Cartografia topográfica.docx

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Cartografia topogrfica. Vinculada geodsia, a cartografia topogrficadedica-se transformao direta das medidas e fotografias, obtidaspelos levantamentos de campo, em desenho manual ou pelos levantamentosfotogrficos. quase exclusivamente praticada em instituies governamentaisque se dedicam execuo da carta de um pas. Trabalhopermanente, de contnuo aperfeioamento e pormenorizao, passou a serindispensvel tomada de decises da administrao pblica e defesado territrio nacional. Com o emprego de escalas pequenas, produzem-semapas detalhados, matematicamente corretos e que servem de base paraoutros menos detalhados.O uso de imagens estereoscpicas nos levantamentos aerofotogramtricossimplificou o desenho cartogrfico, tornando-o de mais rpidaexecuo e menos dependente do esforo individual. A aerofotogrametriaconstitui um mtodo de medida e representao do terreno por meio dafotografia area, que uma perspectiva cnica do terreno. As deformaespticas desse tipo de foto so corrigidas no momento da fotografia ou emlaboratrio. Por si s, no entanto, a aerofotogrametria no reduziu os levantamentosde campo, e ainda necessita de apoio terrestre, plenimtrico ealtimtrico.A carta topogrfica , em regra, constituda por numerosas folhas topogrficasconexas. So muito utilizadas em atividades profissionais de altonvel ligadas engenharia, navegao, estratgia e logstica militaretc.Cartografia geogrfica. Quase exclusivamente praticada por empresasprivadas, algumas de elevado padro tcnico, a cartografia geogrficaopera em ntima conexo com a geografia, produzindo peas cartogrficaspara uso do pblico em geral, sobretudo estudantes. A geocartografiatrabalha a partir da cartografia topogrfica, reduzindo escalas, simplificandocontedos nas mincias topogrficas e generalizando alguns dos aspectosdo desenho.Mapas murais ou em coleo (atlas), mapas avulsos, plantas de cidades,globos e cartas em relevo so alguns dos produtos comerciais oriundosda cartografia geogrfica. O nome atlas deve-se ao fato de, em 1595,na folha de ante-rosto da coleo de mapas de Gerardus Mercator (publicadapor iniciativa de seu filho Rumold), aparecer como ilustrao deabertura o tit Atlas, condenado por Zeus a carregar os cus sobre osombros.Cartografia temtica. A confeco de cartogramas a rea da cartografiatemtica. Cartogramas so mapas esquemticos, com elevado nvelde abstrao, em que formas ou localizaes reais so estilizadas com finsconceituais e informativos. Os elementos cartogrficos, reunidos numa sfolha, so representaes grficas de fenmenos espaciais e temporais,pelo que abordam numerosos assuntos quase sempre em mutao contnua,como as migraes, fluxos de veculos, desmatamento, reflorestamentoetc.O mapa esquemtico que serve de base para o cartograma extradodo mapa topogrfico ou geogrfico, sendo o tema do cartograma expostomediante diversos recursos grficos, como pontos e figuras, quando chamado de pictrico. Nessa modalidade, o ponto como figura geomtrica adimensional, isto , seu tamanho nada representa e s vale como materialde leitura. Alm de pontos, usam-se barras e faixas que indicam extenseslineares ou, pela espessura, a importncia do fenmeno. Outro tipo o cartograma de isocurvas, em que as curvas ou linhas representam, pelaposio, valores equivalentes em toda a sua extenso.Outras espcies de cartogramas: os de superfcie, bidimensionais, recomendadospara indicar as variaes de determinados fenmenos pormeio do uso de reas sombreadas ou coloridas; cartogramas de aparnciatridimensional, tambm denominados blocos-diagramas, em que os fatosso expostos em perspectiva, exibindo-se o mapa esquemtico.HistriaAmostras de primitivos trabalhos cartogrficos encontradas em pedras,papiros, metais e peles representam o meio ambiente e a situaodas terras por meio de figuras e smbolos. Usaram-se, ainda, varas debambu, madeira, tecido de algodo ou cnhamo, fibras de palmeira econchas.O Museu Semtico da Universidade de Harvard, em Cambridge, EstadosUnidos, possui um mapa de origem ainda mais remota; gravado empedra argilosa, foi achado na regio mesopotmica de Ga-Sur e parecedatar de 2500 a 3000 a.C. Outro trabalho de cartografia muito antigo(c.2000 a.C.), desenhado em rocha, foi localizado numa regio do norte daItlia, habitada outrora por um povo denominado camunos (camuni) pelosromanos. O Museu de Turim, na Itlia, conserva a planta, desenhada empapiro, de uma mina de ouro da Nbia, na frica, que data da poca deRamss II do Egito (1304-c.1237 a.C.).Coube aos gregos os primeiros fundamentos da geografia e das normascartogrficas, e ainda hoje os alicerces do sistema cartogrfico repousamna contribuio que deixaram: a concepo da esfericidade da Terra eas noes de plos, equador e trpicos; as primeiras medies da circunfernciaterrestre; a idealizao dos primeiros sistemas de projees e conAPOSTILASOPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 2 a Sua Realizaocepo de longitude e latitude. Na antiguidade grega, Anaximandro deMileto (sculo VI a.C.) construiu um quadrante solar e possua um mapamndigravado em pedra.Ainda na Grcia antiga, Hecateu de Mileto representou a Terra sobreum disco metlico, udoxo de Cnido construiu um globo e Dicearco deMessnia desenhou um mapa-mndi em projeo plana-quadrada. Nosculo III a.C., Eratstenes de Cirena, que dirigiu a clebre biblioteca deAlexandria, desenhou um mapa-mndi com paralelos e meridianos, tendoainda calculado, com impressionante preciso, em vista da precariedadedos recursos da poca, a circunferncia da Terra.O grande nome da antiguidade, todavia, Ptolomeu, que viveu no sculoII de nossa era. Astrnomo, gegrafo e cartgrafo, ele lanou as basesda geografia matemtica e da cartografia no clssico tratado intitulado Guiada geografia (Geographik hyphegesis), obra que s em 1405, com atraduo para o latim, chegou ao conhecimento dos eruditos europeus.A era clssica romana no deixou mapas, embora haja registros literriosde mapas elaborados em Roma. Varro (Marcus Terentius Varro)menciona mapas no poema Chorographia e Agripa determinou a confecode um mapa do mundo ento conhecido. Das obras cartogrficas romanass se conhece a clebre Tbua de Peutinger, cpia, feita em 1265, de umoriginal romano que sofreu sucessivos acrscimos at o sculo IX. Descobertaem 1494 pelo poeta Conradus Pickel (ou Celtis), que a legou a KonradPeutinger, essa tbua somente veio a ser publicada em 1598. Encontra-se, desde 1738, na Biblioteca Pblica de Viena. Trata-se de uma cartadas estradas do Imprio Romano, com as cidades e as distncias que asseparam, e representa o mundo at a costa ndica.Idade Mdia. Entre as autoridades e autores medievais persistiramconcepes gregas como a de estar a Terra pousada sobre um discometlico. Ao mesmo tempo, as invases dos brbaros provocaram a estagnaoda produo cartogrfica e esta ficou sob exclusivo domnio decopistas eclesisticos, que valorizaram o aspecto artstico em detrimento daexatido. O disco metlico sobre o qual se considerava estar a Terra levou elaborao de mapas circulares, orientados para leste ou sul, e com oscontinentes representados de forma esquemtica. As separaes entre asterras lembravam a letra T, donde serem conhecidos como "mapas T-O","mapas de roda" ou "mapas circulares".No primeiro perodo da Idade Mdia, destaca-se o mapa T-O de santoIsidoro de Sevilha. Dentre as centenas de mapas T-O includos nos 600mapas-mndi medievais que se conservaram, avultam o mapa retangularde Cosmas Indikopleustes, do sculo VI, e as numerosas cpias dos mapasde so Beato, das quais a de so Severo, do ano 1030 e de formaoval, a mais conhecida.Na mesma poca, a cartografia rabe experimentava marcante progresso.No ano de 827, o califa al-Mamum ordenou a traduo da Geografiade Ptolomeu para o rabe. Bagd, Damasco e Crdoba, os centrosculturais de ento, reuniram gegrafos e cartgrafos estimulados pelointenso comrcio a se expandir do Mediterrneo at a China. Foram autoresde mapas Ibn Hawkal, Abu Isak Istakhri e Maom al-Edrisi. Ibn Hulaconstruiu um globo terrestre. O rei Rogrio II, da Siclia, foi grande incentivadordesse movimento, e a ele al-Idrisi dedicou sua compilao geogrfica,que possua um mapa-mndi dividido em setenta folhas.As cruzadas e o comrcio martimo, em especial o italiano, impulsionarama confeco de cartas nuticas, mapas martimos desenhados sobrepergaminho. Impropriamente chamados de portulanos, tinham como caractersticaprincipal o desenho da rosa-dos-ventos que ocupava todo o espaodo mar: resultava da um conjunto de retas entrecruzadas que facilitavaa fixao da rota por parte do navegador.Destacam-se tambm nessa poca as Tbuas Toledanas, de Toledo,Espanha, completadas em 1252 por ordem de Alfonso X (1221-1284), reide Castela, razo por que tambm so conhecidas como Tbuas Alfonsinas.Nesse perodo de grande efervescncia cientfica e cultural, so fundadasescolas de cartografia em Gnova, Veneza e Ancona, na Itlia, bemcomo em Palma de Maiorca, no arquiplago das Baleares, Espanha, quelogo assumiram o papel de principais fornecedores de mapas martimos.Exemplo significativo da produo desses centros cartogrficos o Atlascatalo, de 1375, organizado por ordem de Carlos V o Sbio, rei da Frana.Monumento artstico, tem oito folhas e o mapa, de 390cm x 69cm, deautoria de Jaime de Maiorca (Jafuda Creques). Em conformidade com osistema corporativo vigente poca, a cartografia, em sua produo ecomrcio, ficou associada a diversas famlias, que conservavam entre sicertos segredos de ordem tcnica.O ciclo das grandes navegaes exigiu maior exatido e ampliaodas informaes cartogrficas. Ainda no sculo XV, em Sagres, Portugal, oinfante D. Henrique - entre outros especialistas - reuniu gegrafos, astrnomose cartgrafos de diferentes pases, e no sculo seguinte Portugal jcontava com grandes cartgrafos como Lopo Homem, Andr Homem,Diogo Ribeiro, Gaspar Viegas, Bartolomeu Velho e Ferno Vaz Dourado.Em 1508, em Sevilha, na Espanha, a Casa de la Contratacin de las ndiasinstalou um rgo fiscalizador da produo e comrcio de mapas para anavegao. O mapa-mndi Orbis typus universalis tabula (1512), do venezianoJernimo Marini, o primeiro em que se registra o nome Brasil.J na segunda metade do sculo XVI apareceram os primeiros mapasimpressos em xilografia ou que empregavam gravaes em chapas decobre. O sculo XVII assistiu ao apogeu da cartografia nos Pases Baixos,especialmente nas cidades de Anturpia e Amsterd. Esse progresso devesea cartgrafos como Abraham Ortelius, Jodocus Hondius e, sobretudo, aGerardus Mercator, forma latinizada de Gerhard Kremer (mercador). Devesea Ortelius o Theatrum orbis terrarum (1570), com 53 folhas cartogrficase setenta mapas gravados em cobre, o primeiro atlas nos moldes dosatuais. Mercator criou a projeo que leva seu nome, prpria para mapasnuticos, segundo a qual os meridianos so os ngulos retos aos paralelosde latitude.Ainda nos Pases Baixos, a famlia Blaeu reuniu alguns dos maioresnomes da poca, como Guilielmus Caesius ou Guilielmus Jansonius Blaeu,Jan Blaeu e Cornelis Blaeu. Ao declnio da cartografia holandesa, aceleradopelo incndio nas instalaes da famlia Blaeu, seguiu-se a ascenso dacartografia francesa, em que sobressaem Guillaume Delisle e Jean-BaptisteBourguignon d'Anville.No sculo XVIII ganha corpo o critrio da exatido como regra cartogrficae