Cartilha Diabetes

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  • 7/17/2019 Cartilha Diabetes

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    NCLEO DE PROMOO DA SADE

    CARTILHA SOBRE

    DIABETES

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    1. O que diabetes? uma doena muito comum e h pessoas diabcas em todos os

    lugares, que parcipam de avidades variadas no trabalho, esporte elazer.

    Ela resultado da diminuio da ao ou da quandade de insulina,que o hormnio responsvel pela ulizao da glicose pelo organismo.

    Tanto o acar industrializado (sacarose) quanto o encontrado nasfarinhas, cereais e razes (amido) so carboidratos. Aps sua ingesto,so transformados no intesno em sua forma mais simples, chamadaglicose.

    Se falta insulina, a glicose no ulizada e se acumula no sangue. Umataxa elevada de glicose no sangue (hiperglicemia) o que caracteriza apessoa com diabetes.

    2. Como se manifesta?

    Atravs dos Principais sintomas: Urinar com muita frequncia Excesso de sede Apete exagerado Emagrecimento sem causa aparente Cansao Diculdade de concentrao Vmitos e dor abdominal

    Formigamento ou dor nas pernas e ps Viso embaada Feridas de cicatrizao dicil Infeces frequentes

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    3. Como se faz o diagnsco? O diagnsco ser feito pela medida da glicose no sangue (glicemia).

    Outra maneira a medida da glicemia aps sobrecarga oral de glicose, oteste de tolerncia glicose. Recentemente tambm se faz o diagnscopela hemoglobina glicada.

    4. Tipos de diabetes:

    O diabetes costuma ser dividido em trs pos principais:

    Tipo 1

    caracterizado pela decincia absoluta de insulina que pode seinstalar abruptamente (mais comum em crianas e adolescentes) erepresenta cerca de 5% a 10% dos casos. O tratamento com insulina necessrio.

    Tipo 2Caracteriza-se por uma decincia relava de insulina, causada por

    um defeito na sua funo (resistncia insulnica). Representa 90% doscasos e geralmente aparece na fase adulta. Surge com maior frequnciaem obesos. tratado com dieta, medicamentos orais e frequentementecom insulina.

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    Diabetes gestacional uma condio que surge na gravidez e normalmente desaparece

    aps o parto. Est associado com maior risco de desenvolvimentoposterior de diabetes na me e at mesmo no lho, quando se tornaradulto. O controle da glicose durante a gestao previne um crescimentoexagerado do feto e riscos durante o parto.

    5. Consequncias do diabetes mal controlado 5.1 Complicaes agudas

    CetoacidoseOcorre quando a glicose alcana valores muito elevados, geralmente

    entre 400-600 mg/dL. Nessa situao, acumulam-se no sangue ascetonas, que so substncias cidas. Para elimin-las, o paciente respiramais rpido e mais fundo. Muitas vezes sente tambm dor na barriga eca muito desidratado. uma situao de urgncia e seu tratamento sdeve ser feito em hospital.

    Estado hiperosmolar parecido com a cetoacidose, mas ocorre com glicemias ainda mais

    elevadas (acima de 600 mg/dL) e na ausncia de cetonas (no afeta a

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    respirao). A desidratao muito mais grave e o paciente pode atentrar em coma. A preveno a mesma e a hospitalizao tambm

    essencial.

    HipoglicemiaOcorre quando a glicose est abaixo do normal, geralmente abaixo de

    50 mg/dL, mas alguns pacientes sentem-se mal com glicemias de 50-70mg/dL. Outros no sentem nada com glicemias muito mais baixas, entre30-50 mg/dL. Quanto mais frequentes as hipoglicemias, os pacientessero menos capazes de perceb-las logo no incio.

    Causas mais importantes da hipoglicemiaHipoglicemias ocorrem quando os diabcos comem pouco ou

    pulam refeio ou quando pracam exerccios sicos, sem se alimentaradequadamente (antes e durante o exerccio) ou sem reduzir as dosesprvias de insulina, como o mdico recomenda.

    Como reconhecer a hipoglicemiaOs sintomas mais comuns so: suor frio com tremores, mal-estar,

    palidez e enjoos. Se a glicemia cair muito, pode faltar glicose no crebroe ocorrer perda da conscincia ou mesmo convulses.

    Sempre que possvel, deve-se fazer uma glicemia capilar antesde tratar a hipoglicemia.

