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CARTILHA DE PREVENÇÃO AO USO DO CRACK
Educação a favor da vida
Bate Papo. . .
O Uso de drogas tem representado um grave problema que atinge diretamente crianças e jovens; motivo de preocupação por parte daqueles que atuam nas áreas de Educação, Saúde e Segurança.
Nos últimos anos o aumento na incidência do consumo de CRACK pelos jovens tem resultados em sérios danos físicos, psicológicos e sociais que, por vezes, trazem como conseqüência, a morte dos dependentes e/ou pessoas envolvidas com os mesmos.
Nesta cartilha apresentamos informações baseadas em dados científicos sobre as características e conseqüências do uso do CRACK bem como orientações sobre o papel da escola enquanto agente de prevenção.
Sobre o CRACK ...
Seu nome deriva do verbo "to crack" que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados. O CRACK apresenta-se sob o aspecto de pedra resultante da mistura da cocaína (Erithroxylon coca), amônia e o bicarbonato de sódio, que combinados se tornam substâncias altamente tóxicas.
Por não ser solúvel em água e também não poder ser injetável é fumado em cachimbos pois necessita passar do estado sólido ao de vapor quando aquecido em uma temperatura média de 95ºC.
Efeitos no Organismo:
A fumaça do crack alcança o cérebro em apenas 10 a 15 segundos e seu efeito permanece em torno de 5 minutos. Essa rápida duração do efeito faz com que o usuário volte a utilizar a droga com mais freqüência que as outras drogas, levando o indivíduo à dependência muito mais rapidamente.
O rápido efeito do crack traz uma sensação de grande prazer, euforia e poder, que logo acabam, então o usuário quer voltar a utilizar a droga fazendo isso inúmeras vezes até consumir todo o estoque.
Os efeitos mais evidentes do uso são: o estado de excitação, hiperatividade, insônia, perda de sensação do cansaço e falta de apetite. Pode produzir um aumento das pupilas (chamada “visão borrada”), dor no peito, contrações musculares, convulsões e até o coma. No sistema cardiovascular, os efeitos são mais intensos. A pressão arterial pode se elevar e o coração bater rapidamente (taquicardia). A morte também pode ocorrer por conta da diminuição da atividade de centros cerebrais que controlam a respiração.
Consequências do uso do Crack:
Após o uso, a pessoa pode apresentar conduta de extrema violência, agressividade que se manifesta a princípio contra a própria família, destruindo-a em todos os aspectos, e depois, por conseqüência, volta-se contra a sociedade em geral com visível aumento do número de crimes relacionados ao vício em referência.
O usuário-dependente do crack isola-se geralmente por sentir-se perseguido, abandona a escola e/ou o trabalho e dificilmente consegue manter uma rotina passando a viver basicamente em busca da droga.
É bom ressaltar que embora seja uma droga mais barata que a cocaína, o uso do crack acaba sendo mais dispendioso: o efeito é mais intenso, mas o tempo de satisfação é muito curto.ais depressa o que leva ao uso compulsivo de váripedraspor
Como identificar o usuário de Crack ...
O conjunto de alguns desses fatores podem estar relacionados ao uso do CRACK:
Falta de motivação para estudar ou trabalhar; Mudanças bruscas de comportamento;
Inquietação, irritabilidade, ansiedade, cacoetes, perda
de interesse pelas atividades rotineiras;
Insônia;
Olhos avermelhados, olheiras;
Alterações súbitas de humor, uma intensa euforia, alternada com choro ou depressão;
Como identificar o usuário de Crack ...
Descuido com a higiene pessoal; Uso de apetrechos como espelhinhos, fósforos, canudos,
usados para cheirar cocaína;
Existência de pequenas queimaduras localizadas próximas à região da boca;
Existência de receitas de medicamentos ou caixas de
comprimidos de psicotrópicos;
As roupas, os lenços ou as mantas têm cheiro forte de solvente;
Vestígios de pó branco nos bolsos;
Papel da Escola... Como trabalhar na escola e
em sala de aula.
Educar é prevenir
Sugestões de como ter uma abordagem para iniciar um diálogo com o seu aluno:
Papel da Escola...
Seja claro e objetivo, e de maneira bem calma mostre sua preocupação com o comportamento dele(a) em sala de aula;
Evite fazer julgamentos, dar sermões, isso irá afastá-lo
e colocá-lo na defensiva;
Mostre que depende apenas dele, assumir responsabilidades, embora você esteja disposto a ajudá-lo.
Indique opções de comportamentos alternativos e faça-o
refletir, evite o compromentimento de imediato;
Mostre informações fundamentadas sobre o uso de drogas de maneira clara e honesta; sem exagero ou estratégias de amedrontamento.
Papel da Escola...
Seja realista sobre os riscos do uso de drogas mencionando os benefícios de não usá-las.
Disponha os alunos em círculos para discussões abertas.
Evite sermões. Ouça suas opiniões, avalie suas idéias e re-oriente-o.