nesse aspecto se destaca o francs Csar-Franois Cassini,devido a sua carta da Frana, na escala 1:86.400, com 184 folhas. Poucodepois, Napoleo Bonaparte mandou preparar o mapa manuscrito de todaEuropa, na escala 1:100.000, com 254 folhas.Viajantes, cientistas e descobridores como James Cook, que fez acarta da Nova Zelndia e a da costa ocidental da Austrlia, e Alexander vonHumboldt, cuja obra Kosmos teve extrema importncia para a geocartografia,foram grandes pioneiros nos levantamentos de campo.Nessa mesma poca, ocorreram dois outros acontecimentos de grandesignificado para a cincia: a medio do arco do meridiano terrestre,iniciativa da Academia de Cincias de Paris, com o fim de dirimir as questessuscitadas por Cassini e Isaac Newton quanto forma da Terra.Newton estava certo: a Terra tinha a forma de um elipside de revoluo,cujo eixo menor coincidia com o eixo de rotao. Convencionou-se adotlo,como forma matemtica correspondente a um geide mdio, que servede referncia para o clculo das operaes geodsicas. Ao longo do tempo,vrios elipsides de revoluo foram calculados, sendo o de Hayford, em1909, o mais adotado.Processos de reproduo. At o final do sculo XIX, a reproduo demapas dependia da gravao, em uma s cor, em chapa de cobre ou emchapas de madeira. Usava-se, tambm, a litografia, com os desenhosexecutados em pranchas de pedra, mais tarde substitudas pelo zinco ealumnio. Para representar o relevo nas cartas topogrficas adotava-se osistema de hachuras de Lehmann, baseado no meio-tom.A evoluo da cartografia prosseguiu com uma srie de invenes eaperfeioamentos, como a fotografia (e suas derivaes, como a fotometalografiae a aerofotogrametria), a heliogravura, a tricromia e a policromianos processos de impresso, o sistema offset de impresso, o processofotomecnico de Wenschow para a impresso de sombras em relevo, e odesenho automtico do contedo pelo estereoplangrafo de Zeiss. Simplificou-se o letreiramento pela impresso tipogrfica (mtodo conhecido comocarimbagem) e pela confeco mecnica (normgrafo), chegando-se prensa Van der Cook, ao fotonimgrafo e outros recursos cada vez maissofisticados, como o radar, o sonar, sensores remotos, computadores eAPOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 3 a Sua Realizaosatlites artificiais, que tornaram a coleta de dados e a reproduo cadavez mais acurada.Os mapas eram desenhados em nanquim sobre papel, cujos negativos,por processo fotomecnico (photomechanical transfer), geravamcpias positivas mediante um processador de transferncia por difuso,sendo em seguida transportados para as pranchas de impresso, em zinco.Antes de vidro, pesados e frgeis, o suporte dos negativos passou a ser dematerial plstico diverso, base de resinas vinlicas, com vrias denominaescomerciais, como astralon ou vinilite.Na atualidade, o original tambm pode derivar de levantamentos aerofotogramtricos,cujos dados, com o auxlio de instrumento ptico de preciso, passado para a folha plstica transparente. Para esse trabalho,utiliza-se um material plstico chamado scribe (carrinho), dotado de umacamada de verniz opaco. Para cada cor (em impresso, as cores primriasso o magenta, o amarelo e o ciano, mais o preto, que combinadas reproduzemtoda a variedade de cores), preciso um negativo prprio.Convenes e projeesPara interpretar os mapas, preciso conhecer suas convenes, quese baseiam em cores e se dividem em cinco grandes grupos. Assim, temos:(1) azul (hidrografia ou acidentes aquticos); (2) preto ou vermelho (acidentesartificiais, como rodovias); (3) castanho (hipsografia, altimetria ou formasde relevo); (4) verde (vegetao e plantao); (5) roxo (convenesespeciais, como nas cartas aeronuticas) etc. Alm disso, empregam-setambm numerosos sinais e smbolos empregados. Visto que os mapasrecebem ttulo, inscries e legenda, o prprio tamanho da letra j em siuma conveno que possibilita ao leitor determinar a importncia relativa dofenmeno observado.As projees cartogrficas so representaes grficas da passagemdo elipside para a superfcie plana do mapa em que a rede de coordenadasgeogrficas curvilneas (meridianos e paralelos) serve de base geomtricapara os mapas. Dependendo das escalas, a projeo das coordenadasgeogrficas apresenta variaes quanto forma e medida da rede. Nosmapas em escala mdia ou grande, que representam reas menores, asdeformaes so pequenas. Inversamente, nos mapas em pequenasescalas, que abrangem grandes reas, as deformaes so bem maiores.Visto que sempre ocorre deformao, o primeiro problema com que sedefronta o cartgrafo a determinao do sistema que melhor corresponda realidade que se pretende representar.As projees podem ser: (1) eqidistantes, em que as distncias soverdadeiras em determinadas direes; (2) eqiangulares ou conformes,exatas na representao de superfcies: permitem medies de ngulos e adeterminao de rumos; e (3) eqireas ou equivalentes, por proporcionaremmaior exatido quanto s reas. As projees medianas ou afilticasprocuram representar as trs dimenses de maneira diferente, a fim dealcanar a maior semelhana possvel na configurao dos continentes edos oceanos.Projees geomtricas. Quando se leva em considerao a tcnica detransformao das coordenadas curvilneas em planos, tm-se as coordenadasgeomtricas, em que se imagina a rede de meridianos e paralelosprojetada sobre uma superfcie que envolve ou tangencia o globo terrestre.Nesse caso, preferem-se as figuras geomtricas que se adequem confecode mapas: o plano, o cone, o cilindro, o cubo e o poliedro.Na projeo cnica, os paralelos so circulares e os meridianos radiais,imaginando-se que o cone, que envolve o globo terrestre, o tangenciaem um determinado paralelo, ficando seu vrtice no prolongamento do eixoda Terra. Desta forma, os meridianos aparecem nos mapas como linhasretas e os paralelos como circunferncias concntricas.Nas projees cilndricas, os paralelos so dispostos horizontalmentee os meridianos se apresentam verticais e igualmente espaados. A projeoazimutal aquela em que o cone se abre at se transformar numplano, coincidindo seu vrtice com o ponto de tangncia. As projeesazimutais variam conforme a posio do centro da projeo em relao aocentro da esfera terrestre: (1) central, quando os dois centros se confundem;(2) estereogrfica, quando o centro de projeo se localiza em posiodiametralmente oposta ao ponto de tangncia; e (3) ortogrfica, quandose imagina o centro da projeo localizado no infinito.Esses trs tipos de projees azimutais podem diferenar-se de acordocom a posio do ponto de tangncia: (1) polar, quando tangencia umdos plos; (2) equatorial, quando o ponto se situa no equador; (3) meridianoou horizontal, quando tangencia um ponto qualquer da superfcie do globoterrestre, exceto o equador e os plos.A projeo cilndrica um caso extremo de projeo cnica no sentidocontrrio ao da hiptese de um plano. Em se alongando o cone de maneiratal que seu vrtice fique no infinito, chega-se a uma posio em que o conese transforma em um cilindro e tangencia o globo terrestre no equador. Naprojeo cilndrica dita genuna, obtm-se uma rede de coordenadas emque os meridianos aparecem como retas paralelas, cortadas pelos paralelosem ngulo reto. A forte distoro nas altas latitudes vizinhas s regiespolares faz com que esse tipo de projeo seja pouco empregado.A fim de evitar excessivas deformaes e, ao mesmo tempo, obtermaior exatido, introduziram-se mudanas como a projeo azimutal eqidistante,em que todas as distncias que partem do centro so conservadasem escala, embora o ponto antipdico se transforme em circunfernciamarginal do mapa. A projeo cnica de Bonne conserva a grandeza dosparalelos e, portanto, a rea dos trapzios. So raros os mapas feitos naprojeo cbica, pois as coordenadas so projetadas sobre suas seisfaces, donde a descontinuidade dos meridianos e paralelos, cuja rede se vcortada e prejudica, assim, a clareza.A projeo polidrica a projeo central feita sobre trapzios esfricos,os quais correspondem a um poliedro que, por hiptese, envolve oglobo terrestre. Assim, quando cada trapzio - includo numa folha topogrfica- no ultrapassa um grau de latitude e de longitude, deixam de existirdeformaes perceptveis, tornando possvel obter medidas em todos ossentidos, dentro dos limites de cada folha topogrfica.Projees convencionais. Empregadas na preparao de mapas queabrangem grandes reas, as projees convencionais so comuns nosplanisfrios e nos mapas-mndi. Utilizam, para a construo da rede decoordenadas, grandezas geodsicas aplicadas conforme as regras dodesenho sistemtico.So diversos os tipos de projees convencionais: (1) trapezoidal, criadapor Cludio Ptolomeu no sculo II, em que os meridianos aparecemcomo retas que convergem para os plos, enquanto que os paralelos soretas paralelas ao equador; (2) globular, criada por Giovan Battista Nicolosiem 1660, que representa os hemisfrios, por ser de forma circular; (3)pseudocilndrica, de Sanson (1650), usada na construo de planisfrios ouna representao de grandes reas; (4) mista elptica, de Max Eckert(1908); (5) mista, de O. Winkel (1913), muito usada em atlas; (6) descontnua,de John Paul Goode (1916), que representa um planisfrio cortado aolongo de determinados meridianos, com o objetivo de deformar o mnimopossvel as massas continentais ocenicas; (7) oblqua nrdica, de JohnBartholomew (1949).A projeo transversal, criada por Cassini em 1682 e modificada porGauss-Krger em 1900, ainda utilizada em muitos pases. Ao separar asuperfcie terrestre em faixas, ao longo de meridianos escolhidos, e comlargura mxima de trs graus de longitude, a carta topogrfica nela baseadano contm praticamente nenhuma deformao perceptvel, podendoser mensurvel em suas distncias, rumos e reas.Usada desde o sculo XVI, a projeo de Mercator, tambm chamadacarta martima, de ampla utilidade, pois permite traar, em linha reta, arota a seguir durante a travessia dos oceanos. uma projeo cilndricamodificada, em que os meridianos so retas paralelas entre si, que cortamperpendicularmente o equador e todos os paralelos.Uma linha oblqua corta os meridianos sempre sob o mesmo ngulo, oque permite a manuteno do rumo. A isso se d o nome de loxodromia,curva espiralada que no o caminho mais curto entre dois pontos situados superfcie da Terra, porm o mais simples para a navegao. No quese refere aos planisfrios, essa no a projeo mais aconselhvel, faces deformaes que apresenta pois, proporo que se afasta do equadore aumentam as latitudes, mais exageradas se vo tornando as deformaes,que atingem o mximo nas regies polares.EscalasAPOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 4 a Sua RealizaoA escala cartogrfica a relao matemtica entre as distncias traadasem um mapa e as existentes na natureza. O mapa a representaogeomtrica, sobre um plano, de uma poro de superfcie terrestre. Umavez fornecidos os dados necessrios pela geodsia (distncias, direes erelevo), tais valores so reproduzidos em mapa por meio de desenho, oqual mantm a relao constante e rigorosa entre as distncias traadas nomapa e as extenses correspondentes na natureza. Para isso, usam-seescalas.A indicao da escala de um mapa direta quando feita junto legenda,por expresso numrica ou grfica, e indireta, quando essa mesmarelao estabelecida por elementos de grandeza conhecida. As escalaspodem ser: (1) numricas; (2) grficas; (3) de