Cartilha_Analise Clinicas e Toxicologicas

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Anlises ClniCAs e ToxiColgiCAs 3a edio

ExpedientePublicao do Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo - Agosto/2010

DIRETORIARaquel Rizzi presidente Marcelo Polacow Bisson vice-presidente Pedro Eduardo Menegasso diretor-tesoureiro Margarete Akemi KishiR secretria-geral

cOMISSO ASSESSORA DE AnlISES clnIcAS E TOxIcOlGIcASLuciane Maria Ribeiro Neto Coordenador Marcos Machado Ferreira Paulo Caleb Jnior de Lima Santos Vice-coordenadores

REvISO TcnIcA:Joo Baptista Junqueira Martins Luciane Maria Ribeiro Neto Marcos Machado Ferreira Paulo Caleb Jnior de Lima Santos Sandro Jorge Janurio

REDAOComisso Assessora de Anlises Clnicas e Toxicolgicas do CRF-SP

REvISO ORTOGRfIcA:Allan Arajo DIAGRAMAO: Ana Laura Azevedo IMPRESSO: F&F Brindes e Impressos Especiais

TIRAGEM: 3.000 exemplares

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APRESEnTAOAs Comisses Assessoras do Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo (CRF-SP) foram criadas com o objetivo de formar grupos de profissionais qualificados que pudessem ajudar a Diretoria do CRF-SP nos assuntos pertinentes s respectivas reas de atuao destes profissionais. Porm, estas Comisses tm ido alm disso. Os membros das Comisses Assessoras so profissionais comprometidos com a categoria que doam seu tempo e seus conhecimentos para a melhoria contnua das reas de atuao dos farmacuticos. com esse esprito que trabalham os membros da Comisso Assessora de Anlises Clnicas e Toxicolgicas. Formada por profissionais que atuam nas reas tcnicas, administrativas, controle de qualidade, assessoria tcnica, gerenciamento e pesquisa, em anlises clnicas e toxicolgicas, esses membros tm buscado interao cada vez maior entre o CRF-SP e os profissionais farmacuticos atuantes na rea de anlises clnicas e toxicolgicas. Aos farmacuticos que gostariam de contribuir, importante dizer que a Comisso Assessora de Anlises Clnicas e Toxicolgicas est aberta a todos, desde que os mesmos tenham conscincia da importncia desse trabalho e comprometam-se com a categoria. Esperamos por voc.

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SUMRIOIntroduo ...........................................................................................................5 A Comisso .........................................................................................................8 Objetivos da Comisso ........................................................................................9 O Profissional ....................................................................................................10 Campo de Atuao ............................................................................................12 Boas Prticas ..................................................................................................... 18 Fases do processo analtico ........................................................................20 Fase Pr-Analtica .......................................................................................20 Fase Analtica .............................................................................................21 Fase Ps-Analtica.......................................................................................23 Voc sabia que ..................................................................................................24 Legislao ..........................................................................................................25 Sites Interessantes ..............................................................................................29 Referncias Bibliogrficas ....................................................................................36

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InTRODUOSegundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos em Sade do Ministrio da Sade CNES, existem no Brasil aproximadamente 18.571 laboratrios de Anlises Clnicas e aproximadamente 5.649 Postos de Coleta. Dentro desse nmero esto contabilizados todos os laboratrios prestadores de servios, inclusive os de sade pblica. Para atuar nessa rea, o profissional farmacutico concorre no s com seus pares, mas tambm com outros profissionais. No CRF-SP existem hoje cerca de 582 , laboratrios cadastrados, onde os profissionais responsveis so farmacuticos. O mercado da sade no Brasil, at dezembro de 2008, contemplava aproximadamente 40.900.000 pessoas assistidas por planos de sade, em uma populao total de aproximadamente 180.000.000 de habitantes. Uma projeo simples com uma mdia de 2 exames por pessoa assistida por planos de sade, mostra a realizao mensal de aproximadamente 81.800.000 exames. Ao analisarmos os nmeros, vemos um mercado gigantesco e competitivo. Para atuar e competir nessa rea, vital que os farmacuticos atendam a requisitos indispensveis. Assim, o profissional farmacutico tem por obrigao atualizao permanente de seus conhecimentos tcnicos e na gesto de qualidade. Faz-se tambm indispensvel para aqueles que querem atuar como empresrios, conhecimentos nas reas administrativa e mercadolgica. Este setor de atuao sofre constantes mudanas tecnolgicas, o que altera o perfil dos profissionais, exigindo-lhes mais e melhor capacitao profissional. As anlises clnicas e toxicolgicas so reas de extrema importncia e exigem dos profissionais farmacuticos que so responsveis-tcnicos de laboratrios muita seriedade e tica no cumprimento de seus deveres. As RDCs n 302 e 306 da ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria) e a CVS-13 da Vigilncia Sanitria deCOMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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So Paulo trazem em seus textos normas que obrigam os profissionais responsveis por servios de Anlises Clnicas e Toxicolgicas a prestar servios com qualidade, evitando concorrncia desleal. Para que isso ocorra necessrio o empenho dos profissionais da rea em denunciar aos rgos competentes os maus profissionais quando sabidamente cometem atos desleais e antiticos, para que possam ser tomadas as medidas cabveis. Ainda na rea das legislao, no podemos esquecer a Resoluo do Conselho Federal de Farmcia e as Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho, principalmente a NR 32. Dentro desse contexto, torna-se imprescindvel falarmos sobre Controle de Qualidade. Muito tempo se passou desde que a garantia de qualidade de um laboratrio era a prpria figura do profissional responsvel pelo servio. Assim, se o profissional era conhecido, seus servios eram considerados de boa qualidade. Atualmente, graas a avanos tecnolgicos dos equipamentos mdico-cientficos, ao desenvolvimento de programas de controle de qualidade interno e externo atravs de amostras e calibradores, s padronizaes, s boas prticas de laboratrio, aos treinamentos e aos exames de proficincia, a qualidade de um exame laboratorial pode ser sentida e tambm cobrada tanto pela sociedade quanto pela classe mdica. No h exames que no possam ser feitos sob a gide de um bom controle de qualidade, melhorando cada vez mais a preciso e a exatido das anlises. Porm, segundo a Sociedade Brasileira de Anlises Clnicas (SBAC), no Brasil somente 3.400 laboratrios de anlises clnicas e toxicolgicas participam de algum tipo de controle de qualidade, o que corresponde a apenas 28,33 % da quantidade de laboratrios existentes no territrio nacional. pouco! necessrio que os profissionais farmacuticos que atuam e os que queiram atuar na rea estejam prontos e conscientes da importncia de participar e implementar controles de qualidade interno e externo nos laboratrios em que atuam, sendo ou no responsveis-tcnicos.6COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

O farmacutico um profissional adequado s exigncias desse mercado. Os conhecimentos tcnicos, farmacolgicos e bioqumicos o gabaritam para a atuao e sucesso no mercado laboratorial.

