Cartilha-CONVENIO defensoria

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  • EntEndEndo o Convnio dEfEnsoria sP / oaB

    Maio / 2012

  • Apresentao

    A presente apostila fruto de minucioso trabalho de-senvolvido pela Assessoria de Convnios da Defensoria Pblica do Estado de So Paulo, visando esclarecer as principais dvidas a respeito do Convnio firmado entre a Instituio e a OAB-SP.

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  • ndiceI. DO ATENDIMENTO INICIAL (TRIAGEM) E DA AVALIAO ECONMICO-FINANCEIRA DA ENTIDADE FAMILIAR 3

    II. DO ARBITRAMENTO DOS HONORRIOS E EXPEDIO DE CERTIDO 5

    III. DA RECUSA DA INDICAO 9

    IV. DA DESISTNCIA DE ATUAO EM DETERMINADA REA, DO DESLIGAMENTO DO CONVNIO 10

    V. DAS INDICAES E DO RODIZIO ENTRE OS ADVOGADOS INSCRITOS 12

    VI. DA ATUAO NO JRI E NA INFNCIA E JUVENTUDE 13

    VII. DA ATUAO NA REA CRIMINAL 14

    VIII. DA ATUAO EM PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E SINDICNCIAS 15

    IX. DA ATUAO NAS REAS CVEL E FAMLIA 16

    X. DA CONCENTRAO OBRIGATRIA DOS PEDIDOS 17

    XI. DAS OBRIGAES E DA FISCALIZAO DO CONVNIO 18

    XII. DA PROIBIO DE SUBSTABELECIMENTO E NECESSIDADE DE PROCURAO 20

    XIII. DA SOLUO CONSENSUAL DO CASO 21

    XIV. DA PRESTAO DO SERVIO DE ASSISTNCIA JURDICA SUPLEMENTAR 21

    XV. RELAO DE ENUNCIADOS 21

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  • I. DO ATENDIMENTO INICIAL (TRIAGEM) E DA AVALIAO ECONMICO-FINANCEIRA DA

    ENTIDADE FAMILIAR

    1. O que atendimento inicial?O atendimento inicial o primeiro momento de contato do usurio com o advogado conveniado. Em razo dis-to, o advogado conveniado tem o dever de acolher bem o usurio, colhendo os dados do problema trazido para fornecer a orientao necessria, para o encontro da so-luo adequada.

    2. Como deve ser realizado o atendimento inicial?O atendimento inicial deve ser realizado em duas etapas. A primeira com o questionamento oral sobre a situao econmico-financeira familiar do usurio e a segunda com o questionamento acerca do problema trazido.

    3. Quais os critrios econmico-financeiros para o atendimento pelo convnio DPE/OAB?Os critrios econmico-financeiros para o atendimento esto fixados na Deliberao do Conselho Superior da Defensoria Pblica n. 89/08 devendo ser considerados, em conjunto, a renda familiar, o valor patrimonial e valores em aplicaes financeiras.

    4. A conveniada obrigada a observar a Deliberao CSDP 89/08?Sim. Todos os convnios mantidos com a Defenso-ria Pblica do Estado obrigam os conveniados a ob-servar os termos da Deliberao do Conselho Superior da Defensoria Pblica, que dispe sobre a avaliao econmico-financeira.

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  • 5. Atualmente, quais os valores de referncia para o atendimento pela Defensoria Pblica ou conveniados?Nos termos da Deliberao CSDP n. 89/08, o usurio pode obter a assistncia jurdica gratuita, em regra, se a renda familiar mensal no ultrapassar 3 (trs) salrios mnimos, o patrimnio familiar estiver dentro do limite de 5000 UFESPs e o valor da aplicao financeira no exce-der 12 salrios mnimos. Ressalta-se que excees esto previstas com o aumento do limite da renda familiar para 4 (quatro) salrios mnimos nos casos expressos na nor-mativa mencionada.

    6. Como deve proceder a conveniada no caso de de-negao da assistncia jurdica gratuita?Dever preencher o termo de denegao, em duas vias, entregar uma via ao usurio, informando-lhe a respeito do direito de recorrer da deciso junto ao Coordenador Re-gional da Defensoria Pblica no prazo de 15 dias, salvo nos casos urgentes.

