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Cartilha Mulheres na Política - Edição 2014

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Publicação que orienta, mobiliza e estimula as cidadãs mineiras a assumirem o seu lugar nos centros de decisão e governo das cidades mineiras, ampliando a participação da mulher na política do Estado.

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Mulheres na Política

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MESA DA ASSEMBLEIA

Deputado Dinis Pinheiro Presidente

Deputado Ivair Nogueira 1º-vice-presidente

Deputado Hely Tarqüínio 2º-vice-presidente

Deputado Adelmo Carneiro Leão 3º-vice-presidente

Deputado Dilzon Melo 1º-secretário

Deputado Neider Moreira 2º-secretário

Deputado Alencar da Silveira Jr. 3º-secretário

SECRETARIA

Eduardo Vieira Moreira Diretor-Geral

José Geraldo de Oliveira Prado Secretário-Geral da Mesa

Apresentação

A sub-representação das mulheres na política é um problema em Minas, no Brasil e no mundo. Apesar de as mulheres corresponderem a mais da metade do eleitorado nacional, desempenharem um papel cada vez mais relevante na economia e no mercado de trabalho, terem um nível de es-colaridade superior ao dos homens e exercerem funções-chave nos movimentos sociais, isso não se reverte na escolha de pessoas do gênero femi-nino para ocupar cargos eletivos.

Tal situação se deve a muitos fatores, como a permanência de padrões culturais arraigados, que atribuem à mulher um lugar social vinculado à vida privada, e à maior dificuldade das candida-tas de conseguirem apoio logístico e financeiro para suas campanhas. A despeito de vigorarem várias normas forjadas para garantir maior par-ticipação das mulheres na política formal, sabe-mos que transformações nesse quadro crônico

de sub-representação feminina dependem sobre-tudo de uma mudança sociocultural de vulto.

É com o intuito de contribuir para essa trans-formação que lançamos esta cartilha, por oca-sião da celebração do Dia Internacional da Mu-lher em um ano eleitoral. Esperamos que as reflexões sobre o tema da participação política feminina, bem como a atuação das mulheres, heroicamente eleitas para os Poderes Legislati-vos estadual e federal, ajudem a alterar a nos-sa cultura. A plena conquista da cidadania pelo povo brasileiro só ocorrerá quando as mulheres estiverem efetivamente representadas, podendo dar a sua contribuição para uma sociedade mais justa, fraterna e igualitária.

Deputado Dinis Pinheiro

Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais

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Da esquerda para a direita, as deputadas estaduais Maria Tereza Lara, Rosângela Reis, Ana Maria Resende, Liza Prado e Luzia Ferreira

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Mulheres que representaram ou representam Minas Gerais na Assembleia,

na Câmara dos Deputados e no Senado Federal

ANA GUERRA – deputada federal

ANA MARIA RESENDE – deputada estadual

CECÍLIA FERRAMENTA – deputada estadual

ELAINE MATOZINHOS – deputada estadual

ELBE BRANDÃO – deputada estadual

ELISA COSTA – deputada estadual

GLÁUCIA BRANDÃO – deputada estadual

ISABEL DO NASCIMENTO – deputada estadual

JÔ MORAES – deputada estadual e federal

JOANA D’ARC – deputada federal

JÚNIA MARISE – deputada estadual, federal e senadora

LISA PRADO – deputada estadual

LÚCIA PACÍFICO – deputada estadual

LUZIA FERREIRA – deputada estadual

MARGARIDA SALOMÃO – deputada federal

MARIA DO CARMO LARA – deputada federal

MARIA ELVIRA – deputada estadual e federal

MARIA JOSÉ HAUEISEN – deputada estadual

MARIA JOSÉ PENA – deputada estadual

MARIA LÚCIA CARDOSO – deputada federal

MARIA LÚCIA MENDONÇA – deputada estadual

MARIA OLÍVIA – deputada estadual

MARIA TEREZA LARA – deputada estadual

MARÍLIA CAMPOS – deputada estadual

MARTA NAIR MONTEIRO – deputada estadual

NYSIA CARONE – deputada federal

REGINA ASSUMPÇÃO – senadora

ROSÂNGELA REIS – deputada estadual

SANDRA STARLING – deputada estadual e federal

VANESSA LUCAS – deputada estadual

VERA COUTINHO – deputada estadual

A história de Maria

Meu nome é Maria do Brasil.

Estou aqui para contar um pouco da minha his-tória e tentar mostrar algumas coisas que aprendi recentemente sobre política. Gostaria que outras mulheres parecidas comigo entendessem a impor-tância da participação feminina na política.

De um modo geral, as pessoas pensam que a polí-tica é uma coisa para os outros. Entre as mulheres, tal ideia ainda é mais comum, porque, além de ser uma coisa para os outros, é também uma coisa para os homens.

