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CARTILHA DO CONSUMIDOR: Conhecendo os seus direitos” 2013 Esta cartilha aborda além dos direitos básicos consagrados no Código de Defesa do Consumidor, dicas e orientações às pessoas com deficiência. Realização:

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CARTILHA DO CONSUMIDOR:

“Conhecendo os seus direitos”

2013

Esta cartilha aborda além dos direitos básicos consagrados no Código de Defesa do Consumidor, dicas e

orientações às pessoas com deficiência.

Realização:

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”, esta

cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Prefeitura Municipal de Campinas

Departamento de Proteção ao Consumidor – PROCON Campinas

CARTILHA

CONSUMIDOR

CAMPINAS

2013

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”, esta

cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

APRESENTAÇÃO:

Um novo tempo para a inclusão

Jonas Donizette

É com informação de qualidade que a cidadania se consolida. A

participação, essencial no regime democrático, exige esclarecimento e

reflexão. Esta cartilha é o resultado do compromisso das secretarias

municipais de Assuntos Jurídicos e da Pessoa com Deficiência e

Mobilidade Reduzida em conscientizar nossa comunidade dos seus

direitos nas relações de consumo.

Esta cartilha leva a uma dimensão mais profunda a missão do poder

público de esclarecer a população. Garantir acessibilidade às pessoas

com deficiência por meio da edição em braile revela um novo tempo

para a cidadania, o tempo de aprofundarmos a tão necessária inclusão

por meio da acessibilidade e, mesmo, da autoestima, pois inclusão

representa também comunhão, assim como harmonia, no seio da

coletividade.

O falecido presidente Tancredo Neves disse certa vez que “a cidadania

não é atitude passiva, mas ação permanente em favor da

comunidade”. Esta obra é uma expressão da necessária proatividade

do poder público no sentido de tornar a inclusão a marca de um novo

tempo para nossa cidade

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Prefeitura Municipal de Campinas

Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos

Departamento de Proteção ao Consumidor – PROCON Campinas

Av. Francisco Glicério, 1307, Centro- Campinas-SP - CEP: 13012-000

Telefone: 151

Fax: (19) 2116-1007

Home page: www.procon.campinas.sp.gov.br

Prefeitura Municipal de Campinas

Prefeito: Jonas Donizette Ferreira

Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos

Secretário: Mário Orlando Galves de Carvalho

Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida

Secretária: Emmanuelle Garrido Alkmin

Departamento de Proteção ao Consumidor

Diretora: Lúcia Helena Magalhães Lopes da Silva

Coordenador de Defesa do Consumidor: Francisco José Togni

Coordenadora de Proteção aos Direitos do Consumidor: Maura

Pellegrini Grama

Edição e diagramação: Taís Regina de Morais

Revisão: Regina Rocha Pitta

Colaboração: Isabel P. Ribeiro Machado e Luiz Antonio Rodrigues

Imagens da capa extraída do Google sem restrição de uso e

compartilhamento.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

SUMÁRIO:

SOBRE A CARTILHA ........................................................................................................... 8

DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR .................................................... 8

INFORMAÇÕES PRELIMINARES ...................................................................................... 9

1. Sobre o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor .................................... 9

2. Conheça seus direitos de consumidor e defenda-se ...................................... 9

3. Conceito de pessoa com deficiência .................................................................. 10

SIGLAS................................................................................................................................. 11

O QUE É? ............................................................................................................................. 12

1. Consumidor e fornecedor ...................................................................................... 12

2. Relação de consumo ............................................................................................... 12

3. Produtos e serviços ................................................................................................. 12

3.1 Produto ................................................................................................................. 12

3.2 Serviço .................................................................................................................. 13

3.2.1 Serviço público ............................................................................................... 13

4. Vício e defeito ........................................................................................................... 13

DIREITOS PREVISTOS NO CDC.................................................................................... 14

1. Direitos básicos do consumidor .......................................................................... 14

2. O que é proibido fazer no comércio de bens e serviços? ............................ 15

2.1 Produtos impróprios para venda .................................................................. 15

3. Publicidade ................................................................................................................ 15

4. Práticas abusivas ..................................................................................................... 16

5. Cláusulas contratuais abusivas ........................................................................... 17

5.1 Contratos de adesão ........................................................................................ 18

5.2 Contratos de financiamento ........................................................................... 19

6. Práticas recorrentes ................................................................................................ 19

6.1 Orçamento ........................................................................................................... 19

6.2 Cobranças ............................................................................................................ 20

6.4 Serviços de proteção ao crédito ................................................................... 20

7. Vícios, direito de arrependimento e política de troca ................................... 20

7.1 Vícios nos produtos .......................................................................................... 20

7.2 Se o produto não for consertado dentro dos 30 dias ............................ 21

7.3 Vícios nos serviços ............................................................................................ 21

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

8. Compras pela internet ........................................................................................... 22

8.1 E se o consumidor não tiver a intenção de desistir da compra, mas

quiser a substituição do produto por apresentar vício, ou por

descumprimento de oferta?................................................................................... 22

8.2 Compras coletivas ............................................................................................. 22

9. Política de troca ....................................................................................................... 23

10. Garantia ................................................................................................................... 23

10.1 O que deve conter no termo de garantia? .............................................. 24

DIREITOS CONSAGRADOS NAS DEMAIS LEGISLAÇÕES E RESOLUÇÕES

ADMINISTRATIVAS .......................................................................................................... 25

1. Serviços de energia elétrica ................................................................................. 25

1.2 Problemas com as contas de luz .................................................................. 25

2. Serviços de telefonia fixa ...................................................................................... 25

2.1 Problemas mais comuns com as contas de telefone .............................. 26

3. Serviços de escolas particulares ......................................................................... 27

3.1 Reajustes, multas e juros ............................................................................... 27

3.2 Proteção dos alunos em caso de falta de pagamento ........................... 28

3.3 Lista de material escolar da escola particular ......................................... 28

4. Serviços de seguros ................................................................................................ 28

4.1 Contrato de seguro ........................................................................................... 28

4.2 Seguro de vida ................................................................................................... 29

4.3 Seguro de veículos ........................................................................................... 29

5. Serviços bancários .................................................................................................. 30

