Cartilha Ave Caipira

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ORIENTAES TCNICAS SOBRE CRIAO DE

EMPARNEMPRESA DE PESQUISA AGROPECURIA DO RIO GRANDE DO NORTE S/A

AVE CAIPIRA

ASSESSORIA DE DIFUSO E PROFISSIONALIZAO Rua Jaguarari, 2192 - Lagoa Nova - 59062-500 - Natal/RN Tel.: (84) 3232.5858 - Fax: (84) 3232.5868 www.emparn.rn.gov.br - e-mail: [email protected]

Outubro/2005

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EMPARN

ORIENTAES TCNICAS SOBRE CRIAO DE AVE CAIPIRA

Natal-RN Outubro/2005

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EMPARNGOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEWILMA MARIA DE FARIA

SECRETRIO DA AGRICULTURA, DA PECURIA E DA PESCALARE ROSADO FILHO

DIRETORIA EXECUTIVA DA EMPARNDIRETOR PRESIDENTE ROBSON DE MACEDO VIEIRA DIRETOR DE PESQUISA & DESENVOLVIMENTO MARCONE CSAR MENDONA DAS CHAGAS DIRETOR DE OPERAES ADM. E FINANCEIRAS ROMILDO FREIRE PESSOA JUNIOR

EQUIPE DE ELABORAOJOS FLAMARION DE OLIVEIRA JOS SIMPLCIO DE HOLANDA NEWTON AUTO DE SOUZA FRANCISCO DAS CHAGAS VILA PAZ MARCONE CESAR MENDONA CHAGAS

REVISOMARIA DE FTIMA PINTO BARRETO

PROJETO GRFICO E EDITORAO ELETRNICALUCIANA RIU UBACH

Diviso de Servios Tcnicos Catalogao da Publicao na Fonte. UFRN ; Biblioteca Central Zila Mamede

Orientaes tcnicas sobre criao de ave caipira / Jos Flamarion de Oliveira ... [Et al.]. - Natal [RN] : EMPARN, 2005. 15 p.

1. Ave caipira. 2. Manejo. 3. Tcnicas de criao. 4. Avicultura. I. Oliveira, Jos Flamarion de . II. Ttulo.

RN/UF/BCZM

CDU 636.52/.58

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EMPARN8. LITERATURA CONSULTADA HOLANDA, J.S. et al. Manejo e produo de galinha caipira. 2 ed. rev. Natal, RN: EMPRN, 72 p, 2002. SOUZA, N.A., FEITOSA, A.P .W., OLIVEIRA, J.F. Sistemas de criao de galinha caipira: postura e corte. Natal,RN, 40 p., 2005. (No prelo). SUMRIO1. Introduo 2. Raas de Galinha 3. Manejo - Sistema semi-intensivo 3.1. Cuidados com os pintos 3.2. Manejo das aves poedeiras 3.3. Cuidados com os ninhos 3.4. Qualidade do o vo 4. Instalaes 4.1. Avirio 4.2. rea de pastejo 5. Alimentao 6. Preveno e controle das principais doenas 7. Anlise financeira de mdulos de produo 7.1. Mdulo para postura 7.1. Mdulo para corte 8. Literatura consultada1 1 3 4 6 6 7 8 8 9 9 11 13 13 14 15

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EMPARN1. INTRODUONo final de 1996, a EMPARN instituiu o Pr-Ave Caipira, como um instrumento para fazer renascer e incentivar a avicultura caipira com tecnologia e rentabilidade, visando a diversificao das atividades produtivas na pequena propriedade, gerar um suporte de renda e melhorar o nvel nutricional das famlias rurais. A criao de ave caipira uma atividade simples. Com a introduo de novas tcnicas de manejo j disponveis e viveis ao pequeno produtor, esta atividade garantir, alm da sua sobrevivncia, alguma renda para a sua famlia mediante a comercializao dos produtos: carne e ovos. No contexto atual em que se enfatiza a produo de alimentos saudveis e naturais, a criao de ave caipira desponta como uma atividade rentvel, devido ao valor dos alimentos produzidos sem agredir o meio ambiente, sem causar sofrimento s aves, sem utilizao de produtos qumicos na sua criao. Dentro deste enfoque, a criao de ave caipira tem seu lugar de destaque no cenrio do semi-rido nordestino. 7.2 MDULO PARA CORTE adotado, tambm, o sistema semi-intensivo de criao, com o povoamento mensal de 110 pintos de um dia (55 machos e 55 fmeas), totalizando 440 aves no quarto ms da atividade, quando ser descartado o 1o lote e realizada a sua reposio com pintos de um dia. Necessita de um avirio rstico com 48m2 (12m x 4m) com quatro divises e de um cercado com 800m2 para o pastejo e caminhamento das aves. A Tabela abaixo mostra a rentabilidade financeira do mdulo para um abate de 100 aves/ms aps a estabilizao do sistema que ocorre a partir do 4o ms do incio da criao.

