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8/14/2019 Cartilha sobre Cooperativismo http://slidepdf.com/reader/full/cartilha-sobre-cooperativismo 1/38 1 Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás OCB-GO Triênio 2003/2006 (após 01/04/2003) Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427 – Jardim Goiás – 74.810-100 – Goiânia/GO Telefone: (0XX62) 3281.2633 – Fax: (0xx62) 3281.6755 e-mail: [email protected] – site: www.ocbgo.org.br Conselho Deliberativo Conselho Fiscal Membros Efetivos Antônio Chavaglia Welber D´Assis Macedo e Silva Antonio Carlos Borges Victor Iacovelo Filho Carlos Rubens Soares Régis da Silva Manata Lajose Alves Godinho João Ferreira da Rocha Filgueira Sizenando da Silva Campos Júnior Suplentes Haroldo Max de Souza Anádio Rosa Ribeiro Marcos Mariath Rangel Otávio D´Abadia Silva Pinto Divino Vandomar R. de Jesus Euclésio Dionísio de Mendonça Superintendente Valéria Mendes da Silva Elias

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Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de GoiásOCB-GO

Triênio 2003/2006 (após 01/04/2003)Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427 – Jardim Goiás – 74.810-100 – Goiânia/GOTelefone: (0XX62) 3281.2633 – Fax: (0xx62) 3281.6755

e-mail:[email protected]– site:www.ocbgo.org.br

Conselho Deliberativo Conselho FiscalMembros EfetivosAntônio Chavaglia Welber D´Assis Macedo e SilvaAntonio Carlos Borges Victor Iacovelo FilhoCarlos Rubens Soares Régis da Silva ManataLajose Alves GodinhoJoão Ferreira da Rocha FilgueiraSizenando da Silva Campos Júnior SuplentesHaroldo Max de Souza Anádio Rosa RibeiroMarcos Mariath Rangel Otávio D´Abadia Silva PintoDivino Vandomar R. de Jesus Euclésio Dionísio de Mendonça

SuperintendenteValéria Mendes da Silva Elias

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Serviço Nacional de aprendizagem do CooperativismoSESCOOP/GO

Triênio 2003/2006Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427 2º andar – Jardim Goiás – 74.810-100 –Goiânia/GO

Telefone: (0XX62) 281.8975 – Fax: (0xx62) 541.6796e-mail:[email protected]– site:www.ocbgo.org.br

Conselho Administrativo Conselho FiscalEfetivos EfetivosAntônio Chavaglia Welber D´Assis Macedo e SilvaAntonio Carlos Borges Altran Gomes da SilvaJosé Abel Alcanfor Ximenes Ariomar Rezende VilelaPaulo Carneiro JunqueiraCelso Orlando Rosa

Suplentes SuplentesJoão Gonçalves Vilela Astrogildo Gonçalves PeixotoAdalcino Francisco dos santos Haroldo Max de SousaAntônio Moraes ResendeCelso Ramos Regis

Romeu Natal Alves Andrade

SuperintendenteValéria Mendes da Silva Elias

COOPERATIVISMO PASSO A PASSO

Produção: Departamento de Educação CooperativistaPesquisa e Redação: Ineida T. KreutzDiagramação, imprenssão e acabamento:

7ª EdiçãoGoiânia – GO2004

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Apresentação

As grandes tendências mundiais que permeiam o processo de globalização daeconomia exigem alternativas de organização da sociedade civil.A realidade do trabalho e seus vínculos com os aspectos sociais, políticos,econômicos e educativos apresentam incertezas e desafios, que só podem sersuperados mediante a participação efetiva das pessoas na busca de alternativaseconomicamente viáveis. Tecnicamente exeqüíveis e socialmente desejáveis.A cooperativa é uma das alternativas d formas mais avançadas de organização dasociedade. Decorridos 160 anos desde a criação da primeira cooperativa, já existemmais de 700 mil em todo o mundo e representam a possibilidade de superardificuldades em torno de necessidades e objetivos comuns à classe trabalhadora, dediferentes categorias profissionais.Historicamente, essa forma de organização sócio-econômica de administraçãoautogestionada trouxe respostas para a geração de empregos e redistribuição derenda. As possibilidades de aplicação das idéias cooperativistas são ilimitadas epodem tornar-se em contribuições fundamentais para a transformação das relaçõesde trabalho e melhoria da qualidade de vida da população.Esta publicação pretende ser uma contribuição e um referencial à constituição decooperativas no Estado de Goiás. Tem como objetivo informar e instrumentalizargrupos interessados na constituição de cooperativas de diferentes ramos.Trata-se de informações básicas e preliminares sobre aspectos históricos docooperativismo, suas características de organização, autogestão e procedimentosnecessários para constituição de novas cooperativas.Conselho Deliberativo da OCB-GO

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PRIMEIRA PARTE

As Formas Primitivas da Cooperação

O espírito de cooperações e solidariedade é profundamente humano, tão antigocomo o da luta pela vida e vamos encontra-lo nas sociedades mais primitivas.Segundo Charles Gide, estudioso do cooperativismo, a origem da cooperação estána própria origem da humanidade, no seu modo de ser, de viver e de agir diante dasnecessidades vitais.A ajuda mútua e a cooperação também são encontradas nas formas de organizaçãodo trabalho coletivo e no domínio da Cida econômica. Em todas as épocas de vidada humanidade encontram-se exemplos de trabalho e economia coletiva que seaproxima às atuais cooperativas.• No povo romano encontram-se as origens das formas de economia coletiva.Conserva-se até hoje a posse ou a utilização para todos os habitantes, da pastagemcomunal, da floresta comunal e da criação em comum de gado;• Os babilônios formaram organizações semelhantes às nossas associações dearrendamento de terras.• Em todos os povos germânicos, a vida agrária se desenvolver desde os primórdiossobre bases cooperativas. Até os tempos modernos foram mantidas associaçõesque datam da antiguidade, cujo fim era a realização de certos objetivos comuns,como por exemplo: associações de drenagem, de irrigação, de diques, de serrarias.

Através da história dos povos, os homens, que são seres eminentemente gregários,sentiram a necessidade da cooperação para melhor poderem assegurar a suasobrevivência, prover a sua prosperidade e conquistar os seus objetivos.

As Origens do Cooperativismo Moderno

As origens históricas do cooperativismo moderno têm como referência a sociedadeinglesa do século XIX, que vivia o impacto das transformações no mundo dotrabalho, em decorrência da Revolução Industrial.O advento da ERA DAS MÁQUINAS modifica profundamente as relações deprodução e a conseqüente necessidade de divisão do trabalho. A economia, que

desde a Idade Média era exercida por corporações profissionais, nas quais o artesãoexercia sua atividade em casa ou numa dependência anexa, passou por umamudança radical. Em que as corporações perderam seu lugar a favor do sistemacapitalista de produção.No século XIX a mecanização no setor têxtil sofre impulso extraordinário naInglaterra, com o aparecimento da máquina a vapor, aumentando a produção detecidos em grande escala. Estradas são construídas, surgem as ferrovias e sedesenvolvem outros setores, como o metalúrgico. Novas fontes de energia como opetróleo e a eletricidade substituem o carvão.Com o avanço da industrialização e urbanização, muitas famílias que desenvolviamo trabalho de forma artesanal nas antigas corporações e manufaturas, se viamobrigadas a vender força de trabalho, em troca de salário para sobreviver.

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O resplendor do progresso instaurado no século XIX não oculta os graves problemassociais, enfrentados pela classe trabalhadora, com a exploração do trabalho e dascondições subumanas de vida:• Extensas jornadas de trabalho, de dezesseis a dezoito horas;• Condições insalubres de trabalho;• Arregimentação de crianças e mulheres como mão-de-obra mais barata;• Trabalho mal remunerado.A mecanização da indústria, ao mesmo tempo em que fazia surgir a classeassalariada promovia o desemprego em massa, conseqüentemente, a misériacoletiva e os desajustes sociais.A intranqüilidade social tornou-se campo fértil para a formação das mais variadasoposições ao liberalismo econômico. Surgiram as primeiras organizações dostrabalhadores (sindicatos, associações de operários, cooperativas de ajuda mútua,comitês de fábrica) desencadeando movimentos de reivindicação e reclamando poruma mudança social, econômica e política.Estas iniciativas configuravam-se como uma possibilidade de transformação docontexto de deterioração generalizada da classe trabalhadora. Foram as primeirasexpressões de denúncia, de autodefesa e de sobrevivência diante da condiçãosocial em que viviam.É neste contexto que nasceu o embrião do cooperativismo moderno. Representou,sobretudo, a organização dos trabalhadores para fazer frente às conseqüênciassociais e econômicas do capitalismo do século XIX.

Os Precursores do Cooperativismo

As primeiras idéias cooperativistas surgiram, sobretudo, na corrente liberal dossocialistas utópicos do século XIX e nas experiências que marcaram a primeirametade do século XX.Generalizava-se, nessa época, grande entusiasmo pela tradição de liberdade e, aomesmo tempo, o ambiente intelectual dos socialistas estava impregnado de ideal de justiça e fraternidade.Foi nesse quadro intelectual, somado à realidade constituída pelo sofrimento daclasse trabalhadora, que se criou o contexto propício ao aparecimento dascooperativas: nasceram da necessidade e do desejo da classe trabalhadora emsuperar a miséria pelos seus próprios meios (ajuda mútua).Estes pensadores surgiram na Inglaterra e na França, isto é, nos países pioneiros do

progresso intelectual e do desenvolvimento industrial da época Moderna. Dentre ossocialistas que maior influência exerceram sobre o cooperativismo, destacam-se:Robert Owen (1772-1858). Nasceu na Inglaterra e é considerado o pai docooperativismo. Combateu o lucro e a concorrência, por considerá-los os principaisresponsáveis pelos males e injustiças sociais. Investe em inúmeras iniciativas deorganização dos trabalhadores. Preocupado com as condições de vida doproletariado inglês, funda escolas para filhos de operários.Charles Fourier (1772 – 1858). Nasceu na França e foi idealizador das cooperativasintegrais de produção, criando comunidades onde os associados tinham tudo emcomum. Essas comunidades eram chamadas de falanstérios.Luis Blanc (1812 – 1882). Francês, foi um grande político que se preocupou com odireito ao trabalho, defendendo a liberdade baseada na educação geral e naformação moral da sociedade.