    Como tratar a hipoglicemiaDeve-se ingerir o equivalente a 15g de carboidratos, logo aps o incio

    dos sintomas. Isso equivale a 1/2 copo de caldo de laranja ou 1/2 copode refrigerante comum, uma fruta mdia ou um saquinho de 15g glicose(comprado em farmcias) ou mel. Se os sintomas ou a glicemia nomelhorarem aps 10/15 minutos, deve-se reper a mesma quandadede carboidratos e testar novamente. A hipoglicemia uma forma deestresse que se segue sempre de hiperglicemia, por causa dos hormnioscontrainsulnicos. Portanto no deve ser tratada com excesso de acar.

    Mas, em caso de perda de conscincia, no se deve ingerir alimentospela boca: o paciente pode se sufocar ou at mesmo aspirar essealimento para os pulmes. Nesse caso, deve-se injetar o Glucagon nosubcutneo. Pea ao seu mdico para lhe orientar sobre seu uso.

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    5.2 Complicaes crnicasSe voc controla o diabetes ele nunca vai controlar voc

    Quando a glicose permanece acima das metas por mais tempo,podem surgir problemas nos vasos sanguneos muito nos, como osdos rins (nefropaa diabca), dos olhos (renopaa diabca) e dosnervos (neuropaa diabca). Alguns pacientes tambm desenvolvementupimentos em vasos sanguneos mais grossos, como os do corao,do crebro ou das pernas. Esses problemas, s vezes, se tornam umgrande transtorno. Mas a boa nocia que podem ser evitados!

    6. Quais so as metas de bom controle do diabetes?

    Glicemias de jejum abaixo de 100-120 mg/dL e ps-alimentaresabaixo de 140-180 mg/dL.

    A Hemoglobina Glicada (HbA1c) um exame de sangue queavalia a mdia das glicemias nos lmos 2 a 3 meses, mas que sofremaior impacto de glicemias mais recentes (lmos 15/30 dias). ulizada para diagnsco do diabetes (quando est igual ou maior que6,5%) e tambm para avaliar se o diabetes est bem controlado. Nessecaso, a meta uma HbA1c menor que 7%.

    6. Prevenindo as complicaes do diabetes

    Faa suas consultas mdicas e exames regularmente. O controleconnuado da glicemia diminui muito a ocorrncia e progresso dascomplicaes do diabetes.

    Mantenha o seu peso ideal para a sua altura.

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    Faa exerccios sicos.Tome seus medicamentos conforme prescritos pelo mdico.

    No fume.Alimente-se de forma saudvel.Evite o consumo de lcool.Examine e cuide bem dos seus ps. Lembre seu mdico de examin-

    los pelo menos uma vez por ano.Cunsulte seu mdico regularmente para deteco precoce de

    alteraes nos olhos, rins, nervos e vasos sanguneos.Mantenha a sua presso arterial controlada (presso alta acelera o

    desenvolvimento de complicaes crnicas).Mantenha controlado o seu nvel de gorduras no sangue (colesterol

    e triglicrides). Quando altos, tambm aceleram o desenvolvimento decomplicaes crnicas.

    Parcipe de todas as avidades de educao em diabetespromovidas pelo Setor de Diabetes do Ncleo de Promoo da Sade.

    8. TRATAMENTO

    8.1 Nutrio e diabetes Alimentao: a chave para manter-se saudvel

    O que uma alimentao saudvel? aquela que atende as necessidades nutricionais de cada indivduo,

    com a ingesto de alimentos de qualidade e em quandades adequadas.Deve conter todos os nutrientes: carboidratos, protenas, gorduras,

    vitaminas, sais minerais, bras e gua.

    Em quais alimentos encontramos esses nutrientes?

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    Nutrientes Onde podemos encontrar

    Carboidratos Massa, pes, macarro, arroz, batata, mandioca,frutas, doces e acares.

    Protenas Carnes de todos os pos, ovos, leite, queijo, soja,cereais integrais, feijes, lenlha, ervilha, nozes ecastanhas.

    Gorduras Preferir: leos vegetais como azeite de oliva, leode canola, milho, girassol.

    Evitar: Carnes gordas, bacon, torresmo, leite

    integral, manteiga, lingia, salame, presunto,salsicha, mortadela, frituras, fast foods, biscoitos.

    Vitaminas esais mineirais

    Frutas, verduras, legumes, leite, yogurte, queijosmagros e cereais integrais.

    Fibras Frutas, verduras, legumes, farelo de aveia,leguminosas (gros dentro de favas).