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A cOMISSOA Comisso Assessora de Anlises Clnicas e Toxicolgicas do CRF-SP foi criada em 1993 com o objetivo de auxiliar a Diretoria nos assuntos relativos rea clnico-laboratorial e tambm promover maior integrao entre os colegas que atuam no setor. No decorrer dos anos, esta Comisso contou com a coordenao de vrios nomes com destaque nacional, tais como os Profs. Drs. Adelaide Jos Vaz (FCF-USP e ex-presidente do CRF-SP), Dirceu Raposo de Mello (diretor-presidente da ANVISA e ex-presidente do CRF-SP), Haroldo Wilson Moreira (FCF-UNESP) e Mrio Hirata (FCF-USP). De fevereiro de 2006 a janeiro de 2010, a Comisso esteve sob a coordenao do Dr. Marcos Machado Ferreira em substituio ao Dr. Luiz Roberto Del Porto, profissionais de intensa experincia prtica na rea laboratorial. Desde ento, a Comisso est sob coordenao da Profa. Dra. Luciane Maria Ribeiro Neto. Reunindo-se mensalmente, esta Comisso vem discutindo assuntos de interesse geral ligados ao setor, tanto da rea tcnico-cientfica, quanto na rea de gesto, qualidade e poltica. Alm disso, promove cursos correlacionados ao setor, participa de diversos fruns de discusso nacional, como por exemplo, o Departamento de Laboratrios da Confederao Nacional da Sade, e integra o corpo de Conselheiros do Comuda (Conselho Municipal para Polticas Pblicas de Drogas e lcool) da prefeitura de So Paulo. A Comisso Assessora de Anlises Clnicas e Toxicolgicas participa ativamente de todas as Consultas Pblicas da Anvisa inerentes ao setor, sempre encaminhando quela agncia farta documentao embasando seus apontamentos e propostas. A participao nas reunies da Comisso Assessora de Anlises Clnicas e Toxicolgicas voluntria e aberta a todos os farmacuticos, sendo que os interessados podem obter mais detalhes pelo e-mail [email protected] e telefone 11-30671483, na Secretaria das Comisses Assessoras do CRF-SP .8COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

OBJETIvOS DA cOMISSOA Comisso de Anlises Clnicas e Toxicolgicas presta seus servios objetivando: Assegurar ao profissional farmacutico que atua nas reas especficas, espao para propor, debater e apoiar assuntos de interesse comum. Assessorar a Diretoria do CRF-SP em assuntos que exijam conhecimentos especficos, atravs da discusso dos temas propostos e emisso de pareceres. Garantir ao profissional farmacutico o direito de participao nas reunies da Comisso. Atuar junto ao corpo de fiscais do CRF-SP visando a capacit-los para efetuar inspees , tcnicas adequadas e dirigidas para a rea de atuao, orientando quando necessrio e evitando a m prestao de servios. Criar programas de educao continuada e oferec-los aos profissionais farmacuticos atuantes nas reas afins, contribuindo assim para a melhoria constante da capacitao tcnica dos profissionais. Criar um canal de comunicao permanente entre a Comisso, os profissionais farmacuticos atuantes nas reas, as Sociedades representativas das reas de Anlises Clnicas eT oxicolgicas e a Diretoria do CRF-SP sempre com o apoio e os interesses dos profis, sionais em vista. Elaborar e encaminhar aos rgos competentes, atravs de reunies com os membros atuantes, propostas para normatizao e melhoria da rea de atuao. Estimular a criao e auxiliar os Grupos de Trabalho descentralizados das Seccionais do CRF-SP em suas aes. Valorizar o profissional farmacutico atuante em laboratrios de anlises clnicas e toxicolgicas e propiciar sua maior visibilidade.

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O PROfISSIOnAlEm 1997, a Organizao Mundial de Sade (OMS) publicou um documento denominado The role of the pharmacist in the health care system O papel do farmacutico no sistema de ateno sade em que se destacaram 7 qualidades que o farmacutico deve apresentar. Foi, ento, chamado de farmacutico 7 estrelas.

Este profissional sete estrelas deve ser: Prestador de servios farmacuticos em uma equipe de sade Capaz de tomar decises Comunicador Lder Gerente Atualizado permanentemente Educador Sem dvida, hoje o farmacutico deve ser um gestor. Dentre as inmeras especialidades do setor farmacutico, a de anlises clnicas e toxicolgicas uma das mais completas e abrangentes de todo o setor. O profissional que pretende atuar nesta rea necessariamente dever ter conhecimentos em: Bioqumica bsica e clnica Hematologia clnica e suas subclasses, tais como coagulao e imuno-hematologia Microbiologia bsica e clnica Imunologia bsica e clnica Endocrinologia bsica e clnica Conhecimento dos diversos lquidos biolgicos e derrames cavitrios, tais como urina, lquido cefalorraquidiano, esperma, etc.COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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Parasitologia bsica e clnica Micologia bsica e clnica Citologia e citopatologia Biologia molecular Controle interno e externo da qualidade laboratorial Fisiologia humana Qumica analtica e instrumental T oxicologia analtica voltada principalmente para as reas ocupacional, forense e ambiental

Com estes requisitos, o profissional conseguir atender s necessidades do laboratrio. Vale ressaltar que, em funo do extenso leque de conhecimentos necessrios, este profissional no dever, necessariamente, ter amplo conhecimento de cada matria. O profissional farmacutico tambm poder se especializar em apenas uma destas reas acima descritas e, desta maneira, conhecer profundamente tal setor do laboratrio, mas isto no exclui a necessidade de conhecimento bsico nas demais reas. Cabe ao farmacutico atuante na rea de anlises clnicas e toxicolgicas assumir a responsabilidade tcnica de todo o laboratrio, bem como a corresponsabilidade, quando pertinente. Alm disso, ele poder ser o responsvel por apenas um dos setores do laboratrio, assumir a gerncia de qualidade ou realizar a superviso tcnica, operacional e administrativa deste. Vale lembrar que este profissional, independentemente de seu cargo e funo no laboratrio, dever sempre pautar seu trabalho pela tica e decncia profissional.