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Charles Gide (1847 – 1932). Francês, professor universitário, é conhecidomundialmente por suas obras sobre economia, política e cooperativismo. Fundadorda “Escola de Nimes” na França, que muito contribui com a produção doconhecimento sobre o cooperativismo mundial.Philippe Buchez (1792 – 1865). Nasceu na Bélgica, buscou criar um cooperativismoautogestionado, independente do governo ou de ajuda externa. Na França ele tentouorganizar “associações operárias de produção”, que hoje são chamadas decooperativas de produção.Willian King (1786 – 1865). Também inglês, tornou-se médico famoso e se dedicouao cooperativismo de consumo. Engajou-se em prol de um sistema cooperativistainternacional.John Bellers (1654 – 1725). Nasceu na Inglaterra e tentou organizar cooperativas detrabalho, para terminar com o lucro e as indústrias inúteis;

Todos esses pensadores contribuíram para a formação de concepções, princípios epolíticas de ação das cooperativas modernas, ao defenderem:a)A idéia de associação e ênfase na união em atividades sociais e econômicas;b)A cooperação como força de ação emancipadora da classe trabalhadora, atravésda organização por interesses de trabalho;c)Esta organização se faz por iniciativa própria, cujo controle e administração deveseu democrático e autogestionado.A primeira cooperativa “os pioneiros de Rochdale”A história dos operários tecelões da cidade de Rochdale – “Pioneiros de Rochdale” –situada no condado de Lancashire na Inglaterra – tem sido a grande referência parao cooperativismo moderno.A Inglaterra no início do século XIX passava por uma série crise, reflexo da luta entreos tecelões, os antigos condados herdados dos senhores feudais e a era industrial.Prejudicados pelo novo modelo econômico que substituiu o trabalho artesanal pelaprodução industrial, os trabalhadores tiveram que enfrentar os problemas básicos desobrevivência humana: falta de moradia, acesso à educação, saúde e alimentação eo alto índice de desemprego, em virtude da mão-de-obra excedente.Diante dessa situação tão difícil os trabalhadores passaram a buscar alternativasvisíveis, que pudessem garantir a sobrevivência e o sustento de suas famílias.Diante dos problemas que já se tornavam angustiantes em toda Europa, um grupode operários tecelões ingleses – 27 homens e uma mulher – sob influência dosprimeiros intelectuais socialistas, decidem fundar a cooperativa de consumo

denominada “ROCHDALE SOCIETY OF EQUITABLE PIONEERS”, registrada em 24de outubro de 1844, na cidade de Rochdale, Inglaterra.Tradicionalmente reconhecidos como os pioneiros, os tecelões cooperadorescomeçaram a juntar os primeiros fundos necessários para realizar seu projeto devida:• Abrir um armazém comunitário para a venda de provisões, roupas, etc.;• Comprar e construir casas destinadas aos membros que desejam amparar-semutuamente para melhorar sua condição doméstica e social;• Iniciar a manufatura dos produtos que a cooperativa julgar conveniente, para oemprego dos que se encontram sem trabalho ou daqueles que sofrerem reduçõessalariais.• Para garantir mais segurança e bem-estar, a cooperativa comprará ou alugará terraque será cultivada pelos membros desempregados;

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• Organizar as forças de produção, de distribuição, de educação e desenvolver aadministração democrática e autogestionária do empreendimento.Os objetivos e forma de organização social do trabalho e economia da cooperativade Rochdale transformaram-se, posteriormente, em Princípios do CooperativismoMundial.A contribuição do cooperativismo no desenvolvimento nacional

A contribuição do cooperativismo, segundo a Recomendação 127/66 daOrganização Internacional do Trabalho, com sede em Genebra,na Suíça, constataque “nos países em vias de desenvolvimento econômico, social e cultural, comomeio para”:• Melhorar a situação econômica, social e cultural das pessoas com recursos epossibilidades limitadas, assim como para fomentar seu espírito de iniciativa;• Incrementar os recursos pessoais e o capital nacional mediante estímulo dapoupança e sadia utilização do crédito;• Contribuir para a economia, através do controle democrático da atividadeeconômica e de distribuição eqüitativa dos excedentes;• Possibilitar emprego mediante ordenada utilização de recursos;• Melhorar as condições sociais e completar os serviços sociais nos campos dahabitação, saúde, educação e comunicação;• Ajudar a elevar o nível de conhecimento geral e técnico de seus sócios.Numerosas são as cooperativas que contribuem para trazer soluções aos grandesproblemas com que se confrontam os países e a humanidade. “Pelo valor dessacontribuição que, ao longo dos anos, o cooperativismo transformou-se em alternativa

viável, na geração de trabalho e renda à população de muitos países, e vemcumprindo sua função no desenvolvimento dos setores urbano e rural”.E, sem dúvida, a qualidade da contribuição do cooperativismo no desenvolvimentolocal, regional e nacional dependerá da capacidade e responsabilidade das pessoascooperantes, que são a razão de ser da organização cooperativa.

Cooperativas – Panorama Mundial

A cooperação que, em todos os lugares, reponde à necessidade do seu humano é,na verdade, um conceito universal. As cooperativas estão presentes em todos ospaíses e em todos os sistemas econômicos e culturais.Segundo o relatório do Banco Mundial “seria difícil encontrar um sistema mais eficazdo que o cooperativo para encorajar e estimular a participação ativa das populações,na realização de programas de desenvolvimento”.Em vários países, as cooperativas apresentam as mais diversas realizações,conforme exemplos citados abaixo:• No Japão, as cooperativas ocupam um lugar relevante no desenvolvimento dasregiões rurais;• Nos Estados Unidos foram as cooperativas que levaram a energia elétrica aomundo rural no decorrer da última geração;• Na Romênia, as cooperativas de turismo e viagem são as primeiras do país, pelaimportância de sua rede e pelo número de estações de férias;• Na Índia, cerca de metade da produção açucareira vem de cooperativas;

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• Na região baixa da Espanha, as cooperativas de Mondragon fazem parte, emescala nacional, dos maiores fabricantes de refrigeradores e de equipamentoseletrodomésticos;• Na Itália, as cooperativas operárias de diversos setores são reconhecidas como osetor de ação mais eficaz, na luta contra o desemprego;• No Canadá, um habitante em três é membro de uma cooperativa de crédito, e maisde 75% da produção de trigo e outros cereais do país passam pelas mãos decooperativas de comercialização;• Nos mercados de distribuição de produtos alimentares da Europa, as cooperativasde consumo estão na frente em vários países e: Finlândia e Suíça ocupam osprimeiros lugares;• Entre os cinqüenta maiores sistemas bancários do mundo, cinco são cooperativos.Destacam-se França, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Japão;• Nos países escandinavos, as cooperativas agrícolas têm de longe a maior parte domercado da maioria dos produtos, às vezes mais de 90%;• Na França, Polônia e Filipinas funcionam, com muito sucesso as cooperativasescolares.O movimento cooperativista internacional conta com mais de 760 milhões depessoas: por isso, é um importante movimento sócio-econômico mundial.

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SEGUNDA PARTENoções Fundamentais de Cooperativismo

O cooperativismo enquanto organização sócio-econômica, não de sustenta sobreuma noção ou teoria social específica, mas sobre um conjunto de idéias e noçõestais como: mutualidade, união de esforços, solidariedade, associação entre pessoasem função de objetivos comuns, e não exploração do homem pelo homem, justiçasocial, democracia e autogestão.A idéia central da organização cooperativa baseia-se, antes de mais nada, nasidéias e convicções de seus próprios membros, empenhados numa ação comum, afim, de se dedicarem à atividade produtiva, econômica e social, ou a serviços úteis ebenéficos a todos os que fazem parte da associação.A natureza da cooperação e do cooperativismo já foi objeto de inúmeras descriçõese definições. É preciso, portando, que sejam bem claras as noções fundamentaisque sustentam o cooperativismo, pois será função delas que e orientará qualqueratividade.

O Que é Cooperação?

É o método de ação pelo qual indivíduos, famílias ou comunidades, com interessescomuns, constituem um empreendimento. Neste, os direitos de todos são iguais e oresultado alcançado é repartido entre seus integrantes, na proporção de suaparticipação nas atividades da organização.

O Que é Cooperativismo?

O cooperativismo é um movimento internacional, que busca constituir umasociedade justa, livre e fraterna, em bases democráticas, através deempreendimentos que atendam às necessidades reais dos cooperantes, eremunerem adequadamente a cada um deles.

O Que é Cooperativa?Durante o congresso do Centenário da Aliança Cooperativa Intenacional – ACI,realizado em 1995 na cidade de Manchester – Inglaterra, a definição de cooperativaficou assim estabelecida: “Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas quese unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas,sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva edemocraticamente gerida”.Conforme orientação para constituição de cooperativas da organização dasCooperativas Brasileiras – OCB, cooperativa é “uma sociedade de, no mínimo (20)pessoas físicas, com um interesse em comum, economicamente organizada de

forma democrática, isto é, com a participação livre e igualitária dos cooperantes, aosquais presta serviços, sem fins lucrativos”.

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O Que é Cooperante?

O cooperante também denominado de associado e/ou cooperado, é o trabalhadorurbano ou rural, profissional de qualquer atividade sócio-econômica, que associapara participar ativamente de uma cooperativa, assumindo as responsabilidades,direitos e deveres que são inerentes.

Quais são os Valores do Cooperativismo?

As cooperativas baseiam-se em valores de ajuda mútua e responsabilidade,democracia, igualdade, equidade e solidariedade. Na tradição dos seus fundadores,os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade,transparência, responsabilidade social e preocupação pelo seu semelhante.

Os Princípios do Cooperativismo

O termo quer dizer “o momento em que alguma coisa tem origem”. Nocooperativismo foi construído sobre pilares da cooperação que destacam a união dosocial (associação de pessoas – autogestão) e do econômico (empresa coletiva –remuneração do trabalho e participação dos trabalhadores nos resultados).Os princípios básicos do cooperativismo, aprovados em 1884 sofreramreformulações ocorridas em 1845 e 1854. Diante das transformações sociais etecnológicas do mundo do trabalho, os princípios que norteiam a constituição decooperativas foram revistos e atualizados às exigências da sociedade moderna. Emsucessivos congressos da Aliança Cooperativa Intenacional – ACI, órgão quecongrega o cooperativismo mundial, realizados em 1937 (Paris – França), 1966(Viena – Áustria) e 1995 (Manchester – Inglaterra), os princípios do cooperativismoforam assim estabelecidos:

PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMOTEXTOS DE ROCHDALE CONGRESSO DA ACI 1937 CONGRESSO DA ACI

19661 Adesão livre Adesão livre Adesão livre (social, política

e racial)

2 Gestão democrática Gestão democrática

Distribuição de sobras e dopúblico em geral.a) ao desenvolvimento dacooperativab) aos serviços comunsc) aos associados “pro rata”das operações.

