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CARTILHA TÉCNICA DOS INDICADORES DA EDUCAÇÃO COORDENADORES FABIANO GUIMARÃES CELSO NETO 2ª Edição - 2019 WWW.SITUACAODASESCOLAS.COM.BR

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CARTILHA TÉCNICA DOS INDICADORES DA EDUCAÇÃO

COORDENADORES

FABIANO GUIMARÃES CELSO NETO

2ª Edição - 2019

WWW.SITUACAODASESCOLAS.COM.BR

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FICHA TÉCNICA

CoordenadoresFABIANO GUIMARÃESCELSO NETO

ColaboradoresFÁBIO WENDEL DE SOUZA SILVAPEDRO LUÍS CURADO

Projeto gráfico e Diagramação MARIANA NAKANE

Assessoria Edlaine GuedesEvelyn Lima Flávio Vicci

A reprodução total ou parcial deste material é permitida mediante autorização dos coordenadores.

[email protected] [email protected]

Ribeirão Preto, 20192

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COORDENADORES

FABIANO GUIMARÃES

Fabiano Guimarães é economista for-mado pela FEARP-USP e pós-graduado como Gerente de Cidades pela FAAP. Formado eco-nomista, morou na Espanha e Estados Unidos. De volta ao Brasil, concluiu o Ciclo de Estudos de Política e Estratégia da Escola Superior de Guerra, tornando-se, posteriormente, delega-do da ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) em Ribeirão Preto. Também foi delegado do CORECON--SP (Conselho Regional de Economia do Es-tado de São Paulo) e Fundador-Presidente da SFC (Sociedade da Frente Cívica) de Ri-beirão Preto. Atuou por 10 anos como Geren-te Regional do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e coordenou o Posto Regional de Informações do BNDES (Banco Na-cional de Desenvolvimento Econômico e Social). É vice-presidente do Diretório de Ribeirão Preto do Partido Democratas e vereador eleito

em Ribeirão Preto, pelo Democratas, nas elei-ções municipais de 2016. No Legislativo, é Pre-sidente da Comissão Permanente de Educação, Presidente da Comissão Permanente de Desen-volvimento Econômico, Vice-Presidente e funda-dor da Comissão Permanente de Transparência.

CELSO NETO

Advogado, graduado com Honras em Direito pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo. Líder RenovaBR. Premiado com Honorable Mention durante a conferência do National Model Uni-ted Nations, em Nova Iorque, no ano de 2015. Premiado com Menção Honrosa no XXXII Congresso Brasileiro de Direito Administrativo, em 2018, pela melhor apresentação no even-to. Experiência com ênfase no Direito Adminis-trativo brasileiro.

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SITUAÇÃO DAS ESCOLAS (S.E)

• Ferramenta de democratização do controle social das escolas. • União de esforços entre as partes da educação pública. • Construída com e pela comunidade escolar. • Fiscalização, auxílio na gestão e transparência. • Útil e essencial para todos.

UTILIDADE DO S.E. UTILIDADE DO S.E. UTILIDADE DO S.E.

Fiscalização; inovação;validação das informações; execução; controle social.

Execução; planejamento;transparência; priorização da

execução.

Fiscalização; inovação;controle social; apoio.

AGENTE AGENTE AGENTE

COMUNIDADEESCOLAR

GOVERNO SOCIEADE CIVILORGANIZADA

INTEGRANTES INTEGRANTES INTEGRANTES

Professores, diretores, pais, responsáveis,

cozinheiros, coordenadores, servidores da educação.

Prefeitura, Secretaria daEducação; Poder Legislativo

Entidades representativas;

associações e organizações da sociedade civil

FUNÇÃO DO AGENTE FUNÇÃO DO AGENTE FUNÇÃO DO AGENTE

Conhecimento e vivência do

dia-a-dia da escola.

Executivo: Poder de priorizar a educação.

Legislativo: Fiscalizar e cobrar o cumprimento dos

indicadores.

Olhar externo parainovar e auxiliarnas mudanças.

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1.INTRODUÇÃO

A Constituição Federal de 1988, conheci-da como a Constituição Cidadã, é res-ponsável por preconizar garantias para

todos os cidadãos brasileiros. Em especial, seu artigo 6º, coloca a educação como direito social, consolidado no artigo 205, como direito de todos e dever do Estado.

É fato notório que a educação brasileira ca-rece de melhorias, porém, a sociedade não tem clareza suficiente do que é necessário para que a escola de seus filhos seja suficientemente boa. Desta feita, resta evidente que informação é algo essencial nesse processo.

Num trabalho de fiscalização séria e transpa-rente, surgem infinitas perguntas, tais como:

a) O que é qualidade na educação?b) Como verificar a qualidade na educação?c) O que uma escola precisa ter para ga-rantir a qualidade da educação?d) O que é essencial para uma escola?e) O que é necessário para garantir a se-gurança das crianças e adolescentes nas escolas?f) O que é necessário para permitir a inclusão?g) O que é necessário para garantir a acessibilidade?h) A capacitação dos gestores escolares está sendo oferecida?i) A formação continuada das professoras é realizada?j) A sociedade tem ciência dos elementos precários das escolas dos seus filhos?k) Os estudantes estão correndo risco de vida nas escolas?

Para qualquer tentativa de oferecer respostas para esses questionamentos, dois elementos são essenciais: o amplo diálogo com toda a socieda-de e a verificação técnica dos dados levantados.

Historicamente, a elaboração de indicadores é adotada como método de aferição da quali-dade de algo, como o INDIQUE (Indicadores da Qualidade na Educação) do Governo Federal.

O Indique, Indicadores da qualidade na educa-

ção, é uma das fontes basilares e fundamentais para a construção dos indicadores do presente trabalho. Vanda Mendes Ribeiro e Joana Bor-ges Buarque de Gusmão (2010, p. 825) revelam que o Indique é fruto de um trabalho coordenado pela Ação Educativa, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Programa da Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais (Inep) e Ministério da Educação (MEC).

Esse material consiste em uma proposta meto-dológica participativa e em um sistema de indica-dores por meio dos quais a comunidade avalia a situação de diferentes aspectos da escola, iden-tifica prioridades, estabelece um plano de ação e implementa as ações voltadas à qualidade na educação (GUSMÃO; RIBEIRO, 2010, p. 825).

Ciente disso, o presente trabalho elaborou sua metodologia baseada na combinação da fundamentação técnica e do diálogo democráti-co com a sociedade. Assim, a sequência lógica será: o que é qualidade na educação?; o que são indicadores?; indicadores em si.

Sua construção foi realizada após mais de 80 visitas a escolas municipais de Ribeirão Preto - São Paulo, debates com a sociedade civil orga-nizada, diretoras, professoras, cozinheiras, ser-vidores da educação em geral, supervisores de ensino, coordenadores pedagógicos, em resumo, a comunidade escolar amplamente entendida.

O objetivo geral da cartilha é demonstrar como foram construídos os indicadores da ferramenta Situação das Escolas, servindo de base para futuros trabalhos e replicação em outras cidades.

Noutra perspectiva, seu objetivo específico, na construção de indicadores da educação, é o de democratizar o acesso à informação so-bre as escolas, isto é, utilizar a técnica, porém, com linguagem simples, para que todos possam ter a plena ciência das condições educacionais de sua escola.

Situação das Escolas é uma ferramenta em constante evolução, não tem pretensão de esgo-tar o assunto, e é construída juntamente com a comunidade escolar, e que possui múltiplas fun-ções: transparência sobre a situação das escolas; guia para o exercício da plena fiscalização; guia para ações do Poder Executivo nas escolas; es-tudos acadêmicos; panorama geral das escolas.

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2. QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

Diversas reflexões foram realizadas so-bre qualidade na educação. O trabalho desenvolvido para a criação dos Indi-

cadores da Qualidade na Educação (INDIQUE) (AÇÃO EDUCATIVA; INEP-MEC; PNUD; UNI-CEF, 2004, p. 5) é iniciado exatamente assim e conclui que não existe um padrão, uma receita única, para uma escola de qualidade.

Nesse sentido, é a própria comunidade es-colar que determina o que representa a quali-dade para aquele âmbito, sendo, portanto, um conceito dinâmico.

A concepção de comunidade escolar adota-da nessa ferramenta é a sua forma ampliada, como defendem Vanda Ribeiro e Joana Gusmão (2010, p. 826), incluindo pais, mães, professo-res, diretores, alunos, funcionários, gestores, sociedade civil organizada, representantes de organizações não-governamentais locais e de conselhos regionais pertinentes.

O Ministério da Educação, ao elaborar os Indicadores de Qualidade na Educação Infantil (2009, p. 19), corroborou com esse entendimen-to, afirmando que a mobilização da comunidade para participar é o primeiro ponto importante no uso de indicadores. Quanto mais pessoas dos diversos segmentos da comunidade se envol-verem em ações para a melhoria da qualidade, maiores serão os ganhos para as crianças, para a sociedade e para a educação brasileira.

A democratização da gestão e a educação com qualidade social, de acordo com o Minis-tério da Educação (2008, p. 33), são essenciais para a melhoria dos processos de organização e gestão dos sistemas e das escolas. Essa gestão democrática deve garantir a participação coleti-va da sociedade, e o Situação das Escolas é mais uma ferramenta para gerar engajamento e acesso à informação.

Como um princípio da educação nacional, a ges-tão democrática é central na busca pela qualidade da educação e por aumentar as formas de partici-pação das comunidades locais e escolares (MINIS-TÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2008, p. 43), desta feita, o Situação das Escolas é mais uma ferramenta para gerar engajamento e acesso à informação.

Em obra publicada pela organização inter-nacional Save the Children, Claudia Bandeira e Luis Felipe Serrao (2013, p. 25) explicitam que a comunidade tem uma importância vital para o desenvolvimento da qualidade da educação.

O diálogo entre o sistema de educação, esco-las e comunidade é essencial para esse proces-so de melhora na qualidade (BANDEIRA; SER-RAO, 2013, p. 25).

Moacir Gadotti (2010, p. 5) pontua que a dis-cussão sobre a qualidade da educação no Bra-sil é recorrente desde os tempos mais remotos. O autor cita Rui Barbosa como um dos críticos ferrenhos, em 1882, ao afirmar que em menos de 799 anos não teríamos ainda chegado à si-tuação de alguns países da época, onde toda a população em idade escolar recebia instrução primária.

Na tentativa de definir o que é qualidade na educação, Moacir Gadotti (2010, p. 8) afirma que ela significa melhorar a vida das pessoas. A qualidade, portanto, estaria ligada ao bem-viver de todas as comunidades, a partir da comunida-de escolar.

Dessa forma, não basta melhorar um aspecto

Quanto mais pessoas dos di-versos segmentos da comunida-de se envolverem em ações para a melhoria da qualidade, maiores serão os ganhos para as crian-ças, para a sociedade e para a educação brasileira.

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para melhorar a educação como um todo. Não há qualidade na educação sem a participação da so-ciedade na escola, sem a garantia de espaços de deliberação coletiva (GADOTTI, 2010, pp. 8-9).

Luiz Fernandes Dourado e João Ferreira de Oliveira (2009, p. 203) trazem mais complexida-de à discussão, ao argumentar que a reflexão acerca da qualidade da educação remete à defi-nição do que se entende por educação.

Educação, neste trabalho, é compreendida como elemento constitutivo e constituinte das relações sociais mais amplas, contribuindo para a transformação e manutenção das relações sociais. Desse modo, a escola é o espaço ins-titucional de produção e de disseminação do sa-ber historicamente produzido pela humanidade (DOURADO; OLIVEIRA, 2009, pp. 203-204).

De qualquer forma, aquele que tem o intui-to de avaliar a qualidade da educação deve se atentar, segundo CABRITO (2009, p. 197), ao processo utilizado para medi-la, ao destino des-sa avaliação e, finalmente, nas razões que se encontram por detrás dela.

Com o fito de sanar esses três pontos, pon-tua-se que o processo utilizado para analisar a qualidade da educação municipal foi constituído pelo diálogo com a comunidade, com os coorde-nadores pedagógicos, com os diretores envol-vidos, com supervisores de ensino, pais, mães, responsáveis, com os servidores relacionados à área, entidades, empresas, enfim, todos os inte-ressados em debater sobre educação municipal.

As razões por detrás desse procedimento são óbvias, quais sejam: necessidade constante de melhora do sistema educacional do município,

participação da comunidade no direcionamento das políticas públicas em educação e transpa-rência sobre aquilo que precisa ser implemen-tado no setor, bem como a motivação para tal.

A mobilização da comunidade escolar para par-ticipar desse processo é o primeiro ponto de im-portância. O engajamento em ações para a melho-ria da qualidade da educação representa ganhos para a população como um todo (AÇÃO EDUCA-TIVA; INEP-MEC; PNUD; UNICEF, 2004, p. 9).

Esse engajamento foi realizado durante todo o ano de 2018 e o primeiro semestre de 2019, com visita a mais de 80 unidades escolares em Ribeirão Preto. Porém, esse processo é perma-nente, a sociedade deve aumentar seu nível de engajamento todos os dias e o Situação das Escolas é uma ferramenta para tal.

A obra de Izabela Lanna Murici e Neuza Maria Dias Chaves (2016) possui singular importância nas concepções do presente trabalho, apesar de ser voltado para método de gestão, o diagnós-tico elaborado pelas autoras é de grande valia.

No que concerne à qualidade da educação, Izabela Murici e Neuza Chaves (2016, p. 41) ex-plicam que todas as partes do segmento edu-cacional (governos, secretarias, regionais e es-colas) devem estar interligadas, com funções específicas, convergindo para o mesmo objeti-vo, que é a formação adequada dos alunos.

O engajamento em ações para a melhoria da qualidade da educa-ção representa ganhos para a po-pulação como um todo.

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3. INDICADORES

Belmiro Gil Cabrito (2009, p. 182) revela que não faz sentido falar-se em “quali-dade” se não possuirmos um conjunto

de instrumentos que permita medi-la e, natural-mente, um referente. Tanto o INDIQUE, quanto o Situação das Escolas, enquadram-se nisso.

Claudia Bandeira e Luis Felipe Serrao (2013, p. 26) ressaltam que os indicadores criados pre-cisam ser de fácil compreensão para todos, de maneira a atingir o discernimento do maior nú-mero de pessoas possível.

No procedimento de criação dos Indicadores de Qualidade da Educação (INDIQUE), BANDEI-RA e SERRAO (2013, p. 26), sete dimensões, ou elementos fundamentais, foram elaboradas para auxiliar na verificação sobre qualidade, quais sejam: ambiente educativo; prática pedagógica; avaliação; gestão escolar democrática; forma-ção e condições de trabalho dos profissionais da escola; ambiente físico escolar; acesso, perma-nência e sucesso na escola (AÇÃO EDUCATIVA; INEP-MEC; PNUD; UNICEF, 2004, p. 5).