Peça opiniões anônimas por escrito, por exemplo, em
tirinhas de papel, sobre as razões para o uso de drogas e as razões para não usá-las e depois discuta no grupo.
Proponha situações-problema sobre o abuso de álcool ou
outras drogas e promova dramatizações, discussões e análises dos comportamentos e de suas conseqüências.
Desenvolva a motivação para que os alunos construam seus conhecimentos e façam pesquisas sobre os assuntos de seu maior interesse.
Papel da Escola... Organize atividades em que os alunos possam desenvolver as
habilidades em tomar decisões, posicionar-se, resolver problemas como, por exemplo, “saber recusar um cigarro quando não quer fumar” ou “limitar o número de doses de bebida numa festa”.
Estimule a reflexão sobre comportamentos, relacionados com a saúde (e o uso de drogas), pontuando com informações e orientações.
Procure integrar as discussões sobre o uso de drogas com os conhecimentos e atividades de diferentes disciplinas do currículo, por exemplo, um livro de literatura, uma aula de Educação Física, um conteúdo de História ou Ciências, alguns cálculos ou problemas de Matemática.
Papel da Escola... Associe as atividades de prevenção do uso indevido de
drogas com outros comportamentos de promoção à saúde, como os relacionados à alimentação, à sexualidade, ao meio ambiente, às relações humanas, ao enfrentamento do stress, aos cuidados com o corpo, entre outros.
Incentive e mostre que ele(a) é capaz de mudar, que as dificuldades são enormes, mas é possivel uma saída. Mostre que com pequenos passos podemos dá a volta do mundo.
Dê prioridade à discussão sobre as drogas mais comuns de uso entre adolescentes; álcool, tabaco, inalantes e maconha.
Enriqueça as aulas com a discussão de filmes, vídeos, visitas a sites, leituras de textos e livros.
Papel da Escola... Busque parcerias com outras pessoas e instituições da
comunidade lembrando sempre que o trabalho da prevenção é mais eficaz quando feito pelas pessoas da escola e com métodos interativos.
Realize atividades que mostrem a necessidade de retardar o máximo possível o uso das drogas lícitas, ressaltando a legislação que proíbe a venda de bebidas e cigarros aos adolescentes e as possibilidades de, ao beber, fazê-lo moderadamente, evitando riscos.
Utilize notícias da mídia para ilustrar os temas desenvolvidos, tendo o cuidado para fazer uma crítica às distorções que muitas vezes estão presentes, especialmente o preconceito com os usuários, a “demonização” das drogas, o “esquecimento” das drogas mais usadas como o álcool e o cigarro.
Programas de Prevenção da SEED
SAÚDE E PREVENÇÃO NA ESCOLA- DASE
PROGRAMA ESCOLA ABERTA - DEF
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO - DED
P R E V E N Ç Ã O
SAÚDE E PREVENÇÃO NA ESCOLA
O QUE É?
O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) é uma das ações do Programa Saúde na Escola (PSE), que tem a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de promoção e atenção à saúde.
OBJETIVO
Contribuir para a prevenção da infecção pelo HIV, outras doenças sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência e o uso indevido de drogas entre adolescentes e jovens.
MUNICÍPIOS ATENDIDOS ( 46 )
Aracaju, Campo do Brito, Estância , Indiaroba, Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Riachão do Dantas, Salgado, Boquim, Poço Verde, Tobias Barreto, Simão Dias, Cedro de São João,Porto da Folha, Itabaiana, Areia Branca, Nossa Senhora Aparecida, São Cristóvão, Santa Luzia Do Itanhy, Cristinápolis , Indiaroba, Itabaianinha , Pedrinhas, Umbauba, Tomar Do Geru, Arauá, Telha, Propriá , Rosário Do Catete, Carmópolis, Aquidabã, Capela Muribeca, Maruim ,Pirambu, Moita Bonita,,Pedrinhas ,Ribeirópolis, Areia Branca, Gararu, Canindé Do São Francisco Poço Redondo, Nossa Senhora da Glória , Feira Nova, Monte Alegre , Simão Dias.
SAÚDE E PREVENÇÃO NA ESCOLA
MUNICÍPIOS ATENDIDOS ( 46 )
PROGRAMA ESCOLA ABERTA O QUE É?
O programa busca repensar a instituição escolar como espaço alternativo para o desenvolvimento de atividades de formação, cultura, esporte e lazer para os alunos da educação básica das escolas públicas e suas comunidades nos finais de semana.
OBJETIVO Contribuir para a melhoria da qualidade da educação, a inclusão social e a construção de uma cultura de paz. MUNICÍPIOS ATENDIDOS ( 6 ) Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristovão, Japaratuba, Capela, Muribeca
PROGRAMA ESCOLA ABERTA MUNICÍPIOS ATENDIDOS ( 6 )
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
O QUE É?
