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  • w w w . a r t e d e v i v e r b e m . o r g . b r

  • Cncer de MamaAs leis como suas grandes aliadas

    w w w . a r t e d e v i v e r b e m . o r g . b r

    "No me jogue fora,

    sou importante para muita gente"

  • 4Realizao: Instituto Arte de Viver Bem

    Elaborao e edio: Valria Baraccat GYY

    Pesquisa e texto: Maria Claudia Faria e Dra. Maria Helena

    Reviso dos direitos: Paulo Engler e Paulo Jos L. de Morais, Dra. Maria Helena,

    Celina Toshiyuki, Denise Martins Vieira Fernadez

    Reviso final: Maria Claudia Faria

    Projeto grfico: Giovani Scialla

    Ilustraes: Rafael Trovo

    AberturaValria Baraccat GYY . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

    ApresentaoEmerson Fittipaldi, bicampeo mundial de Frmula 1,

    das 500 milhas de Indianpolis e campeo da Frmula Indy . . . . . . . . . . 7

    I O tratamento e os direitos assegurados pela Constituio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 Iseno de impostos na compra de carro zero-quilmetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12

    Documetos para iseno do IPVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13

    Liberao do rodzio para portadores de cncer de mama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14

    Documetos para iseno do IPI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

    Documetos para iseno do ICMS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

    Carteira nacional de habilitao para deficientes fsicos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17

    Auxlio doena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

    Aposentadoria por invalidez . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19

    Iseno de imposto de renda na aposentadoria e penso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21

    Benefcio de prestao continuada - LOAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .24

    Transporte coletivo gratuito na regio urbana de So Paulo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

    Transporte interestadual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26

    Quitao de financiamento imobilirio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26

    Carto de estacionamento em vagas de deficiente fsico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

    Plano de previdncia privada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

    Seguro de vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

    Plano de Sade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

    Acesso justia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

    Orgos para fazer reclamaes, denncias e reinvidicar direitos . . . . . . . . . . . . . . . . .31

    II Fontes e agradecimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34

    ndice

  • 5" Aps 40 anos do meu primeiro ttulo mundial gratificante saber que minha carreira pode servir de incentivo para muitos jovens se dedicarem ao esporte. importante ter amor para conseguir o resultado almejado. Isso se refere s minhas conquistas, mas poderia ser sobre qualquer saga que relate fora de vontade e superao.

    Minha me foi piloto, portanto, j tinha um exemplo em casa. Aos cinco anos, meu pai me levou para Interlagos e mostrou os carros de corrida. Encantado com mquinas to velozes, decidi: seria piloto de Frmula 1.

    Como hoje, tambm na poca o esporte era caro. Arranjei um modo de ficar prximo velocidade: o kart, para correr por um custo baixo. Uma das grandes dificuldades seria ir para a Europa. Meu pai nunca me deu dinheiro para correr. Sendo assim, decidi abrir uma mini-indstria especializada em volantes para karts e Frmula Vee, que me serviu como patrocnio durante anos.

    Vendi meu carro e fui para a Inglaterra. Ao chegar, comprei um carro da categoria Frmula Ford. Se fosse bem, teria chance de me lanar. Tinha pouco dinheiro. noite trabalhava em uma oficina, onde polia cabeotes e, em troca, o dono preparava o motor do meu Frmula Ford.

    Tudo isso foi importante para me fazer mais forte. Em pouco tempo passei por vrios processos de superao: lngua, cultura, alimentao, clima frio... Cercado de dificuldades natural que considerasse desistir. O amor e a paixo pelo esporte me motivaram a continuar. Era o meu sonho!

    Aps cerca de um ano na Inglaterra, minha vida comeou a mudar: fui convidado pelo chefe de equipe e desenhista de carros da Lotus melhor equipe de Frmula 1 na poca , Colin Chapman, para correr pela escuderia. Era o sonho se concretizando.

    Mas no foi fcil. Ganhar um campeonato mundial de Frmula 1 exige tranquilidade e cabea fria. Principalmente se, trs dias antes da prova que poderia valer o ttulo, no Grande Prmio da Itlia, o chefe de equipe telefona e informa: Eu preciso que voc venha para a autoestrada, porque o caminho capotou com seu carro, que foi parar no mato.

    Superar as adversidades sempre fez parte da minha vida

  • 6"

    A Lotus arranjou outro carro, levado da Inglaterra. Trabalharam a noite toda para prepar-lo. Classifiquei-me em oitavo, resultado aqum do que eu conseguiria se estivesse com meu carro, mas era bom diante da situao.

    Domingo de manh, no warm-up, senti algo frio nas costas. Quando virei, vi gasolina vazando. Na poca, esse conserto levava trs horas. A equipe, no entanto, tinha duas horas antes da corrida. Voltei para o motor home e fiquei rezando. Faltando dez minutos, o chefe dos mecnicos deu a notcia: O carro est pronto!. Corri, venci, conquistei o campeonato mundial e me sagrei o mais novo campeo da poca, com 25 anos.

    O recado para as nossas guerreiras

    Minha carreira teve momentos em que muitos se desesperariam. Muitas vezes, recebi notcias terrveis, que abalariam quem no tivesse equilbrio mental forte. A mulher que recebe o diagnstico de cncer de mama tambm arca com um golpe bruto em sua vida. Difcil no se abalar. natural sentir medo.

    Alm de todos os momentos de superao, houve um episdio que poderia se transformar em tragdia, mas mostra como importante separar a parte racional da emocional diante de uma situao ruim. Durante o Grande Prmio da Holanda, em 1973, senti um medo enorme, porque vi a morte de perto. Ao fazer uma curva rpida, quebrou uma roda e bati no guard rail. O choque foi to grande que fiquei com o p virado rompi o ligamento e as pernas presas. Para piorar, estourou o tanque e a gasolina comeou a vazar. Estava sentado em uma bomba. Uma fasca e o carro explodiria. A equipe de resgate ficou com medo de chegar. Para minha sorte, o piloto Graham Hill viu tudo e correu me ajudar. Ele pediu uma serra e, aps longos vintes minutos, me retiraram.

    Por ter vivido adversidades, queria mandar um recado para as mulheres com cncer de mama:

    Sei que foi um choque quando voc recebeu a notcia. Voc tem que colocar muita f em Deus, conversar muito com Ele, que vai escut-la e ajud-la. Eu acredito que essa fora, com os amigos e a famlia, tudo somado, vai ser o apoio para a sua superao. E voc vai superar! Voc uma guerreira. Ento, boa sorte, fica com Deus e v luta.

    Emerson Fittipaldi Bicampeo mundial de Frmula 1, das 500 milhas de Indianpolis e campeo da Frmula Indy.

  • 7 Comecei a perceber os benefcios da atividade fsica no meu corpo logo no incio do meu primeiro tratamento, no fim de 2004, assim que o mdico

    me liberou para voltar academia de ginstica. Foi impressionante a minha

    recuperao. Tomava uma medicao forte, cujo efeito colateral poderia ser um

    aumento de peso de 15 quilos, mas isso no aconteceu. Sempre pratiquei esportes,

    e isso foi fundamental para a rpida recuperao de todas as doze cirurgias a que

    fui submetida. Com a retirada dos gnglios linfticos, as academias sempre tiveram

    um cuidado extra para comigo.

    Motivao era a palavra-chave. s vezes, eu sentia uma vontade louca de ficar

    em casa sem fazer nada. Sabe aquela fora interior, que fica escondida no fundo da

    alma? Era l que eu ia buscar a tal da superao, to bem mostrada pelos atletas, que

    se matam para superar at os seus prprios limites. Os nicos momentos difceis

    foram aqueles que atingiram a minha alma, como quando procurei emprego e

    fui rejeitada por estar em tratamento de cncer de mama. As leis so claras, eu as

    conheo bem, mas os homens que detm o poder da caneta, que julgam se uma

    pessoa capaz ou no de trabalhar, nem sempre so conscientes das dificuldades

    momentneas de uma mulher durante uma quimioterapia. tambm importante

    saber que durante o tratamento, as mulheres devem procurar o seguro sade, em

    um posto do INSS, assim como quem ficou com alguma sequela, devido a retirada

    dos gnglios linfticos tem o direito de comprar um carro com cmbio automtico,

    com iseno de IPI, ICMS, IPVA e IOF.