Hoje sou uma mulher de 37 anos. Minha infân-cia terminou cedo, pois comecei a trabalhar aos 11 anos de idade. Meu pai, João do Brasil, era pedreiro; minha mãe, Sebastiana do Brasil, era lavadeira.

Desde pequena, me interessei por cozinha e aprendi a fazer salgados com minha vizinha dona Tereza. Auxiliava-lhe na cozinha e entregava seus salgados em duas padarias.

Aos 14 anos, eu quis aprender a fazer doces. Fiquei craque nos doces também.

Eu e dona Tereza passamos a fazer salgados e doces, e o orçamento cresceu. Trabalhava fora e ajudava pagando várias contas de nossa casa.

O movimento feminista e as lutas sociais. O movimento feminista nasceu com as lutas pela igualdade de direitos entre homens e mulheres. Na década de 30, sua principal bandeira era o voto feminino. Durante o regime militar, as feministas lutaram contra a ditadura e pela redemocratização do Brasil (Diretas Já) e, posteriormente, participaram do processo constituinte.

Em fins dos anos 1970 e durante a década de 1980, o movimento se ampliou e se diversificou, adentrando partidos políticos, sindicatos e associações comunitárias. Hoje, o movimento se volta para questões sociais, econômicas e culturais.

Igualdade de remuneração. Em 1951, foi aprovada, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Convenção de Igualdade de Remuneração entre trabalho masculino e feminino para função igual. Entretanto, no mercado de trabalho formal, ainda são as mulheres que recebem os salários mais baixos e que se encontram em postos de trabalho com piores condições. Das mulheres brasileiras que integram a População Economicamente Ativa (PEA), 40,7% trabalham sem carteira assinada – um direito trabalhista garantido pela Constituição Federal e pela OIT. Em relação à taxa de desemprego, prevalece ainda uma maior taxa entre as mulheres e os jovens. O rendimento médio das mulheres ocupadas equivale a 73% do rendimento dos homens. Nos trabalhos informais, esse rendimento é ainda menor: 66% do rendimento dos homens. As desigualdades de remuneração tornam-se ainda mais contrastantes ao se compararem simultaneamente as variáveis de sexo e cor, mesmo quando a mulher tem maior grau de escolaridade.

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Meu irmão se tornou pedreiro, como meu pai. Isso foi importante, pois ele também contribuía com as contas lá de casa. Nossa vida melhorou e minha irmã caçula pôde até se matricular nas escolas de inglês e computação.

Quando eu fiz 28 anos de idade, conheci Armando, meu atual marido. Ele é motorista de táxi. O dono de uma padaria nos apresentou e foi amor à primeira vista. Hoje estamos casados e temos dois filhos, Rodrigo e Ricardo.

Quando me casei, saí da casa dos meus pais, mas permaneci no mesmo bairro. Nosso bairro foi se desenvolvendo bastante, e uma coisa me chamava a atenção: quanto mais pessoas vinham morar aqui, mais campanha política havia na época das eleições. Quando era pouca gente, só um candidato fazia campanha, e todo mundo votava nele. Mas, com o crescimento do bairro, outros candidatos surgiram e, a cada eleição, aparecia uma cara nova.

Em algumas épocas, entre as eleições, o bairro era beneficiado com asfalto nas ruas, rede elétri-cas e reformas nas escolas. No entanto, em toda estação chuvosa havia enchentes, e, em muitas ruas, o asfalto ia embora com as enxurradas.

Quanto mais eu observava isso, mais curiosa ficava e perguntava a mim mesma. O que é polí-tica afinal? Será que quando participo de reunião de associação de bairro, eu faço política? O que os políticos querem? Como os eleitores podem exigir os seus direitos?

Fiquei com aquilo na cabeça e comentei com o meu marido. Ele me disse, então, que, já que eu

As mulheres e o direito à educação. A educação é um direito básico de todo ser humano. A conquista da cidadania e a

igualdade de oportunidades dependem da sua democratização. No Brasil, a primeira legislação relativa à educação de mulheres

data de 1827; a lei admitia mulheres apenas para as escolas de ensino elementar. Apenas em 1879, o governo brasileiro abriu

as instituições de ensino superior do País às mulheres.

Direito ao voto. No Brasil, foram 108 anos de diferença entre a primeira lei eleitoral que assegurava aos homens o direito de

votar e serem votados (art. 92, § 5º, Constituição de 1824) e a lei eleitoral que assegurou o mesmo direito às mulheres (Código Eleitoral de 1932). Embora a Constituição de 1891 não vetasse o direito de voto às mulheres, elas ainda tiveram de lutar por mais de 40 anos por esse direito. O Código Eleitoral restringia

o direito de voto apenas às mulheres casadas que tivessem a autorização dos maridos e a algumas solteiras ou viúvas

que tivessem renda própria. A Constituinte de 34 reafirmou o direito assegurado no Código Eleitoral, eliminando as restrições

existentes, mas tornou o voto obrigatório apenas às mulheres que exercessem funções remuneradas em cargos públicos. A obrigatoriedade plena do voto para todas as mulheres só foi

instituída com a Constituição de 1946.

estava tão interessada, deveria procurar um curso de formação política. E foi o que fiz.