DISCRIMINAO CUSTEIO (MENSAL) . 110 pintos de um dia . 850 kg de rao p/ corte (milho e concentrado) . Vacinas e medicamentos . Forragem verde . Energia VENDA DE PRODUTOS (MENSAL) Aves (100 unidades)

DESPESAS (A) 671,00 121,00 510,00 10,00 20,00 10,00

RECEITAS (B)

1.200,00 1.200,00 529,00

2. RAAS DE GALINHAExistem mais de 120 raas de galinha. Dentre essas, as mais encontradas so as vermelhas, as carijs e as pretas. A mais comum, no entanto, a galinha caipira que, na verdade no tem raa definida, sendo o resultado de uma mistura de vrias raas, ocorrida ao acaso, sem nenhum critrio tcnico ou algum tipo de orientao zootcnica A EMPARN, contando com o apoio da Embrapa Sunos e Aves, analisando as linhagens de galinha disponveis no mercado e considerando a rusticidade, resistncia, ampla adaptao a diferentes condies ambientais e capacidade produtiva de carne e ovos, escolheu a linhagem ISA Label S757N para o desenvolvimento do Pr-Ave Caipira. Aps dois anos trabalhando com a Isa Label, a EMPARN introduziu as raas Paraso Pedrs e Embrapa 051, para diversificar a criao de aves caipiras no estado (Quadro 1).RECEITA LQUIDA (B A)

COEFICIENTES TCNICOS Preo da ave viva p/ venda: R$ 12,00 Preo da rao p/ corte: R$ 0,60/kg Preo do pinto de um dia: R$ 1,10/Un Mo-de-obra empregada: Familiar Custo das instalaes: R$ 2.900,00.

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EMPARN7. ANLISE FINANCEIRA DE MDULOS DE PRODUO 7.1 MDULO PARA POSTURA Consiste na criao, no sistema semi-intensivo, de aves melhoradas com caractersticas de rusticidade e de alta produtividade. Ser composto de 160 aves para postura (150 fmeas e 10 machos) e por outro lote de 150 aves para corte (75 fmeas e 75 machos), repovoado a cada quatro meses. As instalaes fsicas sero compostas de um avirio com duas divises medindo 48m2 (12m x 4m) e de dois cercados para pastejo com 300m2 (15m x 20m) para cada lote de criao. A Tabela abaixo mostra rentabilidade financeira anual, aps a estabilizao da criao que ocorrer a partir do 6o ms do incio da atividade.DISCRIMINAO CUSTEIO (ANUAL) . 660 pintos de um dia . 3.600 kg de rao p/ corte (milho e concentrado) . 5.400 kg rao p/ postura (milho e concentrado) . Vacinas e medicamentos . Forragem verde . Energia VENDA DE PRODUTOS (ANUAL) . Ovos (1.095 bandejas de 30 ovos) . Aves (450 unidades) RENDA LQUIDA (B A) ANUAL MENSAL DESPESAS (A) 6.276,00 726,00 2.160,00 2.970,00 100,00 200,00 120,00 13.065,00 7.665,00 5.400,00 6.789,00 565,75 RECEITAS (B)