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cAMPO DE ATUAOAbaixo seguem as principais reas de atuao do profissional farmacutico que escolhe as analises clnicas e toxicolgicas como campo de atuao. Bioqumica A rea de Bioqumica um setor do laboratrio em que os conhecimentos farmacuticos so de extrema relevncia. Em torno de 50% a 60% dos exames realizados em um laboratrio de anlises clnicas so exames bioqumicos, como por exemplo, as dosagens de Glicemia, Colestrol, HDL-Colesterol, LDL-Colesterol, VLDLColesterol,Triglicrides, Ureia, Creatinina, Sdio, Potssio, cido rico, Clcio, Fsforo, enzimas cardacas (CK-Total, CKMB), enzimas hepticas (AST, ALT, Fosfatase Alcalina), entre outras. Todos os meses, milhares de pessoas realizam esses exames com a finalidade de diagnosticar se possuem doenas como diabete, dislipidemia e insuficincia renal entre outras, e tambm para acompanhamento de doenas. Mais do que fazer os exames, necessrio que o farmacutico saiba analisar os resultados e se estes so coerentes com a clnica mdica. Para o farmacutico, os conhecimentos adquiridos nessa rea so de importncia fundamental. Hematologia A Hematologia estuda basicamente a parte celular do sangue (hemcias, leuccitos e plaquetas) e os rgos hematopoiticos (linfonodos, bao e medula ssea). No setor da Hematologia, em um laboratrio de Anlises Clnicas, so avaliados o estado fisiolgico sanguneo do indivduo ou as doenas relacionadas ao sangue. As enfermidades mais frequentes so as anemias; as leucemias, os linfomas e as coagulopatias. Alm disto, este setor pode ser dividido ou mais especializado em certas reas, como a Imuno-hematologia, que estuda os anticorpos e antgenos sanguneos importantes na Hemoterapia; a Coagulao, que avalia os sistemas da coagulao e12COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

da fibrinlise, alm de monitorar a teraputica anticoagulante e a Onco-hematologia, que se concentra nos diagnsticos em neoplasias sanguneas, nos transplantes de medula e novos tratamentos. Microbiologia Atuar na rea de Microbiologia requer do profissional uma dedicao especial, pois, embora a automao j tenha chegado ao setor, pode-se dizer que a observao humana ainda um fator que o diferencia dos outros setores do Laboratrio quando se tratam do isolamento e da identificao dos microrganismos dos mais variados materiais biolgicos. um campo de trabalho onde os bons profissionais so raros e bem remunerados. Imunologia Na rea de Imunologia so realizados diversos exames laboratoriais com finalidade de diagnosticar e acompanhar pacientes com diversas doenas, como: Sorologia para HIV Sorologia para Hepatite A, B e C Sorologia para Rubola Sorologia para T oxoplasmose Sorologia para Sfilis Sorologia para Doenas Autoimunes

A Imunologia uma rea muito interessante que requer do farmacutico conhecimentos sobre infeces bacterianas, virais e parasitrias, como tambm sobre o sistema imunolgico.

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Os exames imunolgicos tm sido de extrema importncia para a clnica mdica em quase todas as especialidades. Parasitologia Na rea de Parasitologia, o farmacutico deve ter conhecimentos dos diversos mtodos que permitem a avaliao e diagnstico das vrias formas de parasitas que se encontram nas amostras biolgicas. Este profissional deve ser um conhecedor profundo da morfologia e ciclo evolutivo dos parasitas, pois, essencialmente, ele ter a microscopia como etapa finalizadora e conclusiva do diagnstico laboratorial. No obstante, a coleta e a conservao do material biolgico so fundamentais na deteco e identificao dos parasitas. Micologia Empregando tcnicas muito similares s da Microbiologia, a Micologia um campo de trabalho que tem se desenvolvido fortemente nas ltimas duas dcadas graas ao aperfeioamento tecnolgico de identificao dos fungos. Da mesma forma que a Microbiologia, os bons profissionais ainda no suprem totalmente a demanda de mercado. Citologia e citopatologia O farmacutico habilitado para realizar exames Citopatolgicos. Apesar da disciplina de Citologia compor a matriz curricular da graduao, necessrio buscar-se cursos de aperfeioamento para o conhecimento que se exige nesta rea. Deve-se salientar que o exame Citopatolgico no implica em diagnstico definitivo, um mtodo de rastreamento das leses precursoras do cncer. O farmacutico est respaldado por lei para o exerccio desta atividade conforme o Decreto 85.878/81, a Lei 3.820/60 e a Lei 11.664/2008. Nos ltimos anos, o exame citopatolgico tem14COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