No curso de formação política para mulheres, muitas dúvidas foram esclarecidas. Além disso, quatro coisas muito importantes ficaram claras na minha cabeça: primeiro, entendi que a política existe para melhorar a vida das pessoas; segundo, na medida em que entendemos a decisiva influên-cia que tem o Estado em nossa vida, passamos a escolher melhor quem irá nos representar; ter-ceiro, se não nos interessarmos, não participar-mos da política, será difícil que alguma coisa realmente mude para melhor em nossas vidas, e quarto, descobri que eu, Maria do Brasil, também posso fazer política.

É por isso que hoje, com o certificado de conclu-são do meu curso na mão, estou aqui para contar para vocês um pouco do que aprendi e, quem sabe, formar com vocês um grupo de lideranças femininas capaz de melhorar o nosso País.

Legislação de cotas. Em 1995, foi editada a Lei Federal nº 9.100, que regulamentou as eleições municipais de 1996. Essa lei determinava que pelo menos 20% das vagas de cada partido ou coligação deveriam ser preenchidas por candidaturas de mulheres. Em 1997, a Lei Federal nº 9.504, relativa às eleições de 1998, ampliou a cota mínima de candidaturas de cada sexo para 25%. Já para as eleições posteriores, esse percentual foi fixado em 30%, regra que vale até hoje.

Em 2009, a Lei Federal nº 12.034 alterou a Lei nº 9.096, de 1995, Lei dos Partidos Políticos, determinando que, no mínimo, 5% dos recursos do Fundo Partidário devem ser aplicados na criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres. Determinou, ainda, a dedicação do mínimo de 10% do tempo da propaganda partidária gratuita às mulheres.

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Mulheres na política

Em 1927, a professora Celina Guimarães Viana requereu sua inclusão no rol de eleitores do município de Mossoró (RN), tornando-se a pri-meira eleitora do Brasil.1 O Estado do Rio Grande do Norte também foi pioneiro no reconheci-mento do voto feminino, quando publicou, no mesmo ano, lei eleitoral que determinava que poderiam “votar e ser votados, sem distinção de sexos”, todos os cidadãos que reunissem as con-dições exigidas pela lei. Com essa norma, mulhe-res poderiam se alistar como eleitoras a partir de 1928. Também nesse estado foi eleita a primeira prefeita do Brasil, Alzira Soriano, na cidade de Lages, em 1929. A primeira mulher eleita depu-tada federal foi Carlota Pereira de Queirós, que tomou posse em 1934 e participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte.

No Poder Legislativo mineiro, ao longo dos seus 179 anos de existência, a representação polí-tica feminina tem-se mostrado bastante baixa.

Atualmente há cinco deputadas – Ana Maria Resende, Lisa Prado, Luzia Ferreira, Maria Tereza Lara e Rosângela Reis – em um universo de 77 par-lamentares, o que corresponde a 6,5% do total, porcentagem inferior à média nacional de depu-tadas estaduais ou distritais, que é de 11,6%.

A primeira legislatura da ALMG da qual uma mulher participou foi a quinta, iniciada em 1963, para a qual se elegeram Marta Nair Monteiro e Maria Pena. No Congresso Nacional, Minas elegeu até hoje apenas uma senadora e sete depu-tadas federais. Júnia Marise foi a única senadora mineira, eleita para a legislatura iniciada em 1991, e a primeira deputada federal mineira, eleita para a 46º Legislatura, que começou em 1979.2

Em 1932, as mulheres obtiveram o direito de votar em todo o País. Isso ocorreu a partir da aprovação do Código Eleitoral, por meio do Decreto nº 21.076, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que, além dessa conquista,

1 Tribunal Superior Eleitoral – Série Inclusão: a conquista do voto feminino no Brasil. Disponível em http://www.tse.jus.br/noticias-tse/2013/Abril/serie-inclusao-a-conquista-do-voto-feminino-no-brasil2 Mulheres na política: as representantes de Minas no Poder Legislativo (março de 2010). Disponível em: https://www.almg.gov.br/consulte/publicacoes_assembleia/obras_referencia/arquivos/mulheres_politica.html

instituiu a Justiça Eleitoral, que passou a regula-mentar as eleições no País. Passou a ser eleitor “o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma do código”.

Em 1934, os direitos políticos conferidos às mulheres foram assentados em bases constitu-cionais. No entanto, a nova Constituição restrin-giu o direito de votar às mulheres que exerciam função pública remunerada.

Em 1946, a Constituição da República ampliou o direito de voto a todas as mulheres, conside-rando-se eleitores “os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei”.

Em 2008, o eleitorado feminino já era maio-ria no universo de 130 milhões de eleitores, com 51,7% do total. Essa maioria vem-se consoli-dando: em 2012, 51,9% dos 140 milhões de elei-tores eram mulheres.