    7. Provido o recurso interposto da denegao, a con-veniada poder deixar de atender ao usurio?No. A deciso em recurso encerra a fase de avaliao econmico-financeira, ficando a conveniada obrigada a realizar o atendimento do usurio.

    8. Cabe recurso da deciso do Coordenador Regional em sede de denegao de atendimento?No. A deciso, em sede de recurso, encerra a discusso a respeito da avaliao financeira do usurio.

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  • 9. possvel a solicitao de comprovantes de renda?Em regra, no. Porm, havendo dvidas quanto real si-tuao econmico-financeira informada pelo usurio, este dever ser advertido sobre a responsabilidade penal pe-las informaes falsas.

    II. DO ARBITRAMENTO DOS HONORRIOS E EXPEDIO DE CERTIDO

    1. Como so arbitrados os honorrios advocatcios aos advogados conveniados?Os honorrios advocatcios pagos aos advogados conve-niados so arbitrados de acordo com a tabela do conv-nio DPE/OAB. O arbitramento de honorrios advocatcios aos advogados conveniados realizados pelo juiz no considerado para a realizao dos pagamentos pelos tra-balhos realizados em virtude do referido convnio.

    2. Como realizado o pagamento dos honorrios dos advogados conveniados nomeados nos processos criminais de competncia do juzo singular e do Tri-bunal do Jri?O pagamento dos honorrios para os advogados conve-niados nos processos criminais de competncia do juzo singular, no caso de sentena absolutria sem a interposi-o de recurso pela acusao e com trnsito em julgado, de 100% dos honorrios previstos na tabela do conv-nio DPE/OAB. No caso de sentena condenatria ou ab-solutria com interposio de recurso por quaisquer das partes so pagos 70% na prolao da sentena e os 30% restantes aps o trnsito em julgado.

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  • 3. Nos processos criminais de competncia do Tribunal do Jri, havendo necessidade de realizao de novo jri, como so pagos os honorrios?Havendo necessidade de realizao de um novo Jri, o ad-vogado conveniado que patrocinou a defesa e que realizou o primeiro plenrio ou o advogado conveniado que vier a ser indicado somente para o ato far jus ao recebimen-to de 60% dos honorrios previstos na tabela do convnio DPE/OAB, pagos aps o trnsito em julgado da deciso. Havendo recurso, interposto por quaisquer das partes, se-ro pagos 40% (quarenta por cento) dos honorrios advo-catcios com a deciso e os restantes 20% (vinte por cento) com o trnsito em julgado do acrdo.

    4. No caso de produo antecipada de provas, os ho-norrios advocatcios so devidos nos termos do convnio?No caso de produo antecipada de provas, o convnio DPE/OAB prev o pagamento de honorrios no valor de 30% dao correspondente.

    5. Como a atuao do advogado conveniado no Juiza-do Especial Criminal e como so pagos os honorrios advocatcios?No caso de Juizado Especial Criminal, a atuao do advo-gado conveniado em regime de planto, o qual dever co-brir toda a jornada forense, sendo vedada a nomeao de mais de um advogado por perodo. Neste caso, solicita-se ao juiz que determine a expedio da certido, atestando a permanncia do advogado conveniado durante todo o pe-rodo, sendo os honorrios pagos no valor integral. Caso a permanncia do advogado conveniado seja parcial no plan-to, no haver pagamento de honorrios.

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  • 6. Como realizado o pagamento dos honorrios dos advogados conveniados nomeados nos processos da rea cvel?Na atuao dos advogados conveniados em processos da rea cvel, o pagamento dos honorrios nos termos do convnio ser realizado nas seguintes hipteses: Qualquer demanda que resultar acordo, o advo-gado conveniado nomeado far jus ao valor total pre-visto na tabela para acordo; Sentena favorvel ou desfavorvel da qual cai-ba recurso, far jus a 70% do valor previsto na tabela para a demanda. Os 30% restantes sero devidos aps o trnsito em julgado; Cartas precatrias em que a parte for benefici-ria da assistncia judiciria no Juzo deprecado, aps o cumprimento da precatria, sero devidos honorrios de acordo com a tabela do convnio;

    7. Caso o advogado conveniado no acompanhe a causa at o final, sero pagos honorrios advocat-cios nos termos do convnio?Caso o advogado conveniado no atue no processo at seus ulteriores termos, far jus aos honorrios advoca-tcios na medida dos atos praticados, limitados em at 60% do valor previsto na tabela para a demanda.