Essas mesmas dimensões serviram de base para a ferramenta “Situação das Escolas”, sen-do adaptadas e complementadas de maneira a

otimiza-las ainda mais.No INDIQUE (AÇÃO EDUCATIVA; INEP-

-MEC; PNUD; UNICEF, 2004, pp. 19-22), a di-mensão nº 1 é o ambiente educativo. O respeito, a alegria, a amizade, a solidariedade, a discipli-na, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são indicadores integrantes dessa dimensão.

A prática pedagógica é a dimensão nº 2, cons-tituída pelos indicadores: definição e conheci-mento da proposta pedagógica; planejamento; contextualização; variedade das estratégias e dos recursos de ensino-aprendizagem; incentivo à autonomia e ao trabalho coletivo; prática pe-dagógica inclusiva (AÇÃO EDUCATIVA; INEP--MEC; PNUD; UNICEF, 2004, pp. 23-26).

Na terceira dimensão, encontra-se a avalia-ção, composta pelo: monitoramento do proces-so de aprendizagem dos alunos; mecanismos de avaliação dos alunos; participação dos alu-nos na avaliação de sua aprendizagem; ava-liação do trabalho dos profissionais da escola e acesso, compreensão e uso dos indicadores oficiais de avaliação da escola e das redes de ensino (AÇÃO EDUCATIVA; INEP-MEC; PNUD;

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UNICEF, 2004, pp. 26-30).Além desses 3, a quarta dimensão é a gestão

escolar democrática, a qual possui os seguintes indicadores: informação democratizada; conse-lhos escolares atuantes; participação efetiva de estudantes, pais, mães e comunidade em geral; parcerias locais e relacionamento da escola com os serviços públicos; tratamento aos conflitos que ocorrem no dia-a-dia da escola; participa-ção da escola no Programa Dinheiro Direto na Escola; participação em outros programas de incentivo à qualidade da educação do governo federal, dos governos estaduais ou municipais (AÇÃO EDUCATIVA; INEP-MEC; PNUD; UNI-CEF, 2004, pp. 31-36).

Ainda, a dimensão nº 5 é a formação e con-dições de trabalho dos profissionais da escola, que é avaliada por meio dos indicadores: ha-bilitação; formação continuada; suficiência da equipe escolar; assiduidade da equipe escolar e estabilidade da equipe escolar (AÇÃO EDU-CATIVA; INEP-MEC; PNUD; UNICEF, 2004, pp. 32-40).

O ambiente físico escolar, como dimensão nº 6, inclui, no seu bojo, os seguintes indicadores: suficiência do ambiente físico escolar; qualidade do ambiente físico escolar; bom aproveitamento do ambiente físico escolar (AÇÃO EDUCATIVA; INEP-MEC; PNUD; UNICEF, 2004, pp. 41-46).

Finalmente, a dimensão nº 7, acesso, perma-nência e sucesso na escola, agrega os indicado-res: número total de falta dos alunos; abandono e evasão; atenção aos alunos com alguma defasa-gem de aprendizagem e atenção às necessidades educativas da comunidade (AÇÃO EDUCATIVA; INEP-MEC; PNUD; UNICEF, 2004, pp. 41-50).

Nesse sentido, outro suporte para a elabora-

ção do Situação das Escolas, foi o Indiquinho, como é popularmente conhecido o trabalho do Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, também do Ministério da Educação. Este instru-mento agrega sete dimensões de qualidade: pla-nejamento institucional; multiplicidade de expe-riências e linguagens; interações; promoção de saúde; espaços, materiais e mobiliários; forma-ção e condições de trabalho das professoras e demais profissionais; cooperação e troca com as famílias e participação na rede de proteção social (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO; SECRETARIA DA EDUCAÇÃO BÁSICA, 2009, pp. 19-20).

Belmiro Gil Cabrito (2009, p. 182) alerta que “avaliar” é uma das operações intelectuais mais questionáveis e difíceis. Por essa razão, a cria-ção dos indicadores do presente trabalho agre-ga o maior número de intelectos para a sua de-vida definição e legitimidade.

Somente por meio da avaliação, esclarece CABRITO (2009, p. 187), é possível detectar problemas e encontrar soluções. Todavia, não “a solução”, mas alternativas que permitam trans-formar o real, que não é unidimensional, nem pretende sê-lo.

Especificamente, Belmiro Cabrito (2009, p. 187) revela que a avaliação da qualidade em educação, qualquer que seja o conceito subja-cente e o critério utilizado, pode e deve ser utili-zada, mas por um sistema educativo para com-parar seus desempenhos ao longo do tempo. A partir dessa comparação, portanto, retirar as razões que implicam um “andar para a frente” ou “um andar para trás”, em termos de qualidade.

Nesse sentido, a criação dos indicadores pretende ser esse parâmetro comparativo para análise da comunidade, dos professores, dos

“Avaliar” é uma das operações intelectuais mais questionáveis e difíceis. Por essa razão, a cria-

ção dos indicadores do presente trabalho agrega o maior número de intelectos para a sua devida defi-

nição e legitimidade.

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coordenadores pedagógicos, dos agentes polí-ticos, ou seja, do sistema educativo e suas adja-cências, sobre a evolução da qualidade na edu-cação municipal no tempo.

Moacir Gadotti (2010, p. 9) esclarece que a construção de parâmetros de qualidade deve envolver as dimensões intra e extraescolares. Dessa forma, não há como definir um padrão único de qualidade diante da diversidade regio-nal, especialmente no Brasil, logo, a finalidade do presente trabalho é servir como base referen-cial, não esgotando a temática.

No plano intraescolar, a qualidade da educa-ção deve incluir, por exemplo, as condições de oferta do ensino, a gestão e organização do tra-balho escolar, a profissionalização do professor, o acesso, a permanência e o desempenho esco-lar (GADOTTI, p. 18).

Já no plano extraescolar, os elementos inte-grantes podem ser centralizados, a título exem-plificativo, nas dimensões socioeconômica e cultural dos entes envolvidos, bem como a di-mensão dos direitos, das obrigações e das ga-rantias no âmbito do Estado (GADOTTI, p. 18).

Pela pluralidade existente na sociedade bra-sileira, não há como se estabelecer um padrão estático de qualidade, sendo assim, o caminho é determinar indicadores, dimensões, e condi-ções de qualidade como referência analítica para a melhoria do processo educativo, por meio de mecanismos de controle social, com o fito de pro-duzir uma escola de qualidade socialmente refe-renciada (DOURADO; OLIVEIRA, 2009, p. 207).

O Situação das Escolas se apresenta como mais um fator de controle social, sem buscar a criação de um padrão estático de qualidade, vez que seus elementos vão se adaptando à comunidade escolar na qual está inserido.

Conceitualmente, de acordo com o Indique

(2004, pp. 5-6), “indicadores” são os sinais que revelam aspectos de determinada reali-dade e que podem qualificar algo. Com um bom conjunto deles, portanto, tem-se, de for-ma simples e acessível, um quadro de sinais que possibilita identificar as condições do que se pretende analisar, permitindo o aces-so ao conhecimento para discutir e decidir as prioridades de ação.

Claudia Bandeira e Luis Felipe Serrao (2013, p. 27) esclarecem que avaliação e criação de in-dicadores resultam num mecanismo de auxílio para as Secretarias de Educação implementarem as mudanças necessárias. Nesse mesmo senti-do, funciona também como uma forma de cobrar o Poder Público para a consecução da finalidade do procedimento: melhoria na educação.

Izabela Murici e Neuza Chaves (2016, p. 51) expõem que os indicadores são representações numéricas das características de processos e resultados. Sinalizam o nível do desempenho, devendo ser utilizados para monitoramento e decisão gerencial.

Além disso, os indicadores devem ser priori-zados após a análise da sua função, ou seja, do benefício que gera a informação. Um elevado número de indicadores gera trabalho adminis-trativo excessivo e reduz o tempo que deve ser dedicado à atividade fim da escola (CHAVES; MURICI, 2016, p. 54).

3. INDICADORES

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Dessa forma, foram elaborados 10 macroindicadores, cada qual com seus múltiplos indicadores, quais sejam:

1) Condições gerais de segurança predial e prevenção a incêndio;

2) Condições gerais de gestão, manutenção e estrutura;

3) Condições gerais de segurança do trabalho e ergonomia;

4) Condições gerais do entorno da escola;

5) Condições gerais de acessibilidade;

6) Condições gerais de segurança patrimonial;

7) Adequação do quadro de professores e funcionários;

8) Atenção social, psicológica e à saúde;

9) Capacitação do quadro de servidores das unidades escolas;

10) Condições gerais pedagógicas.

A avaliação dos indicadores, no Indique, é expressa por meio da atribuição de cores: verde - situação, atitude ou prática conso-lidada; amarelo - situação, atitude ou práti-ca pouco consolidada; vermelho - situação, atitude ou prática inexistente (GUSMÃO; RIBEIRO, 2010, p. 826). Nesse sentido, a comunidade escolar é responsável por essa análise com base em discussões coletivas sobre cada pergunta.

O Situação das Escolas se baseia no método exposto por Joana Gusmão e Vanda Ribeiro, po-rém, adota uma perspectiva binária entre “Con-forme - na cor verde” e “Não conforme - na cor vermelha”. Além disso, quando aquele indicador não se aplicar à unidade escolar, pode ser atri-buído o resultado “Não se aplica”, por exemplo, em uma escola apenas com crianças de 4 e 5 anos, não se aplica o indicador de proficiência em matemática.

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Após essa apresentação inicial, passa-se à explicação técnica de cada um dos 10 macroindicadores, juntamente com cada um de seus respectivos indicadores, totalizando 100 itens,

mais 5 específicos da Secretaria Municipal de Educação como um todo.

4.1 CONDIÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA PREDIAL E PREVENÇÃO A INCÊNDIO

O presente eixo busca informações sobre o panorama de segurança predial das unidades de ensino, além de como, e se existe, a essencial prevenção a incêndio. Assim, em doze perguntas, o munícipe conseguirá compreender qual a situa-ção atual da escola quanto à sua estrutura elétrica, preparação para situações de emergência e à prevenção de incêndios.

Como se verá detalhadamente a seguir, todo o embasamento dos questionamentos origina-se de normativas e indicadores oficiais ou de entidades referência na análise estrutural das uni-dades de ensino.

Basicamente, esse macroindicador traduz se a respectiva unidade escolar oferece segurança básica suficiente para os estudantes e servidores que a frequentam.

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

1. A escola possui AVCB válido (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros)?

Com base na Lei Municipal n° 4.683/1985, que dispõe sobre a aplicação de normas de prote-ção contra incêndios no município de Ribeirão Preto, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombei-ros (AVCB) é um documento que garante, na data em que foi emitido, a segurança do espaço físico de uma instituição no respeito às normas de segurança contra incêndio.

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A referida lei também expressa que:

ARTIGO 7º - Caberá ao Corpo de Bombeiros local a aprovação de projetos de proteção contra incêndios e liberação de Atestado de Vistoria necessário ao fiel cumprimento das exigências contidas na lei.

ARTIGO 22 - São infrações de natureza de proteção contra incêndios:V - Falta do Atestado de Vistoria Final do Corpo de Bombeiros.

2. A escola possui Central de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) válido??

Assim, é de vital importância tê-lo presente em todas as unidades de ensino do município. Contudo, essa não é a realidade de Ribeirão Preto. Segundo reportagem do Portal de Notícias G1

na data de 09 de dezembro de 2019, 90% das escolas municipais estavam sem AVCB.Portanto, a presente pergunta pretende informar se a unidade escolar em questão possui as condições básicas de proteção contra eventual incêndio, representadas pelo Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.

Disponível em: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2018/12/09/mp-quer-fiscalizacao-em-escolas--municipais-de-ribeirao-preto-apos-constatar-que-90-nao-tem-avcb.ghtml. Acesso em: 17 jun 2019.

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Oportuno frisar que há lei municipal que tutela especificamente a instalação e armazenamen-to de GLP. Tal instrumento normativo é a Lei Ordinária n° 9.168, de 11 de novembro de 2001, que dispõe sobre a instalação e armazenamento de recipientes transportáveis de Gás Lique-feito de Petróleo (GLP) ou similares dentro do município, destinados ou não à comercialização.

Desse modo, logo em seu art. 1° ela estabelece que:

Artigo 1º - A instalação e armazenamento de recipientes transportáveis de Gás Liqüefeito de Petró-leo (GPL) ou similares dentro deste município, destinados ou não à comercialização, obedecerão as normas estabelecidas por esta lei, e, para efeito desta, são estabelecidas as seguintes definições:

III - PLATAFORMA DE ARMAZENAMENTO: espaço contínuo, destinado ao armazenamento de recipientes transportáveis de GLP cheios, parcialmente utilizados e vazios, que deverão ter corre-dores de inspeção e serem construídas numa altura mínima de 01 (um) metro do solo conforme denominações definidas nesta lei;

IV - BOTIJÃO PORTÁTIL: recipiente transportável de GLP, com capacidade nominal de até 5kg de GLP;

V - BOTIJÃO: recipiente transportável de GLP, com capacidade nominal de 13 Kg de GLP;

Além disso, em seu anexo I ela define as distâncias de segurança mínima que deve ser ob-servada no processo de armazenamento do referido gás. Essa distância variará conforme a quantidade de gás armazenado, bem como da localização e caracterização do espaço de ar-mazenagem, cabendo à unidade escolar cumprir aquilo que lhe for indicado.

A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da tubulação de gás estabelece que todos os serviços que envolvam áreas diversas da engenharia, agronomia, geologia ou meteorologia deve-rão receber autorização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

A ART da tubulação de gás é obtida por meio de formulário eletrônico, em que são declarados dados do contrato entre profissional e cliente. Os profissionais que exercem atividades como engenharia, agronomia e geografia, por exemplo, são responsáveis pela anotação de responsabilidade técnica.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

3. A escola tem brigada de incêndio com processo de reciclagem adequada?

Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, o objetivo da brigada de incêndio é prevenir e combater ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros. Em caso de sinistro, os bri-gadistas são treinados para proteger a vida e o patrimônio, além de reduzir os dados ao meio ambiente.

Sendo assim, as escolas municipais precisam, de fato, de pessoas capacitadas para agir enquanto esperam um atendimento melhor especializado, para a segurança de toda a comunidade escolar.

Sendo assim, as escolas municipais precisam, de fato, de pessoas capacitadas para agir enquanto esperam um atendimento melhor especializado, para a segurança de toda a comunidade escolar.