Com a consolidação da participação feminina nas eleições, a mulher passou a conquistar seu espaço no cenário político brasileiro. Hoje, há mulheres em todos os cargos eletivos. Além da Presidência da República, exercem mandato duas governadoras, 11 senadoras, 45 deputadas federais e 134 deputadas estaduais.

A eleição de uma mulher para a Presidência da República configura-se como fato histórico e inédito no País. Na eleição presidencial de 2010, os brasileiros deram 70% de seus votos a mulhe-res – Dilma Rousseff e Marina Silva. Porém, esse fato não foi acompanhado de grandes mudanças nas eleições para os Poderes Executivo e Legisla-tivo de estados e municípios.

Nas eleições de 2012, 134.296 mulheres can-didataram-se aos cargos de prefeito e de verea-dor, o que representou um aumento de 9,56% em relação às eleições de 2008. Em 2012, foram eleitas 657 prefeitas (11,84% dos eleitos) e 7.630 vereadoras (13,32% dos eleitos).

A Lei Federal nº 9.100, de 1995, que regeu as eleições de 1996, trouxe uma grande conquista feminina, ao determinar que pelo menos 20% das vagas de cada partido ou coligação deveriam ser preenchidas por candidatas mulheres. A Lei Federal nº 9.504, de 1997, determinou que, no pleito geral de 1998, o percentual mínimo seria de 25%. Já para as eleições posteriores, a lei fixou esse percentual em 30%, regra que vale até hoje.

Apesar disso, nas últimas eleições legislativas, a média de candidatas à Câmara dos Deputados foi de 19%, enquanto o percentual médio de can-didatas às assembleias legislativas foi de 21%; ou seja, abaixo da determinação mínima legal.

Em 2009, a reforma eleitoral introduzida pela Lei Federal n° 12.034 instituiu novas disposições na Lei Federal n° 9.096, de 1995, conhecida como Lei dos Partidos Políticos, de forma a privilegiar a promoção e a difusão da participação feminina na política. Entre essas disposições, está a deter-minação de que os recursos do Fundo Partidário devem ser aplicados na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da partici-pação política das mulheres, conforme percen-tual a ser fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 5% do total repassado ao partido.

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A reforma eleitoral exigiu ainda que a pro-paganda partidária gratuita promova e difunda a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10%.

Os partidos, no entanto, encontram maneiras de “cumprir a lei” completando suas listas com “falsas” candidatas que, na verdade, não entram para valer na disputa eleitoral, não chegando a fazer campanhas.

Em termos históricos, o espaço feminino na política está se expandindo, mas não nas propor-ções esperadas, se considerarmos o crescimento do eleitorado feminino e a criação de normas legais garantindo sua participação. De 1992 a 2012, o avanço da participação feminina foi, em média, de 1% no número total de eleitas a cada pleito municipal.

A sub-representação feminina é uma ten-dência mundial. Segundo a Inter-Parliamentary Union (IPU, 2013),3 a média de mulheres nos par-lamentos é de apenas 21,4%, combinando-se as duas câmaras – a alta (senado, com 19,4%) e a baixa (câmara de deputados, com 21,8%).

No ranking mundial, o Brasil ocupa o 118º lugar num conjunto de 141 países, o que equi-vale a cerca de 9% de mulheres na Câmara dos

Deputados, igualando-se, por exemplo, aos países árabes. Apesar de as mulheres constituí- rem mais da metade do eleitorado brasileiro, estão sub-representadas nos espaços de poder: dos 513 deputados federais, apenas 45 são mulheres (8,8% do total); dos 81 senadores, 13 são mulheres (16%); menos de 10% são prefei-tas; e cerca de 12% são vereadoras. No Estado, há 71 prefeitas e 941 vereadoras, das quais 35 são presidentas de câmaras.

O baixo índice de representação política das mulheres brasileiras está na contramão do pro-tagonismo feminino. De acordo com o Censo Demográfico 2010 do IBGE,4 as mulheres consti-tuem 51,04% da população brasileira, possuem nível de escolaridade maior do que o dos homens e também maior expectativa de vida. No mer-cado laboral, as mulheres representam 44% da força de trabalho no País, 59,3% da população feminina ocupam trabalhos formais, 32,5% são responsáveis pelos domicílios brasileiros e 51,2% representam o eleitorado nacional (TSE, 2000).

Essa sub-representação política feminina pode gerar distorções, na medida em que quem não está representado tem maiores dificuldades para reivindicar seus direitos. Corre-se o risco de que os temas que interessam diretamente às mulhe-res sejam deixados de lado. A presença de mais

3 Fonte: dados disponibilizados pela Inter-Parliamentary Union em www.ipu.org4 IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Trabalho_e_Rendimento/censo_trabalho_e_rendimento.pdf consulta em 18/2/2014

mulheres nos espaços de poder pode contribuir para que esses temas sejam enfrentados de uma maneira mais efetiva.