    8. Nomeado advogado conveniado para a defesa de usurio em carta de ordem, h previso de pagamen-to de honorrios? Caso positivo,qual o cdigo que deve constar na certido? Sim. O advogado receber seus honorrios pelo cdigo referente carta precatria.

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  • 9. H vinculao entre o tipo de ao constante da in-dicao e o cdigo apontado na certido?O pagamento dos honorrios advocatcios est atrelado ao tipo de ao constante na indicao e ao cdigo apon-tado na certido. Nos casos de acordo, a certido far constar o cdigo do acordo e o tipo de ao em que houve a atuao.

    10. Em caso de acordo judicial, qual o momento ade-quado para expedio da certido?No caso de acordo judicial, a certido dever ser expedidana deciso que encerra o processo, com ou sem trnsito em julgado, dependendo do caso. Sero pagos honorrios advocatcios parciais (at 60% do valor fixado na tabela) nos casos de encerramento do processo, sem trnsito em julgado. Aps o trnsito em julgado, com a expedio de certido complementar, ser pago o valor restante dos ho-norrios advocatcios previstos na tabela.

    11. H direito aos honorrios nos casos de extino do feito sem resoluo do mrito por falta de condi-es da ao?O advogado conveniado nomeado no faz jus aos ho-norrios nos casos de extino do feito sem resoluo do mrito em que der causa, seja por falta das condies da ao, por incompetncia do juzo ou outra situaes pre-vistas no artigo 267 do CPC.

    12. Em quais situaes sero pagos honorrios ad-vocatcios aos advogados conveniados no valor inte-gral, ou seja, de 100% dos valores previstos na tabela do convnio?O valor integral dos honorrios advocatcios somente ser

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  • pago, ao final do processo, certificado o trnsito em julga-do e desde que o advogado conveniado indicado tenha acompanhado o feito desde o inicio at o resultado final.

    13. A atuao no Juizado de Violncia Domstica - JVD, a favor da vitima, ser objeto de pagamento de honorrios nos termos do convnio DPE/OAB? Caso positivo, qual o cdigo?Sim. A atuao no JVD, em defesa da vitima, ser objeto de pagamento de honorrios, mediante apresentao de certido, na qual conste o cdigo 302, item 3, da tabela do convnio.

    III. DA RECUSA DA INDICAO

    1. Pode o advogado conveniado recusar a indicao?No. Nos termos da clusula terceira do convnio DPE/OAB vedado, em regra, ao advogado conveniado recu-sar indicao recebida.

    2. Quais os casos excepcionais em que o advogado conveniado pode, mediante justificativa apresentada Defensoria Pblica do Estado, recusar a indicao?O advogado conveniado pode, mediante justificativa pre-sentada Defensoria Pblica do Estado, recusar a indica-o nos casos previstos no artigo 15 da L. 1060/50, por quebra de confiana, inexistncia de estado de carncia ou de amparo jurdico, sendo vedada a recusa por motivo de foro ntimo ao advogado conveniado.

    3) Como o juiz pode agir no caso de o advogado con-veniado indicado apresentar recusa para atuao?Caso o advogado conveniado indicado para determinado

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  • processo se recuse a atuar, sugere-se ao juiz que exija ajuntada aos autos da justificativa de recusa, ratificada pela Defensoria Pblica do Estado. Havendo o descum-primento desta exigncia, o juiz poder comunicar De-fensoria Pblica do Estado o fato para que esta instaure procedimento fiscalizatrio, que ensejar eventual apli-cao de penalidade ao conveniado, sem prejuzo de nova indicao.

