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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013 Resenha de Matérias Técnicas nº. 703, de 27|12|2012 Veículos pesquisados no período de: 19|12|2012 a 25|12|2012 DOU DOE-SP DOC-SP CENOFISCO FISCOSOFT IOB CRC SP LEFISC – EMPRESAS & NEGÓCIOS – VALOR – JUSTICA.SP.GOV.BR Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

Casa do Contabilista Marilia – Contabilidade€¦ · Web viewEFD CONTRIBUIÇÕES: ALTERA O MANUAL DE ORIENTAÇÃO DO LEIAUTE – ADE COFIS Nº 65, DE 20/12/2012 38 I P I: PRINCIPAIS

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São PauloPresidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013

Resenha de Matérias Técnicasnº. 703, de 27|12|2012

Veículos pesquisados no período de: 19|12|2012 a 25|12|2012

DOU – DOE-SP – DOC-SP – CENOFISCO – FISCOSOFT – IOB – CRC SP – LEFISC –

EMPRESAS & NEGÓCIOS – VALOR – JUSTICA.SP.GOV.BR

Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610).

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MATERIAL, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

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Í N D I C E

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A F E D E R A L ................................................................5

BACEN: AJUSTA NORMAS GERAIS DO CRÉDITO RURAL – PRONAMP – RES. CMN/BACEN Nº 4.163,

DE 20/12/2012................................................................................................................................................... 5

BACEN: ALTERA DISPOSIÇÕES DO PRONAF – RES. CMN/BACEN Nº 4.164, DE 20/12/2012....................6

BACEN: DIVULDA INSTRUÇÕES PARA A TROCA DE MOEDA – COM. BACEN Nº 23.276, DE 20/12/2012 7

BACEN: ESTABELECE AS CONDIÇÕES PARA CONTRATAÇÃO DOS FINANCIAMENTOS PASSÍVEIS DE

SUBVENÇÃO ECONÔMICA – RES. CMN/BACEN Nº 4.170, DE 20/12/2012..................................................8

BACEN: FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES DE ADIMPLEMENTO – RES. CMN/BACEN Nº 4.172, DE

20/12/2012......................................................................................................................................................... 8

COAF: PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS EMPRESAS DE FOMENTO MERCANTIL –

RES. COAF Nº 21, DE 20/12/2012.................................................................................................................... 9

COAF: PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS NOS

CASOS QUE ESPECIFICA – RES. COAF Nº 23, DE 20/12/2012...................................................................15

COAF: PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS SOCIEDADES QUE ESPECIFICA – RES. COAF

Nº 22, DE 20/12/2012...................................................................................................................................... 19

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO: ALTERAÇÕES – LEI Nº 12.760, DE 20/12/2012.............................22

CÓDIGOS DE RECEITA: INSTITUIÇÃO – ADE CODAC Nº 107, DE 18/12/2012..........................................24

CONTABILIDADE: APROVA A ITG 1000 – MODELO CONTÁBIL PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE

PEQUENO PORTE – RES. CFC Nº 1.418, DE 05/12/2012.............................................................................24

CONTABILIDADE: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) – MODELO E CONTEÚDO

– PROCEDIMENTO......................................................................................................................................... 28

DNRC: EXPEDIÇÃO DE CERTIDÕES – IN DNRC Nº 123, DE 20/12/2012....................................................34

DNRC: REGISTRO MERCANTIL – IN DNRC Nº 122, DE 20/12/2012............................................................34

EFD CONTRIBUIÇÕES: ALTERA O MANUAL DE ORIENTAÇÃO DO LEIAUTE – ADE COFIS Nº 65, DE

20/12/2012....................................................................................................................................................... 38

I P I: PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS - EXERCÍCIO DE 2013 – PROCEDIMENTO....................42

IRPF: REGIME TRIBUTÁRIO DAS OPERAÇÕES “DAY TRADE” PARA PESSOAS FÍSICAS – ROTEIRO...48

IRPF: RENDIMENTOS RECEBIDOS DO EXTERIOR – JANEIRO DE 2013 – ADE COSIT Nº 36, DE

19/12/2012....................................................................................................................................................... 55

PROFISSIONAIS DA CONTABILIDADE: RECADASTRAMENTO NACIONAL – ALTERAÇÕES – RES. CFC

Nº 1.419, DE 21/12/2012................................................................................................................................. 56

R F B: ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO-TRIBUTÁRIO DIFERENCIADO – INFORMATIVO...................56

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R F B: ESTABELECE PARÂMETROS PARA A INDICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS A SEREM

SUBMETIDAS AO ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO-TRIBUTÁRIO DIFERENCIADO – PORT. RFB Nº

2.563, DE 19/12/2012...................................................................................................................................... 57

TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES: RESTITUIÇÃO, RESSARCIMENTO, COMPENSAÇÃO E REEMBOLSO

DE TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO ADMINISTRADOS PELAS SECRETARIA DA RECEITA VFEDERAL –

PROCEDIMENTO............................................................................................................................................ 58

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E S T A D U A L ..........................................................5 9

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.758, DE 20/12/2012................................................................59

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.759, DE 20/12/2012................................................................60

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.760, DE 20/12/2012................................................................61

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.761, DE 20/12/2012................................................................61

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.762, DE 20/12/2012................................................................62

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.763, DE 20/12/2012................................................................63

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.764, DE 20/12/2012................................................................64

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.765, DE 20/12/2012................................................................64

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.766, DE 20/12/2012................................................................66

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.767, DE 20/12/2012................................................................66

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.768, DE 20/12/2012................................................................67

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.769, DE 20/12/2012................................................................68

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.770, DE 20/12/2012................................................................68

ICMS: CONTRIBUINTES QUE EXERCEM A ATIVIDADE DE COMÉRCIO VAREJISTA – PARCELAMENTO

DO ICMS DEVIDO PELAS SAÍDAS DAS MERCADORIAS PROMOVIDAS EM DEZEMBRO DE 2012 – DEC.

EST. SP Nº 58.757, DE 20/12/2012................................................................................................................. 69

ICMS: ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – ROTEIRO.................................................................................70

NOTA FISCAL: VALOR MÍNIMO PARA EMISSÃO DE VENDA A CONSUMIDOR – PERÍODO 1º DE

JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 – COM. DIR. ARRECADAÇÃO Nº 91, DE 18/12/2012..................70

UFESP: VALOR DA UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – PERÍODO 1º DE JANEIRO A 31 DE

DEZEMBRO DE 2013 – COM. DIR. ARRECADAÇÃO Nº 90, DE 18/12/2012................................................70

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A M U N I C I P A L .........................................................7 0

I S S: FEIRAS, EXPOSIÇÕES, CONGRESSOS E CONGÊNERES – PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO –

TRATAMENTO FISCAL................................................................................................................................... 71

IPTU: ATUALIZA PARA O EXERCÍCIO DE 2013 – PLANTA GENÉRICA DE VALORES – DEC. MUN. SÃO

PAULO/SP Nº 53.648, DE 20/12/2012.............................................................................................................76

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SAT – ISS: DISCIPLINA A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA AUTENTICADOR E TRANSMISSOR DE

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS – IN SMF/SP Nº 17, DE 20/12/2012...........................................................77

L E G I S L A Ç Ã O T R A B A L H I S T A E P R E V I D E N C I Á R I A .................................8 2

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.........................................................................................................................83

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS – ASPECTOS TRABALHISTAS – ROTEIRO...........................83

CAGED: INSTRUÇÕES PÁRA ENVIO - PORT. MTE Nº 2.124, DE 20/12/2012............................................90

COOPERATIVA DE TRABALHO E PRODUÇÃO – PROCEDIMENTO...........................................................91

VISTO TEMPORÁRIO A ESTRANGEIRO: DISCIPLINA A CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO DE

TRABALHO – RES. NORM. CNI Nº 99, DE 12/12/2012................................................................................105

T V C R C - S P .................................................................................................................1 0 7

ASSISTA AO PROGRAMA: “ESPAÇO TÉCNICO”........................................................................................107

M E D I A Ç Ã O E A R B I T R A G E M .................................................................................1 0 7

“MEDIDA CAUTELAR EM PROCEDIMENTO ARBITRAL” – ARTIGO..........................................................107

C U L T U R A ..........................................................................................................................1 0 8

“SUSTENTATIBILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS” – ARTIGO 108

E S P A Ç O C I D A D A N I A ................................................................................................1 0 9

CENTRO DE INTEGRAÇÃO DA CIDADANIA - CIC......................................................................................109

“UMA AÇÃO QUE VALE UM MILHÃO” – PARTICIPE...................................................................................109

E S P A Ç O : P E R G U N T A S & R E S P O S T A S ........................................................1 1 0

P: QUAIS OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA REDUÇÃO DO INTERVALO DE ALIMENTAÇÃO E

REPOUSO?................................................................................................................................................... 110

P: OS INTERVALOS CONCEDIDOS PARA DESCANSO PELAS EMPRESAS SEM PREVISÃO NA

LEGISLAÇÃO SÃO COMPUTADOS NA JORNADA DE TRABALHO?.........................................................111

P: AS EMPRESAS ESTÃO OBRIGADAS A CONCEDER INTERVALOS PARA OS EMPREGADOS

FUMAREM?................................................................................................................................................... 111

P: O QUE SÃO INTERVALOS PARA DESCANSO?.....................................................................................111

P: EM SE TRATANDO DE REGIME DE REVEZAMENTO AS HORAS TRABALHADAS SEGUIDAS AO

REPOUSO SEMANAL DE 24 HORAS, DEVE SER OBSERVADO O INTERVALO DE 11 HORAS?...........111

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

BACEN: AJUSTA NORMAS GERAIS DO CRÉDITO RURAL – PRONAMP – RES. CMN/BACEN Nº 4.163, DE 20/12/2012

Ajusta normas gerais do crédito rural e normas referentes ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 20 de dezembro de 2012, tendo em vista as disposições dos arts. 4º, inciso VI, da Lei nº 4.595, de 1964, 4º e 14 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, e 5º da Lei nº 10.186, de 12 de fevereiro de 2001, Resolveu: Art. 1º O inciso II da alínea "b" do item 9 e o inciso II da alínea "a" do item 28 da Seção 4 (Créditos de Comercialização) do Capítulo 3 (Operações) do Manual de Crédito Rural (MCR), passam a vigorar com a seguinte redação: "II - até 180 (cento e oitenta) dias, quando referentes a açaí, alho, amendoim, arroz, borracha natural, café, castanha-do-pará, casulo de seda, farinha de mandioca, fécula de mandioca, goma e polvilho, girassol, guaraná, juta ou malva embonecada, mamona em baga, milho, milho pipoca, sisal, soja, sorgo e sementes;" (NR) "II - 180 (cento e oitenta) dias para açaí, alho, amendoim, arroz, aveia, borracha natural, café, canola, castanha do Brasil, casulo de seda, cevada, farinha de mandioca, fécula de mandioca, goma e polvilho, girassol, guaraná, juta e malva embonecada e prensada, mamona em baga, milho, milho pipoca, soja, sorgo, sisal, trigo, triticale e sementes;" (NR) Art. 2º O inciso I da alínea "a" e o inciso II da alínea "d" do item 3 da Seção 1 (Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor - FGPP) do Capítulo 4 (Finalidades Especiais) do MCR, passa a vigorar com a seguinte redação: "I - nas operações com recursos controlados: açaí, algodão em pluma ou em caroço, alho, amendoim, arroz, aveia, borracha natural, café, canola, caroço de algodão, castanha-de-caju, castanhado-brasil, casulo de seda, cera de carnaúba, cevada, girassol, guaraná, juta/malva, leite, mamona, mandioca, milho, milho pipoca, sisal, sorgo, trigo, triticale e uva;" (NR) "II - 180 (cento e oitenta) dias para açaí, alho, amendoim, arroz, aveia, borracha natural, café, canola, castanha-do-brasil, casulo de seda, cevada, farinha de mandioca, fécula de mandioca, goma e polvilho, girassol, guaraná, juta e malva embonecada e prensada, mamona, milho, milho pipoca, sorgo, sisal, trigo, triticale, e para os produtos constantes no MCR 3-4-31;" (NR) Art. 3º A Seção 6 (Normas Transitórias) do Capítulo 3 (Operações) do MCR, passa a vigorar com nova redação para o item 4 e acrescida do item 12 da seguinte forma: "4 - Fica autorizado, excepcionalmente, no exercício de 2012: a) o Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários integrantes da Política de Garantia de Preços Mínimos (FEPM), nas condições previstas no MCR 3-4, aos produtores de suínos não integrados, ou suas cooperativas;

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b) o Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), nas condições previstas no MCR 4-1, no âmbito da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), para estocagem de produtos da suinocultura, adquiridos de suinocultores não integrados; c) (...) I - produto e regiões amparadas: suíno vivo, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; (...)" (NR) "12 - Fica autorizado, excepcionalmente, até 28/3/2013: a) o Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários integrantes da Política de Garantia de Preços Mínimos (FEPM), nas condições previstas no MCR 3-4, aos produtores de laranja, ou suas cooperativas; b) o Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), nas condições previstas no MCR 4-1, no âmbito da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), para estocagem de laranja ou seus derivados; c) para efeito do disposto nas alíneas "a" e "b", devem-se observar as seguintes condições específicas: I - produto amparado e unidades da federação: laranja, nos estados de São Paulo e Minas Gerais; II - período de contratação: até 28/03/2013; III - prazo máximo de vencimento: 180 (cento e oitenta dias)." (NR) Art. 4º O Capítulo 8 (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural - Pronamp) do MCR passa a vigorar com a Seção 2 (Normas transitórias) conforme redação da folha anexa a esta Resolução. Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALEXANDRE ANTONIO TOMBINIPresidente do Banco

-------------------------------------------------------------------------- TÍTULO: CRÉDITO RURAL CAPÍTULO: Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) - 8 SEÇÃO: Normas Transitórias - 2 -------------------------------------------------------------------------- 1 - A instituição financeira gestora do FCO fica autorizada, na região onde atua como gestora desse fundo, a contratar operações de investimento no âmbito do Pronamp até 28 de fevereiro de 2013, não se aplicando, para esse efeito, o disposto no MCR 8-1-4.

FONTE: Diário Oficial da União – 24/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

BACEN: ALTERA DISPOSIÇÕES DO PRONAF – RES. CMN/BACEN Nº 4.164, DE 20/12/2012

Altera disposições do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), de que trata o Capítulo 10 do Manual de Crédito Rural (MCR 10).

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 20 de dezembro de 2012, de acordo com os arts. 4º, inciso VI, da Lei nº 4.595, de 1964, 4º e 14 da Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, Resolveu: Art. 1º A alínea "h" do item 1 da Seção 2 (Beneficiários) do Capítulo 10 (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf) do Manual de Crédito Rural (MCR) passa a vigorar com a seguinte redação:

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"h) caso a renda bruta anual proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento seja superior a R$1.000,00 (um mil reais), admite-se, exclusivamente para efeito do cômputo da renda bruta anual utilizada para o cálculo do percentual de que tratam as alíneas "d" e "f" deste item, a exclusão de até R$10.000,00 (dez mil reais) da renda anual proveniente de atividades desenvolvidas por membros da família fora do estabelecimento." (NR) Art. 2º A partir de 1º de janeiro de 2013, o item 4 da Seção 2 (Beneficiários)do Capítulo 10 (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - Pronaf) do Manual de Crédito rural (MCR) passa a vigorar com a seguinte redação: "4 - (...) a) 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da produção (VBP) de açafrão, algodão-caroço, amendoim, arroz, aveia, cana-de-açúcar, centeio, cevada, feijão, fumo, girassol, grão-de-bico, mamona, mandioca, milho, soja, sorgo, trigo e triticale, bem como das atividades de apicultura, aquicultura, piscicultura, bovinocultura de corte, cafeicultura, fruticultura, pecuária leiteira, ovinocaprinocultura e sericicultura, excluída a produção destinada ao consumo pelos membros da unidade familiar; b) 30% (trinta por cento) do valor bruto da produção (VBP) das atividades de olericultura, floricultura, avicultura não integrada, suinocultura não integrada e de produtos e serviços das agroindústrias familiares e da atividade de turismo rural, excluída a produção destinada ao consumo pelos membros da unidade familiar; c) 100% (cem por cento) do valor da receita recebida da entidade integradora, quando proveniente das atividades de avicultura e suinocultura integradas ou em parceria com a agroindústria; d) 100% (cem por cento) do valor bruto da produção (VBP) proveniente da venda dos demais produtos e serviços agropecuários e não agropecuários desenvolvidos no estabelecimento, não relacionados nas alíneas "a" a "c", excluída a produção destinada ao consumo pelos membros da unidade familiar; e) 100% (cem por cento) do valor estimado dos produtos produzidos no estabelecimento destinados ao consumo pelos membros da unidade familiar, a ser apurado após a aplicação dos percentuais previstos nas alíneas "a" a "d" conforme as atividades produtivas; f) 100% (cem por cento) das demais rendas obtidas fora do estabelecimento, observado o disposto na alínea "h" do item 1." (NR) Art. 3º A Seção 18 (Normas Transitórias) do Capítulo 10 do MCR fica acrescida do item 8, com a seguinte redação: "8 - Para efeito do disposto no MCR 10-2-1, fica dispensada a comprovação de renda mínima de R$1.000,00 (um mil reais) proveniente de atividades desenvolvidas no estabelecimento, prevista na alínea "h" daquele item, para as DAP's emitidas até 30/6/2013." (NR) Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALEXANDRE ANTONIO TOMBINIPresidente do Banco

FONTE: Diário Oficial da União – 24/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

BACEN: DIVULDA INSTRUÇÕES PARA A TROCA DE MOEDA – COM. BACEN Nº 23.276, DE 20/12/2012

Divulga instruções para a troca de moeda de R$ 0,50 (cinquenta centavos), que apresenta no reverso a denominação 5 centavos e ano "2012".

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TO O Banco Central do Brasil comunica que, por falha de produção fabril na Casa da Moeda do Brasil, podem ter entrado em circulação moedas de R$ 0,50 (cinquenta centavos) que apresentam, no reverso, a denominação 5 centavos. 2. As moedas defeituosas apresentam coloração prateada, o valor de 5 centavos e a inscrição 2012 no reverso, e a figura do Barão do Rio Branco no anverso. 3. Em razão desse problema de fabricação, essas moedas não têm curso legal. 4. Assim, as instituições financeiras, ao serem demandadas, deverão efetuar a troca dessas moedas de imediato, por valor equivalente a R$ 0,50 (cinquenta centavos) por unidade, e encaminhá-las, posterior-mente, ao Departamento do Meio Circulante - Mecir, para fins de ressarcimento.

JOÃO SIDNEY DE FIGUEIREDO FILHOChefe do Departamento do Meio Circulante

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

BACEN: ESTABELECE AS CONDIÇÕES PARA CONTRATAÇÃO DOS FINANCIAMENTOS PASSÍVEIS DE SUBVENÇÃO ECONÔMICA – RES. CMN/BACEN Nº 4.170, DE 20/12/2012

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: Diário Oficial da União – 24/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

BACEN: FORNECIMENTO DE INFORMAÇÕES DE ADIMPLEMENTO – RES. CMN/BACEN Nº 4.172, DE 20/12/2012

Dispõe sobre o fornecimento, pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, das informações de adimplemento de pessoas naturais e de pessoas jurídicas aos bancos de dados de que trata a Lei nº 12.414, de 9 de junho de 2011, para formação de histórico de crédito.

O BANCO CENTRAL DO BRASIL, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 20 de dezembro de 2012, com base nos arts. 4º, incisos VI e VIII, da referida Lei, 1º da Lei Complementar nº 130, de 17 de abril de 2009, 12, § 3º, da Lei nº 12.414, de 9 de junho de 2011, e 4º do Decreto nº 7.829, de 17 de outubro de 2012, Resolveu: Art. 1º As instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil devem repassar aos bancos de dados disciplinados pela Lei nº 12.414, de 9 de junho de 2011, e pelo Decreto nº 7.829, de 17 de outubro de 2012, as informações que compõem o histórico das operações de empréstimo e de financiamento dos seus clientes. § 1º As informações previstas no caput devem abranger também: I - operações de arrendamento mercantil; II - operações de autofinanciamento realizadas por meio dos grupos de consórcio; III - adiantamentos; e IV - outras operações com características de concessão de crédito. § 2º As informações referentes às operações previstas no inciso II devem ser repassadas pelas administradoras de consórcio responsáveis pelos respectivos grupos.

