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Cartilha Sinplast Energia

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SAIBA MAIS SOBRE A CONTA DE LUZ DE SUA EMPRESA.

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Demanda ou potência de uma forma simplificada significa a capacidade de consumo de um determinado aparelho elétrico. A unidade física usada para identifi-car a demanda é o W (wat) ou o kW (quilowat = 1.000 W). Consumo é a quantidade de energia consumida em um determinado período de tempo. A unidade física usada para identificar o consumo é o kWh (quilo-wathora) e, eletricamente, é denominada de energia ativa. Energia reativa é uma parcela da energia elétrica fornecida, responsável por fazer com que os motores elétricos girem e as lâmpadas fluorescentes acendam. Em nosso sistema de fornecimento de energia elétrica se optou por considerar que esta energia é um mal necessário e não é cobrada diretamente. Está implícito que é permitido atingir um consumo de energia reativa de até 42,5% da energia ativa. Este valor é definido pelo limite do menor fator de potência permitido que é 0,92. Quando o consumo de energia reativa supera este limite, ou seja, o fator de potência é menor do que 0,92 é cobrada a FER que é o excesso de energia reativa consumida no período. A energia reativa pode ser capacitiva ou indutiva. É capacitiva quando há ex-cesso de capacitores ligados e é indutiva quando há excesso de bobinas ou indutores ligados. As bobinas e indutores são característicos dos motores elétricos de indução e das lâmpadas de descarga. Os medidores eletrônicos permitem determinar em qual período de tempo há consumo de energia reativa indutiva e de energia reativa capacitiva. No atual sistema de tarifação somente é cobrado excesso de energia reativa indutiva no perío-do das 6 às 24 horas de cada dia e o excesso de energia reativa capacitiva somente no período da 0 às 6 horas de cada dia. Quando a quantidade de energia reativa num intervalo de 1 hora for muito grande e ultrapassar o equivalente a 42,5% da demanda contratada, é cobrado de-manda reativa excedente, DMCR. Horário de ponta é o período de tempo de três horas consecutivas das 18 às 21 horas no Rio Grande do Sul. Nos sábados, domingos, feriados nacionais, sexta feira santa e terça feira do carnaval não há horário de ponta. As demais horas do dia e todas as horas dos dias citados, são definidas como fora de ponta. Período seco é o período do ano quando a incidência de chuvas é menor nas principais bacias hídricas responsáveis pelo abastecimento de água para as usinas hidroelétricas. Este período vai de maio a novembro de cada ano. Período úmido é o período complementar que vai de dezembro a abril do

ano seguinte, que é o período com maior incidência de chuvas.

Os consumidores são classificados de acordo com o nível de tensão com que são abastecidos.

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Os consumidores da classe A são ainda caracterizados em função da faixa de tensão de fornecimento.

Os consumidores da classe B têm tarifação monômia, isto é, pa-gam somente pelo consumo de energia, e não tem opções de enquadramento tarifário. Os consumidores da classe A tem tarifação polinômia, isto é, pagam tanto pelo consumo de energia como pela demanda contratada. Eles podem ainda optar pelo enquadramento em uma das três alternativas tarifárias, a con-vencional, a azul ou a verde. A tarifa do consumo de energia (kWh) varia em função da classe em que o consumidor esteja enquadrado, em função do segmento horário, ponta ou fora de ponta, e em função do período do ano, seco ou úmido. A tarifa da demanda (kW) varia em função do enquadramento.

CLASSE B

Enquadram-se nesta classe todos aqueles consumidores que tenham potência instalada inferior a 75 kW e sejam atendidos em baixa tensão, de 127 ou 220 V.

CLASSE A

Enquadram-se nesta classe todos aqueles consumidores que tenham potência instalada superior a 75 kW e sejam atendidos em média ou alta tensão, acima de 2,3 kV.