3 Retorno “pro rata” dasoperações Retorno “pro rata” das operações Taxa limitada de juros ao

capital4 Juros limitados ao

capital Juros limitados ao capital Taxa limitada de juros aocapital

5 Vendas a dinheiro Venda a dinheiroConstituição de um fundopara educação doscooperados e do público emgeral

6 Educação dos membros Desenvolvimento da educação emtodos os níveis

Ativa de um fundo entre as

cooperativas, em planolocal, nacional einternacional

7 Cooperativização global Neutralidade política, religiosa e racial

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Atuais Princípios do Cooperativismo

CONGRESSO DO CENTENÁRIO DA ALIANÇA COOPERATIVA INTERANCIONAL – ACI – MANCHESTER – INGLATERRA – 1995

1. Adesão voluntária e livreAs cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas autilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, semdiscriminação de sexo, ou de ordem social, política e religiosa.2. Gestão democrática pelos membrosAs cooperativas são organizadas democráticas, controladas pelos seus membros,que participam ativamente na formulação de suas políticas e na tomada de decisões.Os homens e mulheres, eleitos como representantes dos demais membros, sãoresponsáveis perante estes. Nas cooperativas de primeiro grau, os membros têmigual direito de voto (uma pessoa – um voto); as cooperativas de grau superior sãotambém organizadas de maneira democrática.3. Participação econômica dos membrosOs sócios contribuem eqüitativamente para o capital das suas cooperativas econtrolam esse capital democraticamente. Parte desse capital é, normalmente,propriedade comum da cooperativa. Os membros recebem, habitualmente, sehouver, uma remuneração limitada ao capital integralizado, como condição de suaadesão. Os membros destinam os excedentes a uma ou mais das seguintesfinalidades:a)Desenvolvimento da cooperativa, possibilitando o estabelecimento de fundos dereserva, parte dos quais, pelo menos, será indivisível;b)Benefício aos associados na proporção de suas operações com a cooperativa e;c)Apoio a outras atividades aprovadas em assembléia.4. Autonomia e independênciaAs cooperativas são organizadas autônomas, de ajuda mútua, controlada pelos seusmembros, se estas. Firmarem acordos com outras organizações, incluindoinstituições públicas, ou recorrerem ao capital externo, devem faze-lo em condiçõesque assegurem o controle democrático pelos seus membros, e mantenham aautonomia da cooperativa.

5. Educação, formação e informaçãoAs cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, osrepresentantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuireficazmente para o desenvolvimento de suas cooperativas. Informam ao público emgeral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e asvantagens da cooperação.6. IntercooperaçãoAs cooperativas trabalham em conjunto, através de estruturas locais, regionais,nacionais e internacionais aumentando a força do movimento cooperativo.7. Preocupação com a comunidadeAs cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas

comunidades, através de políticas aprovadas pelos seus membros.

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DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÃO, COOPERATIVA EEMPRESA MERCANTIL

ASSOCIAÇÃO COOPERATIVA EMPRESA MERCANTIL♦ É uma união depessoas

∗ É uma sociedadesimples, regida porlegislação específica

◊ É uma sociedadeempresária

♦ Objetivo sem finseconômicos

∗ Objetivo principal é aprestação de serviçoseconômicos ou financeiros

◊ Objetivo principal éo lucro

♦ Número ilimitado deassociados

∗ Número ilimitado deassociados, salvoincapacidade técnica

◊ Número ilimitado ounão de acionistas

♦ Cada pessoa temum voto

∗ Cada pessoa um temvoto

◊ Voto proporcionalao capital

♦ Assembléias:quorum é baseado nonúmero de associados

∗ Assembléias: quorum ébaseado no número deassociados

◊ Assembléias:quorum é baseado nocapital

♦ Não tem quotas decapital

∗ Não é permitida atransferência das quotas-partes a terceiros,estranhos à sociedade

◊ Transferência dasações a terceiros

♦ Não geraexcedentes

∗ Retorno dos excedentesproporcional ao volumedas operações

◊ Lucro proporcionalao capital

A cooperativa é uma das formas avançadas de organização da sociedade civil.Proporciona o desenvolvimento sócio-econômico aos seus integrantes e àcomunidade; resgata a cidadania através da participação, do exercício dademocracia, da liberdade e autonomia, no processo de organização da economia edo trabalho.

Os Símbolos Internacionais da Cooperação (INSERIR SÍMBOLOS)

Pinheiro — antigamente o pinheiro era tido como um símbolo da imortalidade e dafecundidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na suamultiplicação.Círculo — o círculo representa a vida eterna, pois não tem horizonte, nem começo,nem fim.Verde — o verde-escuro das árvores representa o princípio vital da naturezaAmarelo — o amarelo-ouro represente o sol, fonte permanente de energia e calor.Assim nasceu o emblema do cooperativismo: um círculo abraçando dois pinheiros,para indicar a união do movimento, a imortalidade de seus princípios, a fecundidadede seus ideais e a vitalidade de seus adeptos. Tudo isso marcado na trajetória

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ascendente dos pinheiros que se projetam para o alto, procurando crescer cada vezmais.Bandeira — a bandeira, que leva as cores do arco-íris, constitui o símbolointernacional do cooperativismo, aprovado pela AliançaCooperativa Internacional — ACI, em 1932. o cooperativismo, ao adotar essabandeira, leva a mensagem de paz e da unidade, que supera as diferenças políticas,econômicas, sociais, raciais e religiosas de povos e nações. Luta por um mundomelhor, onde a liberdade individual, a dignidade e justiça social sejam os valoresnorteadores da sociedade humana.

Sistema de Representação do Cooperativismo

REPRESENTAÇÃO INTERNACIONAL

Aliança Cooperativa Internacional — ACIA Aliança Cooperativa Internacional — ACI, fundada em Londres no ano de 1895, éuma associação formada pelos órgãos de representação do sistema cooperativistade cada país membro da ACI, atualmente, com 75 países filiados, tem sua sede emGenebra, na Suíça.Organização das Cooperativas da América — OCAA Organização das Cooperativas da América — OCA, foi fundada como organismode integração, representação e defesa do cooperativismo dos organismos deintegração, representação e defesa do cooperativismo dos países da América, em1963, na cidade de Montevidéu, no Uruguai. A OCA, integrada por vinte países,mantêm relações com movimentos cooperativistas e com organizaçõesinternacionais, sejam elas governamentais ou não. Tem como sede permanente acidade de Bogotá, na Colômbia.

REPRESENTAÇAO NACIONAL

Organização das Cooperativas Brasileiras — OCBA criação da OCB foi concretizada durante o VI Congresso Brasileiro deCooperativismo, realizado em Belo Horizonte — Minas Gerais, no ano de 1969. aprimeira diretoria efetiva da OCB foi eleita em 1970. nesse período, a sede da OCBfuncionou em São Paulo. Somente dois anos após o encontro de Belo Horizonte, em

dezembro de 1971, implantou-se o Sistema OCB juridicamente. Em meados de1972, a sede definitiva da Organização foi instalada em Brasília — DEArepresentação do sistema cooperativista nacional cabe à OCB, sociedade civil,órgão técnico-consultivo, estruturado nos termos da Lei. 5.764/71.Organização das Cooperativas do Estado — OCETodos os estados brasileiros têm a sua OCE. Essa organização congrega erepresenta todos os ramos do cooperativismo no respectivo estado e presta serviçosàs filiadas, conforme o interesse e as necessidades das mesmas. As Organizaçõesdas Cooperativas de cada estado têm voto na eleição da Diretoria e Conselho Fiscalda OCB.Confederações de Cooperativas

Três ou mais Federações ou Cooperativas Centrais podem constituir umaConfederação.Federações ou Cooperativas Centrais

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Três ou mais cooperativas podem constituir uma Federação ou Cooperativa Central.CooperativaVinte ou mais pessoas podem constituir uma cooperativa. As cooperativas podemfiliar-se a uma ou mais Centrais ou Federações.

O Cooperativismo Goiano

Breve Histórico

O Cooperativismo em Goiás tem suas origens ligadas ao processo de ocupação eexpansão da fronteira agrícola na década de 1940. O seu nascimento está ligado aoprocesso de interiorização do país e de uma nova divisão do trabalho objetivavareconstruir uma economia mais voltada para um mercado interno. Em seu inícioesse cooperativismo se caracteriza pelo alto grau de dependência dos GovernosFederal e Estadual. A Constituição do Estado de Goiás, de 1946, em seu artigo 36,estabelecia imunidade tributária para todas as cooperativas. Esta se caracteriza naprimeira forma de incentivo do cooperativismo no Estado de Goiás. O fomento dasatividades cooperativas, por longo tempo, esteve situado na Secretaria deAgricultura do Estado, através do seu Departamento de Assistência aoCooperativismo. Esse órgão desenvolveu alguns trabalhos de educaçãocooperativista que resultaram nas primeiras cooperativas goianas. Muitas delasnasceram de iniciativas politicas e fortemente atreladas ao Estado, o queimplicava em vida curta na maioria das vezes. No entanto, o Estado exerceu umafunção importante e salutar de fomento, papel este continua tendo importância

desde que se realize com uma estreita sintonia com os segmentos organizados. Ahistoria tem nos mostrado que se isso não acontece estaremos fadados a repetiralgumas experiências negativas.

As Primeiras Experiências

As primeiras cooperativas surgiram em Goiás a partir de 1949, porém todas tiveramvida curta. O Governo desenvolveu um projeto com objetivo de trazer imigrantespara Goiás, não somente com a intenção de povoar o Estado, mas também deincrementar novas técnicas de produção agrícola na região.

As três primeiras cooperativas em território goiano foram constituídas por imigrantesitalianos e poloneses. No município de Rio verde foi Instaladaa Cooperativa Italianade Técnicos Agricultores, em março de 1949, com objetivo de assentar 5000famílias em uma área de 150.000 ha. Essa cooperativa foi fundada na Itália e seestabeleceu em Goiás já com um quadro social de 400 agricultores italianos.Desses apenas 106 cooperados chegaram à região e, devido às dificuldadesencontradas, abandonaram o projeto, as terras e a própria cooperativa um ano apóssua criação.

Duas outras cooperativas foram fundadas nesse mesmo período e tinham em seuquadro os imigrantes poloneses, que em maio de 1949 fundaram, na cidade de

Itaberaí a Cooperativa Agropecuária de Itaberaí. Essa cooperativa assentou 51famílias de "deslocados de guerra ". Em outubro de 1957 a entidade deixou deexistir. Em 1949 foi fundada outra cooperativa de imigrantes poloneses na fazenda

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Córrego Rico, situada na região entre as cidades de Inhumas e Itaberaí, com onome de Cooperativa Rural de Córrego Rico, que durou até 1957.

Na década de 50 surgiram várias cooperativas de crédito rural, e na década de 60

surgiram as primeiras cooperativas de consumo e as agropecuárias. Contudo,somente na década de 70 houve nova fase de estruturação do Cooperativismogoiano, onde as cooperativas agrícola ressurgem com um novo projeto econômicode organizar a produção de grãos nas terras férteis, principalmente do Sul eSudoeste goiano. Nas demais regiões do Estado o cooperativismo ligado àsatividades agropecuárias não se sustentou com a mesma força.