Além disso, importante também adicionar que a brigada de incêndio deve passar por recicla-gem periódica, de maneira a manter a equipe sempre atualizada sobre suas obrigações.

O Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, por meio da Instrução Técnica nº 17/2014 , dá os devidos parâmetros para a Brigada de Incêndio, incluindo a neces-sidade de constante reciclagem.

4 . A escola possui rota de fuga adequada com luz de emergência?

O Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo afirma que é necessário obedecer a requisi-tos mínimos para o dimensionamento das saídas de emergência. Esses elementos vão auxiliar a população escolar a abandonar o recinto em caso de incêndio e pânico.

Desta feita, para que a comunidade escolar esteja mais segura, e, também, para que seja facili-tada a ação da força especializada nos casos de incêndio e pânico, é indispensável que as escolas possuam rota de fuga.

5. A escola possui sinalização de emergência em condições adequadas?

É considerado, pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, de extrema importância a sinalização de emergência em edificações e recintos de risco para atender o previsto no Regu-lamento de segurança contra incêndio.

Sendo assim, para que a comunidade escolar tenha segurança na sua integridade física e laboral, a sinalização de emergência precisa ser aplicada em todas as escolas do município.

6. A escola possui iluminação de emergência em condições adequadas?

O sistema de iluminação de emergência garante a luminosidade do ambiente em casos de queda de energia elétrica, sendo acionada de forma automática quando necessário. Esse sistema pode ser utilizado, por exemplo, para localizar pessoas impedidas de locomoção e proteger a segurança patrimonial e física.

Por isso, é necessário que as escolas municipais possuam iluminação de emergência para que a comunidade escolar tenha assegurada sua integridade.

7. A escola possui sistema de detecção de fumaça e calor e alarme de incêndio em condi-ções adequadas?

Os sistemas de detecção e alarme de incêndio foram desenvolvidos para, por meio de detectores de fumaça, de chama ou de temperatura, acionar um alarme a fim de diminuir as consequências de um possível incêndio. Nesse sentido, o combate ao fogo precoce pode evitar um risco maior de perda de vida e patrimônio.

É necessário, portanto, que as escolas municipais, que precisam proteger a vida da comunida-de escolar e o patrimônio estudantil, possuam sistema de detecção e alarme de incêndio, adqui-rindo, assim, maior segurança.

http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/dsci_publicacoes2/_lib/file/doc/it_17_2018.pdfhttp://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/dsci_publicacoes2/_lib/file/doc/INSTRUCAO_TECNICA_N_17-2014_Brigada_de_incendio_parte_1e2_08mai14.pdfhttp://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/dsci_publicacoes2/_lib/file/doc/it_11_2018.pdfhttp://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/dsci_publicacoes2/_lib/file/doc/dec_est_56819_10MAR2011.pdf

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8. A escola possui extintores de incêndio portáteis sufi-cientes e dentro da validade em condições adequadas?

Os extintores de incêndios possuem como função com-bater incêndios de pequenas proporções de maneira rá-pida e imediata. Quando utilizado de forma ágil e corre-ta, os extintores podem evitar grandes riscos de perdas de patrimônio e vida.

Deste modo, as escolas municipais, sujeitas a riscos de incêndios, de menor ou maior proporção, necessitam possuir, em suas dependências, extintores de incêndio.

9. A escola possui hidrantes em condições adequadas e suficientes, além de mangueiras com teste hidrostático em dia?

Os hidrantes são aparelhos de ferro fundido, instalados na rede de água e possuem como propósito servir de ponto de abastecimento das viaturas do Corpo de Bombeiros. Eles são destinados ao combate de incêndios e outras operações. Por ser tão importante, os hidrantes precisam estar sempre em boas condições para que, em casos de emergência, não falhem.

Logo, as escolas municipais, sujeitas a incêndios ou outros imprevistos, precisam possuir, em suas dependências, hidrantes em boas condições para serem utilizados em casos necessários.

10. A rede de gás está vistoriada com teste de estanqueidade e não apresenta vazamentos?

No tocante à vistoria da rede de gás da unidade escolar, necessário se atentar aos dispos-tos na Lei Complementar n° 9.168/2001. Cabe, então, à Fiscalização Geral do Município, bem como aos funcionários da unidade escolar executar a referida lei, bem como outras normas técnicas aplicáveis ao caso.

Teste de estanqueidade significa verificar se algo está estanque, hermético, sem vazamento.

11. A rede elétrica da escola é segura e não oferece risco à comunidade escolar?

Para o desenvolvimento educacional da sociedade, a energia elétrica é um fator essencial, porém, negligenciada, pode representar um grande risco.

Segundo o ex-presidente da CPFL Paulista e CPFL Piratininga, Carlos Zamboni Neto, a CPFL Energia tem como um dos seus valores inegociáveis a segurança à vida dos seus colaborado-res e da população das comunidades em que a empresa atua. Por isso, realizam campanhas e palestras para conscientizar a população sobre os riscos de acidentes nas redes elétricas.

Em 30 de novembro de 2018 , um aluno morreu numa escola municipal, tendo sido afetado por um choque elétrico. A segurança da rede elétrica é, portanto, essencial para a qualidade da educação e para a própria vida dos estudantes.

12. A rede elétrica da escola foi redimensionada de forma a suportar aparelhos de ar condicionado, além de ter instalado para-raios?

A justificativa deste item acompanha o indicador 11, além disso, adiciona o fato de que a rede elétrica de grande parte das unidades escolares não era adaptada para aparelhos de ar condi-cionado, o que pode vir a causar inúmeros acidentes.

https://www.cpfl.com.br/releases/Paginas/cpfl-alerta-para-o-risco-de-acidentes-fatais-com-a-populacao-na-rede-eletrica-.aspxhttps://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2019/01/07/laudo-tecnico-revela-fatores-que-podem-ter-cau sado-morte-de-menino-em-es

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

4.2 CONDIÇÕES GERAIS DE GESTÃO, MANUTENÇÃO E ESTRUTURA

O presente macroindicador busca informações sobre a gestão. Assim, em vinte per-guntas, o munícipe conseguirá mensurar o estado de estruturação física presente na unidade escolar desejada.

Como se verá detalhadamente a seguir, todo o embasamento dos questionamen-tos origina-se de normativas e indicadores oficiais ou de entidades referência na análise estrutural das unidades de ensino.

Emerson Gabardo (2012, pp. 342-343) esclarece que o ideal de eficiência, como elemento da boa administração, representa a formalização jurídica de um interesse público geral definido politicamente e que é retroalimentado pela existência de uma estrutura pública organizacional.

Além disso, Thiago Marrara (2012, p. 163) revela que a moralidade administrativa serve para impedir que os dirigentes estatais desviem-se das finalidades do Estado de Direito, devendo agir dentro da legalidade, sendo possível que qualquer cidadão controle o respeito a essa moralidade.

Com o fito de caminhar rumo à garantia desta eficiência e moralidade administrativa, os indicadores deste tópico são pontos de referência e que devem ser preenchidos pela Administração Pública.

13. O valor da subvenção mensal à APM (Associação de Pais e Mestres) ou outros recursos que a escola recebe são adequados às necessidades de manutenção da unidade de ensino?

As Associações de Pais e Mestres são organizações da sociedade civil criadas para fiscalizar e ajudar as ações das unidades escolares.

Segundo o Portal de Educação do Governo de São Paulo, a Associação de Pais e Mestres é uma associação civil, com natureza de pessoa jurídica de direito privado e uma instituição auxiliar de uma escola. Além disso, é entendida também como uma entidade de natureza social e educativa, sem caráter político, racial ou religioso e sem finalidades lucrativas.

Tais organizações encontram escopo jurídico, principalmente, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que em seu art. 14, que estabelece:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pe-dagógico da escola;II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

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No contexto de Ribeirão Preto, em resposta ao Requerimento n° 3.114/2019, de autoria do Vereador Fabiano Guimarães, a Prefeitura Municipal informou que foi investido R$3.075.180,00 (três milhões e setenta e cinco mil e cento e oitenta reais) pela Secretaria Municipal da Educação para as 107 Associações de Pais e Mestres aptas a receber o recurso, gerando uma média aproximada de R$30.000,00 (trinta mil reais) ao ano para cada associação.

Desse modo, cabe ao presente questionamento confirmar se os valores des-tinados às APM’s, ou outros recursos que a escola recebe são suficientes para as necessidades de manutenção da unidade escolar, nas vezes em que as reformas são organizadas e fiscalizadas por elas.

14. As dúvidas e solicitações da unidade escolar encaminhadas por e-mail ou telefone para a Secretaria Municipal de Educação são respondidas em tempo adequado?

A relação entre as unidades escolares e a Secretaria Municipal de Educação pre-cisa ser a mais rápida, transparente e eficiente possível. Desse modo, é necessário que as demandas encaminhadas por e-mail ou telefone sejam respondidas em tem-po adequado, a fim de que o objeto da dúvida ou solicitação não se esvaia com o tempo.

Oportuno informar que a Lei Federal de Acesso à Informação (n° 12.527/2011), com os procedimentos para a sua garantia de funcionamento regulamentados pelo Decreto Municipal n° 172/2011, determina o prazo de 20 dias para concessão do acesso às informações não confidenciais (art. 11. §1°), podendo ser prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.

Tendo tal prazo como norte, cabe à Secretaria Municipal de Educação cumpri-lo, tentando tornar tal prazo mais exíguo, efetivando a eficiência.

Todavia, existem demandas mais urgentes e que carecem de atuação imediata da SME, nesses casos, o prazo precisa ser, necessariamente, menor e adequado à necessidade específica.

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15.Quando solicitada pela unidade escolar, a Secretaria Municipal de Educação fornece orientação jurídica para diferentes situações do cotidiano escolar?

A eficiência da administração pública é princípio constitucional estabelecido no art. 37 da Consti-tuição Federal, cujo texto estabelece que:

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, im-pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

Dessa maneira, é de relevante importância a prestação de orientação jurídica da Secretaria Mu-nicipal de Educação para as unidades escolas no tocante às situações que ocorrem no dia a dia de sua gestão.

Assim, com a devida orientação jurídica, os diretores e supervisores de ensino saberão como lidar com processos de aquisição de materiais, gerenciamento da equipe pedagógica e contato com os alunos.

Não obstante, Dias e Guedes (2010, pp.78), acrescentam que o apoio de uma equipe jurídica especializada na área educacional é essencial para fortalecer a secretaria na implantação de ino-vações na rede e evitar conflitos contraprodutivos.

16.Os sistemas eletrônicos de administração utilizados pela equipe de gestão escolar são suficientes e adequados às necessidades da unidade?

Assim como na questão anterior, o presente questionamento busca informações sobre a eficiên-cia na gestão administrativa.

Segundo Chaves e Murici (2016, p. 25) o conhecimento dos processos é o que faz com que o profissional domine os processos sob sua autoridade, na área em que atua.

Portanto, busca-se saber se os métodos eletrônicos estão sendo plenamente aplicados na ges-tão escolar das unidades de ensino e se são suficientes e adequados às suas necessidades.

Não obstante, valora-se, aqui, também, a eficiência da administração pública, que, como visto anteriormente, advém do artigo 37, da Constituição Federal.

17.A área verde recebe manutenção adequada; o “mato” está sempre bem aparado?

A justificativa do item 25 é a mesma deste, sendo a área verde, com regular manutenção, parte da infra-estrutura de qualidade projetada para as escolas.

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18. A Caixa d´água está em bom estado de impermeabilização, conservação e manutenção ?

O processo de impermeabilização, conservação e manutenção da Caixa d’água das escolas possui extrema importância. Sendo feitas as intervenções necessárias com periodicidade, o processo evita que a água escape pela estrutura, além de impedir infiltrações e outros danos nas áreas escolares.

Além disso, a impermeabilização gera economia de água e dificulta o surgimento de fungos e bolores que podem ser prejudiciais à saúde humana. Logo, os processos de impermeabilização, conservação e manutenção das caixas d’água precisam estar, sempre, em bom estado.

19. As estruturas do telhado e forro das dependências da escola estão em bom estado?

A justificativa do item 25 é a mesma deste, sendo as estruturas do telhado e forro das dependências da escola parte da infraestrutura escolar.

20. A rede hidráulica da escola e o sistema de escoamento de água pluvial estão em condições adequadas e não há infiltrações?

A justificativa do item 18 é a mesma deste, sendo o processo de escoamento fundamental para o pleno funcionamento das instituições escolares.

21.A unidade escolar possui o Laudo Técnico da Vigilância Sanitária?

O primeiro parágrafo do Decreto n° 021/1998 de autoria do Executivo Municipal de Ribeirão Preto define que:

§ 1º - Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.

§ 3° (...) emissão de laudos de vistoria sanitária e licenças sanitárias, para funcionamento de esta-belecimentos, veículos e serviços relacionados com a saúde, decorrentes dos procedimentos de inspeção sanitária , além do poder de polícia sanitária para fazer cumprir as leis e regulamentos sanitários, expedindo autos de infração, termos de intimação e autos de imposição de penalidade.

Desta feita, faz-se necessária a presença de um Laudo Técnico da Vigilância Sanitária nas unidades escolares, já que, devido à grande circulação de crianças, jovens e adultos no local, além da prepara-ção e ingestão de alimentos no espaço, mostra-se importante que tudo ocorra em um ambiente hígido e devidamente vistoriado.

No mesmo sentido, o referido decreto atribui como competências da Divisão de Vigilân-cia Sanitária:

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22. Os alimentos recebidos e estocados estão sem-pre dentro do prazo de validade?

Tal questionamento cobra a informação sobre o acompanha-mento do prazo de validade dos alimentos recebidos e estoca-dos. Assim, busca-se saber se a gestão da respectiva escola adota um método capaz de acompanhar a vigência dos seus produtos alimentares e se são usados de forma eficiente, a fim de não perdê-los ou consumi-los de forma deteriorada.

Segundo CHAVES e MURICI (2016, p. 25), método é o cami-nho para chegar ao resultado. É a essência do gerenciamento.

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

O presente indicador tem dupla função: a) procurar saber se os itens de alimentação estocados estão dispostos a fim de se evitar sua deterioração ou desperdício, b) observar se o controle adequado também pressupõe estocar tais produ-tos em ambiente límpido.

23. Há controle adequado dos itens estocados de ali-mentação?

A primeira função relaciona-se com o já tratado Princípio da Eficiência da Administração Pública, que, segundo Hely Lopes Meirelles (2003, pp. 102), é o princípio que se impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e sa-tisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.

Já a segunda função, fundamenta-se na Resolução RDC n° 216/2004 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a qual dispõe sobre regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação, estabelecendo, em diversos pontos, normas para uma estocagem adequada de produtos alimentícios.