    Formalizei o Instituto Arte de Viver Bem, em 2009, para organizar os trabalhos

    que j fazia por quase 30 anos, tentando minimizar o sofrimento de crianas,

    jovens e idosos que, sem muita esperana de uma vida melhor, acabam sentindo

    somente o lado difcil da vida. Alm disso, lanamos o site www.artedeviverbem.

    org.br e casadamulher.org.br e quatro cartilhas sobre cncer de mama, juntamente

    com a Secretaria de Estado da Sade de So Paulo; conseguimos a parceria de duas

    agncias de publicidade: a VML, responsvel pela campanha das bolas A atividade

    fsica uma grande aliada da mulher que tem cncer de mama e no painel da

    PR Newswire, na Times Square, em Nova York, com os atletas Emerson Fittipaldi,

    Hortncia, Cesar Cielo, Ronaldinho Gacho, Marta, Anderson Varejo, Tony Kanaan e

    Vitor Belfort. Agora, temos Neymar para engrossar a fileira dos craques que querem

    Superao a palavra-chave

    "

  • 8ver diminuir a taxa de bito no Brasil.

    Felizmente, entrou para nos dar suporte a frica Zero, criando uma linda campanha

    para a Casa da Mulher com o Seu Jorge, Carol Castro, Paloma Bernadi, Barbara Paz,

    Carlos Casagrande, Adriane Galisteu e, vem muito mais por a. Acho maravilhoso o

    trabalho dos publicitrios, dos artistas e atletas, que colocam o corao por uma

    causa to importante e necessria, como a do cncer de mama.

    Comeamos 2012 com o p direito. Com a campanha da Times Square, tivemos

    muita visibilidade nos Estados Unidos, por isto, fomos convidados pela Qatar

    Foundation e Charie Blair (mulher do Tony Blair), para participar de um frum

    mundial em Doha, no Qatar. Era o reconhecimento do nosso trabalho vindo de

    fora do Brasil. Fui para l acumulando como nica nas duas funes: de jornalista

    da Amrica do Sul e participante brasileira. Na noite da minha volta, com muito

    conhecimento adquirido, senti um ndulo na mama direita, ou seja, a mesma, em

    um local que nem a mamografia pega. Tudo de novo! Bipsia! Confirmao que

    estava novamente com cncer de mama. Arregacei as mangas e fui luta. Larguei

    tudo, trabalho, instituto, passeios, e fui para cirurgia antes do Carnaval. Na quarta-

    feira de cinzas j estava na frente do meu oncologista, com todos os exames, para

    travar mais uma batalha contra o velho conhecido. Aps, oito sesses de quimios,

    posso afirmar que estou curada. Trabalhei a maior parte do tempo, sem esmorecer.

    Chorei? claro que sim! Sou humana! Fiquei careca e usei lenos e chapus, que me

    deram um toque especial. Com a autoestima l em cima, saia quando dava certo,

    sem prejudicar o tratamento, devido a baixa imunidade. Comeamos a montar a

    Casa da Mulher, para que fosse um ponto de apoio s mulheres em tratamento.

    Convidamos alguns dos maiores arquitetos e paisagistas do Brasil, para que cada um

    adotasse um espao e fizesse a decorao. A nossa eterna gratido ao Marcio Kogan,

    Joo Armentano, Marilia Veiga, Vilma Massud, Maria Fernanda Piti, Dani Mattos,

    Alex Hanazaki, Marcelo Faisal, Ricardo Pessuto, Mauricio Karan, Bick Simonato, Dani

    Colnaghi e Roberto Migotto, alm de 150 fornecedores que doaram os produtos e

    trabalho para montarmos o nosso lindo cantinho, que atende to bem as mulheres

    em tratamento.

  • 9Valria Baraccat GYYFundadora do Instituto

    Arte de Viver Bem

    "

    Como costumo dizer, vivo com o chapu na mo pedindo, mas o cncer de mama

    um inimigo cruel, por isto, contamos com a nobreza do corao daqueles que do

    um pouco mais de si em prol do prximo. Enquanto eu sentir que existe esperana

    de queda da taxa de bito por esta doena no Brasil, vou continuar lutando.

    Estou doida para voltar s palestras em empresas, hospitais ou clnicas

    oncolgicas, porque a troca de experincia amplia meu conhecimento e melhora

    a minha qualidade de vida e, tenho certeza, a daqueles que tambm participam.

    Agradeo, principalmente, a minha me e a Deus pelo suporte que tive. Sem

    contar com amigos e alguns familiares, que foram importantes nesta fase.

    Parto para uma nova etapa, fazendo da minha segunda vivncia, com cncer de

    mama, uma forma de ajudar a quem precisa.

  • O tratamento e os direitos assegurados pela Constituio

    T oda paciente com Cncer de Mama tem direitos assegurados por lei, como iseno de alguns impostos, transporte gratuito e at

    aposentadoria, porm a grande maioria no tem conhecimento deles nem sabe

    o que deve fazer para obt-los. No preciso contratar um advogado para

    conseguir os direitos previstos em lei, mas, embora no seja uma tarefa difcil, o processo para obter alguns

    benefcios pode ser muito lento. Por isso, a seguir forneceremos algumas

    informaes prticas que vo ajud-la a obter os benefcios a que voc tem direito.

    Carteira de trabalho (CTPS).

    Documento de identidade (RG).

    Comprovante de inscrio no PIS/Pasep.

    Original e cpia do laudo histopatolgico ou anatomopatolgico (laudo da bipsia procedimento de retirada de pequena amostra de tecido, nesse caso da mama, que ser examinada em laboratrio). Seu mdico fornecer esse documento.

    Atestado mdico no qual constem o diagnstico da doena (CID 50, no caso de Cncer de Mama), meno Lei n 8.922, de 25 de julho de 1994, o estgio clnico atual da paciente, o CRM e a assinatura sobre o carimbo do mdico.

    Comprovante de dependncia, no caso de saque em que o dependente do titular da conta for a paciente.

    Saque do Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS). O primeiro passo reunir a documentao exigida pela Caixa Econmica Federal (CEF):

    10

  • Transporte coletivo interestadual

    Nunca v a uma lotrica para dar entrada no pedido de saque do FGTS.

    O valor do FGTS dever ser disponibilizado no prazo de cinco dias teis, a partir da data de entrada do pedido na CEF.

    Voc tem direito ao valor total de todas as contas do FGTS que tiver, inclusive a de seu trabalho atual.

    O atestado mdico tem validade de trinta dias.

    No necessrio ter registro na carteira de trabalho no momento da descoberta da doena. Basta ter saldo na conta do FGTS.

    fundamental constar no laudo mdico o tratamento que est em andamento. Algumas agncias da CEF se recusam a liberar os saldos das contas dos pacientes que apresentam laudos mdicos sem essa descrio. Converse com seu mdico a respeito antes de ir a uma agncia da CEF.

    Ateno:

    Depois de reunir essa documentao, v agncia da CEF mais prxima de sua casa e solicite o saque das quantias depositadas. O valor poder ser integral ou parcial, dependendo de sua necessidade. Lembre-se de que o FGTS ajuda muito nas despesas enquanto voc se submete primeira parte do tratamento.

    importante que a paciente conhea a lei que a ampara nesse caso: a Lei n 8.922, de 25 de julho de 1994 (artigo 1, que acrescenta dispositivo ao artigo 20 da Lei n 8.036, de 11 de maio de 1990), permite a movimentao da conta vinculada quando o trabalhador ou qualquer um de seus dependentes acometido de neoplasia maligna (cncer).