declividades; e (4) de cores.Escala numrica. Expressa por frao (1/2.000) ou por razo(1:2.000), a escala numrica significa, de acordo com o exemplo, que aunidade de comprimento, no numerador, ou no primeiro membro, vale duasmil vezes essa mesma unidade no terreno. Para tanto, preciso conhecero valor em metros, correspondente a um centmetro ou um milmetro dargua graduada aplicada sobre o mapa. Basta cortar as duas ou trs ltimascasas do denominador dentro da razo. Exemplo: 1/2.000 indica queum milmetro da rgua corresponde a dois metros no terreno.As escalas numricas podem representar relaes tpicas pela simplesvariao dos valores expressos: a indicao 10/1 ou 10:1 uma escalade maior proporo, indicando que a medida sobre o desenho ou fotografia dez vezes o tamanho do objeto. J a indicao 1/1 ou 1:1 a escalanatural, em que a medida do desenho igual do objeto representado "emtamanho natural". Por fim, a indicao 1/10 ou 1:10 a uma escala demenor proporo, do tipo usado na confeco de mapas.No costume utilizar uma escala numrica de superfcie para a avaliaode reas em mapas. Mas, se for usada, deve-se saber que a escalade superfcie de um mapa a escala linear ao quadrado. Exemplo: 1:5.000linear 1:5.0002 de superfcie, isto , um quadrado no mapa representa 25milhes de quadrados idnticos no terreno.A escala numrica para altitudes seria a escala linear do mapa. Mas,como o relevo (a terceira dimenso) imensurvel no mapa, por ser apenasfigurado por meios grficos, o processo torna-se inaplicvel. Assim, emplantas e cartas topogrficas encontra-se por vezes, junto legenda expressaem nmeros, a indicao da eqidistncia das curvas de nvel, oque permite avaliar facilmente altitudes e declives.Escala grfica. As escalas grficas exprimem com desenho a relaomapa-natureza e, com freqncia, so empregadas junto com a escalanumrica. Sua vantagem decorre da fcil e imediata leitura, o que permite adeterminao da distncia por comparao ao longo da escala desenhada,obtendo-se o resultado rapidamente, sem necessidade de clculo. Vantagemadicional da escala grfica o fato de acompanhar as eventuaisredues ou ampliaes do mapa, conservando a razo da escala, o queno ocorre com a escala numrica.A escala grfica simples uma reta dividida em unidades na razo daescala. Gradua-se a reta, a partir do ponto zero, com uma unidade bsicamaior para a esquerda, e para a direita marca-se a mesma unidade bsicamaior tantas vezes quantas forem suficientes. A unidade da esquerdachama-se talo ou extenso e acha-se subdividida em unidades menores.Nas escalas grficas, o resultado depende do cuidado e prtica daoperao de leitura e, esta, da finura da graduao. Nas cartas topogrficas,especialmente as elaboradas pelas foras armadas, encontra-se umaescala grfica pertencente classe das escalas de converso ou binrias. a escala de passos que, de um lado da reta, tem uma graduao mtricae, do outro, uma graduao em unidades de passos. A posio oposta dasduas graduaes ao longo da meta permite avaliar o nmero de metrospara determinado nmero de passos e vice-versa. A distncia conhecida tomada numa tira de papel ou no compasso de ponta-seca e l-se o valorcorrespondente em unidades da escala oposta ao longo do tronco e dotalo, da mesma maneira como se procede com a escala grfica simples.Outro tipo de escala grfica o da composta ou de deformaes. Aprojeo cartogrfica empregada na construo da rede de coordenadasgeogrficas (meridianos e paralelos) no plano provoca deformaes linearesnos mapas geogrficos. A escala composta apresentada num conjuntoem que so indicadas com exatido as escalas de latitudes escolhidas, aprimeira relativa ao equador. A ligao dos valores iguais das graduaesdas escalas forma uma srie de curvas que permitem determinar graficamenteo valor de distncias em qualquer latitude.Nos atlas escolares empregam-se figuras geomtricas, como o quadradoda rea conhecida, desenhada, na escala linear, num canto domapa. costume incluir nos mapas de origem europia o desenho esquemticodo prprio pas, na escala do mapa, o que permite obter imediataidia da grandeza de outras terras mediante simples comparao visual.Escala de declividades. D-se o nome de escala de declividades quelaque permite medir inclinaes das vertentes e rampas das viasquando o relevo representado por curvas de nvel, hachuras ou esbatidos.Tal escala, que envolve a terceira dimenso, elaborada com retasgraduadas de maneira progressiva e em que os espaos marcados contamsempre a partir da origem. L-se o valor mais prximo da escala entrecurvas consecutivas e, se for necessrio obter valores mais precisos,interpolam-se as diferenas por estimativa. A graduao das escalas dedeclividades pode ser percentual ou angular. Uma dada escala s servepara determinada escala linear e determinada eqidistncia de curvas denvel.Escalas de cores. Usadas para a representao do relevo nos mapas,empregam-se escalas de cores que, conforme certas regras, indicam aszonas de altitude e depresso. Em geral colocadas junto s legendas,essas escalas designam com cores diferentes a altitude dos planos horizontaisou as curvas que limitam tais zonas.Clculo da escala. Quando, por qualquer motivo, desapareceu a legendae, assim, no se conhece a escala, o prprio contedo do mapaconta com elementos de grandezas conhecidas que permitem, indiretamente,determinar a escala, seja numrica ou grfica. A rede de coordenadasgeogrficas um destes, pois sua malha fornece a base para o clculo oua construo da escala, sabendo-se que um grau de latitude, ao longo dequalquer meridiano, equivale a 111km. Medindo-se com a rgua o espaoentre dois paralelos, pode-se determinar a relao entre a grandeza dograu e sua medida sobre o mapa.Nas folhas topogrficas das cartas oficiais, costume apresentar, almda rede de coordenadas geogrficas, um sistema de quadriculagemquilomtrica que se estende de maneira contnua sobre as folhas, indicandoa grandeza linear de um quilmetro, o que um recurso empregadopara a avaliao de distncias e reas sobre as cartas.J nas cartas nuticas, construdas pela projeo de Mercator, notase,em toda a moldura, uma graduao em unidades de arco, que serveprincipalmente para a determinao da posio dos navios: em latitude,pelas duas graduaes laterais e, em longitude, pela graduao das margensinferior e superior. Isso torna-se possvel porque as graduaeslaterais, que se referem latitude, no so igualmente espaadas em suasunidades, visto que se alongam no sentido do equador para os plos.Sabendo-se que as grandezas angulares das escalas laterais representamvalores lineares constantes, possvel avaliarem-se distncias nessesmapas nuticos.Para isso, marca-se, sobre a diviso sexagesimal lateral, a extensotomada no mapa entre os dois pontos em questo, de maneira a fazercoincidir o ponto mdio dessa medida com o ponto da mdia das latitudesdos dois lugares. Os extremos dessa extenso indicaro, sobre a graduao,a distncia procurada em medida de arco, que por meio dos coeficientesconhecidos pode ser transformada em medida linear mtrica ou deoutro sistema. Indiretamente, portanto, avaliam-se as distncias lineares emmapas de projeo eqiangular ou conforme, mediante a graduao lateral.Cartografia e comunicaoSeria redundante afirmar que o mapa uma imagem, se esta no tivessepassado a ser to valorizada como modo de expresso ao longo detodo o sculo XX. Com a adoo de convenes simblicas como cores,traos, emblemas, nmeros etc., o mapa deve ser suficiente como tal, isto, como representao porttil e eficaz de uma dada realidade, capaz,assim, de servir de base para a evocao, o raciocnio ou o projeto dequalquer espcie, dos mais amenos, como uma viagem turstica, at osmais dramticos, como a invaso de um pas.APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 5 a Sua RealizaoEssas qualidades colocam o mapa, a carta e todos os outros meios dacartografia no domnio das estruturas lingsticas, uma vez que tambmso meios de comunicao, isto , configuram uma linguagem. Seja comosuporte verificao pessoal ou como meio de expresso dessa pesquisae das concluses a que leva, permite sempre um dilogo entre autor e leitorou autor e pblico, que para isso mobiliza estruturas sociais e psicolgicas.Do correto emprego destas depende a resposta dos consulentes: de umlado, h o sistema de relaes e interesses que congrega autor-cartgrafoeditor-impressor-divulgador-pblico e, de outro, os meios pelos quais seunem com tais objetivos vrias tcnicas de desenho, recursos de pensamentoe recursos grficos, assim como noes de psicologia aplicada percepo visual e indispensveis comunicao da mensagem cartogrfica.Ainda que resultante da inteno de visualizar as informaes, o maparequer grande ateno do interessado em sua leitura bidimensional,menos comum que a linear, e de menor rapidez. Assim, para ser aceito eadotado, deve oferecer ao usurio uma forma de expresso que lhe permitaeconomia do esforo mental em relao a outros meios de informao, eainda atrativos que lhe atinjam tanto os mecanismos da conscincia comodo inconsciente. necessrio, portanto, dosar a durao ideal do interesse do usurioe explorar o melhor possvel componentes prioritrios como a representaodo relevo, a hierarquia das cores, a legenda facilmente memorizvel. Afeliz combinao desses elementos foi qualidade aprecivel nos trabalhoscartogrficos desde suas origens, motivo pelo qual muitos mapas se tornaram,modernamente, requintados objetos de decorao, emoldurados epostos em lugares de destaque. Os aperfeioamentos tecnolgicos nodiminuram, antes acrescentaram, a atrao esttica dos mapas. Ficaramfamosos, na segunda metade do sculo XX, tanto pela preciso cientficacomo pela beleza e bom gosto grfico-editorial, os mapas da NationalGeographic Society, dos Estados Unidos. Coordenadas geogrficas; Geodsia;MapaCoordenadas geogrficasPor mais diminuto que seja, qualquer ponto na superfcie da Terra podeser localizado no mapa, se forem conhecidas suas coordenadas geogrficas.As coordenadas geogrficas so a latitude e a longitude, representadaspelos meridianos e paralelos, que aparecem nos mapas cartogrficosem forma de linhas. Assim, por exemplo, se desejamos encontrar no mapao monte Bernina, e sabemos que suas coordenadas so 46o22' de latitudeN e 9o50' de longitude E, verificamos que est localizado entre a Sua e aItlia.Acompanhando o movimento de rotao da Terra, veremos que cadaponto do planeta descreve circunferncias cujos crculos so perpendicularesao eixo dos plos. Dentre essas circunferncias h uma que traa ocrculo mximo da esfera, cujo plano passa pelo centro da Terra e a divideem duas metades ou hemisfrios: a linha do equador. Os demais crculosvo diminuindo de tamanho a partir do equador, para cima ou para baixo,na direo dos plos, e assim formam linhas paralelas. Essas linhas, comoo nome indica, so os paralelos.Podemos traar tambm sobre a esfera terrestre outra srie de crculos,perpendiculares aos anteriores, de tal modo que passem todos peloeixo dos plos e que, na vertical, dividem a superfcie arredondada empores, semelhantes a gomos de laranja. Essas linhas so os meridianos.Como se pode traar um meridiano e um paralelo sobre cada pontoda Terra, dizemos que seu nmero infinito. Assim sendo, temos de selecionarum paralelo e um meridiano determinados, para que sirvam dereferncia dentro do sistema de coordenadas geogrficas. Entre os