5.1 Recomendações na hora de assinar contratos com o banco ............... 30

5.2 Outros cuidados para sua segurança .......................................................... 31

5.3 Contrato e uso do cartão de crédito............................................................ 31

6. Serviços de saúde ................................................................................................... 32

OUTROS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ............................................. 34

1. Constituição Federal de 1988 ............................................................................. 34

2. A Lei Federal nº 7.853/89 e o Decreto Federal 3.298/99 .......................... 34

3. A Lei Federal nº 10048/2000 .............................................................................. 34

4. A Lei Federal nº 10.098/00 .................................................................................. 35

5. Educação especial ................................................................................................... 35

6. Saúde .......................................................................................................................... 35

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

7. Isenções fiscais ........................................................................................................ 36

8. Direitos civis .............................................................................................................. 36

LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS ........................................................................................... 37

1 DECRETO Nº 17.617/12 ......................................................................................... 37

2 LEI Nº 14.395/2012 ................................................................................................. 37

3 LEI N.14.352/2012 ................................................................................................... 37

4 LEI nº 14.289/2012 ................................................................................................. 37

5 LEI Nº12.965/2007 .................................................................................................. 37

6 LEI Nº 12.908/2007 ................................................................................................. 38

7. LEI Nº 9.571/1997 .................................................................................................. 38

8 LEI Nº 9.915/1998 ................................................................................................... 38

9 LEI Nº 7.751/1993 ................................................................................................... 38

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

SOBRE A CARTILHA

Esta publicação surgiu de um projeto conjunto da Secretaria

Municipal de Assuntos Jurídicos com a Secretária Municipal da Pessoa

com Deficiência e Mobilidade Reduzida em homenagem ao Dia

Mundial dos Direitos do Consumidor, comemorado em 15 de março.

A ideia central deste projeto é possibilitar ao consumidor, e este ano

também ao deficiente visual com o lançamento da cartilha em Braille

e em áudio, o acesso às informações sobre seus direitos.

Em Campinas, aproximadamente 10% da população, segundo o

censo do IBGE 2010, possui algum tipo de deficiência visual.

As orientações constantes neste trabalho se baseiam na observação

da realidade das relações de consumo, em especial da demanda do

PROCON Campinas ao longo dos anos, e buscam orientar os

consumidores sobre seus direitos e como exercê-los.

DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR

Em 1983, mais precisamente no dia 15 de março, foi comemorado

pela primeira vez o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor. A data

foi escolhida em razão do famoso discurso feito, em 15 de março de

1962, pelo então presidente dos EUA, John Kennedy, em que

salientou que todo consumidor tem direito, essencialmente, à

segurança, à informação, à escolha e de ser ouvido. A declaração

provocou debates em vários países e estudos sobre a matéria, sendo,

por isso, considerado um marco na defesa dos direitos dos

consumidores.

No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor foi instituído em 11 de

setembro de 1990, com a Lei nº 8.078, tendo entrado em vigor

apenas em 11 de março de 1991. Sua necessidade nasceu da luta do

movimento de defesa do consumidor no País, que começou com a

vigência da Lei Delegada nº 4, de 1962, e se fortaleceu em 1976,

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

com a criação do Programa Estadual de Proteção e Defesa do

Consumidor de São Paulo. (PORTAL DO CONSUMIDOR).

INFORMAÇÕES PRELIMINARES

1. Sobre o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor

De acordo com Código de Defesa do Consumidor (CDC), os governos

devem reprimir as atividades prejudiciais aos consumidores, criar

órgãos para garantir a qualidade dos produtos e fiscalizar os serviços

prestados.

O código também incentiva a criação de associações de consumidores

para auxiliar os governos na defesa dos direitos do consumidor.

No plano nacional, as Agências Nacionais Reguladoras (Anatel, Aneel,

ANS, ANA, etc.) o Inmetro e o Ipem são alguns dos órgãos que

fiscalizam o conjunto das normas de defesa do consumidor e

reprimem os abusos praticados contra ele. Em muitos Estados e

cidades existe um órgão de proteção ao consumidor. Em Campinas, a

população conta com o PROCON, que é um órgão municipal ligado à

Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos.

2. Conheça seus direitos de consumidor e defenda-se

Toda pessoa deve conhecer e exercer seus direitos de consumidor.

Entender estes direitos facilita o exercício da cidadania e a

participação ativa no controle social das relações de consumo, isto é,

na compra de produtos e na contratação de serviços.

Com informação sobre seus direitos, o consumidor tem mais

condições de exigir que eles sejam cumpridos no ato da compra de

um produto, na troca da mercadoria defeituosa, diante de

descumprimento de cláusulas de contratos. Sem informação, o

consumidor estará sempre em desvantagem.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Quando houver problemas na relação de consumo, seja na compra de

um produto ou na prestação de serviço, o consumidor deve primeiro

tentar resolver diretamente com o fornecedor (comerciante ou

fabricante). Mas não havendo uma solução por parte do fornecedor, o

consumidor deverá procurar os órgãos de defesa do consumidor para

que o órgão busque a conciliação entre as partes.

3. Conceito de pessoa com deficiência

O Decreto nº 5298/04 considera como deficiência ou com mobilidade

reduzida a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função

psicológica, fisiológica ou anatômica que gere limitação ou

incapacidade para o desempenho de atividade.

A deficiência é classificada em física, visual, auditiva e mental.

A deficiência física é alteração completa ou parcial de um ou mais

segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da

função física;

A deficiência auditiva é perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e

um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma;

A deficiência visual - cegueira é a perda da visão igual ou menor que

0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão,

que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a

melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do

campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a

ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores;

E a deficiência mental é o funcionamento intelectual

significativamente inferior à média, com manifestação antes dos

dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de

habilidades adaptativas, tais como comunicação, cuidado pessoal,

habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade, saúde e

segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho;

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

CONCEITO DE ACESSIBILIDADE:

ACESSIBILIDADE é definida como “a condição para utilização com

segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços mobiliários e

equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e

dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação por

uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida” (ABNT –

NBR9050).