    11

  • O Cncer de Mama passou a ser uma das hipteses de iseno atravs da Lei Federal n 10.690/2003. Os impostos isentos so o imposto sobre produtos industrializados (IPI), o imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao (ICMS), o imposto sobre a propriedade de veculos automotores (IPVA) e o imposto sobre operaes financeiras (IOF)*.

    O pedido de iseno de IPI podeser renovado a cada dois anos, mas, infelizmente, a legislao do ICMS e do IPVA s permite a renovao a cada trs anos, penalizando quem quer trocar de carro em um prazo menor.

    A legislao do IPI concede a mesma iseno para a no condutora que teve Cncer de Mama. uma medida coerente e justa, especialmente no caso das pessoas que podem adquirir um automvel mas no tm condies fsicas para conduzi-lo. Lamentavelmente, a legislao do ICMS e do IPVA no concede o mesmo benefcio, onerando o preo do bem.

    Iseno de impostos na compra de carro zero-quilmetro

    As mulheres que tiveram Cncer de Mama podem comprar automveis zero-quilmetro com iseno de impostos.

    12

  • Essa iseno s concedida quando o veculo zero est devidamente documentado em nome da pessoa portadora de deficincia fsica. necessrio encaminhar os seguintes documentos ao posto fiscal da Secretaria da Fazenda da rea de sua residncia:

    Importante:

    n No caso de ter mais de um veculo em seu nome, s ser aceita a iseno de apenas um deles, ficando os demais sujeitos ao pagamento normal do tributo.

    n Caso precise de mais esclarecimentos sobre como obter a iseno do IPVA, o telefone da Secretaria da Fazenda do Estado de So Paulo (11) 3243-3400 ou 0800-170110.

    Documentos para iseno do IPVA

    Kit de requerimento de iseno de IPVA preenchido em trs vias;

    Laudo mdico com o CID 50 (cpia autenticada);

    Cpia autenticada de RG, CPF, comprovante de residncia (gua, luz ou telefone fixo), carteira de motorista, certificado de propriedade e licenciamento do veculo (frente e verso, obrigatoriamente em nome do deficiente);

    Cpia da nota fiscal da compra do carro (somente no caso de zero-quilmetro);

    Cpia autenticada da nota fiscal do servio de adaptao do seu veculo (caso seja necessria alguma adaptao);

    Declarao de que vai possuir apenas um veculo com iseno de IPVA.

    13

  • Assim que o cncer diagnosticado, o paciente passa a ter alguns direitos e, no caso da cidade de So Paulo, ele pode ser liberado do rodzio de carros. Conhea os procedimentos para conseguir essa iseno.

    Primeiramente, deve ser preenchido um formulrio fornecido pela CET, que est disponvel na sede do DSV e no site www.cetsp.com.br. Aps o preenchimento, envie o pedido pelo Correio ou entregue-o diretamente no DSV So Paulo, localizado na Rua Sumidouro, 740, trreo, Pinheiros, CEP 05428-010, de segunda a sexta-feira, das 9 s 17 horas.

    Com o pedido devem ser anexados:

    Informaes para liberao do rodzio municipal podem ser obtidas no endereo citado acima ou pelos telefones (11) 3812-3281e 3816-3022.

    Liberao do rodzio para portadoresde cncer de mama

    Cpia do certificado de propriedade do veculo;

    Cpia do RG do condutor (caso o paciente no dirija);

    Cpia da Carteira de Habilitao;

    Laudo mdico comprovando a deficincia e indicando o CID 50, com carimbo, CRM e assinatura do mdico.

    RODZIO

    14

  • A interessada dever apresentar requerimento de iseno de IPI juntamente com os seguintes documentos:

    Documentos para iseno do IPI

    15

    Cpia do RG e da CNH do requerente ou dos motoristas autorizados.

    Relatrio de um mdico com a explicao sobre a deficincia, alm de sua descrio por meio do CID (cdigo mdico internacional), que no caso do Cncer de Mama 50.

    Com a CNH especial em mos, a condutora deve requerer em uma clnica autorizada pelo Detran a realizao do exame mdico, que ser cobrado diretamente pelo mdico que far o atendimento. Os endereos das clnicas credenciadas esto no site do Detran: www.detran.sp.gov.br

    Declarao de disponibilidade financeira ou patrimonial compatvel com o valor do veculo a ser adquirido.

    Documento que prove regularidade da contribuio previdenciria expedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou declarao do prprio contribuinte de que isento ou de que no segurado obrigatrio da Previdncia Social.

    Certido Negativa da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), se constatada pela SRF (Secretaria da Receita Federal) pendncia na PGFN.

    Laudo da avaliao nos formatos IX, X ou XI, emitido por prestadores de servio pblico/privado de sade.

  • Documentos para iseno do ICMS

    Kit de requerimento de iseno de ICMS assinado com firma reconhecida, obtido no posto fiscal da Secretaria da Fazenda.

    Laudo da percia mdica fornecido pela clnica credenciada no Detran (www.detran.sp.gov.br), no qual devem constar a especificao do tipo de deficincia fsica, que no caso do Cncer de Mama CID 50, e a discriminao das caractersticas necessrias para que o motorista portador de deficincia fsica possa dirigir o veculo.

    Documento que declare, sob as penas da lei, o destino do carro para uso s do doente, porque ele no pode dirigir veculos comuns.

    Cpia autenticada da carteira nacional de habilitao, na qual constem as restries referentes ao condutor e as adaptaes necessrias ao veculo.

    Comprovao de disponibilidade financeira ou patrimonial do portador de deficincia, suficiente para fazer frente aos gastos com a aquisio e a manuteno do veculo a ser adquirido. Exemplo: holerite, extrato de poupana, de aplicaes ou documento do atual veculo, que ser vendido e usado como parte de pagamento.

    Cpia autenticada da autorizao expedida pela Secretaria da Receita Federal para aquisio do veculo com iseno do IPI.

    Carta do vendedor (que ser emitida pela montadora que fabrica o carro escolhido). Esse documento fornecido pela concessionria onde ser efetuada a compra.

    Declarao expedida pelo vendedor do veculo na qual conste nmero do CPF do comprador, e que o benefcio ser repassado ao impossibilitado

    Comprovante de residncia (gua, luz ou telefone fixo).

    Para dar entrada no processo de iseno do ICMS necessrio apresentar os seguintes documentos no posto fiscal da Secretaria da Fazenda da rea de sua residncia:

    A iseno do ICMS se aplica a carros novos no valor de at R$ 70.000,00. At 31/12/2012 somente condutores com deficincia podiam adquirir veculos com iseno, porm, a partir de primeiro de janeiro de 2013 sero includas no benefcio as pessoas no condutoras e seus responsveis. O convnio tem validade de 12 meses.

    A iseno do IPI s ser concedida se antes j estiver aprovada a iseno do IPI (Imposto sobre Servios Industrializados), nos termos da legislao federal.

    O interessado no pode ter dbito com a Fazenda Pblica Estadual ou Distrital.

    O ICMS um convnio firmado pelo Conselho Nacional de Poltica Fazendria (Confaz) e pelas secretarias da Fazenda de todos os estados da Unio. Cada estado tem autonomia para decidir se ratifica ou no o convnio vigente. Se um estado se recusar a assinar o convnio, todos perdem o direito ao benefcio.

    As informaes necessrias para ter acesso a esse direito podem ser obtidas nos Detrans dos estados. As concessionrias e revendedoras de veculos tambm costumam orientar seus clientes sobre a possibilidade de usufruir o benefcio tributrio e como proceder para tanto.

    Importante:

    * Obs. : O benefcio da iseno do IOF s pode ser requerido uma nica vez durante toda a vida, portanto, procure us-lo para compra da casa prpria ou apartamento. No vale a pena na compra de um carro, uma vez que no h grandes diferenas no valor da prestao.