paralelos,a linha do equador universalmente aceita como a coordenada geogrficareferencial. Para os meridianos no existe a mesma aceitaouniversal. Todavia, a maioria dos pases aceita a pequena cidade de Greenwich(a sudeste de Londres) como ponto de referncia para o meridianozero.Com essa disposio, qualquer ponto do globo terrestre pode ter sualocalizao determinada pelas duas distncias angulares, uma at o equadore outra at o meridiano zero. O ngulo formado pelo plano do meridianode referncia e o plano correspondente a qualquer outro meridiano sedenomina longitude geogrfica e medido em graus (o), minutos (') esegundos (''). Todos os pontos situados num mesmo meridiano tm idnticalongitude. Ainda que essa longitude possa abranger a totalidade de umcrculo (360o), na prtica se contam 180o a leste (E) e 180o a oeste (O).O ngulo formado pela vertical de qualquer ponto da superfcie terrestrecom o plano do equador se denomina latitude geogrfica, e tambm medido em graus, minutos e segundos.Todos os pontos situados no mesmo paralelo tm igual latitude. A extensoda latitude oscila entre 0o no equador e 90o nos plos. Deve-sedistinguir entre latitude norte (N) ou sul (S), conforme o hemisfrio em queest situado o ponto que se quer localizar. O correto funcionamento dessesistema depende da preciso com que se possa determinar as coordenadasem qualquer ponto.A latitude tem sido determinada com preciso desde a antiguidadeclssica, mas a longitude s pde ser fixada de maneira definitiva muitotempo depois. Desde o sculo IV a.C., os gregos sabiam, graas s conquistasde Alexandre o Grande, que a Terra era mais extensa de oestepara leste que de norte para sul, ou seja, sabiam que o planeta era achatadonos plos. Nessa poca surgiram os conceitos de longitude e latitude.Entretanto, a falta de dados concretos sobre a relao comprimento-largura(longitude-latitude) da Terra impedia que se determinasse com precisocada ponto. Por isso, os mapas obtidos naquela poca eram muito deformadose no davam uma idia correta da realidade espacial.APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 6 a Sua RealizaoNa prtica, o clculo das coordenadas geogrficas de um ponto se realizasempre por mtodos indiretos, j que a rede de paralelos e meridianosno mais que a projeo terrestre de um sistema de coordenadas astronmicas.O procedimento tradicional para se determinar a latitude de umponto o seguinte: calcula-se a altura do Sol sobre o horizonte, por meiode um sextante, e localiza-se a estrela Polar, no hemisfrio norte, ou oCruzeiro do Sul, no hemisfrio sul. Tanto um como o outro se encontramalinhados no prolongamento do eixo da Terra, e por isso constituem pontosprecisos de referncia.A determinao da longitude um problema mais difcil, s resolvidoem data bem mais recente. At o final do sculo XVII, a nica forma de sedeterminar a longitude era conhecer a distncia percorrida a partir de umdeterminado ponto. Em terra, o problema tinha soluo, mas no mar erapraticamente insolvel. Da a deformao dos mapas antigos, que atribuamao mar Mediterrneo uma dimenso muito maior do que a real; damesma forma, foi muito difcil para os cartgrafos quinhentistas, depois dodescobrimento da Amrica, situar no Atlntico a linha que separava osterritrios portugueses dos espanhis, de acordo com o Tratado de Tordesilhas.No princpio do sculo XVIII, j conhecidas as dimenses aproximadasdo planeta, solucionou-se o problema da longitude. Como a Terra duma volta completa sobre seu eixo a cada 24 horas, cada hora avana 15o,de maneira que a longitude, expressada em graus, obtida pela diferenaem horas entre o meridiano de origem e o meridiano cuja longitude se querdeterminar. Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicaes Ltda.MEIO DE ORIENTAO E COORDENADAS GEOGRFICASOS PONTOS DE ORIENTAOO homem, para facilitar o seu deslocamento sobre a superfcie terrestre,tomando por base o nascer e o pr do Sol, criou alguns pontos deorientao.Devido marcante influncia que o Sol exerce sobre a Terra, o homem,observando sua aparente marcha pelo espao, fixou a direo emque ele surge no horizonte.O ponto em que o Sol aparece diariamente no horizonte, o nascente, conhecido tambm por leste ou oriente, e o local onde ele se pe, opoente, corresponde ao oeste ou ocidente.Estendendo a mo direita para leste e a esquerda para oeste, encontramosmais dois pontos de orientao o norte, nossa frente, e o sul,s nossas costas.Esses quatro principais pontos de orientao: norte, sul, leste e oeste,constituem os pontos cardeais.Entre os pontos cardeais, foram criados mais quatro pontos de orientao,os colaterais, que so: nordeste, sudeste, noroeste e sudoeste.Para tornar mais segura a orientao sobre a superfcie terrestre, entreum ponto cardeal e um colateral foi criado o subcolateral.Os pontos subcolaterais so em nmero de oito:NNE nor-nordeste;ENE es-nordeste;ESE es-sudeste;SSE su-sudeste;SSO su-sudoeste;OSO os-sudoeste;ONO os-noroeste;NNO nor-noroeste.Juntando-se os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais notamosque eles formam uma figura conhecida pelo nome de rosa-dos-ventos.O MAGNETISMO TERRESTREA Terra pode ser perfeitamente comparada a um gigantesco im,possuindo dois plos magnticos que se situam prximo aos plosgeogrficos, mas que no coincidem com estes.O magnetismo terrestre tem sua provvel origem na eletricidade emitidapela massa lquida, proveniente da juno dos oceanos nas extremidadesdo globo terrestre.Descoberta a atrao magntica que os extremos da Terra exercemsobre as demais partes do globo, inventou-se a bssola, aparelho que umseguro meio de orientao.A bssola constituda por uma agulha magntica convenientementecolocada sobre uma haste no centro de uma caixa cilndrica.A agulha est ligada a um crculo graduado e dividido como a rosados-ventos. Este crculo geralmente constitudo de talco ou mica.Como essa agulha tem a propriedade de apontar sempre o norte, paranos orientarmos pela bssola basta colocarmos o norte do mostrador nadireo indicada pela agulha, o que de imediato nos proporcionar a posiodos demais pontos.A agulha imantada da bssola no aponta o norte geogrfico, mas simo norte magntico. A direo da agulha e o norte geogrfico formam quasesempre um ngulo, varivel de lugar para lugar e de poca para poca, aoqual se do nome de declinao magntica.ORIENTAO PELO CRUZEIRO DO SULAlm dos meios de orientao j conhecidos, noite possvel nosorientarmos por meio das estrelas.Um importante elemento de orientao em nosso hemisfrio o Cruzeirodo Sul, para ns bastante visvel.A forma de nos orientarmos por ele consiste em prolongarmos quatrovezes o brao maior da cruz e, desse ponto imaginrio, baixarmos umaperpendicular linha do horizonte.Assim teremos o sul. Se nos colocarmos de costas para a constelaoteremos frente o norte, direita o leste e esquerda o oeste.No hemisfrio norte usa-se a estrela Polar como meio de orientao.Ela aponta sempre a direo norte.AS LINHAS E CRCULOS DA TERRADevido grande extenso do nosso planeta, para facilitar a localizaode qualquer ponto da sua superfcie foram imaginadas algumas linhasou crculos.Para se traar essas linhas foi necessrio representar-se graficamentea Terra por meio de uma figura semelhante sua forma a esfera.APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 7 a Sua RealizaoNos extremos da esfera terrestre esto situados os plos norte e sul.A igual distncia dos plos, foi traado no centro da esfera terrestre umcrculo mximo o Equador.O Equador divide a Terra horizontalmente em duas partes iguais oshemisfrios norte ou boreal e sul ou austral.PARALELOSParalelamente ao Equador, em ambos os hemisfrios, foram traadasoutras linhas ou crculos os paralelos (90 no hemisfrio norte e 90 nohemisfrio sul).Portanto, paralelos so crculos imaginrios que atravessam a Terraparalelamente ao Equador.Destas linhas duas so mais importantes em cada um dos hemisfrios os Trpicos de Cncer e de Capricrnio, distantes do Equador a aproximadamente2327', e os crculos polares rtico e Antrtico, que se distanciamdo seu plo correspondente a aproximadamente 2327'.AS ZONAS CLIMTICAS DA TERRAOs trpicos e os crculos polares dividem a superfcie terrestre emcinco grandes zonas climticas, assim chamadas porque nos indicamaproximadamente o clima de cada uma dessas regies:Zona trrida: que se localiza entre os dois trpicos e atravessada aocentro pelo Equador. Constitui a zona mais quente do globo.Zonas temperadas: a do Norte e a do Sul, situando-se respectivamenteentre os trpicos e os crculos polares, onde as temperaturas so bemmais amenas do que na zona trrida, e as estaes do ano se apresentambem mais perceptveis.Zonas frias ou glaciais: situam-se no interior dos crculos polares rticoe Antrtico e constituem as regies mais frias do globo, quase quepermanentemente cobertas de gelo.MERIDIANOSAtravessando perpendicularmente o Equador, temos tambm linhasou crculos que vo de um plo a outro os meridianos.Assim como o Equador o paralelo inicial ou de 00, os gegrafosconvencionaram adotar um meridiano inicial. Este meridiano conhecidotambm pelo nome de Meridiano de Greenwich, pelo fato de passar prximode um observatrio astronmico situado na cidade do mesmo nome,nas proximidades de Londres, Inglaterra. Esse meridiano divide a Terraverticalmente em dois hemisfrios o oriental e o ocidental.Embora se possam traar tantos meridianos quantos se queira, so utilizadossomente 360 deles. Tomando-se por base o Meridiano Inicial oude Greenwich, temos 180 meridianos no hemisfrio oriental e 180 no ocidental.AS COORDENADAS GEOGRFICASUtilizando os paralelos e os meridianos podemos, por meio da latitudee da longitude, determinar a posio exata de um ponto qualquer da superfcieterrestre. A latitude e a longitude constituem as coordenadas geogrficas.LATITUDEA latitude a distncia em graus de qualquer ponto da superfcie terrestreem relao ao Equador.Ela pode ser definida como o ngulo que a vertical desse lugar formacom o plano do Equador.A Latitude pode ser norte ou sul e variar de 00 a 900. Cada grau divide-se em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos.Todos os pontos da superfcie terrestre que tm a mesma latitude encontram-se evidentemente sobre o mesmo paralelo.LONGITUDECorresponde distncia em graus que existe entre um ponto da superfcieterrestre e o Meridiano Inicial ou de Greenwich.Ela pode ser oriental ou ocidental, contada em cada um destes hemisfriosde 0 a 180.Se quisermos saber qual a posio geogrfica da cidade onde moramos,basta procurar no mapa o paralelo e o meridiano que passam por elaou prximo a ela.Observe o exemplo abaixo e ponha em prtica o que acabamos deaprender.FUSOS HORRIOSAPOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 8 a Sua RealizaoDe acordo com o que observamos, a Terra realiza o movimento de rotaode oeste para leste.Para dar uma volta completa sobre si, diante do Sol, a Terra leva 24horas, o que corresponde a um dia (um dia e uma noite).Sabendo-se que a esfera terrestre se divide em 3600 e que o Sol leva24 horas para ilumin-la, conclui-se que, a cada hora, so iluminadosdiretamente pelo astro-rei 15 meridianos (360 : 24 = 15).O espao da superfcie terrestre compreendido entre 15 meridianosou 150 recebe o nome de fuso horrio. A Terra possui, portanto, 24 fusoshorrios, que representam as 24 horas do dia.Para calcular