despertado muito interesse para o diagnstico de algumas doenas, em especial as neoplsicas, pelas caractersticas peculiares destas clulas que se descamam das leses de diversos rgos e que tambm se encontram nas secrees e excrees. O estudo citolgico tambm constante em exames considerados de rotina como sedimentoscopia urinria ou EAS (Exame de Anlise Sedimentar), valioso no diagnstico de doenas deste trato e de doenas sistmicas. Alm disso, pode-se realizar a anlise em fluidos cavitrios como: lquido asctico, pleural, pericrdico ou sinovial, em lquido cefalorraquidiano, em lavado brnquico e gstrico e em smen. Biologia molecular O farmacutico tem a responsabilidade de fortalecer as bases qumicas exigidas na rea da Biologia Molecular. No laboratrio clnico que utiliza os mtodos moleculares, a qualificao profissional imprescindvel. Entre as vrias atribuies do profissional nesta rea destacam-se: o desenho dos primers para sua produo e uso nas reaes de PCR; a elaborao de protocolos dos procedimentos que utilizam os reagentes; e o preparo das amostras biolgicas para os procedimentos. Os mtodos em Biologia Molecular aplicam-se principalmente ao diagnstico de doenas hereditrias. No campo da oncologia e da virologia, as pesquisas em diagnstico vm aumentando. Na oncologia, destaca-se a identificao de genes responsveis pela carcinognese (oncogenes); na virologia, a identificao e determinao de estirpes virais mutantes e, consequentemente, resistentes farmacoterapia. Isto verificado pela genotipagem, sendo de alta relevncia para o caso de monitoramento de doenas infecciosas j diagnosticadas, como a AIDS. No diagnstico de viroses emergentes, como o caso da Influenza A (H1N1), os testes moleculares so imprescindveis. Gesto Laboratorial O gestor do laboratrio deve ser possuidor de grande bagagem tcnica, aliada a conhecimentos administrativos adquiridos no decorrer de sua carreira profissional.COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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Deve desenvolver um papel de liderana no seu grupo, gerindo processos, custos, biossegurana, meio ambiente e tica. No s os cursos de especializao formam os gestores. necessrio que o profissional tenha um esprito criativo, mente estudiosa e um comportamento pragmtico. Toxicologia Em Toxicologia, o farmacutico atua na identificao das substncias qumicas nas reas de alimentos, medicamentos, ocupacional, social e ambiental. Alm disso, deve ser capaz de reconhecer o risco qumico decorrente da exposio, intencional ou no, aos agentes txicos que podem tambm ter sido usados pelo homem no aspecto social, individual ou legal. Anlises de lquidos biolgicos e derrames cavitrios As anlises de lquidos biolgicos e de derrames cavitrios servem para fins de diagnstico destes lquidos biolgicos, utilizando as mais diversas metodologias - entre elas as bioqumicas e as imunolgicas. Alm disso, esta rea demanda capacitao em microscopia especfica e requer profissionais com viso abrangente das diversas reas do laboratrio. Ensino e pesquisa O farmacutico interessado em atuar nesta rea deve possuir conhecimentos especficos e estar comprometido com a educao permanente. O profissional poder lecionar tanto em matrias privativas quanto em matrias no privativas constantes do Curso de Farmcia para as quais esteja devidamente habilitado, obedecida a legislao de ensino. Na Pesquisa, o farmacutico pode atuar nas diversas reas, seja contribuindo no16COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

avano diagnstico; no apoio ao desenvolvimento de novas tcnicas analticas laboratoriais; na determinao de parmetros de identificao, preveno e diagnstico de enfermidades como tambm em projetos multiprofissionais. Neste campo faz-se imprescindvel o conhecimento das legislaes vigentes para a realizao de pesquisas envolvendo seres humanos, tais como a resoluo CNS/MS n 196/1996 e a RDC n 39/2008.

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BOAS PRTIcASQualidade no s agradar o cliente. , acima de tudo, oferecer segurana ao cliente, fazendo-o entender que seu laboratrio o que mais oferece condies de segurana para um exame exato e preciso.H quem imagine que ter um laboratrio de qualidade fazer exames bem feitos. Isto no qualidade, obrigao. A qualidade est apoiada no trip: recursos humanos, recursos fsicos e recursos tecnolgicos. A comear pelos recursos humanos, entende-se que o comprometimento com a qualidade vai desde a alta gerncia at o mais humilde colaborador. muito comum que os donos ou gerentes pensem que a atitude para se garantir a qualidade pode ser delegada, repassada aos colaboradores, enquanto eles permanecem na sua condio de chefes. Na verdade, preciso respirar qualidade, ser um exemplo. Assumir-se integralmente como organizador, lder, transparente e tico. O gerente deve contaminar o meio com sua postura voltada inteiramente ao carter profissional do ambiente de trabalho. Depois que a ideia de qualidade total for assumida pelo grupo, deve-se evidenciar os colaboradores que mais se identifiquem com a nova proposta. Estes devem ser prestigiados e treinados. Toda fora do pensamento, do sentimento e da ao que move o grupo de uma unidade laboratorial deve estar em estado de alerta para evitar as inconformidades. Para tanto, o grupo deve ter um suporte de recursos fsicos adequados. Como organizar e rastrear sem o ambiente adequado? A improvisao no espao fsico inimiga da qualidade. Os recursos tecnolgicos so um grande aliado da qualidade. O custo da inovao um investimento inteligente, se for adequado. Sem superar as necessidades e sem faltar nos momentos em que so exigidos. No so modismos, so ferramentas, e como tais devem ser encarados.

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As boas prticas em Anlises Clnicas e Toxicolgicas so importantes para identificar, reduzir e/ou eliminar as fontes de erros potenciais no diagnstico laboratorial. Para isso necessria a educao continuada dos profissionais. Os principais fatores que influenciam a magnitude da variao dos parmetros biolgicos so classificados em trs grupos: as variveis pr-analticas, analticas e biolgicas, as quais podem ser observadas na Figura 1. Figura 1 principais fontes de variao nos ensaios laboratoriais Fontes de Variao

Pr-Analtica

Biolgica

Analtica

Jejum Postura Anticoagulante Tempo de transporte Centrifugao Estocagem

Resposta metablica do indivduo aos fluxos hormonais

Metrologia Instrumento Reagente Interferentes Calibrao e Manuteno dos Equipamentos

Adaptado de BROOKS (1998) e FRASER (2001) por GIRELLI et al. (2004).