A partir de 1970 a realidade do crédito rural e a agricultura mecanizada propiciaramo nascimento de cooperativas com estruturas empresariais mais sólidas epreocupadas com a formação dos dirigentes e do corpo técnico par atender ocooperado. O pensamento empresarial-cooperativista nasceu nesse período. O

ramo que melhor soube utilizar essa relação, graças à especificidade do seuproduto, foi o agropecuário. Vale lembrar que é nesse período, ainda estreitamenteligado ao setor rural, é que nascem as cooperativas de eletrificação rural.Infelizmente os demais segmentos do cooperativismo ligados ao consumo, aocrédito e ao ensino, principalmente, não obtiveram as mesmas condições dedesenvolvimento.

As fases do Cooperativismo Goiano

Primeira Fase – período compreendido de 1949 a 1956

Na Primeira Fase tem-se o surgimento de cooperativas dentro da política doGoverno Federal e estadual em atendimento à expectativa da Marcha para o Oestee do programa de assentamento dirigido aos imigrantes do pós-guerra. Essapolítica, no que concerne ao cooperativismo, foi um fracasso, mas o Governoconseguiu atingir seu objetivo de expansão das atividades econômicas no territóriogoiano.

Segunda Fase – período de 1957 a 1970

Na Segunda Fase encontra-se o aparecimento de cooperativas ligadas ao créditorural; o ressurgimento das cooperativas agropecuárias e, no setor urbano, das

cooperativas de consumo. Nesse período surgiu um grande número de cooperativasem todas as regiões do estado.

No Norte, através de um programa estabelecido pelo Banco da Amazônia, criaram-se várias cooperativas agropecuárias. Esse programa consistia em fornecer créditosomente àquele produtor que fosse cooperado. Com base nessa orientação,Inclusive encampada pelos órgãos do Governo Estadual, as entidades quenasceram não conseguiram estabelecer uma identidade da cooperativa com oquadro social. A maioria fracassou.

O movimento dos trabalhadores do campo, nesse período, fundou na região de

Trombas e formoso a primeira organização popular cooperativista dentro do que seconsignou chamar a "República Cooperativista de Trombas e Formoso". Essacooperativa surgiu como fruto da luta dos trabalhadores rurais pela conquista da

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terra. O movimento surgiu em 1950 e terminou com o advento do Governo Militarem 1964.

Na década de 60, no Governo Mauro Borges, foi fundada a Cooperativa de

Colonização do Combinado Agrourbano de Arraias. Essa experiência foi trazida deIsrael, contudo não pôde ser plenamente executada porque o regime de 64 adestruiu. Em Goiás, tivemos apenas uma CIRA, Cooperativas Integral de ReformaAgrária, criada no início de 1970 em Colméia, organizada pelo INCRA, de acordocom as determinações do Estatuto da Terra.

Terceira Fase – a partir dos anos de 1970 até 2000

A partir desse período o Cooperativismo Goiano , principalmente aquele identificadocom o meio rural, entra na fase do desenvolvimento empresarial comprometido coma modernização da agricultura nos cerrados. O cerrado adquire importância

nacional pela capacidade de contribuir com o abastecimento da economia emâmbito nacional. O aparecimento e a expansão das cooperativas agropecuárias,nascidas no Sul e Sudoeste do Estado, se identificam com o projeto econômico damodernização agrícola que chega às terras do Brasil central.

No meio urbano, assim como em todo o País, as cooperativas de consumo, créditoe escolares, principalmente, sofreram um processo de retração e muitas deixaramde existir. A retomada desses ramos ao processo de organização cooperativistasomente acontece a partir da década de 80. No final dos anos 1980, após arealização do X Congresso cooperativista brasileiro, em 1988, reaparecem ascooperativas de crédito rural e mútuo, bem como das cooperativas de ensino. Estas

últimas, como resposta às dificuldades do sistema de ensino e, as de crédito comoconseqüência da aspiração de produtores rurais, principalmente, de constituíremseu próprio banco cooperativo. O crescimento das redes de supermercados nesseperíodo foi um dos fatores que levaram as cooperativas de consumo a,praticamente, desaparecerem. Nos anos oitenta surgem também as cooperativas detrabalho, organizando categorias profissionais como médicos, odontólogos, taxistas,etc.

Quarta Fase – a partir do século XXI.

É possível, diante das circunstâncias evolutivas do cooperativismo goiano e das

transformações econômicas e políticas dos últimos tempos, caracterizarmos quenesse novo milênio existe uma nova fase do cooperativismo. É praticamente a faseda influência cada vez mais marcante da intercooperação, da preocupação com acomunidade assim como da afirmação dos ramos de trabalho e crédito como os quemais responderam aos desafios da sociedade atual. Ambos os segmentosrespondem à realidade do desemprego e das alterações profundas nas relaçõestrabalhistas e da necessidade de investimentos no crédito pessoal. Agrega-se aomovimento cooperativista goiano, principalmente ao ligado às atividadesagropecuárias a preocupação constante com a questão ambiental, vertentemoderna da sociedade que encontra eco na administração cooperativa que sefundamente na perenidade dos nossos princípios e na preservação dos nossosrecursos naturais. Se a sociedade se moderniza o cooperativismo dá respostasimediatas e consegue propor alternativas mais democráticas e duradouras não sópara seus cooperantes mas para toda a sociedade.

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Embora, sob a ótica econômica, o cooperativismo agropecuário represente a maiorforça do Estado, esse novo milênio se caracterizará, sem sombras de dúvida, naafirmação de uma tendência urbana do cooperativismo goiano onde os ramos detrabalho, transporte e crédito irão se projetar cada vez mais como propostas pararesolver o problema econômico das mais diferentes classes sociais. Caracterizam-se também como ramos com uma identidade muita grande com os problemas atuaisda sociedade brasileira. O microcrédito cooperativo pode ser a alternativa maissolicitada para as todas categorias profissionais que precisam realizar pequenasatividades empreendedoras e que querem fugir das grandes agências definanciamento privado e suas altas taxas de juros.

Por outro lado, de acordo com as afirmações do Governo Federal haverá umincentivo muito grande à Agricultura familiar assentada em pequenas unidadesprodutoras. Isso poderá propiciar o aparecimento de muitas cooperativas agrícolasfundadas por esses produtores rurais familiares.

Não podemos nos esquecer que em Goiás, existem cerca de 1500 associações depequenos agricultores familiares que, se incentivados ao cooperativismo poderão seconstituir em uma grande força política do movimento, pois representam mais de 20mil associados. Um outro aspecto são os assentamentos rurais que abrigam maisde 25 mil famílias de agricultores que se organizam, independentemente, em suascooperativas e se encontram fora do sistema OCB.Atualmente o cooperativismo goiano conta aproximadamente com 500 cooperativasregistradas na Junta Comercial do Estado agrega cerca de 80 mil cooperantes eoferece cerca de sete mil empregos diretos. Destas cooperativas 161 estão

registradas na OCB-GOA representação do sistema cooperativista em Goiás

O sistema cooperativista goiano está representado pelo Sindicato e Organizaçãodas Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás - OCB/GO, cujo objetivo promovera defesa política e econômica das cooperativas do Estado, oferecendo serviços deapoio ao desenvolvimento sustentado das cooperativas e à integração de todos osramos de atividade. A OCB-GO busca ser um elo entre as cooperativas, sem visarinteresses políticos, partidários ou econômicos, porém, agindo no sentido de elevarsua representatividade. Tem trabalhado para fortalecer o sistema, contribuindo com

outras organizações estaduais. Sua atuação tem elevado o nome do cooperativismonos diversos segmentos da sociedade. É integrante à política da OCB-GO o ServiçoNacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP/GO, órgãodescentralizado, que tem por finalidade a formação profissional, monitoramento epromoção social da cooperativas em Goiás.

Goiás é um Estado que vem tendo participação cada vez mais importante naagricultura nacional e as cooperativas agropecuárias do Estado, como era de seesperar, devem seguir nessa linha: ganhando importância e se solidificando.

O setor urbano do cooperativismo goiano tem apresentado maiores índices de

crescimento nos últimos anos. Esta deverá ser uma tendência natural daqui pordiante. É conseqüência da concentração da população nas cidades e pelascondições impostas pelo modelo econômico, que tem alterado significativamente as

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relações de trabalho e emprego. Assim os ramos trabalho e crédito vêm sedestacando nos últimos anos não só em termos de crescimento, mas, sobretudo,em organização e estruturação.

O cooperativismo no Brasil

O movimento cooperativo começou a ser conhecido no Brasil por volta de 1841,quando o imigrante francês Benoit Juies de Mure tentou fundar, na localidade dePaimital (pertencente ao município de São Francisco do Sul e hoje ao município deGaruva, em Santa Catarina), uma colônia de produção e consumo — falanstério —com base nas idéias de seu compatriota Charles Fourier. Em 1847, também omédico francês Jean Maurice Faivre, sob inspiração de Fourier, fundou no Paraná aColônia Tereza Cristina.No decorrer do século XIX, com a chegada de imigrantes alemães e italianos, essas

iniciativas foram mais freqüentes. Muitas das comunidades que se formara noterritório nacional, em especial no Sul do pais tentaram resolver seus problemas deconsumo, crédito, produção e educação, cri ando organizações comunitárias, aosmoldes das que conheceram em suas pátrias de origem.Além das iniciativas já citadas, pode se mencionar ainda as de Rio dos Cedros —Santa Catarina e Ouro Preto — Minas Gerais (1889), Limeira — São Paulo (1891) eCamaragibe — Pernambuco (1894).Já no século )(X, em 1902, o jesuíta suíço Pe. Theodor Amstadt motivou os colonosde origem alemã a fundarem, em Vila Imperial, hoje Nova Petrópolis — Rio Grandedo Sul, uma cooperativa Agrícola de Rio Maior, Cooperprima, no município deUrussanga.

Nas décadas de 50 e 60, principalmente, o cooperativismo teve relativa expansão noBrasil, destacando-se o cooperativismo agropecuário. Atualmente, com mais de5.600 cooperativas, o cooperativismo atua nos mais variados setores da economia,estendendo-se a diversos segmentos da sociedade brasileira, com relativaexpressão de crescimento, no setor urbano.