SIGLAS

CDC – Código de Defesa do

Consumidor

PROCON – Departamento de

Proteção ao Consumidor

INMETRO - Instituto Nacional

de Metrologia, Normalização e

Qualidade Industrial

IPEM – Instituto de Pesos e

Medidas

ANATEL – Agência Nacional de

Telecomunicações

ANEEL – Agência Nacional de

Energia Elétrica

ANA – Agência Nacional das

Águas

ANP – Agência Nacional de

Petróleo

ANAC – Agência Nacional da

Aviação Civil

ANS – Agência Nacional de

Saúde Suplementar

ANTT - Agência Nacional de

Transportes Terrestres

ANCINE – Agência Nacional de

Cinema

ANVISA – Agência Nacional de

Vigilância Sanitária

ANTAQ – Agência Nacional de

Transporte Aquaviário

O QUE É?

1. Consumidor e fornecedor

O consumidor é a pessoa física (indivíduo) ou na pessoa jurídica

(empresa) que adquire produto ou serviço como destinatário final.

Isso quer dizer que não tem a intenção de comercializar o produto ou

serviço adquirido.

Por sua vez, o fornecedor é quem (pessoa física ou jurídica)

desenvolve atividade de produção, montagem, criação, construção,

transformação, importação, exportação, distribuição ou

comercialização de produtos e prestação de serviços.

2. Relação de consumo

Por relação de consumo, entende-se toda relação jurídico-

obrigacional que vincula um consumidor a um fornecedor, tendo

como objeto a prestação de um serviço ou a aquisição de um

produto.

Não é relação de consumo: relações condominiais; sindicais;

tributárias (pagamento de imposto); trabalhistas; previdenciárias;

compra e venda de imóveis entre particulares e locação de imóveis

entre particulares (locador e locatário).

3. Produtos e serviços

3.1 Produto é toda mercadoria comercializada e pode ser

classificado em:

Produto durável: aquele que é utilizado por um longo período de

tempo, como, por exemplo, um eletrodoméstico, um veículo e etc.

Produto não durável: é aquele que se extingue com o uso ou é

utilizado em um curto período de tempo, como por exemplo, os

produtos de limpeza, os alimentos, entre outros.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

3.2 Serviço é o conjunto de atividades realizadas por uma pessoa

física ou jurídica para responder às expectativas e necessidades do

cliente consumidor. É classificado em durável e não durável:

Serviço durável: é aquele cuja durabilidade é maior, não

desaparece com o uso como, por exemplo, uma construção, a pintura

de um imóvel, a colocação de uma prótese dentária, a instalação de

um portão eletrônico etc.

Serviço não durável: é aquele de durabilidade menor como um

serviço de limpeza residencial, a lavagem de peças de roupas, entre

outros.

Na modalidade serviços há ainda que se falar em serviço público.

3.2.1 Serviço público: é aquele prestado pela administração pública

diretamente ou, por concessionárias ou permissionárias, como por

exemplo, energia elétrica, água, transporte coletivo, educação etc.

4. Vício e defeito

Vício: ocorre quando o produto ou serviço não cumpre a finalidade

esperada, causando a perda de utilidade e/ou valor e dano ao

patrimônio do consumidor. Por exemplo: a geladeira que não gela.

Defeito: ocorre quando o produto ou serviço não oferece a

segurança dele esperada, causando dano à vida, saúde ou segurança

do consumidor. Por exemplo: a negativação indevida do nome do

consumidor nos órgãos de proteção ao crédito por uma dívida não

contraída.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

DIREITOS PREVISTOS NO CDC

1. Direitos básicos do consumidor

Proteção à vida e à saúde:

Todo consumidor tem direito a ser avisado, pelo fornecedor,

dos riscos que um produto ou serviço possa oferecer à sua

vida, ou à sua saúde.

Educação para o consumo:

Todo consumidor tem direito a receber orientação sobre o

consumo adequado e correto de produtos e serviços.

Liberdade de escolha dos produtos e serviços:

Todo consumidor tem o direito de escolher o produto ou serviço

que melhor lhe aprouver.

Informação:

Todo consumidor tem direito a receber informação adequada e

clara sobre preços, condições de pagamento, características,

composição, qualidade e riscos sobre os produtos e serviços

que adquirir.

Proteção contra publicidade enganosa e abusiva:

O consumidor tem direito a uma publicidade confiável [a

propaganda de produto ou serviço anunciado em meio de

comunicação (televisão, jornal, revista, folheto, etc.)] e a não

ser enganado por práticas abusivas cometidas no mercado de

consumo.

Proteção contratual:

O consumidor tem direito a revisão contratual, ou seja, pode

anular ou modificar um contrato assinado quando sofrer muitos

prejuízos ou ficar em desvantagem exagerada no negócio.

Indenização:

Quando for prejudicado, o consumidor tem direito de ser

indenizado pelo fornecedor, inclusive por danos morais.

Acesso à Justiça:

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

O consumidor prejudicado pode recorrer ao Poder Judiciário,

bem como, aos órgãos administrativos (como PROCON) na

busca de seus direitos.

Facilitação da defesa dos direitos:

O CDC facilitou a defesa dos direitos do consumidor,

permitindo, inclusive, a inversão do ônus da prova no processo

judicial.

Qualidade dos serviços públicos:

Todo consumidor tem direito a serviços públicos de qualidade.

12. O que é proibido fazer no comércio de bens e serviços?

O fornecedor não pode colocar à venda produtos impróprios para o

consumo, nem adotar práticas que prejudiquem os consumidores.

2.1 Produtos impróprios para venda

São impróprios para consumo e não podem ser colocados à venda

produtos:

Com prazo de validade vencido;

Danificados, alterados, falsificados;

Perigosos, nocivos à vida ou à saúde e aqueles que desrespeitam as

normas de fabricação, distribuição ou apresentação;

Sem peças para reposições disponíveis para venda;

Inadequados para o fim a que se destina.