A variabilidade biolgica inerente a cada indivduo, pois reflete em geral a resposta metablica aos fluxos hormonais. No entanto, cabe ao farmacutico e a ouCOMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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tros profissionais habilitados conhecer e saber interpretar esta fonte de variao, antes da liberao de um laudo diagnstico. Os princpios cientficos que atualmente regem a qualidade no laboratrio de Anlises Clnicas e Toxicolgicas abrem um vasto campo de trabalho para o farmacutico. Este profissional conta no seu currculo com disciplinas extremamente teis na sua formao tcnica, mas nem sempre com disciplinas que favoream a criao de uma cultura da qualidade. Portanto, necessrio um esforo adicional para afeioar-se, desenvolvendo o conhecimento aprendido nas matrias tcnicas a servio das ferramentas de qualidade. FASES DO PROCESSO ANALTICO O laboratrio de Anlises Clnicas e Toxicolgicas fundamentado em um processo dinmico que se inicia na coleta do espcime diagnstico e termina com a emisso de um laudo diagnstico. No entanto, didaticamente pode-se dividir este processo em trs fases: pr-analtica, analtica e ps-analtica. A fase pr-analtica consiste na preparao do paciente, coleta, manipulao e armazenamento da amostra antes da determinao analtica, ou seja, compreende tudo que precede o ensaio laboratorial, dentro ou fora do laboratrio de Anlises Clnicas e Toxicolgicas. A fase analtica inicia-se com a validao do sistema analtico atravs de controle de qualidade interno na amplitude normal e patolgica, e se encerra quando a determinao analtica gera um resultado. J a fase ps-analtica se inicia quando este resultado gerado na fase analtica recebe a liberao tcnica e finaliza-se aps a emisso de um laudo diagnstico pelo farmacutico ou profissional habilitado. Fase Pr-Analtica Recentes publicaes revelam que entre 68% e 93% dos erros laboratoriais en20COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

contrados so consequncia da falta de padronizao na fase pr-analtica. Portanto, de extrema importncia implementar metodologias mais rigorosas para deteco, classificao e reduo destes erros. A influncia das variveis pr-analticas pode tornar-se desprezvel, desde que se estabelea uma boa orientao aos pacientes, quando pertinente, em relao ao jejum adequado, no realizao de exerccios fsicos extenuantes no perodo que antecede a coleta do material biolgico, a informaes relativas ao hbito de fumar e relativas ao perodo do ciclo menstrual. Tambm muito importante obter informaes sobre a utilizao de medicamentos e/ou drogas teraputicas que eventualmente estejam em uso, assim como o treinamento adequado dos profissionais da rea da sade que realizam a coleta de materiais biolgicos de forma invasiva (sangue arterial, venoso e/ou capilar) no que se refere postura do cliente na hora da coleta, ao tempo de garroteamento, constrio do msculo do antebrao e ordem correta dos tubos nas coletas em sistema a vcuo. As boas prticas na fase pr-analtica consistem na padronizao dos procedimentos envolvidos no processo analtico, desde a preparao e orientao do cliente antes da coleta do espcime diagnstico, at o inicio da fase analtica, com o objetivo de minimizar e/ou eliminar os erros potenciais. Especialmente em anlises toxicolgicas, o momento da coleta e o tipo de material biolgico dependem da finalidade da avaliao e esto diretamente relacionados meiavida biolgica (toxicocintica) da substncia objeto do estudo. Sendo assim, deve-se observar cuidadosamente o momento de coleta da amostra para as anlises toxicolgicas. Fase Analtica nesta fase que ser realizado o exame. Os processos aqui desenvolvidos necessitam de um suporte externo, oriundo da fase pr-analtica, e devem entregar umCOMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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produto confivel para a fase subsequente, a ps-analtica. A fase analtica sempre recebeu ateno especial dos profissionais do laboratrio. Avanos muito significativos ocorreram nas ltimas duas dcadas, em especial com a popularizao de sistemas automatizados e a evoluo tecnolgica, permitindo uma expressiva reduo nos coeficientes de variao analtica e aumentando a confiabilidade nos resultados. No entanto, os erros laboratoriais nesta fase chegam a 13,3%. De uma forma mais ampla, a fase analtica, composta de duas grandes reas: a qumica e a morfolgica. Estas duas reas compem o mesmo todo, entretanto requerem tecnologias diferentes para a execuo dos exames. Os resultados da rea qumica tm um sentido mais objetivo, enquanto os da rea morfolgica so dependentes, em geral, da observao humana, portanto mais subjetivos. Para monitorar a fase analtica indispensvel conhecer muito bem a metodologia utilizada, fatores que possam influenciar na metodologia adotada e controlar o processo atravs da utilizao de amostras-controle na amplitude normal e patolgica. As variveis analticas atualmente vm sendo minimizadas e controladas, nos grandes laboratrios de Anlises Clnicas e Toxicolgicas, devido implantao dos programas de controle de qualidade interno e externo, onde possvel avaliar preciso e exatido metodolgica. Entende-se por controle de qualidade o processo estatstico que monitora e avalia os processos analticos utilizando dados coletados de ensaios com produtos de controle de qualidade. As boas prticas na fase analtica consistem na padronizao dos procedimentos envolvidos no processo analtico, a qual se inicia com a elaborao dos procedimentos operacionais padro (POPs), a validao do sistema analtico atravs do controle22COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

de qualidade interno na amplitude normal e patolgica, e se encerra quando a determinao analtica gera um resultado, incio da fase ps-analtica. Fase Ps-Analtica Os principais erros que ocorrem nesta fase so: transcrio de resultado em unidade de medida errada, erro de digitao ou no cruzamento dos resultados no laudo, metodologia impressa no laudo no condiz com a metodologia realizada, falta de informao no laudo dos possveis interferentes na metodologia utilizada, entre outros. Nesta fase, esto presentes cerca de 18,5% de todos os erros do laboratrio de anlises clnicas. As boas prticas na fase ps-analtica iniciam-se quando o resultado gerado na fase analtica recebe a liberao tcnica e finaliza-se aps a emisso de um laudo diagnstico pelo farmacutico.