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Art. 2º As informações previstas no art. 1º devem ser repassadas, exclusivamente, a bancos de dados cujo gestor detenha patrimônio líquido mínimo de R$70.000.000,00 (setenta milhões de reais). Parágrafo único. Em se tratando de banco de dados gerido por pessoas jurídicas associadas, para os fins do disposto no caput deste artigo, devem ser observados, no que couber, os procedimentos contábeis relativos à consolidação de demonstrações financeiras. Art. 3º O repasse das informações a bancos de dados fica condicionado à expressa solicitação ou autorização do cliente para abertura de cadastro e para compartilhamento da informação, a qual pode ser efetivada diretamente às instituições mencionadas no art. 1º ou ao gestor do banco de dados, conforme termo ou cláusula que especifique esta condição. § 1º As instituições que coletarem a solicitação ou autorização para repasse das informações são responsáveis pela comprovação de sua autenticidade, devendo manter o documento físico ou eletrônico que ateste a solicitação ou autorização por, no mínimo, cinco anos. § 2º A solicitação ou autorização concedida a uma instituição se estende às demais instituições no que se refere ao repasse de informações do mesmo cliente. Art. 4º Para fins do disposto no art. 1º, compõem o histórico das operações: I - a data da concessão do empréstimo ou financiamento, ou da assunção da obrigação ou compromisso de pagamento; II - o valor original total do empréstimo ou financiamento concedido, ou da obrigação ou compromisso assumido; III - os valores das prestações de empréstimo ou financiamento, ou das parcelas das obrigações ou compromissos, indicadas as datas de vencimento; e IV - os valores pagos, mesmo que parciais, das prestações de empréstimo ou financiamento, ou das parcelas das obrigações ou compromissos, indicadas as datas de pagamento. Art. 5º No caso de venda ou transferência da operação, a obrigação de prestar a informação prevista no art. 1º será da instituição que mantiver o registro da operação em seu ativo, conforme disposto na regulamentação vigente. Art. 6º O Banco Central do Brasil baixará as instruções necessárias ao cumprimento do disposto nesta Resolução. Art. 7º As instituições referidas no art. 1º possuem prazo até 1º de agosto de 2013 para realizarem os ajustes operacionais necessários ao cumprimento do disposto nesta Resolução. Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

ALEXANDRE ANTONIO TOMBINIPresidente do Banco

FONTE: Diário Oficial da União – 24/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

COAF: PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS EMPRESAS DE FOMENTO MERCANTIL – RES. COAF Nº 21, DE 20/12/2012

(Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas empresas de fomento comercial, na forma do § 1º do art. 14 da Lei nº 9.613/1998, que dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores, e cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF.)

Ementa Oficial: "Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas empresas de fomento comercial, na forma do § 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998."

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS - COAF, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 9º do Estatuto aprovado pelo Decreto nº 2.799, de 8.10.1998, Torna Público que o Plenário do Conselho, com base no art. 7º, incisos II,

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V e VI do referido Estatuto, em sessão realizada em 5.12.2012, deliberou e aprovou a Resolução a seguir, em conformidade com as normas constantes dos arts. 9º, 10, 11 e 14, caput e § 1º, todos da Lei nº 9.613, de 3.3.1998.

Seção IDo Alcance

Art. 1º A presente Resolução tem por objetivo estabelecer normas gerais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, sujeitando-se ao seu cumprimento as empresas de fomento comercial ou mercantil (factoring), em qualquer de suas modalidades, inclusive a securitização de ativos, títulos ou recebíveis mobiliários e gestoras afins. Parágrafo único. As pessoas de que trata este artigo devem observar as disposições desta Resolução em todos os negócios e operações que realizarem, inclusive naqueles que envolverem: I - a compra ou venda de outros bens ou a prestação de outros serviços não pertinentes nem vinculados à atividade principal desenvolvida; e II - a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem seu ativo.

Seção IIDa Política de Prevenção

Art. 2º As pessoas de que trata o art. 1º devem estabelecer e implementar política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo compatível com seu porte e volume de operações, a qual deve abranger, no mínimo, procedimentos e controles destinados: I - à identificação e realização de devida diligência para a qualificação dos clientes e demais envolvidos nas operações que realizarem; II - à obtenção de informações sobre o propósito e a natureza da relação de negócios; III - à identificação do beneficiário final das operações que realizarem; IV - à identificação de operações ou propostas de operações suspeitas ou de comunicação obrigatória; V - à mitigação dos riscos de que novos produtos, serviços e tecnologias possam ser utilizados para a lavagem de dinheiro e para o financiamento do terrorismo; VI - ao enquadramento das operações que realizarem e dos clientes em categorias de risco de lavagem de dinheiro e de financiamento do terrorismo, levando em consideração, no mínimo, os seguintes critérios: a) tipos de clientes e demais envolvidos nas operações que realizam; b) tipos de produtos e serviços negociados; c) meios de pagamento utilizados; e d) forma de realização das operações; e VII - à verificação periódica da eficácia da política adotada. Parágrafo único. A política mencionada no caput deve ser formalizada expressamente, com aprovação pelo detentor de autoridade máxima de gestão, abrangendo, também, procedimentos para: I - a seleção e o treinamento de empregados; II - a disseminação do seu conteúdo ao quadro de pessoal por processos institucionalizados de caráter contínuo; III - o monitoramento das atividades desenvolvidas pelos empregados; e IV - a prevenção de conflitos entre os interesses comerciais e empresariais e os mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Art. 3º As pessoas de que trata o art. 1º devem avaliar a existência de suspeição nas propostas e/ou operações de seus clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se.

Seção IIIDa Classificação de Risco dos Clientes e das Operações

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Art. 4º Para o enquadramento dos clientes em categorias a que se refere o art. 2º, inciso VI, as pessoas de que trata o art. 1º deverão utilizar, no mínimo, as seguintes informações acerca dos respectivos clientes: I - sobre a empresa contratante: a) informações do contrato social: 1. objeto; 2. valor do capital; e 3. tempo de existência; b) atividades efetivamente desenvolvidas, inclusive tipos de bens e serviços negociados, características dos clientes e área geográfica de atuação; c) tempo de efetiva operação; d) endereço; e) demonstrações contábeis, no mínimo, do ano anterior; e f) instalações, quantidade de empregados, capacidade de geração de recebíveis e estoques; e II - sobre os sócios, representantes e procuradores da empresa contratante: a) perfil socioeconômico; b) outras atividades desenvolvidas; c) participação em outras empresas, inclusive como procurador ou detentor de qualquer outro tipo de mandato; d) nacionalidade; e) endereço residencial; e f) condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução COAF nº 16, de 28.3.2007. Parágrafo único. As pessoas de que trata o art. 1º deverão incluir na categoria de risco mais elevada, no mínimo, as seguintes pessoas: I - pessoa jurídica cujo beneficiário final não puder ser identificado ou cuja identificação for difícil ou onerosa; II - cliente cuja devida diligência não puder ser completada; III - cliente representado de modo contumaz por terceiros; IV - cliente representado por, ou de cuja composição societária ou acionária participe, pessoa domiciliada em jurisdições com deficiências estratégicas de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou região considerada de tributação favorecida; e V - cliente de qualquer forma relacionado a pessoa enquadrada em qualquer das condições previstas no art. 1º da Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007. Art. 5º Para o enquadramento das operações em categorias a que se refere o art. 2º, inciso VI, as operações de que tratam os arts. 12 e 13 deverão ser classificadas na categoria de risco mais elevada. Art. 6º A classificação do cliente na categoria de risco mais elevada não implicará necessariamente a comunicação de todas as suas operações ao COAF.

Seção IVo Cadastro de Clientes e Demais Envolvidos

Art. 7º As pessoas de que trata o art. 1º devem manter cadastro de seus clientes e dos demais envolvidos nas operações que realizarem, inclusive representantes e procuradores, em relação aos quais devem constar, no mínimo: I - para clientes classificados na categoria de risco mais baixa: a) razão social e nome de fantasia; b) número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; c) identificação dos beneficiários finais ou o registro das medidas adotadas com o objetivo de identificá-los, nos termos do art. 10, bem como seu enquadramento em qualquer das condições previstas nos incisos I, II e III do art. 1º da Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007 ou na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução COAF nº 16, de 28.3.2007; d) data de constituição; e) endereço;

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f) número de telefone; g) atividade(s) principal(is) desenvolvida(s); h) valor do faturamento em cada um dos últimos três anos; i) registro da análise que determinou a categorização de risco do cliente, nos termos do art. 4º; j) as seguintes informações sobre todos os sócios, representantes e procuradores, exceto no caso das sociedades anônimas de capital aberto, cujas informações deverão alcançar os controladores, presidente e dirigentes autorizados a praticar atos de gestão que onerem o patrimônio: 1. nome completo; 2. número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF; 3. endereço residencial e comercial, inclusive eletrônico; 4. número(s) de telefone fixo(s) e móvel(is); 5. enquadramento em qualquer das condições previstas nos incisos I, II e III do art. 1º da Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007; e 6. enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução COAF nº 16, de 28.03.2007; k) registro do propósito e da natureza da relação de negócio; l) data do cadastro e, quando for o caso, de suas atualizações; e m) as correspondências impressas e eletrônicas que disponham sobre a realização de operações; ou II - para clientes classificados na categoria de risco mais elevada: a) todas as informações previstas no inciso I; b) cópia do contrato social e alterações; c) cópia do cartão de inscrição no CNPJ; d) relatório de visita contendo informações sobre: 1. faturamento do último semestre civil, quando se tratar de micro ou pequena empresa, ou demonstrações contábeis atualizadas, para as demais; e 2. compatibilidade das instalações, quantidade de empregados, capacidade de geração de recebíveis e estoques com o faturamento; e e) cópias dos seguintes documentos sobre todos os sócios, representantes e procuradores, exceto no caso das sociedades anônimas de capital aberto, cujas informações deverão alcançar os controladores, presidente e dirigentes autorizados a praticar atos de gestão que onerem o patrimônio: 1. documento de identificação; e 2. comprovante de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF. § 1º Na(s) categoria(s) de risco intermediária(s), se houver, as pessoas de que trata o art. 1º deverão, adicionalmente ao disposto no inciso I do caput, incluir no cadastro informações ou documentos, proporcionalmente ao respectivo risco. § 2º Devem ainda constar do cadastro o registro dos procedimentos e as análises de que trata o art. 9º. Art. 8º Para a realização das operações de que trata esta Resolução, as pessoas de que trata o art. 1º deverão assegurar-se de que as informações cadastrais do cliente estejam atualizadas no momento da realização do negócio. Art. 9º As pessoas de que trata o art. 1º devem adotar procedimentos adicionais de verificação sempre que houver dúvida quanto à fidedignidade das informações constantes do cadastro ou quando houver suspeita da prática dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou de situações a eles relacionadas. Art. 10. As pessoas de que trata o art. 1º devem adotar medidas adequadas para compreenderem a composição acionária e a estrutura de controle dos clientes pessoas jurídicas, com o objetivo de identificar seu beneficiário final. Parágrafo único. Quando não for possível identificar o beneficiário final, as pessoas de que trata o art. 1º devem dispensar especial atenção à operação, avaliando a conveniência de realizá-la ou de estabelecer ou manter a relação de negócio.

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Seção VDo Registro das Operações

Art. 11. As pessoas de que trata o art. 1º devem manter registro de todos os serviços que prestarem e de todas as operações que realizarem, do qual devem constar, no minimo: I - a identificação do cliente; II - sobre o representante do cliente: a) nome do signatário do aditivo; b) CPF do signatário do aditivo; e c) cargo/função do signatário do aditivo; III - sobre a operação: a) data; b) valor bruto; c) valor líquido, se houver; d) descrição pormenorizada da diferença entre os valores bruto e líquido, se houver; e) forma e instruções de pagamento; e f) comprovante(s)/recibo(s) da quitação, contendo: 1. meio de pagamento; 2. data do pagamento; e 3. no caso de pagamento em espécie ou por meio de cheque ao portador, identificação do signatário representante da empresa e do portador; IV - sobre o lastro da operação: a) se operação de fomento comercial ou mercantil (factoring), em qualquer de suas modalidades: 1. tipos de títulos negociados; 2. identificação dos títulos negociados (número, data, valor, etc); 3. nome/razão social dos sacados; e 4. CPF/CNPJ dos sacados; ou b) se operação prevista no parágrafo único do art. 1º: 1. tipos de mercadorias, bens ou serviços comercializados, adquiridos ou alienados; 2. descrição pormenorizada das mercadorias, bens ou serviços comercializados, adquiridos ou alienados (data, valor, motivo, etc); 3. nome/razão social da contraparte na operação; e 4. CPF/CNPJ da contraparte na operação; V - registro da análise que determinou a categorização de risco da operação, nos termos do art. 5º; e VI - o registro fundamentado da decisão de proceder ou não às comunicações de que trata o art. 12, bem como das análises de que trata o art. 3º.

Seção VIDas Comunicações ao COAF

Art. 12. As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir podem configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se, devendo ser analisadas com especial atenção e, se consideradas suspeitas, comunicadas ao COAF: I - operação que aparente não ser resultante de atividades ou negócios usuais do cliente ou do seu ramo de negócio; II - operação cuja origem ou fundamentação econômica ou legal não sejam claramente aferíveis; III - operação incompatível com o patrimônio, a capacidade econômico-financeira, ou a capacidade de geração dos recebíveis do cliente; IV - operação com cliente cujo beneficiário final não é possível identificar; V - operação envolvendo pessoa jurídica domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI) de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao

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financiamento do terrorismo ou países ou dependências considerados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; VI - operação envolvendo pessoa jurídica cujos beneficiários finais, sócios, acionistas, procuradores ou representantes legais mantenham domicílio em jurisdições consideradas pelo GAFI de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências considerados pela RFB de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; VII - resistência, por parte do cliente ou demais envolvidos, ao fornecimento de informações ou prestação de informação falsa ou de difícil ou onerosa verificação, para a formalização do cadastro ou o registro da operação; VIII - atuação do cliente ou demais envolvidos, inclusive sócios e acionistas, no sentido de induzir a não realização dos registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; IX - operação da qual decorra pagamento que, por solicitação do cliente ou demais envolvidos, não seja por meio de Transferência Eletrônica Disponível - TED, Documento de Crédito - DOC, transferência entre contas ou cheque nominativo; X - operação envolvendo pagamento a terceiro, mesmo quando autorizado pelo cliente, desde que não destinado, comprovadamente, a fornecedor de bens ou serviços do cliente, ou recebimento oriundo de terceiro que não o sacado; XI - pagamento distribuído entre várias pessoas ou utilizando diferentes meios; XII - operação lastreada em títulos ou recebíveis falsos ou negócios simulados; XIII - operação em que o cliente dispense vantagens, prerrogativas ou condições especiais normalmente consideradas valiosas para qualquer cliente; XIV - quaisquer tentativas de burlar os controles e registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, inclusive mediante: a) fracionamento; b) pagamento em espécie; c) pagamento por meio de cheque emitido ao portador; ou d) outros meios; XV - outras situações designadas em ato do Presidente do COAF; e XVI - quaisquer outras operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio e forma de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se. Art. 13. As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao COAF, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração: I - qualquer operação que envolva o pagamento ou recebimento de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), ou equivalente em outra moeda, em espécie, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas de que trata o art. 1º; II - qualquer operação que envolva o pagamento ou recebimento de valor igual ou superior a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas de que trata o art. 1º; III - qualquer das hipóteses previstas na Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007; e IV - outras situações designadas em ato do Presidente do COAF. Art. 14. Caso não sejam identificadas, durante o ano civil, operações ou propostas a que se referem os arts. 12 e 13, as pessoas de que trata o art. 1º devem declarar tal fato ao COAF até o dia 31 de janeiro do ano seguinte. Art. 15. As comunicações de que tratam os arts. 12 e 13, bem como a declaração de que trata o art. 14, devem ser efetuadas em meio eletrônico no sítio do COAF, no endereço www.coaf.fazenda. gov.br, de acordo com as instruções ali definidas. Parágrafo único. As informações fornecidas ao COAF serão protegidas por sigilo.

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Seção VIIDa Guarda e Conservação de Registros e Documentos

Art. 16. As pessoas de que trata o art. 1º devem conservar os cadastros e registros de que tratam os arts. 7º e 11, bem como as correspondências de que trata o art. 7º, por no mínimo 5 (cinco) anos, contados do encerramento da relação contratual com o cliente.

Seção VIIIDas Disposições Finais

Art. 17. Os procedimentos para apuração de suspeição devem ser recorrentes, inclusive, quando necessário, com a realização de outras diligências além das expressamente previstas nesta Resolução. Art. 18. A utilização de informações existentes em bancos de dados de entidades públicas ou privadas não substitui nem supre as exigências previstas nos artigos 7º, 8º, 9º, e 10, admitido seu uso para, em caráter complementar, confirmar dados e informações previamente coletados. Art. 19. As pessoas de que trata o art. 1º devem cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no sítio do COAF, de acordo com as instruções ali definidas. Art. 20. As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista no art. 11 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa. Art. 21. As pessoas de que trata o art. 1º, bem como os seus administradores, que deixarem de cumprir as obrigações desta Resolução sujeitam-se às sanções previstas no art. 12 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998. Art. 22. De modo a aprimorar os controles de que trata esta Resolução, em especial o estabelecimento da política a que se refere o art. 2º, e para os fins referidos nos arts. 3º e 12, as pessoas de que trata o art. 1º devem acompanhar no sítio do COAF a divulgação de informações adicionais, bem como aquelas relativas às localidades de que tratam os incisos V e VI do art. 12. Art. 23. As pessoas de que trata o art. 1º deverão atender às requisições formuladas pelo COAF na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas. Art. 24. Fica o Presidente do COAF autorizado a expedir instruções complementares para o cumprimento desta Resolução. Art. 25. Esta Resolução entrará em vigor em 1.3.2013, quando ficarão revogadas a Resolução nº 13, de 30.9.2005, e a Resolução nº 20, de 29.8.2012.

ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

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COAF: PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS NOS CASOS QUE ESPECIFICA – RES. COAF Nº 23, DE 20/12/2012

(Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas pessoas físicas ou jurídicas que comercializam jóias, pedras e metais preciosos, na forma do § 1º do art. 14 da Lei nº 9.613/1998, que dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores, e cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF.)

Ementa Oficial: "Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas pessoas físicas ou jurídicas que comercializam jóias, pedras e metais preciosos, na forma do § 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998."

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS - COAF, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 9º do Estatuto aprovado pelo Decreto nº 2.799, de 8.10.1998, Torna Público que o Plenário do Conselho, com base no art. 7º, incisos II, V e VI do referido Estatuto, em sessão realizada em 5.12.2012, deliberou e aprovou a

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Resolução a seguir, em conformidade com as normas constantes dos arts. 9º, 10, 11 e 14, caput e § 1º, todos da Lei nº 9.613, de 3.3.1998.

Seção IDo Alcance

Art. 1º A presente Resolução tem por objetivo estabelecer normas gerais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, sujeitando-se ao seu cumprimento as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem por qualquer meio, inclusive leilões, jóias, pedras e metais preciosos, próprios ou de terceiros, incluindo aqueles dados em garantia. Parágrafo único. As pessoas de que trata este artigo que tenham como atividade principal o comércio de jóias, pedras e metais preciosos devem observar a presente Resolução em todas as operações e negócios que realizarem, inclusive naqueles que envolverem: I - a compra ou venda de outros bens ou a prestação de outros serviços não pertinentes nem vinculados à atividade principal desenvolvida; e II - a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem seu ativo.