    Comer sabiamente tambm pode ajud-lo a angir um peso saudvel

    Um nutricionista poder orient-lo.Tente estabelecer horrios regulares para as refeies e lanches do

    dia.Consuma diariamente frutas, vegetais frescos e crus, cereais integrais.Evite alimentos que contenham gorduras trans (salgadinhos e batatas,

    biscoitos recheados).Reduza os alimentos ricos em gorduras.Asse, ferva ou grelhe os seus alimentos. Evite assim as frituras.Tenha por hbito ler o rtulo dos produtos dos supermercados,

    idenque o contedo calrico, a quandade de sdio (sal), de gorduratrans e a quandade de acar.

    8.2 Diabetes e exerccio sico:

    Porque importante fazer exerccios sicos?

    Est ciencamente provado que os exerccios ajudam a:Melhorar a glicemia.

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    Controlar o peso.Reduzir a presso arterial.

    Evitar as enfermidades do corao.Melhorar a qualidade de vida e o bem- estar.Prevenir o aparecimento de diabetes.

    Como fazer:

    Tipo de exerccio: o ideal uma combinao dos dois pos abaixo:Exerccio aerbio (exerccios que reduzem o flego e fazem suar):

    caminhada, ciclismo, natao, dana, entre outros (3 a 4 vezes porsemana)

    Exerccio anaerbio (de resistncia ou de fora): musculao, pilates(2 vezes por semana)

    Frequncia do exerccio:

    Trs a cinco vezes por semanaDurao do exerccio Dirio: 30 a 60 minutos Semanal: 150 minutos

    Dicas para o exerccio sico: Use roupas e calados adequados.

    Faa aquecimento e alongamento por 5 a 10 minutos. Inicie com uma avidade leve e curta e v aumentado aos

    poucos. Beba lquidos antes e durante o exerccio.

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    Mantenha sempre ao alcance carboidratos de absoro rpida(caldo de laranja ou refrigerante comum) e use em torno de 1/2 copo a

    cada 1/2 hora de exerccio. Interrompa o exerccio se senr tontura, dor ou diculdade

    para respirar. Faa uma avaliao de seu corao antes de comear um

    programa de avidade sica.

    8.3 Andiabcos orais

    Muitos diabcos do po 2 cam bem controlados por muito tempoem uso de comprimidos para diabetes. Existem vrios no comrcio,mas os mais usados, por sua segurana e facilidade de acesso (SUS ouFarmcia Popular) so a meormina e as sulfonilurias (glibenclamida,gliclazida e glimepirida).

    8.4 Insulina o que falta no diabco!

    Hoje em dia o sistema de sade fornece as insulinas em canetasmuito prcas, com agulhas muito nas e curnhas. E so receitadascada vez mais cedo no curso do diabetes, mesmo no po 2. Os pacientesgeralmente perdem seu receio rapidamente quando percebem que bem fcil uliz-las!

    Diabcos do po 1 - necessitam do esquema conhecido comoBasal-bolus.

    Ele imita a produo de insulina de quem no tem diabetes.

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    portanto mais natural. Basal: existe uma produo de insulina pequena, mas

    constante, mesmo quando em jejum, at durante a noite.Bolus: a insulina que produzida, em quandade

    maior e de forma mais abrupta, sempre que a glicemia comea a subir,logo depois de uma refeio.

    O tratamento do diabetes po 1 procura reproduzir a produobasal atravs de 1 a 3 aplicaes dirias de ao lenta ou intermediria(NPH humana ou glargina ou detemir).

    Os bolus pr-alimentares so feitos com aplicaes de insulinas

    rpida (regular humana) ou ultrarrpidas (lispro, asparte ou glulisina).Os bolus devem se constuir da soma de duas partes:

    Doses para o contedo de carboidratos da refeio:Antes de cada refeio, os diabcos podem aplicar insulina de aorpida na quandade apropriada para seu contedo em carboidratos:quem come sempre parecido em termos de carboidratos no dia a dia,usa uma dose xa de insulina, e quem gosta de variar, calcula a dose pr-alimentar pelo mtodo de contagem de carboidratos. Voc e seu mdico

    iro escolher o esquema que melhor se adapta s suas condies. Dose de correo: Ao fazer a glicemia capilar antes das

    refeies, o diabco pode somar s doses descritas acima a quandadenecessria para tambm corrigir essa glicemia, caso esteja elevada. Essemtodo se baseia na sua faixa de sensibilidade, isto , um clculo dequanto na sua glicemia uma unidade de insulina vai baixar.