Cabe então uma reflexão: por que poucas mulheres se candidatam e, uma vez candidatas, menos ainda se elegem, apesar do percentual mínimo de suas candidaturas ser garantido por lei? É necessário discutir o que fazer para mudar esse fato. Essa discussão é importante em uma sociedade que possui nítidos contornos e valores patriarcais, na qual os espaços ainda se encon-tram definidos, com o público político quase exclusivamente masculino e o privado domés-tico, feminino.

De acordo com pesquisa realizada pelo DCP/UFMG5 de 2007 a 2009, que abordou a repre-sentação política feminina a partir de um estudo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e da Câmara dos Deputados intitulado A política na ausência das mulheres: um estudo sobre recru-tamento, trajetórias/carreiras e comporta-mento legislativo de mulheres, foi possível iden-tificar os principais elementos da determinação individual/subjetiva a concorrer ou ambicionar um cargo eletivo. Contrapondo-se às afirma-ções recorrentes do partidos políticos de que as “mulheres não ambicionam o espaço político”, de que “elas não querem disputar os cargos eleitorais”, ou mesmo à afirmação de que eles

têm “enormes dificuldades” em fazer cumprir as cotas de candidatas, o que a pesquisa revela é que o custo da participação política feminina é muito mais alto para as candidatas do que para os candidatos. Os partidos, em sua maioria, descomprometem-se da responsabilidade de apoiar especificamente as mulheres e, segundo parte significativa das lideranças partidárias, são os eleitores que “decidem” não votar nas mulheres candidatas.

Segundo essa pesquisa, algumas entrevista-das reconheceram que, mesmo depois de elei-tas, são pouco ouvidas no Parlamento, são mais interrompidas do que os homens e que, por isso, acabam se acostumando a ter menos disposição em ocupar a tribuna para uso da palavra.

Observamos que o problema não é a carên-cia de mulheres aptas a concorrer, mas sim o modo como os partidos são organizados, efeti-vamente controlados por homens, dando pouco espaço e apoio para as mulheres estruturarem suas campanhas.

Os resultados do processo político também desestimulam as mulheres. Sem apoio dos par-tidos, a proporção de candidatas efetivamente eleitas é muito baixa. Em 2010, apenas 4,9% das candidatas que participaram das eleições à Câmara Federal e às assembleias legislativas se elegeram.

5 Citada no livro Mulheres na política: as representantes de Minas no Poder Legislativo (março de 2010). Disponível em https://www.almg.gov.br/consulte/publicacoes_assembleia/obras_referencia/arquivos/mulheres_politica.html

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Mas, teoricamente, a sociedade anseia por essa participação. Segundo pesquisa realizada pelo Ibope e pelo Instituto Patrícia Galvão,6 oito em cada dez brasileiros ouvidos (78% dos entre-vistados) defenderam a obrigatoriedade de uma divisão meio a meio para candidatos e candida-tas nas listas partidárias para eleições, no Legis-lativo Municipal, Estadual e Federal, além disso, 73% deles defendem punição para os partidos que não apresentarem essa lista. Para 74% dos

entrevistados, só há democracia de fato com a presença de mais mulheres nos espaços de poder e de tomada de decisão.

Ainda nos dias de hoje, a eleição de uma mulher significa uma conquista e um passo importante na luta contra a desigualdade de gênero. E muitos ainda são os desafios no sen-tido de ampliar a participação de mulheres na política e de garantir, de fato, a disputa eleitoral em bases iguais.

6 Pesquisa Mais Mulheres na Política – Ibope/Instituto Patrícia Galvão. Disponível em: http://www12.senado.gov.br/senado/procuradoria/arquivos/pesquisa-mais-mulher-na-politica-do-instituto-ibope-e-patricia-galvao Consultado em: 18/2/2014.

Orientações para ingressar na carreira política

1 – Requisitos iniciais para ingressar na carreira política:

• serbrasileiranataounaturalizada;7

• estaremplenoexercíciodosdireitospolíticos;

• nãoincidireminelegibilidade.8

2 – As idades mínimas para ocupação dos cargos:9

• 35anosparapresidenteevice-presidentedaRepúblicaesenador;

• 30anosparagovernadorevice-governadordeEstado;

• 21anosparadeputadofederal,deputadoestadualoudistrital,prefeitoevice-prefeito;

• 18anosparavereador.

3 – Primeiros passos para tornar-se candidata a cargo político:

• estarfiliadaaumpartidodesuaescolhanoprazode,pelomenos,umanoantesdaseleições;

• possuirdomicílioeleitoralnarespectivacircunscriçãopeloprazode,pelomenos,umanoantesda eleição;

• tersuacandidaturaaprovadapelopartido,mediantearealizaçãodaconvençãopartidária;

7 Quem se candidatar aos cargos de presidente e vice-presidente da República, de presidente da Câmara dos Deputados e de presidente do Senado Federal, entre outros cargos definidos na Constituição Federal, deve ser brasileira ou brasileiro nato.8 A inelegibilidade pode ser definida como a ausência de condição exigida para ser candidato ao cargo pleiteado. Os casos de inelegibilidade foram estabelecidos na Constituição Federal e na Lei Complementar 64.9 A idade mínima estabelecida como condição de elegibilidade é verificada tendo por referência a data da posse.