3. Publicidade

O anúncio sobre um produto ou serviço deve ser divulgado de forma

que o consumidor identifique imediatamente que se trata de uma

propaganda. A lei proíbe a publicidade abusiva ou enganosa que

conota ou apresenta informações falsas ou insuficientes, capazes de

1 Desenho extraído do site gartic.uol.com.br

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

levar o consumidor ao erro. Deste modo, é abusiva a publicidade

discriminatória de qualquer natureza, ou que incite à violência,

explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de

julgamento ou inexperiência da criança, desrespeite valores

ambientais ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar

de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

4. Práticas abusivas

É proibido pelo Código de Defesa do Consumidor:

Condicionar a venda de produto ou serviço à compra de outro

produto ou serviço (venda casada);

Negar a venda ao consumidor de produtos em estoque ou

limitar a quantidade dos produtos/serviços;

Enviar produto ou fornecer serviço não solicitado pelo

consumidor;

Aproveitar-se da fraqueza ou desconhecimento do consumidor

em razão de idade, saúde, condição social para impor a compra

de um produto ou contratação de um serviço;

Exigir do consumidor vantagem excessiva. Para definir se a

vantagem foi excessiva, cada caso é analisado individualmente;

Executar serviço sem prévio orçamento e sem autorização

expressa do consumidor;

Repassar informações sobre o consumidor sem sua expressa

autorização;

Colocar à venda produto ou serviço que desrespeite as normas

dos órgãos credenciados, como a Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT) ou Conselho Nacional de Metrologia e

Qualidade Industrial (Conmetro);

Deixar de comercializar bens ou prestar serviço a quem se

dispõe a pagar à vista;

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Aumentar o preço de produtos ou serviços depois de contratado

ou usar índice de reajuste diferente do que é definido em lei ou

em contrato;

Deixar de estipular prazo para o cumprimento da obrigação;

Elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços;

Aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do

contratualmente estabelecido ou fixado pela lei.

5. Cláusulas contratuais abusivas

Todo contrato deve ser escrito de forma clara e legível para que o

consumidor entenda o que está assinando.

São proibidas as seguintes situações impostas em contrato:

Isentar o fornecedor de assumir possíveis prejuízos que

consumidor venha a sofrer ou diminuir sua responsabilidade

pelo dano. Por exemplo, um supermercado que oferece

estacionamento para seus clientes não pode querer se esquivar

da responsabilidade de indenizar o proprietário do veículo em

relação a danos ocasionados no mesmo.

Retirar do consumidor a opção do reembolso de quantia já

paga;

Transferir responsabilidade para terceiros. Exemplo: atribuir

aos herdeiros em contrato de compra e venda a obrigação de

continuar com os pagamentos, caso o consumidor venha a

falecer.

Atribuir ao consumidor obrigações iníquas (injustas) e abusivas.

Exemplo: tirar do consumidor o direito à devolução do valor

pago nos casos de arrependimento de compra feita à distância,

má prestação de serviço, descumprimento de oferta anunciada

e outras situações.

Inverter o ônus da prova em prejuízo do consumidor;

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Impor representante para concluir ou realizar outro negócio

jurídico pelo consumidor;

Deixar ao fornecedor a opção de concluir ou não com o

contrato, sem igual direito ao consumidor;

Permitir ao fornecedor a variação unilateral do preço do produto

ou serviço adquirido;

Rescindir unilateralmente o contrato, sem que igual direito seja

conferido ao consumidor;

Obrigar o consumidor a ressarcir cobranças e obrigações do

fornecedor. Exemplo: Fornecedor que inclui no carnê de

financiamento o valor da tarifa de emissão por lâmina de

boleto.

Autorizar o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo

ou a qualidade do contrato, após a assinatura;

Infringir ou possibilitar a violação de normas ambientais;

Declarar a renúncia de indenização por benfeitorias necessárias

(ato de conservar ou impedir a deterioração do bem). Por

exemplo: a pintura de um imóvel.

5.1 Contratos de adesão

Os contratos de adesão são aqueles cujas cláusulas o consumidor não

consegue negociar, pois foram estabelecidas pelo fornecedor.

Devem ser redigidos em termos claros, legíveis, com caracteres

ostensivos (por exemplo, em negrito) e com fonte não inferior ao

tamanho 12 (doze).

Atenção: as cláusulas que impuserem limitação de direitos deverão

ser redigidas com destaque e de forma a facilitar a compreensão do

consumidor.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

5.2 Contratos de financiamento

No fornecimento de produto ou serviço que envolva financiamento o

fornecedor deverá informar:

preço do produto em moeda corrente;

Total de juros e sua taxa anual;

outros acréscimos permitidos por lei

número e data das prestações e

valor final, com e sem financiamento.

Multa moratória: As multas por atraso no pagamento (mora) não

podem ser maiores que 2% do valor da prestação.

Desconto Proporcional: O consumidor que quitar suas

obrigações/compromissos antes do vencimento tem direito ao

desconto proporcional de juros.

6. Práticas recorrentes

6.1 Orçamento

Antes de executar um serviço, o fornecedor deve entregar ao

consumidor um orçamento descrevendo o serviço, os custos dos

materiais e equipamentos, as condições de pagamento e as datas de

início e fim do serviço.

O orçamento tem validade de dez dias, se outro prazo não for

estipulado.

A informação integra o contrato. Isso quer dizer que tudo o que for

informado vincula o fornecedor ao fiel cumprimento.

Depois de aprovado, o valor ajustado deve ser respeitado e qualquer

mudança que eventualmente ocorra deve ser comunicada ao

consumidor.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

6.2 Cobranças

O devedor não pode ser exposto a qualquer situação vexatória na

cobrança de dívidas. Isto quer dizer que o fornecedor não pode

ofendê-lo ou ameaçá-lo perante seus amigos, ambiente de trabalho e

familiares, seja pessoalmente; por meio de terceiros e/ou por

telefone.

O consumidor cobrado em quantia indevida, e tendo efetuado o

pagamento, terá direito a receber duas vezes o valor pago a mais,

além dos juros e correção monetária.

Atenção: O nome do consumidor não pode permanecer negativado

por um período superior a 5 (cinco) anos.

6.4 Serviços de proteção ao crédito

O consumidor tem direito a conhecer as informações que constam em

sua ficha cadastral nos órgãos de proteção ao crédito (SCPC, Serasa,

Associação de Lojistas etc). Havendo erro, o consumidor pode exigir a

correção, que deve ser realizada em até cinco dias úteis.