24.A merenda servida aos alunos está sempre de acordo com o cardápio divulgado?

A importância desse questionamento reside no fato de que há lei municipal - Lei Ordinária n° 14.269/2018 - que assegura

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25. O piso, azulejos, forro da cozinha e demais áreas da escola estão em bom estado de conservação e manutenção?

Pautado nos incisos I e III do art. 31 da Lei Complementar n° 826/1999, que dispõem sobre a organização administrativa da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, vê-se que:

Art. 31 - À Secretaria da Educação compete:

I - estruturar, organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino;III - promover o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exer-cício da cidadania e sua qualificação para o trabalho;

ao aluno diabético, devidamente matriculado no município de Ribeirão Preto, cardápio de alimentação escolar especial adaptado à respectiva condição de saúde.

Além disso, o cardápio é divulgado na Rede Mundial de Computadores, pela Prefeitura Municipal, desta feita, aquilo que é informado à população, deve ser cumprido.

Sendo assim, é necessário que a comida servida aos alunos seja a mesma que foi definida no cardápio divulgado, já que este é consultado por pais ou responsáveis no momento de analisar se a merenda servida é óbice à saúde do estudante.

Portanto, somente um ambiente organizado e com infraestrutura adequada e segura, livrando o estudante de eventuais acidentes, propiciará o seu pleno desenvolvimento.

Não obstante, necessário pontuar que a escola, que é órgão público, não possui patrimônio próprio, já que o patrimônio que ela utiliza é de propriedade da Prefei-tura, isso porque:

Na realidade, o órgão não se confunde com a pessoa jurídica, embora seja uma de suas partes integrantes; a pessoa jurídica é o todo, enquanto os órgãos são parce-las integrantes do todo. O órgão também não se confunde com a pessoa física, o agente público, porque congrega funções que este vai exercer (DI PIETRO, 2017, p. 726).

26. De forma geral, o refeitório e demais dependências estão limpos e em con-dições adequadas?

A justificativa do item 25 é a mesma deste. O refeitório é parte da infraestrutura escolar.

27. Portas, janelas, equipamentos e brinquedos danificados ou enferruja-dos receberam manutenção ou foram substituídos?

A boa infraestrutura escolar afeta diretamente no desempenho dos alunos. As condições das escolas, segundo o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), com espa-ços renovados, possibilitam que jovens e crianças que vivem em locais de baixa estrutura, possam estudar, além de melhorar os quesitos de assiduidade e interesse dos alunos .

Sendo assim, o piso, azulejos, forro da cozinha, bem como o refeitório, em geral, preci-sam estar em condições adequadas de conservação e manutenção para gerar o interesse necessário de cumprimento de suas funções nos alunos e colaboradores das escolas.

https://www.caf.com/pt/presente/noticias/2016/10/a-importancia-de-ter-u-ma-boa-infraestrutura-escolar/

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28. O estado de conservação da pintura da escola está em boas condições?

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

Além de questões estéticas, a boa pintura tem papel importante na conservação de ambientes e fachadas, a fim de garantir vida longa ao recinto. Ademais, o ambiente pode ficar mais agradável, mais limpo e sofrer menos com o calor ao aplicar uma pintura adequada, coadunan-do-se com o defendido pelos professores Luiz Dourado, João Oliveira e Catarina Santos (2007, p. 19).

Portanto, ao conservar uma pintura de qualidade e adequada, a escola adquire potencial: estético, ao projetar um ambiente mais agradável vi-sualmente aos seus alunos, colaboradores e visitantes; de limpeza; de diminuição de temperatura, aumentando a qualidade do local para uma melhor produtividade no ensino.

29. Há sistema de ventilação nas áreas comuns de maior concentra-ção onde os estudantes frequentam?

Segundo a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA), a qualidade do ar interno nas salas de aula possui singular importância. Um ambiente sem climatização ade-quada pode trazer, para os alunos e professores, consequências como irritabilidade, estresse, falta de concentração, sonolência e outros fato-res prejudiciais ao aprendizado e ensino .

Um ambiente com boa qualidade de ar interno, por outro lado, possui potencial de melhor concentração e rendimento. Sendo assim, é funda-mental a utilização de ar condicionado e/ou ventiladores a fim de buscar um ambiente mais saudável para a manutenção das crianças e jovens em idade de aprendizado.

https://www.caf.com/pt/presente/noticias/2016/10/a-importancia-de-ter-uma-boa-infraestrutura-escolar/9

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A unidade escolar recebe a circulação de centenas ou milhares de pessoas nos dias úteis. Sendo assim, o descarte incorreto de equipa-mentos e móveis do patrimônio da escola pode gerar acidentes para aqueles que circulam pela região, além de servir de abrigo para ani-mais peçonhentos, gerando vulnerabilidades no local.

Desse modo, é necessária a parceria entre a unidade escolar e a Co-ordenadoria de Limpeza Urbana, já que, segundo a Lei Complementar n° 2.414/2010:

Artigo 2º - Caberá à COORDENADORIA DE LIMPEZA URBANA :

I - atuar na limpeza urbana do Município de forma direta, através da prestação de serviços e, indiretamente, através do planejamento, controle e execução dos contratos para essa finalidade;II - conservar as áreas públicas e particulares, procedendo roçada e limpeza nos termos da legislação vigente;

32. Os equipamentos e móveis do patrimônio descartados pela escola são periodicamente recolhidos?

30. Há ar condicionado ou ventiladores nas salas de aula suficien-tes para redução da temperatura?

A justificativa deste indicador é a mesma do item 29.

31. Há ar condicionado ou ventiladores suficientes para redução da temperatura na sala dos professores e demais salas da admi-nistração e apoio?

A justificativa do item 30 é a mesma deste, porém, aplicada aos pro-fessores e demais colaboradores do setor administrativo e de apoio.

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33. Foram feitas as intervenções necessárias para eliminação do risco de contaminação por doenças causadas por pombos?

O Código Sanitário de Ribeirão Preto, instituído pela Lei Complementar n° 2963/2019, estabelece, em seu art. 21, que:

Art. 23. Toda e qualquer edificação, urbana ou rural, deve ser constru-ída e mantida observando-se:

I - a proteção contra as doenças transmissíveis ou não, inclusive aquelas transmitidas ao ser humano por vetores e outros animais;

34. A escola recebeu as devidas vistorias e intervenções para re-dução do risco provocado por animais peçonhentos ou que pos-sam transmitir doenças?

Reverberando a questão anterior, aqui dá-se atenção às ações de pre-venção no tocante à presença de animais peçonhentos na unidade escolar.

Em especial, cita-se a Lei Complementar n° 2690/2014, que define, no seu art. 5°:

Art. 5° Competente a Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde:

I - prevenção, vigilância, detecção e atuação nos focos de zoono-ses e/ou doenças transmitidas por vetores visando interromper o ciclo de transmissão do animal ao homem ou vice-versa;II - desenvolvimento e execução de atividades, ações e estraté-gias relacionadas a animais de relevância para a saúde pública;III - desenvolvimento e execução de ações, atividades e estraté-gias de educação em saúde visando à guarda ou à posse res-ponsável de animais para a prevenção das zoonoses;VI - recomendação e adoção de medidas de biossegurança que impeçam ou minimizem o risco de transmissão de zoonoses e da ocorrência de acidentes causados por animais peçonhentos e venenosos relacionados à execução das atividades de vigilância de zoonoses dispostas neste artigo;

Assim sendo, a gestão da unidade escolar deve exigir a atuação da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde em seu espaço, a fim de realizar vistorias e intervenção para reduzir ou eliminar os riscos pro-vocados por animais peçonhentos.

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35. Há enxoval de brinquedos e/ou materiais pedagógicos em bom estado de conservação, em quantidade adequadas e adequados às faixas etárias?

A presença de brinquedos e outros materiais pedagógicos nas escolas são im-portantes para o desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes.

Segundo Tizuko Kishimoto (2001, p. 231), em artigo publicado na revista Educação e Pesquisa, tais objetos possuem duplo papel na dinâmica esco-lar, como se vê:

No contexto atual da educação infantil os brinquedos têm dois usos com significações distintas: educadores que valorizam a socialização adotam o brincar livre, e os que visam à escolari-zação ou aquisição de conteúdos escolares, o brincar dirigido e os jogos educativos.

Nesse sentido, não basta a mera existência desses brinquedos e mate-riais pedagógicos. É necessário, sobretudo, que estejam em bom estado de conservação, aptos a desempenhar as referidas funções.

36. A escola possui sala de informática adequada e equipamentos multimídia como recurso didático para o trabalho pedagógico?

Atualmente, a existência de uma sala de informática nas escolas, além de introduzir o aluno, desde cedo, às inovações tecnoló-gicas trazidas pela modernidade, é também ferramenta importante na construção de sua racionalidade. A grande variedade de conte-údo para as crianças e adolescentes, desde sites informativos e jogos instrutivos e peda-gógicos, somente pode ser encontrada na Internet, o que pressupõe a existência de um laboratório de informática minimamente preparado para atender a demanda.

As ferramentas de tecnologia multimídia vem ganhando cada vez mais importância no campo educacional. Isto porque a sua utiliza-ção facilita a aprendizagem, já que a educa-ção passa por mudanças estruturais e funcio-nais na existência destas novas tecnologias.

Desta maneira, o aluno aprende com a tec-nologia quando as usa como ferramentas que o apoiam na construção de seu raciocínio e co-nhecimento – são as ferramentas cognitivas. A questão relevante, aqui, é a estratégia cogniti-va de aprendizagem (JONASSEN, 1996).

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37. A escola possui laboratório de ciências adequado?

A lógica por trás da manutenção de um laboratório de ciência em boas condições de uso, além de diminuir os riscos de acidentes com os alunos durante as atividades, é estimular outras aptidões das crianças e ado-lescentes, bem como evoluir as suas capacidades de trabalharem com a interdisciplinaridade.

Significa atrair o aluno para aquilo que vai além das aulas teóricas. Os estudantes passam a construir o conhecimento na prática, durante as aulas experimentais, vez que seu comportamento torna-se mais ativo.

38. A escola possui sala ou espaço adequado para leitura?

Segundo dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019, cerca de 45,7% das escolas públicas de ensino básico contam com bibliotecas ou salas de leituras, e apenas 14,1% das crianças pertencentes ao grupo de nível socioeconômico baixo possuem nível suficiente de alfabetização em leitura.

A falta de estrutura adequada contribui para que o índice de alfabetiza-ção em leitura seja cada vez menor. A presença de uma sala de leitura é um indício construtor de uma condição básica para um bom desempenho escolar e também na vida, contribuindo diretamente para a formação da competência leitora do aluno. Um aluno-leitor é um aluno mais completo, com repertório cultural e boa visão de mundo, contribuindo para o melhor desempenho das relações humanas.

39. A escola possui áreas externas cobertas para que os alunos/crianças possam usar fora das salas de aula?

O uso das áreas externas cobertas pelos alunos, tanto crianças e ado-lescentes, relaciona-se com a mesma disponibilidade de uso do espaço físico do indicador número 41.

40. Há espaço coberto em condições adequadas para a prática es-portiva, lúdica e física?

As práticas esportivas, lúdicas e físicas, são importantíssimas para o desempenho escolar dos alunos, seja pelas questões biológicas ineren-tes ao exercício físico, seja por questões de sociabilidade das crianças e adolescentes.

Entretanto, tais atividades só podem ser realizadas e executadas se estiverem estrutura para tal; aqui, trata-se da questão da disponibilidade de uso do espaço físico. O espaço coberto garante a continuidade das atividades mesmo quando as condições climáticas forem adversas, pro-movendo maior segurança e conforto para os alunos durante a consecu-ção dos exercícios.

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41. O material didático chegou em prazo adequado para o início do ano letivo?

A importância do recebimento de material didático em tempo hábil está na maior eficiência das aulas e do aprendizado dos estudantes que ele propicia.

De acordo com Doutora Luciana Zambon e Pós-Doutor Eduardo Terrazan (2013, p. 589), ambos em Educação, pela UFSM e UNICAMP, respectiva-mente, em artigo publicado na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos:

Na terceira etapa, ocorre o envio das obras didáticas escolhidas pe-los professores às escolas. Espera-se, nessa última fase, que os livros selecionados cheguem às escolas em tempo hábil para o início das atividades letivas previstas e na quantidade correta e que só em último caso sejam enviadas obras não escolhidas, na medida em que se con-sidera a segunda etapa como a fase em que, fundamentalmente, os professores têm uma participação direta no processo como um todo.

42. Os uniformes chegaram em prazo adequado para o início do ano letivo?

O início do ano escolar sem a distribuição de uniformes escolares gera prejuízo aos estudantes e comunidade escolar, haja vista que os uniformes vinculam o aluno a uma escola específica, fortalecendo a ligação entre eles.

Também, o uso dos uniformes escolares facilita a identificação das crian-ças e adolescentes, o que gera maior segurança aos familiares desses jo-vens de que em eventuais problemas, a identificação daqueles será feita de forma mais rápida.

Além disso, importante pontuar que, com base no histórico recente, a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto entregou os materiais e uniformes escolares com considerável atraso, conforme matéria do dia 31 de janei-ro de 2018 do jornal “ACIDADEON Ribeirão Preto” .

Disponível em: https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/NOT,2,2,1304122,assim+como+na+gestao+de+darcy+vera+o+gover-no+de+duarte+nogueira+comeca+ano+letivo+com+uniformes+e+materiais+em+falta.aspx. Acesso em: 26 jun. 2019

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

Demonstrar respostas e sugestões para uma dinâmica de trabalho melhor e mais eficiente é o obje-tivo central da ergonomia, que pode ser entendida como uma disciplina que promove uma abordagem ampla e centrada no ser humano para o design de sistemas de trabalho que considera relevante os fatores físicos, cognitivos, sociais, organizacionais e ambientais (GRANDJEAN, 1986, pp. 76-78).

No contexto do trabalho de cozinheiros, vê-se que as jornadas diárias quase todas em pé, próximos de ferramentas e eletrodomésticos muito quentes e muito frios, além dos pesos que carregam são con-dições que podem prejudicar a saúde física e mental deles.

Assim, para Assunção (2008, pp. 43) a análise ergonômica do trabalho compreende fatores que opor-tunizam identificar situações que levam a melhorar ou, pelo menos, a amenizar as condições de traba-lho, otimizando a produção, satisfazendo o trabalhador, melhorando o conforto oferecido e aumentando a produtividade da organização.