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vOc SABIA QUE...A taa com a serpente enrolada internacionalmente conhecida como smbolo da profisso farmacutica? Sua origem remonta Antiguidade, sendo parte das histrias da mitologia grega. Tudo comeou com um centauro: Chiron. Ao contrrio da maioria dos de sua raa, caracterizados pela selvageria e violncia, Chiron se dedicou aos conhecimentos de cura. Teve como um dos seus discpulos o deus Asclpio (tambm denominado Esculpio), ao qual ensinou os segredos das ervas medicinais. Asclpio se tornou o deus da sade e tinha como smbolo um cetro com duas serpentes enroladas. Contudo, ele no utilizava seus conhecimentos somente para salvar vidas, mas usava seu poder para inclusive ressuscitar pessoas. Descontente com a quebra do ciclo natural da vida, Zeus resolveu intervir. Os deuses entraram ento em batalha e Zeus acabou matando Asclpio com um raio. Com a morte de Asclpio, a sade passou a ser responsabilidade de sua filha Hgia, que se tornou dessa maneira a deusa da sade. Hgia tinha como smbolo uma taa que, com sua promoo, teve a adio de uma serpente enrolada. Essa cobra , obviamente, uma representao do legado de seu pai. Segundo as literaturas antigas, o smbolo da farmcia ilustra o poder (cobra) e a cura (taa).

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lEGISlAOAs principais leis, resolues, portarias e regulamentaes do setor clnico-laboratorial so: Diretrizes Gerais para o Trabalho em Conteno com Material Biolgico. Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos do Ministrio da Sade, 2004. Instruo Normativa 1, de 20 de dezembro de 1995. Avaliao das Concentraes de Benzeno em Ambientes de Trabalho. Ministrio do Trabalho e Emprego. Instruo Normativa 2, de 20 de dezembro de 1995. Vigilncia da Sade dos Trabalhadores na Preveno da Exposio ao Benzeno. Ministrio do Trabalho e Emprego. NR N 7 Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional (PCMSO). Ministrio do Trabalho e Emprego. NR N 9 Programa de Preveno de Riscos Ambientais (PPRA). Ministrio do Trabalho e Emprego. NR N 15 Atividades e Operaes Insalubres. Ministrio do Trabalho e Emprego. NR N 32 Dispe sobre a segurana no trabalho em servios de sade. Ministrio do Trabalho.COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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Portaria CVS - 13, de 04 de novembro de 2005. Aprova Norma Tcnica que trata das condies de funcionamento dos Laboratrios de Anlises e Pesquisas Clnicas, Patologia Clnica e Congneres, dos Postos de Coleta Descentralizados aos mesmos vinculados, regulamenta os procedimentos de coleta de material humano realizados nos domiclios dos cidados, disciplina o transporte de material humano dentro do Estado de So Paulo e d outras providncias. Portaria N 485, de 11 de novembro de 2005. Aprova a Norma Regulamentadora n. 32 (Segurana e Sade no Trabalho em Estabelecimentos de Sade). Ministrio do Trabalho e Emprego. Portaria N 5, de 21 de fevereiro de 2006. ANVISA: inclui doenas na relao nacional de notificao compulsria, define doenas de notificao imediata, relao dos resultados laboratoriais que devem ser notificados pelos Laboratrios de Referncia Nacional ou Regional e normas para notificao de casos. Secretaria de Vigilncia em Sade. Portaria N 34, de 20 de dezembro de 2001. Protocolo para a utilizao de Indicador Biolgico da Exposio Ocupacional ao Benzeno. Ministrio do Trabalho e Emprego. Portaria N 59, de 28 de Janeiro de 2003 Dispe sobre a padronizao de realizao de testes de HIV. Ministrio da Sade. RDC 189, 18 de julho de 2003. Dispe sobre a regulamentao dos procedimentos de anlise, avaliao e aprovao dos projetos fsicos de estabelecimentos de sade no Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria, altera o Regulamento Tcnico aprovado pela RDC n 50, de 21 de fevereiro de 2002, e d outras providncias.26COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

RDC 302, 13 de outubro de 2005. Dispe sobre Regulamento Tcnico para funcionamento de Laboratrios Clnicos. RDC 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispe sobre o Regulamento Tcnico para o gerenciamento de resduos de servios de sade. RDC 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispe sobre o Regulamento Tcnico para planejamento, programao, elaborao e avaliao de projetos fsicos de estabelecimentos assistenciais de sade. RDC N 11, 26 de janeiro de 2006. Dispe sobre o Regulamento Tcnico de Funcionamento de Servios que prestam Ateno Domiciliar. RE ANVISA N 515, 15 de fevereiro de 2006. Estabelece a lista de produtos mdicos enquadrados como de uso nico, proibido de serem reprocessados. RE ANVISA N 899, 29 de maio de 2003. Dispe sobre validao de mtodos analticos e bioanalticos. Resoluo CFF N 493, 26 de novembro de 2008. Aprova as referncias de exames e outros servios em Laboratrios Clnicos sob a responsabilidade tcnica do Farmacutico-Bioqumico. Resoluo CFF N 499, 17 de dezembro de 2008. Dispe sobre a prestao de servios farmacuticos, em farmcias e drogarias, e d outras providncias.

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Resoluo do CONAMA N 358, 29 de abril de 2005. Dispe sobre o tratamento e a disposio final dos resduos dos servios de sade e d outras providncias. Resoluo SMA N 33, 16 de novembro de 2005. Dispe sobre procedimentos para o gerenciamento e licenciamento ambiental de sistemas de tratamento e disposio final de resduos de servios de sade humana e animal no Estado de So Paulo. RN N 54, 28 de novembro de 2003. Estabelece os requisitos para a celebrao dos instrumentos jurdicos firmados entre as operadoras de planos privados de assistncia sade e prestadores de servios auxiliares de diagnstico e terapia e clnicas ambulatoriais. RN N 114, 26 de outubro de 2005. Estabelece padro obrigatrio para a troca de informaes entre operadoras de plano privado de assistncia sade e prestadores de servios de sade sobre os eventos de sade, realizados em beneficirios de plano privado de assistncia sade e d outras providncias. NOTA: s legislaes acima devem ser acrescidas aquelas inerentes a cada profisso habilitada ao exerccio das anlises clnico-laboratoriais, tais como as Leis Federais Ns. 3820/60 e 5991/73 e tambm s relativas rea administrativa, tais como tributria, fiscal e social, alm do Cdigo Civil Brasileiro e o Cdigo de Defesa do Consumidor.