7. Vícios, direito de arrependimento e política de troca

Lembrando apenas que o defeito é a situação ou fato que ocorre

quando o produto ou serviço não oferece a segurança dele esperada,

causando dano à vida, saúde ou segurança do consumidor.

E vício é a situação ou o fato que quando o produto ou serviço não

cumpre a finalidade esperada, causando a perda de utilidade e/ou

valor e dano ao patrimônio do consumidor.

7.1 Vícios nos produtos

O consumidor que constatar algum problema nos produtos

adquiridos, deve:

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

1- Verificar na nota fiscal do produto se o estabelecimento comercial

oferece a troca diretamente na loja. Alguns magazines costumam dar

o prazo de 72 horas para trocas diretas;

2- - Caso a loja não permita a troca, ou já tenha decorrido o prazo

oferecido, o consumidor deve procurar a assistência técnica do

fabricante. Neste caso, a troca ou devolução de valores não será

imediata, pois o artigo 18 do CDC estabelece que, sendo constatado

um vício em produtos dentro da garantia, o fornecedor tem 30

(trinta) dias para realizar o conserto.

7.2 Se o produto não for consertado dentro dos 30 dias, o

consumidor pode exigir a substituição do produto por outro, ou a

restituição do valor pago, monetariamente atualizado, ou ainda, o

abatimento proporcional do preço.

Se o problema apresentado envolver a quantidade do produto (art.

19 do CDC), o consumidor também pode exigir, alternativamente e à

sua escolha:

Que ela seja completada até a quantidade indicada na embalagem ou

rótulo;

A troca do produto;

O abatimento no preço;

A devolução do valor pago, monetariamente atualizado.

7.3 Vícios nos serviços

Quando há problemas na prestação dos serviços, o consumidor pode

exigir (art. 20 do CDC), alternativamente e à sua escolha:

Que o serviço seja refeito, sem cobrança adicional;

O abatimento proporcional no preço do serviço;

A devolução do valor pago em dinheiro, atualizado;

O prestador de serviços deve usar componentes originais, adequados

e novos nos consertos e reparações, mantendo sempre as

especificações técnicas do fabricante.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

28. Compras pela internet

Nos casos de compras pela internet, o consumidor pode fazer uso do

direito de arrependimento, ou seja, desistir da compra, dentro de 7

(sete) dias, contados da entrega do produto ou assinatura do

contrato.

Para fazê-lo, o consumidor não precisa justificar a desistência, basta

contatar a empresa e solicitar o cancelamento.

Atenção: o fornecedor deverá fazer a devolução imediata do valor

total pago pelo produto, inclusive, com o frete.

8.1 E se o consumidor não tiver a intenção de desistir da

compra, mas quiser a substituição do produto por apresentar

vício, ou por descumprimento de oferta?

Neste caso ele pode verificar junto à empresa qual é a política de

troca do produto, atentando-se, sempre, para que o prazo de troca

seja oferecido por escrito.

8.2 Compras coletivas

É importante o consumidor tomar alguns cuidados com sites de

leilões ou oferta de produtos com preços muito atrativos, inclusive

abaixo do mercado.

É aconselhável que se realize transações somente em sites de

instituições confiáveis e que disponibilizem dados para contatar o

site.

2 Imagem extraída do site: http://galeria.colorir.com

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Pesquisar junto ao PROCON local se o site possui reclamações

registradas contra ele. É importante ler as condições para efetivação

do negócio, pois, normalmente, esses sites vinculam a concretização

da venda a uma determinada quantidade de produtos ou serviços

comercializados para que a negociação seja finalizada.

Atenção: É direito do consumidor ser informado previamente de

todas as questões que se relacionem com o produto ou serviço a ser

adquirido (art. 6º inciso III, do Código de Defesa do Consumidor

(CDC). Portanto o ideal é que o consumidor se previna da seguinte

forma:

- Imprimindo todas as publicidades e cupons; e

- Pedindo, sempre que possível, por escrito as informações prestadas

na venda e anotar os números de protocolos.

9. Política de troca

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor o estabelecimento

comercial não está obrigado a trocar produtos se não ofertar tal

possibilidade, exceto no caso de vícios não sanados no prazo de 30

(trinta) dias. Contudo, se o estabelecimento ofertar a possibilidade de

troca do produto, DEVE CUMPRIR A OFERTA, como também, tem o

dever de informar ao consumidor, no ato da venda, sobre as

condições de troca.

IMPORTANTE: O consumidor deve pedir por escrito na nota fiscal,

recibo ou encarte, o prazo e as condições de troca.

10. Garantia

O Código de Defesa do Consumidor estabelece dois tipos de garantia.

São elas:

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

a) Garantia legal: produtos duráveis tem 90 dias de garantia e

produtos não duráveis tem 30 dias (art. 26 incisos I e II do CDC).

b) Garantia contratual: aquela estipulada em contrato. Tal garantia

pode abarcar ou não a legal, por isso, é importante ler o termo para

compreender (art. 50 do CDC).

Exemplo: Se o termo de garantia disser “Garantia de 12 meses,

incluindo a legal”, entende-se: 90 dias + o restante do prazo para

completar os 12 meses.

Se o termo apenas disser “12 meses”, entende-se: 12 meses + 90

dias.

Atenção: 90 dias não são três meses.

Antes de fazer uso de seus direitos do CDC, especialmente quanto a

reparação dos produtos, é importante observar se o produto está na

garantia.

10.1 O que deve conter no termo de garantia?

O termo deve conter o que está garantido (produto ou serviços); qual

o prazo; o lugar em que deve ser exigido o cumprimento da garantia

(reparo); deve ser acompanhado de manual de instruções ilustrado e

em língua portuguesa e conter termos de fácil compreensão, para

facilitar o entendimento do consumidor.

Deixar de entregar o termo de garantia devidamente preenchido é

crime contra as relações de consumo (art. 74 do CDC).

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

3 DIREITOS CONSAGRADOS NAS DEMAIS LEGISLAÇÕES E

RESOLUÇÕES ADMINISTRATIVAS

1. Serviços de energia elétrica

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, o consumidor de

energia elétrica tem direito de receber serviços adequados, eficientes,

seguros e contínuos. Só pode existir interrupção por motivo fortuito

(apagões determinados e avisados pelo governo, acidente que

derruba um gerador de energia etc) ou de força maior (tempestade,

raios etc).