Legislação cooperativista no Brasil

O Direito Cooperativo Brasileiro teve seu marco inicial em 1903, com o Decreto n0

979, que tratando dos Sindicatos Agrícolas, fez referência, no Artigo lº, sobre aorganização das cooperativas. Em 1907, através do Decreto nº 1637, foi dado inícioao tratamento legislativo das sociedades cooperativas, contudo, sem as efetivasprevisões filosóficas e doutrinárias do cooperativismo mundial.O marco de maior importância para a consolidação jurídica das sociedades co-operativas, data de 1932, com o Decreto n0 22.239, assim expresso no ArtigoSegundo: as sociedades cooperativas, qualquer que seja sua natureza, civil oucomercial, são sociedades de pessoas e não de capital, de forma jurídica “sulgenens”.Durante o período de centralismo estatal (‘964 a 1971), o Decreto-Lei n0 59/ 1966define a Política nacional de Cooperativismo e modifica as legislações anteriores.Neste período, regulamentado por vários Decretos-Leis, instituiu-se o SistemaFinanceiro de Habitação, conseqüentemente o cooperativismo habitacional; criou-seas Cooperativas Integrais de Reforma Agrária (Estatuto da Terra); sujeitou ascooperativas de crédito, quanto à parte normativa, ao Conselho Monetário Nacional

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e, quanto à fiscalização, ao Banco Central do Brasil e; tratou de isenção do Impostode Renda para as cooperativas.A Lei N0 5.764/71 caracteriza, para o direito cooperativo, as sociedades cooperativascomo sociedades civis e não comerciais. Em 1982, a Lei no 6.981/82 alterou o Artigo42 da Lei n

05.764/71, ao vedar a representação por procuração, facultando umaabertura à organização de delegados e representantes dos associados, organizados

em núcleos, comitês, pequenas comunidades, para melhor participarem dasdecisões da cooperativaEm sucessivos encontros e seminários, os cooperativistas brasileiros tentamassegurar maior autonomia, notadamente política, administrativa e financeira.Antecedendo a realização do X Congresso Brasileiro de Cooperativismo, promoveu-se em todo país uma ampla consulta às bases cooperativas, em relação àsprincipais aspirações dos cooperados.Entre as mais de 4.000 propostas apresentadas, a grande maioria dizia respeito auma maior participação dos associados, em suas cooperativas, e ao fim dainterferência estatal no setor.O desejo das cooperativas, aprovado no X congresso, foi levado e defendido pelaslideranças do cooperativismo na Assembléia Nacional Constituinte que, em con-seqüência, fez referência às cooperativas.O cooperativismo brasileiro, pela primeira vez na sua história, figura na novaConstituição Brasileira. Trata-se de um grande avanço no que se refere àorganização social e econômica da sociedade civil, em especial, à organizaçãocooperativa.Capítulo I — Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos — Artigo 50 - item XVIII-“A CRIAÇÃO DE ASSOCIAÇÕES E, NA FORMA DA LEI, A DE COOPERATIVAS,INDEPENDEM DE AUTORIZAÇÃO, SENDO VEDADA A INTERFERÉNCIAESTATAL EM SEU FUNCIONAMENTO”.

Legislação Cooperativista Atual

O cooperativismo não postula privilégios; quer, sim, tratamento justo, por constituiruma grande expressão social e econômica na estrutura da sociedade, ao lado dosdemais setores como bancos, indústria, comércio, trabalho profissional etc. E naturalque seja regulado por lei, assim como todos os demais setores o são, dentro daordem jurídica nacional.

E a Lei n0

5.764, de 16 de dezembro de 1971, que define a política nacional decooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. Vale aquitranscrever alguns de seus artigos, aqueles diretamente relacionados com asorientações deixadas neste livro:Art. 40 - As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídicapróprias, de natureza civil, não sujeitas à falência, constituídas para prestar serviçosaos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes característi-cas:I - adesão voluntária, com número ilimitado de associados, salvo impossibilidadetécnica de prestação de serviços;II - variabilidade do capital social, representado por quotas-partes;

III - limitação do número de quotas-partes do capital para cada associado,facultado, porém, o estabelecimento de critérios de proporcionalidade, se assim formais adequado para o cumprimento dos objetivos sociais;

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IV - inacessibilidade das quotas-partes do capital a terceiros, estranhos à sociedade;V - singularidade de voto, podendo as cooperativas centrais, federações econfederações de cooperativas, com exceção das que exerçam atividade de crédito,optar pelo critério da proporcionalidade;VI - “quorum” para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral baseado nonúmero de associados e não no capital;VII - retomo das sobras líquidas do exercício, proporcionalmente às operaçõesrealizadas pelo associado, salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral;VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica, Educacional eSocial;IX - neutralidade política e indiscriminação religiosa, racial e social;X - prestação de assistência aos associados e, quando prevista nos estatutos, aosempregados da cooperativa;XI - área de admissão de associados limitada às possibilidades de reunião, controle,operações e prestação de serviços.Art. 5º - As sociedades cooperativas poderão adotar por objeto qualquer gênero deserviço, operação ou atividade, assegurando-se-lhes o direito exclusivo e exigindo-se-lhes a obrigação do uso da expressão “cooperativa” em sua denominação.Parágrafo único - É vedado às cooperativas o uso da expressão “Banco”.Art. 6º - As sociedades cooperativas são consideradas:I - singulares, as constituídas pelo número mínimo de 20 (vinte) pessoas físicas,sendo excepcionalmente permitida a admissão de pessoas jurídicas que tenham porobjeto as mesmas ou correlatas atividades econômicas das pessoas físicas ou,ainda, aquelas sem fins lucrativos;II - cooperativas centrais ou federações de cooperativas, as constituídas de, nomínimo, 3 (três) singulares, podendo, excepcionalmente, admitir associados indivi-duais;III - confederações de cooperativas, as constituídas, pelo menos, de 3 (três)federações de cooperativas ou cooperativas centrais, da mesma ou de diferentesmodalidades.Parágrafo lº - Os associados individuais das cooperativas centrais e federações decooperativas serão inscritos no Livro de Matrícula da sociedade e classificados emgrupos, visando à transformação, no futuro, em cooperativas singulares que a elasse filiarão.Parágrafo 2º - A exceção estabelecida no item U, in fine, do “caput” deste artigo nãose aplica às centrais e federações que exerçam atividades de crédito.

Art. 7º - As cooperativas singulares se caracterizam pela prestação direta deserviços aos associados.Art. 8º - As cooperativas centrais e federações de cooperativas objetivam organizar,em comum e em maior escala, os serviços econômicos e assistências de interessedas filiadas, integrando e orientando suas atividades, bem como facilitando a utili-zação recíproca dos serviços.Parágrafo único - Para a prestação de serviços de interesse comum, é permitida aconstituição de cooperativas centrais, às quais se associem outras cooperativas deobjetivo e finalidades diversas.Pode-se ver, através desses poucos dispositivos legais aqui transcritos, a inserçãode normas rochdaleanas, aquelas chamadas de imutáveis, caracterizadoras de uma

cooperativa. Os próprios estudantes, como se fizessem um exercício, podemdescobri-las naturalmente, sublinhando palavras e expressões.

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Não transcrevemos a totalidade da Lei n0 5.764/71 porque, no momento destaedição, nova legislação está sendo discutida e votada no Congresso Nacional parasubstituí-la. Não trará inovações de essência, não modificará a doutrinacooperativista, apenas atualizará o trato das relações internas e externas dacooperativa dentro do universo jurídico que hoje regula a sociedade brasileira.É importante lembrar que desde outubro de 1988 o Brasil possui uma novaConstituição. Essa nova Carta trouxe algumas disposições que repercutemprofundamente no ambiente cooperativista.Eis as principais:Artigo 5º(1) - Inciso XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativasindependem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funciona-mento.Artigo 21 - Compete à União:(3) - Inciso XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividadede garimpagem, em forma associativa.Artigo 146 - Cabe à lei complementar:Inciso III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, es-pecificamente sobre:c - adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedadescooperativas.Artigo 174(2) - Parágrafo 20 - A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas deassociativismo.(3) - Parágrafo 40 - As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terãoprioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelasfixadas de acordo com o art. 21, XXY na forma da lei.(4) - Artigo 187 - A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, coma participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadoresrurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de trans-porte, levando-se em conta, especialmente:...VI — o cooperativismo.(5) - Artigo 192 - O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover odesenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, seráregulado em lei complementar que disporá, inclusive, sobre:

VIII - o funcionamento das cooperativas de crédito e os requisitos para que possamter condições de operacionalidade e estruturação própria das instituições finan-ceiras.Destaquemos agora as principais referências constitucionais sobre o cooperativismoe seu significado, acompanhando a numeração (1) a (5) assinalada à esquerda dotexto aqui transcrito:(1) É livre a constituição de cooperativas. Antes não era; era necessário obtero “referendum” ou chancela do Estado sobre os documentos constitutivos, atravésde órgãos do governo (SENACOOP - Secretaria Nacional de Cooperativismo e,anteriormente, do INCRA - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). ASENACOOP é hoje um órgão extinto.

Àqueles órgãos cabia também fiscalizar as cooperativas. Hoje, não. Não há maistutela do Estado sobre as cooperativas. Estas são livres para nascer e tomam-se

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plenamente responsáveis pelos seus atos - êxitos ou fracassos, como as demaisorganizações também livres. É o que chamamos de AUTOGESTÁO.(2) O Estado não apenas deixa de tutelar o cooperativismo; confere-lhe liberdadepara existir e vê nele um instrumento útil ao reordenamento sócio-econômico. Daí asexpressões “apoiará e estimulará” constantes na Constituição.(3) O Estado deseja uma atividade garimpeira bem ordenada em relação às pessoase ao meio ambiente, e favorecerá a garimpagem organizada em sociedadescooperativas. As cooperativas de garimpo precisam, pois, mostrar ao Estado e àsociedade que elas podem de fato reordenar o setor garimpeiro, corrigindo asmazelas e desordens que os meios de comunicação tanto divulgam.(4) A política agrícola do Brasil não poderá mais ser um conjunto de normas de cimapara baixo. Ela será discutida com representantes de vários segmentos, entre elesos produtores, os trabalhadores rurais e, é claro, as cooperativas, por constituíremdissociações organizadas de produtores e trabalhadores;(5) As cooperativas de crédito serão reguladas em lei (ainda se espera a lei queregulamentará o dispositivo constitucional), de modo que passem a ter condições deoperacionalidade e estruturação própria das instituições financeiras. Isso deixaantever que as cooperativas de crédito no Brasil venham a poder realizar outrosserviços que somente à atual rede bancária são permitidos. E as condições defuncionamento devem ficar mais claras para permitir às cooperativas de créditomaior segurança na descrição de suas atribuições e melhor estruturação paradesempenhar seu papel em favor de seus cooperados.Nem todos os países do mundo conferem ao seu cooperativismo interno tantaautonomia como o Brasil. É bem verdade que ainda dependemos de leisregulamentadoras da nova Constituição, mas algumas conseqüências já estão bemclaras:• O cooperativismo é livre e o Estado assegura-lhe apoio e estímulo;• Sendo livre, torna-se muito mais responsável perante a sociedade. Precisa adquirircada vez mais a credibilidade do público pelos serviços que presta;• Tem de gerir-se a si mesmo (AUTOGESTÃO) com todas as ferramentas daeficiência e eficácia utilizadas no mundo moderno. A autogestão passou a ser apalavra de ordem no cooperativismo, a qual deve ser bem assimilada por todos oscooperados, a fim de que as cooperativas, agora plenamente responsáveis pelosseus próprios destinos, cumpram seus objetivos com a total participação de seuquadro social e sejam bem administradas pelos seus dirigentes.