    Mais Informaes: www.saude.sp.gov.br www.receita.fazenda.gov.br

    16

  • A maioria das carteiras especiais emitidas so de pessoas que j possuem habilitao e foram acometidas posteriormente por algum tipo de deficincia. Em casos como esses, necessrio que a condutora faa o mais rpido possvel a alterao de sua CNH, porque se a carteira estiver desatualizada ela poder ser multada e responder criminalmente por acidentes, alm de ter a carteira de habilitao apreendida.

    Carteira nacional de habilitao para deficientes fsicos

    O processo exige um novo exame mdico e prtico, que vai avaliar se a motorista apta a dirigir nessa nova situao.

    Para fazer o exame mdico preciso ir a uma clnica credenciada que esteja autorizada a realizar o exame mdico e psicotcnico especial para deficientes. A lista das clnicas do estado de So Paulo est disponvel no site www.detran.sp.gov - Endereos Clnicas. Com o resultado do exame mdico, o passo seguinte fazer a matrcula em um Centro de Formao de Condutores (CFC) credenciado e realizar o exame terico no Detran.

    Para a realizao do exame prtico, procure uma autoescola ou CFC que possua o veculo adaptado para o tipo de deficincia constatada. A lista est disponvel no site www.detran.sp.gov.br - Endereos C.F.C. Nessa fase do processo, a candidata recebe orientao e treinamento adequados.

    Antes do exame prtico, o carro vistoriado por um mdico perito, que checa se as adaptaes esto de acordo com a

    deficincia constatada. Na CNH especial est especificada a adaptao necessria para que a deficiente dirija em segurana.

    Para ter as aulas na autoescola preciso levar relatrio mdico atualizado, nmero do CID, que no caso do Cncer de Mama 50, laudo do mdico especificando as limitaes decorrentes da doena e laudo anatomopatolgico.

    Algumas autoescolas j agendam, mediante o pagamento de taxa, o exame mdico na clnica, que fica mais caro. Todos podem ir diretamente a uma clnica credenciada, sem indicao da autoescola.

    Na autoescola, paga-se uma taxa que d direito ao exame prtico e, geralmente, a duas aulas. Caso a pessoa seja reprovada no exame, ela deve pagar uma taxa extra para refaz-lo e outra caso queira ter mais aulas.

    Se o deficiente fsico no tiver quaisquer condies de dirigir veculos, pedir: iseno de IPI, IOF, ICMS, dispensa do rodzio municipal e ir a uma concessionria comprar o veculo.

    Mais informaes: www.tesouro.fazenda.gov.br

    Saque do PIS/Pasep As pacientes de Cncer de Mama tm

    direito ao saque do PIS/Pasep desde que tenham sido cadastradas nesse fundo at 4 de outubro de 1988.

    O pagamento pode ser realizado em casos excepcionais, como, por exemplo, para pacientes com cncer ou doenas graves, em at cinco dias teis aps sua solicitao.

    A paciente dever dirigir-se a qualquer agncia da Caixa Econmica Federal para sacar a cota relativa ao PIS e poder fazer o saque do Pasep nas agncias do Banco do Brasil munida dos seguintes documentos:

    Carto do PIS/Pasep ou cpia da anotao desse nmero na carteira de trabalho ou no RG.

    Atestado mdico, vlido por trinta dias, em que constem o diagnstico da doena e o CID.

    Cpia de exame histopatolgico que comprove o diagnstico fornecido por um mdico.

    Carteira de identidade e CPF.

    Comprovante de dependncia (quando um dependente tem a doena).

    Em caso de procurao: RG e CPF do representante.

    17

  • Nmero de identificao do trabalhador (NIT) (PIS/Pasep).

    Relatrio mdico original: assinado pelo mdico, com carimbo do CRM; diagnstico da doena, com o CID 50 (caso do Cncer de Mama); histrico clnico da paciente; eventuais sequelas provocadas pela doena; justificativa da incapacidade para o trabalho.

    Documento de identificao (carteira de identidade e/ou carteira de trabalho e previdncia social) e CPF.

    Laudo anatomopatolgico que comprove a existncia da doena.

    Comprovante dos ltimos 12 meses de contribuio.

    Pode haver variao nos documentos exigidos, se a paciente for registrada, autnoma, avulsa ou empregada domstica.

    Dados bancrios com endereo e CEP da agncia.

    Para no perder a viagem, ligue novamente para 135 e pergunte se ser preciso levar outros documentos alm desses que foram listados.

    No dia da percia no INSS, a paciente, se quiser, poder levar seu mdico. O mdico perito far alguns exames e decidir se o auxlio-doena ser ou no concedido. Caso o mdico no aprove o benefcio, a paciente poder marcar nova percia mdica, que ser feita em outra data e horrio.

    O perodo de recebimento do benefcio tambm ser estipulado pelo perito. Aps essa data, a paciente dever retornar ao trabalho. Caso considere que esse perodo insuficiente, ela poder requerer mais tempo nos quinze dias anteriores data marcada para o trmino do benefcio, devendo para isso realizar nova percia. Esse pedido pode ser efetuado na agncia da Previdncia Social onde foi feito todo o processo da primeira vez ou via internet.

    Auxlio-doenaA paciente de Cncer de Mama segurada do INSS que se considerar incapacitada temporariamente para o trabalho durante o tratamento poder solicitaro auxlio-doena.

    No caso da trabalhadora com carteira assinada, os primeiros quinze dias do auxlio-doena so pagos pelo empregador. Aps esse perodo, ele passa a ser pago pela Previdncia Social.

    Se a paciente for empregada registrada, a prpria empresa poder solicitar, via internet, o pagamento do auxlio-doena. Isso facilita a vida da paciente com cncer, que no precisa ir aos postos de atendimento do INSS. Nesses casos, mais informaes podero ser passadas pelo departamento pessoal de cada empresa.

    As pacientes que trabalham em regime autnomo (sem carteira assinada) s podero solicitar o benefcio nos postos de atendimento do INSS. O primeiro passo ser, ento, ligar para o INSS no telefone 135, escolher o posto de atendimento mais prximo de sua residncia e agendar o atendimento.

    Depois de marcada a data, por meio da empresa ou diretamente no posto do INSS, preciso levar a seguinte documentao:

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  • Importante:

    A paciente diagnosticada com Cncer de Mama pode receber o auxlio-doena mesmo sem ter pago os doze meses necessrios.

    Os servidores pblicos tm regras prprias e devero seguir o procedimento previsto nos seus estatutos para requerer o benefcio, mas todos devem ter garantida a cobertura de benefcios iguais ou semelhantes aos do auxlio-doena e da aposentadoria por invalidez.

    A aposentadoria por invalidez concedida s pacientes com Cncer de Mama inscritas no INSS antes de manifestarem a doena. Para ter direito a ela, no basta ter o cncer, preciso que a paciente seja considerada incapaz de trabalhar pelo mdico perito do INSS. A aposentadoria por invalidez independe do nmero de contribuies feitas ao INSS, ou seja, no h nmero mnimo de parcelas pagas para ter esse benefcio.

    As pacientes com cncer que no se inscreveram no INSS e quiserem ter direito a esse benefcio precisam primeiramente

    fazer sua inscrio pela internet ou no posto do INSS mais prximo de sua casa. Mas importante saber que nesses casos a paciente s ter direito aposentadoria por invalidez se houver o agravamento da doena ou se ela for considerada invlida depois do fim do tratamento pelo mdico perito do INSS.

    O primeiro passo para o exerccio desse direito marcar a data da percia mdica, que poder ser agendada pelo telefone 135 ou no posto do INSS mais prximo da casa da paciente.

    Aposentadoria por invalidez

    Carteira de trabalho original ou documentos que comprovem a contribuio ao INSS.