Seção IIDa Política de Prevenção

Art. 2º As pessoas físicas e jurídicas de que trata o art. 1º devem estabelecer e implementar política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo compatível com seu volume de operações e, no caso das pessoas jurídicas, com seu porte, a qual deve abranger, no mínimo, procedimentos e controles destinados: I - à identificação e realização de devida diligência para a qualificação dos clientes, e demais envolvidos nas operações que realizarem; II - à identificação do beneficiário final das operações que realizarem; III - à identificação de operações ou propostas de operações suspeitas ou de comunicação obrigatória; IV - à mitigação dos riscos de que novos produtos, serviços e tecnologias possam ser utilizados para a lavagem de dinheiro e para o financiamento do terrorismo; e V - à verificação periódica da eficácia da política adotada. § 1º A política mencionada no caput deve ser formalizada expressamente, com aprovação pelo detentor de autoridade máxima de gestão, abrangendo, também, procedimentos para: I - a seleção e o treinamento de empregados; II - a disseminação do seu conteúdo ao quadro de pessoal por processos institucionalizados de caráter contínuo; III - o monitoramento das atividades desenvolvidas pelos empregados; e IV - a prevenção de conflitos entre os interesses comerciais/ empresariais e os mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. § 2º As disposições do § 1º deste artigo não se aplicam às pessoas físicas e às jurídicas enquadradas no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES NACIONAL. Art. 3º As pessoas de que trata o art. 1º devem avaliar a existência de suspeição nas propostas e/ou operações de seus clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se.

Seção IIIDo Cadastro de Clientes e Demais Envolvidos

Art. 4º Nas operações de valor igual ou superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), as pessoas de que trata o art. 1º devem manter cadastro de seus clientes e dos demais envolvidos, inclusive representantes e procuradores, em relação aos quais devem constar, no mínimo: I - se pessoa física: a) nome completo; b) número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF;

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c) número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil; d) enquadramento em qualquer das condições previstas nos incisos I, II e III do art. 1º da Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007; e e) enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução COAF nº 16, de 28.3.2007; ou II - se pessoa jurídica: a) razão social e nome de fantasia; b) número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; c) nome completo, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF e número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil, do(s) seu(s) preposto(s); e d) identificação dos beneficiários finais, nos casos em que a soma das operações, no período de seis meses, ultrapassar, o montante de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ou o registro das medidas adotadas com o objetivo de identificá-los, nos termos do art. 7º, bem como o enquadramento em qualquer das condições previstas nos incisos I, II e III do art. 1º da Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007 ou na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução COAF nº 16, de 28.3.2007; III - data do cadastro e, quando for o caso, de suas atualizações; e IV - as correspondências impressas e eletrônicas que disponham sobre a realização de operações. Parágrafo único. Devem ainda constar do cadastro o registro dos procedimentos e as análises de que trata o art. 6º. Art. 5º Para a realização das operações de que trata esta Resolução, as pessoas de que trata o art. 1º deverão assegurar-se de que as informações cadastrais do cliente estejam atualizadas no momento da realização do negócio. Art. 6º As pessoas de que trata o art. 1º devem adotar procedimentos adicionais de verificação sempre que houver dúvida quanto à fidedignidade das informações constantes do cadastro ou quando houver suspeita da prática dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou de situações a eles relacionadas. Art. 7º As pessoas de que trata o art. 1º devem adotar medidas adequadas para compreenderem a composição acionária e a estrutura de controle dos clientes pessoas jurídicas, com o objetivo de identificar seu beneficiário final na situação prevista na alínea "d", do inciso II do art. 4º. Parágrafo único. Quando não for possível identificar o beneficiário final, as pessoas de que trata o art. 1º devem dispensar especial atenção à operação, avaliando a conveniência de realizá-la ou de estabelecer ou manter a relação de negócio.

Seção IVDo Registro das Operações

Art. 8º As pessoas de que trata o art. 1º devem manter registro de todas as operações que realizarem, do qual devem constar, no mínimo: I - a identificação do cliente; II - descrição pormenorizada das mercadorias; III - valor da operação; IV - data da operação; V - forma de pagamento; VI - meio de pagamento; e VII - o registro fundamentado da decisão de proceder às comunicações de que trata o art. 9º, bem como das análises de que trata o art. 3º.

Seção VDas Comunicações ao COAF

Art. 9º As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao COAF, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração:

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I - qualquer operação ou conjunto de operações de um mesmo cliente no período de seis meses, que envolva o pagamento ou recebimento de valor igual ou superior a R$ 30.000,00 (trinta mil reais), ou equivalente em outra moeda, em espécie, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem o ativo das pessoas de que trata o art. 1º; II - qualquer das hipóteses previstas na Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007; e III - outras situações designadas em ato do Presidente do COAF. Art. 10. Adicionalmente ao disposto no artigo 9º, deverão ser comunicadas ao COAF quaisquer operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio e forma de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se. Art. 11. Caso não sejam identificadas, durante o ano civil, operações ou propostas a que se referem os arts. 9º e 10, as pessoas de que trata o art. 1º devem declarar tal fato ao COAF até o dia 31 de janeiro do ano seguinte. Art. 12. As comunicações de que tratam os arts. 9º e 10, bem como a declaração de que trata o art. 11 devem ser efetuadas em meio eletrônico no sítio do COAF, no endereço www.coaf.fazenda.gov.br, de acordo com as instruções ali definidas. Parágrafo único. As informações fornecidas ao COAF serão protegidas por sigilo.

Seção VIDa Guarda e Conservação de Registros e Documentos

Art. 13. As pessoas de que trata o art. 1º devem conservar os cadastros e registros de que tratam os arts. 4º e 8º, bem como as correspondências de que trata o art. 4º, por no mínimo 5 (cinco) anos, contados do encerramento da relação contratual com o cliente.

Seção VIIDas Disposições Finais

Art. 14. Os procedimentos para apuração de suspeição devem ser recorrentes, inclusive, quando necessário, com a realização de outras diligências além das expressamente previstas nesta Resolução. Art. 15. A utilização de informações existentes em bancos de dados de entidades públicas ou privadas não substitui nem supre as exigências previstas nos artigos 4º, 5º, 6º, e 7º, admitido seu uso para, em caráter complementar, confirmar dados e informações previamente coletados. Art. 16. As pessoas de que trata o art. 1º devem cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no sítio do COAF, de acordo com as instruções ali definidas. Art. 17. As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista no art. 11 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa. Art. 18. As pessoas de que trata o art. 1º, bem como os seus administradores, que deixarem de cumprir as obrigações desta Resolução sujeitam-se às sanções previstas no art. 12 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998. Art. 19. De modo a aprimorar os controles de que trata esta Resolução, em especial o estabelecimento da política a que se refere o art. 2º, e para os fins referidos nos art. 3º e 9º, as pessoas de que trata o art. 1º devem acompanhar no sítio do COAF a divulgação de informações adicionais, bem como aquelas relativas a jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI) de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências considerados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado. Art. 20. As pessoas de que trata o art. 1º deverão atender às requisições formuladas pelo COAF na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas. Art. 21. Fica o Presidente do COAF autorizado a expedir instruções complementares para o cumprimento desta Resolução. Art. 22. Esta Resolução entrará em vigor em 1.6.2013, quando ficará revogada a Resolução nº 4, de 2.6.1999.

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ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

COAF: PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS PELAS SOCIEDADES QUE ESPECIFICA – RES. COAF Nº 22, DE 20/12/2012

(Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas sociedades que efetuem, direta ou indiretamente, distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis ou imóveis mediante a exploração de loterias de que trata o Decreto-Lei nº 204/1967, na forma do § 1º do art. 14 da Lei nº 9.613/1998, que dispõe sobre os crimes de "lavagem" ou ocultação de bens, direitos e valores, e cria o Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF.)

Ementa Oficial: "Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas sociedades que efetuem, direta ou indiretamente, distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis ou imóveis mediante a exploração de loterias de que trata o Decreto-Lei nº 204, de 27.2.1967, na forma do § 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998."

O PRESIDENTE DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS - COAF, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do art. 9º do Estatuto aprovado pelo Decreto nº 2.799, de 8.10.1998, torna público que o Plenário do Conselho, com base no art. 7º, incisos II, V e VI do referido Estatuto, em sessão realizada em 5.12.2012, deliberou e aprovou a Resolução a seguir, em conformidade com as normas constantes dos arts. 9º, 10, 11 e 14, caput e § 1º, todos da Lei nº 9.613, de 3.3.1998.

Seção IDo Alcance

Art. 1º A presente Resolução tem por objetivo estabelecer normas gerais de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, sujeitando-se ao seu cumprimento as sociedades que efetuem, direta ou indiretamente, distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis ou imóveis mediante a exploração de loterias de que trata o Decreto-Lei nº 204/67, de 27.2.1967. Parágrafo único. As pessoas de que trata este artigo que tenham como atividade principal a distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis ou imóveis mediante a exploração de loterias devem observar as disposições desta Resolução em todos os negócios e operações que realizarem, inclusive naqueles que envolverem: I - a compra ou venda de outros bens ou a prestação de outros serviços não pertinentes nem vinculados à atividade principal desenvolvida; e II - a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que integrem seu ativo.

Seção IIDa Política de Prevenção

Art. 2º As pessoas de que trata o art. 1º devem estabelecer e implementar política de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo compatível com seu porte e volume de operações, a qual deve abranger, no mínimo, procedimentos e controles destinados: I - à realização de devida diligência para a qualificação dos clientes e demais envolvidos nas operações que realizarem, quando for obrigatória a identificação do ganhador, conforme regulamentação em vigor; II - à identificação do beneficiário final das operações que realizarem; III - à identificação de operações ou propostas de operações suspeitas ou de comunicação obrigatória; IV - à verificação periódica da atuação dos seus permissionários e/ou prepostos;

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V - à mitigação dos riscos de que novos produtos, serviços e tecnologias possam ser utilizados para a lavagem de dinheiro e para o financiamento do terrorismo; e VI - à verificação periódica da eficácia da política adotada. Parágrafo único. A política mencionada no caput deve ser formalizada expressamente, com aprovação pelo detentor de autoridade máxima de gestão, abrangendo, também, procedimentos para: I - a seleção e o treinamento de empregados; II - a disseminação do seu conteúdo ao quadro de pessoal por processos institucionalizados de caráter contínuo; III - o monitoramento das atividades desenvolvidas pelos empregados; e IV - a prevenção de conflitos entre os interesses comerciais e empresariais e os mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Art. 3º As pessoas de que trata o art. 1º devem avaliar a existência de suspeição nas propostas e/ou operações de seus clientes, dispensando especial atenção àquelas incomuns ou que, por suas características, no que se refere a partes envolvidas, valores, forma de realização, finalidade, complexidade, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se.

Seção IIIDo Cadastro de Clientes e Demais Envolvidos

Art. 4º As pessoas de que trata o art. 1º devem manter cadastro de seus clientes e dos demais envolvidos nas operações que realizarem, inclusive representantes e procuradores, quando houver a identificação do ganhador, em relação aos quais devem constar, no mínimo: I - nome completo; II - número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF; III - número do documento de identificação e nome do órgão expedidor ou, se estrangeiro, dados do passaporte ou carteira civil; IV - enquadramento em qualquer das condições previstas no art. 1º da Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007; V - enquadramento na condição de pessoa politicamente exposta, nos termos da Resolução COAF nº 16, de 28.3.2007; VI - data do cadastro e, quando for o caso, de suas atualizações; e VII - as correspondências impressas e eletrônicas que disponham sobre a realização de operações. Art. 5º Para a realização das operações de que trata esta Resolução, as pessoas de que trata o art. 1º deverão assegurar-se de que as informações cadastrais do cliente estejam atualizadas no momento da realização do negócio. Art. 6º As pessoas de que trata o art. 1º devem adotar procedimentos adicionais de verificação sempre que houver dúvida quanto à fidedignidade das informações constantes do cadastro ou quando houver suspeita da prática dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou de situações a eles relacionadas. Art. 7º As pessoas de que trata o art. 1º devem adotar medidas adequadas para compreenderem a composição acionária e a estrutura de controle dos concessionários e permissionários, com o objetivo de identificar seu beneficiário final. Parágrafo único. Quando não for possível identificar o beneficiário final, as pessoas de que trata o art. 1º devem dispensar especial atenção às atividades do concessionário ou permissionário, avaliando a conveniência de estabelecer ou manter a relação de negócio.

Seção IVDo Registro das Operações

Art. 8º As pessoas de que trata o art. 1º devem manter registro de toda entrega ou pagamento de prêmio em que haja a identificação do ganhador, do qual devem constar, no mínimo: I - a identificação do ganhador; II - sobre o pagamento do prêmio:

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a) tipo ou modalidade de loteria; b) número e data do concurso; c) data do pagamento do prêmio; d) valor do prêmio; e e) descrição do prêmio, se em dinheiro ou em bens e a forma e o meio de pagamento; III - sobre a unidade responsável pelo acolhimento da aposta: a) razão social e nome de fantasia; b) número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; c) nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF - do(s) seu(s) responsável(eis), permissionário(s), sócio( s) e/ou representante(s) legal(is), bem como dos efetivos beneficiários finais; e d) endereço completo (logradouro, complemento, bairro, cidade, Unidade da Federação e Código de Endereçamento Postal - CEP), e telefones; IV - sobre a unidade responsável pelo pagamento do prêmio: a) razão social e nome de fantasia; b) número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; c) endereço completo (logradouro, complemento, bairro, cidade, Unidade da Federação e Código de Endereçamento Postal - CEP), e telefones; e d) identificação do funcionário que autorizou o pagamento do prêmio; e V - o registro fundamentado da decisão de proceder ou não às comunicações de que trata o art. 9º, bem como das análises de que trata o art. 3º.

Seção VDas Comunicações ao COAF

Art. 9º As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir podem configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998, ou com eles relacionar-se, devendo ser analisadas com especial atenção e, se consideradas suspeitas, comunicadas ao COAF: I - vendas de bilhetes, acolhimentos de apostas ou pagamentos de prêmios por unidade descentralizada, por produto e deforma consolidada, em montante e/ou frequência acumulados considerados não justificados quanto à localidade, a frequencia, a quantidade e/ou o valor; II - pagamento de prêmio envolvendo pessoa domiciliada em jurisdições consideradas pelo Grupo de Ação contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI) de alto risco ou com deficiências estratégicas de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo ou países ou dependências considerados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) de tributação favorecida e/ou regime fiscal privilegiado; III - pagamento de mais de um prêmio, a uma mesma pessoa; IV - pagamento de prêmio com base em aposta máxima para a modalidade de jogo; V - resistência, por parte do cliente ou demais envolvidos, ao fornecimento de informações ou prestação de informação falsa ou de difícil ou onerosa verificação, para a formalização do cadastro ou o registro da operação; VI - atuação do cliente ou demais envolvidos no sentido de induzir a não realização dos registros exigidos pela legislação de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo; VII - outras situações designadas em ato do Presidente do COAF; e VIII - quaisquer outras operações que, considerando as partes e demais envolvidos, os valores, modo de realização e meio e forma de pagamento, ou a falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar sérios indícios da ocorrência dos crimes previstos na Lei nº 9.613, de 3.3.1998 ou com eles relacionar-se. Art. 10. As operações e propostas de operações nas situações listadas a seguir devem ser comunicadas ao COAF, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração: I - pagamento de prêmio, em espécie, de valor igual ou superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), qualquer que seja a modalidade de jogo;

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II - pagamento de prêmio, por meio de cheque emitido ao portador, de valor igual ou superior a R$ 10.000,00 (dez mil reais), qualquer que seja a modalidade de jogo; III - qualquer das hipóteses previstas na Resolução COAF nº 15, de 28.3.2007; e IV - outras situações designadas em ato do Presidente do COAF. Art. 11. Caso não sejam identificadas, durante o ano civil, operações ou propostas a que se referem os arts. 9º e 10, as pessoas de que trata o art. 1º devem declarar tal fato ao COAF até o dia 31 de janeiro do ano seguinte. Art. 12. As comunicações de que tratam os arts. 9º e 10, bem como a declaração de que trata o art. 11, devem ser efetuadas em meio eletrônico no sítio do COAF, no endereço www.coaf.fazenda.gov.br, de acordo com as instruções ali definidas. Parágrafo único. As informações fornecidas ao COAF serão protegidas por sigilo.

Seção VIDa Guarda e Conservação de Registros e Documentos

Art. 13. As pessoas de que trata o art. 1º devem conservar os cadastros e registros de que tratam os arts. 4º e 8º, bem como as correspondências de que trata o art. 4º, por no mínimo 5 (cinco) anos, contados da entrega ou do pagamento do prêmio.

Seção VIIDas Disposições Finais

Art. 14. Os procedimentos para apuração de suspeição devem ser recorrentes, inclusive, quando necessário, com a realização de outras diligências além das expressamente previstas nesta Resolução. Art. 15. A utilização de informações existentes em bancos de dados de entidades públicas ou privadas não substitui nem supre as exigências previstas nos artigos 4º, 5º, 6º, e 7º, admitido seu uso para, em caráter complementar, confirmar dados e informações previamente coletados. Art. 16. As pessoas de que trata o art. 1º devem cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no sítio do COAF, de acordo com as instruções ali definidas. Parágrafo único. Nos casos em que o acolhimento de apostas e/ou pagamento de prêmios sejam feitos por intermédio de unidades descentralizadas, inclusive por casas lotéricas e assemelhadas, fica a unidade central encarregada de manter guarda das informações relativas às unidades descentralizadas. Art. 17. As comunicações de boa-fé, feitas na forma prevista no art. 11 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998, não acarretarão responsabilidade civil ou administrativa. Art. 18. As pessoas de que trata o art. 1º, bem como os seus administradores, que deixarem de cumprir as obrigações desta Resolução sujeitam-se às sanções previstas no art. 12 da Lei nº 9.613, de 3.3.1998. Art. 19. De modo a aprimorar os controles de que trata esta Resolução, em especial o estabelecimento da política a que se refere o art. 2º, e para os fins referidos nos arts. 3º e 9º, as pessoas de que trata o art. 1º devem acompanhar no sítio do COAF a divulgação de informações adicionais, bem como aquelas relativas às localidades de que trata o inciso II do art. 9º. Art. 20. As pessoas de que trata o art. 1º deverão atender às requisições formuladas pelo COAF na periodicidade, forma e condições por ele estabelecidas, cabendo-lhe preservar, nos termos da lei, o sigilo das informações prestadas. Art. 21. Fica o Presidente do COAF autorizado a expedir instruções complementares para o cumprimento desta Resolução. Art. 22. Esta Resolução entrará em vigor em 1.6.2013, quando ficará revogada a Resolução nº 18, de 26.8.2009.

ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

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CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO: ALTERAÇÕES – LEI Nº 12.760, DE 20/12/2012

Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Os arts. 165, 262, 276, 277 e 306 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, passam a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 165. (...) (...) Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses. Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. 270 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de Trânsito Brasileiro. Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses."(NR) "Artigo 262. (...) (...) § 5º O recolhimento ao depósito, bem como a sua manutenção, ocorrerá por serviço público executado diretamente ou contratado por licitação pública pelo critério de menor preço."(NR) "Artigo 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previstas no art. 165. Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerância quando a infração for apurada por meio de aparelho de medição, observada a legislação metrológica."(NR) "Artigo 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência. § 1º (Revogado). § 2º A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas. (...)" (NR) "Artigo 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência: (...) § 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por: I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora. § 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova. § 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo."(NR) Art. 2º O Anexo I da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, fica acrescido das seguintes definições: "ANEXO IDOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES (...)

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AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - (...) AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, originário dos alvéolos pulmonares. (...) ESTRADA - (...) ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar. (...)" Art. 3º Fica revogado o § 1º do art. 277 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação Brasília, 20 de dezembro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEFFJOSÉ EDUARDO CARDOZO

ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHAAGUINALDO RIBEIRO

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CÓDIGOS DE RECEITA: INSTITUIÇÃO – ADE CODAC Nº 107, DE 18/12/2012

Dispõe sobre a instituição de códigos de receita para os casos que especifica.

O Coordenador-Geral de Arrecadação e Cobrança Substituto, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 312 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012 , e tendo em vista o disposto no § 2º e no caput do art. 39 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964 , e nos arts. 876 , 884 e 885 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 , Declara: Art. 1º Ficam instituídos os seguintes códigos de receita para serem utilizados no preenchimento de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf): I - 3399 - Devolução de Restituição Indevida - II - Não Tributário; II - 3407 - Devolução de Restituição Indevida - IE - Não Tributário; III - 3412 - Devolução de Restituição Indevida - ITR - Não Tributário; IV - 3413 - Devolução de Restituição Indevida - IPI - Não Tributário; V - 3436 - Devolução de Restituição Indevida - IOF - Não Tributário; VI - 3442 - Devolução de Restituição Indevida - CSLL - Não Tributário; VII - 3459 - Devolução de Restituição Indevida - CIDE - Não Tributário; e VIII - 3465 - Devolução de Restituição Indevida - PIS/Pasep - Não Tributário. Art. 2º Este Ato Declaratório Executivo entra em vigor na data de sua publicação.