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No convencional e na verde só há uma demanda contratada. Na azul há duas demandas, a demanda de ponta e a demanda fora de ponta. A tarifação horo-sazonal azul é compulsória para todos os consumi-dores com tensão de fornecimento igual ou superior a 69 kV. A tarifação convencional e a verde é opcional para os consumidores com tensão de fornecimento inferior a 69 kV. É importante considerar as seguintes regras para o contrato de for-necimento de energia a ser assinado com a concessionária: 1. a vigência do contrato é de 12 meses 2. se a concessionária tiver que fazer investimentos para atender as necessidades do consumidor, ela tem o direito de estabelecer um prazo de até 24 meses para a primeira vigência deste contrato. 3. para suspender ou alterar o contrato o consumidor deve se pro-nunciar no mínimo com 180 dias de antecedência à data de vencimento do mesmo. Caso isto não ocorra o contrato será automaticamente prorrogado por mais um ano. 4. prazos de vigência inicial e de prorrogação diferentes podem ser acordados de comum acordo com a concessionária mas o contrato em si sem-pre terá vigência de 1 ano. 5. a menor demanda a ser contratada deverá ser de 30 kW. 6. em razão de medidas de eficiência energética, o contrato poderá ser ajustado em qualquer tempo, desde que acertado com a concessionária.

Neste enquadramento haverá uma tarifa única para a demanda (kW) e uma tarifa única para o consumo (kWh). Este enquadramento só é permitido para consumidores A4 com demanda contratada menor do que 300 kW. A ANEEL está propondo que este limite seja reduzido para 150 kW, o que deve acontecer a partir de 2012. Neste enquadramento deve ser contratada uma demanda firme com validade para um ano. Alterações para mais ou para menos terão que ser solicitadas.

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Neste enquadramento haverá duas demandas contratadas com suas respectivas tarifas, para os segmentos de ponta (DP) e fora de ponta (DF), e ainda quatro tarifas diferentes de energia que variam em função do período do ano, seco e úmido, e da hora do dia, ponta e fora de ponta, respectiva-mente ponta seca (PS), ponta úmida (PU), fora de ponta seca (FS) e fora de ponta úmida (FU).

Neste enquadramento haverá uma demanda contratada e quatro tarifas de energia consumida como na azul.

Sempre que a demanda lida ultrapassar em 5% ou mais o valor da demanda contratada, será cobrada a demanda de ultrapassagem. Ocorrendo a ultrapassagem será cobrada a tarifa normal para a de-manda lida e, por todos os kW de demanda ultrapassada além da contratada, será cobrado o dobro do valor do kW de demanda.Exemplo: para uma demanda contratada de 100 kW e uma demanda lida de 110 kW, será aplicada a tarifa de demanda normal sobre a demanda lida de 110 kW e cobrada a título de ultrapassagem 2 X 10 kW com esta mesma tarifa.

O limite mínimo para o fator de potência é de 0,92, tanto indutivo como capacitivo. Sempre que o fator de potência for menor, será cobrada a energia reativa correspondente a este menor fator de potência. Esta energia reativa excedente é computada a cada intervalo de 1 hora em que ocorrer o menor

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fator de potência. A tarifa incidente sobre esta energia é a mesma do kWh ativo.

A ‘conta de luz’ é a fatura emitida pela concessionária para cobrança dos serviços de fornecimento de energia elétrica. Como qualquer fatura de serviços, constam todos os dados do consu-midor e da concessionária, além dos dados relativos à quantidade de energia fornecida e as condições de fornecimento. Os itens importantes para a gestão da energia aparecem no bloco relativo aos valores cobrados, na parte inferior direita da ‘conta’. Numa conta normal devem aparecer neste bloco somente as quan-tidades e valores correspondentes à energia ativa, kWh, de ponta e fora de ponta, da demanda. Dependendo da concessionária ainda podem aparecer os valores correspondentes ao ICMS, e à taxa de iluminação pública, CIP. Aparecendo mais itens deve-se verificar com mais atenção a ‘conta’ pois são normalmente custos evitáveis como os acréscimos por baixo fator de potên-cia (FER, DMCR), ultrapassagem de demanda, multas por atraso de pagamen-to ou outros itens onerando a conta indevidamente.

Para a gestão da energia, os valores da ‘conta de luz’ de cada mês de-vem ser planilhados a fim de se ter um registro histórico deste insumo e suas variações. Este histórico deve ser comparado com os registros históricos da produção e a partir daí passar a tomar as decisões necessárias para reduzir sua participação no custo do produto. O comitê de energia do SINPLAST tem o máximo interesse em apoiar as empresas filiadas na montagem deste controle e está a inteira disposição para prestar este apoio sem maiores ônus.

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