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E LE T R I C I D A D E E S T Á T I CA

INTRODUÇÃO

 A eletricidade estática é, sem dúvida, o primeiro fenômeno elétrico conhecido pelo homem.

CARGAS ESTÁTICAS: são cargas elétricas em repouso, geradas a partir do movimento desólidos e líquidos em relação aos materiais com os quais estão em contato. Este fenômeno chama-se triboeletrificação.

A figura acima mostra que Contato + Pressão + Separação contribuem para a formação decargas elétricas positivamente carregadas e negativamente carregadas, gerando a partir daí atriboeletrificação.

A palavra ‘Estática’ é derivada do Grego e significa “esperando para ser movimentada oudescarregada”. Como o próprio nome diz, o termo se refere ao fenômeno físico associado a cargaselétricas em repouso.

Eletricidade em repouso com uma voltagem típica entre 3.000 e 100.000 Volts, mas comcorrentes muito baixas, na faixa de micro ampère (µA).

Quem nunca sentiu aquela desagradável sensação de levar um choque ao colocar a mão naporta na hora de descer do carro ou colocar a mão em uma maçaneta ao abrir portas?

E L E T R I C I D A D E E S T Á T I C A

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As causas

Essas incômodas descargas são provocadas pelaeletricidade estática, um fenômeno físico quevocê não vê, mas sente. Ela contribui para uma

perda de produção, de tempo, de matéria-prima,podendo ainda criar incêndios, choques emoperadores e causar graves danos aoscomponentes eletrônicos sensíveis.Os materiais são constituídos por átomos quetêm cargas elétricas positivas e negativas emigual número. Por isso, estão eletricamenteneutras. É, no entanto, possível eletrizá-los, deforma que fiquem com excesso de cargas

positivas ou negativas, diminuindo ouaumentando o número de elétrons (cargasnegativas), que são as cargas móveis, já que ascargas positivas, existentes no núcleo dosátomos, são fixas.Há várias formas de produzir este desequilíbriode cargas: tipo de revestimento utilizado nosbancos dos nossos carros, os tecidos das roupasque usamos e principalmente a capacidade quecada indivíduo tem de captar a energia.Sabe-se, por exemplo, que o emprego excessivode tecidos sintéticos é favorável à ocorrênciadessas pequenas descargas.Locais de clima muito seco (o ar seco favorece aseparação das cargas - eletrização -, enquantoo ar úmido favorece a sua aproximação com aconseqüente neutralização da carga elétrica emexcesso) propiciam a ocorrência dessefenômeno.

Os efeitos

Estes fenômenos podem ocorrer friccionandocorpos como pentes passando pelo cabelo,despindo camisolas (principalmente se forem demateriais derivados dos plásticos), caminhando

com sapatos isolantes por um carpete. Também,afastar o corpo do assento do carro, aolevantar-se para sair, pelo simples fato de seproduzir a separação entre os dois corpos.

Estes efeitos podem ser economicamenteprejudiciais quando destroem componenteseletrônicos, como certos circuitos integrados.Noutros casos, os efeitos podem serdevastadores, quando se produzem descargas

em ambientes com vapores explosivos.A razão porque as descargas são dolorosas éque se produzem numa pequena área, comgrande elevação de temperatura, dando asensação de picadas com agulhas quentes,queimando localmente a pele.

O processo realizado durante a mistura dastintas base solvente podem gerar este

fenômeno, levando a um início de incêndio casoos equipamentos não estejam devidamenteaterrados. Uma pequena faísca gerada por esteefeito poderá causar um dano irreversível aoseu patrimônio e principalmente ao seucolaborador.

Quando uma pessoa caminha sobre um pisoacarpetado, o pé entra em contato com ocarpete. Quando o pé se separa do carpete,cada fibra individual transfere carga para ocorpo da pessoa. Como o pé entra em contatocom centenas de milhares de fibras no carpete,a quantidade de carga elétrica transferida podeser substancial.

Alguns exemplos de triboeletrificação:

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O principal risco causado pela eletricidadeestática reside na faísca de descarga(relâmpago) que ocorre quando os materiais jácarregados são aproximados a outros materiaisligados a terra (aterrados).

A fabricação de resinas, tintas e vernizespressupõem a manipulação de certo número desubstâncias, altamente inflamáveis.

A periculosidade dessas substâncias pode serainda mais acentuada pela maneira que serãomanipuladas. Essas substâncias são, de fato,geradoras de eletricidade estática, e

considerando-se ainda o seu poder deinflamabilidade, seu uso torna-se bastantedelicado e crítico.