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• acompanhar,nopartido,aefetivaçãodoregistrodesuacandidatura.Oprazolegalparaoregis-tro encerra-se às 19 horas do dia 5 de julho do ano em que se realizarem as eleições;

• realizar as despesas da campanha eleitoral sob a responsabilidade do partido ou da própriacandidata;

• realizar,diretamenteouporpessoaporeladesignada,aadministraçãofinanceiradesuacampanha;

• receberdoaçõesemconformidadecomaLeiEleitoral;

• registrarosgastoseleitoraisrealizadosnoslimiteslegais;

• promoverarealizaçãodepesquisasetestespré-eleitorais,conformedefinidonaLeiEleitoral;

• iniciarapropagandaeleitoralapartirde6dejulhodoanodaeleição,observandooscritérioslegais;

• zelarpelaeficientefiscalizaçãodaseleições,pormeiodosfiscaisedelegadosescolhidospelopartido ou pelas coligações;

• sendoacandidataagentepúblicaemcampanha,nãoincorrernascondutasvedadasrelaciona-das no artigo 73 da Lei Eleitoral.

4 – É importante conhecer:

• aConstituiçãoFederal;

• aLeiComplementarFederalnº64,de1990;

• aLeiFederalnº9.504,de1997;

• aLeiFederalnº4.737,de1965(CódigoEleitoral);

• aLeiFederalnº9.840,de1999;

• asresoluçõesdostribunaiseleitorais.

5 – Outras informações:

• certamentevocênecessitarádeoutrasinformaçõesmaisdetalhadaseaprofundadasparaefe-tivar sua candidatura; um bom caminho é procurar o escritório do partido de sua preferência e pedir orientação.

Atuação da ALMG voltada às mulheres

A ALMG tem dedicado atenção especial às políticas públicas para as mulheres. Em 2006, a Casa realizou o fórum técnico Políticas Públicas para as Mulheres, que resultou nas propostas de criação da Coordenadoria Especial de Políti-cas para as Mulheres e do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Em 2007, por ocasião da comemoração do Dia Internacional da Mulher, foi realizado o ciclo de debates A participação da Mulher nos Espaços de Poder, resultando na criação da Frente Parlamentar de Defesa e Promoção da Saúde da Mulher. No mesmo ano, foi realizado debate público sobre o tema “políticas públi-cas voltadas para a saúde da mulher” e lan-çamento da Frente Parlamentar da Defesa e Promoção da Saúde da Mulher. Foram realiza-das, ainda, audiências públicas para conhecer e debater as dificuldades de implantação da Lei nº 11.340, de 7/8/2006, também chamada Lei Maria da Penha, para discutir a influência da mídia na formação da mulher e debater a saúde da mulher, sobretudo no que tange ao combate e à prevenção do câncer de mama e do colo do útero.

Em 2008, foi realizada uma teleconferência, pela qual se discutiram as contribuições para implementação da Lei Maria da Penha em Minas Gerais, por meio da Lei Complementar nº 105, de 2008, que institui, em diversas comar-cas do Estado, o Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Em 2009, houve audiência pública desti-nada a debater o empoderamento, o tráfico de mulheres e o turismo sexual no Estado.

Em 2011, foi realizada audiência pública para discutir e obter esclarecimentos sobre a implan-tação e o funcionamento dos Juizados de Violên-cia Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Em 2012, foi instituída a Comissão Especial da Violência contra a Mulher, destinada a discutir o crescente aumento da violência doméstica e familiar. Essa comissão aprovou relatório final com uma série de conclusões e recomendações para o enfrentamento da violência. No mesmo ano, foi realizada audiência pública destinada a discutir o tema “violência no parto”, de forma a contribuir para a humanização e a qualifica-ção do atendimento a parturientes.

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Em 2013, foram realizados os debates públicos Trabalhando em Rede no Enfrentamento à Vio-lência contra a Mulher e Avanços e Desafios na Articulação e na Formulação de Políticas Públi-cas: 30 anos do Conselho Estadual da Mulher, além de audiências públicas destinadas a discu-tir a presença da mulher nos espaços de poder político. A ALMG participou, também, da Cam-panha Nacional pela Filiação de Mulheres, da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, e realizou eventos e campanhas relacionados a diversos assuntos que afetam a população femi-

nina, como câncer de mama e de colo de útero.