    IV. DA DESISTNCIA DE ATUAO EM DETERMINADA REA, DO DESLIGAMENTO

    DO CONVNIO

    1. Pode o advogado conveniado desistir de atuar em determinada rea do convnio? Quais as implicaes?O advogado no poder desistir na rea de inscrio at o prximo perodo de inscrio. (resposta alterada em vir-tude do edital publicado em 21/01/12)

    2. Pode o advogado conveniado pedir seu desliga-mento/ descredenciamento do convnio? Quais as implicaes?O advogado conveniado poder a qualquer tempo pedir seu desligamento/descredenciamento do convnio, o que implicar na interrupo de indicaes a partir do proces-samento da comunicao pela Defensoria Pblica do Es-tado, mantendo-se o advogado obrigado a continuar, em regra, o patrocnio das aes para os quais tiver sido indi-cado anteriormente.

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  • 3. O advogado conveniado que tem processado o pedi-do de descredenciamento do convnio pode renunciar aos processos para os quais foi indicado?O advogado conveniado que tem processado o pedido de descredenciamento do convnio est obrigado, nos termos do convnio DPE/OAB, em regra, a continuar a atuao em todos os processos para os quais fora indicado, no poden-do renunciar judicialmente aos processos.

    4. Quais os casos excepcionais que o convnio DPE/OAB autoriza o advogado conveniado a renunciar ju-dicialmente aos processos para os quais foi indicado?O advogado conveniado pode ser autorizado a formular o pedido judicial de renncia aos processos para os quais foi indicado, aps autorizao da Defensoria Pblica do Es-tado, nos casos de quebra de confiana comprovada, de impedimento legal de continuidade de atuao (investidu-ra em cargos pblicos), de mudana de endereo ou outro fator que dificulte ou prejudique o contato constante com a parte assistida.

    5. Qual o procedimento a ser observado no caso de renncia?O advogado conveniado, antes de formular pedido judicial de renncia, dever peticionar Comisso de Assistncia Judiciria da OAB/ SP, a qual, aps anlise, submeter a ratificao pela Defensoria Pblica do Estado.

    6. Como o juiz pode agir no caso de o advogado conve-niado apresentar pedido de renncia?Caso o advogado conveniado apresente pedido de renn-cia, sugere-se ao juiz que exija a juntada aos autos, pelo advogado dativo, da ratificao do pedido feita pela Defen-

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  • soria Pblica do Estado. Havendo o descumprimento des-ta formalidade, a renncia, em tese, no pode ser aceita, ficando o advogado conveniado vinculado ao processo at seus ulteriores termos, bem como sujeito s sanes previstas no convnio em caso de desdia.

    V. DAS INDICAES E DO RODIZIO ENTRE OS ADVOGADOS INSCRITOS

    1. Qual o sistema adotado para a indicao de advoga-dos conveniados pela Defensoria Pblica do Estado?Para a indicao de advogados conveniados utilizado o sistema de rodzio por ordem alfabtica, considerando a rea de atuao para a qual o conveniado est inscrito.

    2. Caso o advogado conveniado indicado, intimado, no comparea audincia ou no atue no processo, pode o juiz nomear advogado que saiba ser integrante do convnio para que este faa jus aos honorrios advocatcios?Caso o advogado indicado, intimado, no comparea au-dincia ou no atue no processo, solicita-se ao juiz que co-munique o fato Defensoria Pblica do Estado para que adote as providncias cabveis. A nomeao de advogado pertencente ao convnio realizada pelo juiz sem a indica-o prvia realizada pela Defensoria Pblica do Estado ou pela Subseco da OAB no dar ensejo ao pagamento de honorrios advocatcios pela Defensoria Pblica do Es-tado, a qual possui a obrigao legal de gerir os recursos pblicos envolvidos e de respeitar o rodzio dos advogados, conforme previsto no convnio DPE/OAB.

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  • VI. DA ATUAO NO JRINA INFNCIA E JUVENTUDE

    1. Qual o critrio de indicao para os processos de competncia do Tribunal do Jri?Para os processos de competncia do Tribunal do Jri, a indicao somente pode recair sobre advogados conve-niados inscritos para atuar no Jri, devendo este atuar nas duas fases.