É necessário, portanto, tomar-se o máximocuidado na manipulação das mesmas, bemcomo ter sempre presente certas precauções,cuja finalidade é reduzir os riscos provocadospelas cargas eletrostáticas geradas por tais

substâncias.

Na indústria, as principais fontes de eletricidadeestática são o escoamento de líquidos atravésde tubulações, bombas, filtros, etc., a quedalivre de líquidos no interior de tanques comconseqüente formação de espirros e esguichos,escorrimento de pós e partículas finas nointerior de tubulações, tachos e reatores.

Mesmo a água, ao correr por tubulações, podegerar eletricidade estática.

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A carga eletrostática aumenta com o aumentoda velocidade de escoamento do líquido; a altavelocidade aumenta a carga estática, uma vezque aumenta a força e conseqüentemente aenergia, com o qual um fluído pode bater, em

queda livre, nas superfícies internas doreservatório. A possibilidade de formação deuma carga estática sobre a superfície do líquidocontido num reservatório pode ser reduzida,diminuindo-se a velocidade de escoamentodentro do reservatório.

Se a carga elétrica não é rapidamente dissipada,pode crescer até alcançar uma tensão capaz de

provocar uma faísca sobre o mais próximoobjeto aterrado, ou seja, quando a diferença depotencial entre os dois objetos for tão elevada ecapaz de ionizar o ar (aproximadamente 30.000volts/cm). Se essa faísca ocorrer em presença deuma mistura inflamável (vapores de solventescom o ar), teremos uma explosão acompanhadapôr incêndio.

A eletricidade estática não pode ser eliminada,mas aterrando e conectando entre si todas as

partes condutivas de um sistema, poder-se-áprevenir perigosos acúmulos de eletricidadeestática e conseqüentes descargas elétricas.Tudo irá depender, portanto, da maneira pelaqual a carga passará do líquido às paredes do

sistema aterrado.

Os materiais plásticos são notoriamentegeradores de eletricidade estática. A agitação(operação de sacudir) de um saco de polietilenovazio pode criar um potencial de 5.000 V,suficiente para fornecer energia para umacentelha e incendiar uma atmosfera inflamável.

Deve-se evitar, portanto, sacudir sacos plásticossobre tanques contendo materiais inflamáveis.

Um outro fenômeno particularmente perigosode eletricidade estática é o “efeito indutivo”.Quando um objeto metálico isolado é colocadoperto de uma fonte de eletricidade estática,uma parte da carga estática passará porindução para o objeto metálico isolado, e seesse for colocado perto de um objeto metálicoaterrado, terá uma descarga.

Exemplos de geração de cargas em líquidos

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Práticas seguras

• Uso de vestimentas de algodão• Não usar correntinhas, anéis, brincos,pulseiras piercings, etc.• Inspecionar todos os aterramentos antes deiniciar a jornada de trabalho

Prevenção da Eletricidade Estática

Não podemos dizer que é possível prevenir aeletricidade estática, mas podemos reduzir osseus efeitos controlando-a através de:

• Aterramento

• Conexão• Umidificação

• Limitando velocidade de líquidos

• Ajustando fórmulas dos produtos

• Plástico Antiestático

• Mangueiras aterradas

• Sapatos dissipativos

• Filtração fechada• Inspeção de aterramentos

• Inertização

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Aterramento: forma especial de conexão naqual um ou mais objetos condutivos conectadosestão também conectados à Terra, de forma quecada um está no mesmo potencial que a Terra.Conseqüentemente, cada um está ao mesmo

potencial e descargas eletrostáticas entre elesnão ocorrem.

Perigos da eletricidade estática

A geração de eletricidade estática continua,onde quer que pessoas, máquinas, líquidos ousólidos estejam em movimento. Na maioria dasvezes esta carga é transferida para a Terra tão

rápido quanto é formada e ninguém a percebe.A única vez que a eletricidade estática édetectada é quando se acumula ou édescarregada.

O que é um Bom Aterramento?• Rede de aterramento• Estrutura metálica do edifício• Vasos de Processo• Para a Terra

“Todos os aterramentos devemestar conectados a um terra

comprovado!”

