-13, A justificao na vida diria do cristo -

Rm. 15,14-33. Concluso -

Rm 16,1-27 polemica - aconselhamento, Carta de Recomendao.

Ernest Kaesemann e Anders Nygren opinam que a epistola aos Romanos o Evangelho mais puro e que a idia fundamental da carta : a justia que provem de Deus, que ocorre entre os eons ( tempos - perodos). A funo do apstolo pregar este evangelho e que o justo viver pela f.

Franz Leenhardt comenta esta epistola de que o autor foi o mesmo Paulo e que foi escrita entre 56 d.C. quando o apstolo chega a Acaia antes de ir Jerusalm ( Rm. 15,25-26), na casa de Gio seu hospedeiro que pode ser a pessoa batizada por ele em Corinto ( I Co. 1, 14), e encarrega a Febe, diaconisa de Cencria no porto de Corinto para entregar as cartas. Sobre a comunidade ele no conhecia, mas era uma comunidade formada de judeus libertos da escravido romana, durante o reinado do imperador Cludio. Que a doxologia de Rom 16 no paulina pelos termos existentes, mas ps - paulina.

Teologia de Romanos Esta carta o testemunho teolgico do apstolo Paulo.

Nesta obra ele elabora toda a sua teologia. Teologia esta que a justificao. Ele inicia seguindo o Antigo Testamento e a sua interpretao, transformando esta leitura do Antigo Testamento com o cumprimento em Jesus Cristo. Fala da ira de Deus aos que se imaginam protegidos pela eleio, mostra que agora a eleio pela f, e exorta na aceitao de Deus em Jesus pela f.

OUTRAS CARTAS PAULINAS.Introduo

Estas cartas por muitos autores so consideradas de Paulo, mas se for feita uma anlise mais profunda a teologia pode ser de Paulo, mas o grego e o estilo literrio ano pertence ao apstolo. Por outro lado a poca em que foram escritas se confirmadas as datas aos bem depois da morte do apstolo . Ento impossvel de ser escrita por Paulo depois da sua morte. Isto, pode ser detectado pelo estilo e por termologia utilizada nos escritos que so ps- paulinos. Estas cartas deutero -paulinas so: 2 Tess, Col, Efe, e as pastorais como 1 Tm, 2Tim

2 TessIntroduo

Esta uma carta apocalptica e Paulo no escreveu neste estilo literrio do apocalipse. 2 Tess 2, 1-12 um apocalipse com declaraes escatologicas falando de perseguies e de tribulaes. Esta carta a mais complicada do N.T., pela sua forma redacional e a sua composio literaria, formao literria. A carta deutero- paulina.

A seqncia teolgica - escatolgica, a eliminao do tempo do poder, aparecimento do adversrio nos cus, comeo da apostasia e sim depois o dia final ou a parusia do Senhor. Podemos fazer uma interpretao mitolgica com a afirmao velada da apocalptica e com influencia gnstica.

A carta como a I Ts. fala de Paulo, Silvano e de Timteo, pode ser uma forma fictcia., por isso se r adicionada aos escritos paulinos. Ela foi redigida no ano depois do ano 70 d.C. Esta foi a primeira epistola atribuda a Paulo e depois colocada em duvida a autoria e autenticidade paulina, por vrios motivos:

a. a escatologia : no uma forma paulina, pode-se notar atravs dos escritos autnticos que esta forma ano ocorre. Este escrito fala do anti-Cristo ( Nero)e de 68-70 d.C., Paulo no usa a apocalptica como gnero literrio, e no falou do fim prximo.

b. relao literria: as duas Tess. so prximas literariamente, exceto a escatologia, a primeira parentica e a segunda catequtica. A II Ts. foi escrita no perodo de 70 d.C. e reflete a destruio de Jerusalm na mesma poca, esta carta foi escrita por um discpulo de Paulo, pseudepgrafe e ps paulina.

Contedo de II Ts.

1,1-2 Saudao

1,3-12 Vinda de Cristo - Parusia

2,1-12 Apocalipse

2,13-17 Salvao

3,1-5 Palavra de Deus

3,6-15 Trabalhar sem cessar

3,16-17 Beno final

Esta carta deutero-paulina , pelos motivos expostos acima, pseudepigrafe. A carta elaborada por vrias formas e divises, uma mistura de escatologia e com terminologia apocalptica.