    Relatrio mdico original com as seguintes informaes: diagnstico da doena, histrico clnico do paciente, CID 50 (no caso de Cncer de Mama), descrio de eventuais sequelas provocadas pela doena, justificativa da incapacidade para o trabalho. O relatrio deve conter a assinatura, o carimbo e o CRM do mdico.

    Exame clnico histopatolgico ou anatomopatolgico (laudo da bipsia, ou seja, procedimento de retirada de pequena amostra de tecido, neste caso da mama, para ser examinada em laboratrio) que comprove a existncia da doena.

    Procurao da paciente para algum familiar, se for o caso.

    Os servidores pblicos contam com regras prprias, mas todos devem ter garantida a cobertura de benefcios correspondentes aos do auxlio-doena e da aposentadoria por invalidez. Eles devem seguir o procedimento previsto nos seus estatutos para requerer o benefcio.

    Normalmente, a aposentadoria por invalidez vem depois do auxlio-doena. Entretanto, se a percia mdica, logo de incio, considerar o segurado totalmente incapaz para o trabalho, poder conced-la de imediato.

    A documentao exigida para anlise do pedido de aposentadoria por invalidez depende de como a pessoa est registrada na carteira. Os documentos bsicos so:

    Mais informaes: www.previdencia.gov.br http://portal.dataprev.gov.br

    O valor do auxlio-doena equivale a 91% do salrio de benefcio e isento de imposto de renda.

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  • O valor da aposentadoria por invalidez corresponde a 100% do salrio de benefcio e isento de imposto de renda. O salrio de benefcio dos trabalhadores inscritos at 28 de novembro de 1999 corresponde mdia dos 80% maiores salrios de contribuio, corrigidos monetariamente, desde julho de 1994. Para os inscritos a partir de 29 de novembro de 1999, o salrio de benefcio ser a mdia dos 80% maiores salrios de contribuio de todo o perodo contributivo.

    A aposentada por invalidez que precisa diariamente da ajuda de outra pessoa, a critrio da percia mdica, ter o valor do benefcio aumentado em 25% a partir da data em que foi pedido, mesmo que o valor atinja o limite mximo previsto em lei.

    Se a paciente estiver recebendo o auxlio- doena, a aposentadoria por invalidez ser paga imediatamente depois do fim desse auxlio. Caso contrrio, se a trabalhadora tiver carteira assinada, o comeo do pagamento se dar a partir do 16 dia do afastamento do trabalho ou a partir da data de entrada do pedido do benefcio quando, entre o afastamento e o pedido, se passarem mais de trinta dias. Para as demais seguradas, o pagamento

    se inicia a partir da data em que a paciente foi considerada incapaz para o trabalho, quando pedido aps o trigsimo dia de afastamento do trabalho.

    Quem recebe aposentadoria por invalidez tem de passar por percia mdica de dois em dois anos; caso contrrio, o benefcio suspenso. A aposentadoria tambm deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade e volta ao trabalho.

    A aposentada por invalidez que voltar ao trabalho por sua prpria conta ter a sua aposentadoria automaticamente cancelada a partir da data do retorno. Quando o aposentado por invalidez se achar em condies de voltar ao trabalho, dever solicitar uma nova avaliao do mdico do INSS.

    Caso o pedido de aposentadoria por invalidez seja negado, a paciente que se sentir prejudicada poder solicitar uma reviso no prazo de at trinta dias aps a avaliao mdica. Isso pode ser feito no posto do INSS em que foi dada a entrada no pedido da aposentadoria. Se a paciente tiver o seu pedido negado novamente, poder entrar com outro por meio de ao judicial.

    Importante

    Observao:

    Nas localidades onde houver Juizado Especial Federal no necessrio ser representado por advogado.

    Mais informaes: http://portal.dataprev.gov.br www.previdencia.gov.br www.dji.com.br

    Dica: certifique-se de que tem em mos os

    documentos necessrios antes de dar entrada no pedido no INSS. Se voc entregar a

    documentao incompleta, haver atraso no andamento do processo.

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  • Iseno de imposto de renda na aposentadoria e penso

    A paciente com Cncer de Mama ou com outra doena grave tem direito a iseno de imposto de renda sobre o dinheiro recebido a ttulo de aposentadoria, penso ou reforma, inclusive as complementaes, mesmo que a doena tenha se manifestado aps a aposentadoria, penso ou reforma.

    Para isso, a paciente deve procurar o rgo responsvel pelo pagamento de sua aposentadoria, penso ou reforma (INSS, Unio, estado ou municpio) e solicitar a iseno do IR que incide sobre esses rendimentos. Incluir tambm o atual estgio clnico da doena e do doente.

    preciso apresentar o relatrio mdico original, emitido por servio mdico oficial da Unio, estados, Distrito Federal ou municpios, com as seguintes informaes: diagnstico da doena, histrico clnico do paciente, CID (classificao internacional de doenas), sequelas (se tiver) provocadas pela doena e o motivo de no poder mais trabalhar. O relatrio deve conter a assinatura, o carimbo e o CRM do mdico. A validade do atestado de trinta dias. Exame mdico (laudo anatomopatolgico) que comprove a existncia da doena. Telefone da Caixa Econmica Federal: 0800-702-4000.

    Telefone da Receita Federal: 146.

    Importante:

    A paciente com Cncer de Mama que no for aposentada no tem direito a iseno de imposto de renda sobre seus rendimentos.

    Mesmo sendo isenta de IR, a paciente deve apresentar a declarao anual de imposto de renda e discriminar seus rendimentos no campo Rendimentos isentos e no tributveis.

    Mais informaes: www.saude.sp.gov.br www.receita.fazenda.gov.br/legislacao

    21

  • Empresas que apoiam a luta do Instituto Arte

    22

  • de Viver Bem contra o cncer de mama:

    23

  • Loas a garantia por lei (Lei n 8.742/93) de que a paciente de cncer com deficincia fsica que comprove sua incapacidade para o trabalho e o idoso com idade mnima de 65 anos que no exera atividade remunerada tm direito ao recebimento vitalcio de um salrio mnimo. A paciente no poder ter nenhum regime de previdncia social nem receber benefcio pblico de qualquer espcie.

    Para ter direito ao benefcio, basta dirigir-se a uma agncia da Previdncia Social com os seguintes documentos:

    Formulrio de requerimento de benefcio assistencial Lei n 8.742/93;

    Declarao sobre a composio do grupo e da renda familiar do idoso e da pessoa portadora de deficincia;

    Nmero de identificao do trabalhador (NIT-PIS/Pasep) ou nmero de inscrio do contribuinte individual/domstico /facultativo/trabalhador rural, se possuir;

    RG ou carteira de trabalho;

    CPF;

    Certido de nascimento ou de casamento;

    Certido de bito do(a) esposo(a) falecido(a), se o beneficirio for vivo(a);

    Comprovante de rendimentos dos membros do grupo familiar;

    Tutela, no caso de menores de 21 anos, filhos de pais falecidos ou desaparecidos.

    Benefcio de prestao continuada - Loas

    Se o requerimento for feito por meio de um procurador ou representante legal, apresentar procurao ou documento que comprove a representao legal junto com o CPF e o RG do procurador ou representante legal.

    Mais informaes: www.previdencia.com.br www.saude.gov.sp.br

    Observaes: O direito ao Loas tem natureza assistencial

    e, portanto, independe de qualquer espcie de contribuio para a Seguridade Social.

    O benefcio pode ser pago a mais de um membro da famlia, desde que todas as condies exigidas sejam comprovadas. Nesse caso, o valor do amparo assistencial concedido a outros membros do mesmo grupo familiar passa a fazer parte do clculo para a apurao da renda mensal familiar, exceto o valor do benefcio recebido pelo idoso.

    O Loas intransfervel e no d direito a penso a herdeiros ou sucessores.

    No pago 13 salrio.

    O amparo assistencial deve ser revisto a cada dois anos, para avaliao da continuidade das condies que lhe deram origem, cessando o pagamento no momento em que forem superados os problemas financeiros ou em caso de morte do beneficirio.