a hora, convencionou-se que o fuso horrio inicial, isto, o fuso a partir do qual a hora comearia a ser contada, seria o fuso quepassa por Greenwich.A hora determinada por este fuso horrio recebe o nome de horaGMT.Partindo-se da hora GMT, quando na regio que corresponde ao meridianoinicial for meio-dia, nas regies compreendidas em cada um dosfusos a leste desse meridiano teremos uma hora a mais, e a oeste, umahora a menos, isto porque, conforme vimos, a Terra gira de oeste paraleste.Consideradas as ilhas ocenicas, o Brasil possui 4 fusos horrios.Observamos pelo mapa que h um limite prtico e um terico dos fusoshorrios.O meridiano que divide o 1 fuso do 2 passa pelos Estados do Nordeste.Se esse limite terico prevalecesse, esses Estados teriam horasdiferentes. Como a diferena no muito grande, criou-se um limite prtico,atravs do desvio do meridiano que divide o 1 do 2 fuso horrio. Assim,todo o territrio nordestino permanece no 2 fuso horrio brasileiro.Notamos tambm que do 2 para o 3 fuso houve um desvio para coincidircom os limites polticos dos Estados, exceo feita ao Par, cujoterritrio se encontra no 2 e 3 fusos.O 1 fuso horrio brasileiro est atrasado duas horas em relao aGreenwich.O 2 fuso horrio, atrasado trs horas em relao a Greenwich, constituia hora legal do nosso pas (hora de Braslia). Nele encontra-se a maioriados Estados brasileiros.O 3 fuso horrio est atrasado quatro horas em relao a Londres euma hora em relao a Braslia..O 4 fuso horrio, com cinco horas de atraso em relao a Greenwich,est atrasado tambm duas horas em relao a Braslia. Nele esto inseridosapenas o Acre e o extremo-oeste do Estado do Amazonas.LINHA INTERNACIONAL DE MUDANA DA DATAEstabelecido o sistema de fusos horrios, tornava-se necessrio determinaro meridiano a partir do qual deveramos comear a contagem deum novo dia. Escolheu-se para tal fim o meridiano de 1800 ou linha internacionalda data, onde ocorre a mudana de datas. Cruzando-se esta linha nosentido oeste-leste, deve-se subtrair um dia (24 horas) e, cruzando-a nosentido leste-oeste, deve-se acrescentar um dia.A REPRESENTAO DA TERRAA representao grfica da Terra uma tarefa que cabe a um importanteramo da cincia geogrfica a Cartografia.A Cartografia tem por objetivo estudar os mtodos cientficos maisadequados para uma melhor e mais segura representao da Terra, ocupando-se, portanto, da confeco e anlise dos mapas ou cartas geogrficas.Existem duas formas por meio das quais representamos graficamenteo nosso planeta: os globos e os mapas.O globo terrestre a melhor forma de se representar a Terra, pois nodistorce a rea e a forma dos oceanos e continentes. Porm, os mapas,alm de oferecerem maior comodidade no seu manuseio e transporte, somenos custosos e permitem, tambm, que as indicaes neles contidassejam mais completas e minuciosas do que nos globos.ESCALASPara reproduzirmos a Terra ou parte dela em um mapa, precisamosdiminuir o tamanho da rea a ser representada.Para este fim que dispomos das escalas. Chamamos escala relaode reduo que existe entre as dimenses reais do terreno e as que eleapresenta no mapa. As escalas podem ser de duas espcies:Numrica ou aritmtica: representada por uma frao ordinria ou sob500 0001a forma de uma razo 1:500 000.Isto significa que o objeto da representao foi reduzido em quinhentasmil vezes para ser transportado com detalhes para o mapa.Assim, para se saber o valor real de cada centmetro basta fazer aseguinte operao:Escala 1: 500 0001 cm = 5 000 metros ou 5 kmConhecendo o valor real de cada centmetro, com o auxlio de umargua, poderemos calcular a distncia em linha reta entre dois ou maispontos do mapa.Basta, por exemplo, medir os centmetros que separam duas cidadese multiplic-los pelo valor equivalente a 1 cm, j encontrado pela operaoacima exemplificada.Grfica: representada por uma linha reta dividida empartes, na qual encontramos diretamente os valores.Um mapa feito em grande escala quando a reduo ou o denominadorda frao pequeno (1:80000; 1:50000). Um mapa elaborado empequena escala quando a reduo ou o denominador da frao grande(1:500 000; 1:10 000 000).PROJEES CARTOGRFICASComo a representao da Terra ou de parte dela em um mapa nopode ser feita com exatido matemtica, posto que a esfera um corpogeomtrico de certa incompatibilidade com as figuras planas, precisodeform-la um pouco.Essas deformaes sero tanto maiores quanto menor for a superfcierepresentada.As deformaes que a Terra ou parte dela sofre ao ser representadaem figuras planas os mapas ocorrem devido s projees cartogrficas.Diversos tipos de projees permitem-nos passar para um plano, como mnimo possvel de deformaes, as figuras construdas sobre umaesfera.Em todos os tipos de projees, primeiro transportada, da esfera paraa superfcie, a rede de paralelos e meridianos, depois, ponto por ponto,as figuras ou formas que se deseja representar.APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 9 a Sua RealizaoTIPOS DE PROJEES CARTOGRFICASTodas as projees cartogrficas tm vantagens e inconvenientes.Por exemplo, as eqiangulares, para dar traado exato dos continentes,respeitam os ngulos, porm exageram as propores; as equivalentesmantm as superfcies e as propores, deformando com isto o traado doscontinentes; as eqidistantes procuram respeitar a proporo entre asdistncias; e as ortomrficas conservam as formas.Uma vez que nenhuma projeo rene os requisitos de conservaodo ngulo, da rea, da distncia e da forma, o cartgrafo deve us-las deacordo com a superfcie que deseja representar e a finalidade a que omapa se destina.As projees costumam ser reunidas em trs tipos bsicos: cilndricas,cnicas, e azimutais.PROJEO CILNDRICAEsta projeo, idealizada pelo cartgrafo Mercator, consiste em projetara superfcie terrestre e os paralelos e meridianos sobre um cilindro.Neste tipo de projeo, muito utilizada na confeco dos planisfrios,os paralelos e meridianos so representados por linhas retas que se cortamem ngulos retos. Os paralelos aparecem tanto mais separados medidaque se aproximam dos plos, acarretando grandes distores nas altaslatitudes.Dessa forma, a Groenlndia, por exemplo, que bem menor que aAmrica do Sul, no planisfrio aparece quase do mesmo tamanho que essaparte do continente americano.PROJEO CNICANeste tipo de projeo, a superfcie da Terra representada sobre umcone imaginrio, que est em contato com a esfera em determinado paralelo.Por essa projeo, obtemos mapas ou cartas com meridianos formandouma rede de linhas retas, que convergem para os plos, e paralelosconstituindo crculos concntricos que tm o plo como centro.Na projeo cnica, as deformaes so pequenas prximo ao paralelode contato, mas tendem a aumentar medida que as zonas representadasesto mais distantes.Devemos recorrer a este tipo de projeo para representarmos mapasregionais, onde so apresentadas apenas pequenas partes da superfcieterrestre.PROJEO AZIMUTALEsse tipo de projeo se obtm sobre um plano tangente a um pontoqualquer da superfcie terrestre. Este ponto de tangncia ocupa sempre ocentro da projeo.No caso do plano ser tangente ao plo, os paralelos aparecem representadospor crculos concntricos, que tm como centro o plo e os meridianoscorno raios, convergindo todos para o ponto de contato.Neste tipo de projeo, as deformaes so pequenas nas proximidadesdo plo (ou ponto de tangncia), mas aumentam medida que nosdistanciamos dele.A projeo azimutal destina-se especialmente a representar as regiespolares e suas proximidades.Alm destes trs tipos de projees, podemos destacar tambm:a de Mollweide: no utiliza nenhuma superfcie de contato. Ela se destina representao global da Terra, respeitando os aspectos da superfcie,porm, os meridianos se transformam em elipses, e o valor dos ngulosno respeitado. Nesta projeo, os paralelos so linhas retas e os meridianos,linhas curvas;a estereogrfica: utilizada para os mapas-mndi, em que a Terra aparecerepresentada por dois hemisfrios o oriental e o ocidental. Nela, osparalelos e meridianos, com exceo do Equador e do Meridiano Inicial,so curvos, sendo que a curvatura dos paralelos aumenta gradativamente, medida que se aproximam dos plos.CONVENES CARTOGRFICASVrias tcnicas so empregadas pelos cartgrafos para se representar,em um mapa, os aspectos fsicos, humanos e econmicos de umcontinente, pas ou regio.SMBOLOSTendo em vista simplificar o uso de smbolos para se expressar os elementosgeogrficos em um mapa, foi padronizada uma simbologia internacional,que permite a leitura e a interpretao de um mapa em qualquerparte do globo.A REPRESENTAO DO RELEVO TERRESTREA representao do relevo terrestre pode ser feita por meio de vriosprocessos: graduao de cores, curvas de nvel, hachuras e mapas sombreados.MAPAS COM GRADUAO DE CORESComo exemplo de mapas com graduao de cores, temos:mapas de relevo ou hipsomtricos: em que as diferenasde altitude so sempre expressas: pelo verde, para representaras baixas altitudes; pelo amarelo e alaranjado, paraas mdias altitudes; e pelo marrom e avermelhado, para asmaiores altitudes;mapas ocenicos ou batimtricos: onde observamos asdiferentes profundidades ocenicas, peas tonalidades do azul:azul claro, para representar as pequenas profundidades,e vrios tons de azul, at o mais escuro, para as maiores profundidades.CURVAS DE NVELAs curvas de nvel so linhas empregadas para unir os pontos da superfcieterrestre de igual altitude sobre o nvel do mar.Elas so indicadas no mapa por algarismos aos quais se d o nomede cotas de altitude.O processo de representar o relevo por curvas de nvel consiste emse imaginar o terreno cortado por uma srie de planos horizontais guardandoentre si uma distncia vertical.APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 10 a Sua RealizaoA diferena de nvel entre duas curvas quase sempre a mesma, porm,se duas curvas se aproximam, porque o declive (inclinao) maior,e se, pelo contrrio, se afastam, o declive, ou seja, o relevo, mais suave emenos abrupto.HACHURASAs hachuras so pequenos traos, de grossura e afastamento varivel,desenhados para exprimir maior inclinao do terreno.Elas so desenhadas entre as curvas de nvel e perpendicularmente aelas.Assim sendo, os mapas que representam relevos de maior declividadeou inclinao so bastante escurecidos, enquanto aqueles que representammenores inclinaes do terreno se apresentam mais claros. Osterrenos planos e os situados ao nvel do mar so deixados em branco.Este mtodo no tem sido muito utilizado ultimamente, sendo substitudopelo das curvas de nvel ou pelo da graduao de cores.FOTOGRAFIAS AREAS OU AEROFOTOGRAMETRIAAtualmente vem ganhando destaque o processo de reconhecimentodo terreno pelas fotografias areas. Este processo, denominado aerofotogrametria, desenvolvido da seguinte maneira:Um avio, devidamente equipado, fotografa uma certa rea, de talmodo que o eixo focal seja perpendicular superfcie. A primeira e a segundafotos devem corresponder cobertura de uma rea comum deaproximadamente 600/o (figura A).As fotos obtidas so colocadas uma ao lado da outra, obedecendo amesma orientao, de tal forma que ambas apresentem igual posio.Com o auxlio de um estereoscpio podemos observar a rea (A) emimagem tridimensional.Utilizando-se vrios instrumentos, podem ser traadas as curvas denvel e interpretados os diversos aspectos fsicos que a rea focalizadaapresenta.II - Aspectos