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SITES InTERESSAnTESGovernamentais:ANVISA - Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria www.anvisa.gov.br ATSDR - Agency for Toxic Substances and Disease Registry www.atsdr.cdc.gov CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental www.cetesb.sp.gov.br CNEN - Comisso Nacional de Energia Nuclear www.cnen.gov.br COMUDA - Conselho Municipal de Polticas Pblicas para Drogas e lcool http://portal.prefeitura. sp.gov.br/secretarias/participacao_parceria/comuda CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente www.mma.gov.br/conama CONED - Conselho Estadual sobre Drogas www.justica.sp.gov.br CTNBio - Comisso Tcnica Nacional de Biossegurana www.ctnbio.gov.br EPA - Environmental Protection Agency www.epa.gov FDA - Food and Drugs Administration www.fda.gov FIOCRUZ - Fundao Oswaldo Cruz www.fiocruz.br FUNDACENTRO - Fundacentro - Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho www.fundacentro.gov.br IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis www.ibama.gov.br INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia www.inmetro.gov.br Instituto Adolfo Lutz www.ial.sp.gov.br MMA - Ministrio do Meio Ambiente www.mma.gov.br

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MPAS - Ministrio de Previdncia e Assistncia Social www.mpas.gov.br MS - Ministrio da Sade www.saude.gov.br MTE - Ministrio do Trabalho e Emprego www.mtb.gov.br NIDA - National Institute on Drug Abuse www.nida.nih.gov OMS - Organizao Mundial de Sade www.who.int REBLAS/ANVISA www.anvisa.gov.br/reblas/index.htm Secretaria do Meio Ambiente - So Paulo www.ambiente.sp.gov.br Associaes e organizaes:AACC - American Association of Clinical Chemistry www.aacc.org ABEAD - Associao Brasileira do Estudo do lcool e Outras Drogas www.abead.com.br ABHO - Associao Brasileira de Higienistas Ocupacionais www.abho.org.br ACGIH - American Conference of Governmental Industrial Hygienists www.acgih.org ADA - American Diabetes Association www.diabetes.org AMB - Associao Mdica Brasileira www.amb.org.br ANANT - Associao Nacional de Medicina do Trabalho www.anamt.org.br APM - Associao Paulista de Medicina www.apm.org.br Associao Americana de Banco de Sangue www.aabb.org Associao Brasileira de Linfoma e Leucemia www.abrale.org.br 30COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

Associao Brasileira de Talassemia www.abrasta.org.br Associao Europeia de Hematologia www.ehaweb.org CFF - Conselho Federal de Farmcia www.cff.org.br CFM - Conselho Federal de Medicina www.cfm.org.br CFQ - Conselho Federal de Qumica www.cfq.org.br CRF-SP - Conselho Regional de Farmcia do Estado de So Paulo www.crfsp.org.br EUROTOX - Association of European Toxicologists & European Societies of Toxicologists www.eurotox.com International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine www.ifcc.org/ IUTOX - International Union of Toxicology www.iutox.org NIOSH - National Institute of Occupational Safety & Health www.cdc.gov/niosh/homepage.html ONA - Organizao Nacional de Acreditao www.ona.org.br SBAC - Sociedade Brasileira de Anlises Clnicas www.sbac.org. SBBq - Sociedade Brasileira de Bioqumica e Biologia Molecular www.sbbq.org.br SBC - Sociedade Brasileira de Cardiologia www.cardiol.br SBHH - Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia www.sbhh.com.br SBI - Sociedade Brasileira de Imunologia www.sbi.org.br SBM - Sociedade Brasileira de Microbiologia www.sbmicrobiologia.org.br SBP - Sociedade Brasileira de Parasitologia www.parasitologia.org.br SBPC - Sociedade Brasileira de Patologia Clnica www.sbpc.org.brCOMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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SBQ - Sociedade Brasileira de Qumica www.sbq.org.br SBT - Sociedade Brasileira de Toxicologia www.sbtox.org.br Sociedade Americana de Hematologia www.hematology.org Sociedade Americana de Oncologia Clnica www.asco.org

Universidades e bancos de dados:Biblioteca (Centro de Informao e Referncia) da Faculdade de Sade Pblica da USP www.bibcir. fsp.usp.br Biblioteca Virtual em Sade (BVS da Bireme) www.bireme.br/php/index.php Bioqumica aplicada www.geocities.com/bioquimicaplicada CAS - Chemical Abstracts Service www.cas.org FCF-USP - Faculdade de Cincias Farmacuticas da Universidade de So Paulo www.usp.br/fcf FM-USP - Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo www.fm.usp.br FSP-USP - Faculdade de Sade Pblica da Universidade de So Paulo www.fsp.usp.br Higiene Ocupacional (Portal Temtico) www.higieneocupacional.com.br IBICT - Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia www.ibict.br INCA - Instituto Nacional do Cncer www.inca.gov.br Produtos Perigosos www.produtosperigosos.com.br PubMed - National Library of Medicine www.ncbi.nih.gov/entrez SIBi/USP - Sistema Integrado de Bibliotecas da USP www.usp.br/sibi Simbologia - Produtos Qumicos www.simbologia.hpg.com.br 32COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

SINITOX - Sistema Nacional de Informaes Txico-farmacolgicas www.fiocruz.br/sinitox ToxNet - Toxicologia Ocupacional (Portal Temtico) www.toxnet.com.br UNIFESP Universidade Federal de So Paulo www.unifesp.br Viso Bioqumica www.bioq.unb.br Web Sade (Portal Temtico) www.websaude.inf.br