MARCUS VINICIUS MARTINS QUARESMA

FONTE: Diário Oficial da União – 19/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: APROVA A ITG 1000 – MODELO CONTÁBIL PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE – RES. CFC Nº 1.418, DE 05/12/2012

Aprova a ITG 1000 - Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.

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O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea "f" do Art. 6º do Decreto-Lei nº 9.295/46, alterado pela Lei nº 12.249/10, Resolve: Art. 1º Aprovar a ITG 1000 - Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de janeiro de 2012.

Ata CFC nº 972JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO

Presidente do Conselho ANEXO

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADEITG 1000 - MODELO CONTÁBIL PARA MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO

PORTE Alcance 1.Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos simplificados a serem observados pelas entidades definidas e abrangidas pela NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, que optarem pela adoção desta Interpretação, conforme estabelecido no item 2. 2.Esta Interpretação é aplicável somente às entidades definidas como "Microempresa e Empresa de Pequeno Porte", conforme definido no item 3. 3.Para fins desta Interpretação, entende-se como "Microempresa e Empresa de Pequeno Porte" a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada ou o empresário a que se refere o Art. 966 da Lei nº 10.406/02, que tenha auferido, no ano calendário anterior, receita bruta anual até os limites previstos nos incisos I e II do Art. 3º da Lei Complementar nº 123/06. 4.A adoção dessa Interpretação não desobriga a microempresa e a empresa de pequeno porte a manutenção de escrituração contábil uniforme dos seus atos e fatos administrativos que provocaram, ou possam vir a provocar, alteração do seu patrimônio. 5.A microempresa e a empresa de pequeno porte que optarem pela adoção desta Interpretação devem avaliar as exigências requeridas de outras legislações que lhe sejam aplicáveis. 6.A microempresa e a empresa de pequeno porte que não optaram pela adoção desta Interpretação devem continuar a adotar a NBC TG 1000 ou as Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas Gerais completas, quando aplicável. Definições 7.As definições de termos utilizados nesta Interpretação constam no Glossário de Termos, incluído na NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas, aprovado pela Resolução CFC nº 1.285/10. Escrituração 8.A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade, aprovados pela Resolução CFC nº 750/93, e em conformidade com as disposições contidas nesta Interpretação. 9.As receitas, as despesas e os custos do período da entidade devem ser escriturados contabilmente, de acordo com o regime de competência. 10.Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos diariamente. É permitido, contudo, que os lançamentos sejam feitos ao final de cada mês, desde que tenham como suporte os livros ou outros registros auxiliares escriturados em conformidade com a ITG 2000 - Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/ 11. 11.Para transações ou eventos materiais que não estejam cobertos por esta Interpretação, a entidade deve utilizar como referência os requisitos apropriados estabelecidos na ITG 2000 - Escrituração Contábil e na NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas.

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12.Para salvaguardar a sua responsabilidade, o profissional da Contabilidade deve obter Carta de Responsabilidade da administração da entidade para a qual presta serviços, podendo, para tanto, seguir o modelo sugerido no Anexo 1 desta Interpretação. 13.A Carta de Responsabilidade deve ser obtida conjuntamente com o contrato de prestação de serviços contábeis de que trata a Resolução CFC nº 987/03 e renovada ao término de cada exercício social. 14.A Carta de Responsabilidade tem por objetivo salvaguardar o profissional da Contabilidade no que se refere a sua responsabilidade pela realização da escrituração contábil do período-base encerrado, segregando-a e distinguindo-a das responsabilidades da administração da entidade, sobretudo no que se refere à manutenção dos controles internos e ao acesso às informações. Critérios e procedimentos contábeis 15.O custo dos estoques deve compreender todos os custos de aquisição, transformação e outros custos incorridos para trazer os estoques ao seu local e condição de consumo ou venda. 16 O custo dos estoques deve ser calculado considerando os custos individuais dos itens, sempre que possível. Caso não seja possível, o custo dos estoques deve ser calculado por meio do uso do método "Primeiro que Entra, Primeiro que Sai" (PEPS) ou o método do custo médio ponderado. A escolha entre o PEPS e o custo médio ponderado é uma política contábil definida pela entidade e, portanto, esta deve ser aplicada consistentemente entre os períodos. 17.Os estoques devem ser mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. Para estoques de produtos acabados, o valor realizável líquido corresponde ao valor estimado do preço de venda no curso normal dos negócios menos as despesas necessárias estimadas para a realização da venda. Para estoques de produtos em elaboração, o valor realizável líquido corresponde ao valor estimado do preço de venda no curso normal dos negócios menos os custos estimados para o término de sua produção e as despesas necessárias estimadas para a realização da venda. 18.Um item do ativo imobilizado deve ser inicialmente mensurado pelo seu custo. O custo do ativo imobilizado compreende o seu preço de aquisição, incluindo impostos de importação e tributos não recuperáveis, além de quaisquer gastos incorridos diretamente atribuíveis ao esforço de trazê-lo para sua condição de operação. Quaisquer descontos ou abatimentos sobre o valor de aquisição devem ser deduzidos do custo do imobilizado. 19.O valor depreciável (custo menos valor residual) do ativo imobilizado deve ser alocado ao resultado do período de uso, de modo uniforme ao longo de sua vida útil. É recomendável a adoção do método linear para cálculo da depreciação do imobilizado, por ser o método mais simples. 20.Se um item do ativo imobilizado apresentar evidências de desvalorização, passando a ser improvável que gerará benefícios econômicos futuros ao longo de sua vida útil, o seu valor contábil deve ser reduzido ao valor recuperável, mediante o reconhecimento de perda por desvalorização ou por não recuperabilidade (impairment). 21.São exemplos de indicadores da redução do valor recuperável, que requerem o reconhecimento de perda por desvalorização ou por não recuperabilidade: (a) declínio significativo no valor de mercado; (b) obsolescência; (c) quebra. 22.Terreno geralmente possui vida útil indefinida e, portanto, não deve ser depreciado. Edificação possui vida útil limitada e, portanto, deve ser depreciado. 23.As receitas de venda de produtos, mercadorias e serviços da entidade devem ser apresentadas líquidas dos tributos sobre produtos, mercadorias e serviços, bem como dos abatimentos e devoluções, conforme exemplificado no Anexo 3 desta Interpretação. 24.A receita de prestação de serviço deve ser reconhecida na proporção em que o serviço for prestado. 25.Quando houver incerteza sobre o recebimento de valor a receber de clientes, deve ser feita uma estimativa da perda. A perda estimada com créditos de liquidação duvidosa deve ser

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reconhecida no resultado do período, com redução do valor a receber de clientes por meio de conta retificadora denominada "perda estimada com créditos de liquidação duvidosa". Demonstrações contábeis 26.A entidade deve elaborar o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado e as Notas Explicativas ao final de cada exercício social. Quando houver necessidade, a entidade deve elaborá-los em períodos intermediários. 27.A elaboração do conjunto completo das Demonstrações Contábeis, incluindo além das previstas no item 26, a Demonstração dos Fluxos de Caixa, a Demonstração do Resultado Abrangente e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, apesar de não serem obrigatórias para as entidades alcançadas por esta Interpretação, é estimulada pelo Conselho Federal de Contabilidade. 28.As Demonstrações Contábeis devem ser identificadas, no mínimo, com as seguintes informações: (a) a denominação da entidade; (b) a data de encerramento do período de divulgação e o período coberto; e (c) a apresentação dos valores do período encerrado na primeira coluna e na segunda, dos valores do período anterior. 29 No Balanço Patrimonial, a entidade deve classificar os ativos como Ativo Circulante e Não Circulante e os passivos como Passivo Circulante e Não Circulante. 30.O Ativo deve ser classificado como Ativo Circulante quando se espera que seja realizado até 12 meses da data de encerramento do balanço patrimonial. Nos casos em que o ciclo operacional for superior a 12 meses, prevalece o ciclo operacional. 31.Todos os outros ativos devem ser classificados como Ativo Não Circulante. 32.O Passivo deve ser classificado como Passivo Circulante quando se espera que seja exigido até 12 meses da data de encerramento do balanço patrimonial. Nos casos em que o ciclo operacional for superior a 12 meses, prevalece o ciclo operacional. 33.Todos os outros passivos devem ser classificados como Passivo Não Circulante. 34.No mínimo, o Balanço Patrimonial deve incluir e evidenciar os grupos de contas apresentados no Anexo 2 desta Interpretação. 35.No mínimo, a Demonstração do Resultado deve incluir e evidenciar os grupos de contas apresentados no Anexo 3 desta Interpretação. 36.Itens adicionais, nomes de grupos e subtotais devem ser apresentados no Balanço Patrimonial ou na Demonstração do Resultado se forem relevantes e materiais para a entidade. 37.As despesas com tributos sobre o lucro devem ser evidenciadas na Demonstração do Resultado do período. 38. Quaisquer ganhos ou perdas, quando significativos, por serem eventuais e não decorrerem da atividade principal e acessória da entidade, devem ser evidenciados na Demonstração do Resultado separadamente das demais receitas, despesas e custos do período. 39.No mínimo, as Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis devem incluir: (a) declaração explícita e não reservada de conformidade com esta Interpretação; (b) descrição resumida das operações da entidade e suas principais atividades; (c) referência às principais práticas contábeis adotadas na elaboração das demonstrações contábeis; (d) descrição resumida das políticas contábeis significativas utilizadas pela entidade; (e) descrição resumida de contingências passivas, quando houver; e (f) qualquer outra informação relevante para a adequada compreensão das demonstrações contábeis. Plano de contas simplificado 40 O Plano de Contas, mesmo que simplificado, deve ser elaborado considerando-se as especificidades e natureza das operações realizadas, bem como deve contemplar as necessidades de controle de informações no que se refere aos aspectos fiscais e gerenciais. 41.O Plano de Contas Simplificado, apresentado no Anexo 4 desta Interpretação, deve conter, no mínimo, 4 (quatro) níveis, conforme segue:

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Nível 1:Ativo; Passivo e Patrimônio Líquido; e Receitas, Custos e Despesas (Contas de Resultado). Nível 2:Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido. Receitas de Venda, Outras Receitas Operacionais, Custos e Despesas Operacionais. Nível 3:Contas sintéticas que representam o somatório das contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Caixa e Equivalentes de Caixa. Nível 4:Contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Bancos Conta Movimento. 42.Uma exemplificação dos 4 (quatro) níveis descritos no item 41 é a seguinte: Nível 1 - Ativo Nível 2 - Ativo Circulante Nível 3 - Caixa e Equivalentes de Caixa Nível 4 - Bancos Conta Movimento

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CONTABILIDADE: DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) – MODELO E CONTEÚDO – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Considerações Iniciais2. Descrição da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) na Lei

das S.A.3. Conceito, Conteúdo e Estrutura da Demonstração do Resultado do

Exercício (DRE) na NBC TG 264. Modelo Básico da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)5. Análise dos Itens da DRE5.1. Receita bruta e suas deduções5.2. Vendas líquidas5.3. Custo das vendas de mercadorias e produtos ou da prestação de

serviços5.4. Lucro bruto5.5. Despesas operacionais5.6. Resultado operacional5.7. Resultado não operacional5.8. Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o

Lucro5.9. Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro5.10. Participação nos lucros5.11. Resultado do exercício (lucro ou prejuízo)5.12. Lucro por ação1. Considerações Iniciais

A demonstração do resultado é uma das demonstrações obrigatórias previstas na Lei das S.A. (art. 176, III) e no Regulamento do Imposto de Renda (art. 274), observando-se que na legislação societária a denominação é “Demonstração do Resultado do Exercício” e no RIR/99 (Decreto nº 3.000/99) “Demonstração do Resultado do Período de Apuração”.

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A primeira, referindo-se ao exercício social e a segunda ao período de apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, que poderá ser trimestral ou anual, e, ainda, em períodos que iniciam em 01 de janeiro ou na data de início de atividade até o último dia do mês em que se está levantando balanço ou balancete para fins de redução ou suspensão do recolhimento mensal por estimativa.

Como o próprio nome indica, a demonstração do resultado mostra as receitas auferidas, assim como as despesas e custos incorridos, operacionais e não operacionais, que formaram o lucro ou prejuízo no período por ela abrangido, além de também indicar a receita líquida e os lucros (ou prejuízos) bruto, operacional e líquido.

No presente trabalho, vamos tratar da demonstração do resultado do exercício de acordo com a NBC TG 26 - Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis, aprovada pela Resolução CFC nº 1.264/12 e pelo art. 187 da Lei das S.A., alterado pelas Leis nºs 9.249/95, 11.638/07 e 11.941/09.2. Descrição da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) na Lei das S.A.

O art. 187 da Lei das S.A. descreve a seguinte estrutura para a demonstração do resultado do exercício, após as alterações promovidas pelas Leis nºs 9.249/95, 11.638/07 e 11.941/09, que determinam a execução da DRE da seguinte forma:

“Art. 187 - A demonstração do resultado do exercício discriminará:I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os

impostos;II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e

o lucro bruto;III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as

despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;VI - as participações de debêntures, de empregados e administradores e partes

beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.§ 1º - Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; eb) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos”.3. Conceito, Conteúdo e Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) na NBC TG 26

A NBC TG 26.81 trata da demonstração do resultado, aplicação dessa norma do CFC é geral e não se restringe às sociedades anônimas, por ser uma norma eminentemente contábil que, além da descrição, conceitua a demonstração e esclarece sua utilidade e, também, a observância do regime de competência.

Demonstração do ResultadoA demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a

composição do resultado formado num determinado período de operações da entidade.A demonstração do resultado, observado o princípio de competência, evidenciará a

formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os correspondentes custos e despesas.

Conteúdo e EstruturaA demonstração do resultado compreenderá:

a) as receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento;b) os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a esses ganhos e receitas.

A demonstração do resultado evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada:29

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a) receitas; b) custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; c) lucro bruto; d) despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; e) parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial; f) resultado antes das receitas e despesas financeiras; g) despesas e receitas financeiras; h) resultado antes dos tributos sobre o lucro; i) despesa com tributos sobre o lucro; j) resultado líquido das operações continuadas; k) valor líquido dos seguintes itens; l) resultado líquido após tributos das operações descon-tinuadas; m) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada; n) resultado líquido do período.4. Modelo Básico da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)

Vejamos, no quadro a seguir, como seria a representação básica da demonstração do resultado do exercício, de acordo com as normas apresentadas nos itens 2 e 3:

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)RECEITA OPERACIONAL BRUTA R$ Venda de produtos (líquida do IPI) R$

Venda de mercadoria R$ Venda de serviços R$

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA R$ Abatimentos e Descontos Incondicionais R$

Devoluções e Vendas Canceladas R$ IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES INCIDENTES SOBRE

AS VENDAS OU A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSR$

ICMS R$ ISS R$

PIS-PASEP Faturamento R$ COFINS R$

VENDAS LÍQUIDAS R$ (-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos ou dos

Serviços PrestadosR$

Custo do Produto Vendido (fixo + variável) R$ Custo da Mercadoria Vendida (fixo + variável) R$

Custo do Serviço Vendido (fixo + variável) R$ = LUCRO BRUTO R$

(-) DESPESAS OPERACIONAIS R$ Despesas com Vendas R$

Salários R$ Comissões sobre Vendas R$

Encargos Sociais (INSS/FGTS) R$ Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) R$

Resultado Financeiro Líquido R$

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Juros Pagos R$ Encargos sobre Empréstimos e Financiamentos R$

Descontos Concedidos R$ Variação Monetária Passiva R$

Juros Recebidos R$ Rendimentos de Aplicações Financeiras R$

Descontos Obtidos R$ Variações Monetárias Ativas R$

Despesas Gerais R$ Despesas Administrativas R$

Honorários da Diretoria R$ Salários R$

Encargos Sociais (INSS/FGTS) R$ Seguros R$

Depreciação R$5. Análise dos Itens da DRE

O modelo apresentado limita-se ao atendimento das normas legais aqui mencionadas, podendo cada entidade efetuar as adequações que julgar necessárias, com observância das referidas normas.5.1. Receita bruta e suas deduções

As receitas próprias da operação, originadas por meio do desenvolvimento das atividades para as quais a empresa foi constituída e que estão previstas no estatuto ou contrato social, são o ponto de partida da DRE.

As receitas normalmente são segregadas em:a) venda de mercadorias, presentes nas empresas comerciais;b) venda de produtos, que são auferidas pelas indústrias;c) prestação de serviços, próprias da atividade do setor de serviços em geral.

Quando a empresa desenvolve mais de uma atividade e possui receitas de venda de mercadorias, de venda de produtos e de prestação de serviços, nos controles contábeis, em nível de contas analíticas, os valores são sempre identificados separadamente. Na DRE, o mais comum é que as receitas, mesmo de naturezas distintas, venham englobadas numa única rubrica “Receita Bruta”.5.1.1. Deduções da receita bruta

A designação “Bruta” deve-se ao fato de que as receitas auferidas pela empresa decorrentes de suas vendas ou da prestação de serviços englobam diversas parcelas de itens que, a rigor, não pertencem à empresa.

As parcelas dos valores faturados, constantes dos documentos fiscais, que estão embutidos na receita bruta são:a) os impostos e contribuições faturados - as empresas funcionam como “coletoras” de tributos como, por exemplo, o ICMS, o IPI, a COFINS e o PIS/PASEP, que estão dentro do preço a ser pago pelo cliente pelo produto, mercadoria ou serviço, que deverão ser recolhidos aos cofres públicos, após a devida apuração, conforme prescreve a legislação específica de cada um deles;b) as devoluções feitas por clientes ou os cancelamentos de vendas, cuja receita correspondente não pode, simplesmente, ser anulada, sendo necessária a utilização de conta distinta para a subtração da receita, cuja informação discriminada na DRE é bastante útil para se saber qual o nível de devoluções e cancelamentos em relação ao volume de vendas;c) os descontos incondicionais concedidos aos clientes, também conhecidos por descontos comerciais, são concedidos diretamente no preço da mercadoria, produto ou serviço sem que nenhuma condição prévia seja exigida do cliente (por exemplo, o pagamento da duplicata na

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data prevista, como é o caso dos descontos financeiros, que figuram entre as despesas financeiras). Também existem os “abatimentos” que normalmente são concedidos quando há a necessidade de dar uma compensação ao cliente por fatos que poderiam prejudicar o bom relacionamento comercial.5.2. Vendas líquidas

Utiliza-se o termo “Vendas Líquidas” para demonstrar o valor da “Receita Bruta” deduzido das parcelas de tributos, devoluções, cancelamentos e abatimentos que estavam incluídos no preço da venda ou da prestação de serviços.

Quando se usa o termo “Líquidas” quer dizer que o valor da receita está subtraído:- de impostos e contribuições;- das devoluções e cancelamentos;- dos descontos e abatimentos incondicionais.5.3. Custo das vendas de mercadorias e produtos ou da prestação de serviços

O custo das vendas e da prestação de serviços é o item que mostra o quanto custou produzir tudo aquilo que foi levado embora pelo cliente, no caso de venda de mercadorias e de produtos acabados ou o que foi gasto no processo de atendimento do cliente na prestadora de serviços.

Apesar da denominação custo, na demonstração de resultado, esse item também é uma despesa que representa o sacrifício dos estoques entregues aos clientes para obter receita, assim como o esforço feito pela prestadora de serviços representado pelo desgaste da base de atendimento colocado à disposição do cliente e também o consumo de outros itens como mão de obra, tecnologia, etc.5.4. Lucro bruto

O lucro bruto é obtido pela confrontação das vendas líquidas com o valor do custo das vendas ou da prestação de serviços, sendo também conhecido por “Resultado com Mercadorias”.

A denominação “Bruto” para o lucro decorre do fato de que apenas a parcela do custo incorrido para a obtenção das receitas é que foi subtraída da “Receita Líquida”. Todos os demais esforços de vendas, administrativos, financeiros e outras despesas em que a empresa incorreu, não foram deduzidos, nem acrescentadas receitas não operacionais que a empresa tenha auferido.Nota Cenofisco: No Manual de Procedimento Cenofisco Contabilidade nº 7/07, publicamos a matéria sob o título “Lucro ou Prejuízo Apurado no Exercício - Tratamento Contábil”.5.5. Despesas operacionais

As despesas operacionais correspondem aos gastos pagos ou incorridos necessários para o desenvolvimento da atividade da empresa, que devem ser apropriados de acordo com o regime de competência.