fsicos e meio ambiente no Brasil (grandesdomnios de clima, vegetao, relevo e hidrografia; ecossistemas).Brasil"Pas do futuro", "terra dos contrastes", "nao da cordialidade" e "giganteadormecido", so alguns dos qualificativos com que se tenta resumidamenteexplicar a complexa e multifacetada realidade brasileira, onde aabundncia de terras frteis convive com multides de desempregados,prodigiosos recursos naturais no conseguem impedir bolses de misria ese vem cidades to modernas quanto as do primeiro mundo ou tribosindgenas que vivem ainda como seus antepassados de 1500, ao tempo dodescobrimento.nico pas de colonizao portuguesa em todo o continente americano,o Brasil difere muito de seus vizinhos tanto na lngua quanto na cultura, namaneira de ser de seu povo como nas preferncias de sua elite intelectuale econmica, no relevo do solo como na configurao do litoral. E elemesmo uma grande colcha de retalhos, com regies completamentediferentes entre si, tanto no aspecto fsico como na organizao urbana, nahistria como na cultura, embora exista latente e sempre pronto a manifestar-se com vigor um sentimento geral de brasilidade.Uma das naes-continente do mundo, com rea de 8.547.404km2, oBrasil ocupa quase a metade da Amrica do Sul e o quinto pas do mundoem extenso territorial, apenas sobrepujado pela Rssia, Canad, Chinae Estados Unidos. Ao longo de cerca de 16.000km de fronteiras, limita-seao norte com a Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Venezuela; a oestecom a Colmbia, Peru, Bolvia e Paraguai; ao sul, com a Argentina e oUruguai; e a leste com o oceano Atlntico. Portanto, apenas dois pasessul-americanos no tm fronteira com o Brasil: Equador e Chile. Com aforma aproximada de um imenso tringulo, o territrio brasileiro tem largurae altura praticamente iguais: no sentido norte-sul, estende-se por 4.320km,desde o monte Cabura, na fronteira com a Guiana, at o arroio Chu, nafronteira com o Uruguai; e no sentido oeste-leste, por 4.328km, da serra deContamana, no Peru, at a ponta do Seixas, no litoral da Paraba.O nome Brasil deriva da rvore Caesalpinia echinata, chamada pelosndios de ibirapitanga e pelos portugueses de pau-brasil, pela cor de brasado seu cerne, comerciado como corante. J um ato notarial de 1503 arrolavaum carregamento de "paus do brasil", trazidos da terra recmdescoberta.At o sculo XVII, "brasileiros" eram inicialmente os que comerciavamcom pau-brasil; depois os que vinham para o Brasil ganhar avida; e finalmente os filhos da terra, nativos ou descendentes de europeus.Geografia fsicaGeologiaO territrio brasileiro, juntamente com o das Guianas, distingue-se nitidamentedo resto da Amrica do Sul. Seu embasamento abriga as maioresreas de afloramento de rochas pr-cambrianas, os chamados escudos: oescudo ou complexo Brasileiro, tambm designado como embasamentoCristalino, ou simplesmente Cristalino; e o escudo das Guianas. Os terrenosmais antigos, constitudos de rochas de intenso metamorfismo, formamo complexo Brasileiro. O escudo das Guianas abarca, alm das Guianas,parte da Venezuela e do Brasil, ao norte do rio Amazonas. Entre ambossitua-se a bacia sedimentar do Amazonas, cuja superfcie est em grandeparte coberta por depsitos cenozicos, em continuao aos da faixaadjacente aos Andes.As rochas mais antigas do escudo das Guianas datam de mais de doisbilhes de anos. portanto uma rea estvel de longa data. Na faixacosteira do Maranho e do Par ocorrem rochas pr-cambrianas, queconstituem um ncleo muito antigo, com cerca de dois bilhes de anos. Aregio pr-cambriana de Guapor coberta pela floresta amaznica. A dorio So Francisco estende-se pelos estados da Bahia, Minas Gerais eGois. H dentro dessa regio uma unidade tectnica muito antiga, ogeossinclneo do Espinhao, que vai de Ouro Preto MG at a borda meridionalda bacia sedimentar do Parnaba. As rochas mais antigas dessa reaconstituem o grupo do rio das Velhas, com idades que atingem cerca de 2,5bilhes de anos.As rochas do grupo Minas assentam-se em discordncia sobre elas, eso constitudas de metassedimentos que em geral exibem metamorfismode fcies xisto verde, com idade aproximada de 1,5 bilho de anos. Pertencea esse grupo a formao Itabira, com grandes jazidas de ferro e mangans.Sobre as rochas do grupo Minas colocam-se em discordncia as dogrupo Lavras, constitudas de metassedimentos de baixo metamorfismo,com metaconglomerados devidos talvez a uma glaciao pr-cambriana.Grande parte da rea pr-cambriana do So Francisco coberta porrochas sedimentares quase sem metamorfismo e s ligeiramente dobradas,constitudas em boa parte de calcrios. Essa seqncia conhecida comogrupo Bambu, com idade em torno de 600 milhes de anos, poca em queprovavelmente a regio do So Francisco j havia atingido relativa estabilidade.Ao que parece, um grande ciclo orogentico, denominado Transamaznico,ocorrido h cerca de dois bilhes de anos, perturbou as rochasmais antigas dessa faixa pr-cambriana. Ao final do pr-cambriano, asregies do So Francisco e do Guapor eram separadas por dois geossinclneos-- o Paraguai-Araguaia, que margeava as terras antigas do Guaporpelo lado oriental; e o de Braslia, que margeava as terras antigas do SoFrancisco pelo lado ocidental.As estruturas das rochas parametamrficas do geossinclneo Paraguai-Araguaia orientam-se na direo norte-sul no Paraguai e sul do Mato Grosso,curvam-se para o nordeste e novamente para norte-sul no norte deMato Grosso e Gois e atingem o Par atravs do baixo vale do Tocantins,numa extenso de mais de 2.500km. Iniciam-se por uma espessa seqnciade metassedimentos que constituem, no sul, o grupo Cuiab, e nonorte, o grupo Tocantins. Essa seqncia recoberta pelas rochas dogrupo Jangada, entre as quais existem conglomerados tidos como representantesdo episdio glacial.O geossinclneo Braslia desenvolveu-se em parte dos estados de Goise Minas Gerais. Suas estruturas, no sul, dirigem-se para noroeste eAPOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 11 a Sua Realizaodepois curvam-se para o norte. A intensidade do metamorfismo decrescede oeste para leste e varia de fcies anfibolito a fcies xisto verde. A regiocentral de Gois, que separa os geossinclneos Paraguai-Araguaia e Braslia, constituda de rochas que exibem fcies de metamorfismo de anfibolito.Uma longa faixa metamrfica, chamada de geossinclneo Paraba, estende-se ao longo da costa oriental do Brasil, do sul da Bahia ao Rio Grandedo Sul e Uruguai. Suas rochas de metamorfismo mais intenso esto naserra do Mar. As rochas de baixo metamorfismo (xistos verdes) so grupadassob diferentes nomes geogrficos: grupo Porongos, no Rio Grande doSul, grupo Brusque, em Santa Catarina, grupo Aungui, no Paran e sul deSo Paulo, e grupo So Roque, na rea de So Roque-Jundia-Mairipor,no estado de So Paulo. Gnaisses e migmatitos da rea pr-cambriana donorte, em So Paulo e partes adjacentes de Minas Gerais, constituem aserra da Mantiqueira.A faixa orogentica do Cariri, no Nordeste, possui direes estruturaismuito perturbadas por falhamentos. Um grande acidente tectnico, o lineamentode Pernambuco, separa a faixa do Cariri do geossinclneo de Propri.O grupo Cear, importante unidade da faixa tectnica do Cariri, apresentametassedimentos com metamorfismos que variam da fcies xisto verde de anfibolito, recobertos em discordncia pelas rochas do grupo Jaibara.A fase de sedimentao intensa de todos esses geossinclneos ocorreuno pr-cambriano superior, e seu fim foi marcado por um ciclo orogentico,o ciclo Brasileiro, ocorrido h cerca de 600 milhes de anos. Suas fasestardias atingiram os perodos cambriano e ordoviciano, e produziram depsitosque sofreram perturbaes tectnicas, no acompanhadas de metamorfismo.Em Mato Grosso, extensos depsitos calcrios dessa pocaconstituem os grupos Corumb, ao sul, e Araras, ao norte. Em discordnciasobre o Corumb, assentam as rochas do grupo Jacadigo, constitudas dearcsios, conglomerados arcosianos, siltitos, arenitos e camadas e lminasde hematita, jaspe e xidos de mangans.Na faixa atlntica h indcios de manifestaes vulcnicas riolticas eandesticas associadas aos metassedimentos cambro-ordovicianos, etambm granitos intrusivos, tardios e ps-tectnicos. Os sedimentos cambro-ordovicianos, que marcam os estertores da fase geossinclinal no Brasil,no possuem fsseis, por se terem formado em ambiente no-marinho.Ocupam reas restritas, cobertas discordantemente pelos sedimentosdevonianos ou carbonferos da bacia do Paran. A maior rea encontra-seno estado do Rio Grande do Sul.A seqncia da base chamada de grupo Maric, qual sucede ogrupo Bom Jardim, que consiste em seqncias sedimentares semelhantess do grupo Maric, mas caracterizadas por um vulcanismo andesticomuito intenso. Segue-se o grupo Camaqu, cujas rochas exibem perturbaesmais suaves que as dos grupos sotopostos. Nas fases iniciais dedeposio desse grupo, ocorreu intenso vulcanismo rioltico, mas h evidnciasde fases vulcnicas riolticas anteriores: os conglomerados dogrupo Bom Jardim contm seixos de rilitos. Tambm durante as fases desedimentao das rochas do grupo Camaqu, ocorreu vulcanismo andesticointermitente.O grupo Itaja, em Santa Catarina, outra grande rea de rochas formadasem ambiente tectnico. O grupo Castro, no Paran, constitudo dearcsios, siltitos e conglomerados, parece ter-se formado na mesma pocadesses grupos. Rilitos, tufos e aglomerados ocorrem em diversos nveisdessa seqncia, e rochas vulcnicas andesticas marcam as fases finais.Sobre as rochas do grupo Castro descansa uma seqncia de conglomerados,a formao Iap.Bacias sedimentares. Distinguem-se, por sua estrutura, trs grandesbacias sedimentares intracratnicas no Brasil: Amazonas, Parnaba (ouMaranho) e Paran. A bacia do Amazonas propriamente dita ocupa apenasa regio oriental do estado do Amazonas e o estado do Par, comexceo da foz do Amazonas, que pertence bacia de Maraj. Os terrenosmais antigos datam da era paleozica e alinham-se em faixas paralelas aocurso do rio Amazonas. As rochas do perodo devoniano ocorrem tanto nabacia do Amazonas como nas do Parnaba e do Paran. Outros datam daera mesozica e so cretceos (sries Acre e Itauajuri, formao NovaOlinda), e constituem, com os anteriores, zonas com possibilidades dejazidas petrolferas. Mas as maiores extenses correspondem aos terrenosrecentes, particularmente pliocnicos (srie Barreiras), mas tambm pleistocnicos(formao Par) e holocnicos ou atuais, todos de origem continental.A bacia sedimentar do Parnaba situa-se em terras do Maranho e doPiau. Os terrenos mais antigos remontam era paleozica e em geral sode origem marinha; os devonianos subdividem-se em trs formaes:Picos, Cabeas e Long. Distinguem-se na bacia do Parnaba trs ciclos desedimentao separados por discordncias: (1) siluriano; (2) devonianocarbonferoinferior; (3) carbonfero superior-permiano. Durante o intervalosiluriano-carbonfero inferior, a rea de maior subsidncia situava-se nolimite sudeste da atual bacia, o que lhe conferia grande assimetria emrelao aos atuais limites da bacia. Isso significa que a borda oriental atual erosiva e no corresponde borda original. A histria da bacia durante opermiano acha-se documentada pelos depsitos das formaes Pedra deFogo e Motuca.A bacia do Paran uma das maiores do mundo. Mais de sessenta porcento de sua rea de 1.600.000km2 ficam no Brasil; cerca de 25% naArgentina