Quadro1 - Principais caractersticas das aves.CaractersticasA pti do P eso (Kg ) Macho Fmea I d a d e p / cort e a p a rt i r d e (d i a s) 2,4 a 2,8 2,0 a 2,2 120 2,3 A 2,5 1,5 a 2,0 150 2,8 a 3,5 2,2 a 2,5 110 I sa L a b el S757 N corte/postura E m b ra p a 051 postura P a ra i so P ed rez carne

P roduo de ov os:Incio da produo comercial (semanas) Idade a 50% de postura (semanas) Idade no pico da produo (semanas) Produo mdia (21 a 80 semanas) Cor dos ovos 21 23 28 60 a 65% Castanha Claro 21 23 28 67 a 71% Castanhas

Figura 1 - Paraso Pedrs

Figura 2 - Isa Label

COEFICIENTES TCNICOS Preo da bandeja de ovos c/ 30 unidades: R$ 7,00 Preo da ave viva p/ venda: R$ 12,00 Preo da rao p/ corte: R$ 0,60/kg Preo da rao p/ postura: R$ 0,55/kg Preo do pinto de um dia: R$ 1,10/Un Mo-de-obra empregada: Familiar Custo das instalaes: R$ 2.700,00

Figura 3 - Embrapa 051

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EMPARN3. MANEJO - Sistema semi-intensivoA EMPARN recomenda para a agricultura familiar o sistema de criao semi-intensivo. um sistema em que se tenta dar s aves um certo grau de liberdade deixando-as passar parte do tempo no avirio, onde ficam os comedouros, bebedouros e ninhos, mas tambm lhes dando a opo de caminhar e ciscar em rea livre, de pastejo. noite, as aves so recolhidas ao avirio, onde ficam protegidas das intempries e da ao de predadores As aves so alimentadas com rao base de milho complementada com concentrados especficos, variando as quantidades em funo da finalidade da criao. Devem ser ofertados tambm alimentos alternativos que podem ser encontrados com facilidade e a um custo mnimo na propriedade. Essa alimentao pode ser composta de capins, folhas verdes, feno de maniva de mandioca e leucena. Sementes em geral, insetos, minhocas, refugos de frutas, restos de culturas e colheitas, etc. As aves devem ser vacinadas regularmente contra as doenas mais comuns, como Bouba, New Casttle, Coriza e Marek. Sempre que contrarem algum tipo de doena, devem ser imediatamente medicadas. muito importante preservar a sade das aves para assegurar a boa lucratividade da criao. Quadro 3 - Principais doenas: Sinais clnicos, preveno e tratamentoD O E N A SD o e na de M a re k

SI NA I S C L I NI C O SA sas cadas, to rcico lo , diarria, dificuldade de lo co mo o . To sse, espirro s, respirao co m o bico aberto , to rcico lo , cambalho tas para trs, caminhamento em crculo , diarria de co r esverdeada. Diarria branca. To sse, ro ncado , co rrimento nasal, cara inchada, o lho s lagrimejando , respirao difcil. N dulo s na crista, cabea, barbela, pernas e ps e/o u les es de co r amarelada na bo ca, exudado nasal e o cular.

P R E VE N OVacinao lo go ap s o nascimento

TR A TA ME NTO

No existe.

D o e na de N e w C a s t le

Higiene e vacinao

No existe. P o de-se fo rnecer vitamina A para ajudar na recuperao .

D o e na de G um bo ro

Vacinao

No existe.

B ro nquit e Inf e c c io s a

Higiene e vacinao

Fo rnecer antibi tico e vitamina A para ajudar na respirao .

B o uba A v it ic a

Vacinao

No existe. P o de-se fo rnecer vitamina A para ajudar na recuperao .

Quadro 4 - Calendrio de Vacinao:IDADE(D i as)1

Caractersticas do sistema semi-intensivo- A populao de pintos de um dia deve ser constituda de machos e fmeas em propores adequadas. Os pintos permanecero confinados por trs a quatro semanas; - Manter separados lotes de idades diferentes; - Usar como cama do avirio: Raspa de madeira, palha de milho, capim elefante seco e triturado, casca de arroz, etc.; - Reservar rea livre para pastejo e recreao. Nessa rea deve ser ofertada forragem verde, preferencialmente, gramneas. Pode ser capim ou forragem de milho produzida em canteiros isolados, arrancado-se as plantas aos quinze dias da emergncia, sugerindo-se jog-las nas reas