Autogestão é ResponsabilidadeNas organizações cooperativas, quaisquer que sejam seus segmentos e objetivossociais, elas existem em função das pessoas. Toda e qualquer cooperativa é umaorganização com fins sociais e econômicos. Através de uma cooperativa sãoimplementados, de forma coletiva, produtos e serviços para satisfazer determinadasnecessidades de seu quadro social (cooperantes), com o objetivo de viabilizar a suaatividade.É a partir das necessidades conhecidas que a cooperativa desenvolve sua açãomercadológica buscando, em seus mercados, os resultados que constituirão, ousustentarão, as atividades da cooperativa.O empreendimento cooperativo tem uma característica importante que a diferenciadas empresas mercantis: a autogestão.

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Por que a cooperativa é um empreendimento autogestionado?

Porque o cooperante será, necessariamente e sempre, o “dono” da organização,com todos os deveres, diretos e responsabilidades desse tipo de prática societária.O cooperante também é identificado como “usuário” das atividades desenvolvidaspela cooperativa;É identificado também como “trabalhador”, pois é ele que executa as atividadesnecessárias, para o alcance dos objetivos sociais e econômicos, de interessecomum.A administração de uma cooperativa exige competência técnica e profissional deseus dirigentes, cooperantes e empregados. O êxito da cooperativa depende dacapacidade de administração autogestionada, e da capacidade de organizaçãosocial e política de seus integrantes.Para alcançar o objetivo final da autogestão, são necessárias cinco condiçõesbásicas, conforme conclusão da II Convenção Nacional de AutogestãoCooperativista, realizada em Belo Horizonte — MG, no ano de 1992:1.Um programa de organização do quadro social. (Comitês Educativos, Comissões,Núcleos, Conselheiros) que permite a efetiva participação dos cooperantes noprocesso decisório e planejamento democrático, na sociedade cooperativa.

ORGANIZAÇÃO DO QUADRO SOCIAL EM COOPERATIVAS

2.Um programa de educação e capacitação cooperativa para dirigentes,cooperantes e empregados. O objetivo desse programa é dar condições às pessoaspara conhecer os fundamentos do cooperativismo, sua história, propostas filosóficas,econômicas e sociais. A partir do conhecimento adquirido é possível uma práticasocial transformadora.3.Transparência administrativa. É indispensável para qualquer programa deautogestão, que existam condições de transparência administrativa capazes de darconfiabilidade à gestão de cooperativa.4.auto-sustentação econômico-financeira. O êxito de uma cooperativa tambémdepende da sua capacidade de auto-sustentar econômica e financeiramente.Qualquer idéia de paternalismo deve ser afastada, desde o início. Para que a auto-sustentação seja legítima, é preciso que o potencial de cooperativa seja a soma do

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potencial de cada um dos cooperantes. Sem isso não há autonomia, não há auto-sustentação possível.5.Processo permanente de comunicação. Para alcançar um objetivo comum, aspessoas precisam comunicar-se entre si e aferirem suas posições. Sem co-municação e troca de informações entre os dirigentes, cooperantes e empregados, oobjetivo comum não será atingido. Para que esse intercâmbio de informações,conhecimentos e atividades possa acontecer de fato, é preciso criar instrumentos emecanismos de comunicação, sejam eles através de jornal, rádio, impressos,palestras, debates, reuniões, etc.

A administração de uma cooperativa

A administração de uma cooperativa é de total responsabilidade de seuscooperantes. Para viabilizar esse processo são eleitos, em Assembléia Geral, oConselho de Administração e Conselho Fiscal, que têm funções e atribuiçõesespecíficas no Estatuto Social da cooperativa. Essa forma de administrar garante aautogestão e o processo participativo, pois são os integrantes da organização quetomam as decisões e definem o plano de atividades, quem vai administrar e em queperíodo.O bom resultado da administração de uma cooperativa, depende da confiançarecíproca entre os dirigentes eleitos e quadro social. Evidentemente, a questãoessencial é o permanente processo de capacitação dos responsáveis eleitos, a fimde desempenhar seu papel de maneira efetiva e útil à sociedade.

Assembléia Geral

É o órgão supremo da cooperativa, que, conforme a legislação o Estatuo Social,tomará toda e qualquer decisão de interesse da sociedade. Além daresponsabilidade individual, o cooperante tem a responsabilidade individual, ocooperante tem a responsabilidade coletiva que se expressa pela reunião de todos,ou da maioria, nas discussões e deliberações. Suas deliberações vinculam a todos,ainda que ausentes ou discordantes.A Assembléia Geral ocorre durante o exercício social, nas seguintes ocasiões:

Assembléia Geral Ordinária (AGO)

É realizada obrigatoriamente uma vez por ano, no decorrer dos três primeiros mesesapós o termino do exercício social, deliberará sobre os seguintes assuntos, quedeverão constar da Ordem do Dia:a)A Prestação de contas dos órgãos de administração, acompanhada do parecer doConselho Fiscal, compreendido: relatório da gestão; balanço geral; demonstrativodas sobras apuradas, ou das perdas; plano de atividade da cooperativa para oexercício seguinte.b)Destinação das sobras apuradas ou o rateio das perdas, deduzindo-se, noprimeiro caso, as parcelas para os fundos obrigatórios.c)Eleição e posse dos componentes do Conselho de Administração, do ConselhoFiscal e de outros, quando for o caso.

d)Fixação de honorários, gratificações ou cédulas de presença para os componentesdo Conselho de Administração e do Conselho Fiscal.e)Quaisquer assuntos de interesse do quadro social.

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Assembléia Geral Extraordinária (AGE)

Será realizada sempre que necessário e poderá deliberar sobre qualquer assunto dacooperativa, desde que mencionado no edital de convocação. E de competênciaexclusiva da AGE a deliberação sobre os seguintes assuntos:a)Reforma do Estatuto Social;b)Fusão, incorporação ou desmembramento;c)Mudança de objetivo da sociedade;d)Dissolução voluntária e nomeação do liquidante;e)Contas do liquidante.

Conselho de Administração

É o órgão superior na administração da cooperativa. O Conselho da Administração éeleito em Assembléia Geral e formado por cooperantes, no gozo de seus direitossociais, com mandatos de duração e renovação, funções e atribuições estabelecidospelo Estatuto Social.É de sua competência a decisão sobre qualquer interesse da cooperativa e de seuscooperantes nos termos da legislação, do Estatuto Social e das determinações daAssembléia Geral.

Conselho Fiscal

É constituído por três membros efetivos e três suplentes, eleitos em AssembléiaGeral, para a função de fiscalização da administração, das atividades e das opera-ções da cooperativa, examinando livros e documentos, entre outras atribuições.É um órgão independente da administração. Tem por objetivo representar aAssembléia Geral no desempenho de suas funções, estabelecidas no EstatutoSocial, durante o período de 12 meses.

Organização do quadro social em comitês, núcleos ou comissões decooperantes.

A Organização do Quadro Social (OQS), em grupos de trabalho e estudos

(entidades de representação), fortalece o processo de autonomia e autogestão dacooperativa. O quadro social organizado permitirá avançar; no encaminhamento ediscussão de questões de interesse da sociedade. A cooperativa, diante da suaespecificidade, deverá elaborar a proposta de organização e de ação participativa doquadro social.Os objetivos da organização do quadro social são:• Promover o cooperativismo e a cooperativa;• Promover, de fato, a participação dos cooperantes na vida da cooperativa.• Trazer a cooperativa mais próxima do cooperante, para desenvolver trabalhos eatividades do seu interesse;• Defender o espírito comunitário dos cooperantes.• Formar e preparar lideranças e futuros dirigentes.• Criar meios para sistematizar a discussão e encaminhamentos de assuntos deinteresse da sociedade

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• Os direitos e deveres do cooperante

A cooperativa existe em função das pessoas — os cooperantes — que são donos eusuários. E preciso um engajamento muito sólido, com direitos, deveres e respon-sabilidade iguais a todos, pois se trata de um fator vital para seu desenvolvimento.O bom resultado de uma cooperativa depende, também, da clareza de res-ponsabilidades recíprocas, na gestão democrática do empreendimento comum. Aprática efetiva dos direitos e deveres na cooperativa assegura o processoparticipativo, democrático e autogestionado.E de responsabilidade de todos os cooperantes conhecer, praticar e aperfeiçoarseus direitos, deveres e responsabilidade perante a cooperativa.

Os direitos do cooperante

• Utilizar os serviços prestados pela cooperativa.• Tomar parte nas Assembléias Gerais, discutindo e votando os assuntos que nelasforem tratados.• Propor ao Conselho de Administração e às Assembléias, as medidas que julgarconveniente ao interesse do quadro social.• Propor ao Conselho de Administração e às Assembléias, as medidas que julgarconveniente ao interesse do quadro social.• Efetuar, com a cooperativa, as operações que forem programadas.• Obter, durante os 30 dias que antecedem a Assembléia Geral, informações arespeito da situação financeira da cooperativa, bem como sobre os balanços e

demonstrativos.• Votar e ser votado para os cargos no Conselho de Administração e ConselhoFiscal.• No caso de desligamento da cooperativa, retirar o capital, conforme estabelece oEstatuto Social.

Os deveres do cooperante

• Integralizar as quotas-partes de capital.• Operar com a cooperativa.• Observar o Estatuto Social da cooperativa.• Cumprir fielmente com os compromissos em relação à cooperativa.• Respeitar as decisões da Assembléia Geral e do Conselho Diretor.• Cobrir sua parte, quando forem apuradas perdas no fim do exercício.• Participar das atividades desenvolvidas pela cooperativa.

Dez mandamentos para inviabilizar a cooperativa

1.Não freqüente a sede da cooperativa, e quando for lá, procure algo para reclamar.2.Ao participar de qualquer atividade, encontre apenas falhas no trabalho de quemestá lutando para acertar.

3.Nunca aceite uma incumbência, pois é muito mais facial criticar do que fazer.4.Quando a Diretoria solicitar sua opinião, diga que não tem nada para falar, edepois fale tudo o que lhe vem na cabeça para outras pessoas.