Ainda em 2013, foi lançado o site Políticas Públicas ao seu Alcance10 que oferece informa-ções sistematizadas para o monitoramento e acompanhamento das políticas públicas esta-duais. As políticas podem ser consultadas por temas, como saúde e educação, por temas intersetoriais, como políticas relacionadas ao combate às drogas e à superação da pobreza ou, ainda, por destinatários, políticas voltadas a segmentos específicos da população, como a política para as mulheres.

10 Disponível em http://politicaspublicas.almg.gov.br/

Principais leis relacionadas às mulheres

• Lei Federal nº 11.340, de 2006, conhecida como Lei Maria da Penha, que cria mecanis-mos para coibir e prevenir a violência domés-tica e familiar contra a mulher e estabelece medidas de assistência e proteção às mulhe-res em situação de violência doméstica e familiar;

• Lei Estadual nº 21.043, de 23/12/2013, que dispõe sobre a promoção da igualdade entre os gêneros e acrescenta dispositivo à Lei Estadual n° 11.039, de 14/01/1993, que impõe sanções à firma individual e à empresa jurídica de direito privado em cujo estabele-cimento seja praticado ato vexatório, discri-minatório ou atentatório contra a mulher e dá outras providências;

• Lei Estadual nº 20.016, de 5/1/2012, que dispõe sobre o registro e a divulgação dos dados sobre violência contra a mulher no Estado;

• Lei Estadual nº 19.440, de 11/1/2011, que institui o Dia Estadual de Combate à Violência contra a Mulher;

• Lei Estadual nº 18.879, de 27/5/2010, que dispõe sobre a prorrogação, por 60 dias, da licença-maternidade, no âmbito da adminis-tração pública direta, autárquica e fundacio-nal do Executivo Estadual;

• Lei Estadual nº 15.952, de 28/12/2005, que estabelece a política de prevenção da mortali-dade materna e dispõe sobre o Cadastro Mineiro de Controle da Mortalidade Materna – Camma;

• Lei Estadual nº 15.218, de 7/7/2004, que cria a Notificação Compulsória de Violência contra a Mulher e a Comissão de Monitoramento da Violência contra a Mulher;

• Lei Estadual nº 13.432, de 28/12/1999, que cria o Programa Estadual de Albergues para a Mulher Vítima de Violência.

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Ações do Plano Plurianual de Ação Governamental 2012-2015

relacionadas às mulheres

• Programa 2 – Saúde Integrada (parcial): ação 4277 – Gestão da Política Hospitalar – Com-plexo de Especialidades;

• Programa 3 – Melhor Emprego (parcial): ação 1075 – Com Licença, Vou à Luta;

• Programa 11 – Assistência Social e Direitos Humanos (parcial): ações 4200 – Restauração de Direitos Humanos –, 4234 – Cofinanciamento de Serviços para Municípios na Execução de Pro-teção Básica –, 4236 – Cofinanciamento de Ser-viços e Benefícios para Municípios na Execução de Proteção Especial – Série Histórica –, 4318 – Cofinanciamento de Serviços e Benefícios para

Municípios na Execução de Proteção Especial –, 4640 – Abrigo/Acolhimento provisório;

• Programa 44 – Redes Integradas de Serviços de Saúde (parcial): ações 1174 – Viva Vida – Mães de Minas –, 4208 – Viva Vida – Atenção às Gestantes e Crianças;

• Programa 162 – Desenvolvimento das Politi-cas de Direitos Humanos (parcial): ação 4079 – Implantação do Plano de Enfrentamento da Violência Sexual Infantojuvenil;

• Programa 726 – Acesso à Justiça (parcial): ação 1099 – Implantação de Núcleos de Assis-tência Jurídica Especializada.

Rede de atendimento à mulher vítima de violência. Minas Gerais/2010

Especificação Nº equipamentos Municípios-sede

Centros de referência da mulher

18Belo Horizonte (5), Betim, Buritis, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Divinópolis, Governador Valadares, Pirapora, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Sabará, Uberaba e Uberlândia.

Delegacias especializadas

53

Alfenas, Araguari, Araxá, Barbacena, Belo Horizonte, Betim, Bom Despacho, Cataguases, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Coronel Fabriciano, Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Formiga, Governador Valadares, Guanhães, Guaxupé, Ibirité, Ipatinga, Itajubá, Itaúna, Ituiutaba, Janaúba, João Monlevade, Juiz de Fora, Lavras, Leopoldina, Manhuaçu, Montes Claros, Muriaé, Nova Lima, Pará de Minas, Passos, Patos de Minas, Patrocínio, Pedra Azul, Pedro Leopoldo, Pirapora, Poços de Caldas, Ponte Nova, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Santos Dumont, São João del-Rei, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Uberaba, Uberlândia, Unaí, Varginha, Venda Nova.

Defensorias especializadas

12Almenara, Araguari, Belo Horizonte, Betim, Contagem, Itajubá, Itambacuri, João Monlevade, Juiz de Fora, Montes Claros, Teófilo Otoni e Varginha.

Hospitais de referência 19Belo Horizonte (13), Betim (2), Montes Claros, Uberaba, Uberlândia e Contagem.