VACIN AM arek e B o uba Suave New Castle(B 1 Gumbo ro e B ro nquite ) H1 20 B o uba Fo rte New Castle (Laso ta) Gumbo ro e B ro nquite H 1 20 B o uba Fo rte Co riza

F ORMA DE AP LICAOUma go ta no o lho Uma go ta no o lho M ergulhar o estilete na vacina e perfurar a membrana da asa. Uma go ta no o lho o u na gua de beber. M ergulhar o estilete na vacina e perfurar membrana da asa. A plicar 0,5 cc no msculo do peito

7 10 20 35 45 - 60 45 -60

igualmente importante que se verifique as aves aos 60 dias e se repita a operao a cada 60 dias, se necessrio. O vermfugo deve ser diludo na gua de beber, na dosagem recomendada pelo fabricante.

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EMPARN6. PREVENO E CONTROLE DAS PRINCIPAIS DOENASAs doenas podem causar problemas graves numa criao e at torn-la invivel sob os pontos de vista econmico e de sade pblica. Apesar do clima saudvel do semi-rido, importante que o avicultor procure sempre evitar qualquer possibilidade de doena no seu plantel. Para tanto, alguns cuidados devem ser tomados: - O avirio deve estar situado em local isolado, distante de outras criaes, e rodeado de rvores que proporcionem sombreamento o ano inteiro. A vegetao serve de filtro, diminuindo os riscos de contaminao e estresse calrico; - Adquirir pintos de incubatrios idneos, onde as matrizes possuam altos nveis de anticorpos contra as principais doenas para que possam transmitir resistncia aos pintinhos; - Evitar o trnsito de pessoas, animais ou veculos nas proximidades do galpo; - Alojar, num mesmo galpo, somente aves da mesma idade para evitar a transmisso de doenas das aves mais velhas para as mais novas; - Fazer o vazio sanitrio, isto , deixar o galpo desocupado, pelo menos dez dias entre um lote e outro; - Fazer a desinfeco do galpo e dos equipamentos sempre que for instalar um novo lote; Se, apesar de todos os cuidados preventivos adotados, aparecerem aves doentes, o avicultor dever tomar de imediato, as seguintes providncias: - Isolar a uma distncia (>500m) e numa posio contrria aos ventos dominantes todas as aves que apresentem sintomas de doenas; - Procurar a orientao de um veterinrio. Figura 5 - Pintos afastados da campnula (calor) livres em quantidades equivalentes a 20% do consumo de rao em matria seca; - Bebedouros e comedouros automticos na razo de um para cada 50 aves. medida que as aves forem crescendo, esta relao dever ser de um para cada 40 aves.

3.1. Manejo dos pintos Nos primeiros dias de vida, os pintinhos necessitam de aquecimento para regular a temperatura corporal, principalmente durante o perodo chuvoso, quando as temperaturas so mais baixas. O comportamento das aves (Figuras 4, 5, 6 e 7) que determina a necessidade de controlar a temperatura. Figura 4 - Pintos amontoados debaixo da campnula (frio)

Figura 6 - Pintos agrupados num s lado do crculo (corrente de ar)

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EMPARNFigura 7 - Pintos distribudos em todos os espaos do crculo (temperatura ideal)minerais em quantidades equilibradas. medida que aumenta a idade, as aves destinadas ao abate aumentam suas necessidades energticas e diminuem o seu requerimento protico, de modo que a rao deve ter de 2.900 a 3.100Kcal/kg de energia metabolizvel e 16 a 22% de protena bruta. J as raes destinadas s aves produtoras de ovos devem conter iguais nveis de protena bruta e 2750 a 2900kcal/kg de energia metabolizvel, a depender da idade e da linhagem (leve ou pesada). Os principais ingredientes usados na formulao das raes so: o milho modo, o sorgo, o farelo de soja e o farelo de trigo. Vrios produtos alternativos, no entanto, podero substituir parcialmente os ingredientes tradicionais das raes balanceadas com vantagens econmicas. o caso do milheto, da batata doce, da farinha de mandioca, da farinha de leucena, do feno da parte area da mandioca, etc. O importante que os nveis energticos e proticos mnimos recomendados sejam mantidos para que no haja diminuio significativa da produo. A alimentao das aves deve ser complementada com pastagem natural ou artificial, ou rao verde moda, fornecida nas primeiras horas do dia e ao entardecer, em quantidades suficientes para se alimentarem vontade, mas sem que haja sobras significativas. O alimento verde o responsvel pela cor e o sabor caracterstico dos produtos tipo caipira. Quado2 - Quantidade de rao consumida (g/ave/dia)IDA DE ( dias)0 28 29 42 43 56 57 - 70 71 84 85 98 99 112 113 126 127 140 > 140