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5.Faça apenas o absolutamente necessário e quando outros fizerem algo mais, digaque a cooperativa é dominada por um grupinho.6.Não leia as comunicações da cooperativa, alegando que elas não trazem nada deinteressante ou diga que não as recebeu.7.Caso seja convidado para algum cargo eletivo, diga que não tem tempo e depoisafirme que têm pessoas que não querem largar o poder.8.Quanto houver qualquer divergência na Diretoria, opte logo por uma facção e crietoda ordem de fofocas.9.Sugira, insista e cobre a realização de eventos pela cooperativa, mas não participedeles. Depois diga que tinha pouca gente.10. Não preencha qualquer questionário da cooperativa, quando ela solicitarsugestões. Caso a Diretoria não adivinhar as suas expectativas, chame-a de igno-rante.Quando a cooperativa fracassar “com essa cooperação fantástica”, estufe o peito econclua com o orgulho de quem sempre tem razão: “Eu não disse?”Obs: Quem tiver esse tipo de procedimento, deve ser afastado de imediato, poisinviabiliza qualquer cooperativa. Na cooperativa só deve entrar e nela permanecer apessoa que se comprometer a dela participar efetivamente.

Os ramos do cooperativismo

O cooperativismo, enquanto organização social e econômica, inserida no contexto edinâmica da sociedade, também sofre transformações e adequações, para melhoratender os interesses de seu quadro social. A partir de 1993, a Organização dasCooperativas Brasileiras — OCB deu início a modificações, no quadro denomenclaturas dos ramos cooperativos, adaptando-as às exigências atuais domundo do trabalho, quais sejam:Agropecuário, constituído por cooperativas de produtores rurais ou agropastoris ede pesca, cujos os meios de produção pertencem ao associado, cuja denominaçãodeve ser: Cooperativa dos Produtores de...Consumo, constituído por cooperativas dedicadas à compra em comum de artigosde consumo para seus associados, cuja denominação deve ser: Cooperativa deConsumo...Crédito, constituído por cooperativas destinadas a promover a poupança e financiarnecessidades ou empreendimentos dos seus associados, podem ser de crédito rurale urbano, cuja denominação deve ser: Cooperativa de Crédito Rural... ou

Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo... (se cooperativa de crédito urbano).Educacional, constituída por cooperativas de professores, que se organizam comoprofissionais autônomos para prestarem serviços educacionais, por cooperativas dealunos de escolas agrícolas que, além de constituírem para o sustento da própriaescola, às vezes produzem excedentes para o mercado e por cooperativas de paisde alunos, cuja denominação deve ser: Cooperativa dos Alunos da Escola Agrícola...ou Cooperativa de Pais..., ou Cooperativa dos Professores........, etc.Habitacional, constituído por cooperativas destinadas à construção, manutenção eadministração de conjuntos habitacionais para seu quadro social, cuja denominaçãodeve ser: Cooperativa Habitacional...Mineração, constituído por cooperativas com finalidade de pesquisar, extrais, lavrar,

industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais, cujadenominação deve ser: Cooperativas de Mineradores de Pedras Preciosas... ouCooperativa de Mineradores de..., etc.

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• Reunião de um grupo de pessoas — vinte pessoas no mínimo — interessadas emcriar a cooperativa com as seguintes finalidades:• Determinar os objetivos da cooperativa;• Escolher uma comissão para tratar das providências necessárias à criação dacooperativa, com indicação de um coordenador dos trabalhos.• Realizar reuniões com todos os interessados em participar da cooperativa, a fim deverificar as condições mínimas necessárias, para que a cooperativa seja viável.Achar respostas para os seguintes questionamentos:a)A necessidade é sentida por todos os interessados?b)A cooperativa é a solução mais adequada?c)Já existe alguma cooperativa na região que poderia satisfazer as necessidadesdos interessados?d)Os interessados estão dispostos a entrar com o capital necessário para viabilizar acooperativa?e)O volume de negócios é suficiente para que os cooperantes tenham benefícios?f)Os interessados estão dispostos a operar integralmente, com a cooperativa?g)A cooperativa terá condições de controlar pessoal qualificado para administrá-la efazer a contabilidade?• Escolha da denominação social e o nome comercial• Elaborar uma proposta de Estatuto Social da cooperativa.• Formulação da chapa dos componentes dos Conselhos de Administração e Fiscal.• Definir data de realização da Assembléia de Constituição da Cooperativa, com aparticipação de todos os interessados.

Etapa II — Atos do Processo de Constituição

• Divulgar o Edital de Convocação para Assembléia Geral de Constituição. (Anexo I)• Assembléia Geral de Constituição que deliberará sobre a seguinte Ordem do Dia:• Discussão e votação do Estatuto Social;• Eleição do Conselho de Administração e Fiscal.• Lavrar Ata de Constituição. Anexo II.• Coletar assinaturas.• Recebimento da integralização inicial do capital social.Obs: as cooperativas de crédito (rural e urbanas), devem encaminhar o EstatutoSocial aprovado e a Ata de Constituição ao Banco Central do Brasil, para aprovaçãodo Estatuto Social e homologação dos nomes dos Conselhos de Administração eFiscal, a fim de obter a Autorização de Funcionamento. Somente após estaautorização, dar andamento às outras etapas referentes aos procedimentos deconstituição de cooperativas.

Etapa III — Procedimentos para registro na Junta Comercial do Estado deGoiás (JUCEG, fone para contato (0xx62) 261.4833 – Departamento deCadastro)

Após a Assembléia Geral de Constituição, torna-se necessário fazer o registro, a

cooperativa deverá apresentar à JUCEG os seguintes documentos:• Endereço/local de funcionamento.

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• 03 (três) vias da Ata da Assembléia Geral de Constituição e 03 (três) vias doEstatuto Social da Cooperativa (assinadas por todos os fundadores).• Ficha cadastral da cooperativa — preenchimento dos formulários de CadastroNacional de Empresas — CNE.• Preenchimento da capa do processo para JUCEG ( site: www.juceg.go.gov.br)• Certidões civil e criminal dos sócios diretores.• Carteira de Identidade — Cl — (cópia autenticada) dos diretores.• Cadastro de Pessoa Física — CPF — (cópia autenticada) dos diretores.• Pagamento das taxas: a) Taxa cadastro nacional (DARF); b) Taxas JUCEG.• Entrada no processo.Observações:1.Os Estatutos, antes de serem levados à junta Comercial, deverão ser apreciadospela OCG, a fim de verificar se não conflitam com a legislação cooperativistavigente.

2.A cooperativa deve providenciar visto de advogado na última página das três viasda Ata e do Estatuto.3.Deve constar na Ata a seguinte cláusula: “Os sócios eleitos, sob pena da lei,declaram que não estão incursos em quaisquer crimes previstos em lei ou nasrestrições legais que possam impedi-los de exercer atividades mercantis”.

Paras as cooperativas do ramo de crédito:

• Apresentar a autorização para funcionamento expedida pelo Banco Central (cópiaautenticada).

Etapa IV — Processo de inscrição no CNPJ/MF(site:www.receita.fazenda.gov.br)

• Ata de Constituição chancelado pela JUCEG (cópia autenticada).• Estatuto Social (cópia autenticada em todas as folhas).• Cópia da Carteira de Identidade — CI — do diretor presidente.• Cópia do Cadastro de Pessoa Física — CPF — do diretor presidente• Comprovante de residência (cópia) do diretor presidente.• Carteira profissional do Contador - CRC (cópia autenticada)

Etapa V — Vistoria do Serviço do Corpo de Bombeiros (fone para contato:(0xx62) 201.2183/201.2184 – Departamento de Vistoria)

• Solicitação de vistoria no VAPT-VUPT.• Pagamento da taxa de inspeção.• Obtenção do certificado de inspeção do Corpo de Bombeiros.

Etapa VI — Processo de inscrição na Prefeitura Municipal (contato: postos deatendimento do VAPT-VUPT)

• 01 (uma) cópia do Estatuto Social.• 01 (uma) cópia da Ata de Constituição.• CPF (cópia) dos sócios diretores.

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• Preencher FIC – Ficha de Inscrição Cadastral.• Pagar taxa de inscrição municipal.• Comprovante de uso do solo (na secretaria do planejamento).• Numeração predial (na secretaria do planejamento).• Cópia do CNPJ/MF.• Inscrição do contador (CAE - cadastro de Atividade Econômica).

Etapa VII — Processo de inscrição no Cadastro de Contribuinte do Estado(fone para contato: (0xx62) 261.0043 – Departamento de Cadastro deContribuinte do Estado)

Para todos os ramos de cooperativas:• Formulário de Atualização Cadastral (FAC) preenchido em três (02) vias.• CNPJ (01cópia autenticada).•

Contrato de locação ou escritura (cópia autenticada) em nome da cooperativa, comfirma reconhecida do locador e locatário e número oficial retirado na prefeitura.• CI e C.P.F (cópia autenticadas) de todos os associados.• Comprovante de endereço da cooperativa (cópia).• Etiqueta do contador.• Certidão simplificada da JUCEG.• IPTU (cópia).• Requerimento padrão retirado na SEFAZ.

Além dos exigidos acima, as cooperativas do ramos transporte deverão apresentaros seguintes documentos:

• Documento de propriedade de dois veículos em nome da cooperativa. Em caso delocação de caminhões apresentar o contrato.• Declaração de Imposto de renda dos Associados.• Comprovante de depósito do capital social da cooperativa.

Etapa VIII — Registro no Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileirasno Estado de Goiás – OCB-GO

Toda cooperativa deve registrar-se na Organização das Cooperativas de seu

Estado, a fim de atender ao disposto no Artigo 107 da Lei n0

5.764, integrando-se aoCooperativismo Estadual/nacional, e com isto fortalecendo o processo deautogestão do sistema.Para efetuar a filiação simultaneamente no Sindicato e Organização dasCooperativas Brasileiras no Estado de Goiás — OCB-GO — e na Organização dasCooperativas Brasileiras — OCB Nacional, a cooperativa deverá apresentar osseguintes documentos:• 02 (duas) cópias do Estatuto Social (autenticadas);• 02 (duas) cópias do cartão CNPJ (autenticadas);• 02 (duas) cópias da Ata da Assembléia Geral de Constituição da Cooperativa(autenticadas);• 01 (uma) cópia do Balanço Patrimonial;• 01 (uma) cópia dos 03 (três) últimos balancetes de Verificação.

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OCB-GO e SESCOOP/GO:

Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás -OCB/GO é órgão que congrega e representa todos os ramos do cooperativismogoiano, onde todas as cooperativas que forem constituídas no Estado de Goiás sãoobrigadas, por Lei, a se registrarem. Presta serviços às filiadas, conforme interesse eas necessidades da mesma. Como sindicato, representa as cooperativas nasnegociações e desenvolvimento de atividades que visam aprimorar a relaçãocapital/trabalho em seus diferentes desdobramentos.

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP/GO investecontinuamente nos cooperados, dirigentes e empregados, auxiliando na implantaçãodo sistema de autogestão, atendendo às principais necessidades de formação equalificação profissional nas cooperativas e também de assessorar o GovernoFederal em assuntos de formação profissional e gestão cooperativista e de contribuirpara formulação de políticas adequadas à criação de postos de trabalho e geraçãode renda pelo cooperativismo.