45. Na cozinha, há lavadora de louça adequada às necessidades da unidade?

4.3 CONDIÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA DO TRABALHO E ERGONOMIA

43. A iluminação nas salas de aulas e demais dependências da escola está adequada?

46. Há terminal de computador disponível aos cozinheiros para a administração de estoque?

44. Foi implantado programa de medidas e ações (avaliações ergométricas) para os cozinheiros?

Vera Lúcia Pereira Costa (2009, p. 4) afirma que é função social da escola também fornecer um ambiente escolar agradável. A qualidade da iluminação nas salas de aula e demais dependências da unidade escolar é elemento constituinte disso.

O quadro de cozinheiros é restrito, logo, a tecnologia para o auxílio a esses funcionários essenciais nas unidades escolares é de suma importância. Nesse cenário, surge a lavadora de louça, pedido constante das cozinheiras e que otimiza o trabalho por elas realizado.

No mesmo sentido do indicador 41, o terminal de computador é uma tecnologia auxiliar à eficiência da prestação do serviço, possibilitando que as cozinheiras possam administrar o estoque de alimentos e insumos.

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4.4 CONDIÇÕES GERAIS DO ENTORNO DA ESCOLA

47. Há iluminação pública adequada nas ruas do entorno da escola?

48. Há limpeza pública adequada no entorno da escola?

Luiz Fernandes Dourado, João Ferreira de Oliveira e Catarina de Almeida Santos (2007, p. 13) afirmam que a existência de um ambiente escolar ade-quado é diretamente relacionada à questão do desempenho nos estudos.

O entorno da escola também faz parte do ambiente escolar, logo, a devida atenção do poder público aos seus elementos é de suma importância para a qualidade da educação.

Desta feita, os itens 43 a 49 possuem a mesma justificativa, calcada na importância do ambiente escolar e suas instalações para a qualidade da educação naquela unidade, seguindo os parâmetros de Dourado, Oliveira e Santos (2007).

Acompanha a justificativa geral do indicador, aplicada à iluminação públi-ca, também auxiliar à segurança da região.

Acompanha a justificativa geral do indicador, aplicada à limpeza pública, também atrelada à saúde e segurança da região.

49. O pavimento do asfalto das ruas do entorno da escola está em bom estado?

Acompanha a justificativa geral do indicador, aplicada ao pavimento asfál-tico, também auxiliar à segurança da região.

50. Os bueiros têm recebido manu-tenção periódica?

Acompanha a justificativa geral do in-dicador, aplicada aos bueiros, também atrelados à saúde e segurança da região.

51. As ruas do entorno da escola estão livres de vazamentos de esgoto?

Acompanha a justificativa geral do indi-cador, aplicada aos vazamentos de es-goto, também atrelados à saúde e segu-rança da região.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

52. Há água sempre disponível pelo Daerp?

Acompanha a justificativa geral do indicador, somada à justificativa do macroindicador sobre acessibilidade.

53. As calçadas do quarteirão da escola estão adequadas para o uso dos pedestres?

Acompanha a justificativa geral do indicador, aplicada à água disponível nna escola, também atrelada à saúde.

De acordo com o portal da TRANSERP , no site da Prefeitura de Ribei-rão Preto, a referida empresa exercia exclusivamente a função de ges-tora do transporte coletivo urbano até maio de 2000, quando passou a incorporar as atividades pertinentes à gestão do trânsito na malha viária municipal, atuando nas áreas de engenharia de tráfego, educação para o trânsito e fiscalização, sendo esta por meio de convênio com a Policia Militar do Estado de São Paulo.

Desse modo, é importante que ela trabalhe em conjunto com a Secre-taria Municipal de Educação e escolas, promovendo e garantindo uma boa sinalização das placas e faixas de trânsito no entorno das unidades escolares, sobretudo em horários de entrada e saída de estudantes e profissionais da educação.

54. A sinalização e as regras viárias de trânsito do entorno da escola oferecem segurança?

Disponível em: https://www.acidadeon.com/ribeiraopreto/NOT,2,2,1304122,assim+como+na+gestao+de+darcy+vera+o+gover-no+de+duarte+nogueira+comeca+ano+letivo+com+uniformes+e+materiais+em+falta.aspx. Acesso em: 26 jun. 2019

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55. A escola recebe ronda escolar da GCM nos horários de entrada e saída de alunos?

A ronda escolar da Guarda Civil Municipal nos horários de entrada e saída de alunos garante aos estudantes, bem como a toda a comunidade escolar a segurança que aqueles chegarão seguros em casa.

Essa proteção, aliás, é garantida por leis municipais. A esse respeito, a Lei Complementar n° 369/1994, estabelece que a Guarda Civil de Ribeirão Preto, hoje Guarda Civil Metropolitana, tem por finalidade:

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ARTIGO 2º - A “GUARDA MUNICIPAL” tem por finalidade a pro-teção dos bens, serviços e instalações municipais, e, mediante convênio, a colaboração com as Polícias Civil e Militar Estaduais, na conformidade com o disposto na legislação federal, estadual e Lei orgânica do Município.

PARÁGRAFO ÚNICO - A “GUARDA MUNICIPAL” deverá, quando solicitada, colaborar com as Secretarias Municipais e com a Admi-nistração Indireta, em serviços específicos tais como campanhas de combate a pragas, epidemias, evacuações de áreas com risco para a integridade dos habitantes e transeuntes , sob a supervi-são dos responsáveis pelas operações, obedecido, estritamente, o princípio da legalidade.

Também, a Lei Orgânica de Ribeirão Preto já prevê a proteção especial para crianças e adolescentes:

Art. 192 - A prioridade de proteção à criança e ao adolescente, pre-vista no artigo 227 da Constituição da República, será assegurada pelo Município, com a participação e colaboração de entidades públicas e privadas, mediante, entre outras medidas

56. As leis de postura que determinam distância mínima de bares das escolas são respeitadas?

A esse exemplo, a Lei Ordinária n° 1916/1967, ainda em vigor, que dispõe sobre medidas de proteção do sossego público contra ruídos urbanos, es-tabelece que:

ARTIGO 16 - Nas proximidades de repartições públicas, escolas, hospitais, sanatórios, teatros, tribunais ou igrejas, nas horas de funcionamento, e permanentemente para o caso de hospitais e sanatórios, ficam proibidos ruídos, barulhos e rumores, bem as-sim e produção daqueles sons excepcionalmente permitidos no artigo anterior.

Vê-se, portanto, que não é razoável que bares e outros comércios do ramo fiquem próximos de escolas, vez que possuem finalidades incompatíveis com o ambiente escolar.

Além disso, o Código de Posturas Municipais, peça integrante do Plano Diretor da cidade, trará novas e específicas regulamentações sobre a temá-tica, estando em fase de audiências para desenvolvimento do texto base .

https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/splan/planod/190617-4-aud-texto-postura.pdf12

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4.5 CONDIÇÕES GERAIS DE ACESSIBILIDADE

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

A Lei Federal n° 10.098/2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadores de defi-ciência ou com mobilidade reduzida, define, no inciso I do art. 2° que:

Art. 2º Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:

I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com mobili-dade reduzida;

Não obstante, a referida lei obriga que todas as esferas da administra-ção pública suprimam barreiras e obstáculos nas vias, espaços públicos, no mobiliário urbano e na construção e reforma de edifícios e meios de transporte (art. 1°).

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Do mesmo modo, a Lei Orgânica de Ribeirão Preto, em seu inciso V do art. 193, que:

Art. 193 - O Município, com a participação e colaboração de enti-dades públicas e privadas, assegurará condições para a preven-ção de deficiências, com prioridade para a assistência pré-natal e à infância, bem como a integração social dos portadores de de-ficiência, através de treinamento para a convivência comunitária e para o trabalho e de facilitação de acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstáculos arquite-tônicos, mediante, entre outras medidas:

V - adequação de logradouros e edifícios públicos e veículos de transporte coletivo urbano para permitir o acesso adequado de pessoas portadoras de deficiência;

Vê-se, portanto, que há todo um rol de normativas que exigem a plena acessibilidade aos espaços públicos.

Tal temática é ainda mais importante no tocante à educação, já que espa-ços escolares inacessíveis poderá gerar nas crianças e adolescentes cicatri-zes permanentes de ausência de inclusão social.

Assim, nas próximas perguntas o munícipe conseguirá mensurar, em dife-rentes abordagens, o grau de acessibilidade da unidade escolar escolhida.

57. Existem escadas adaptadas no acesso às dependências da escola?

A Associação Brasileira de Normas Técnicas, por meio na norma brasi-leira 9050 (ABNT NBR 9050: 2004), define uma série de padrões técnicos para escadas e corrimãos, tendo como norte a acessibilidade e seguran-ça daqueles que utilizam tais espaços.

Dessa forma, cabe às unidades escolas cumprirem esses padrões téc-nicos, além daqueles que surgirem posteriormente, visando sempre a criação e manutenção de locais que permitam a plena mobilidade de to-dos os seus estudantes.

58. Existem rampas adaptadas no acesso às dependências da escola?

O Instituto Paradigma, organização social de interesse público dedicada a desenvolver e implementar projetos com foco na inclusão social de pes-soas em situação de exclusão (pessoas com deficiência e dificuldades de aprendizagem), criou a cartilha “Acessibilidade no Espaço Escolar” , com o objetivo de concentrar em um mesmo documento diversas normas técnicas sobre acessibilidade na área interna da escola, bem como em seu entorno.

Quanto às rampas adaptadas nesses espaços, a cartilha estabelece pa-râmetros para que elas possam ser bem construídas e em espaços indi-cados (2008, pp. 25-28).

Cabe, então, às unidades escolares, cumprir tais parâmetros, haja vista que são fundamentados em normas oficiais e por especialistas no tema.

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Disponível em: http://www.institutoparadigma.org.br/arquivos/cartilha%20espaco%20escolar.pdf. Acesso em: 27 jun 2019.13

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

59. O acesso às salas de aula é adaptado?

No tocante ao acesso adaptado às salas de aula, cabe aqui as mesmas menções ao cumprimento das normas técnicas que tratam do tema, em es-pecial a ABNT NBR 9050:2004.

62. O sistema de abertura das portas do sanitário é adaptado?

A ABNT NBR 9050:2004, no seu tópico 6.9.2 define os padrões mínimos para um sistema de abertura de portas plenamente acessível. Desse modo, cabe às escolas se atentarem a isso, e em outras posteriores sobre a temá-tica, nas suas construções e reformas.

63. Há sanitários em número adequado à quantidade de alunos e os vasos dos sanitários são adaptados?

O Ministério da Educação, na cartilha “Parâmetros básicos de infraestrutu-ra para instituições de educação infantil” (2006, pp.19), toda unidade escolar de educação infantil precisa ter um vaso sanitário, um lavatório e um chuvei-ro para cada 20 crianças.

Necessário que essas estipulações sejam cumpridas nas escolas de edu-cação infantil, e, nas de educação fundamental, que parâmetro próximo também seja efetivado.

61. As maçanetas do sanitário são adaptadas?

Segundo a cartilha “Acessibilidade no Espaço Escolar”, elaborada pelo Ins-tituto Paradigma (2008, pp. 26), a maçaneta não deve apresentar dificuldade de manuseio. Alguns modelos, como os redondos, dificultam o movimento de torção e não possibilitam a abertura da porta quando o uso das mãos está impossibilitado. O modelo mais adequado é a do tipo alavanca.

Cabe questionar, então, se as unidades escolares se atentam sobre isso.

60. A abertura dos sanitários possui largura mínima?

De modo que haja espaço adequado para a utilização dos sanitários por parte de deficientes físicos, sobretudo cadeirantes, é necessário que esses locais tenham largura mínima suficiente para a livre movimentação e utilização.

Espera-se, então, que as unidades escolares possuam abertura dos sanitá-rios suficiente para isso, observando as estipulações técnicas a esse respeito.

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64. Os lavatórios dos sanitários são adaptados?

Quanto à adaptação em prol da acessibilidade dos lavatórios, a cartilha Acessibilidade no Espaço Escolar do Instituto Paradigma (2008, pp. 38) expressa que eles devem permitir a aproximação frontal do usuário em cadeira de rodas, podendo avançar 25 cm sob a pia suspensa. Para evi-tar que a pessoa com mobilidade reduzida se apoie nele, recomenda-se instalar barras de apoio.

Além disso, na mesma página, acrescenta que os lavatórios devem ser suspensos, sendo que sua borda superior deve estar a uma altura de 78 a 80 cm do piso acabado e respeitando uma altura livre mínima de 73 cm na sua parte inferior frontal.

65. Existem guias rebaixadas e sinalizadas no estacionamento?

A necessidade de se criar espaços acessíveis envolve, também, a cria-ção de guias rebaixadas e sinalizadas nos estacionamentos.

De acordo com o tópico 6.2.3 da ABNT NBR 9050:2004, o percurso entre o estacionamento de veículos e a(s) entrada(s) principal(is) deve compor uma rota acessível. Quando da impraticabilidade de se executar rota acessível entre o estacionamento e as entradas acessíveis, devem ser previstas vagas de estacionamento exclusivas para pessoas com de-ficiência, interligadas à(s) entrada(s) por meio de rota(s) acessível(is).

66. Existem vagas reservadas e identificadas no estacionamento?

Além do que foi mencionado no tópico anterior, cabe aqui mencionar o art. 7° da Lei Federal n° 10.098/2000, que define:

Art. 7o Em todas as áreas de estacionamento de veículos, localiza-das em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas va-gas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção.

Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo deve-rão ser em número equivalente a dois por cento do total, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com as especifi-cações técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes.

Importante ressaltar que esses parâmetros são mínimos, sendo interes-sante que as unidades escolares não só cumpram o básico exigido por lei, mas também promovam porcentagem maior que a definida.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

4.6 CONDIÇÕES GERAIS DE SEGURANÇA PATRIMONIAL

Além de toda a estrutura pedagógica e física de qualidade, as unidades escolares precisam ter sua segurança patrimonial garantida, tanto nos períodos de aula, quanto nos momentos sem atividade (fins de semana, feriados e férias, por exemplo).

Apesar disso, diversos casos de furtos e vandalismos assolam as esco-las municipais de Ribeirão Preto . Desse modo, cabe à Prefeitura Municipal cumprir todos os dispositivos normativos que garantam um espaço sem ris-cos e vulnerabilidades à comunidade escolar.