A venda de mercadorias, de produtos e de serviços, a administração dos negócios, incluindo-se aí a utilização dos recursos (materiais, tecnológicos, humanos e financeiros, logística, etc.), são atividades que a empresa realiza no curso normal de suas operações, as quais exigem esforços e consumirão recursos financeiros que poderão ser desembolsados no momento da compra, contratação ou utilização do recurso ou, ainda, em data futura, por meio da assunção de uma dívida, ou passada, por intermédio de um adiantamento, previamente contratado.

As despesas operacionais devem ser dispostas na DRE de acordo com a respectiva natureza como segue:a) ”Com Vendas” ou “Comerciais” - todos os gastos necessários para que a empresa possa apresentar o produto ao mercado consumidor, assim como levá-lo aos pontos de venda, tais como: propaganda, fretes, salários e encargos sociais, comissões de vendedores, promotores, telemarketing, sites de vendas na internet, viagens, aluguel, depreciação, consumo de água, luz e telefone de lojas e depósitos, participações em feiras, etc;

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b) ”Resultado Financeiro Líquido” - inclui as receitas obtidas e as despesas incorridas em operações financeiras:- são receitas financeiras os juros no recebimento de duplicatas e de aplicações financeiras, as atualizações monetárias e cambiais favoráveis, os ganhos na venda de ações e outros títulos de renda variável, etc.;- são despesas financeiras os juros pagos ou incorridos por atraso de pagamentos de duplicatas e outros títulos de crédito, decorrentes de empréstimos, financiamentos mútuos com sócios ou acionistas, atualizações monetárias e cambiais desfavoráveis, perdas na venda de ações e outros títulos de renda variável, etc.;c) ”Despesas Gerais” - compreendem, por dedução, todas as demais despesas incorridas, que por sua espécie ou natureza, não comportam classificação nos demais itens; d) ”Administrativas” - compreendem gastos com contabilidade e auditoria, crédito e cobrança, remuneração de administradores, de membros do conselho fiscal e de todo o pessoal administrativo, aluguel e/ou depreciação, consumo de energia elétrica, de telefone e de água dos prédios da administração, gastos com limpeza e conservação e outras despesas relacionadas com a administração dos negócios;e) Outras Despesas Operacionais - compreendem tudo aquilo que pode ser identificado como sendo uma despesa operacional, mas não se encaixa em nenhum dos três grupos de despesa anteriores.5.6. Resultado operacional

O lucro operacional será obtido por meio da confrontação de todas as despesas operacionais do lucro bruto, que recebe a denominação de operacional porque reuniu todos os elementos que contribuíram para o desenvolvimento da atividade operacional da empresa prevista no estatuto ou no contrato social.5.7. Resultado não operacional

O resultado não operacional refere-se às atividades eventuais que a empresa realiza e que, necessariamente, irá gerar receitas e despesas. O exemplo mais comum é a venda de bens do ativo imobilizado, que não é uma atividade própria da operação, na qual a baixa do bem gera uma despesa e o valor obtido na venda gera uma receita. A confrontação do valor da venda com a baixa do bem (inclusive da depreciação acumulada) também é conhecida por ganho ou perda de capital.

A classificação como não operacional está ligada a não previsão da atividade dentro do estatuto ou do contrato social da empresa, ou seja, a atividade praticada não faz parte do objeto social da empresa.Nota Cenofisco: No Manual de Procedimentos Cenofisco Contabilidade nº 28/07 foi publicada matéria sobre a baixa de bens tangíveis do ativo imobiliário.5.8. Lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro

O lucro antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro é obtido pelo somatório do lucro operacional com o resultado não operacional e servirá de base para se chegar ao lucro real, apurado no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, obtida extracontabilmente em demonstrativo de cálculo próprio, após as adições e exclusões necessárias, de acordo com a legislação fiscal.5.9. Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro

Depois de apurado o lucro real e a base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro, aplicam-se as alíquotas correspondentes para se chegar aos valores do IRPJ e da CSL que serão subtraídos do lucro, os quais, na DRE, devem constar em rubrica própria.5.10. Participação nos lucros

As participações nos lucros são valores pagos a debenturistas, empregados, administradores e partes beneficiadas que correspondem a verdadeiras despesas uma vez que, na prática, podem ser entendidos como parcela de remuneração, assim como incentivo à aquisição de debêntures, que são calculadas a partir do lucro obtido pela empresa após deduzido do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro.

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Nota Cenofisco: Matéria sobre a “Participações nos Lucros - Cálculo e Registro” foi publicada no Manual de Procedimentos Cenofisco Contablidade nº 40/06.5.11. Resultado do exercício (lucro ou prejuízo)

O resultado do exercício (lucro ou o prejuízo) é obtido por meio da subtração do resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro dos respectivos tributos e, ainda, das participações nos lucros. Nele, estão computadas as despesas e receitas decorrentes de todas as operações da empresa.

O resultado do exercício mostra quanto o patrimônio da empresa cresceu, no caso de lucro, ou diminuiu, no caso de prejuízo, com todas as atividades operacionais e não operacionais da empresa.5.12. Lucro por ação

A evidenciação na DRE do lucro por ação é uma exigência da Lei das S.A., que corresponde à divisão do lucro obtida pela empresa pelo número de ações que compõe o capital social. Por exemplo, um capital social de R$ 12.000.000,00 pode estar composto por 10.000.000 de ações de valor nominal de R$ 1,20 (somando-se as ordinárias e as preferenciais). Se essa empresa apresentar ao final do período um lucro de R$ 1.000.000,00, seu lucro por ação será de R$ 0,10, ou seja, R$ 0,10 de lucro para cada unidade de capital social.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

DNRC: EXPEDIÇÃO DE CERTIDÕES – IN DNRC Nº 123, DE 20/12/2012

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FONTE: Diário Oficial da União – 26/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

DNRC: REGISTRO MERCANTIL – IN DNRC Nº 122, DE 20/12/2012

Dispõe sobre procedimentos no âmbito do Registro Mercantil decorrentes do processo de inscrição, alteração, extinção, enquadramento e desenquadramento de empresários na condição de microempreendedores individuais - MEIs e dá outras providências.

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DO REGISTRO DO COMÉRCIO - DNRC, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, e Considerando as disposições contidas nas Resoluções do Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios - CGSIM de nos 16, de 17 de dezembro de 2009 e 26, de 8 de dezembro de 2011, que altera dispositivos da Resolução nº 16 de 2009; e Considerando a necessidade de uniformizar e racionalizar os procedimentos de arquivamento de atos sob a forma de arquivos eletrônicos recebidos do Portal do Empreendedor pelas Juntas Comerciais, Resolve: Art. 1º Esta Instrução Normativa regula os procedimentos de arquivamento de atos decorrentes de inscrição, alteração, extinção, enquadramento e desenquadramento de empresários pelas juntas comerciais, recebidos do Portal do Empreendedor.

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Art. 2º Os dados constantes de arquivos eletrônicos recebidos do Portal do Empreendedor pelas Juntas Comerciais, pertinentes à inscrição, alteração e extinção de empresários enquadrados como microempreendedores individuais, assim como as comunicações de enquadramentos e de desenquadamentos referentes a essa condição, efetuadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, em cumprimento ao disposto no artigo 28 da Resolução CGSIM nº 16 de2009, deverão ser mantidos no respectivo Cadastro Estadual de Empresas - CEE vinculados ao cadastro do empresário a que se refiram, de forma a preservar a sua individualidade, com integridade, enquanto ato arquivado. § 1º Os dados dos arquivos recebidos deverão, também, ser incorporados ao cadastro do empresário de forma a permitir a atualização cadastral dos dados dele constantes. § 2º A exibição dos dados pertinentes ao Registro Mercantil referentes a cada arquivo recebido, quando necessária, será efetuada por intermédio do modelo Cadastro de Arquivo Recebido do Portal do Empreendedor - Empresário - MEI, constante do Anexo I desta Instrução Normativa. § 3º Para fins de incorporação dos dados de cada arquivo à base de imagens digitalizadas dos documentos arquivados, deverá ser utilizado o modelo mencionado no parágrafo anterior. Art. 3º Os arquivos eletrônicos, referidos no art. 2º supra, receberão número de arquivamento aplicado pela respectiva junta comercial, cuja data será a da sua geração no Portal do Empreendedor. Art. 4º O cadastro do empresário, constante do Cadastro Estadual de Empresas, deverá conter histórico dos atos arquivados, compreendendo, pelo menos, os seguintes dados: data do arquivamento, ato, evento, data efeito, ano do balanço, número do protocolo, número de arquivamento, NIRE de Filial. Parágrafo único. A Data Efeito constará das comunicações de enquadramento ou desenquadramento efetuadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, em consonância com os respectivos motivos, conforme tabela constante do Anexo II. Art. 5º Os procedimentos de alteração e baixa de empresário enquadrado como microempreendedor individual - MEI serão realizados, exclusivamente, pelo Portal do Empreendedor a partir da entrada em operação dessas funcionalidades, exceto no caso de alteração de nome empresarial de empresário inscrito e enquadrado na condição de MEI pelo Portal do Empreendedor no período de 1º de julho de 2009 a 08 de fevereiro de 2010, assim como de empresário que optar pela condição de MEI por intermédio do Portal do Simples Nacional. Art. 6º Uma vez desenquadrado da condição de MEI: I - os atos de alteração e extinção continuarão a ser praticados pelo Portal do Empreendedor até à data anterior à data efeito do respectivo evento de desenquadramento, quando essa for data futura, conforme tabela constante do Anexo II; II - a partir da data efeito a que se refere o inciso anterior, os atos de alteração e extinção do empresário, antes praticados pelo Portal do Empreendedor, passarão a ser protocolizados e arquivados diretamente na junta comercial, devendo, o primeiro ato, ser instruído com cópia do desenquadramento mediante comunicação do interessado ou de ofício. III - o empresário cuja inscrição foi gerada pelo Portal do Empreendedor deverá arquivar alteração na junta comercial promovendo a inclusão de dados não fornecidos no processo especial de registro, caso não o faça por intermédio de ato de alteração de dados ou de extinção; IV - nos casos de desequadramento, em razão dos motivos abaixo indicados, o empresário procederá arquivamento, na junta comercial, de documentos de formalização dos respectivos atos, como segue: Motivo do desenquadramento Providência na junta comercial

375 - SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Natureza jurídica vedada

Protocolar processo de transformação de empresário para outra natureza jurídica.

376 - SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Atividade econômica vedada

Protocolar processo de alteração do objeto do empresário.

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378 - SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Abertura de filial

Protocolar processo de abertura de filial do empresário.

V - Será permitido o arquivamento de atos subsequentes ainda que o empresário não tenha concretizado o ato que acusou inicialmente como motivo para desenquadramento. Art. 7º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data da sua publicação.

JOÃO ELIAS CARDOSO ANEXO I

Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis - SINREM Secretaria de Xxxxxxxxxxx JUNTA COMERCIAL DO CADASTRO DE ARQUIVO RECEBIDO DO PORTAL DO EMPREENDEDOR EMPRESÁRIO - MEI Dados do Registro Mercantil Nome Empresarial: Nome Fantasia: Natureza Jurídica:

Número de Identificação do Registro de Empresas - NIRE (Sede) CNPJ Data de Arquivamento do Ato

de Inscrição Data de Início de Atividade

Endereço Comercial (Logradouro, Nº e Complemento, Bairro, Município, UF, CEP)

Ocupação principal: Ocupações secundárias: Forma de atuação

Objeto

CNAE Principal: (código e descrição) CNAE Secundárias: (código e descrição)

Capital R$ (Capital, por extenso)

Microempresa SIM (Lei Complementar nº123/2006)

Identificação do Empresário Nome do Empresário: Data de Nascimento: Emancipado por: Sexo: Nacionalidade: Identidade: (Número, Órgão Expedidor e UF) CPF:

Endereço Residencial: (Logradouro, Nº e Complemento, Bairro, Município, UF, CEP) Telefone: Email: Nome da Mãe:

Arquivo eletrônico de origem dos dados da presente certidão Data Número de arquivamento Ato/Eventos Data Efeito (1) (1) Data a partir da qual o evento produz efeito.

IP da Máquina Nire da UF de Origem

Declaração de Capacidade: Declaro, sob as penas da Lei, ser legalmente emancipado. Declaração de Desimpedimento: Declaro, sob as penas da Lei, ser capaz, não estar impedido de exercer atividade empresária e que não possuo outro registro de empresário.

Declaração de Enquadramento como Microempresa (ME): Declaro, sob as penas da Lei, que me enquadro na condição de MICROEMPRESA, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14/12/2006.

ANEXO II Motivos de Enquadramento/Desenquadramento - Microempreendedores Individuais

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Código do Evento Nome do evento

Data Efeito do evento RFB DNRC

Enquadramentos

531 352 Enquadramento no SIMEI por opção A data de efeito do evento será 1º de janeiro.

532 353 SIMEI - Inclusão por decisão administrativa Data informada. A data de efeito do evento deve ser a data de abertura da empresa ou 01/01/AAAA.

533 354 SIMEI - Inclusão por medida judicial Data informada.

Desenquadramentos

551 365 SIMEI - Exclusão por decisão administrativa Data informada.

552 366 SIMEI - Exclusão por medida judicial Data informada.

534 370 SIMEI- Desenquadramento do SIMEI por opção A data de efeito do evento será 1º de janeiro do ano-calendário subseqüente.

506 371 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte -Excesso de receita bruta acima de 20%

A data de efeito do evento é igual a primeiro de janeiro do ano corrente à data do fato motivador.

507 372 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Excesso de receita bruta até 20%

A data de efeito do evento é igual a primeiro de janeiro do ano seguinte à data do fato motivador.

508 373 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Excesso de receita bruta acima de 20% - início de atividades - proporcional

A data de efeito do evento é igual à data de opção.

509 374 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte -Excesso de receita bruta até 20% -início de atividades - proporcional

A data de efeito do evento é igual a primeiro de janeiro do ano seguinte à data do fato motivador.

538 375 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Natureza jurídica vedada

A data de efeito do evento será a partir do mês subseqüente ao da ocorrência impeditiva.

539 376 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Atividade econômica vedada

A data de efeito do evento será a partir do mês subseqüente ao da ocorrência impeditiva.

502 377 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Participação em outra empresa

A data de efeito do evento será a partir do mês subseqüente ao da ocorrência impeditiva.

503 378 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Abertura de filial

A data de efeito do evento será a partir do mês subseqüente ao da ocorrência impeditiva.

504 379 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Contratação de mais de um empregado,

A data de efeito do evento será a partir do mês subseqüente ao da ocorrência impeditiva.

505 380 SIMEI - Desenquadramento do SIMEI por comunicação do contribuinte - Empregado com salário acima do limite

A data de efeito do evento será a partir do mês subseqüente ao da ocorrência impeditiva.

FONTE: Diário Oficial da União – 26/12/2012.

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EFD CONTRIBUIÇÕES: ALTERA O MANUAL DE ORIENTAÇÃO DO LEIAUTE – ADE COFIS Nº 65, DE 20/12/2012

Altera o Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (EFDContribuições), constante no Anexo Único do ADE Cofis nº 20, de 14 de março de 2012.

O COORDENADOR-GERAL DE FISCALIZAÇÃO , no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 287 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 587, de 21 de dezembro de 2010, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Instrução Normativa RFB nº 1.252, de 1º de março de 2012, Declara: Art. 1º O Anexo Único do Ato Declaratório Executivo Cofis nº 20, de 14 de março de 2012, passa a vigorar com os ajustes e alterações do Anexo Único deste Ato Declaratório. Art. 2º Os registros da escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, especificados no Anexo Único deste Ato Declaratório, aplicam-se exclusivamente às pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998, em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2013. Art. 3º Este Ato Declaratório entra em vigor na data de sua publicação.

IÁGARO JUNG MARTINS ANEXO ÚNICO

Altera o Manual de Orientação do Leiaute da Escrituração Fiscal Digital da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta - EFD-Contribuições, do Anexo Único do ADE Cofis nº 20, de 14 de março de 2012. 2.6.1-Tabela de Registros e de obrigatoriedade de apresentação - EFD-Contribuições. 2.6.1.5A - Bloco I Bloco Descrição Registro Nível Ocorrência Obrigatoriedade do

Registro Escrituração

Contribuição Social

Crédito

I Abertura do Bloco I I001 1 1 O (se no registro "0000" o Campo"DT_INI" igual ou maior que"01072013")

- -

I Identificação da Pessoa Jurídica

I010 2 V O (se em I001 IND_MOV = 0) - -

I Consolidação das Operações do Período

I100 3 1:N OC (se no registro 0110 o Campo"IND_ATIV" igual a "3")N (se no registro 0110 o Campo"IND_ATIV" diferente de "3")

S N

I

Composição das Receitas, Deduções e/ou Exclusões do Período

I200 4 1:N OC S N

I Processo Referenciado

I299 4 1:N OC S N

I Complemento das Operações -Detalhamento das

I300 5 1:N OC S N

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Receitas, Deduçõese/ou Exclusões do Período

I Processo Referenciado I399 5 1:N OC S N

I Encerramento do Bloco I I990 1 1 O - -

REGISTRO 0000: ABERTURA DO ARQUIVO DIGITAL E IDENTIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "0000". C 004* -

14 IND_ATIV Indicador de tipo de atividade preponderante:0 - Industrial ou equiparado a industrial1 - Prestador de serviços 2 - Atividade de comércio 3 - Pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 19984 - Atividade imobiliária 9 - Outros

N 001 -

REGISTRO I001: ABERTURA DO BLOCO I Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I001" C 004* -

02 IND_MOV Indicador de movimento:0 - Bloco com dados informados

1 - Bloco sem dados informados

C 001 -

Observações: Registro de escrituração obrigatória. Nível hierárquico - 1 Ocorrência - um por arquivo REGISTRO I010: IDENTIFICAÇÃO DA PESSOA JURIDICA/ESTABELECIMENTO Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I010" C 004* -

02 CNPJ Número de inscrição da pessoa jurídica no CNPJ. N 014* -

03 IND_ATIV Indicador de operações realizadas no período:01 - Exclusivamente operações de Instituições Financeiras e Assemelhadas02 - Exclusivamente operações de Seguros Privados 03 - Exclusivamente operações de Previdência Complementar04 - Exclusivamente operações de Capitalização05 - Exclusivamente operações de Planos de Assistência à Saúde06 - Realizou operações referentes a mais de um dos indicadores acima

N 002* -

04 INFO_COMPL Informação Complementar C - -

Observações: Registro obrigatório (se IND_MOV igual a 0, no Registro I001) Nível hierárquico - 2 Ocorrência - vários (por arquivo) REGISTRO I100: CONSOLIDAÇÃO DAS OPERAÇÕES DO PERÍODO Nº Campo Descrição Ti p

o Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I100" C 004* -

02 VL_REC Valor Total do Faturamento/Receita Bruta no Período N - 02

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03 CST_PIS_COFINS Código de Situação Tributária referente à Receita informada no Campo 02 (Tabelas 4.3.3 e 4.3.4)