O crculo de proteo tem a finalidade de proteger os pintinhos contra correntes de ar, ajudando na manuteno da temperatura ideal para as aves no incio do desenvolvimento, alm de evitar que fiquem dispersos e no encontrem o alimento e a gua. O seu dimetro depende do nmero de aves a serem alojadas. Recomenda-se uma populao de 70 pintos para cada m2 do crculo, com uma altura de 40 a 60 cm, no devendo ultrapassar 500 aves por crculo. Na sua confeco, podem ser usadas chapas de eucatex, duratex, compensado, ou mesmo papelo, zinco, etc. A altura da campnula em relao aos pintinhos de aproximadamente 60cm. Os equipamentos no interior do crculo de proteo devem ficar dispostos de maneira alternada (Figura 8). Figura 8 - Crculo de proteo para 500 pintos (3,0m de dimetro)COMEDOURO (1/80) BEBEDOURO (1/80)

P A RA SO30,5 62,5 87,5 95,0 95,0 97,5 100,0 100,0 -

ISA LA BE L25,5 37,5 47,5 57,5 77,5 92,5 97,5 100,0 100,0 100,0

E M BRA P A20,5 37,5 47,5 55,0 59,0 63,0 69,0 80,0 90,0 90,0

CAMPNULA CRCULO DE PROTEO

Logo aps a chegada dos pintinhos ao avirio, importante oferecer gua contendo 5% de acar. Deve-se molhar o bico de alguns deles para que sirva de orientao da fonte de gua para os demais. A rao dever ser oferecida uma hora aps a bebida.

Composio: 1 - 28 dias (20% de concentrado inicial + 80% de milho) 29 a 140 dias (20% de concentrado de crescimento + 80% de milho) + verde > 140 dias (30% de concentrado de postura + 70% de milho) + verde

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EMPARN4.2 rea de pastejo Cada avirio conjugado com uma rea livre para pastejo (Figura 13) e caminhamento, que precisa ter dimenses suficientes para oferecer de 2 a 4m2 para cada ave. A construo fica a critrio do produtor. Pode ser de tela, de cerca de varas tranadas em p ou com arame tranado. importante que haja sombreamento para as aves ficarem ao abrigo do sol e para se colocar as raes alternativas. Esse sombreamento pode ser com rvores frutferas ou mesmo com pequenas latadas. 3.2. Manejo das aves poedeiras As aves destinadas produo de ovos devero passar por um processo de seleo com o objetivo de eliminar as aves que apresentam desenvolvimento abaixo do normal, bem como as improdutivas, que podem ser identificadas atravs de algumas caractersticas externas: A) Forma da cloaca: A cloaca ser alargada, de forma oval, sem pigmentao e mida nas aves em postura e estreita, de forma arredondada, amarela e seca naquelas fora de produo. B) Distncia entre os ossos plvicos: Os ossos plvicos so dois ossinhos em forma de gancho, que podem ser sentidos quando se toca a parte traseira de uma ave. Quando a distncia entre eles igual a dois ou mais dedos juntos, a ave est em postura. Quando entre eles, cabe apenas um, a ave est fora de produo. C) Crista abdominal: As aves em postura apresentam pouca gordura abdominal, sendo a pele do abdmen elstica e malevel. As aves fora de produo, tm muita gordura abdominal e a pele endurecida e rgida. Figura 13 - rea livre para pastejo D)Pigmentao do bica e das pernas: As aves em postura apresentam bico e pernas sem pigmentao. J aquelas fora de produo, tero estas partes do corpo amareladas. Eliminando-se as aves improdutivas, diminui-se os gastos com rao e aumenta-se os lucros da atividade.