Serviços Prestados pela OCB-GO em parceria com SESCOOP/GO, àscooperativas adimplentes com o sistema :

1 – Consultoria Jurídica : Serviços de consultoria jurídica e emissão de pareceres jurídicos nas áreas do Direito Cooperativo, Tributário, Comercial, Previdenciário,Administrativo, Trabalhista e Cível;2 – Consultoria Contábil-Fiscal: Serviços de consultoria na área contábil-fiscalespecífico para cooperativas, incluindo orientação para procedimentos internosvisando evitar autuações fiscais;3 – Cursos, Treinamentos, Palestras, etc.: para educação, capacitação defuncionários e dirigentes de cooperativas. Elaboração, organização e realização decursos e eventos de acordo com as solicitações efetuados pelas cooperativasfiliadas;4 – Fomento e Acompanhamento na Formação de Novas Cooperativas : Orientação,palestras e acompanhamento de grupos interessados em constituir cooperativas,com desenvolvimento de comissões de constituição e grupos de estudos, etc.;5 – Banco de Dados: montagem de banco de dados das cooperativas goianas ondeestas poderão obter informações e dados estatísticos do cooperativismo goiano (em

fase de estruturação);6 – Serviços de Despachante: Solucionando pendências em órgão, remessa deencomendas, busca de documentos e ou objetos de cooperativas do interior;7 – Sala de Curso e Auditório: Utilização gratuita por cooperativas filiadas e comagendamento prévio, da sala de cursos para 45 pessoas e do auditório para 150pessoas, ambos com equipamentos de telão, vídeo cassete, retro-projetor, som, etc;8 – Biblioteca – Com inúmeros volumes, principalmente no que tange ao assunto“Cooperativismo”. Citação de itens: 2.891 livros, 150 Fitas de Vídeo, 106 Álbuns deFotografia de eventos relacionados com o cooperativismo no Estado de Goiás e noBrasil, 08 CD’s Catálogos de cooperativas do Brasil, 35 Pastas da IOB, 995Periódicos;

9 – Representação Política: onde a OCB-GO busca através da representaçãotrabalhar em prol e defesa dos interesses de suas cooperativas registradas e

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RONDÔNIA 102 11.037 412RORAIMA 28 964.000 11SANTA CATARINA 315 628.332 14.452SÃO PAULO 1.000 2.271.147 38.108

SERGIPE 63 9.001 246TOCANTINS 31 2.928 627TOTAL 7.355 5.762.718 182.026Fonte OCB Nacional 2003

POR RAMO

RAMOS COOPERATIVAS COOPERADOS EMPREGADOSAGROPECUÁRIO 1.519 940.482 110.910CONSUMO 158 1.920.311 7.219CRÉDITO 1.115 1.439.644 23.291

EDUCAIONAL 303 98.970 2.874ESPECIAL 7 2.083 6HABITACIONAL 314 104.908 2.472INFRA-ESTRUTURA 172 575.256 5.500MINERAL 34 48.83 35PRODUÇÃO 113 9.559 315SAÚDE 878 261.871 23.267TRABALHO 2.024 311.856 4.036TURISMO E LASER 12 396 2TRANSPORTE 706 48.552 2.099TOTAL 7.355 5.762.718 182.026

Fonte OCB Nacional 2003

Por Regiões708

1634

5823161

1270

CENTRO-OESTE NORDESTE NORTE SUDESTE SUL

Fonte OCB Nacional 2003

REGISTROS EM GOIÁSRAMOS JUCEG OCB-GO

AGROPECUÁRIO 122 43CONSUMO 42 5CRÉDITO 38 27EDUCAIONAL 23 12ESPECIAL 0 0HABITACIONAL 34 3

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INFRA-ESTRUTURA 13 13MINERAL 22 0PRODUÇÃO 1 1SAÚDE 39 21

TRABALHO 90 23TURISMO E LASER 0 0TRANSPORTE 56 13TOTAL 480 161Fonte OCB-GO 2004

ANEXO I

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA A CONSTITUIÇÃO DA COOPERATIVA

Convocam-se todos os interessados em constituir a sociedadecooperativa........ (nome), nor termos da legislação vigente, para a Assembléia deConstituição, a realizar-se em:DATA ...../....../20........ às ... horasLOCALENDEREÇOOrdem do Dia:1.Análise, discussão e aprovação do estatuto social;

2.Eleição do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal e, se for o caso, doConselho de Ética;

LOCAL (nome da localidade)

DATA .../.. /...........COMISSÃO (assinaturas)

Observação: Esse Edital de Convocação deve ser assinado por um representante daComissão de Constituição.

Anexo II

Modelo de Ata para Constituição da Cooperativa

Ata da Assembléia Geral de Constituição da Cooperativa...

Aos ... dias do mês de ... do ano de ........, às ... horas, em ... (indicar alocalidade), Estado de ..., reuniram-se com o propósito de constituírem uma

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sociedade cooperativa, nos termos da legislação vigente, as seguintes pessoas(nome por extenso, nacionalidade, profissão, idade, estado civil(se solteiro, informardata de nascimento, se casado informar regime de bens), RG e órgão emissor-UF,CPF, residência, número e valor das quotas partes subscritas de cada fundador. Foiaclamado, para coordenar os trabalhos, o Senhor ... (nome do coordenador), queconvidou a mim ... (nome do secretário), para lavrar a presente Ata, tendoparticipado ainda da Mesa as seguintes pessoas: (nome e função das pessoas).Assumindo a direção dos trabalhos, o coordenador solicitou que fosse lido, explicadoe debatido o projeto de estatuto da sociedade, anteriormente elaborado, o que foifeito artigo por artigo. O estatuto foi aprovado pelo voto dos associados fundadores,cujos nomes estão devidamente consignados nesta Ata. A seguir, o SenhorCoordenador determinou que se procedesse à eleição dos membros dos órgãossociais, conforme dispõe o estatuto recém-aprovado. Procedida à votação, forameleitos para compor o Conselho de Administração (ou Diretoria, conforme o caso), osseguintes associados: Presidente: (colocar os demais cargos e respectivosocupantes), para membros do Conselho Fiscal, os Senhores, ... para seus suplentes,os associados ... todos já devidamente qualificados. Nesta data, todos osassociados eleitos declaram, sob as penas da Lei, de que não estão impedidos deexercer a administração da sociedade, por lei especial, ou em virtude decondenação criminal, ou por se encontrarem sob os efeitos dela, a pena que vedem,ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, deprevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato, ou contra a economia popular,contra o sistema financeiro nacional, contra normas de defesa da concorrência,contra as relações de consumo, fé pública, ou a propriedade (artigo 1.011 parágrafo1º, CC/2002) e que não existe parentesco até segundo grau em linha reta oucolateral entre os membros da diretoria executiva, bem como para o conselho fiscale conselho de ética. Dando seqüência à assembléia o senhor coordenador propôsque não haverá remuneração a título de pró-labore para os componentes doconselho de administração, nem valor de célula de presença para os conselheirosfiscais (ou que a remuneração dos componentes do conselho de administração, atítulo de pró-labore fosse de .............reais, bem como o valor da cédula de presençados conselheiros fiscais fosse de.......... reais, por presença efetiva em reuniões); aproposta foi discutida pelos associados fundadores e aprovada, após votação pelaassembléia . Prosseguindo todos foram empossados nos seus cargos e o presidenteeleito do conselho de administração, assumindo a direção dos trabalhos agradeceua colaboração de todos os membros nesta tarefa e declarou definitivamente

constituída, desta data para o futuro, a cooperativa................(nome) com sede em(localidade), localizada à..................(endereço completo) Estado ..............., que tempor objeto: .....................(acrescentar um resumo dos objetivos transcritos doestatuto). Ainda, conforme estatuto aprovado, todos os associados subscrevem asquotas partes acima elencados, as quais são integralizadas neste ato, à vista, (ouem ....... parcelas mensais sucessivas, tendo todos os associados integralizados aprimeira parcela neste ato). Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente dacooperativa deu por encerrados os trabalhos e eu, (nome do secretário), que servide Secretário, lavrei a presente Ata que, lida e achada conforme, contém asassinaturas de todos os associados fundadores, como prova da livre vontade deconstituir essa cooperativa (local a data)

(Assinatura do Secretário da Assembléia)(Assinatura de todos os associados fundadores)

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Observações:

a) A Ata da Assembléia vai lavrada em livro próprio.b) O texto dos estatutos pode figurar na própria Ata de Constituição da Cooperativa,

como pode também constituir Anexo da Ata, devidamente, rubricado e assinadopelo Presidente e por todos os fundadores presentes, e com o visto de umadvogado credenciado junto à OAB (Organização dos Advogados do Brasil).

Referências Bibliográficas

ARANHA, Maria Lúcia, MARTINS, Maria helena. Filosofando: Introdução àFilosofia,São Paulo. Moderna, 1993

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DRIMER, Alícia & DRIMER, Bernardo. Las Cooperativas: fundamentos, história,doctrina, Intercoop, 1989, Versão espanhola de Bernardo Delom.

LABAIG, Henrique. O cooperativismo goiano. Goiânia, OCB-GO, 2003.

LAIDLAW, A. E As cooperativas no ano 2000, Belo Horizonte, O lutador, 1989, (1iad.Valdir C. Sarapu)

MLANDENATZ, Gromoslav, Historie des Doctrines Cooperativs, Trad:Adelaide M, Gayotto (mimeo)

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PALMYOS, Paixão Carneiro. Cooperativismo: o princípio cooperativo e a forçaexistencial-social do trabalho. Belo Horizonte, FUNDEC, 1981.

PINHO, Diva Benevides. O pensamento cooperativo e o cooperativismo brasileiro,São Paulo, CNPq, 1982.

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Serviço Nacional de aprendizagem do CooperativismoSESCOOP/GO

Triênio 2003/2006Av. Deputado Jamel Cecílio, 3427 2º andar – Jardim Goiás – 74.810-100 –Goiânia/GO

Telefone: (0XX62) 3281.8975 – Fax: (0xx62) 3547.6796e-mail:[email protected]– site:www.ocbgo.org.br

Conselho Administrativo Conselho FiscalEfetivos EfetivosAntônio Chavaglia Welber D´Assis Macedo e SilvaAntonio Carlos Borges Altran Gomes da SilvaJosé Abel Alcanfor Ximenes Ariomar Rezende VilelaPaulo Carneiro JunqueiraCelso Orlando Rosa

Suplentes SuplentesJoão Gonçalves Vilela Astrogildo Gonçalves PeixotoAdalcino Francisco dos santos Haroldo Max de SousaAntônio Moraes ResendeCelso Ramos Regis

Romeu Natal Alves Andrade

SuperintendenteValéria Mendes da Silva Elias