Outras fontes de informao:ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas www.abnt.org.br ACP - American College of Physicians www.acponline.org/mle Atlas de hematologia www.cc.uoa.gr/health/pathology/aoh/images.htm Blood (Revista da Sociedade Americana de Hematologia) www.bloodjournal.org CAP - College of American Pathologists www.cap.org/apps/cap.portal CEATOX - Centro de Assistncia Toxicolgica de Presidente Prudente www.unoeste.br/ceatox CEATOX - Centro de Assistncia Toxicolgica do Hospital das Clnicas da Universidade de So Paulo http://med.fm.usp.br/dim/homepage/a105/ceatox.htm Centro de Controle de Intoxicaes (HUAP/UFF) www.uff.br CISA - Centro de Informaes Sobre Sade e lcool www.cisa.org.br Clinical Chemistry www.clinchem.org Clinical Chemistry and Laboratory Medicine www.ovid.com/site/catalog/Journal/1268.jsp CLSI (NCCLS) - Clinical and Laboratory Standards Institute www.nccls.org ControlLab - Controle de Qualidade para Laboratrios www.control-lab.com.brCOMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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INST/CUT - Instituto Nacional de Sade no Trabalho www.cut.org.br NGSP - National Glycohemoglobin Standardization Program www.ngsp.org PNCQ - Programa Nacional de Controle de Qualidade www.pncq.org.br Quality Control Westgard www.westgard.com Risco Biolgico www.riscobiologico.org Segurana e Trabalho Online www.segurancaetrabalho.com.br SINDHOSP www.sindhosp.com.br

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REfERncIAS BIBlIOGRfIcASBONINI, P PLEBANI, M., CERIOTTI, F RUBBOLI, F Errors in laboratory medice. Clin. Chem., 2002. .; .; . BROKS, Z. C. Quality control in six simple steps. AACC Press: Washington, 1998. BURTIS, C. A.; ASHWOOD, E.R.: Tietz Fundamentos de Qumica Clnica. 4 ed Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 1998. CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. NCCLS H03A5 Procedures for the collection of diagnostic blood specimens by venipuncture; Approved Standard 5ed. CLINICAL AND LABORATORY STANDARDS INSTITUTE. NCCLS H18A3 Procedures for the Handling and Processing of Blood Specimens; Approved Guideline 3ed. COOPER, W. G., Lies bsicas em laboratrio de controle de qualidade. Bio-Rad Laboratories, Inc.: Califrnia, 2000. FRASER, C.G., Biological variation: from principles to practice. AACC Press: Washington, 2001. GIRELLI, W.F.; SILVA, P FADEL-PICHETH, C.M.T.; PICHETH, G., Variabilidade biolgica em par.H.; metros hematolgicos. RBAC, 2004. GUDER, W.G.; NARAYANAN, S.; WISSER, H.; ZAWTA, B., Samples: from the Patient to the Laboratory The impact of preanalitical variables on the quality of laboratory results. GIT VERLAG GMBH: Darmstadt, 1996. KAPLAN, L. A.; PESCE, A. J.: Clinical Chemistry. Theory, analysis, correlation. 3. ed., St. Louis: Mosby, 1996. LIPPI, G.; GUIDI, G.C.; MATTIUZZI, C.; PLEBANI, M.: Preanalytical variability: the dark side of the moon in laboratory testing. Clin. Chem. Lab. Med., 2006. PLEBANI, M.; CARRARO, P Mistakes in a stat laboratory: types and frequency. Clin. Chem., 1997. .: SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLNICA/ MEDICINA LABORATORIAL, Recomendaes da Sociedade Brasileira de Patologia Clnica/ Medicina Laboratorial para Coleta de Sangue Venoso. 2005. YOUNG, D.S.: Conveying the importance of the preanalytical phase. Clin. Chem. Lab. Med., 2003.COMISSO ASSESSORA DE ANLISES CLNICAS E TOXICOLGICAS

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EnDEREOS E TElEfOnESwww.crfsp.org.br SEDERua Capote Valente, 487 - Jd. Amrica So Paulo - SP - CEP 05409-001 Tel.: (11) 3067.1450 www.crfsp.org.br

SUBSEDE LESTERua Tuiuti, 2009 2 andar - sala 21 - Tatuap So Paulo - SP - CEP 03307-000 Tel.: (11) 2192.4187 / Fax: (11) 2193.3843

SUBSEDE NORTERua Duarte de Azevedo, 448 1 andar cj 12 Edifcio Braslia Professional Center Santana So Paulo SP CEP 02036-021 Tel.: 2283-0300 / Fax: 2978-4990

SUBSEDE SULRua Amrico Brasiliense, 2171 3 andar Cj 306 Edifcio Master Tower Alto da Boa Vista So Paulo SP - CEP: 04715-005 Tel.: 5181-2770 / Fax: 5181-2374

SECCIONAIS

Mogi das Cruzes: Tel.: (11) 4726.5484 Osasco: Tel.: (11) 3682.2850 Araatuba: Tel.: (18) 3624-8143 Fax: (11) 3685.9063 Araraquara: Tel.: (16) 3336.2735 / Piracicaba: Tel.: (19) 3434.9591 (16) 3336.6929 Presidente Prudente: Tel.: (18) 3223.5893 Barretos: Tel.: (17) 3323.6918 Bauru: Tel.: (14) 3224.1884 / Fax: (14) 3234.2079 (18) 3916.1193 Fax: (18) 3916.1192 Registro: Tel.: (13) 3822.1979 Bragana Paulista: Tel.: (11) 4032.8617 Ribeiro Preto: Tel.: (16) 3911.9016/ (16) 3911.5054 Campinas: Tel.: (19) 3251.8541 Santo Andr: Tel.: (11) 4437.1991 (19) 3252.4490 / Fax: (19) 3255.8608 Fernandpolis: Tel.: (17) 3462.5856 Santos: Tel.: (13) 3233.5566 Fax: (13) 3221.6781 So Joo da Boa Vista: Tel.: (19) 3631.0441 Fax: (17) 3462.7944 So Jos dos Campos: Tel.: (12) 3921.4644 Franca: Tel./Fax: (16) 3721.7989 So Jos do Rio Preto: Tel./Fax: (17) 3234.4043 Guarulhos: Tel.: (11) 6468.1501 Sorocaba: Tel.: (15) 3233-8130 Jundia: Tel.: (11) 4586.6065 Marlia: Tel.: (14) 3422.4277 (14) 3422.4398 39

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Sede: Rua Capote Valente, 487 - Jardim Amrica - So Paulo-SP - CEP 05409-001 Fone (11) 3067.1450 www.crfsp.org.br

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