N 002* -

04 VL_TOT_DED_GER Valor Total das Deduções e Exclusões de Caráter Geral N - 02

05 VL_TOT_DED_ESP Valor Total das Deduções e Exclusões de Caráter Específico N - 02

06 VL_BC_PIS Valor da base de cálculo do PIS/PASEP N - 02

07 ALIQ_PIS Alíquota do PIS/PASEP (em percentual) N 008 02

08 VL_PIS Valor do PIS/PASEP N - 02

09 VL_BC_COFINS Valor da base de cálculo da Cofins N - 02

10 ALIQ_COFINS Alíquota da COFINS (em percentual) N 008 02

11 VL_COFINS Valor da COFINS N - 02

12 INFO_COMPL Informação Complementar dos dados informados no registro C - -

Observações: Registro específico para escrituração pelas pessoas jurídicas referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, sujeitas ao regime cumulativo de apuração das contribuições, conforme definido nas Leis nº 10.637/2002 (PIS/Pasep) e nº 10.833/2003 (Cofins). Deve também ser objeto de escrituração as operações das agências de fomento referidas no art. 1º da MP nº 2.192-70, de 2001, tendo em vista o disposto no art. 70 da Lei nº 12.715, de 2012. Deverá ser preenchido no mínimo 01 (um) registro para cada receita e CST correspondente. O detalhamento das receitas e deduções/exclusões deve ser objeto de demonstração no registro filho "I200", com base nos códigos e agrupamentos de receitas e deduções/exclusões especificados nas Tabelas 7.1.1 e 7.1.2, respectivamente. Os valores informados nos campos 06 e 09 (Bases de cálculo) deste registro serão recuperados no campo 04 dos registros M210 (PIS/Pasep) e M610 (Cofins), respectivamente. Chaves do registro: CST + ALIQ_PIS + ALIQ_COFINS + INFO_COMPL Nível hierárquico - 3 Ocorrência - 1:N REGISTRO I200: COMPOSIÇÃO DAS RECEITAS, DEDUÇÕES E/OU EXCLUSÕES DO PERÍODO Nº Campo Descrição Ti p

o Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I200" C 004* -

02 NUM_CAMPO Informar o número do campo do registro "I100" (Campos 02, 04 ou 05), objeto de informação neste registro.

C 002* -

03 COD_DET Código do tipo de detalhamento, conforme Tabelas 7.1.1 e/ou 7.1.2 C 005* -

04 DET_VALOR Valor detalhado referente ao campo 03 (COD_DET) deste registro N - 02

05 COD_CTA Código da conta contábil referente ao valor informado no campo 04 (DET_VALOR)

C 060 -

06 INFO_COMPL Informação Complementar dos dados informados no registro C - -

Observações: Registro específico para a identificação e o detalhamento dos valores informados nos campos 02, 04 e 05 do Registro I100. Deve ser preenchido um registro para cada tipo de receita e/ou deduções e exclusões, codificadas nas Tabelas 7.1.1 e 7.1.2, conforme o caso. Chaves do registro: NUM_CAMPO + COD_DET + COD_CTA + INFO_COMPL Nível hierárquico - 4 Ocorrência - 1:N

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REGISTRO I299: PROCESSO REFERENCIADO Nº Campo Descrição Ti p o Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I299" C 004* -

02 NUM_PROC Identificação do processo ou ato concessório C 020 -

03 IND_PROC Indicador da origem do processo:1 - Justiça Federal;3 - Secretaria da Receita Federal do Brasil 9 - Outros.

C 001* -

Observações: 1. Registro específico para a pessoa jurídica informar a existência de processo administrativo ou judicial que autoriza a adoção de tratamento tributário, base de cálculo ou alíquota diversa da prevista na legislação. Trata-se de informação essencial a ser prestada na escrituração para a adequada validação das contribuições. 2. Uma vez procedida à escrituração do Registro "I299", deve a pessoa jurídica gerar os registros "1010" ou "1020" referentes ao detalhamento do processo judicial ou do processo administrativo, conforme o caso, que autoriza a adoção de procedimento especifico de apuração das contribuições. 3. Devem ser relacionados todos os processos judiciais ou administrativos que fundamente ou autorize a adoção de procedimento especifico na apuração das contribuições. Nível hierárquico - 4 Ocorrência - 1:N REGISTRO I300: COMPLEMENTO DAS OPERAÇÕES - DETALHAMENTO DAS RECEITAS, DEDUÇÕES E/OU EXCLUSÕES DO PERÍODO Nº Campo Descrição Ti

p o

Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I300" C 004* -

02 COD_COMP Código das Tabelas 7.1.3 (Receitas - Visão Analítica/Referenciada) e/ou 7.1.4 (Deduções e exclusões - Visão Analítica/Referenciada), objeto de complemento neste registro

C 060 -

03 DET_VALOR Valor da receita, dedução ou exclusão, objeto de complemento/detalhamento neste registro, conforme código informado no campo 02 (especificados nas tabelas analíticas 7.1.3 e 7.1.4) ou no campo 04 (código da conta contábil)

N - 02

04 COD_CTA Código da conta contábil referente ao valor informado no campo 03 C 060 -

05 INFO_COMPL Informação Complementar dos dados informados no registro C - -

Observações: Registro específico para o detalhamento do valor da receita, dedução ou exclusão, informada de forma consolidada no Registro Pai I200. Chaves do registro: COD_COMP + COD_CTA + INFO_COMPL Nível hierárquico - 5 Ocorrência - 1:N REGISTRO I399: PROCESSO REFERENCIADO

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I399" C 004* -

02 NUM_PROC Identificação do processo ou ato concessório C 020 -

03 IND_PROC Indicador da origem do processo:1 - Justiça Federal;3 - Secretaria da Receita Federal do Brasil

C 001* -

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9 - Outros.

Observações: 1. Registro específico para a pessoa jurídica informar a existência de processo administrativo ou judicial que autoriza a adoção de tratamento tributário, base de cálculo ou alíquota diversa da prevista na legislação. Trata-se de informação essencial a ser prestada na escrituração para a adequada validação das contribuições. 2. Uma vez procedida à escrituração do Registro "I399", deve a pessoa jurídica gerar os registros "1010" ou "1020" referentes ao detalhamento do processo judicial ou do processo administrativo, conforme o caso, que autoriza a adoção de procedimento especifico de apuração das contribuições. 3. Devem ser relacionados todos os processos judiciais ou administrativos que fundamente ou autorize a adoção de procedimento especifico na apuração das contribuições. Nível hierárquico - 5 Ocorrência - 1:N REGISTRO I990: ENCERRAMENTO DO BLOCO I

Nº Campo Descrição Tipo Tam Dec

01 REG Texto fixo contendo "I990" C 004* -

02 QTD_LIN_I Quantidade total de linhas do Bloco I N - -

Observações: Registro obrigatório Nível hierárquico - 1 Ocorrência - um (por arquivo) TABELAS PARA A ESCRITURAÇÃO DO BLOCO "I" 7.1.1 - Composição das Receitas - Pessoas Jurídicas Referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998: Tabela externa a ser especificada pela RFB e disponibilizada no Portal do SPED no sítio da RFB na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br/sped>; 7.1.2 - Composição das Deduções e Exclusões - Pessoas Jurídicas Referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998: Tabela externa a ser especificada pela RFB e disponibilizada no Portal do SPED no sítio da RFB na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br/sped> ; 7.1.3 - Receitas - Visão Analítica/Referenciada: Tabela externa a ser especificada pela RFB e disponibilizada no Portal do SPED no sítio da RFB na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br/sped>; 7.1.4 - Deduções e Exclusões - Visão Analítica/Referenciada - Pessoas Jurídicas Referidas nos §§ 6º, 8º e 9º do art. 3º da Lei nº 9.718, de 1998: Tabela externa a ser especificada pela RFB e disponibilizada no Portal do SPED no sítio da RFB na Internet, no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br/sped>.

FONTE: Diário Oficial da União – 20/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

I P I: PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS - EXERCÍCIO DE 2013 – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Considerações Iniciais2. Obrigações Tributárias Principal e Acessória - Conceitos2.1. Obrigação principal2.2. Obrigação acessória3. Penalidades pelo não Cumprimento das Obrigações Acessórias3.1. Falta de apresentação ou apresentação com incorreções

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3.2. Termo inicial para efeitos de contagem do prazo e aplicação da multa3.3. Hipóteses de redução das multas3.4. Multa mínima3.5. Falta de apresentação dos documentos de declaração do imposto e de

prestação de informações4. Principais Obrigações Acessórias a que Estão Sujeitos os Contribuintes

do IPI4.1. Demonstrativo do Crédito Presumido (DCP)4.2. Declaração Especial de Informações Fiscais Relativas à Tributação de

Cigarros (DIF-Cigarros)4.3. Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)4.4. Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ)4.5. Declaração Especial de Informações Fiscais Relativas ao Controle do

Papel Imune (DIF-Papel Imune)4.6. Fabricantes de produtos do capítulo 33 da TIPI (produtos de higiene

pessoal, cosméticos e perfumaria)4.7. Estabelecimentos produtores, engarrafadores, cooperativas de

produtores, etc. - Previsão do consumo anual de selo de controle4.8. Fabricantes e importadores de cigarros classificados no código

2402.20.00 da TIPI - Previsão do consumo anual de selo de controle1. Considerações Iniciais

Nesta oportunidade serão examinadas as principais obrigações acessórias, no exercício de 2013, a que estão sujeitos os contribuintes do IPI. Comentaremos sobre os prazos e a forma de apresentação, bem como sobre as penalidades a que estão sujeitos os contribuintes pelo não cumprimento das referidas obrigações.2. Obrigações Tributárias Principal e Acessória - Conceitos

No Direito Tributário, a obrigação do sujeito passivo vem subdividida em duas modalidades, a primeira definida como obrigação principal e a segunda como obrigação acessória. No Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/10, as referidas obrigações estão disciplinadas nos arts. 35 a 37 (obrigação principal) e nos arts. 271 e 272 (obrigações acessórias).2.1. Obrigação principal

A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se com o crédito dela decorrente (art. 113, § 1º, do Código Tributário Nacional).2.2. Obrigação acessória

A obrigação acessória decorrente da legislação tributária tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (art. 113, § 2º, do Código Tributário Nacional).

Ressaltamos que a obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância (não apresentação nos prazos estabelecidos pelo Fisco ou apresentação com incorreções, etc.), converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Segundo o art. 443, § 1º, do RIPI/10, o documento que formalizar o cumprimento de obrigação acessória, comunicando a existência de crédito tributário, constituirá confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do referido crédito.

As diferenças apuradas em declaração prestada pelo sujeito passivo, decorrentes de pagamento, parcelamento, compensação ou suspensão de exigibilidade, indevidos ou não comprovados, relativas ao imposto, serão objeto de lançamento de ofício (art. 443, § 2º, do RIPI/10).

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Por fim, o art. 272 do RIPI/10 determina que a SRF poderá dispor sobre as obrigações acessórias relativas ao imposto, estabelecendo, inclusive, a forma, o prazo e as condições para o seu cumprimento e o respectivo responsável.3. Penalidades pelo não Cumprimento das Obrigações Acessórias

Conforme o art. 592 do RIPI/10, o descumprimento das obrigações acessórias exigidas nos termos do art. 272 do RIPI/10 acarretará a aplicação da multa de R$ 5.000,00, por mês-calendário, aos contribuintes que deixarem de fornecer, nos prazos estabelecidos, as informações ou os esclarecimentos solicitados.

Observa-se que, nos termos do § 4º do art. 593 do RIPI/10, considerar-se-á não entregue a declaração que não atender às especificações técnicas estabelecidas pela SRF.

Ocorrendo a hipótese descrita no referido § 4º, o sujeito passivo será intimado a apresentar nova declaração no prazo de dez dias, contado da ciência da intimação, e sujeitar-se-á à multa prevista na letra “a” do subtópico 3.1, observadas as disposições de que trata o subtópico 3.3.3.1. Falta de apresentação ou apresentação com incorreções

O sujeito passivo que deixar de apresentar a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) e a Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica - Inativa nos prazos fixados, ou que as apresentar com incorreções ou omissões, será intimado a apresentar a declaração original, no caso de não apresentação, ou a prestar esclarecimentos, nos demais casos, no prazo estipulado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, e sujeitar-se-á às seguintes multas (art. 593 do RIPI/10):a) de 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica informado na DIPJ, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega desta declaração ou entrega após o prazo, limitada a 20%, observado o disposto no subtópico 3.4;b) de 2% ao mês-calendário ou fração, incidente sobre o montante dos impostos e contribuições informados na DCTF ou na Declaração Simplificada da Pessoa Jurídica, ainda que integralmente pago, no caso de falta de entrega dessas declarações ou entrega após o prazo, limitada a 25%, observado o disposto no subtópico 3.4;c) de R$ 20,00 para cada grupo de dez informações incorretas ou omitidas.3.2. Termo inicial para efeitos de contagem do prazo e aplicação da multa

Para efeito de aplicação das multas previstas nas letras “a” e “b” do subtópico 3.1, serão considerados como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega da declaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura do auto de infração.3.3. Hipóteses de redução das multas

Observado o disposto no subtópico 3.4, as multas serão reduzidas (art. 593, § 2º, do RIPI/10):a) à metade, quando a declaração for apresentada após o prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício;b) a 75%, se houver a apresentação da declaração no prazo fixado em intimação.3.4. Multa mínima

Nos termos do art. 593, § 3º, do RIPI/10, a multa mínima a ser aplicada será de:a) R$ 200,00, tratando-se de pessoa jurídica inativa;b) R$ 500,00, nos demais casos.3.5. Falta de apresentação dos documentos de declaração do imposto e de prestação de informações

Nos termos do art. 443 do RIPI/10, os documentos de declaração do imposto e de prestação de informações adicionais serão apresentados pelos contribuintes, de acordo com as instruções expedidas pela SRF.

Os contribuintes que deixarem de apresentar, no prazo estabelecido, o referido documento de prestação de informações serão punidos com a multa de R$ 31,65, aplicável a cada falta.

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Alertamos que as referidas disposições aplicam-se exclusivamente aos contribuintes do imposto não sujeitos ao disposto no subtópico 3.1 (art. 594 do RIPI/10).4. Principais Obrigações Acessórias a que Estão Sujeitos os Contribuintes do IPI

A seguir, apresentamos a relação das principais obrigações acessórias a que estão sujeitos os contribuintes do IPI:4.1. Demonstrativo do Crédito Presumido (DCP)

Obrigação trimestral - Obrigatoriedade de apresentação pelas pessoas jurídicas produtoras e exportadoras que apurem crédito presumido.

Prazo para apresentação - Até o último dia útil da primeira quinzena do segundo mês subsequente ao trimestre de ocorrência dos fatos geradores.

Para melhor visualização, reproduzimos, a seguir, quadro com os prazos de apresentação do referido documento no exercício de 2013:

Trimestre de Referência Meses Trimestre Encerrado Prazo para Apresentação no

Exercício de 2013

4º trimestre/2012Outubro/2012

Novembro/2012 Dezembro/2012

Setembro/2012 15/02/2013

1º trimestre/2013Janeiro/2013

Fevereiro/2013 Março/2013

Dezembro/2012 15/05/2013

2º trimestre/2013Abril/2013 Maio/2013 Junho/2013

Março/2013 15/08/2013

3º trimestre/2013Julho/2013

Agosto/2013 Setembro/2013

Junho/2013 14/11/2013

Base legal: Instruções Normativas SRF nºs 419/04 (art. 22) e 420/04 (art. 26) e alterações posteriores.4.2. Declaração Especial de Informações Fiscais Relativas à Tributação de Cigarros (DIF-Cigarros)

Obrigação mensal - Obrigatoriedade de apresentação, independentemente de ter havido ou não apuração de IPI, PIS ou COFINS, ou movimentação de matérias-primas ou produtos no mês de referência, pelas pessoas jurídicas fabricantes de cigarros, classificados no código TIPI 2402.20.00, excetuados os classificados no Ex 01.

A referida declaração deve ser apresentada pelo estabelecimento matriz, que consolidará as informações dos seus estabelecimentos filiais que sejam fábrica ou depósito.

Prazo para apresentação - A DIF-Cigarros deverá ser apresentada mensalmente à SRF, até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência dos fatos geradores, pela internet, utilizando-se o Programa Receitanet.

Mês de Referência Prazo para Apresentação no Exercício de 2013 Dia da Semana

Janeiro/2013 28/02/2013 Quinta-feiraFevereiro/2013 28/03/2013 Quinta-feira

Março/2013 30/04/2013 Terça-feiraAbril/2013 31/05/2013 Sexta-feiraMaio/2013 28/06/2013 Sexta-feira

Junho/2013 31/07/2013 Quarta-feiraJulho/2013 30/08/2013 Sexta-feira

Agosto/2013 30/09/2013 Segunda-feiraSetembro/2013 31/10/2013 Quinta-feiraOutubro/2013 29/11/2013 Sexta-feira

Novembro/2013 31/12/2013 Terça-feiraDezembro/2013 31/01/2014 Sexta-feira

Base legal: Instrução Normativa SRF nº 396/04.

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4.3. Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF)As normas disciplinadoras da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais

(DCTF), relativas a fatos geradores que ocorrerem a partir de 01/01/2011, estão estabelecidas na Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24/12/2010 (DOU de 27/12/2010), e alterações posteriores.

Obrigação mensal - Conforme o art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.110/10, alterado pelas Instruções Normativas RFB nºs 1.130 e 1.177/11, deverão apresentar a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Mensal (DCTF Mensal):a) as pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes e as isentas, de forma centralizada, pela matriz;b) as unidades gestoras de orçamento das autarquias e fundações instituídas e mantidas pela administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e dos órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios; ec) os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício.

Prazo para apresentação - As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15º dia útil do 2º mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores (art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.110/10), assim, para competência no exercício de 2013, devem ser observados os seguintes prazos para efeito de apresentação do referido documento:

Mês de Referência Prazo para Apresentação no Exercício de 2013 Dia da Semana

Janeiro/2013 21/03/2013 Quinta-feiraFevereiro/2013 19/04/2013 Sexta-feira

Março/2013 22/05/2013 Quarta-feiraAbril/2013 21/06/2013 Sexta-feiraMaio/2013 19/07/2013 Sexta-feira

Junho/2013 21/08/2013 Quarta-feiraJulho/2013 20/09/2013 Sexta-feira

Agosto/2013 21/10/2013 Segunda-feiraSetembro/2013 22/11/2013 Sexta-feiraOutubro/2013 20/12/2013 Sexta-feira

Novembro/2013 22/01/2014 Quarta-feiraDezembro/2013 21/02/2014 Sexta-feira

Base legal: Instrução Normativa RFB nº 1.110, de 24/12/2010. Recomendamos vigilância quanto à ocorrência de alterações posteriores.4.4. Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ)

Obrigação anual - Apresentação pelas pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, para informar os valores pertinentes ao IRPJ, ao IPI, ao ITR, à CSLL, ao PIS/PASEP e à COFINS.

Prazo para apresentação - Anualmente, a RFB edita ato fixando prazo para apresentação do citado documento. Relativamente ao exercício de 2012, o referido prazo foi fixado pela Instrução Normativa RFB nº 1.264, de 30/03/2012 (DOU de 02/04/2012).4.5. Declaração Especial de Informações Fiscais Relativas ao Controle do Papel Imune (DIF-Papel Imune)

Obrigação semestral - Estão obrigados a apresentar a Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle do Papel Imune (DIF-Papel Imune) os fabricantes, os distribuidores, os importadores, as empresas jornalísticas, as editoras e as gráficas que realizarem operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos. A referida obrigação deverá ser observada mesmo quando não houver movimentação de estoques e/ou produção no semestre-calendário (arts. 10 e 11 da Instrução Normativa RFB nº 976/09 e alterações posteriores).

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Prazo para apresentação - A DIF-Papel Imune deverá ser apresentada, em meio digital, mediante a utilização de aplicativo a ser disponibilizado pela RFB, com a seguinte periodicidade:a) em relação ao primeiro semestre-calendário, até o último dia útil do mês de agosto;b) em relação ao segundo semestre-calendário, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente.

No exercício de 2013, o contribuinte deve observar as seguintes datas:Semestre de Referência Prazo para

ApresentaçãoDia da Semana

Julho/2012 a Dezembro/2012 2º semestre/2012 28/02/2013 Quinta-feiraJaneiro/2013 a Junho/2013 1º semestre/2013 30/08/2013 Sexta-feira

Julho/2013 a Dezembro/2013 2º semestre/2013 28/02/2014 Sexta-feiraBase legal: Instrução Normativa RFB nº 976, de 07/12/2009, alterada pelas Instruções

Normativas RFB nºs 1.011 e 1.048/10.4.6. Fabricantes de produtos do capítulo 33 da TIPI (produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria)

Obrigação bimestral - Os estabelecimentos industriais de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria ficam sujeitos a apresentar à Secretaria da Receita Federal as informações constantes do Anexo Único da Instrução Normativa SRF nº 47/00.

Prazo para apresentação - As informações serão prestadas por períodos bimestrais, em meio magnético (disquete de 3 1/2) em formato “txt”, até o último dia do mês subsequente ao bimestre de referência, na unidade da Secretaria da Receita Federal com jurisdição sobre o domicílio fiscal do estabelecimento matriz.