O que é um Mau aterramento?• Corrimão• Conduletes• Batente de porta• Motores• Postes metálicos

Problemas Típicos em Aterramentos• Conexões soltas• Tipo errado de garra• Pontas cegas ou sujas

• Não conectadas a um terra comprovado• Desgaste do cabo• Garra quebrada• Falta de conexão à terra de TODAS as

partes metálicas como plataformas, racks,carrinhos, balanças, etc.• Condutores Isolados: Aterramento econexão não funcionam se houver umcondutor isolado no sistema.

 As medidas detalhadas a seguir devem ser  seguidas a fim de se evitar estes riscos.

LÍQUIDOS• Evitar agitação violenta• Manter índices de fluxo tão baixos quantopossível, por exemplo: abaixo de 1 m/s paralíquidos com condutibilidade < 1000 pS/m

• Usar aditivos anti-estáticos para solventescom condutibilidade < 1000 pS/m• Evitar aerossóis (também de líquidos com altacondutibilidade)• Evitar queda livre (por exemplo: > 1m)• Evitar vapores

PÓS / SÓLIDOS NÃO CONDUTIVOS• Evitar agitação violenta e turbulência

• Manter índices de fluxo baixos, exemplo:abaixo de 25 ton/h para pós poliméricos comtamanhos particulares entre 1000µ m ou 4 ton/h para material granulado• Aumentar a umidade relativa do ar• Usar aditivos antiestáticos (durante apreparação da matéria-prima)• Empregar / infiltrar materiais condutivos(filamentos), nas embalagens e filtros dotipo ”bag“

GASESEvitar a presença de partículas líquidas ou sólidas.

CONDUTORES ISOLADOS• Aumentar a umidade relativa do ar ambiente,por exemplo, acima de 65% (observação:

inadequado na área Zona 0)• Envolver em tela de alarme• Aplicar um revestimento condutor (tinta)

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Nota: Em uma série de operações nafabricação de tintas e resinas, onde essascondições não possam ser cumpridas e, comoconseqüência, se forma a eletricidade estática,medidas como ”aterramento“, ”jampeamento“

e procedimentos operacionais, são pré-requisitopara garantir uma operação segura.

MANUTENÇÃO E INSPEÇÃO

a) Equipamento

Os sistemas de ”aterramento“ deverão serinspecionados regularmente, procurando-se

manter sua integridade.

Testes realizados por um eletricista qualificadodeverão ser feitos pelo menos uma vez por ano.Atenção especial deverá ser dada às condiçõesdos grampos de aterramento.

Os equipamentos deverão ser verificados antesda operação e inspecionados freqüentemente.As seguintes inspeções deverão ser realizadas:

- Inspeções DiáriasCabos, conexões e grampos de aterramentodeverão ser visualmente inspecionados portodos os funcionários que operam oequipamento. Equipamento em mau estado nãodeverá ser usado.

- Inspeções MensaisCabos flexíveis para aterramento, conexões emangueiras estão sujeitos a estragos, devendoser inspecionados mensalmente pelos usuários.Atenção especial deve ser dada às condiçõesdos grampos de aterramento.

- Inspeções Trimestrais

Funcionários e supervisores deverãoinspecionar as condições de aterramentodos equipamentos. Quando necessáriopoderão requisitar auxílio dos

Departamentos de Manutenção e/ouSegurança Industrial.

- Inspeções AnuaisO Departamento de Manutenção, através de

funcionário qualificado, deverá inspecionar:• Todo o sistema de aterramento• Cabos terra e todo o sistema de aterramentoem geral• A medição da resistência elétrica total do sistemade aterramento deverá ficar abaixo de 10 ohm, emcombinação com pára-raios, abaixo de 2,5 ohm

b) Limpeza

Devido à natureza das tintas e resinas,depósitos isolantes podem se acumular noequipamento e nos grampos. O adequadocontato metal/metal é essencial para manter aconexão e o aterramento. Por isso, tanto osgrampos quanto o equipamento ao qual essesestão conectados deverão ser mantidos limpos.

Materiais isolantes no piso e no equipamentodeverão ser removidos regularmente.

A pintura de pisos das áreas produtivas só serápermitida se a tinta ou material de revestimentofor antiestático.

TREINAMENTOAdequado treinamento e instruções a todos osfuncionários sobre os perigos potenciais daeletricidade estática são obrigatórios.

 ATERRAMENTO E ”JAMPEAMENTO“ (LIGAÇÃO EM PONTE)Aterramento e ”jampeamento“ reduzemeficazmente os perigos do acúmulo de cargasestáticas. A adequada combinação de

”jampeamento“ e aterramento controla oacúmulo de carga ou diferença de potencialentre as partes do equipamento fixo eequipamentos móveis.