    2. Pode haver indicao de advogado conveniado no inscrito na rea do Jri para atuao na primeira fase do processo?No pode haver indicao de advogado conveniado no inscrito na rea do Jri para atuao na primeira fase do processo, uma vez que isto fere o rodzio de advogados e ameaa a qualidade dos servios prestados.

    3. Os advogados conveniados para atuao na rea do Jri e da Infncia e Juventude precisam comprovar algum requisito especfico para inscrio?De acordo com o disposto no convnio, para atuao nos processos da competncia do Tribunal do Jri, o advoga-do conveniado deve comprovar atuao em cinco sesses ou duas plenrias e concludo curso especfico. Quanto atuao na infncia e juventude, o profissional conveniadodever ter concludo curso especfico na rea, promovido pela Escola Superior da Advocacia com participao da Defensoria Pblica.

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  • VII. DA ATUAO NA REA CRIMINAL

    1. Est obrigado o advogado conveniado a impetrar habeas Corpus? Neste caso, ser necessria nova indicao?O advogado conveniado indicado para atuao na rea criminal deve adotar todas as medidas cabveis que visem garantir o direito liberdade, inclusive mediante a impe-trao de habeas corpus, sem a necessidade de nova indicao.

    2. O advogado conveniado possui o dever de conver-sar com o assistido criminal e entrevistar pessoal-mente o ru?O advogado conveniado que atua na rea criminal tem o dever de conversar com o assistido e entrevistar pessoal-mente o ru, fornecendo-lhe todas as orientaes neces-srias para o exerccio da ampla defesa.

    3. O advogado conveniado pode atuar em favor de v-rios rus no processo criminal, recebendo uma nica indicao?Sim, o advogado conveniado poder atuar em favor de vrios rus no processo criminal, recebendo uma nica indicao, desde que no haja colidncia entre as teses de defesa. Vale destacar que, neste caso, o advogado conveniado far jus a uma nica certido de honorrios advocatcios.

    4. Como o juiz pode proceder caso o advogado conve-niado no esteja atuando de forma a garantir a ampla defesa?

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  • Verificando o juiz que o advogado conveniado no est atuando de forma a garantir a ampla defesa, solicita-se a comunicao do fato Defensoria Pblica do Estado, para que esta instaure procedimento fiscalizatrio e adote as demais providncias cabveis.

    5. possvel indicao para atuao em processos de reviso criminal?Atualmente, no possvel indicao de advogados con-veniados para processos de reviso criminal, sendo esta atuao exclusiva de Defensores Pblicos.

    6. Qual a abrangncia da indicao de advogado con-veniado para atuao em processo de execuo penal?Nos processos de execuo penal, a indicao abrange a atuao em todos os incidentes e todos os pedidos de benefcios, inclusive a impetrao de habeas corpus, a defesa em sindicncia e a interposio de recursos.

    VIII. DA ATUAO EM PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E SINDICNCAIS

    1. possvel a indicao para atuao em procedi-mento administrativo?Em regra, aps a Smula vinculante n05, do Supremo Tribunal Federal, no h indicao para defesa em proce-dimento administrativo. Contudo, casos singulares sero analisados pela Defensoria Pblica.

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  • 2. possvel indicao de advogado conveniado para sindicncia?No possvel a indicao de advogado conveniado para atuao em sindicncia, inexistindo cdigo para expedi-o de certido de honorrios.

    IX. DA ATUAO NAS REAS CVEL E FAMLIA

    1. O advogado conveniado indicado para atuar na fase de conhecimento deve prosseguir no feito at a exe-cuo da sentena?Sim, o advogado indicado na fase inicial est obrigado a atuar na fase de cumprimento de sentena, no sendo necessria nova indicao e fazendo jus a uma nica certido de honorrios.

    2. Havendo necessidade de adoo de medida caute-lar, o advogado conveniado receber duas indicaes (uma para a ao cautelar e uma para a principal)?Havendo necessidade de adoo de medida cautelar, o advogado conveniado deve solicitar a medida em sede de tutela antecipada ou liminar na ao principal, recebendo uma nica indicao e conseqentemente uma certido.