    Diabcos do po 2 - o tratamento com insulina vem sendo

    cada vez mais ulizado nesse grupo de pacientes.Muitas vezes iniciada uma pequena dose noturna de insulina,

    com a manuteno dos andiabcos orais (comprimidos). Depois deum tempo, e de acordo com a necessidade, o nmero de aplicaesdirias de insulina pode aumentar.

    Muitos diabcos do po 2 usam insulina em associaocom comprimidos que melhoram seu efeito, como a meormina, porexemplo.

    Como o diabetes po 2 uma doena progressiva, isto , aproduo de insulina tende a diminuir com o tempo, natural essaintensicao do tratamento. Alguns pacientes chegam a usar oesquema basal-bolus, depois de um certo tempo tempo de diabetes

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    po 2, como se vessem um diabetes po 1.

    Insulina no casgo para pacientes que no se cuidam! E no deveser adiada quando h necessidade de seu uso!

    Tipos de insulina (ver tabela 1)

    Aplicando insulina

    Insulina administrada no tecidosubcutneo (Ver gura 1), que a gorduralogo abaixo de pele. No necessrio fazeruma dobra na pele, agora que as agulhas sobem curtas e no alcanam o msculo. InsulinaNPH deve ser genlmente rolada antes do uso,

    nunca sacudir.Os locais de aplicao so mostrados na

    gura 2. So locais onde sempre h gordura e os vasos sanguneosso poucos. Prera aplicar insulinas de ao mais curta no abdome e

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    ancos (locais de absoromais rpida) e as de ao mais

    longa nos braos (duranteo dia) e nas coxas (durantea noite, quando h poucomovimento). Nunca apliqueno mesmo ponto, varie ospontos em cada um desseslocais.

    Armazene os frascos de insulina fechados na gaveta de legumes da

    geladeira, nunca na porta. E sempre longe do congelador! Os frascosou caneta em uso (abertos) devem car fora da geladeira, mas longe docalor (menos de 30 graus).

    Ao transportar insulina em viagens no necessrio refriger-la, masse o ambiente for muito quente (mais de 30 graus ou ao sol) poderser levada em isopor com gelo, separado do frasco de insulina por umtecido ou papelo. Nunca deixe seu frasco de insulina no porta-luvas, nopainel ou no bagageiro de carro ou nibus.

    As canetas injetoras so prcas. Alguns cuidados so essenciais:nunca reabastea o cartucho da caneta, descarte-o aps seu trmino.Sempre conte at 10 antes de rerar a agulha do tecido subcutneo,isso evita perder parte da dose.

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    Ao descartar o material, use recipiente prprio para material perfuro-cortante ou improvise o seu: use uma garrafa pet. Encaminhe esse

    recipiente unidade de sade mais perto de sua casa.

    8.5 Educao em diabetes

    hoje uma importante ferramenta no tratamento do diabetes e napreveno de suas complicaes. Amplia a compreenso da doena ecapacita o diabco a assumir seu tratamento de forma plena, evitandoas descompensaes agudas e crnicas.

    Pode ser desenvolvida em dois nveis: individual, com membros daequipe com formao em educao em diabetes (equipe interdisciplinar:mdicos, enfermeiros, tcnicos em enfermagem, nutricionistas,psiclogos e assistentes sociais) e em grupo. Nas avaliaesindividuais procuramos orientar sobre temas ligados ao autocuidado:insulinoterapia, monitorizao glicmica, cuidados os ps etc. Osgrupos complementam as orientaes individuais e permitem a trocade conhecimentos e experincias entre os parcipantes. Em nosso Setor

    de Diabetes, ligado ao Ncleo de Promoo da Sade, disponibilizamos:Grupos instruvos de 10 a 15 pessoas com a equipe interdisciplinar,

    com durao limitada (4 a 6 encontros voltados para os conhecimentosbsicos), seguidos de reavaliaes peridicas com novos temasinstruvos, na medida em que se mostram necessrios.

    Grupos psicoeducavos de 25 a 30 pacientes: dirigidos aos pacientescom baixa adeso ao tratamento especialmente ligadas s limitaespsicoafevas.

    Ciclo de palestras mensais: voltadas a um pblico maior, deaproximadamente 60 pessoas e que visam reciclagem de temas maissolicitados pelos diabcos.

    Seminrio anual: no Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro).Para parcipar do grupo, inscreva-se no setor de promoo da Sade doCentro de Especialidades Mdicas - CEM.