e o restante no Paraguai e Uruguai. definida como unidadeautnoma a partir do devoniano, embora ocorram sedimentos marinhossilurianos fossilferos no Paraguai, de extenso limitada. Distinguem-se nabacia do Paran trs ciclos de sedimentao paleozica (siluriano, devoniano,permocarbonfero), separados entre si por discordncias. Os sedimentosmarinhos do fim do paleozico so bem menos importantes que nasduas outras bacias, mas ao contrrio delas, essa bacia possui sedimentosmarinhos permianos.RelevoO Brasil um pas de relevo modesto: seus picos mais altos elevam-sea cotas da ordem dos trs mil metros. Em grandes nmeros, o relevobrasileiro se reparte em menos de quarenta por cento de plancies e poucomais de sessenta por cento de planaltos. A altitude mdia de 500m. Aselevaes agrupam-se em dois sistemas principais: o sistema Brasileiro e osistema Parima ou Guiano. Ambos so constitudos de velhos escudoscristalinos, de rochas pr-cambrianas -- granito, gnaisse, micaxisto, quartzito-- fortemente dobrados e falhados pelas orogenias laurenciana e huroniana.Trabalhados por longo tempo pelos agentes erosivos, os dois escudosforam aplainados at formarem planaltos muito regulares. Na periferia, aorogenia andina refletiu-se por meio de falhas, flexuras e fraturas quepromoveram uma retomada da eroso, que deu origem a formas maisenrgicas de relevo: escarpas, vales profundos, serras e morros arredondados.O sistema Parima ou Guiano fica ao norte da bacia amaznica e sua linhadivisria serve de fronteira entre o Brasil, de um lado, e a Venezuela,Guiana, Suriname e Guiana Francesa de outro. A superfcie aplainada doalto rio Branco (vales do Tacutu e do Rupununi) divide o sistema em doismacios: o Oriental, com as serras de Tumucumaque e Acara, mais baixo,com altitudes quase sempre inferiores a 600m; e o Ocidental, mais elevado,que recebe denominaes como serra de Pacaraima, Parima, Urucuzeiro,Tapirapec e Imeri, onde se encontram os pontos culminantes do relevobrasileiro: o pico da Neblina, com 3.014m, e o Trinta e Um de Maro, com2.992m. Mais para oeste, no alto rio Negro, ocorrem apenas bossas granticasisoladas (cerro Caparro, pedra de Cuca), com menos de 500m, queemergem do peneplano coberto de florestas.O sistema Brasileiro ocupa rea muito maior que o Parima. Est subdivididoem provncias fisiogrficas ou geomrficas. O macio Atlnticoabrange as serras cristalinas que ficam a leste das escarpas sedimentaresdo planalto Meridional, e tomam as denominaes gerais de serra do Mar eserra da Mantiqueira. A primeira acompanha a costa brasileira desde obaixo Paraba, perto do municpio de Campos dos Goitacases RJ at o sulde Santa Catarina; a serra da Mantiqueira fica um pouco mais para o interior,e estende-se de So Paulo at Bahia.A serra do Mar mostra um conjunto de cristas paralelas entre o litoralsul do estado do Rio de Janeiro e o mdio Paraba: Gvea, Po de Acar,Corcovado, Tijuca, Pedra Branca, Jericin-Marapicu, garganta Viva daGraa, at o alinhamento principal da serra, que descamba suavementepara o leito do Paraba. Longitudinalmente, mostra o bloco levantado daserra dos rgos, ao norte da baa de Guanabara, com culminncias napedra do Sino (2.245m) e na pedra Au (2.232m) entre Petrpolis e TereAPOSTILASOPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 12 a Sua Realizaospolis, pendente para o interior. A serra da Bocaina, no estado de SoPaulo, ao contrrio, basculada em direo costa. Entre So Paulo eSantos, a serra de Cubato, com 700m de altitude, meramente a bordade um planalto.No Paran, a serra do Mar toma os nomes de Ibiteraquire, ou Verde,Negra e Graciosa, e uma verdadeira serra marginal. Em Santa Catarina,foi rebaixada e cortada de falhas, de modo que a eroso isolou morros comformato de pirmide truncada. Avana para o sul at Tubaro, onde desaparecesob sedimentos paleozicos e possantes derrames baslticos. Asserras de Tapes e Erval, no sudeste do Rio Grande do Sul, com cerca de400m de altitude, so consideradas como parte da serra do Mar apenas porsuas rochas, pois h entre elas uma soluo de continuidade.A serra da Mantiqueira composta por rochas de idade algonquiana,na maioria de origem metamrfica: gnaisse xistoso, micaxisto, quartzito,filito, itabirito, mrmore, itacolomito etc. Enquanto no interior paulista tomaos nomes locais de serra de Paranapiacaba e Cantareira, nas divisas deMinas, onde alcana as cotas mais elevadas, chamada de Mantiqueiramesmo.Durante o perodo tercirio, massas de rochas plutnicas alcalinas penetrarampelas falhas que criaram esse escarpamento e geraram os blocoselevados de Itatiaia (pico das Agulhas Negras: 2.787m) e Poos de Caldas.guas e vapores em altas temperaturas intrometeram-se tambm pelasfendas e formaram as fontes de guas termais dessa regio. A leste domacio de Itatiaia, as cristas da Mantiqueira formam alinhamentos divergentes.O mais ocidental se dirige para o centro do estado e forma uma escarpavoltada para leste, que eleva as cotas a mais de mil metros. O ramomais oriental forma a divisa entre Minas Gerais e Esprito Santo at o valedo rio Doce, elevando-se na serra da Chibata ou Capara, at 2.890m, nopico da Bandeira.No centro de Minas Gerais, outro bloco elevado assume forma quadrangular,constitudo de rochas ricas em ferro, de alto teor. Toma nomeslocais de serra do Curral, ao norte; do Ouro Branco, ao sul; de Itabirito, aleste, e da Moeda, a oeste. O ramo oriental se prolonga para o norte doestado, com o nome de serra do Espinhao, que divide as guas da baciado So Francisco das que vertem diretamente no Atlntico. Com a mesmafuno e direo geral e estrutura semelhantes, a Mantiqueira estende-seat o norte da Bahia, onde recebe as denominaes de chapada Diamantina,serra do Tombador e serra da Jacobina.Planaltos e escarpas. No sul do Brasil, o relevo de planaltos e escarpascomea do primeiro planalto, de Curitiba, com cerca de 800m, at umaescarpa de 1.100m, constituda de arenito Furnas. O segundo planalto ode Ponta Grossa. A escarpa oriental denominada Serrinha, e tem nomeslocais como os de serra do Purun e Itaiacoca. A oeste do planalto erguesenova escarpa, com cota de 1.300m, que vai do sul de Gois e MatoGrosso at a Patagnia. A superfcie desse derrame de cerca de ummilho de quilmetros quadrados. O planalto descamba novamente paraoeste, at cotas de 200 e 300m na barranca do rio Paran. Este o terceiroplanalto, chamado de planalto basltico ou planalto de Guarapuava. Aescarpa que o limita a leste chama-se serra da Esperana.No Rio Grande do Sul, a nica escarpa conspcua a da serra Geral,que abrange desde 1.200m, nos Aparados da Serra, at cotas entre 50 e200m, no vale mdio do Uruguai. Em So Paulo, os sedimentos paleozicosno formam uma escarpa, mas uma depresso perifrica, na base dacuesta basltica: a serra de Botucatu. Mato Grosso apresenta trs frentesde cuesta: a devoniana, de arenito Furnas (serras de So Jernimo eCoroados ou So Loureno); a carbonfera, de arenito Aquidauana (serrados Alcantilados); e a eojurssica (serras de Maracaju e Amamba).O relevo do Nordeste, ao norte da grande curva do rio So Francisco, constitudo essencialmente por dois vastos pediplanos em nveis diferentes.O mais elevado corresponde ao planalto da Borborema, de 500 a 600m,que se estende do Rio Grande do Norte a Pernambuco. Em Alagoas e nobrejo paraibano, sua superfcie cortada por vales profundos. O pediplanomais baixo, com menos de 400m, difunde-se por quase todo o Cear, oestedo Rio Grande do Norte e Paraba e norte da Bahia. Dele se erguem elevaesisoladas de dois tipos:(1) chapadas arenticas de topo plano, como ado Araripe, (600-700m) entre Cear e Pernambuco e a do Apodi (100-200m), entre Cear e Rio Grande do Norte; e (2) serras cristalinas de rochadura, como as de Baturit, Uruburetama e Meruoca, no Cear.Nos planaltos e chapadas do centro-oeste predominam as linhas horizontais,que alcanam cotas de 1.100 a 1.300m no sudeste, desde a serrada Canastra, em Minas Gerais, at a chapada dos Veadeiros, em Gois,passando pelo Distrito Federal. Seus vales so largos, com vertentessuaves; s os rios de grande caudal, como o Paran (bacia Amaznica),Paranaba (bacia do Prata) e Abaet (bacia do So Francisco), cavamneles vales profundos. No sudeste do planalto central, a uniformidade dorelevo resulta de longo trabalho de eroso em rochas proterozicas. Asaltitudes dos planaltos vo baixando para o norte e noroeste medida quedescem em degraus para a plancie amaznica: 800-900m na serra Geralde Gois; 700-800m nas serras dos Parecis e Pacas Novos, em Rondnia;500m e pouco mais na serra do Cachimbo.Plancies. Existem trs plancies no Brasil, em volta do sistema Brasileiro:a plancie Amaznica, que o separa do sistema Guiano, a plancielitornea e a plancie do Prata, ou Platina. A Amaznica, em quase todasua rea, formada de tabuleiros regulares, que descem em degraus emdireo calha do Amazonas. A plancie litornea estende-se como umafmbria estreita e contnua da costa do Piau ao Rio de Janeiro, constitudade tabuleiros e da plancie holocnica.Apenas dois prolongamentos da plancie do Prata atingem o Brasil: noextremo sul, a campanha gacha, e no sudoeste, o pantanal matogrossense.Ao sul da depresso transversal do Rio Grande do Sul, a campanha uma baixada com dois nveis de eroso: o mais alto forma umplat com cerca de 400m de altitude na regio de Lavras e Caapava doSul; o mais baixo aplainou o escudo cristalino com ondulaes suaves -- ascoxilhas. O pantanal mato-grossense uma fossa tectnica, aproveitadapelo rio Paraguai e seus afluentes, que a inundam em parte durante asenchentes, para atingir o rio da Prata.ClimaO Brasil um pas essencialmente tropical: a linha do equador passaao norte, junto a Macap AP e a Grande So Paulo fica na linha de Capricrnio.A zona temperada do sul compreende apenas o vrtice meridionaldo Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, a maior parte do Paran e oextremo-sul de So Paulo e do Mato Grosso do Sul. Os climas do pas seenquadram nos trs primeiros grupos da classificao de Kppen (grupodos megatrmicos, dos xerfitos e dos mesotrmicos midos), cada um dosquais corresponde a um tipo de vegetao e se subdivide com base nastemperaturas e nos ndices pluviomtricos.A regio Norte do Brasil apresenta climas megatrmicos (ou tropicaischuvosos), em que os tipos predominantes so o Af (clima das florestaspluviais, com chuvas abundantes e bem distribudas) e o Am (clima dasflorestas pluviais, com pequena estao seca). Caracterizam-se por temperaturasmdias anuais elevadas, acima de 24o C, e pelo fato de que adiferena entre as mdias trmicas do ms mais quente e do mais frio semantm inferior a 2,5o C. Entretanto, a variao diurna da temperatura muito maior: 9,6o C em Belm PA, 8,7o C em Manaus AM e 13,5o C emSena Madureira AC.No sudoeste da Amaznia, as amplitudes trmicas so mais expressivasdevido ao fenmeno da friagem, que ocorre no inverno e provm dainvaso da massa polar atlntica nessa rea e acarreta uma temperaturamnima, em Sena Madureira, de 7,9o C. O total de precipitaes na Amaznia geralmente superior a 1.500mm ao ano. A regio tem trs tipos deregime de chuvas: sem estao seca e com precipitaes superiores a3.000mm ao ano, no alto rio Negro; com curta estao seca (menos de100mm mensais) durante trs meses, a qual ocorre no inverno austral edesloca-se para a primavera medida que se vai