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  • Transporte coletivo gratuito na regio urbana de So Paulo

    Com esses documentos, a paciente dever solicitar a carteira de identificao do passageiro especial (Cipes) ou o bilhete especial nas empresas responsveis pelo respectivo transporte:

    Emtu: entrar em contato pelos telefones (11) 5021-4224 ou 5021-4343, de segunda a sexta-feira, das 8 s 17 horas, ou por meio da ouvidoria pelo telefone 0800-724 05 55, de segunda a sexta-feira, das 7 s 19 horas.

    Metr: informaes pelo telefone (11) 3179-2000 (setor de carteirinha especial).

    CPTM: os interessados devem ligar para 0800-055 0121, das 7 s 19 horas.

    SPTrans: a paciente deve comparecer a um dos dezessete postos de atendimento a passageiros especiais da SPTrans de segunda a sexta-feira, das 8 s 16 horas. Para mais informaes, ligue para 156.

    Importante:

    O benefcio poder ser estendido a um acompanhante caso o mdico, em seu laudo, especifique a necessidade de acompanhante para que a paciente possa locomover-se.

    Mais informaes: www.emtu.sp.gov.br/emtu/

    institucional.legislacao/busca-por-categorias.fss

    A paciente com Cncer de Mama tem direito iseno do pagamento de tarifas de transporte coletivo de responsabilidade do estado de So Paulo. Por resoluo do Poder Executivo, esse benefcio foi estendido s pessoas com doenas graves em situaes especficas que justificam a iseno, tais como pacientes com cncer em tratamento de radioterapia, quimioterapia ou cobaltoterapia.

    RG, certido de nascimento, CPF e carteira de trabalho.

    Comprovante de residncia atual (conta de luz, telefone, gua).

    Laudo mdico conclusivo deve estar com data mxima de 3 meses, tendo endereo e telefone do hospital, clnica, posto de sade, CID (Cdigo Internacional de Doenas), carimbo, assinatura do mdico e nmero da CRM, emitido por equipe multiprofissional do SUS e exames complementares.

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    Os tipos de transporte coletivo que podem ser utilizados com iseno da tarifa so metr, nibus municipais da SPtrans, nibus e micronibus intermunicipais da EMTU e trens da CPTM.

    Documentos necessrios para obter o benefcio:

  • A paciente com Cncer de Mama com renda familiar mensal igual ou inferior a um salrio mnimo tem direito ao passe livre entre estados em nibus comum (sem ser executivo ou leito), navio e trem.

    Para ter direito ao passe livre preciso preencher os formulrios de requerimento de passe livre, atestado de equipe multiprofissional do SUS, levar o requerimento com declarao de que possui renda familiar inferior ao salrio mnimo e envi-los por carta ao Ministrio dos Transportes neste endereo: Caixa Postal 9800, Braslia/DF, CEP 70001-970. Ou fazer o pedido diretamente ao Ministrio dos Transportes via carta, solicitando o Kit Passe Livre.

    Alm dos formulrios, a paciente deve apresentar cpia simples de um documento de identificao pessoal (certido de nascimento, certido de casamento, RG, carteira de trabalho ou ttulo de eleitor). No preciso ir pessoalmente ao Ministrio dos Transportes. Basta enviar a documentao pelo Correio para o seguinte endereo: Caixa Postal 9600, Braslia/DF, CEP 70040-976. E-mail: [email protected].

    Para ter acesso ao transporte coletivo gratuitamente, basta apresentar a carteira do passe livre junto com a carteira de identidade nos pontos de venda de passagens at trs horas antes do incio da viagem. As empresas so obrigadas a reservar, a cada viagem, dois assentos para atender as pessoas portadoras do passe livre. Se as vagas j tiverem sido preenchidas, a empresa tem a obrigao de fazer reserva para outra data ou horrio.

    Transporte coletivo interestadual

    Quando se faz um financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitao (Cohab, Caixa Econmica Federal e outros bancos privados), normalmente existe no contrato um seguro habitacional, cujo prmio pago junto com as parcelas mensais do financiamento. Esse contrato de seguro costuma contar com uma clusula que prev a quitao do saldo devedor nos casos de morte e invalidez permanente do contratante.

    A doena que determinou a invalidez dever ser posterior data de assinatura do contrato de financiamento. No entanto, h decises judiciais que consideram que o paciente tem direito ao benefcio quando a invalidez decorre no da condio inicial, mas sim do agravamento da doena. Alm disso, cabe seguradora comprovar a preexistncia da doena.

    Se a paciente for responsvel, com 100% de sua renda, pelo financiamento, o saldo devedor ser integralmente quitado. Por outro lado, se concorrer com 50% de sua renda, a quitao ser proporcional aos mesmos 50%.

    A comprovao de invalidez pode ser feita por meio de laudos, exames complementares e percia mdica. No caso de o contratante se aposentar por invalidez, a prpria carta de concesso da aposentadoria serve como prova para efeito de quitao do financiamento.

    Cada instituio financiadora tem o seu procedimento e relao de documentos especfica para anlise do caso pela seguradora. Informe-se no local onde contratou o financiamento sobre como proceder sua quitao.

    Quitao de financiamento imobilirio

    Importante

    O passe livre no se estende a acompanhante.Mais informaes:

    www.transportes.gov.br

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  • Carto de estacionamento em vagas de deficientes fsicos

    O carto DeFis-DSV uma autorizao especial, gratuita, para que pessoas com deficincia de mobilidade estacionem seu veculo em via pblica dentro do municpio de So Paulo em vagas especiais, demarcadas com o smbolo internacional de acesso.

    Documentos necessrios para solicitar o carto: Formulrio de requerimento do carto

    DeFis-DSV.

    Formulrio de atestado mdico que comprove a deficincia fsica ambulatria ou a mobilidade reduzida, contendo a respectiva indicao de acordo com a Classificao Internacional de Doenas (CID), o carimbo, o CRM e a assinatura do mdico, com data de emisso no superior a trs meses. O requerente deve entregar o formulrio original ou cpia autenticada ou simples (nesse caso ser preciso apresentar o original).

    Cpia simples da carteira de identidade (ou de documento equivalente) do portador de deficincia fsica ambulatria ou com mobilidade reduzida e de seu representante, quando for o caso. Este ltimo deve apresentar cpia simples de documento comprovando ser representante do portador de deficincia fsica ou com mobilidade reduzida.

    Cpia simples do comprovante de residncia atual no nome do requerente comprovando a residncia no municpio de So Paulo.

    Cpia do certificado do veculo.Observao:

    Cada estado tem autonomia para criar leis que garantam direito ao carto de estacionamento em vagas de deficiente fsico. Verifique se existe esse direito no departamento de operaes do servio virio (DSV) de seu estado.

    Mais informaes: www.prefeitura.sp.gov.br

    Pessoas com deficincia fsica no(s) membro(s) inferior(es).

    Pessoas com deficincia fsica decorrente de incapacidade mental.

    Pessoas com mobilidade reduzida temporria (pode ser o caso das pacientes com Cncer de Mama que tiveram sequelas devido ao esvaziamento axilar e/ou ao agravamento da doena/tratamento ao qual se submeteram).

    No municpio de So Paulo, para obter o Carto DeFis-DSV, o interessado deve preencher um requerimento e entreg-lo, pessoalmente ou pelo correio, devidamente acompanhado dos documentos exigidos no setor de Autorizaes Especiais do DSV (DSV-AE), Rua Sumidouro, 740, em Pinheiros, CEP 05428-010. O funcionamento de segunda a sexta-feira, das 8 s 17 horas. Telefones: (11) 3812-3281. O carto dever ser retirado nesse mesmo endereo.