A esse respeito, aponta-se a importância da Guarda Civil, já que ela, se-gundo a Lei Complementar n° 369/1994:

A esse respeito, indica-se a leitura de duas matérias jornalísticas sobre o tema:

1) “Fiação elétrica é alvo de 34% dos furtos registrados nas escolas municipais de Ribeirão Preto, SP” - Disponível em: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2019/04/08/fiacao-eletrica-e-alvo-de-34percent-dos-furtos-registrados-nas-escolas--municipais-de-ribeirao-preto-sp.ghtml. Acesso em: 27 jun. 2019

2) “Pais dizem temer alta de furtos em escolas públicas no período de férias em Ribeirão Preto” – Disponível em: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2018/12/13/pais-dizem-temer-alta-de-furtos-em-escolas-publicas-no-periodo-de-ferias-em-ri-beirao-preto.ghtml. Acesso em: 27 jun. 2019

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ARTIGO 2º - A “GUARDA MUNICIPAL” tem por finalidade a prote-ção dos bens, serviços e instalações municipais, e, mediante con-vênio, a colaboração com as Polícias Civil e Militar Estaduais, na conformidade com o disposto na legislação federal, estadual e Lei orgânica do Município.

PARÁGRAFO ÚNICO - A “GUARDA MUNICIPAL” deverá, quando solicitada, colaborar com as Secretarias Municipais e com a Admi-nistração Indireta, em serviços específicos tais como campanhas de combate a pragas, epidemias, evacuações de áreas com risco para a integridade dos habitantes e transeuntes , sob a supervi-são dos responsáveis pelas operações, obedecido, estritamente, o princípio da legalidade.

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Assim, entende-se como função da Secretaria Municipal da Educação a criação de parcerias com a Guarda Municipal e órgãos competentes, a fim de proteger as escolas e seus frequentadores.

Nas próximas perguntas, será vista, também, a importância das unidades escolares terem sistemas próprios de segurança e vigilância, podendo o mu-nícipe mensurar como tais práticas são aplicadas nas escolas escolhidas.

67. A escola possui equipe de segurança patrimonial terceirizada contratada que atenda as suas demandas ou outro sistema eficaz?

Em resposta ao requerimento n° 2104/2019, de autoria do vereador Fabia-no Guimarães, buscando informações a respeito das equipes de segurança 24 horas nas escolas municipais de Ribeirão Preto , a Secretaria Municipal da Educação informou que possui agentes de segurança terceirizados em 28 escolas municipais.

Cabe ao munícipe, então, ser informado se a unidade escolar selecionada possui tais agentes de segurança ou outro sistema eficaz de proteção, vez que isso afeta diretamente a qualidade da escola. Unidade escolar com um menor índice de furtos, pode, indubitavelmente, garantir uma melhor estrutu-ra para seus estudantes.

68. A escola possui concertina, sistemas de alarmes, ou outro mé-todo de prevenção a furtos de forma adequada?

Primeiramente, a fim de esclarecimento, concertina é o nome atribuído a certas cercas de segurança. Elas possuem formato em espiral, poden-do ser eletrificadas ou não, e são alocadas sobre muros e portões, sendo demandadas pelas diretoras das unidades escolares do município.

Além dela, outras formas de prevenção a furtos podem ser instaladas nas unidades escolares, como sistemas de alarmes ou trancas eletrônicas.

Não obstante, além de tê-las, as escolas precisam manter esses siste-mas de segurança em bom estado de conservação, realizando as manu-tenções adequadas.

Disponível em: https://publico.camararibeiraopreto.sp.gov.br/consultas/materia/materia_mostrar_proc?cod_materia=Mzc4Nzkw. Acesso em: 28 jun 2019

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69. A proporção professor/aluno em sala de aula está adequada e suficiente para o bom aprendizado dos estudantes?

A esse respeito, tratando da proporcionalidade entre profes-sores e alunos, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, no seu artigo 25, estabelece que:

4.7 ADEQUAÇÃO DO QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades res-ponsáveis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para atendi-mento do disposto neste artigo.

Nessa escala de proporcionalidade, portanto, incumbe à di-reção escolar informar se a relação de quantidade entre pro-fessores e alunos está presente de forma razoável, já que, de forma diversa, geraria prejuízos no processo de aprendizagem dos estudantes, assim como maior desgaste na rotina daque-les que ensinam.

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70. A unidade escolar possui coordenador pedagógico?

O cargo de coordenador pedagógico envolve funções de gestão e orientação didáticas/educativas no sistema de ensino.

De acordo com a Lei Complementar n° 2524/2012, que estabelece o Estatuto do Magistério Públi-co Municipal de Ribeirão Preto , o referido cargo possui dezesseis atribuições, dentre essas:

I - contribuir para a consecução eficaz das diretrizes educacionais da Secretaria Municipal da Educação; II - divulgar entre os professores os referenciais teóricos atualizados, relativos aos processos de ensino e de aprendizagem; III - participar da elaboração, coordenação e acompanhamento do Projeto Pedagógico da es-cola, responsabilizando-se pela divulgação e execução dele; IV - identificar necessidades de formação profissional, a partir do diagnóstico dos saberes dos professores; V - promover um espaço coletivo de construção permanente do saber docente, onde as ações de coordenação pedagógica garantam a aprendizagem e a formação constante do professor; VI - acompanhar e avaliar o processo de ensino e o processo de aprendizagem, bem como os resultados do desempenho dos alunos;

Assim, vê-se a importância destes profissionais no âmbito educacional do município.Contudo, em resposta ao requerimento n° 2001/2019, de autoria do Vereador Fabiano Guima-

rães, cobrando da Prefeitura Municipal informações sobre o déficit de coordenadores pedagógicos por escola em Ribeirão Preto, foi informado que, até o momento, 34 CEI’s e 41 EMEI’s não possu-íam esses funcionários.

Dessa forma, o presente indicador demonstrará ao munícipe se a unidade escolar selecionada possui, ou não, profissionais de coordenação pedagógica.

71. Todas as turmas têm professores efetivos atribuídos?

Neste tópico busca-se saber se a unidade escolar selecionada possui, em todas as suas turmas, professores efetivos atribuídos.

Elaine Turk Faria (2004, p. 6) explica que o professor é insubstituível, mesmo com o uso da mais moder-na tecnologia. É peça-chave no desenvolvimento do ambiente escolar e do processo de aprendizagem.

Disponível em: https://publico.camararibeiraopreto.sp.gov.br/consultas/materia/materia_mostrar_proc?cod_materia=Mzc4NTk2. Acesso em: 28 jun. 201916

72. As turmas que não estão atribuídas com professor efetivo, estão, pelo menos, com emergencial?

De acordo com o portal da Secretaria Municipal da Educação de Ribeirão Preto, há, no sistema de ensino municipal, 607 professores emergenciais em PEB I, II e III para 2.185 efetivos.

Embora dê-se preferência aos professores efetivos, é sabido que em eventuais licenças ou férias, são os emergenciais que suprem a ausência daqueles nas salas de aula.

Todavia, com base nas notícias reportadas nos meios de comunicação , vê-se que também há carên-cia nestes profissionais.

Assim, na presente pergunta, o munícipe poderá mensurar se a escola selecionada conta com profes-sores emergenciais em quantidade suficiente para suprir a demanda de aulas.

Disponível em: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/seducacao/i15atend05.php. Acesso em: 01 jul. 2019. Sobre isso: “Rede de ensino tem déficit de 1,1 mil professores e inspetores em Ribeirão Preto, segundo Aproferp” - matéria da EPTV 2, disponí-

vel em: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2019/03/11/rede-de-ensino-tem-deficit-de-11-mil-professores-e-inspetores-em-ribeirao--preto-segundo-aproferp.ghtml. Acesso em: 01 jul. 2019.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

73. Todas as turmas de PEC (Programa de Estudos Complementa-res) possuem professores atribuídos?

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação,

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com de-ficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:

III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;

Assim, é de relevante importância que as escolas com turmas PEC se aten-tem a tal dispositivo normativo, atribuindo professores devidamente capacita-dos para essas funções.

A ausência destes acarretará em defasagem escolar para os alunos PEC, o que poderá afetar negativamente todo seu desenvolvimento pe-dagógico e social.

74. A unidade escolar está com o quadro adequado de professo-res de apoio pedagógico para auxiliarem na recuperação em pro-cesso dos alunos com defasagem?

Também com fundamento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação,

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas co-muns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;

Cabe, então, às Secretarias Municipais de Educação cumprirem o referido dispositivo normativo.

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75. A unidade escolar está com o quadro adequado de professo-res de apoio à educação especial?

De acordo com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência:

Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de lon-go prazo de natureza física, mental intelectual ou sensorial,os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as de-mais pessoas. (ONU artigo 1º)

Nesse sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação preconiza que:

Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com de-ficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:

IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integra-ção na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;

Desta feita, pensando em uma escola acessível, justa e plural, todo esse panorama normativo e pedagógico deve ser cumprido.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

76. O quadro de monitores de informática está adequado?

Fundamenta-se a presente pergunta, também, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que estabelece:

Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fun-damenta a sociedade;

Sendo assim, os monitores de informática são de notória importância, muito porque serão eles que farão a ponte entre as crianças e o mundo tecnológico, a fim de que a compreensão desse novo ambiente se dê de forma segura e eficiente.

77. A cozinha possui cozinheiros aptos ao trabalho em número adequado?

De acordo com o portal da Secretaria Municipal da Educação de Ribei-rão Preto no site da Prefeitura Municipal .

A Divisão de Alimentação Escolar conta com 01 chefe de divisão, 01 chefe de distribuição, 01 chefe de Elaboração de Alimentos da Co-zinha Piloto, 05 oficiais administrativos e equipe técnica de 07 nutri-cionistas, sendo que uma é Supervisora de Alimentação Escolar. A equipe de cozinheiras e estoquistas da Rede Municipal de Ensino é composta de aproximadamente 500 cozinheiras (servidoras munici-pais concursadas).

São realizadas 2 a 3 vezes ao ano formações para a equipe operacio-nal das Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN), abordando temas importantes para a rotina de trabalho, tais como: Qualidade de hortí-colas, Controle de Desperdício, Segurança Alimentar, Porcionamento e Per Capitas, Higiene Geral, Segurança no Trabalho e Ergonomia.

Disponível em: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/seducacao/unidades/i15u-descolar.php. Acesso em: 01 jul. 2019. 19

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Todavia, em resposta ao requerimento n° 2.562/19, de autoria do Vere-ador Fabiano Guimarães , a Secretaria Municipal da Educação informou que, na data de 24 de maio de 2019, havia 47 cozinheiros afastados nas escolas municipais de Ribeirão Preto.

A cozinha é peça-chave na qualidade da educação, o déficit de cozi-nheiras no município deve ser zerado, com o intuito de diminuir a sobre-carga de trabalho atual e garantir um aumento qualitativo da escola.

Disponível:https://publico.camararibeiraopreto.sp.gov.br/consultas/materia/materia_mostrar_proc?cod_materia=Mzc5NTUw. Acesso em: 01 jul. 2019.

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78. A administração da escola possui servidor secretário ou agente administrativo para apoio à direção?

Segundo ALMEIRA e Teixeira (2014, pp. 40)

É muito importante que a participação seja entendida como um pro-cesso dinâmico e interativo, indo muito além da tomada de decisão, uma vez que se caracteriza pelo: interapoio na convivência do cotidia-no da gestão educacional, na procura, por seus agentes, da supera-ção e suas dificuldades, limitações do enfrentamento de seus desa-fios, do melhor cumprimento de objetivo social e do desenvolvimento de sua identidade social.

Conclui-se, a partir do trecho supracitado, que a gestão escolar não deve se concentrar na pessoa do diretor escolar e seu/sua vice. Neces-sário, então, ter na equipe administrativa da escola agentes administrati-vos e secretários para auxílio na boa gestão escolar.

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79. Há inspetores de alunos/agente escolar/agente de opera-ções em número suficiente e em condições aptas para o de-sempenho das funções, exercendo as funções específicas de inspeção de alunos?

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

Em resposta ao requerimento n° 1.300/2019, de autoria do Vereador Fabiano Guimarães, que perguntava sobre a situação dos inspetores de alunos da rede municipal , a Secretaria Municipal da Educação informou que havia, até aquela data (10/05/2019), onze cargos remanescentes dos antigos inspetores de alunos, que hoje se somam aos quatrocentos e noventa e oito agentes de operação que servem ao município.

Ainda na mesma resposta, foi informado que esses profissionais estão lotados em diversos setores da referida secretaria.

Portanto, cabe ao munícipe, por meio do presente indicador, averiguar se, na escola selecionada, o número de profissionais atuantes nesse setor é suficiente.

Todos os cargos supramencionados possuem funções essenciais à boa administração da escola, sendo, portanto, indispensáveis nas uni-dades escolares.

Disponível em: https://publico.camararibeiraopreto.sp.gov.br/consultas/materia/materia_mostrar_proc?cod_materia=Mzc3NTI3. Acesso em: 01 jul. 2019

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80. Há porteiro ou profissional habilitado para essas funções de apoio na escola?

A Cartilha “Agente de Portaria” da Secretaria de Educação da Prefei-tura Municipal Anguera-BA, por exemplo, (2015, pp. 11) estabelece que:

Além de controlar o acesso de pessoas, o Agente de Por-taria da ESCOLA deve: 1) Prestar informações necessá-rias; 2) Ter em mãos os horários e aulas e controle dos profissionais que estão a cada momento na instituição; 3) Incentiva os alunos sobre os projetos pedagógicos desen-volvidos na escola; 4) Interagir sobre tópicos do conteúdo do REGIMENTO ESCOLAR e do PROJETO POLÍTICO PE-DAGÓGICO; 5) Discutir com os demais educadores sobre a disciplina e a indisciplina escolar; 6) Identificar alunos faltosos; entre outras atribuições.

81. Há profissionais habilitados a ficar com as crianças/estu-dantes das 11h30 às 13h00?

Portanto, a função de Agente de Portaria (ou outra relacionada) nas uni-dades escolares vai além da segurança do espaço físico e das pessoas que por lá transitam. E, juntamente com todo o corpo de profissionais que trabalham nas escolas, é essencial ao seu pleno desenvolvimento.

Esse indicador é fundamentado a partir da necessária presença de profis-sionais capacitados e designados para a função de monitorar as crianças no período de tempo entre o fim da aula e o “horário de almoço” dos pais.

É reclamação constante dos pais que, por vezes, as crianças ficam no pátio das escolas, sem supervisão de nenhum profissional habilitado, entre 11h30 e 13h00, o que deve ser resolvido pela Prefeitura.

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Dessa forma, nas perguntas abaixo serão observadas e mensuradas as ações tomadas pelas unidades escolares a fim de realizar o pleno processo de integração determinado pela lei supracitada.

4.8 ENVOLVIMENTO DA FAMÍLIA, ATENÇÃO SOCIAL, PSICOLÓGICA E À SAÚDE

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação define que:

Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas co-muns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:

VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

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82. A escola promove reuniões de mestres e pais (responsá-veis), com adesão e frequência adequadas, com o intuito de aproximá-los da escola, conscientizá-los e orientá-los sobre sua importância para a educação dos filhos?

Por óbvio que a participação da família no desempenho escolar do estudante é de vital importância.