1.2 Problemas com as contas de luz

O consumidor paga seu consumo de energia elétrica por meio de uma

nota fiscal de consumo. Nessa conta de luz devem constar

quantidade de energia consumida (kilowatts por hora – KW/h) e o

valor a ser pago.

A medição do consumo deve ser feita regularmente e o valor dessa

medição é cobrado na conta de luz. Quando essa medição não for

possível, o cálculo do pagamento é feito pela média da conta de luz

dos três últimos meses.

O consumidor tem direito de escolher a data de pagamento da sua

conta dentre seis opções oferecidas na primeira conta de luz. A

qualquer momento, o consumidor pode trocar a data.

Só a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pode autorizar

aumento na tarifa de energia elétrica.

2. Serviços de telefonia fixa

Os serviços de telefonia usados pelo consumidor devem ser

detalhados na fatura.

3 Imagem extraída do site pixabay.com

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

A prestadora pode oferecer outros serviços, como transferência de

ligação, identificação de chamada e chamada em espera, mas esses

serviços só podem ser cobrados se o consumidor os tiver solicitado

expressa e previamente.

As ligações locais e as de Longa Distância Nacional (DDD) devem ser

cobradas em até 90 dias. As de Longa Distância Internacional (DDI),

no prazo máximo de 150 dias. Depois desses prazos, a cobrança

ainda é permitida, desde que respeite o Código Civil. Nesses casos,

prestadora e consumidor devem negociar o valor e a forma de

pagamento.

2.1 Problemas mais comuns com as contas de telefone

O consumidor tem o direito de questionar e de não pagar pelas

ligações que não efetuou. A prestadora só pode exigir o pagamento

dos valores questionados pelo consumidor se comprovar que efetuou

o serviço. A obrigação de provar é da operadora de telefonia.

Se ocorrer alguma cobrança indevida, o consumidor tem direito à

restituição da quantia paga em excesso (em dobro e com atualização

monetária).

A suspensão do serviço só pode ocorrer em caso de falta de

pagamento, desde que a prestadora avise o consumidor com

antecedência. A suspensão acontece por etapas:

Suspensão parcial: o consumidor só recebe ligações e não pode

realizá-las. A fornecedora pode suspender o serviço depois de 30 dias

sem pagamento, contados a partir do vencimento da conta. Ela deve

avisar o consumidor dessa possibilidade com antecedência.

Suspensão total: o consumidor não pode receber e nem fazer

ligações. Depois de 60 dias sem pagar, o consumidor fica sujeito à

suspensão total. Também nesse caso, a prestadora deve avisá-lo com

antecedência.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Cancelamento do contrato: o consumidor perde o número da linha

e o direito de uso. Depois de 90 dias sem pagamento, a prestadora

pode encerrar (rescindir) o contrato.

O consumidor inadimplente pode pagar a dívida a qualquer momento

se o contrato não estiver cancelado. Assim que o consumidor provar

que pagou, a prestadora deve retirar o nome dele do cadastro de

devedores e restabelecer o serviço em 24 horas.

3. Serviços de escolas particulares

4 A lei protege o consumidor de serviços escolares, regulando a

cobrança (mensalidades, semestralidades e anuidades) e garantindo

seus direitos em caso de inadimplência.

5A escola (fornecedor) deve apresentar o valor da mensalidade para o

semestre ou para o ano letivo no ato da matrícula do aluno e na

renovação do contrato. O valor total do pagamento deve ser dividido

em seis parcelas (caso de curso semestral) ou doze parcelas (caso de

curso anual). A escola pode, ainda, apresentar ao consumidor planos

alternativos para pagamento, desde que não exceda o valor total

anual ou semestral.

3.1 Reajustes, multas e juros

O valor da mensalidade pode ser reajustado em função do aumento

de gastos da escola como, por exemplo, novas contratações,

impostos, melhora nos recursos e qualidade de ensino, reajuste nos

salários de professores etc. Esses gastos deverão ser apresentados

aos pais, em formato de planilha de custos (previsão de gastos), e a

escola deve divulgar essa planilha, com antecedência de 45 dias à

data final para matrícula.

4 Imagem extraída do site gartic.uol.com.br

5 Imagem extraída do Google sem restrição de uso e compartilhamento.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Em caso de falta ou atraso no pagamento das mensalidades, a multa

moratória deve ser de 2%, independentemente do tempo do atraso e

do valor da prestação.

3.2 Proteção dos alunos em caso de falta de pagamento

O aluno que deixar de pagar as mensalidades não poderá sofrer

nenhuma penalidade pedagógica durante o ano ou semestre letivo.

É proibido impedir alunos de fazer provas de avaliação ou reter

documentos, como boletins de notas e histórico escolar, por falta de

pagamento. A escola também é obrigada a fornecer, em qualquer

momento, os documentos para transferência do aluno,

independentemente do pagamento das mensalidades.

3.3 Lista de material escolar da escola particular

As instituições de ensino podem solicitar em sua listagem apenas

materiais utilizados para as atividades pedagógicas diárias do aluno,

em quantidade coerente, sem restrição de local para compra e sem

especificação de marca.

A escola não pode pedir, por exemplo, pó de café, papel higiênico,

material de limpeza etc.

4. Serviços de seguros

4.1 Contrato de seguro

O contrato de seguro é aquele em que o fornecedor (seguradora) se

obriga a indenizar o consumidor (segurado) pelos prejuízos causados

aos bens ou à vida do segurado. O contrato deve especificar quais

riscos (acidente, catástrofe, roubo de bens e outros) são assumidos

pela seguradora. Esses prejuízos devem ser compensados por um

pagamento chamado indenização.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

No certificado do contrato (apólice) devem constar os riscos

assumidos, o valor do objeto protegido e o valor pago pelo

consumidor (prêmio).

4.2 Seguro de vida

No caso de seguro de vida, o fornecedor não pode se recusar a pagar

a indenização, declarando que o consumidor tinha doença grave

antes de assinar o contrato. Esse argumento só é válido se o

fornecedor provar que o consumidor já sabia da existência da doença.

O fornecedor que não exige exames médicos antes da assinatura do

contrato não pode se negar a pagar o prêmio.