5. ALIMENTAOAs raas de galinha caipira melhoradas possuem alta capacidade de produo de carne e ovos. Mas para que este potencial seja externado necessrio oferecer uma alimentao compatvel com as suas necessidades. Do ponto de vista econmico, a alimentao um fator de grande importncia, no somente porque dela depende um bom desempenho produtivo das aves, mas sobretudo, porque representa boa parte dos custos da atividade. Aspectos importantes como a quantidade dos ingredientes e o balano nutricional correto, devem ser observados na composio das raes, uma vez que deles depende a eficincia da alimentao. Uma rao balanceada deve conter protenas, energia, vitaminas e

3.3. Cuidados com os ninhos Os ninhos podem ser confeccionados de diferentes materiais. Porm, os mais comuns so os de madeira, que devem ter 35 cm de altura e 35 cm de profundidade e 35 cm de largura para oferecer maior conforto galinha no momento da postura. Geralmente usa-se o sistema convencional de dois andares (Figuras 9 e 10) para diminuir a ocupao de espao nos galpes. A altura do

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EMPARNprimeiro andar no deve ultrapassar 30 cm, para facilitar o acesso das aves, evitando assim o aparecimento de ovos de cama. Deve-se guardar a proporo de um ninho para cada 4-5 aves. - Colocar os ovos nas bandejas com a parte fina voltada para baixo; - Se possvel, vender os ovos duas ou mais vezes por semana; - No guardar os ovos junto com produtos que soltam cheiro como querosene, tintas, solventes, cebola e frutas, pois o ovo absorve cheiro; - No lavar os ovos sujos, pois a gua penetra atravs da casca, estragando-os. Limpe-os com uma esponja seca;

4. INSTALAES4.1 - Avirio O avirio a pea fundamental de todo o sistema de criao, podendo ser construdo em alvenaria ou com materiais rsticos (Figuras 11 e 12). Seu tamanho depender da quantidade de aves que o produtor pretende criar. Para aves poedeiras, a lotao sugerida de 4 a 6 aves/m2; no caso de aves de corte, esta relao pode ser aumentada para 6 a 8 aves/m2. Deve ser construdo com o telhado em duas guas e nunca com uma largura superior a 10 metros. A declividade do teto precisa ser de no mnimo 25%. necessrio que o teto seja bem feito, para evitar que a chuva caia dentro do avirio, molhando a cama e a rao das aves, ou que o sol esquente a gua nos bebedouros. As instalaes tambm podem ser rsticas, utilizando-se materiais que podem ser obtidos no prprio sitio do produtor, como varas, vares, forquilhas etc. O piso deve ser cimentado para permitir a lavagem e desinfeco do galpo aps a retirada dos lotes.

Figuras 9 e 10 madeira.

Ninho rstico de dois andares, confeccionado em

Os ninhos devem ser forrados com material seco, absorvente e macio para evitar a quebra dos ovos no momento da postura. A cama deve ser reposta semanalmente para evitar o aparecimento de ovos sujos. Deve ser tratada, periodicamente, com algum produto que combata o piolho das aves (cafife). Devem ser colocados no lugar menos iluminado dos galpes, pois os ninhos escuros criam um clima mais agradvel para as poedeiras. Coloc-los entre a 15 e a 18 semana para que as frangas se acostumem com os mesmos, evitando a postura de ovos na cama. importante que sejam fechados durante a noite, para que as aves no durmam neles, sujando a cama e aumentando o ndice de galinhas chocas. 3.4. Qualidade do ovo Eis algumas recomendaes para que a qualidade dos ovos seja mantida por mais tempo: - Fazer vrias coletas durante o dia, no deixando juntar ovos nos ninhos. Assim se diminui a quantidade de ovos sujos e/ou quebrados; - No deixar que as galinhas fiquem deitadas no ninho aps a postura;

Figura 11 - Avirio em alvenaria

Figura 12 - Avirio em alvenaria com divisria

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