Teologia de 2 Tess

Esta teologia mostra com evidencia a no paternidade paulina. Esta inserida na obra a escatologia e o apocalipse que so caractersticas do apstolo Paulo. A carta centraliza sua mensagem na parusia que no chega e que se deve continuar a trabalhar e no cruzar os braos esperando a segunda vinda do Senhor.

COLOSSENSES Introduo.

Esta carta doutrinria, est dedicada para a discusso e controvrsia com os hereges. Composta em vrios contedos influenciados pela gnose.

Comunidade.

Colosso uma cidade da Frgia nas margens do Rio Lico. Era uma encruzilhada ou entreposto para quem se dirigia para o Oriente nas rotas comerciais e das caravanas em seus negcios. A cidade foi fundada em homenagem a um tal feso Tauro. Era uma cidade rica e comercial, no era to importante quanto Laodicia e como Hrapolis. Ela foi destruda como ocorreu com Laodicia num terremoto em 60/61 d.C. por isso se tornou pouco importante.

A comunidade era ameaada por uma heresia e a comunidade pede socorro ao apstolo que est prisioneiro. Os hereges vem de duas cidades prximas a ela , j citadas. A carta fala de certa filosofia "elementos deste mundo". No a filosofia normal dos gregos, mas certa especulao e dualismo.

A forma desta doutrina que faz parte da heresia: o estoicismo. Esta filosofia estica mais um fundamento moral que filosfico. O estoicismo prega a prtica da abstinncia, contrrio ao epicurismo que a prtica de todas as coisas. A questo est na comida e a bebida: carne e vinho ofertados aos deuses e a abstinncia sexual.

A carta narra a mortificao da carne e o despojo do corpo carnal (2,11.23). Outro fator importante implcito a questo dos cultos de mistrios e o fenmeno sincretista, a gnosis.

Data, redao autor.

O autor no Paulo, ela deutero - paulina. Foi redigida em feso, na lngua e no estilo diferem de cartas autnticas do apstolo Paulo. Ela est inserida dentro da tradio paulina, mas no dele. A teologia pode ser do apstolo, a luta da carta contra a gnosis e a data mais provvel de 80 d.C.

Contedo de Colossenses

1,1-2 - Prefcio

1,3-8 - Introduo

1,9-2,23 - Senhorio de Cristo

1,9-11 - Conhecimento de Deus

1,12 - Cristo Salvador e criador do mundo

1,21-23 - Exortao em se manter no evangelho

1,24-2,5 - Apstolo, evangelho e a comunidade

2,6-23 - Hereges

2,6-15 - Senhorio de Cristo

2,16-23 - Liberdade ante as prescries legais

3,1-4,6 - exortao

3,1-4 - exortao

3,18-4,1- Deveres domsticos

4,2-6 - Exortaes finais

4,7-18 - Final da carta

4,7-9 - Notificaes pessoais

4,10 -17 - Saudaes

4,18 - Autgrafo

Teologia de Col.

A teologia da epistola de Col esta centrada no Senhorio universal de Cristo. Este que o Salvador e o Criador do mundo. O autor demonstra o conhecimento de Deus, fala da fidelidade ao evangelho como boa nova diferentemente da pratica da lei. A carta prega os deveres domsticos e a parenese. A exortao da fidelidade Cristo, prega ainda contra certas heresias da comunidade. Esta carta deveria ser chamada de Carta aos Laodicenses. Tem uma Cristologia implcita e uma Eclesiologia inserida em seu bojo.

EFSIOS Introduo

Esta carta uma exortao doutrinria para uma comunidade formada por judeus e cristos.

Contedo

1,1-2 - Prefcio

1,3-3,21 -Introduo vocao dos pagos

1,4-14 - louvor a Deus

1,15-23 - Petio aos pagos

2,1-3,13 - Salvao

2,11-22 - Os gentios passam da morte para vida

3,1-13 - Apstolo administrador do ministrio divino

3,14-21- Peties doxologia

4,1-6,20 - Parenese e conduta da vocao

4,1-16 - Unidade da Igreja e a conduta da mesma

4,1-6 - a Unidade

6, 1-16 - Dons e Cristo

4,17-24 - Conduta gentil

4,25-5,20 - Exortao

5,21-6,9 - Deveres domsticos

10-20 - Armadura divina

6,21-24 - 0 Fim da carta

6,21-22 - Tiquico

6,23- 24 Saudao final.