para leste; e com estiagempronunciada, de cerca de cinco meses, numa faixa transversal desdeRoraima at Altamira, no centro do Par.A regio Centro-Oeste do pas apresenta alternncia bem marcada entreas estaes seca e chuvosa, geralmente no vero, o que configura otipo climtico Aw. A rea submetida a esse tipo de clima engloba o planaltoCentral e algumas zonas entre o Norte e o Nordeste. O total anual deprecipitaes de cerca de 1.500mm, mas pode elevar-se a 2.000mm. Noplanalto Central, mais de oitenta por cento das chuvas caem de outubro amaro, quase sempre sob a forma de aguaceiros, enquanto o inverno temdois a trs meses praticamente sem chuvas.APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 13 a Sua RealizaoA temperatura mdia anual varia entre 19 e 26o C, mas a amplitudetrmica anual eleva-se at 5o C. O ms mais frio geralmente julho; o maisquente, janeiro ou dezembro. A insolao forte de dia, mas noite airradiao se faz livremente, trazendo madrugadas frias. No oeste (MatoGrosso do Sul) verificam-se tambm invases de friagem, com temperaturasinferiores a 0o C em certos lugares.No serto do Nordeste ocorre o clima semi-rido, equivalente variedadeBsh do grupo dos climas secos ou xerfitos. Abrange o mdio SoFrancisco, mas na direo oposta chega ao litoral pelo Cear e pelo RioGrande do Norte. Caem a menos de 700mm de chuva por ano. O perodochuvoso, localmente chamado inverno, embora geralmente corresponda aovero, curto e irregular. As precipitaes so rpidas mas violentas. Aestiagem dura geralmente mais de seis meses e s vezes se prolonga porum ano ou mais, nas secas peridicas, causando problemas sociais graves.As temperaturas mdias anuais so elevadas: acima de 23o C, exceto noslugares altos. Em partes do Cear e Rio Grande do Norte, a mdia vai a28o C. A evaporao intensa.Nas regies Sudeste e Sul do Brasil predominam climas mais amenos -- mesotrmicos midos -- enquadrados nas variedades Cfa, Cfb, Cwa eCwb. As temperaturas mdias mais baixas ocorrem geralmente em julho(menos de 18o C), poca em que pode haver geadas. No Sudeste, conservam-se as caractersticas tropicais modificadas pela altitude. A amplitudetrmica permanece por volta de 5o C e as chuvas mantm o regime estival,concentradas no semestre de outubro a maro.O Sul apresenta invernos brandos, geralmente com geadas; veresquentes nas reas baixas e frescos no planalto; chuvas em geral bemdistribudas. As temperaturas mdias anuais so inferiores a 18o C. Aamplitude trmica anual cresce medida que se vai para o sul. Nevesespordicas caem sobretudo nos pontos mais elevados do planalto: SoFrancisco de Paula RS, Caxias do Sul RS, So Joaquim SC, Lajes SC ePalmas PR. No oeste do Rio Grande do Sul, no entanto, ocorrem os veranicosde fevereiro, secos e quentssimos, com temperaturas das mais altasdo Brasil.HidrografiaDe acordo com o perfil longitudinal, os rios do Brasil classificam-se emdois grupos: rios de planalto, a maioria; e rios de plancie, cujos principaisrepresentantes so o Amazonas, o Paraguai e o Parnaba. O Amazonastem a mais vasta bacia hidrogrfica do mundo, em sua maior parte situadaem territrio brasileiro. tambm o rio de maior caudal do planeta. Os trsprincipais coletores da bacia do Prata -- Paran, Paraguai e Uruguai --nascem no Brasil.O Paran, constitudo pela juno dos rios Paranaba e Grande, umtpico rio de planalto, que desce em saltos: cachoeira Dourada, no Paranaba;Marimbondo, no Grande; Iguau, no rio homnimo; Urubupung, noprprio Paran (Sete Quedas, nesse rio, desapareceu com a construo darepresa de Itaipu). Os principais afluentes da margem esquerda so oTiet, o Paranapanema, o Iva e o Iguau; da margem direita, o Verde, oPardo e o Invinheima.O Uruguai formado pelos rios Pelotas e Canoas, que nascem pertoda escarpa da serra Geral. Separa o Rio Grande do Sul de Santa Catarinae da Argentina e confronta depois esse pas com o Uruguai. Seu regimeconstitui exceo no Brasil: tem enchentes na primavera. O rio Paraguainasce em Mato Grosso, no planalto central, perto de Diamantino. Apscurto trecho, penetra no pantanal, ao qual inunda parcialmente nas cheias,que ocorrem no outono. Seus principais afluentes so: pela margem esquerda,o So Loureno, o Taquari, o Miranda e o Apa; pela direita, oJauru. Em certos trechos, separa o Brasil da Bolvia e do Paraguai, at quese interna nesse pas.O rio So Francisco nasce na serra da Canastra, em Minas Gerais, ecorre nas direes gerais sul-norte e oeste-leste. chamado "rio da unidadenacional", porque liga as duas regies de mais alta densidade demogrficae mais antigo povoamento do pas: o Sudeste e a zona da Mata nordestina. um rio de planalto, que forma vrias cachoeiras: Paulo Afonso,Itaparica, Sobradinho, Pirapora. Seus principais afluentes so: na margemesquerda, o Indai, o Abaet, o Paracatu, o Pardo, o Carinhanha, o Correntee o Grande; pela direita, o Par, o Paraopeba, o das Velhas e o VerdeGrande, todos perenes. Tem enchentes de vero.Vertentes. Os demais rios tm cursos menos extensos, e por isso soagrupados em vertentes:(1) Rios da vertente setentrional, perenes, de vazo relativamentegrande e enchentes de outono. Os principais so: o Oiapoque e o Araguari(em que ocorrem as famosas "pororocas"), no Amap; o Gurupi, o Turiau,o Pindar, o Mearim, o Itapicuru e o Parnaba, no Maranho; este ltimo, nadivisa com o Piau, tem em seu delta a mais perfeita embocadura dessegnero no Brasil.(2) Rios da vertente norte-oriental, peridicos, com enchentes de outono-inverno. Os principais so: o Acara e o Jaguaribe, no Cear; o Apodiou Moor, o Piranhas ou Au, o Cear-Mirim e o Potenji, no Rio Grande doNorte; o Paraba do Norte, na Paraba; o Capibaribe, o Ipojuca e o Una, emPernambuco. Nos leitos desses rios so comuns as barragens, destinadas construo de audes.(3) Rios da vertente oriental, a maioria dos rios genuinamente baianos constituda tambm de rios peridicos, com o mximo das enchentes novero -- o Itapicuru, o Paraguau e o Contas -- alm do Vaza-Barris, naBahia e Sergipe.(4) Rios da vertente sul-oriental, perenes, com perfil longitudinal de riosde planalto e com enchentes de vero. Os principais so: o Pardo, o Jequitinhonha(Minas Gerais e Bahia), este ltimo famoso pela minerao dediamantes e pedras semipreciosas; o Doce (Minas Gerais e Esprito Santo),por cujo vale se exporta minrio de ferro; o Paraba do Sul, com bacialeiteira no vale mdio e regio aucareira no inferior; e a Ribeira do Iguape(Paran e So Paulo).(5) Rios da vertente meridional, tambm com enchentes de vero: oItaja e o Tubaro, em Santa Catarina; o Guaba, o Camaqu e o Jaguaro,no Rio Grande do Sul. Os rios de baixada no desempenham papel relevanteno sistema de transporte porque seus cursos esto afastados dasreas mais povoadas e tambm em virtude da poltica de priorizao dotransporte rodovirio. Os rios de planalto oferecem grande potencial hidreltrico.Em vista do tamanho de seu territrio, o Brasil um pas de pequenoslagos. Podem ser classificados geneticamente em trs categorias: (1) lagoscosteiros ou de barragem, formados pelo fechamento total da costa, poruma restinga ou cordo de areia, como as lagoas dos Patos, Mirim e Mangueira,no Rio Grande do Sul; Araruama, Saquarema, Maric, Rodrigo deFreitas e Jacarepagu, no estado do Rio de Janeiro. (2) Lagos fluviais oude transbordamento, formados pela acumulao de excedentes de gua daenchente de um rio, tpicos dos rios de plancie. Os principais so: no valedo Amazonas, Piorini, Sarac, Manacapuru, no Amazonas; Grande deMaicuru e Itandeua, no Par. No rio Paraguai, Uberaba, Guaba, Mandiore Cceres, no Mato Grosso. No baixo rio Doce, a lagoa Juparan, noEsprito Santo. (3) Lagos mistos, combinados dos dois tipos, como a lagoaFeia, no estado do Rio de Janeiro, a do Norte, Manguaba ou do Sul eJequi, em Alagoas.FaunaA fauna brasileira no conta com espcies de grande porte, semelhantess que se encontram nas savanas e selvas da frica. Na selva amaznicaexiste uma abundante fauna de peixes e mamferos aquticos quehabitam os rios e igaps. As espcies mais conhecidas so o pirarucu e opeixe-boi (este em vias de extino). Nas vrzeas h jacars e tartarugas(tambm ameaados de desaparecimento), bem como algumas espciesanfbias, notadamente a lontra e a capivara e certas serpentes, como asucuriju. Nas florestas em geral predominam a anta, a ona, os macacos, apreguia, o caititu, a jibia, a sucuri, os papagaios, araras e tucanos e umaimensa variedade de insetos e aracndeos.Nas caatingas, cerrados e campos so mais comuns a raposa, o tamandu,o tatu, o veado, o lobo guar, o guaxinim, a ema, a siriema, perdizese codornas, e os batrquios (rs, sapos e pererecas) e rpteis (cascavel,surucucu e jararaca). H abundncia de trmitas, que constroem montculosduros como habitao. De maneira geral, a fauna ornitolgica brasileirano encontra rival em variedade, com muitas espcies inexistentes emoutras partes do mundo. So inmeras as aves de rapina, como os gavies,as aves noturnas, como as corujas e mochos, as trepadoras, os galinceos,as pernaltas, os columbdeos e os palmpedes.APOSTILAS OPO A Sua Melhor Opo em Concursos PblicosGeografia A Opo Certa Para 14 a Sua RealizaoFloraA diversidade do clima brasileiro reflete-se claramente em sua coberturavegetal. A vegetao natural do Brasil pode ser grupada em trs domniosprincipais: as florestas, as formaes de transio e os campos ouregies abertas. As florestas se subdividem em outras trs classes, deacordo com a localizao e a fisionomia: a selva amaznica, a mata atlnticae a mata de araucrias. A primeira, denominada hilia pelo naturalistaalemo Alexander von Humboldt (do grego, hilayos, "da floresta", "selvagem") a maior mata equatorial do mundo. Reveste uma rea de cincomilhes de quilmetros quadrados, equivalente a quase o dobro do territrioda Argentina.Florestas. A hilia, do ponto de vista de sua ecologia, divide-se em:mata de igap, mata de vrzea e mata de terra firme. A primeira fica inundadadurante cerca de dez meses no ano e rica em palmeiras, como oaa (Euterpe oleracea); os solos so arenosos e no cultivveis nas condiesem que se encontram. A mata de vrzea inundada somente nasenchentes dos rios; tem muitas essncias de valor comercial e de madeirasbrancas, como a seringueira (Hevea brasiliensis), o cacaueiro (Theobromacacao), a copaba (Copaifera officinalis), a sumama (Ceiba pentandra) e ogigantesco aacu (Hura crepitans). Amata de igap e a mata de vrzea, asduas primeiras divises da hilia, tm rvores de folhas perenes. Os solosdas vrzeas so intrazonais, argilosos ou limosos.A mata de terra firme, que corresponde a cerca de noventa por centoda floresta amaznica, nunca fica inundada. uma mata plenamentedesenvolvida, composta de quatro andares de vegetao: as rvores emergentes,que chegam a cinqenta metros ou mais; a abbada foliar, geralmenteentre 20 e 35m, onde as copas das rvores disputam a luz solar; oandar arbreo inferior, entre cinco e vinte metros, com rvores adultas detroncos finos ou espcimes jovens, adaptados vida na penumbra; e osub-bosque, com samambaias e plantas de folhas largas. Cips pendentesdas rvores entrelaam os diferentes andares. Epfitas, como as orqudeas,e vegetais inferiores, como os cogumelos, liquens, fungos e musgos, convivemcom a vegetao e aumentam sua complexidade.A mata de terra firme geralmente semidecdua: dez por cento ou maisde suas rvores perdem as folhas