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É importante que o projeto e a instalação de umsistema de aterramento sigam as normas daABNT (NBR 5410).

O sistema deverá ter força mecânica adequada,

para evitar avaria acidental e ser projetado deforma a garantir uma resistência ôhmica finalpara a terra, não maior do que 10 ohms (seassociado a pára-raios a resistência deve sermenor do que 2,5 ohms).

O equipamento fixo deverá estarpermanentemente conectado ao sistema deaterramento.

Cabos terra conectados ao sistema deaterramento principal deverão ser ligados naoutra extremidade do equipamento móvel,através de uma grande garra tipo ”jacaré“, ougrampo de solda, antes de este ser utilizado.

Em filtro de pó todas as partes condutoras,cestos de suporte de telas de filtro condutores,grampos, braçadeiras, etc., deverão seraterrados.

 ADITIVOS ANTIESTÁTICOSPela suas baixas condutibilidades, solventes taiscomo hidrocarbonetos não polares, sãoparticularmente suscetíveis ao acúmulo decarga estática. Nesse caso, a condutibilidadedeverá ser aumentada.

Se aditivos são usados (exemplo: stadis 450),precisam estar presentes em todos os solventesaromáticos e alifáticos (hidrocarbonetos)isolantes.

A água pode reduzir a eficiência de aditivosantiestáticos. Portanto, os tanques devem estar

limpos e secos antes do uso. A presença deágua nas matérias-primas deve ser verificada. Acontaminação de matérias-primas com águadurante os processos, deve ser evitada.

SISTEMAS DE TUBULAÇÃOA eletricidade estática é gerada quando líquidosfluem nas tubulações. Para reduzir eficazmenteos índices de geração estática, deverá serobservado o seguinte:

a) Manter índices de fluxos tão baixos quantopossível, através do controle do tamanho dastubulações e a velocidade das bombas. Avelocidade máxima aceitável é de 1m/s parasolventes com baixa condutibilidade.

b) Verificar a continuidade elétrica nastubulações com conexões e juntas metálicas de

flange que possa isolar as várias seções datubulação. Nesses casos, será necessário fazer aligação, perpendicularmente, às flanges e juntas.

c) Válvulas esféricas com vedação em PTFE(teflon) podem apresentar algum problemaespecífico. Neste caso, será necessário fazer aligação perpendicularmente à válvula.

d) Filtros, medidores ou outras obstruções emtubulações acentuam a geração de cargaestática.

e) Onde forem utilizadas mangueiras flexíveis,essas deverão ser construídas de materiaissolventes resistentes, apropriados ao líquidoque irão conter, bem como ser projetadas paragarantir a continuidade elétrica. Acondutibilidade das mangueiras deverá serverificada mensalmente.

QUEDA LIVRE DE LÍQUIDOSNo projeto de novos equipamentos, a quedalivre de solventes com baixa condutibilidade(<1000 pS/m) e baixo ponto de ignição (< 55ºC) deverá ser evitada, porque isto também dá

margem à eletricidade estática.A queda dos líquidos a mais de um metro nãodeverá ser permitida. Os riscos associados aocarregamento de tanques pode ser reduzido

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com a utilização de sistemas fechados, reduçãodos índices de envasamento, direcionamento dofluxo ao longo das laterais dos reservatórios eextensão das extremidades de descarga daslinhas de entrega para o interior do tanque,

tanto quanto for possível.

CONTAINERS PLÁSTICOSA crescente utilização de revestimentosplásticos para sacos e tambores e os próprioscontainers plásticos, tem aumentado o perigoda formação de carga estática na superfíciedesses containers, onde possíveis tipos deplásticos antiestáticos deverão ser usados.

Deverá ser observado o seguinte:

a) Se for viável, a matéria-prima deverá serretirada dos containers revestidos deplásticos ou sacos plásticos, fora das áreasonde líquidos altamente inflamáveis sãousados. O conteúdo deverá ser transferidopara sacos de papel ou containers de metal,antes de serem levados às áreas de produção,locais esses que contêm líquidos ou vaporesaltamente inflamáveis. Embora esseprocedimento possa reduzir a velocidade dodescarregamento de matéria-prima seca, ageração de nuvens de pó em misturas devapor / ar solvente deverá ser evitada tantoquanto possível.

b) As recomendações do fornecedor, no que serefere ao despejo de nitrocelulose umedecidacom solvente ou álcool, de containers revestidoscom plástico, devem ser seguidas à risca.

c) Da mesma forma, o uso de materiaisplásticos para embalagem de matéria-prima econtainers vazios, pode aumentar o risco dageração de estática. Os invólucros deverão

ser removidos antes que os materiais oucontainers sejam transferidos para as áreasde produção, onde existem vaporesinflamáveis.

d) Revestimentos plásticos em recipientes demistura móveis, deverão ser retirados dorecipiente fora das áreas onde líquidosaltamente inflamáveis são processados.

e) O uso de recipientes plásticos para solventesinflamáveis deve ser evitado.