4.3 Seguro de veículos

O consumidor tem direito de escolher, entre dois tipos de

indenizações, o que deseja receber: Valor Determinado ou Valor de

Mercado Referenciado.

A fornecedora deve oferecer, obrigatoriamente, o valor do pagamento

da indenização.

Alguns fornecedores oferecem a opção de pagar, em caso de perda

total, o valor do mercado do veículo somado a um fator de ajuste. O

valor de mercado é determinado por uma tabela de referência de

preços, fixada no contrato do seguro. O fator de reajuste é um

percentual definido em função das características e do estado de

conservação do veículo.

No contrato do seguro deve constar a tabela de cotação de preços no

mercado e o fator de ajuste.

Se um veículo zero quilômetro sofre perda total em até 90 (noventa)

dias após o inicio da cobertura, a seguradora deve pagar o valor de

um carro novo.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

5. Serviços bancários

67O banco deve fornecer gratuitamente o cartão magnético (débito)

para movimentação de conta ou um talão de cheques com, no

mínimo, dez folhas por mês. O contrato deve detalhar a cobrança de

qualquer serviço.

O banco é obrigado a informar o reajuste das tarifas ou novas taxas

com 30 dias de antecedência.

O consumidor não pode ser obrigado a usar os serviços do banco em

caixas eletrônicos dentro ou fora da agência. Isso é uma opção do

consumidor.

8 5.1 Recomendações na hora de assinar contratos com o

banco

O consumidor deve ler atentamente o contrato antes de assiná-lo,

lembrando sempre de inutilizar os espaços em branco.

O consumidor deve verificar quais são os encargos (juros e multa)

cobrados em caso de atraso de pagamento de empréstimos,

financiamento etc.

Se o consumidor quiser encerrar a conta corrente, deve comunicar

sua decisão ao banco por escrito e em duas vias. O banco deve

protocolar (confirmar que recebeu) as vias do documento. Uma fica

com o banco e o consumidor deve guardar a outra.

O contrato deve ser escrito de forma clara e legível. As dúvidas nas

cláusulas contratuais serão interpretadas a favor do consumidor.

8 Imagem extraída do site gartic.uol.com.br

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

5.2 Outros cuidados para sua segurança

Apenas os funcionários do banco, com identificação visível, têm

autorização para ajudar o consumidor nos caixas eletrônicos. O

consumidor não deve aceitar ajuda de estranhos.

Quando usar serviços bancários pela internet, o consumidor não deve

baixar arquivos desconhecidos, acessar páginas enviadas por e-mail

e, muito menos, responder qualquer mensagem que peça

confirmação de senha bancária.

5.3 Contrato e uso do cartão de crédito

O cartão de crédito é um documento em forma de cartão magnético,

emitido por uma instituição administradora (fornecedor) em nome de

um individuo (consumidor). Ele é usado para pagamento posterior de

compras de produtos e serviços. Como o cartão de crédito é uma

forma de pagamento muito utilizada no comércio, o consumidor

precisa ficar atento às condições de contrato e USO do cartão.

O consumidor tem direito de pagar, com o cartão de crédito, o preço

à vista de produtos e serviços. Isso vale para descontos e promoções.

5.3.1 Recomendações para a assinatura do contrato

Antes de assinar o contrato com uma administradora de cartão de

crédito, o consumidor deve procurar o PROCON para verificar se não

há reclamações contra a administradora.

A administradora não é obrigada a aceitar o consumidor como titular

de um cartão de crédito, pois cada uma tem sua própria política de

crédito. Contudo, pelo Código de Defesa do Consumidor, ela deve

justificar a recusa.

O consumidor deve ler atentamente a proposta da administradora. Na

proposta deve constar o preço da anuidade (o valor varia de cartão

para cartão) e a data do vencimento da conta. Antes de assinar, o

consumidor deve inutilizar todos os espaços em branco do contrato.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

5.3.2 Cuidados no uso do cartão

O consumidor não deve informar sua senha pessoal para terceiros ou

anotá-la em locais de fácil identificação ou acesso.

Ao utilizar o cartão, não deve digitar sua senha sem antes conferir o

valor e periodicidade (parcelas) lançados na transação. Ainda, deverá

retirar o cartão da máquina ou receber de volta o cartão, conferindo o

ticket impresso.

Em caso de perda, furto ou roubo do cartão de crédito, o consumidor

deve pedir o bloqueio do cartão à administradora o mais depressa

possível. Ao solicitar o bloqueio deve anotar o número do protocolo,

data, horário e nome do atendente. Também deve registrar Boletim

de Ocorrência (BO) e se possível, protocolar uma via nos órgãos de

proteção ao crédito (SCPC,SERASA, etc) e na agência bancária onde

possui conta.

O seguro de perda, furto ou roubo tem como objetivo cobrir valor

de saques ou compras feitas por terceiros. Ele é opcional, o

consumidor é quem decide se aceita ou não o seguro. Se aceitar, o

consumidor deve exigir o contrato e a apólice do seguro. A

administradora deve informar que riscos o seguro cobre.

6. Serviços de saúde

Recomenda-se pesquisar preços e condições antes de contratar

qualquer plano de saúde, observar as segmentações (se ambulatorial,

hospitalar com e sem obstetrícia, odontológico e plano referência), o

tipo de acomodação e a área geográfica de cobertura do plano.

Na contratação, é importante que a operadora forneça uma cópia do

contrato contendo todas as condições de utilização, como preço da

mensalidade, as formas de reajuste e o tipo de atendimento a que

tem direito.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

Nos planos coletivos a entrega do contrato não é obrigatória, mas o

consumidor interessado pode requerer uma via.

A carteirinha do plano de saúde deve conter o nome do usuário, da

prestadora, número de registro da empresa na ANS e o nome e/ou

número do plano de saúde contratado.

Planos de saúde contratados antes de 1999 poderão ou não estar

adaptados às novas coberturas. A adaptação depende de solicitação

do consumidor e incorre em custos.

Planos novos e adaptados estão sujeitos ao cumprimento do rol de

procedimentos obrigatórios da ANS.

O reajuste do plano de saúde depende do tipo de contratação:

coletivo ou individual, da data de aniversário do contrato e faixa

etária do consumidor.