Bimestre de Referência Prazo para Apresentação Dia da SemanaJaneiro/2013 e Fevereiro/2013 1º bimestre 28/03/2013 Quinta-feira

Março/2013 e Abril/2013 2º bimestre 31/05/2013 Sexta-feiraMaio/2013 e Junho/2013 3º bimestre 31/07/2013 Quarta-feira

Julho/2013 e Agosto/2013 4º bimestre 30/09/2013 Segunda-feiraSetembro/2013 e Outubro/2013 5º bimestre 29/11/2013 Sexta-feira

Novembro/2013 e Dezembro/2013

6º bimestre 31/01/2014 Sexta-feira

Base legal: Instrução Normativa SRF nº 47, de 28/04/2000 (DOU de 15/05/2000).4.7. Estabelecimentos produtores, engarrafadores, cooperativas de produtores, etc. - Previsão do consumo anual de selo de controle

Obrigação anual - Produtores, engarrafadores, cooperativas de produtores, estabelecimentos comerciais atacadistas e importadores de bebidas alcoólicas a que se refere a Instrução Normativa SRF nº 504/05 e alterações posteriores estão obrigados a apresentar o formulário “Previsão de Consumo Anual do Selo de Controle” - Mod. COFIS -SECON nº 1, conforme instruções constantes do Anexo IV da Instrução Normativa nº 504/05.

Prazo para apresentação - Os referidos estabelecimentos deverão apresentar, anualmente, até 30 de junho, à unidade da SRF de sua jurisdição, o formulário com as quantidades de selos necessários ao consumo no ano subsequente, conforme instruções constantes dos anexos da Instrução Normativa SRF em referência (art. 19 da Instrução Normativa SRF nº 504/05).

Obrigação Anual Exercício de 2013 Prazo para Apresentação Dia da SemanaApresentação do formulário “Previsão de Consumo Anual do Selo de Controle”, com as quantidades de selos necessários ao consumo no ano subsequente.

28/06/2013(*) Sexta-feira

(*) Em razão de o dia 30/06/2013 recair no domingo, sugerimos apresentar o referido documento na sexta-feira, dia 28/06/2013.

Base legal: Instrução Normativa SRF nº 504/05, alterada pelas Instruções Normativas RFB nºs 782/07, 824/08, 1.026/10, 1.065/10, 1.128/11, 1.135/11, 1.188/11, 1.191/11 e 1.263/12.

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4.8. Fabricantes e importadores de cigarros classificados no código 2402.20.00 da TIPI - Previsão do consumo anual de selo de controle

Obrigação anual - Apresentação, obrigatória, pelos fabricantes e importadores de cigarros classificados no código 2402.20.00 da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), do formulário “Previsão de Consumo Anual do Selo de Controle”.

Prazo para apresentação - Os estabelecimentos a que nos referimos anteriormente deverão apresentar, anualmente, até 30 de junho, a previsão de consumo de selos de controle, com as quantidades de selos necessários ao consumo no ano subsequente. Quando se tratar de início de atividades, o estabelecimento deverá apresentar a previsão de consumo do ano em curso com antecedência mínima de 30 dias. Já a retificação da previsão poderá ser efetuada com antecedência mínima de 60 dias (art. 20 da Instrução Normativa RFB nº 770/07).

Obrigação Anual Exercício de 2013 Prazo para Apresentação Dia da SemanaApresentação do formulário “Previsão de Consumo Anual

do Selo de Controle”, com as quantidades de selos necessários ao consumo no ano subsequente.

28/06/2013 (*) Sexta-feira

(*) Em razão de o dia 30/06/2013 recair no domingo, sugerimos apresentar o referido documento na sexta-feira, dia 28/06/2013.

Base legal: Instrução Normativa RFB nº 770, de 21/10/2007, alterada pelas Instruções Normativas RFB nºs 783/07 e 1.203/11.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

IRPF: REGIME TRIBUTÁRIO DAS OPERAÇÕES “DAY TRADE” PARA PESSOAS FÍSICAS – ROTEIRO

Sumário Introdução I - Ocorrência da operação de "day trade" II - Exclusões das ocorrências de operações de "day trade" III - Procedimentos operacionais da CBLC IV - Alíquota diferenciada para "day trade" V - Perdas incorridas em operações de "day trade" VI - Tributação na fonte das operações de "day trade" VII - Formas autorizadas de compensação do imposto de fonte VIII - Prazo de recolhimento do imposto e respectivo Código de Receita IX - Isenção Introdução Para fins tributários, "Day Trade" é uma operação de renda variável sujeita à disciplina especial cujas regras foram construídas ao longo do tempo de forma a constituir um verdadeiro regime tributário diferenciado. O regime se caracteriza pelo estabelecimento de alíquotas e formas de compensação de perdas diferentes daquelas que prevalecem para a Renda Variável. Day Trade é espécie enquanto Renda Variável é gênero. I - Ocorrência da operação de "day trade" Day Trade é a operação iniciada e encerrada no mesmo dia e com o mesmo ativo objeto. O encerramento da posição pode ser total ou parcial. A operação pode ser iniciada por uma compra ou por uma venda, mas será sempre encerrada por uma operação contrária àquela do inicio do dia. Caso a operação se inicie por uma venda, e se encerre por uma compra do mesmo ativo objeto, os estoques possuídos pelo investidor no dia anterior não serão alterados, ou seja, os estoques

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do dia anterior não influenciarão na apuração da "day trade". O mesmo vale para o caso de se iniciar a operação de "day trade" por uma compra. O termo final da day trade se dará sempre no mesmo dia da ocorrência do termo inicial até o limite quantitativo da operação que abriu a "day trade". Em termos de quantidade de ativos objeto o termo final pode ser igual ou inferior ao termo inicial. Caso o termo final, em quantidade do ativo objeto, seja superior ao termo inicial, a quantidade a ser considerada Day Trade fica limitada ao termo inicial. Exemplo numérico: MERCADO A VISTA/ CONTROLE DO ESTOQUE

CORRETORA ABRÓLIOS SOCIEDADE ANOMINA

CONTA DEPÓSITO Nº 9999-99

ATIVO AÇÕES PREFERENCIAIS DA VALE

CÓDIGO DE NEGOCIAÇÃO DO ATIVO VALE5

DATAFISICO FINANCEIRO R$

COMPRA VENDA SALDO COMPRA VENDA SALDO

10-09-09 10.000 ZERO 10.000 330.000 ZERO 330.000

Preço médio de aquisição: R$33,00

MERCADO A VISTA/ OPERAÇÕES DE 11 DE SETEMBRO DE 2.009

CORRETORA ABRÓLIOS SOCIEDADE ANOMINA

CONTA DEPÓSITO Nº 9999-99

ATIVO AÇÕES PREFERENCIAIS DA VALE

CÓDIGO DE NEGOCIAÇÃO DO ATIVO VALE5

DATAFISICO FINANCEIRO R$

COMPRA VENDA ORD. Pu R$ COMPRA VENDA SALDO

11-09-09 10.000 1ª 35,00 350.000 350.000

11-09-09 5000 2ª 34,00 170.000 180.000

APURAÇÃO DO CUSTO DA VENDA E DO GANHO LÍQUIDO EM RENDA VARIAVEL

CORRETORA ABRÓLIOS SOCIEDADE ANOMINA

CONTA DEPÓSITO Nº 9999-99

ATIVO AÇÕES PREFERENCIAIS DA VALE

CÓDIGO DE NEGOCIAÇÃO DO ATIVO VALE5

DATAFISICO FINANCEIRO R$

COMPRA VENDA SALDO COMPRA VENDA SALDO

10-09-09 10.000 ZERO 10.000 330.000 ZERO 330.000

11-09-09 ZERO 5.000 5.000 ZERO 165.000 165.000

Custo da venda apurado pelo p.m. de compra R$33.00

PRODUTO DA VENDA CUSTO DA VENDA GANHO LÍQUIDO

175.000,00 165.000,00 10.000,00

p.m. de venda R$ 35,00

APURAÇÃO DO RESULTADO EM DAY TRADE

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TERMO INICIAL

ATIVO DATA OPERAÇÃO QDE. ORDEM DA OPERAÇÃO VALOR

VALE5 11-09-09 VENDA 5.000 PRIMEIRA 175.000,00

TERMO FINAL

VALE5 11-09-09 COMPRA 5.000 SEGUNDA 170.000,00

Preço Médio de Encerramento da Day Trade: R$34,00

Resultado Positivo em Day Trade: R$5.000,00

Se que a operação foi finalizada por uma operação de compra, em quantidade inferior ao termo de abertura (venda), o que fez com que o estoque do investidor só fosse sensibilizado pela parcela que não integrou a Day Trade.

Destaca-se, também, que se por ventura, o valor do termo final fosse superior a R$175.000,00 haveria a ocorrência de uma perda em operação de Day Trade. O exemplo numérico ainda pode externar outra dedução de ordem lógica jurídica: o investidor que pretendia manter em carteira 50% de seus ativos poderia ter simplesmente vendido 5.000 Vale5 auferindo um ganho tributável de R$10.000,00, restando em carteira os ativos pretendidos; com a realização da Day Trade o investidor agregou mais R$5.000,00 ao seu patrimônio financeiro e ainda conseguiu manter o volume de ativos que pretendia. A situação revela a autonomia da operação de Day Trade em relação ao patrimônio do investidor. Diga-se, de passagem que os mecanismos operacionais do mercado, permitiriam, inclusive, que a operação de Day Trade pudesse ocorrer "a descoberto", isto é, sem que o investidor fosse titular da propriedade do ativo objeto que deu lastro a Day Trade. Assim se justifica a tributação em separado dos ganhos líquidos auferidos em renda variável. A letra "a" do inciso I do §1º do art. 8º da Lei nº 9.959 de 2000 dispõe sobre o conceito legal das operações de Day Trade, nos seguintes termos: Art. 8º ((...))§ 1º Para efeito do disposto neste artigo:I - considera-se:a) a operação ou a conjugação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em uma mesma instituição intermediadora, em que a quantidade negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente O conceito legal ainda foi devidamente explorado pela Instrução Normativa RFB nº 1.022 de 2010 (redação antiga: IN SRF nº 25 de 2001, art. 31), especialmente em seu artigo 54, de onde destacamos os seguintes parágrafos complementares: § 1º Para efeito do disposto neste artigo considera-se:I - a operação ou a conjugação de operações iniciadas e encerradas em um mesmo dia, com o mesmo ativo, em uma mesma instituição intermediadora, em que a quantidade negociada tenha sido liquidada, total ou parcialmente;II - rendimento: o resultado positivo apurado no encerramento das operações de day-trade.§ 2º Para efeito do disposto neste artigo não será considerado o valor ou a quantidade de estoque do ativo existente em data anterior à da operação de day-trade.§ 3º Na apuração do resultado da operação de day-trade serão considerados, pela ordem, o 1º (primeiro) negócio de compra com o 1º (primeiro) de venda ou o 1º (primeiro) negócio de venda com o 1º (primeiro) de compra, sucessivamente. § 4º Será admitida a compensação de perdas incorridas em operações de day-trade realizadas no mesmo dia. II - Exclusões das ocorrências de operações de "day trade" Infere-se da regra geral de ocorrência de uma operação de Day Trade que o investidor, em relação ao mesmo ativo objeto, assumirá posições contratuais contrárias ao longo de um mesmo dia. Iniciando o dia assumindo uma 'POSIÇÃO COMPRADA" encerrará a Day Trade

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assumindo uma "POSIÇÃO VENDIDA". O confronto destas posições indicará o resultado da operação. Esta regra geral, todavia, comporta exclusões, que estão mencionadas de forma expressa nos incisos I e II do §13 do art. 54 da IN RFB nº 1.022 de 2010: § 13. Não se caracteriza como day-trade:I - o exercício da opção e a venda ou compra do ativo no mercado à vista, no mesmo dia;II - o exercício da opção e a venda ou compra do contrato futuro objeto, no mesmo dia. Os titulares de valores mobiliários, como é caso das ações adquiridas em bolsa, podem operar no mercado a vista e no mercado de opções de forma conjugada. Denomina-se lançador da opção de compra aquele investidor que manda seu corretor lançar (vender) opção de compra de seu ativo objeto, indicando a série da opção e o prêmio desejado (preço da opção). Os contratos de opções são formados por séries padronizadas que indicam a data do vencimento do contrato e o preço pelo qual o contrato será liquidado pelo titular da opção (strike da opção). Vamos nos valer ainda do mesmo exemplo numérico para aventar a hipótese de que nosso investidor, no mês de setembro de 2.009, tenha resolvido fazer uma venda coberta pelas ações Vale5 de sua carteira, com as seguintes características:

série VALEJ36 quantidade: 5.000 opções

Vencimento Valor do Prêmio Preço de Exercício

21-10-2009 0,50 por ação 35,75 (strike)

Efetuado o lançamento o investidor receberá R$2.500,00 reais e ficará aguardando o dia do vencimento das opções para saber se o resultado auferido será considerado ganho no mercado de opções ou se o valor recebido será agregado ao produto da venda definitiva das ações para apuração do ganho líquido no mercado a vista. Admitindo-se que o titular das opções resolva exercer o seu direito de comprar porque, no dia 21 de Outubro de 2.009, as ações Vale5 estavam cotadas no mercado a vista a R$38,00 cada, fará o titular, então, o pagamento contratado (R$31,75 multiplicado por 5.000) no montante de R$158.750,00 ao exercido. Seu custo total (de quem exerceu o direito de compra) de aquisição será então de R$161.250,00 (R$158.750,00 mais R$2.500,00). Vendendo no mesmo dia, o lote de ações compradas pelo valor de R$190.000,00 (5.000 vezes R$38,00) o comprador/vendedor das opções terá um ganho no mercado a vista de R$28.750,00 (R$190.000,00 - R$161.250,00). Houve no mesmo dia e com o mesmo objeto uma operação de compra e uma de venda que encerrou a posição comprada. Embora tenha ocorrido este encerramento de posição, a operação não será considerada operação de Day Trade para fins de incidência tributária, porque os ativos foram transferidos de um titular para outro, mediante movimentação física na custódia dos papeis e, ainda, o exercício da opção se consuma na consolidação de uma compra iniciada em data anterior (data em que foram adquiridas as opções de compra). III - Procedimentos operacionais da CBLC A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia - CBLC- é uma instituição auxiliar no Mercado de Capitais que atua de forma vinculada às Bolsas de Valores e de Mercadorias prestando serviços, em tempo real, de gestão e controle escritural dos ativos negociados. Entre outras atividades a entidade se responsabiliza pela Compensação Multilateral que se perpetra pela entrega dos ativos comprados ao investidor comprador enquanto ao investidor vendedor entrega os recursos financeiros correspondentes à venda efetuada. Assim, sob o ponto de vista jurídico, a CBLC figura como contraparte nos contratos de compra e venda de ativos listados em Bolsa. Em outras palavras, para fins negociais quem compra um ativo compra da CBLC e quem vende um ativo o vende para a CBLC. Consta do Manual de Procedimentos Operacionais da CBLC (Capítulo III - Compensação e liquidação, item 2.3): "No processo de Compensação, a CBLC considera as Operações Day Trade. Estas Operações são constituídas por:Operações de compra e de venda de Ativos, da mesma espécie, forma, classe e de emissão do

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mesmo Emissor, realizadas em uma mesma sessão de negociação, por determinado Participante de Negociação, para um mesmo Investidor, sob a responsabilidade de um mesmo Agente de Compensação e tendo sido indicada a mesma Conta de Custódia; ((...))Os saldos líquidos em recursos financeiros dos Participantes de Negociação e dos Investidores são calculados somente para fins de informação, não implicando em qualquer responsabilidade da CBLC na transferência de recursos financeiros entre Agentes de Compensação e Participantes de Negociação e entre estes e Investidores.(...) Desta forma o conceito de "day trade" para a CBLC não é o mesmo conceito utilizado para fins tributários. Para a CBLC se o investidor assume numa mesma sessão, e por intermédio de uma mesma corretora, as posições de comprador e vendedor, ou vice versa, de um mesmo ativo, será sua conta de controle de ativos sensibilizada apenas pelos registros das quantidades vendidas e compradas. Por ser o investidor devedor e credor ao mesmo tempo não há compensação financeira multilateral. A apuração do saldo líquido a pagar, ou a receber, é apurado pela CBLC como mera informação, ficando a responsabilidade pelo débito ou crédito, na conta corrente do investidor, a cargo da instituição que intermediou a operação que no caso se trata da corretora que emitiu as ordens de compra e de venda. Por estas razões cabe, neste ponto, a advertência para a leitura das Notas de Corretagem emitidas pelas Corretoras. Esta emissão segue os procedimentos operacionais impostos pela CBLC. Assim quando acontecer de o lançador de opções de compra (CALL) ser exercido e, no mesmo dia, adquirir os mesmos ativos objeto com os recursos financeiros oriundos do exercício das opções antes lançadas, a CORRETORA RESPONSÁVEL marcará tais eventos como sendo "day trade" , muito embora, para fins tributários, o investidor deverá seguir o procedimento indicado para a apuração do resultado auferido em venda de ações, considerando como produto da venda a soma do valor do prêmio recebido quando do lançamento das opções mais o preço do exercício ( strike) recebido. Este resultado, quando positivo, será objeto de tributação à alíquota de 15% - alíquota de operações comuns- e não à alíquota de 20% aplicável às operações de "day trade". Destarte há de se recomendar toda a atenção possível na leitura das Notas de Corretagem. IV - Alíquota diferenciada para "day trade" A tributação em separado das operações de Day Trade foi instaurada pelo artigo 2º da Lei nº 11.033 de 2004, "verbis": Art. 2º O disposto no art. 1º desta Lei não se aplica aos ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas, inclusive day trade , que permanecem sujeitos à legislação vigente e serão tributados às seguintes alíquotas:I - 20% (vinte por cento), no caso de operação day trade ;II - 15% (quinze por cento), nas demais hipóteses. O estabelecimento de alíquota diferenciada para a tributação das operações de Day Trade trouxe outras conseqüências além da própria majoração da antiga alíquota de 15% para 20%, como veremos nos tópicos seguintes. V - Perdas incorridas em operações de "day trade" Como regra geral, da tributação mensal dos ganhos auferidos em renda variável, está autorizada a compensação das perdas incorridas em determinados mês do ano calendário, com os ganhos líquidos auferidos nos meses subseqüentes, até o exaurir total da perda incorrida (Lei nº 8.981 de 1.995, art. 72 §4º). Entretanto esta regra geral não se aplica as operações de Day Trade, seja pelo princípio de que a lei especial prevalece sobre a geral, seja pela interpretação sistemática do ordenamento que conduz à tributação em separado em razão da imposição de alíquota especifica, por disposição expressa de Lei. Tal inferência está em plena consonância com o disposto na IN RFB nº 1.022 de 2010, "verbis": Compensação de PerdasArt. 53. Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as

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perdas incorridas nas operações de que tratam os arts. 47 e 49 a 51 poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subsequentes, inclusive nos anos calendário seguintes, em outras operações realizadas em qualquer das modalidades operacionais previstas naqueles artigos, exceto no caso de perdas em operações de day-trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mesma espécie. Parágrafo único. As perdas a que se refere este artigo não poderão ser compensadas com ganhos em operações day-trade de que trata o art. 54.Operações de Day-TradeArt. 54. Os rendimentos auferidos em operações de day-trade realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, por qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta, sujeitam-se à incidência do imposto sobre a renda na fonte à alíquota de 1% (um por cento).§ 10. As perdas incorridas em operações de day-trade somente poderão ser compensadas com os rendimentos auferidos em operações da mesma espécie (day-trade), realizadas no mês, observado o disposto no § 11.§ 11. O resultado mensal da compensação referida no § 10:I - se positivo, será tributado à alíquota de 20% (vinte por cento);II - se negativo, poderá ser compensado com os resultados positivos de operações de day-trade apurados nos meses subsequentes. Para os casos de operações de Day Trade está em vigor a norma que determina procedimentos ordenados de compensação de perdas - §6º do art. 8º da Lei nº 9.959 de 2000 - com a seguinte redação: § 6º As perdas incorridas em operações day trade somente poderão ser compensadas com os rendimentos auferidos em operações de mesma espécie (day trade), realizadas no mês, observado o disposto no parágrafo seguinte. § 7º O resultado mensal da compensação referida no parágrafo anterior: I - (...) II - se negativo, poderá ser compensado com os resultados positivos de operações de day trade apurados no meses subseqüentes. Anota-se que o inciso I do § 7º está derrogado pela superveniência do art. 2º da Lei nº 11.033 de 2004 que instituiu o regime tributário em separado das operações de Day Trade. Esta derrogação não permite, desde 1º de janeiro de 2.005, que perdas incorridas no mercado a vista, por exemplo, sejam somadas aritmeticamente - compensadas- aos ganhos em operações de day trade. Algo que foi legalmente admitido por certo tempo de vigência de alíquota única para renda variável e para Day Trade. Como o leitor pode perceber o primeiro passo na compensação de perdas é a compensação das perdas com os ganhos auferidos no próprio mês das realizações das operações positivas e negativas. Embora a compensação seja sempre uma opção do contribuinte, ao exercê-la, o mesmo deverá se guiar fielmente pela regra estabelecida. A regra instrumental vem escrita com o advérbio "somente", indicando, claramente, uma imposição de rotina de atos a ser seguida. Dado este primeiro e compulsório passo e, se ainda houver perda não compensada no mês, será o saldo remanescente da perda controlado (estocado) até o mês seguinte para efeitos de ser realizada novamente a compensação. Não há limite temporal ao ato de compensar, mas a compensação sempre estará limitada, em cada mês de apuração, ao resultado positivo mensal auferido. Por isso mesmo é que devemos lembrar o leitor que os gastos com corretagem e emolumentos pagos na operação de "day trade" somente poderão ser deduzidos do resultado quando este for positivo; em caso de resultado negativo na operação este prejuízo não poderá ser majorado pela redução das despesas incorridas na operação. Há de se notar que em caso de realização de operação com prejuízo, as despesas incorridas, assumem a feição de renda consumida, para as pessoas físicas, eis que a lei permite somente a redução da base de cálculo do imposto ( resultado positivo), "ex vi" do disposto no §3º do art.