    Ncleo de Promoo da Sade (31) 3247-3350

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    9. Dia a dia com seu diabetes 9.1 Monitorizao da glicose

    O sistema de sade em Minas Gerais e em Belo Horizonte temfornecido glicosmetros e ras reagentes para glicemia capilar nasseguintes quandades: 1 a 3 ras por dia para diabetes po 2 em uso deinsulina e 4 a 5 ras por dia para diabetes po 1. A quandade varia deacordo com a necessidade de cada caso.

    Isso permite que os diabcos po 1 corrijam as glicemias elevadasantes de cada refeio, adicionando mais insulina de ao rpida alm

    da necessria para os alimentos (dose de correo). Caso apresentemglicemias abaixo das metas, sabem tambm como reduzir as doses deinsulina rpida pr-alimentares. Com a automonitorizao das glicemiascapilares, podem se manter bem controlados em seu dia a dia e isso sereete nos bons resultados da HbA1c e na preveno das complicaes.

    Tambm os diabcos do po 2 em uso de insulina devem fazer aautomonitorizao das glicemias capilares. A maioria no necessitado esquema basal-bolus, portanto fazem as glicemias com menor

    frequncia.

    9.2 Sade bucal no diabetes:

    Qualquer leso bucal representa um potencial perigo dedesequilbrio metablico.

    As doenas da cavidade oral esto associadas higiene decientee irregular e ao controle metablico insuciente.

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    A doena periodontal (doenas das gengivas e do osso quesuporta o dente) a doena da boca mais frequente em diabcos.

    Consulte regularmente o seu densta, pois a doena periodontalgeralmente no dolorosa, por isto que atento.

    Outras manifestaes orais do diabetes do po 1 e do po 2,so:

    xerostomia (boca seca por baixo uxo salivar) candidase (sapinho) cries dentrias gengivas vermelhas, inamadas ou afastadas dos dentes

    saburra lingual (matria orgnica estagnada no dorso da lngua) sangramentos dentes mveis

    A melhor forma de prevenir : Rigorosa higiene oral Bom controle metablico Visitas peridicas ao densta

    9.3 Cuidados com os ps

    A neuropaa faz com que os diabcos no sintam bem osseus ps. Por isso importante:

    Cortar as unhas em linha reta, evitando cortar os cantos.

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    Evitar uso de abrasivos qumicos, lixas, alicate de cuculas oulmina de barbear para remover calosidades.

    Nunca usar calor local (escalda-ps, bolsas de gua quente) paraaquecer os ps.

    Secar bem os ps, especialmente entre os dedos Usar hidratantes na supercie dos ps Escolher bem os sapatos: compr-los na primeira metade da

    tarde (quando j esto levemente inchados, mas no muito); preferirsapatos de couro ou tecido rme (como tnis), fechados e sem costurasou dobras internas.

    Vericar diariamente se no h qualquer corpo estranho dentrode seu sapato.

    No usar o mesmo sapato por mais de um dia As sandlias ou chinelos devem ser evitados: os ps ressecam,

    racham e podem facilmente se ferir. Examine diariamente seus ps. Se no enxergar bem pea

    algum para faz-lo. Em caso de vermelhido ou ferimento, procureorientao mdica

    Bibliograa: Sociedade Brasileira de diabetes Hp/www.diabetes.org.br Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Polcas de Sade.

    Departamento de Aes Programcas Estratgicas. Plano dereorganizao da ateno a hipertenso arterial sistmica e ao diabetesmellitus/Departamento de aes programcas estratgicas Brasilia:Ministrio da Sade 2001;104 pginas

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    Cartilha elaborada por equipe multidisciplinar do Ncleo da Promoo daSade/NUPS/APRES

    Chefia : Solange Lage BretasCoordenao: Denise Monteiro de Barros CaixetaEnfermeira: Maria de Ftima Fonseca de CamposMdico: Adelaide Andrade Rodrigues - Endocrinologista

    Governador do Estado de Minas GeraisAntonio Augusto Anastasia

    Vice-Governador do Estado de Minas GeraisAlberto Pinto Coelho

    Secretria de Estado de Planejamento e GestoRenata Maria Paes de Vilhena

    Presidente do IPSEMGJomara Alves da Silva

    Vice-Presidente do IPSEMGPaulo Elisirio Nunes

    Secretrio Geral:Fernando Csar Vicente de Paula

    Diretor de Sade:Leonardo Tadeu Campera Brescia