O programa é composto por sete macro campos, referentes ao acompanhamento pedagógico; ao meio ambiente; ao esporte e ao lazer; aos direitos humanos e à cidadania; à cultura e às artes, à inclusão digital; à saúde, à alimentação e à prevenção
OBJETIVO
Promover ações sociais e educacionais em escolas bem como em outros espaços socioculturais com atividades no contra turno ao das aulas regulares
MUNICÍPIOS ENVOLVIDOS: (5)
Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Estância, Itabaiana, Aracaju (2010)
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
MUNICÍPIOS ATENDIDOS ( 5 )
Rede de Proteção CONSELHO TUTELAR 0800 79 1400 SEED 79 3179 88 77 SEIDS- CRAS- CREAS 79 3214-9168 ,3179-3067,3179-3470 SES – CAPS 08002822822 (unidade de respostas rápidas) SEJUC
79 3222-0810 Ministério Público 79 216-2400-Fax: 79-211-7476 SSP - 181
Leituras Recomendadas
Obs. – As obras assinaladas com (*) são indicadas também para os alunos
ALVES, Rubem. 2005. E aí? Cartas aos adolescentes e a seus pais. Campinas: Papirus. (*)
AQUINO, Julio Groppa (org.). 1998. Drogas na Escola. São Paulo: Summus Editorial.
CEBRID. Departamento de Psicobiologia UNIFESP. 2004. Livreto informativo sobre Drogas Psicotrópicas. São Paulo: CEBRID. (*)
LARANJEIRA, Ronaldo, JUNGERMAN, Flávia, DUNN, John. 1998. Drogas: maconha, cocaína e crack. São Paulo: Contexto.
PINSKY, Ilana, BESSA, Marco Antônio (orgs). 2004.
Leituras Recomendadas SAVATER, Fernando. 1996. Ética para o meu
filho. Tradução: Monica Stahel. 2ª edição. São Paulo: Martins Fontes.
SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre
Drogas). 2004. Cartilhas da série “Por dentro do assunto” (algumas são específicas para pais ou educadores) (*)
SILVEIRA FILHO, Dartiu Xavier da, MOREIRA,
Fernanda Gonçalves (orgs). 2006. Panorama atual de drogas e dependências. São Paulo: Atheneu
Filmes Recomendados Meu nome não é Jony, 2008. Direção: Mauro Lima
Diário de um adolescente, 1995. Direção: Scott Kalvert
Show de Bola, 2008. Direção: Alexander Pickel
Quando um homem ama uma mulher, 1994. Direção: Luis Mandoki
Coisas que perdemos pelo Caminho, 2008. Direção: Susaner Bier
Cazuza - O Tempo Não Pára, 2004. Direção: Sandra Werneck e Walter Carvalho
Despedida em Las Vegas, 1996. Direção: Mike Figgis
Traffic, 2000. Direção: Steven Soderbergh
Sites Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas – SENAD
www.senad.gov.br Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas – OBID
www.obid.senad.gov.br DISQUE SAÚDE: 0800 61 1997 Portal Saúde do Adolescente portal. saude.gov.br/saude/cidadã Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS www.opas.org.br Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas- (UNIFESP) –
CEBRID www.cebrid.epm.br Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo
(UNIFESP) – PROAD www.unifesp.br/dpsiq/proad Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ www.fiocruz.br Programa Álcool e drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert
Einstein www.einstein.br/alcooledrogas Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas – UNIAD www.uniad.org.br Associação Brasileira de Apoio às Famílias de Droga dependentes –
ABRAFAM www.impacto.org/drogas/abrafam.htm Projeto Falando sério sobre drogas www.falandoseriosobredrogas.org.br Alcoólicos Anônimos – AA www.alcoolicosanonimos.org.br
Referências Bibliográficas
CEBRID/SENAD: Livreto Informativo sobre DROGAS PSICOTRÓPICAS - SP
SENAD: Cartilha para Educadores – Série por dentro do
Assunto, BSB – 2005
SENASP/SENAD: Viva mais e melhor... De bem com você, de Bem com a Vida - PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS- SP - 2004
WIKIPÉDIA-CRACK-2010. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crack acessado em 09/02/2010
LARANJEIRA, Ronaldo e MACIEL, Cláudia: "Emergências Psiquiátricas pelo Uso da Cocaína" (em português) , Associação Brasileira de Psiquiatria - abpbrasil, 2006.
ALBERTANI, Helena – Drogas e Prevenção – conceitos básicos – Sindepol Brasil
MARCELO DEDA CHAGAS
Governador do Estado de Sergipe
BELIVALDO CHAGAS SILVA Secretário de Estado da Educação
HORTÊNCIA M. PEREIRA ARAÚJO
Secretária Adjunta da Educação
MARIA IZABEL LADEIRA SILVA
Diretora do Departamento de Educação
ELABORAÇÃO DESTA CARTILHA
Assessoria Pedagógica – DED
Hortência de Oliveira Joniely Cheyenne Moura Passos
Kátia Suzane Travassos S. Araújo Raquel de Azevedo D. Taveira
Ilustração
Jeane Caldas
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DED – DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
RUA GUTEMBERG CHAGAS, 169
ARACAJU – SERGIPE CEP: 49.000.000 (79) 3179 8877