Motivo

A carta se parece com a 1 e 2 Tess. : as aes de graas, a petio, a epstola e a parenese, falta-lhe o ncleo central. Os destinatrios desta carta so: Tiquico o portador da mesma carta, redigida na priso, e a comunidade feso. Em todas as cartas Paulo tem uma identidade para escrever que prs, mas nesta carta em manuscritos mais antigos ocorre en. Isto pode ocorrer pela falta de um destinatrio ou de um local, foi levada por Tquico e que a carta deveria ser lida em vrias comunidades. Desta forma a carta no paulina e sim deutero- paulina.

Efsios uma narrao em linguagem do culto e litrgica. Na carta existem muitas partes glosadas. A linguagem teolgica paulina, tem a sua paternidade, mas o estilo literrio e terminolgico no dele, pois difere e em muito. Comparando Ef. Com Col. Anterior, esta dualista, tem acmulo de sinnimos, construes com preposies, interrogaes indiretas e infinitivos em abundncia, formas longas e desproporcionais e com muitos semitismos.

Existem re-elaboraes, interpolaes posteriores que foram acrescidas nas leituras das comunidades. A epstola uma parenese com diferenas teolgicas gritantes em relao as anteriores. uma carta eclesiologica, reflete a estrutura eclesial ps paulina. A data provvel pode ser do final do I sculo d.C., talvez 80 a 90 d.C. ou at no incio do II sculo em 100 ou 110 d.C.

Teologia de Efsios.

A carta fala da salvao, tanto de pagos como de judeus. Tambm uma parenese sobre a unidade da igreja. A advertncia e a exortao quanto conduta dentro da igreja. Exorta a mesma a ter unidade. Tambm uma carta que prega os deveres domsticos, como a de Colossenses.

A eclesiologia prega a unidade dos judeus e gentios. Usando uma linguagem antropolgica e mistura o homem com o homem celestial. Combate a heresia gnstica e por isso usa esta linguagem gnstica e mitolgica.

AS CARTAS PASTORAISIntroduo

Estas cartas so denominadas de pastorais pela forma de narrao, de escrito e por serem consideradas com funes pastorais. Elas no so autnticas paulinas. A linguagem e o estilo no so de Paulo. So tambm pseudonmicas e pseudepgrafes.

Contedos.

I Tm.

1,1-2 - Prefcio

1,3-20 - Combate heresia

1,3-7 - Encargos

1,8-11 - O evangelho com o lei

1,12-17 - O apstolo

1,18-20 - Outro encargo

2,1-2 - Disciplina eclesistica

2,3-7 - Orao pela autoridade

2,8-15 - Orao por homens e mulheres

3,1-13 - Comportamento do bispo e do dicono

3,14-16- igreja de Deus

4 - Combate heresia

4,1-5 - Hereges como ascetas

4,6-11 - Encargo

4,12-16 - Timteo modelo de vida

5,1-6,2 - Disciplina eclesistica

5,1s - Comportamento na Igreja

5,3-16 -Vivas

5,17-19 - Presbteros

5,20-25 - Exortao a Timteo

6,1s - Escravos

6,3-21- Advertncia e exortaes

6,3-10 -Falsos mestres

6,17-19 -Exortao a Timteo pelo combate a f

6,20s - Saudao e paz

IITm.

1,1s -Introduo

1,3-14 - Promio

1,15-18 - Paulo

2,1-4,8 - Exortao a Timteo

2,1s - Doutrina

2,3-6 - Alegria no sofrimento

2,7-13 - Sofrimento de Paulo

2,14-26- Hereges

3,1-9 - Hereges

3,10-4,5 - Doutrina do apstolo

4,9-21 - martrio do apstolo

4, 9-12 - A situao de Paulo

4,13-15 - Encargos

4,16-18 - Processo do apstolo Paulo

4,19-21 -Saudaes

4,22 - Final da Carta

Tito

1,1-4- Prefcio

1,5-3,11 - Disposies eclesisticas

1,5-16 -Misso de Tito em Creta

1,5s - Ordenao dos presbteros

1,7-9 - Bispo como modelo

1,10-16 -Heresia

2,1-10 - Deveres domsticos

2,11-1s - Histria da salvao

3,1s - Cidadania

3,3-7 - Fundamento da Histria da salvao

3,8-11- Combate aos hereges

3,12-14 - Final da carta e notcias pessoais

3,15 - Saudao final

Destinatrios

A carta enviada aos colaboradores mais importantes do apstolo. Porm estes escritos so pseudonmicos. Timteo de Listra filho de um pago e uma judia crist chamada Eunice em At. 16.35.