    Tem direito ao carto de estacionamento:

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  • Plano de previdncia privada Plano de previdncia privada o contrato feito entre qualquer pessoa e uma seguradora de

    previdncia privada com o objetivo de garantir renda mensal ou o resgate total de dinheiro depois de um perodo preestabelecido.

    Em geral, esse contrato tambm prev o pagamento de renda mensal ou indenizao nos casos de invalidez permanente total ou parcial do contratante.

    Se a paciente no puder exercer suas atividades profissionais permanentemente depois do Cncer de Mama, poder ser beneficiada caso o contrato tenha cobertura para casos de invalidez total ou parcial.

    Para ter o benefcio, a paciente deve providenciar um laudo mdico oficial atestando a invalidez e acionar a seguradora de previdncia privada. As informaes sobre a lista de documentos exigidos podem ser obtidas na seguradora.

    Seguro de vida Os contratos de seguro de vida normalmente contemplam uma clusula de indenizao em

    caso de invalidez permanente total ou parcial. O cncer pode acarretar a invalidez total ou parcial da pessoa.

    Se houver no contrato de seguro de vida uma clusula de indenizao para casos de invalidez permanente, a paciente dever providenciar um laudo mdico oficial atestando a sua condio de invlida e acionar a seguradora. As informaes sobre a lista de documentos exigidos podem ser obtidas na seguradora.

    Importante:

    Verifique se a empresa onde voc trabalha tem contrato de seguro de vida em grupo para todos os seus funcionrios. Muitas empresas oferecem esse benefcio aos empregados sem que eles prprios tenham conhecimento disso.

    Os planos de sade so obrigados a cobrir as despesas com tratamento oncolgico ambulatorial e hospitalar, como quimioterapia, radioterapia e procedimento cirrgico, observadas as condies e a cobertura do tipo de plano contratado.

    A paciente tem direito a quimioterapia oral, realizada fora do ambiente hospitalar, se o contrato tiver previso dessa cobertura. Nesse caso, a operadora no pode se recusar a custe-la, ainda que realizada em carter domiciliar. Esse o entendimento que vem prevalecendo nos tribunais.

    A cobertura da cirurgia plstica reconstrutiva da mama decorrente do tratamento de cncer obrigatria para os contratos feitos a partir de 2 de janeiro de 1999. J existem decises de tribunais que garantem essa cobertura mesmo no caso de planos antigos.

    A internao domiciliar no tem previso legal expressa. No entanto, alguns contratos, especialmente os novos, j garantem esse tipo de atendimento. H inmeras decises judiciais que determinam a cobertura do atendimento domiciliar, mesmo nos contratos antigos, desde que haja indicao mdica.

    Plano de sade

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  • A Agncia Nacional de Sade (ANS) reavalia periodicamente o rol de procedimentos de cobertura obrigatria. Nessa fase, a sociedade civil tem a oportunidade de opinar a respeito por meio de consultas pblicas.

    Cuidados que voc deve tomar ao contratar um plano de sade

    O plano de sade deve cobrir atendimentos de terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrio e psicoterapia. No entanto, o nmero de sesses cuja cobertura obrigatria limitado. Para psicoterapia, o limite de doze atendimentos por ano. J para fonoaudiologia e nutrio, a cota que o plano obrigado a cobrir de seis sesses por ano. Se o paciente precisar de um nmero maior de atendimentos, dever solicitar ao seu mdico um relatrio detalhado que enfatize a necessidade das sesses adicionais. Se, mesmo apresentando o relatrio mdico, o plano negar a cobertura ao paciente, este poder question-lo judicialmente.

    1. Antes de assinar o contrato verifique se a empresa tem cadastro na ANS.

    2. Pesquise nos rgos de defesa do consumidor se existem reclamaes sobre o plano que voc pretende contratar.

    3. Leia atentamente o contrato antes de assin-lo, buscando ajuda quando no entender algum termo ou clusula.

    4. Faa uma pesquisa antes de escolher o plano que melhor se encaixa nas suas necessidades e condies financeiras.

    5. Confira o nmero de faixas etrias e o porcentual de diferena entre cada uma.

    6. Fique atento s limitaes geogrficas, ou seja, s cidades, estados ou pases abrangidos pelo plano.

    7. Nos contratos individuais, os reajustes devem ter a aprovao da ANS.

    8. O plano de sade no pode excluir nenhuma doena que conste no Cadastro Internacional de Doenas (CID) e na Organizao Mundial de Sade (OMS).

    9. No contrato devem constar de forma detalhada benefcios, coberturas e restries.

    10. Guarde bem qualquer tipo de folheto informativo ou publicitrio do plano de sade escolhido e uma via do contrato. Eles podero ser teis caso haja algum problema.

    A legislao apenas determina a cobertura obrigatria da mamografia digital para mulheres com idade inferior a 50 anos com mamas densas e em fase pr ou perimenopusica e a mamotomia (bipsia percutnea a vcuo guiada por raios X ou ultrassonografia). O PET/CT (nova tcnica de diagnstico por imagem que, alm de mostrar imagens da anatomia do corpo humano, avalia alteraes metablicas do organismo) no est no rol de procedimentos de cobertura obrigatria, mas a Justia, quando acionada pelo paciente, tem determinado que o plano proceda sua cobertura nos casos de indicao mdica. Veja na pgina 60 os rgos de defensoria pblica gratuita.

    Importante:

    Mais informaes: www.ans.gov.br www.procon.sp.gov.br

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  • Importante

    Toda regio tem sua Unidade Funcional da Defensoria Pblica. a ela que voc deve recorrer caso encontre problemas para ter acesso aos seus direitos. Para saber se sua cidade ou regio tem uma unidade, acesse www.defensoria.sp.gov.br. Caso sua cidade no conste na lista, procure o frum. Ali ser indicado um advogado conveniado com a OAB para prestar o servio.

    Caso a lei no seja respeitada, a paciente deve primeiramente formalizar uma reclamao aos rgos de ouvidoria e fiscalizao respectivos. Se essa atitude no for suficiente para resolver a questo e continuar existindo algum desrespeito lei, poder ser necessrio recorrer via judicial.

    Se a paciente no tiver recursos materiais para contratar um advogado, poder recorrer Defensoria Pblica estadual ou federal. Os defensores prestam o servio de assistncia judiciria gratuita populao carente diretamente ou por meio de convnios com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O Ministrio Pblico tambm um importante rgo de apoio jurdico para quem no pode pagar um advogado. Para quem tem 65 anos, h prioridade na tramitao de todos os atos e diligncias em qualquer instncia. O Estatuto do Idoso ainda diminui isso para 60 anos.

    Alm da Defensoria Pblica e do Ministrio Pblico, algumas instituies de ensino jurdico e associaes sem fins lucrativos oferecem servios de assistncia judiciria gratuita.

    Acesso Justia

    Onde obter assistncia jurdica gratuita:

    So Paulo (federal) Rua Fernando de Albuquerque, 151/157, Consolao, CEP 01309-030, So Paulo, SP Tel.: (11) 3231-1688 ou 3231-0665 Fax: (11) 3231-0885 ou 3231-1686 E-mail: [email protected]

    So Paulo (estadual) Avenida Liberdade, 32, CEP 01502-000, So Paulo, SP Tel./ Fax: (11) 3105-2003. E-mail: [email protected]

    So Paulo (MP) Rua Riachuelo, 115, Centro, CEP 01007-904, So Paulo, SP Tel.:(11) 3119-9000 E-mail: [email protected]

    So Paulo (OAB/SP estadual) Praa da S, 385, Centro, CEP 01001-902, So Paulo, SP Tel.: (11) 3291-8100 / (11) 2155-3737 E-mail: [email protected]

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  • rgos para fazer reclamaes, denncias e reivindicar direitos

    Cada nvel de governo (municipal, estadual e federal) possui o seu respectivo Conselho de Sade. Esses conselhos contam com a participao de representantes da sociedade civil e tm como funo principal auxiliar na formulao e no controle de polticas pblicas de sade.