    3. Nas aes de divrcio consensual necessrio ter indicao de dois advogados?No, a atuao dever ser realizada por um nico pro-fissional nos divrcios consensuais e, ao final, expedida uma certido ao advogado indicado.

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  • X. DA CONCENTRAO OBRIGATRIA DOS PEDIDOS

    1. possvel o fracionamento de pedidos em aes autnomas?Nos termos do convnio DPE/OAB, para aes em que seja admissvel a cumulao de pedidos e para aquelas fundadas no mesmo fato, recomenda-se a nomeao de apenas um advogado conveniado, que dever, sempre, observar a concentrao das pretenses em um nico processo, visando a soluo clere da situao apresen-tada e a economicidade dos recursos pblicos.

    2. Pode o juiz reunir os processos se verificar fracio-namento dos pedidos?Sim, o juiz pode reunir os processos se verificar fraciona-mento dos pedidos, visando economicidade dos recur-sos pblicos. Neste caso, o advogado somente far jus ao pagamento de uma nica certido.

    3. Caso o advogado conveniado se recuse ao proce-dimento de unificao, como pode agir o Magistrado?Caso o advogado conveniado se recuse ao procedimento de unificao, solicita-se ao juiz que noticie o fato De-fensoria Pblica do Estado para a instaurao de procedi-mento administrativo, em virtude de violao aos termos do convnio.

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  • XI. DAS OBRIGAES E DA FISCALIZAO DO CONVNIO

    1. Quais os deveres dos advogados conveniados pre-vistos nos termos do convnio?Na ocasio da inscrio, o advogado conveniado adere aos termos do convnio, ficando obrigado a: manter instalaes adequadas para atendimento dos as-sistidos, providenciando que no seu domiclio profissional haja expediente normal; atender pessoalmente aos assistidos e familiares do ru preso com presteza e urbanidade; conversar, pessoalmente, com ru preso ou adolescente internado, antes da realizao do interrogatrio, no local a esse fim destinado nos prdios dos Fruns; peticionar pelo desarquivamento, extrao de cpias de documentos ou emisso de certides, ainda que referen-tes a outro processo judicial, instruindo o pedido com c-pia da indicao e solicitando a concesso dos benefcios da Lei 1.060/50, caso haja necessidade de obteno de documentos essenciais instruo da medida judicial; acompanhar as intimaes no tocante aos processos confiados a seu patrocnio em razo do presente convnio; atuar de forma diligente nos feitos judiciais ou admi-nistrativos, acompanhando-os at o trnsito em julgado, adotando todas as medidas processuais cabveis para o melhor resguardo do interesse do assistido, incluindo a impetrao de habeas corpus; orientar o assistido e adotar as medidas necessrias efetivao de averbaes e registros e outras providn-cias necessrias em decorrncia do provimento jurisdicio-nal, mesmo aps o recebimento da certido;

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  • observar os prazos para adoo das medidas jurdicas, conforme estabelecido no presente convnio, sempre atentando para a urgncia decorrente das particularida-des do caso concreto; atualizar seus dados cadastrais em relao s altera-es posteriores a inscrio; no solicitar ou receber quaisquer valores a ttulo de custas, despesas ou honorrios advocatcios do assisti-do, captar clientes ou demonstrar erro grave no exerccio da profisso; registrar, em suas peties, que a atuao se d em ra-zo do presente convnio, sendo vedado o uso do nome e smbolos da Defensoria Pblica, bem como a atribuio da condio de Defensor Pblico pelo advogado conveniado.

    2. O advogado conveniado obrigado a manter atuali-zados seus dados cadastrais?Constitui dever do advogado conveniado manter atualiza-do seus dados cadastrais junto a OAB/SP e a DPESP, sob as penas das sanes previstas na clusula segunda, pargrafo 7 do convnio.

    3. Quais providncias podero ser tomadas pelo juiz no caso de descumprimento do convnio eventual-mente detectado?O juiz, ao tomar conhecimento de qualquer situao de violao aos deveres previstos no termo do convnio, po-der comunicar o fato Subseco local da OAB/SP ou Regional da Defensoria Pblica do Estado para instaura-o de procedimento fiscalizatrio solicitando, conforme o caso, a substituio da indicao.