ROUPAS DE FUNCIONÁRIOSCargas estáticas podem ser geradas eacumuladas por seres humanos. Para evitar suaformação excessiva e assegurar que não sejamuma fonte de risco em áreas ondeconcentrações inflamáveis de vapor possam

ocorrer, deverá ser observado o seguinte:

a) Os operadores não deverão usar macacões100% sintéticos. Os macacões aprovados parauso em ambientes antiestáticos deverão conterno mínimo 60% de algodão. Deverá ser exigidodos fornecedores desses macacões que confirmemas propriedades antiestáticas de seus produtos.

b) Macacões, malhas, etc., não deverão serdespidos em áreas onde vapores inflamáveispossam estar presentes.

c) Um operador poderá acumular umaperigosa carga eletrostática se isolado,principalmente sob condições de baixaumidade. A descarga de eletricidade estáticade uma pessoa fica favorecida com a utilizaçãode material condutor em seu calçado. Nasáreas de produção o uso de sapatosantiestáticos é compulsório para oscolaboradores diretamente envolvidos noprocesso produtivo.

DESCARGA DE GASES PRESSURIZADOSA descarga de gases pressurizados poderá

causar carga estática. Esta situação poderáocorrer nas áreas de produção em quetubulações de vapor ou de ar comprimidoapresentem vazamentos. Vazamentos de vapor

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ou de ar em áreas perigosas deverão serconsertados o mais rapidamente possível.

OPERAÇÕES DE PROCESSO

1. Entrega em tanques

O movimento dos caminhões tanques nasestradas e o fluxo dos solventes nos tanquesdurante esse movimento poderão gerar cargasestáticas tanto no chassi do veículo quanto nosolvente que estiver sendo transportado.

Assim que um caminhão tanque chegar a uma

estação de carga ou descarga e antes quequalquer outra operação seja realizada, o chassideverá ser aterrado com um fio terra flexível, dosistema de aterramento estático.

A eficácia da continuidade da conexão por umaunidade de comprovação de aterramento érecomendada.

A tubulação flexível para carga e descarga dostanques deverá ser construída de materiaisapropriados ao líquido a ser transferido, bemcomo garantir a continuidade elétrica.

Garantir boa umidade na área dedescarregamento também é uma boa prática(vide exemplo de nebulizador em EPC´s).

2. Carregamento por Conduto

Os condutos utilizados para o carregamentode sólidos e líquidos para os moinhos,reatores, etc., deverão ser aterrados. Nocaso de moinhos esféricos, os condutosdeverão ser projetados de forma a ter umadistância de separação não inferior a 10 cm,

para evitar a descarga de fagulhas e a alturamínima praticável, para evitar excesso dequeda livre e, conseqüentemente, geraçãode carga estática. Os diâmetros dos

condutos de carga deverão ser tão largosquanto possíveis.

3. Carregamento de MoinhosEsféricos

a) Moinhos de Aço

Na sua construção, moinhos esféricos deverãoprever e permitir a vazão de carga estáticaatravés do corpo do moinho, desde que esteesteja aterrado por meio do sistema deaterramento de estática.

As recomendações referentes às precauções aserem tomadas durante o carregamento e oprojeto dos condutos, bem como as precauçõespara a transferência de líquidos, deverão serobservadas.

b) Moinhos de Porcelana

As precauções específicas, além daquelascontidas nos itens acima, deverão ser aplicadas:

I - Assegurar que os containers móveis,tubulações, etc., usados para receber a pastado moinho, estejam conectados a terra combraçadeiras ou grampos antes docarregamento.

II - Permitir que o moinho permaneça inativodurante pelo menos 15 minutos, imediatamenteapós a paralisação, antes que qualquer outraoperação seja realizada.