A esse respeito, Brendler (2014, pp. 17) expressa que, muitas vezes, a família atribui responsabilidades que sobrecarregam a escola e os pro-fessores, dificultando assim o processo de aprendizagem das crianças. As responsabilidades, ao invés de serem transferidas, devem ser com-partilhadas, pois ambas devem ser parceiras.

Dessa forma, é necessário que as unidades escolares, também em parceria com a Secretaria Municipal da Educação, promovam ações e reuniões com o intuito de integrar todos esses elos do processo de for-mação educacional do aluno. Tais mecanismos coadunam-se com o já definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão demo-crática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:II - participação das comunidades escolar e local em conselhos esco-lares ou equivalentes.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

83. Os estudantes com problemas psicológicos recebem aten-ção de psicólogos e assistentes sociais?

De acordo com a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educa-cional (ABRA-PEE), o Psicólogo Escolar e Educacional:

Atua no âmbito da educação formal realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou corretiva em grupo e in-dividualmente. Envolve, em sua análise e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino-aprendizagem. Nessa tarefa, considera as caracte-rísticas do corpo docente, do currículo, das normas da institui-ção, do material didático, do corpo discente e demais elementos do sistema. Em conjunto com a equipe, colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e re-formulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais (CFP, 2007, p. 18).

Vê-se, portanto, a importância desses profissionais na dinâmica esco-lar dos estudantes. Do mesmo modo, a presença de assistentes sociais corrobora com o já disposto no Estatuto da Criança e Adolescente, quan-do este menciona que:

Art. 86. A política de atendimento dos direitos da criança e do ado-lescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações gover-namentais e não-governamentais, da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento: II - serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social de garantia de proteção social e de prevenção e redução de violações de direitos, seus agravamentos ou reincidências

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84. Os estudantes com necessidades de atendimento à saúde recebem atendimento preferencial nas unidades básicas de saúde ou na própria escola?

A esse respeito, a leitura de dois artigos da Lei Orgânica de Ribeirão Preto é indispensável:

Art. 191 - O Município, através dos órgãos e entidades de sua administração direta e indireta ou fundacional e nos limites de sua competência, providenciará, em cooperação com a União e o Estado e com a participação da sociedade civil, para que seja assegurada, em seu território, a proteção especial à família, à criança, ao adolescente, ao idoso, aos portadores de deficiência e aos índios, na forma prevista nos artigos 226 a 232 da Cons-tituição Federal e artigos 277 a 283 da Constituição do Estado de São Paulo.

Art. 193 - O Município, com a participação e colaboração de entidades públicas e privadas, assegurará condições para a pre-venção de deficiências, com prioridade para a assistência pré--natal e à infância, bem como a integração social dos portadores de deficiência, através de treinamento para a convivência comu-nitária e para o trabalho e de facilitação de acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de preconceitos e obstácu-los arquitetônicos, mediante, entre outras medidas:

IV - assistência, de forma integrada, à saúde, fisioterápica, psi-co-pedagógica e de outros tipos, visando à reabilitação física, psicológica, social, educacional e vocacional;

Portanto, há reserva normativa prevendo atendimento especial e prio-ritário para crianças com necessidade de tratamento médico. Logo, é papel do Executivo garantir a plena execução desses dispositivos.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

85. Os estudantes com problemas familiares sociais graves recebem a devida atenção de assistentes sociais e dos conse-lheiros tutelares?

Neste ponto, faz-se mister informar que o Estatuto da Criança e do Adolescente determina que:

Art. 70-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma articulada na elaboração de políticas públi-cas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas de educação de crianças e de adolescentes, tendo como principais ações:

III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais de saúde, educação e assistência social e dos demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente para o desenvolvimento das competências neces-sárias à prevenção, à identificação de evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente;

VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a articula-ção de ações e a elaboração de planos de atuação conjunta fo-cados nas famílias em situação de violência, com participação de profissionais de saúde, de assistência social e de educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do adolescente.

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Não obstante, a Secretaria Municipal de Assistência Social de Ri-beirão Preto possui uma Divisão de Gerenciamento de Ações Sócio Assistenciais à Criança, Adolescente e Juventude (conforme art. 3° do Decreto 71/2007).

Desta feita, percebe-se que, diante de eventuais problemas gravosos na vida de um estudante, o município, por meio de seus diferentes ór-gãos e entidades, tem o dever expresso de acolher e orientar o jovem e sua família.

82. Há programa de orientação sexual, planejamento familiar e/ou combate à gravidez precoce para a comunidade escolar (professores, responsáveis, pais e mães de alunos, estudan-tes e funcionários)?

Importante informar que aqui se procura saber a existência de ações voltadas para professores, demais profissionais da educação, pais e responsáveis, visando ações informativas sobre planejamento familiar, combate à gravidez precoce e orientação sexual.

Tal iniciativa, fundamenta-se na necessidade de se trabalhar esses temas com aqueles que estão em contato direto com as crianças e jo-vens, podendo, assim, compreender comportamentos destes.

Deve-se levar em conta, também, o número de 546.529 nascidos vivos de mães com idade entre 10 e 19 anos em 2015, de acordo com dados do Ministério da Saúde .

Por fim, importante expressar que, garantir os direitos sexuais e re-produtivos e a atenção integral à saúde é um Direito Humano. Isso pode ser feito com acesso dos adolescentes a informações e à educa-ção em saúde sexual e saúde reprodutiva, acesso a meios e métodos que evitem gravidezes não planejadas com respeito à liberdade de escolha (BRASIL, 2010, pp. 12-14).

Disponível em: www.brasil.gov.br/noticias/saude/2019/02/educacao-sexuaI-e-fundamentaI-para-evitar-gravldez-na-a-dolescencia. Acesso em: 01 jul. 2019

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4.9 CAPACITAÇÃO DO QUADRO DE SERVIDORES DAS UNIDADES ESCOLARES

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

De acordo com Nobile (2013, p. 7.852):

A formação continuada dos trabalhadores da educação pode ser entendida como uma estratégia para a construção do perfil dos educadores, frente aos desafios de uma socie-dade, que passa por constantes transformações, exigindo posturas diferentes dos edu-cadores de hoje, se comparados aos educadores das escolas tradicionais de décadas passadas, seja no nível cultural, educativo, social ou profissional.

Indo mais além, a referida autora também informa que:

(…) a formação continuada passa a ser entendida como um processo de construção de conhecimentos e teorias da prática docente, a partir da reflexão crítica, e não mais como um processo de atualização de informações, sendo contínua e permanente. Nesse processo, a formação inicial e a continuada se complementam, devendo ser concebidas de forma inte-rarticuladas (p. 7.852)

A importância e necessidade de se aplicar a capacitação do quadro de servidores das unidades escolares resta, portanto, demonstrada. Os questionamentos abaixo possuem, também, funda-mento no que se estipula na Lei de Diretrizes e Bases da Educação:

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Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos, são:

Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como fundamentos:

II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisio-nados e capacitação em serviço;

Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far--se-á em nível superior, em curso de licenciatura plena, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal.

§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério.

§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de ma-gistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância.

Não obstante, no §3° do art. 87 da mesma lei, esta expressa a incumbência dos Es-tados e Municípios, em “realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício, utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância”.

87. A equipe gestora da unidade (Diretor, Vice-Diretor e Coordenador Pedagógico) recebe capacitação profissional periódica?

A justificativa do macroindicador 4.9 é a mesma deste, porém, o objeto de aplicação delimita-se à equipe gestora da unidade escolar.

88. A equipe de apoio administrativo (secretários, agentes administrativos den-tre outros) da unidade recebe capacitação profissional periodicamente?

A justificativa do macroindicador 4.9 é a mesma deste, porém, o objeto de aplicação delimita-se à equipe de apoio administrativo da unidade escolar.

89. Os professores passam por carga anual suficiente de capacitação e atualiza-ção profissional?

A justificativa do macroindicador 4.9 é a mesma deste, porém, o objeto de aplicação delimita-se à equipe de apoio administrativo da unidade escolar.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

4.10 CONDIÇÕES GERAIS PEDAGÓGICAS

O presente eixo buscará informações sobre indicadores e percentuais gerais voltados para a ges-tão pedagógica da unidade escolar. Assim, em dez perguntas, o munícipe conseguirá compreender se as metas e preceitos básicos da educação estão sendo cumpridos na instituição selecionada.

O significado de Pedagogia, e sua importância, segundo Maria Franco (2016, p.536), é o de que ela pode ser considerada uma prática social que procura organizar/compreender/transformar as práticas sociais educativas que dão sentido e direção às práticas educacionais. Pode-se dizer que a Pedagogia impõe um filtro de significado à multiplicidade de práticas que ocorrem na vida das pessoas.

A diferença, segundo a referida autora, é de foco, abrangência e significado, ou seja, a Pedagogia realiza um filtro nas influências sociais que, em totalidade, atuam sobre uma geração. Essa filtra-gem, que é o mecanismo utilizado pela ação pedagógica, é, na realidade, um processo de regula-ção e, como tal, um processo educativo.

Como se verá detalhadamente a seguir, todo o embasamento dos questionamentos origina-se de indicadores oficiais ou de entidades referência na análise pedagógica da educação no país.

90. A meta do IDEB da unidade escolar, nos anos iniciais, foi atingida?

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) surgiu em 2007, formulado pelo Ins-tituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira para medir a qualidade do aprendizado nacional e definir metas para a melhoria do ensino.

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Segundo o Portal do Ministério da Educação,

O Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da quali-dade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o Ideb é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente.

As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os estados e o País, reali-zados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único de alcançar 6 pontos até 2022, média cor-respondente ao sistema educacional dos países desenvolvidos.

Oportuno informar que, na plataforma online do IDEB, é possível consultar a relação entre as notas de todas as escolas públicas e privadas dos municípios brasileiros.

Como exemplo, mostra-se o resultado da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Anísio Teixeira nos anos iniciais (4° e 5° ano):

Dessa forma, a presente pergunta visa informar aos munícipes se a escola selecionada atingiu a meta projetada pelo IDEB nos anos iniciais de ensino, elemento essencial e nacionalmente padronizado para a avaliação da qualidade da educação.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

91. A meta do IDEB da unidade escolar, nos anos finais, foi atingida?

A justificativa desse item segue a mesma lógica do item 91, porém, ela se refere à meta do IDEB nos anos finais, entre 6º e 9º ano.

92. A taxa de evasão escolar tem caído consistentemente e a escola toma todas as providências cabíveis e a tempo para zelar pela boa frequência dos alunos?

Evasão escolar é o que ocorre quando um aluno deixa de frequentar a escola e fica caracterizado o abandono escolar.

O Portal QEdu Academia define evasão escolar como:

Entende-se por evasão escolar a situação do aluno que aban-donou a escola ou reprovou em determinado ano letivo, e que no ano seguinte não efetuou a matrícula para dar continuidade aos estudos. Diversos fatores podem fazer com que um aluno deixe de estudar. A necessidade de trabalhar, falta de interesse pela esco-la, dificuldades de aprendizado, doenças crônicas, problemas com transporte escolar, falta de incentivo dos pais são alguns deles.

Além disso, o INEP, em Seminário dos 10 Anos da Metodologia de Coleta de Dados Individualizados dos Censos Educacionais, apresen-tou dados sobre a taxa de aprovação, reprovação e evasão escolar nos municípios brasileiros, conforme disposto abaixo:

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Portanto, a presente pergunta busca saber se a taxa de evasão esco-lar na na unidade de ensino selecionada está caindo consideravelmen-te, ou seja, se não há mais estudantes evadindo do ambiente escolar.

Essa informação é de enorme relevância, haja vista que a evasão escolar de uma criança nos anos iniciais de ensino gerará enorme im-pacto em sua vida educacional, pessoal e profissional. Fazendo com que a meta de zerar a referida taxa seja prioridade nas escolas.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

93. 70% dos alunos, pelo menos, possuem proficiência adequada em português até o final do 5º ano?

Com a utilização de conceitos teóricos e alta tecnologia, foi desenvolvi-do o Portal QEdu, o qual possui como objetivo permitir a sociedade bra-sileira acompanhar a qualidade da educação e aprendizado nas escolas públicas municipais. O escopo do Portal é possibilitar à sociedade o co-nhecimento pleno da qualidade da educação básica pública de seu país.

Dentre as informações contidas no Portal, que utiliza como base a Pro-va Brasil, o Censo Escolar e indicadores do Inep, há o enfoque no apren-dizado dos alunos do Ensino Fundamental. Por meio da Prova Brasil, é possível apurar o aprendizado em Português e Matemática dos alunos que chegaram até o fim do 5º e 9º ano.

Concomitantemente, o Movimento Todos Pela Educação trabalha para uma melhor avaliação e futura evolução da Educação Básica no País. Com a participação da sociedade civil organizada, educadores e gesto-res públicos, o Movimento tem como objetivo cooperar para que o Brasil promova a todos as crianças e jovens uma Educação Básica de quali-dade. O movimento, portanto, estabelece como referência, a partir de discussões promovidas por especialistas em educação, a meta de 70% como proporção de alunos que devem aprender o conteúdo de Portu-guês e Matemática até 2022.

Com o trabalho conjunto dessas duas organizações, conclui-se que, a partir de uma análise da Prova Brasil, os alunos são distribuídos em 4 níveis em uma escala de proficiência: Insuficiente, Básico, Proficiente e Avançado. É considerado que os alunos só possuem aprendizado ade-quado quando atingirem os níveis proficiente e avançado.

Como referência, cada nível foi classificado qualitativamente por Chico Soares e é especificado pelo QEdu de tal forma:

Insuficiente: Os alunos neste nível apresentaram pouquíssimo apren-dizado. É necessário a recuperação de conteúdos.Básico: Os alunos neste nível precisam melhorar. Sugere-se ativida-des de reforço.

Proficiente: Os alunos neste nível encontram-se preparados para continuar os estudos. Recomenda-se atividades de aprofundamentoAvançado: Aprendizado além da expectativa. Recomenda-se para os alunos neste nível atividades desafiadoras.

Portanto, é necessário que, para uma educação de qualidade e com potencial evolutivo, 70% dos alunos, pelo menos, do Ensino Fundamen-tal estejam avaliados como aprendizado Proficiente.

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94. 70% dos alunos, pelo menos, possuem proficiência adequada em português até o final do 9º ano?

A justificativa do item 94 é a mesma deste, porém, o objeto de aplica-ção é até o final do 9º ano.

95. 70% dos alunos, pelo menos, possuem proficiência adequada em matemática até o final do 5º ano?

A justificativa do item 94 é a mesma deste, porém, o objeto de aplica-ção é até o final do 5º ano, mas em matemática.