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  • 4. Quais so as penalidades previstas nos termos do convnio, nos casos de infraes aos deveres listados?O descumprimento dos termos do Convnio DPE/OAB pelo advogado conveniado poder ensejar a aplicao das seguintes penalidades:a) advertncia;b) suspenso de trs meses a um ano;c) descredenciamento.

    XII. DA PROIBIO DE SUBSTABELECIMENTO E NECESSIDADE DE PROCURAO

    1. O advogado conveniado para atuar no processo para o qual foi indicado necessita juntar procurao do cidado assistido?O advogado conveniado para atuar no processo para o qual foi indicado no necessita juntar procurao do ci-dado do assistido, uma vez que a indicao j traduz os poderes conferidos pelo cidado Defensoria Pblica que os transmite ao advogado conveniado.

    2. O advogado conveniado pode substabelecer seus poderes a outro advogado?O advogado conveniado no pode substabelecer seus po-deres a outro advogado, mesmo que conveniado, tendo em vista o carter personalssimo do mnus assumido. A inobservncia desta norma sujeita o advogado convenia-do s sanes previstas no convnio.

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  • XIII. DA SOLUO CONSENSUAL DO CASO

    1. Deve o advogado zelar pela soluo consensual da demanda?De acordo com o disposto na clusula terceira, 4, XII, do Convnio DPE/ OAB, deve o advogado conveniado ze-lar pela soluo consensual do processo, bem como pela economicidade com a reunio de diversos pedidos, quan-do possvel.

    XIV. DA PRESTAO DO SERVIO DE ASSISTNCIA JURDICA SUPLEMENTAR

    1. O advogado poder manter escritrio e domiclio profissional em local diverso do local de atuao?No, os advogados inscritos para a prestao de assis-tncia jurdica devero ter escritrio com instalaes ade-quadas, onde sero atendidos os usurios, no local de atuao, sob pena de infrao aos termos do convenio (clusula segunda, pargrafo 1).

    XV. RELAO DE ENUNCIADOS

    Tendo em vista as inmeras dvidas envolvendo a inter-pretao do Convnio DPE/OAB encaminhadas pelas Subseces da OAB/SP e pelas unidades da Defensoria Pblica, a Assessoria de Convnios da DPE, em acordo com a Comisso de Assistncia Judiciria da OAB, esta-beleceram os seguintes enunciados:

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  • Enunciado n 1Nas aes de separao e divrcio consensuais pres-cindvel a nomeao de um advogado para representao dos interesses de cada parte, bastando a indicao de um nico profissional que dever, inclusive, concentrar todos os pedidos na mesma ao, tais como definio de guar-da, alimentos, visitas e outros possveis provimentos que possam ser concentrados no mesmo processo.

    Enunciado n 2As nomeaes de advogados para propositura de aescautelares preparatrias serviro, tambm, para o ingres-so da ao principal, fazendo jus a uma nica certido para atuao em ambos os processos. A notcia de re-cebimento de honorrios para as duas aes poder dar ensejo ao pedido de restituio dos valores pagos, bem como abertura de Portaria para procedimento COMISTA.

    Enunciado n 3Os pedidos de renncia sero analisados pela OAB e en-caminhados Defensoria para anlise e ratificao. Nos casos em que a Defensoria entender injustificado o pedidode renncia em que j houver expedio de certido de honorrios, solicitar o bloqueio do pagamento. Se os va-lores j tiverem sido depositados, providenciar o pedido de restituio da quantia aos cofres pblicos.

    Enunciado n 4No podem ser feitas nomeaes para atuao na rea previdenciria, ainda que seja nos casos de competn-cia delegada Justia Estadual, onde no houver Ju-dicirio Federal. Excetuam-se s regras as nomeaes para aes acidentrias, uma vez pertencentes com-petncia estadual.

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  • Texto: Assessoria de ConvniosProduo, reviso e impresso: Coordenadoria de Comunicao Social e Assessoria de ImprensaSo Paulo, outubro 2010 (atualizado em maio de 2012)