III - Girar o moinho para a posição de descargae aguardar por mais 15 minutos. Não introduzirqualquer tubo (aterrado) ou outro equipamentono moinho.

IV - Antes de tornar a carregar o moinho,certificar-se de que todos os containers móveispara resinas ou solventes, etc., estejam

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conectados a terra com grampos ou braçadeirasde aterramento.

V - Acrescentar os solventes lentamente e, tantoquanto possível, evitar salpicos, assegurando

que os containers dos solventes estejamcorretamente conectados e aterrados, antes queo conteúdo seja transferido ao moinho.

4. Operações com Comandos porCorreias, Correias Transportadoras, etc.

Comandos por correias, correiastransportadoras, eixos girantes de altavelocidade, etc., poderão gerar cargas estáticas.Onde possível, deverão ser construídos demateriais condutores ou receber tratamentopara dissipar as cargas estáticas.

5. Carregamento/Descarregamentode Containers e/ou Tambores

Além das precauções escritas em anteriormente,os seguintes princípios deverão ser seguidos:

a) Evitar alta pressão e alto fluxo decarregamento / descarregamento.

b) Assegurar que todo o equipamento estejatotalmente conectado ao sistema deaterramento.

c) Assegurar que o container que estiver sendocarregado / descarregado não esteja isolado doequipamento a ele associado.

6. Limpeza de Reservatórios

a) Se solventes de hidrocarbonetos foremusados na limpeza, por técnica de

pulverização, a condutibilidade deverá seraumentada, tratando-se os solventes deacordo com o item - Aditivos antiestáticos-. As

mesmas precauções de conexão e aterramentodos tanques, tubulações, containers móveis,latas e tambores, e a prevenção de quedas,livres deverão ser adotadas.

b) Onde os solventes inflamáveis forempulverizados sob pressão, o perigo de criar umamistura explosiva (solvente e ar) deverá seravaliado e precauções apropriadas deverão sertomadas para evitar a descarga estática.

c) Onde soluções de limpeza aquosas forempulverizadas na presença de vaporesinflamáveis, apropriadas precauções também

deverão ser tomadas, conforme já mencionado.

7. EPC´s (Equipamentos de Proteçãocoletiva)

Um bom equipamento de proteção coletivausado para descarga de caminhões é o chuveironebulizador, que é instalado para deixar o

ambiente mais úmido, propiciando maiorsegurança no descarregamento de inflamáveis.

A seguir, mostramos um exemplo de sistema denebulização de água para descarga de líquidosinflamáveis.

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Outros exemplos são os sistemas testador tipo pedestal para descarregamento de eletricidadeestática, calçado de segurança com calcanheira para descarga ante-estática e pulseira paradescarga anti-estática:

Garras para aterramento em tambores:

Exemplo de aterramento em tambor:

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Exemplo de aterramento em tambores x rack:

Exemplo de aterramento de tambores em racks:

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Exemplo de aterramento em área para descarregamento de carreta tanque:

Exemplos de conexão e aterramento:

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Aterramento em tubulação:

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Aterramento em tambores com diques metálicos de contenção:

Bibliografia - Empresas Colaboradoras:

1. Manual de Segurança Industrial - Flint Ink do Brasil LTDA.2. Instalações Elétricas – Ademaro Cotrim (2000)

 3. Tintas Sherwin Willians – Depto. de Segurança Industrial 4. Sun Chemical – Depto. de Segurança Industrial 5. Tuphaue Tintas – Depto. de Segurança do Trabalho6. Dupont – Depto. de Segurança Industrial 

Coordenador da Cartilha: Fábio Saad

Componentes do Departamento de Segurança e Meio Ambinte do SITIVESP

Adilson Custodio SunchemicalAirton Sicolin SitivespAlécio Souza General TintasAndré V. Salmeron Lopes AcrilexAparecida Arruda Dupont S/A

Celso Silva ICI PackagingDouglas Govato Sherwin - LazzurilFernando Furlanetti TupahueFlavio A Silva LuksnovaJose Carlos Nunes Barros Tintas Coral

Luiz Antonio Silva Akzo NobelMarcio Alencar Sherwin - LazzurilMariana B. De Moraes Tintas CoralNeliane Betiol Sherwin - LazzurilOsvaldo Dias Valspar

Raquel Del Nunzio AfamtecRicardo Beger AfamtecVera Lucia Bueno SitivespWagner Manoel Silva Sherwin - lazzurilZenildo Clemente Cruz Valspar

Fábio Saad - Coordenador Flint Ink

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