96. 70% dos alunos, pelo menos, possuem proficiência adequada em matemática até o final do 9º ano?

A justificativa do item 94 é a mesma deste, porém, o objeto de aplica-ção é até o final do 9º ano, mas em matemática.

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97. O currículo escolar está sendo cumprido?

Currículo escolar pode ser entendido como um conjunto de matérias e abor-dagens utilizados nas unidades de ensino. Segundo Andretta (2013, p. 98):

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

Em outras palavras, o currículo constitui-se como o centro da prática pedagógica, questão essa de extrema relevância, pois nos permite discutir e definir qual conhecimento é válido ensi-nar e o que deve compor o currículo.

Oportuno comentar, também, que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação trata, em diversos momentos, do currículo escolar. Dentre eles:

Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser comple-mentada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.

Dessa forma, é de vital importância o pleno cumprimento do currículo esco-lar durante os anos escolares.

98. Na unidade escolar, pelo menos 96 entre cada 100 alunos foram aprovados no último ano escolar?

É oportuno explicar que uma alta aprovação dos estudantes no ano escolar significa que as ações pedagógicas surtiram efeito. Assim, o INEP conside-rada o fluxo escolar (relação entre as aprovações, repetências, evasões ou abandonos) para a definição do Índice de Desenvolvimento da Educação Bá-sica. Segundo Reynaldo Fernandes (2007, p. 8):

O IDEB, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, foi um mecanismo criado pelo INEP para ser um indicador sintético da educação brasileira, que leva em consideração resultados acadêmicos e fluxo escolar, obtidos por meio da Prova Brasil, do SAEB e do Censo Escolar.

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De acordo com Chirinéa e Brandão (2015, p. 471):

O princípio do IDEB é que o aluno aprenda e avance para as sé-ries seguintes. Seu cálculo é feito da seguinte forma (Equação 1):

IDEB = (1/T) . N (nota)Em que: T = número de anos que, em média, os alunos gastam

para completar uma série (T = tempo). Quando esse fluxo é fei-to adequadamente (1/T), o IDEB equivale ao valor da nota, e sua tendência é manter-se estável ou aumentar. Mas quando o fluxo é interrompido por repetência, evasão ou abandono, T assumirá valores maiores e, consequentemente, o índice tende a diminuir, comprometendo a nota final.

N = média das avaliações externas, ou seja, o valor do desem-penho dos estudantes no SAEB e na Prova Brasil, expressa em valores que vão de 0 a 10.

Em suma, as escolas que possuírem um indicador de fluxo escolar alto re-ceberão maior nota final do Ideb.

Ademais, a presente pergunta definiu o número de 96 alunos aprovados em 100, com base na média do fluxo dos municípios de Joinville-SC, São Bernardo do Campo-SP, Blumenau-SC, Sorocaba-SP, Barueri-SP, Volta Re-donda-RJ, Taubaté-SP e Uberlândia-MG, obtidos no Portal QEdu

Tal comparação se fundamenta no fato dos municípios supracitados terem uma população e condições socioeconômicas próximas à realidade ribeirão--pretana, cidade objeto do piloto do projeto. Desta feita, resta justificado o parâmetro do indicador.

99. A quantidade de horas-aula dadas até hoje está adequada, den-tro, proporcionalmente, da obrigação dos 200 dias letivos?

A quantidade de horas-aula dadas na educação infantil é um parâmetro adotado pelo Ministério da Educação para definir a quantidade de tempo de trabalho educacional.

Oportuno mostrar o que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n° 9.394/1996) trata a esse respeito:

Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:

II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuí-da por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional;

Não obstante, o presente questionamento verifica se a referida quantidade de horas-aula está sendo cumprida de forma proporcional, não sobrecarre-gando um determinado período do ano, o que poderia extenuar e prejudicar o processo de aprendizado dos alunos e afetar a saúde dos professores e demais profissionais de educação.

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4. INDICADORES EM ESPÉCIE

4.11 INDICADORES ESPECÍFICOS PARA A SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIBEIRÃO PRETO - SP

Além das necessidades específicas das unidades escolares, algumas de-mandas transcendem esse âmbito e afetam toda a Rede Municipal de Ensi-no, em Ribeirão Preto.

Desta feita, a comunidade escolar apontou alguns elementos que preci-sam ser cumpridos pela Secretaria Municipal de Educação, num total de cinco itens.

a) Há quadro mínimo completo de 20 supervisores de ensino efetivos?

O Supervisor de Ensino tem papel essencial na rede de educação. Atua junto ao corpo docente das unidades de ensino, acompanhando o desenvolvimento do currículo escolar e coordenando as práticas pedagógicas.

O anexo IV da Lei Complementar n° 2.524/2012, que dispõe sobre os planos de cargos, carreira e remuneração, e sobre o Estatuto do Magistério Público Municipal de Ribeirão Preto define mais de 20 funções para o referido cargo, dentre essas:

I. assistir tecnicamente a equipe gestora da unidade escolar para solu-cionar problemas de elaboração e execução da proposta pedagógica; II. adequar os mecanismos de acompanhamento, avaliação e controle às peculiaridades locais; III. aplicar instrumentos de análise para avaliar o desempenho do pes-soal das escolas no que se refere aos aspectos pedagógicos; IV. informar ou elaborar propostas de diretrizes para avaliação do pro-cesso ensino-aprendizagem nas unidades escolares; V. supervisionar os estabelecimentos de ensino e verificar a observân-cia dos respectivos Regimentos Escolares; VI. acompanhar e assistir os programas de integração escola-co-munidade; VII. verificar as condições para o funcionamento dos estabelecimentos municipais de Educação Básica e as condições para autorização e fun-cionamento dos estabelecimentos particulares de Educação Infantil.

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Além disso, o art. 84 da lei supracitada define que:

Artigo 84 - Ficam criados 20 (vinte) cargos, de provimento efetivo, de Supervisor de Ensino, com os vencimentos, atribuições e requisitos para provimento constantes dos Anexos I, II e IV.

Por fim, cabe mencionar a resposta da Prefeitura Municipal ao requeri-mento n° 2003/2019, de autoria do Vereador Fabiano Guimarães, que bus-cava informações sobre a situação de déficit de supervisores por escola municipal em Ribeirão Preto.

Na oportunidade, a Secretaria Municipal da Educação informou que pos-suía, em maio de 2019, 5 cargos ocupados de Supervisor de Ensino e 15 cargos vagos, e que o número ideal de supervisores de ensino para a cida-de é entre o mínimo de 10 e 15.

Também assinalou que cada Supervisor, até o momento, atende aproxi-madamente 35 escolas, entre as municipais de ensino infantil e fundamen-tal, além das escolas particulares de educação infantil.

O Supervisor de Ensino possui papel essencial na fiscalização, análises de desempenho e apoio às escolas. Ao designar 35 escolas para cada um dos supervisores, torna-se impossível que a sua função seja plenamente desenvolvida. Logo, resta evidente que o número de servidores nesse setor deve aumentar, ocupando, pelo menos, todos os cargos criados previamen-te pela Secretaria Municipal de Educação, num total de 20.

b) Foi feita a equiparação do salário base em início de carreira para pro-fessores PEB I e PEB II, com os professores PEB III?

O Anexo I da Lei n° 2.524/2012 estabelece que o salário mínimo de um Professor de Educação Básica III será maior, em início de carreira, que os salários de um Professor de Educação Básica I e II.

Há, contudo, enorme crítica a essa diferenciação, já que o Anexo IV da lei supracitada estabelece atribuições similares a todas essas classes de profis-sionais da educação.

Essa disparidade é resquício de uma transição incompleta das unidades de Ensino Infantil que antes eram destinadas à Assistência Social, e hoje não mais. Apesar dessa modificação, a remuneração dos professores PEB I e II não foram equiparadas com os professores de PEB III.

É sabido, porém, que os professores de PEB III, por vezes, lidam com mais turmas e mais alunos, logo, há a necessidade de um provento maior. Todavia, o que é necessário aqui é a equiparação do salário inicial, o qual deve ser aumentado de acordo com as especificidades de cada classe de professor.

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c) Foi suprido o déficit de vagas em unidades de educação infantil na cidade?

Logo no início de seu mandato como vereador, Fabiano Guimarães criou o Projeto de Resolução n° 40/2017, que constituiu a Comissão Especial de Estudos (CEE) para avaliar e propor soluções visando o atendimento da de-manda de vagas em creche no município, considerando os instrumentos de planejamento orçamentário e fontes de recursos.

Posteriormente, a CEE em questão teve seu objeto de análise englobado na Comissão Permanente de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia.

Com base nas visitas às instituições municipais de ensino, bem como nas várias notícias sobre falta de vagas em unidades de educação infantil de Ri-beirão Preto, constatou-se que a enorme falta de vagas nas unidades de edu-cação infantil da cidade é um problema crônico e que merece ampla atenção.

Desse modo, foi protocolado o Requerimento n° 1.072, de autoria do Vere-ador Fabiano Guimarães, cobrando a Prefeitura Municipal informações sobre a disponibilização de vaga em creches e o cumprimento das metas do Plano de Expansão da Educação Infantil.

Em resposta, a Prefeitura Municipal estabeleceu como meta a criação de 4.000 vagas para crianças de 0 a 3 anos durante a gestão atual (2017-2020) e 850 vagas para crianças de 4 e 5 anos nos dois últimos anos de gestão.

Assim, a pergunta em questão mostra-se pertinente no panorama educacio-nal de Ribeirão Preto.

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

d) Existe programa para administrar o quadro epidemiológico dos funcionários das escolas para melhorar a saúde do trabalhador e aperfeiçoamento da perícia médica para redução do absenteísmo?

Primeiramente, oportuno explicar que “absenteísmo”, segundo Costa (1971, p. 842), é o conjunto das ausências do trabalhador e de caráter repetitivo, excluindo, deste modo, as ausências por férias, por luto, por gravidez, ou por sanções disciplinares.

Importante acrescentar as palavras de Gizele Aguiar (2009, pp. 99) sobre o tema:

A sobrecarga do funcionário, a falta de interação com a equipe, o ex-cesso de regras na organização, a falta de oportunidade em participar das decisões e a liderança deficiente são fatores que aumentam o es-tresse do indivíduo. Além disso, há os fatores pessoais e familiares, que também afetam os funcionários, e seu desempenho no trabalho.

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Nesse sentido, em duas oportunidades, o Vereador Fabiano Guimarães re-quereu oficialmente da Prefeitura Municipal informações sobre o déficit de profissionais da educação na rede básica de ensino. Na mais recente, a Pre-feitura Municipal informou que não detém informações concretas sobre a falta de professores no ambiente escolar.

Assim, a presente pergunta visa saber se a Administração Municipal possui ou já implantou programa para reduzir o absenteísmo na rede de ensino.

Cabe à Prefeitura de Ribeirão Preto, então, além de reduzir o déficit de pro-fessores e outros profissionais da educação, cuidar da saúde e melhoria do ambiente de trabalho desses servidores, em consonância com o inciso II do art. 3° do Estatuto do Magistério (Lei n° 2.524/2012) que define:

Artigo 3º - A valorização dos profissionais do magistério será assegu-rada por meio de:

II - condições dignas de trabalho para os profissionais do magistério;

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Por fim, importante ressaltar que no dia 24 de junho de 2019, em reunião da Comissão Permanente de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia na Câmara Municipal de Ribeirão Preto, o Secretário Municipal da Educação, Sr. Felipe Miguel, informou que no meses de abril e maio do presente ano, 656 e 762, respectivamente, funcionários efetivos e contratados do magistério de Ribeirão Preto estavam afastados do exercício de trabalho .

Mostra-se, abaixo, o quadro apresentado na referida reunião:

4. INDICADORES EM ESPÉCIE

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A íntegra da reunião está disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=-mTaZ-QTy5M. Acesso em: 27 jun 2019.23

Esse número demonstra que os professores da Rede Municipal de Ensino de Ribeirão Preto adoecem muito. Logo, existe um motivo para isso, prova-velmente atrelado à ausência de condições adequadas de trabalho.

Diante dessa situação, o Executivo precisa mapear o quadro epidemioló-gico dos profissionais da educação, de maneira a combater as causas de doenças, auxiliando esses servidores. Além disso, com o fito de diminuir os excessos, por vezes cometidos, cabe também à Prefeitura otimizar o sistema de perícia, o qual é objeto de inúmeras denúncias por parte dos professores.

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e) São feitas audiências públicas trimestralmente para apresentar com transparência a execução orçamentária da Secretaria Munici-pal de Educação?

O art. 212 da Constituição Federal exige a aplicação mínima anual de 25% da receita resultante de impostos no município para a manutenção e desenvolvimento do ensino local.

Esse percentual mínimo pressupõe uma aplicação organizada e bem dis-tribuída ao longo de todo o ano. Entretanto, a Administração Municipal de Ribeirão Preto não age desta forma historicamente.

Com base no Portal de Transparência da Prefeitura Municipal, percebe-se que os investimentos em educação, nos primeiros trimestres dos anos, é, geralmente, muito abaixo desses 25%, somente regularizando-se no último trimestre do ano .

O primeiro trimestre de 2019, por exemplo, contou apenas com 16,97% da aplicação da receita resultante de impostos no município para a manuten-ção e desenvolvimento do ensino local, mesmo diante de inúmeras neces-sidades da educação municipal.

Em requerimento do Vereador Fabiano Guimarães, n° 2506/2019, cobran-do informações a respeito da execução orçamentária de Ribeirão Preto na área da Educação no 1° trimestre de 2019 , a Prefeitura Municipal informou que não garantirá o cumprimento do mínimo constitucional em todos os tri-mestres, mas somente na execução do ano como um todo.

Por conta disso, o presente questionamento cobra da Administração Pú-blica a realização de Audiências Públicas apresentando detalhadamente como a aplicação orçamentária no setor da educação foi aplicada ao longo de cada trimestre.

O período temporal selecionado possui embasamento no parágrafo 4°, artigo 69 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o qual define que as di-ferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente realizadas serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro.

Valora-se, portanto, a transparência, elemento essencial e indispensável à boa Administração Pública e que vem, aos poucos, sendo implantada no município de Ribeirão Preto, e a publicidade, princípio básico da Adminis-tração Pública, presente no artigo 37, da Constituição Federal, e no artigo 4º da Lei Orgânica do Município de Ribeirão Preto.

Disponível em: https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/seducacao/p-contas/i15ind-orca.php. Acesso em: 13 jun. 2019. Disponível em: https://publico.camararibeiraopreto.sp.gov.br/consultas/materia/materia_mostrar_proc?cod_materia=Mzc5NDI5.

Acesso em: 13 jun. 2019

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