Os planos coletivos têm livre pactuação de reajuste e os individuais

estão sujeitos à variação anual.

Ambos estão sujeitos ao aumento por mudança de faixa etária, que

deve cessar quando o consumidor completar 60 anos.

As operadoras de plano de saúde devem obedecer os seguintes

prazos para consultas/exames:

Consulta básica: pediatria, clinica médica, cirurgia geral,

ginecologia e obstetrícia – em até07 dias úteis;

Consulta nas demais especialidades: em até 14 dias úteis;

Exames: em até 3 dias úteis;

Internação: em até 21 dias úteis;

Urgência/Emergência: atendimento imediato.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

OUTROS DIREITOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

1. Constituição Federal de 1988 9

A Constituição Federal adotou o princípio da igualdade de direitos,

predizendo a igualdade de aptidão para todos os cidadãos. Em

resumo, significa que todos têm o direito de tratamento idêntico pela

lei, sendo vedado qualquer tipo de discriminação.

Constituição Federal:

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem

distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos

brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

igualdade, à segurança e à propriedade, nos

termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e

obrigações, nos termos desta Constituição;

2. A Lei Federal nº 7.853/89 e o Decreto Federal 3.298/99

A Lei nº 7.853/89 e o Decreto nº 3.298/99 estabelecem normas

gerais que asseguram o exercício dos direitos dos portadores de

deficiência e sua integração social.

Instituem, ainda, a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou

difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público,

define crimes e dispõe sobre a Coordenadoria Nacional para

Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.

3. A Lei Federal nº 10048/2000

9 Fonte para construção deste tópico: Guia Legal do deficiente visual. Disponível em

www.camara.gov.br. Acesso janeiro de 2013.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

A lei nº 10.048/00 garante às pessoas com deficiência ou mobilidade

reduzida, os idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos,

as gestantes, as lactantes e as pessoas acompanhadas por crianças

de colo atendimento prioritário, inclusive em instituições financeiras.

4. A Lei Federal nº 10.098/00

A lei 10.098/00 estabelece normas gerais e critérios básicos para a

promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com

mobilidade reduzida.

5. Educação especial

É a modalidade de educação escolar voltada às pessoas com

deficiência.

A Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –

LDB) determina no artigo 58 que a educação especial seja oferecida

nas classes de ensino regular, com apoio especializado.

Somente na impossibilidade de integração é que o atendimento

educacional será realizado em classes, escolas ou serviços

especializados.

6. Saúde

A Lei Federal nº 7.853/89 determina a criação de uma rede de

serviços especializados em reabilitação e habilitação, a garantia de

acesso e tratamento das pessoas com deficiência aos

estabelecimentos de saúde públicos e privados e o desenvolvimento

de programas de saúde que promovam a integração social.

A pessoa com deficiência não pode ser impedida de participar de

planos privados de assistência à saúde.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

7. Isenções fiscais

A pessoa com deficiência goza da isenção do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI) na aquisição de veículo novo, e o deficiência

visual na compra de lentes para óculos e artigos de prótese ocular.

8. Direitos civis

O artigo 1º da Lei 10.406/2002, dispõe que “Toda pessoa é capaz de

direitos e deveres na ordem civil”. Desta premissa, entende-se que os

deficientes, desde que maiores de dezoito anos e em pleno gozo da

capacidade de discernimento e de expressão de sua vontade são

capazes de realizar os atos da vida civil por si só, sem a necessidade

de um curador ou tutor.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS

1 DECRETO Nº 17.617/12 - Dispõe sobre reserva de espaço nos

teatros, cinemas, salas de projeção e espetáculos existentes no

município de campinas para frequentadores que utilizam cadeiras de

rodas.

2 LEI Nº 14.395/2012 - Dispõe sobre a obrigatoriedade da

identificação em Braille dos banheiros destinados ao público em geral.

Os estabelecimentos comerciais que disponibilizam o uso de seus

banheiros ao público deverão os identificá-los com a inscrição

"MASCULINO" e "FEMININO" no sistema Braille.

3 LEI N.14.352/2012 - Dispõe sobre a adequação das agências

bancárias para atendimento a deficientes visuais.

As agências e os postos bancários estabelecidos no Município de

Campinas, Estado de São Paulo, ficam obrigados a emitir todos os

documentos em braile e a instalar equipamentos de informática

adequados ao atendimento dos portadores de deficiência visual.

4 LEI nº 14.289/2012 - Dispõe sobre a obrigatoriedade das

agências bancárias e demais estabelecimentos financeiros a

disponibilizar caixa no piso térreo para atendimento aos idosos, às

pessoas com deficiência e mobilidade reduzida e às gestantes, e dá

outras providências.

5 LEI Nº12.965/2007 - Obriga os supermercados e hipermercados

de grande porte existentes no município de Campinas a manterem à

disposição de seus clientes e usuários com deficiência física, cadeiras

e rodas motorizadas dotadas de cesto acondicionador de compras.

Embora as legislações que tratem do tema deficiência utilizem a expressão “portador de deficiência”,

esta cartilha adotou o termo pessoa com deficiência por ser o mais usual e correto.

6 LEI Nº 12.908/2007- Dispõe sobre a obrigatoriedade dos

supermercados, hipermercados e estabelecimentos comerciais

similares, manter caixas especiais para atendimento diferenciado.

7. LEI Nº 9.571/1997 - Obriga os restaurantes, churrascarias,

lanchonetes e similares a ter à disposição de seus clientes e usuários

portadores de deficiência visual, cardápios e relações de preços de

seus serviços impressos em sistema de leitura Braille.

8 LEI Nº 9.915/1998 obriga os supermercados, hipermercados e

shopping centers a reservar vagas em seus estacionamentos para

pessoas com deficiência física.

9 LEI Nº 7.751/1993 - Dispõe sobre o atendimento preferencial de

gestante, mães com crianças de colo, idosos e deficientes em

estabelecimentos comerciais de serviço.

Todos os estabelecimentos comerciais, de serviço e similares no

Município de Campinas deverão oferecer atendimento preferencial e

prioritário às gestantes, mães com crianças de colo, idosos e pessoas

com deficiência.