    As conferncias de sade constituem um frum de debates sobre as polticas pblicas de sade; devem ocorrer, no mnimo, a cada quatro anos. Tanto as reunies dos conselhos como das conferncias de sade so abertas ao pblico.

    Os conselhos recebem denncias e sugestes sobre questes relacionadas aos servios, aes e polticas de sade, procurando sanear e aprimorar eventuais problemas, tendo sempre como foco a coletividade, e no a resoluo de casos individuais.

    Para contatar os conselhos, basta enviar-lhes uma carta ou mesmo ir pessoalmente.

    Para saber se na sua cidade h um conselho de sade, entre em contato com o Conselho Nacional de Sade pelos telefones (61) 3315-3576/3179, pelos fax (61) 3315-2414/3927 e pelo e-mail [email protected] . Voc pode tambm acessar o site www.portal.saude.gov.br/portalsaude.

    Em So Paulo, as reclamaes podero ser encaminhadas s secretarias de Sade do municpio e do estado.

    Gestores de servios de sade Todo servio ou unidade de sade obrigatoriamente tem um chefe ou diretor responsvel

    pela sua administrao e funcionamento. No caso de reclamaes sobre falta e despreparo de profissionais, mau atendimento, descumprimento de horrios, filas de espera, desorganizao do servio, ausncia de equipamentos, medicamentos e insumos, procure saber o nome do diretor e escreva uma carta endereada a ele apresentando a sua queixa. Envie uma cpia ao secretrio municipal ou estadual da Sade. Insista para que voc tenha uma resposta rpida e satisfatria.

    Ouvidoria rgos pblicos e servios de sade mantm ouvidorias cuja funo receber reclamaes,

    denncias e sugestes por parte dos usurios. A ouvidoria recebe e analisa as informaes, encaminha o problema aos setores competentes para regulariz-lo, acompanha as providncias adotadas, cobra solues e mantm o usurio informado.

    O Ministrio da Sade mantm o Ouvidor SUS, servio disponvel 24 horas por dia. Basta ligar para o telefone 0800-611997 ou acessar o site www.saude.gov.br e fazer sua reclamao, denncia ou sugesto.

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  • Poder Judicirio Quando a paciente no conseguir fazer valer algum de seus direitos, como, por exemplo,

    quando um procedimento mdico for negado pelo SUS, no conseguir algum medicamento ou quando precisar obrigar o plano de sade a cobrir despesas mdicas, pode-se utilizar da Justia.

    Os cidados podem ingressar na Justia individualmente, por meio de um advogado particular, ou recorrer Defensoria Pblica.

    Conselhos de fiscalizao profissional Os conselhos regionais de fiscalizao profissional recebem denncias e reclamaes ligadas

    ao exerccio profissional. Eles devem apurar os fatos e, se verificarem a existncia de alguma irregularidade, podero punir o profissional, inclusive com a cassao do seu diploma. As denncias podem ser feitas via correio ou pessoalmente.

    Defesa do consumidor As entidades de defesa do consumidor

    podem ser pblicas, como os Procons estaduais e municipais, ou formadas a partir da organizao da sociedade civil, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e outras associaes que representam os interesses dos consumidores.

    Tanto as entidades pblicas como as civis recebem denncias envolvendo planos de sade, como a negao de cobertura de atendimento, o descredenciamento de mdicos e servios, o aumento abusivo de mensalidades, entre outras.

    Os Procons, por ser rgos pblicos, tm a obrigao de atender qualquer cidado.

    O Idec, uma associao civil sem fins lucrativos, tambm orienta e defende toda a sociedade, entretanto exclusivo para associados, que contribuem para a manuteno da instituio.

    Sempre que voc quiser conhecer seus direitos, esclarecer dvidas ou precisar resolver um problema relacionado ao consumo de produtos ou servios, comparea pessoalmente a uma dessas entidades ou entre em contato, por telefone, e-mail ou carta:

    Frum de Procons: http://portal.mj.gov.br/DPDC .

    Idec: Rua Desembargador Guimares, n 21, gua Branca, CEP 05002-050, So Paulo, SP. Fax (11) 3862- 9844.

    Frum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor: Rua do Riachuelo, 105, segundo andar, sala 219 CEP: 50050-913 Recife-PE Tel.: (81) 3034.6056 Telefone (41) 3322-5255.

    Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS) A Agncia Nacional de Sade Suplementar um rgo governamental vinculado ao Ministrio

    da Sade que tem a tarefa de regular, regulamentar e fiscalizar o setor de planos e seguros de sade. Alm disso, a agncia deve apurar eventuais irregularidades praticadas pelos planos de sade e, se for o caso, puni-los.

    As denncias ANS podem ser feitas pelo telefone 0800-7019656, pelo site www.ans.gov.br ou por carta endereada Rua Augusto Severo, 84, Glria, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20021-040.

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  • Vigilncia Sanitria (Anvisa) A Vigilncia Sanitria tem a obrigao de zelar pela sade e fiscalizar a comercializao

    de alimentos, bebidas, medicamentos, sangue, produtos e equipamentos mdicos. Tambm responsvel pela fiscalizao de servios de sade, como hospitais, clnicas e laboratrios.

    A Anvisa e os Centros de Vigilncia Sanitria so ligados s secretarias de estado da Sade, e a Vigilncia Sanitria presente nos municpios ligada Secretaria Municipal de Sade.

    Quando voc tiver denncias relacionadas a estrutura inadequada dos servios de sade, falta de higiene, fraude, falsificao e problemas na qualidade de medicamentos, sangue e hemoderivados, produtos para a sade e alimentos, entre outras, entre em contato por telefone ou encaminhe carta ou e-mail relatando o fato. Com base nessas denncias, a Vigilncia tem a obrigao de fiscalizar, efetuar diligncias, interditar ou multar os responsveis.

    Endereos: Anvisa SEPN 515, Bloco B, Edifcio mega, Sede 1, 4 andar, Braslia/DF, CEP 70770-502.

    Tel. (61) 3448.1000.

    Centro de Vigilncia Sanitria (So Paulo): www.cvs.saude.sp.gov.br.

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  • Paulo Jos I. Morais graduado em direito pela Universidade de So Paulo (USP) e ps-graduado pela Universidade Clssica de Lisboa Instituto de Estudos Europeus em direito comunitrio. Especializou-se em direito antitruste brasileiro pelo Instituto dos Advogados de So Paulo (IASP) e na atuao do direito penal econmico, com atendimento de questes penais ligadas atividade empresarial. Foi diretor-tesoureiro da OAB/Pinheiros na gesto 2007/2009 e scio da Morais Advogados Associados.

    Fontes e agradecimentos

    Organizaes:

    n Defensoria Pblica do Estado de So Paulo: www.defensoria.sp.gov.br

    n Detran SP: www.detran.sp.gov.br

    n Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de So Paulo (Emtu): www. emtu.sp.gov.br

    n Hospital A. C. Camargo: (11) 2189-5000 - www.accamargo.com.br

    n Hospital Prola Byington: (11) 3248-8000

    n Instituto do Cncer do Estado de So Paulo (Icesp): www.icesp.org.br

    n Instituto Nacional do Cncer (Inca): www.inca.gov.br

    n Prefeitura da Cidade de So Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br

    n Presidncia da Repblica do Brasil: www.planalto.gov.br

    n Ministrio da Fazenda: www.receita.fazenda.gov.br

    n Ministrio da Sade: www.saude.gov.br

    n Universidade Federal do Estado de So Paulo (Unifesp): www.unifesp.br

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    Celina Toshiyuki advogada e scia do escritrio MDTG Advogados Associados.

    Denise Martins Vieira Fernandez Lopez advogada associada do escritrio MDTG Advogados Associados, especializada em Direito Tributrio pelo IBET.

    Dra.Maria Helena ps graduada em direito previdencirio pela Escola Paulista de direito-EPD.

  • www.artedeviverbem.com.br

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