Conselhos municipais dos direitos da mulher

54

Alterosa, Araguari, Araxá, Belo Horizonte, Betim, Barbacena, Brasília de Minas, Brumadinho, Buritis, Cataguases, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Divinópolis, Divisópolis, Dom Joaquim, Felisburgo, Formiga, Governador Valadares, Guanhães, Ipatinga, Itajubá, Ituiutaba, Jacinto, Jequitaí, Jequitinhonha, Juiz de Fora, Lavras, Ladainha, Montes Claros, Morada Nova de Minas, Muriaé, Ouro Branco, Paracatu, Patrocínio, Perdões, Pirapora, Poços de Caldas, Ponto dos Volantes, Pouso Alegre, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Santo Antônio do Jacinto, São Gotardo, São Lourenço, Sarzedo, Taiobeiras, Três Marias, Uberaba, Uberlândia, Unaí, Varginha e Várzea da Palma.

Coordenadorias municipais dos direitos da mulher

7Belo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora, Montes Claros, Pouso Alegre, Sabará.

Coordenadoria estadual

1

Juizados especiais (criminal, da infância e juventude e cível)

3 Belo Horizonte

Fonte: Sedese. Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para Mulheres (Cepam).

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Informações úteis

• Disque Denúncia Nacional: 180 (sigilo completo do denunciante)

• Disque Direitos Humanos Estadual: 0800 311119 (sigilo completo do denunciante)

• Casa de Direitos Humanos: Av. Amazonas, 558 – Centro – Belo Horizonte – MG – 30180-001 Tels.: (31) 3270-3200 / 3270-3203 A Casa de Direitos Humanos reúne, entre outros, os seguintes órgãos:

§ Conselho Estadual da Mulher Tels.: (31) 3270-3618 / 3270-3619 E-mail: [email protected]

§ Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher / Polícia Civil Tel.: (31) 3270-3242

§ Núcleo de Atendimento a Vítimas de Crimes Violentos (NAVCV) Tel.: (31) 3270-3294 E-mail: [email protected]

§ Defensoria Pública do Estado – Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher em Situação de Violência de Gênero (Nudem-BH) Tel.: (31) 3270-3266

§ Centro Risoleta Neves de Atendimento à Mulher de Minas Gerais (Cerna-MG) Tel.: (31) 3270-3232 E-mail: [email protected]

• Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Rua Espírito Santo, 505 – 10º andar – Centro – Belo Horizonte – MG – 31270-010 Tels.: (31) 3277-1327 / 3277-9756 / 3277-4346 E-mails: [email protected] e [email protected]

• Coordenadoria Especial de Políticas para Mulheres (Cepam) Rodovia Prefeito Pedro Américo Gianetti, s/nº – Serra Verde – Prédio Minas – 14º andar – Ala Par Cidade Administrativa – Belo Horizonte – MG – 31630-900 Tel.: (31) 3916-8005 E-mail: [email protected]

• Coordenadoria Municipal dos Direitos da Mulher Rua Espírito Santo, 505 – 9º andar – Centro – Belo Horizonte – MG – 30160-030 Tels.: (31) 3277-9756 / 3277-9758 / 8835-3111 E-mail: [email protected]

• Centro de Apoio às Vítimas de Violência Intrafamiliar de Belo Horizonte (Caviv) Rua Espírito Santo, 505 – Centro – Belo Horizonte – MG – 30160-030 Tel.: (31) 3277-9761 E-mail: [email protected]

• Ministério Público do Estado – 18ª PJ Defesa dos Direitos Humanos, Igualdade Racial, Apoio Comunitário e Fiscalização da Atividade Policial – Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher Rua Ouro Preto, 703 – Barro Preto – Belo Horizonte – MG – 30170-040 Tels.: (31) 3337-6996

• Centro de Referência Bem-Vinda (Casa-Abrigo) Av. do Contorno, 2.231 – Floresta – Belo Horizonte – MG – 30110-060 Tels.: (31) 3277-4379 / 3277-4380 / 3277-9758

• Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG (Nepem) Av. Antônio Carlos, 6.627 – Fafich – sls. 3.045 e 3.043 – Pampulha – Belo Horizonte – MG Tel: (31) 3409-3821

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FICHA TÉCNICA

Diretor de Comunicação Institucional Lúcio Pérez

Organização Gerência-Geral de Relações Públicas e Cerimonial

Gerência de Relações Públicas

Pesquisa e redação Gerência-Geral de Consultoria Temática

Gerência de Direitos Humanos e Segurança Pública

Projeto gráfico, editoração e revisão Gerência de Publicidade e Comunicação Visual

Programadora visual: Clarice Maia Scotti

Revisores: Andréia Franco e Leonardo Mordente

Março de 2014

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Diretoria de Comunicação InstitucionalRua Martim de Carvalho, 94 – 7º andar – Santo Agostinho

Belo Horizonte – MG – 30190-090