Desde a 2 viagem missionria de Paulo este foi o seu acompanhante assduo, e aparece como colaborador na coleta para a comunidade pobre de Jerusalm. Ele citado em muitas cartas de Paulo e tambm nas cartas deutero-paulinas.

Tito s conhecido em glatas e em 2 Corntios, ele era um pago cristo, talvez grego de nascimento e foi eleito por Paulo para tarefas especiais.

Os escritos

A partir da Macednia, Paulo deixa Timteo em feso para combater os hereges. Para se encontrar de novo com Paulo onde recebe os escritos para retornar de novo a feso. Paulo deixa Timteo em Creta, onde organiza as comunidades da ilha e tambm deixa Ceutas na luta contra os hereges em Nicopolis, Artemas ou Tiquco sucede-o na ilha de Creta.

Timteo vai a Malta como narra II Tm. Nesta epstola diz que o apstolo est preso em Roma perto de sua morte e com processo romano adiantado.

Paulo se defende. Onesfero visita o apstolo, Lucas se encontra com ele onde redige sua carta. Seus colaboradores, Demas em Tessalonia, Crescente na Galcia ou Glia e Tito na Dalmcia, Tiquico em feso e Timteo ainda se encontra na mesma ilha. Paulo lhe pede para que traga Marcos e os livros que o apstolo havia deixado em Trade. Notifica a Eranto que estava em Corinto e Trifimo enfermo em Mileto.

A situao de II Tm no encaixa com os dados das outras obras de Paulo e das pastorais, mesmo assim deram como obras paulinas, mas estes encaixes que faltam declaram que no so do apstolo.

Linguagem e Estilo literrio

As cartas pastorais so muito uniformes entre si em estilo e a linguagem, mas muito diferentes dos outros escritos de Paulo. A teologia pode ser a mesma, tem a paternidade paulina, mas, assim mesmo, difere tambm da teologia paulina.

Fala dos falsos apstolos, dos falsos mestres, da Igreja, da hierarquia eclesial, da falsa doutrina, da profecia e do futuro, do gnosticismo, da qnose falsa, dos mitos, potestades angelicais e os eons, dualismo e proibio de matrimnio mistos, absteno de alimentos, pureza ritual, ascetismo, acusaes morais, catlogo de vcios, de bispos, presbteros e diconos. Estes temas em sua maioria e nos demais esto ausentes nos escritos autnticos do apstolo.

A disciplina na Igreja e a sua hierarquia so fatores predominantes para datar estes escritos no final do I sculo e meados do II sculo d.C. A orao cultual, comportamento de homens e mulheres, deveres domsticos no so caractersticas de Paulo.

Datas e Locais

No capitulo sobre cnon e o texto como havamos dito que estes escritos somente foram acrescentados ao cnon no incio do II sculo d.C. Marcio data estes manuscritos do ano 130 d.C. e os localizas na sia Menor. Elas so pseudonmicas. Pode ser da poca de Policarpo e que este seria o autor das pastorais em Esmirna por causa das heresias correspondentes.

Teologia das pastorais

A teologia das cartas pastorais parte da proximidade de seus escritos com a organizao da igreja nascente e da hierarquia. Esta teologia a eclesiologia. Trata dos cargos eclesisticos, dos deveres domsticos, de apstolos, de discpulos dos apstolos: dos bispos ( 1 Tm. 3,1-7; Tt.1.7-9); dos presbteros ( 1 Tm. 5,17-19; Tt. 1, 5s), do presbitrio como regio eclesistica ( 1 Tm. 4.14); os diconos ( 1 Tm. 3.8-13) e das vivas( 1 Tm. 5,3-16). Estas epistolas descrevem frmulas do culto, o comportamento de homens e de mulheres ( 1 Tm. 2s) e os deveres domsticos ( 1 Tm. 5).

Concluso:

Evidentemente, as epistolas, so escritas contra heresias e narra uma forma nova de deveres domsticos ( Tt 1 s). A teologia centraliza-se nos deveres e no comportamento domestico, no comportamento dos cargos pblicos e eclesisticos. Encontramos nas epistolas um catalogo de vcios ( o que pode fazer e o que no deveriam fazer) isto tudo sob o influxo do estoicismo, do epicurismo, do cinismo. Nas cartas ainda encontramos frmulas cristolgicas e formas litrgicas. Incentiva-se piedade e a s doutrina.

PAGE 4