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45, c/c inciso II do art. 54 da IN RFB 1.022/2010. Em outras palavras, passível de compensação é a perda na operação enquanto despesa incorrida é deduzida de um rendimento. VI - Tributação na fonte das operações de "day trade" No mercado de capitais a incidência de fonte no ganho líquido, mensal, apurado em renda variável (0, 005%) e a incidência nos ganhos auferidos em Day Trade resultam em imposto de renda de fonte conhecido como "Dedo Duro". A finalidade da tributação não é propriamente de arrecadar e sim de construir e manter um controle administrativo dos contribuintes que operam em renda variável. Pela via do recolhimento de pequenos valores a Administração toma conhecimento de todos os CPF(s) e bases de cálculo assumidas pelas corretoras intervenientes nas operações, quando estas corretoras apresentam a Declaração de Imposto Retido na Fonte- DIRF-. Quanto à Day Trade a incidência de fonte está prevista em 1% sobre o ganho conforme disposto na Lei nº 9.959 de 2000, art. 8º: Art. 8º Os rendimentos auferidos em operações de day trade realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, por qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta, sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de um por cento. Para fins de incidência de fonte a base de cálculo será sempre o rendimento auferido no dia, sendo considerado rendimento somente o resultado positivo auferido. Caso ocorra num único dia resultados positivos e resultados negativos, estes poderão ser compensados entre si, desde que o ordenante das operações tenha operado por intermédio de uma única instituição (§2º do art. 8º da Lei nº 9.959 de 2000). Esta regra diz respeito à compensação de resultados e não à compensação do tributo em si. Cuida-se de regra a ser observada pela instituição financeira que é responsável pela apuração e recolhimento do tributo. VII - Formas autorizadas de compensação do imposto de fonte Ao final de cada período de apuração mensal, caberá ao contribuinte, Pessoa Física, reunir as notas de corretagem para apuração do valor a ser recolhido a título de imposto de renda incidente sobre rendimentos de operações de Day Trade; advirta-se, no ponto, que as corretoras somente são responsáveis pelo imposto de fonte. Consolidados os resultados auferidos em uma ou mais corretora e sendo o resultado final positivo, configura-se a existência de base de cálculo para a aplicação da alíquota de 20%. Após a aplicação desta alíquota tomar-se-á conhecimento do valor da obrigação tributária a ser adimplida. Este valor não necessariamente será o valor efetivo a ser recolhido, justamente porque dele serão subtraídos os valores pagos na fonte a titulo de antecipação do valor devido. Portanto o que se paga na fonte é considerado antecipação do devido. Esta compensação deve ser feita em plano primeiro por que se trata de procedimento inerente à própria apuração da obrigação tributária. Ainda que expressas em Lei ou em Atos Normativos, autorizações de compensação só terão relevância jurídica quando o total pago na fonte for superior ao devido no período mensal de apuração (situação de indébito tributário). Em outras palavras, quando o que foi pago na fonte superar o devido pela obrigação incorrida, no período de apuração. Como vimos as finalidades destas incidências de fonte são de índole administrativa - Day Trade e Ganhos Líquidos em Renda Variável, têm a mesma natureza -. Na redação do §§ 8º e 9º do art. 54 da Instrução Normativa RFB nº 1.022 de 2010, há uma ordem de compensação a ser seguida que pode até resultar num Pedido de Restituição. Reza o citado ato normativo no ponto: § 8º O valor do imposto retido na fonte sobre operações de day-trade poderá ser: I - deduzido do imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados no mês;II - compensado com o imposto incidente sobre ganhos líquidos apurados nos meses subsequentes, se, após a dedução de que trata o inciso I, houver saldo de imposto retido.§ 9º Se, ao término de cada ano-calendário, houver saldo de imposto retido na fonte a compensar, fica facultado à pessoa física ou às pessoas jurídicas de que trata o inciso II do § 12, solicitar restituição nos termos previstos na legislação de regência.

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Em relação ao que constava da IN SRF 487 de 2004 foram estreitados as vias de compensação, pois a autoridade administrativa permitia a compensação do IR com o imposto devido sobre ganhos de capital na alienação de ações e com o imposto devido na declaração de ajuste. Por todo o exposto, queremos crer que a melhor interpretação destes dispositivos poderia ser assim explicitada: ORDEM PERÍODO VALOR A REDUZIR

1º No mês Deduzido do imposto sobre Day Trade

2º No mês Compensado com o imposto sobre Renda Variável

3º No mês subseqüente Compensado com o imposto devido sobre Day Trade

4º No mês subseqüente Compensado com o imposto devido sobre Renda Variável

8º No ano calendário Por opção, formalizar Pedido de Restituição caso exista imposto a compensar ao final do ano calendário.

VIII - Prazo de recolhimento do imposto e respectivo Código de Receita O imposto sobre os rendimentos auferidos em operações de Day Trade, auferidos por pessoas físicas residentes e domiciliados no País, será recolhido até o ultimo dia útil do mês seguinte ao do acontecimento do ganho (§4º do art. 45 da IN RFB nº 1.022/2010). O documento de arrecadação - DARF- será preenchido com o código de receita 6015 (Ganhos Líquidos em Operações em Bolsa) quando devido por pessoa física. As instituições financeiras usarão o código 8468 para indicar o imposto de fonte retido de pessoa física. Embora o imposto sobre os rendimentos auferidos em operações de Day Trade seja recolhido juntamente com o imposto incidente sobre os Ganhos Líquidos em Renda Variável, deve-se atentar para o fato de que os cálculos serão sempre distintos, sendo os documentos e memórias de apuração, mantidos em poder do cidadão até que se extinga o prazo de lei para que as autoridades tributárias possam rever os atos praticados pelos contribuintes. IX - Isenção Não se aplica aos rendimentos auferidos em Day Trade a isenção prevista no art. 3º da Lei nº 11.033 de 2004, verbis: Art. 3º Ficam isentos do imposto de renda:I - os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações no mercado à vista de ações nas bolsas de valores e em operações com ouro ativo financeiro cujo valor das alienações, realizadas em cada mês, seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), para o conjunto de ações e para o ouro ativo financeiro respectivamente;

FONTE: FISCOSoft.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

IRPF: RENDIMENTOS RECEBIDOS DO EXTERIOR – JANEIRO DE 2013 – ADE COSIT Nº 36, DE 19/12/2012

Divulga o valor do dólar dos Estados Unidos da América para efeito da apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda, no caso de rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior, no mês de janeiro de 2013.

O COORDENADOR-GERAL DE TRIBUTAÇÃO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso V do art. 293 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela

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Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto nos arts. 5º e 6º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, Declara: Artigo. Único. Para efeito da apuração da base de cálculo do imposto sobre a renda, no caso de rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior: I - os rendimentos em moeda estrangeira que forem recebidos no mês de janeiro de 2013, bem assim o imposto pago no exterior, serão convertidos em reais mediante a utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América fixado para compra no dia 14/12/2012, cujo valor corresponde a R$ 2,0834; II - as deduções que serão permitidas no mês de janeiro de 2013 (incisos II, IV e V do art. 4º da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, serão convertidas em reais mediante a utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América fixado para venda no dia 14/12/2012, cujo valor corresponde a R$ 2,0840.

FERNANDO MOMBELLI

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

PROFISSIONAIS DA CONTABILIDADE: RECADASTRAMENTO NACIONAL – ALTERAÇÕES – RES. CFC Nº 1.419, DE 21/12/2012

Aprova, AD REFERENDUM do Plenário do Conselho Federal de Contabilidade, a alteração do caput do Art. 5º da Resolução CFC nº 1.404/2012, que dispõe sobre o recadastramento nacional dos profissionais da Contabilidade e dá outras providências.

O PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no uso de suas atribuições legais e regimentais, Considerando a necessidade de atualização dos cadastros dos profissionais da Contabilidade e a adequação do prazo para o recadastramento no âmbito nacional, Resolve: Art. 1º O caput do Art. 5º da Resolução CFC nº 1.404/2012 passa a vigorar com a seguinte redação: Artigo 5º O recadastramento ocorrerá no período de 1º de outubro de 2012 a 31 de março de 2013. Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JUAREZ DOMINGUES CARNEIRO

FONTE: Diário Oficial da União – 26/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

R F B: ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO-TRIBUTÁRIO DIFERENCIADO – INFORMATIVO

RFB - Acompanhamento econômico-tributário diferenciado - Parâmetros para indicação das pessoas jurídicas - Ano de 2013 Por meio da Portaria nº 2.563/2012 foram estabelecidos parâmetros para a indicação das pessoas jurídicas a serem submetidas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado e especial no ano de 2013. Deverão ser indicadas para acompanhamento diferenciado, as pessoas jurídicas:a) sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual, no ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 120.000.000,00 (cento e vinte milhões de reais);

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b) cujo montante anual de débitos declarados nas Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais);c) cujo montante anual de massa salarial informada nas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 21.000.000,00 (vinte e um milhões de reais); ou d) cujo total anual de débitos declarados nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais).No tocante ao acompanhamento especial serão indicadas as pessoas jurídicas:a)sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual, no ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais);b) cujo montante anual de débitos declarados nas DCTF, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais); c) cujo montante anual de massa salarial informada nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 75.000.000,00 (setenta e cinco milhões de reais); d) cujo total anual de débitos declarados nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais).Por fim, foi revogada a Portaria RFB n° 3.778 /2011, que estabelecia parâmetros para seleção das pessoas.

FONTE: FISCOSoft.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

R F B: ESTABELECE PARÂMETROS PARA A INDICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS A SEREM SUBMETIDAS AO ACOMPANHAMENTO ECONÔMICO-TRIBUTÁRIO DIFERENCIADO – PORT. RFB Nº 2.563, DE 19/12/2012

Estabelece parâmetros para a indicação das pessoas jurídicas a serem submetidas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado e especial no ano de 2013 e dá outras providências.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 280 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em vista o disposto na Portaria RFB nº 2.356, de 14 de dezembro de 2010, Resolve: Art. 1º Os parâmetros para a indicação das pessoas jurídicas a serem submetidas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado e especial no ano de 2013 devem observar as disposições desta Portaria.

Capítulo IDa Indicação ao Acompanhamento Diferenciado

Art. 2º Para fins do disposto no art. 6º da Portaria RFB nº 2.356, de 14 de dezembro de 2010, deverão ser indicadas, para o acompanhamento diferenciado a ser realizado no ano de 2013, as pessoas jurídicas: I - sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual, no ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 120.000.000,00 (cento e vinte milhões de reais); II - cujo montante anual de débitos declarados nas Declarações de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais);

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III - cujo montante anual de massa salarial informada nas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 21.000.000,00 (vinte e um milhões de reais); ou IV - cujo total anual de débitos declarados nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais). Parágrafo único. Além daquelas indicadas na forma do caput, estarão sujeitas ao acompanhamento diferenciado no ano de 2013 as pessoas jurídicas indicadas nos termos dos §§ 1º, 2º e 3º do art. 6º da Portaria RFB nº 2.356, de 2010.

Capítulo IIDa Indicação ao Acompanhamento Especial

Art. 3º Para fins do disposto no art. 6º da Portaria RFB nº 2.356, de 2010, deverão ser indicadas, para o acompanhamento especial a ser realizado no ano de 2013, as pessoas jurídicas: I - sujeitas à apuração do lucro real, presumido ou arbitrado, cuja receita bruta anual, no ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais); II - cujo montante anual de débitos declarados nas DCTF, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais); III - cujo montante anual de massa salarial informada nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 75.000.000,00 (setenta e cinco milhões de reais); ou IV - cujo total anual de débitos declarados nas GFIP, relativas ao ano-calendário de 2011, seja superior a R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais). Parágrafo único. Além daquelas indicadas na forma do caput, estarão sujeitas ao acompanhamento especial no ano de 2013 as pessoas jurídicas indicadas nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 6º da Portaria RFB nº 2.356, de 2010.

Capítulo IIIDas Disposições Gerais

Art. 4º Para fins do enquadramento de que tratam os arts. 2º e 3º, serão consideradas as informações em poder da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) à época da definição da relação final dos contribuintes sujeitos ao referido acompanhamento. Art. 5º Expirado o período do acompanhamento de que trata esta Portaria, e na ausência de novo disciplinamento normativo, os contribuintes indicados na forma dos arts. 2º e 3º permanecerão sob o acompanhamento nos anos subsequentes. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º Fica revogada a Portaria RFB nº 3.778, de 21 de dezembro de 2011.

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

FONTE: Diário Oficial da União – 20/12/2012.

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TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES: RESTITUIÇÃO, RESSARCIMENTO, COMPENSAÇÃO E REEMBOLSO DE TRIBUTO OU CONTRIBUIÇÃO ADMINISTRADOS PELAS SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL – PROCEDIMENTO

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: CENOFISCO.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.758, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 8º da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue a alínea "b" do item 5 do § 1º do artigo 313-W do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000: "b) condimentos e temperos compostos, incluindo molho de pimenta e outros molhos, em embalagens imediatas de conteúdo inferior ou igual a 1 kg, exceto as embalagens contendo envelopes individualizados (sachês) de conteúdo igual ou inferior a 32 gramas, 2103.90.21 e 2103.90.91;" (NR). Art. 2º Fica acrescentado, com a redação que se segue, o item 31-A ao § 1º do artigo 313-Y do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000: "31-A - tubos de alumínio e suas ligas, para refrigeração e ar condicionado, de uso na construção civil, 7608;" (NR). Art. 3º O estabelecimento paulista, exceto o indicado no inciso I do artigo 313-Y do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, relativamente ao estoque de mercadorias relacionadas no § 5º existente no final do dia 31 de dezembro de 2012, deverá: I - efetuar a contagem do estoque das mercadorias; II - elaborar relação, indicando, para cada item: a) o valor das mercadorias em estoque e a base de cálculo para fins de incidência do ICMS, considerando a entrada mais recente da mercadoria; b) a alíquota interna aplicável; c) o valor do imposto devido, calculado conforme o § 1º; d) o correspondente código na Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH); III - na hipótese de estar sujeito ao Regime Periódico de Apuração - RPA, transmitir, até 15 de fevereiro de 2013, arquivo digital à Secretaria da Fazenda, conforme disciplina por ela estabelecida, contendo a relação de que trata o inciso II e demais informações requeridas; IV - na hipótese de estar sujeito ao Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacional", manter a relação de que trata o inciso II em arquivo, pelo prazo de 5 (cinco) anos, para apresentação ao fisco, quando solicitado; V - recolher o valor do imposto devido em razão da operação própria e das subseqüentes, por meio de guia de recolhimentos especiais, conforme disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda. § 1º - O valor do imposto devido pela operação própria e pelas subseqüentes será calculado com base no Índice de Valor Adicionado Setorial - IVA-ST divulgado pela Secretaria da Fazenda: 1 - mediante a seguinte fórmula: a) em se tratando de contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apuração - RPA:

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Imposto devido = (base de cálculo x alíquota interna) + (base de cálculo x IVA-ST x alíquota interna); b) em se tratando de contribuinte sujeito ao "Simples Nacional": Imposto devido = base de cálculo x IVA-ST x alíquota interna; 2 - considerando-se, para determinação da base de cálculo, o valor da entrada mais recente da mercadoria. § 2º - O imposto devido poderá ser recolhido em até 10 (dez) parcelas mensais, iguais e sucessivas, com vencimento no último dia útil de cada mês, sendo que a primeira parcela deverá ser recolhida até 28 de fevereiro de 2013. § 3º - Na hipótese de contribuinte sujeito ao Regime Periódico de Apuração - RPA que possua saldo credor de ICMS em 31 de dezembro de 2012, este poderá ser utilizado para deduzir, no todo ou em parte, o imposto a recolher nos termos do inciso V, observando-se, sem prejuízo das demais exigências, o que segue: 1 - o valor do saldo credor utilizado para pagar o imposto calculado nos termos do § 1º deverá ser discriminado no final da relação a que se refere o inciso II; 2 - o montante de saldo credor utilizado para pagamento do imposto devido nos termos deste parágrafo será lançado no livro Registro de Apuração do ICMS - RAICMS, na folha destinada à apuração das operações e prestações próprias do período em que ocorrer o aludido levantamento de estoque, no campo "Estorno de Créditos" do quadro "Débito do Imposto", com a indicação da expressão "Liquidação (parcial ou total) do imposto devido por substituição tributária relativo ao estoque existente em 31/12/2012 - Decreto ___ (indicar o número deste decreto)". § 4º - O disposto neste artigo aplica-se, também, no que couber, às mercadorias referidas no § 5º na hipótese de sua saída do estabelecimento remetente ter ocorrido até 31 de dezembro de 2012 e o seu recebimento ter se efetivado após essa data. § 5º - As mercadorias a que se refere o "caput" são tubos de alumínio e suas ligas, para refrigeração e ar condicionado, de uso na construção civil, classificados na posição 7608 da NBM/SH. § 6º - O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de as mercadorias referidas no § 5º terem sido recebidas já com a retenção antecipada do imposto por substituição tributária. Art. 4º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, exceto os artigos 1º e 2º, que entram em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.759, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no Convênio ICMS-101/12, celebrado em Campo Grande, MS, no dia 28 de setembro de 2012, Decreta:

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Art. 1º Passam a vigorar com a redação que se segue os dispositivos adiante indicados do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000: I - o § 4º do artigo 130 do Anexo I: "§ 4º - Este benefício vigorará enquanto vigorar o Convênio ICMS-09/07, de 30 de março de 2007." (NR); II - o § 3º do artigo 14 do Anexo III: "§ 3º - Este benefício vigorará enquanto vigorar o Convênio ICMS-08/03, de 4 de abril de 2003." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.760, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 8º da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passam a vigorar com a redação que se segue os itens 1 e 2 do § 1º do artigo 313-Z1 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000: "1 - suportes para camas (somiês), inclusive "box", 9404.10.00;" (NR); "2 - colchões, 9404.2;" (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.761, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

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GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso IV do artigo 170 da Constituição Federal e no inciso III do artigo 47 da Constituiçao Estadual, Decreta: Art. 1º Ficam revogados os dispositivos adiante indicados do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000: I - o § 4º do artigo 29 das Disposições Transitórias; II - o § 3º do artigo 30 do Anexo II; III - o § 3º do artigo 32 do Anexo II; IV - o § 3º do artigo 33 do Anexo II; V - o § 3º do artigo 34 do Anexo II; VI - o § 3º do artigo 35 do Anexo II; VII - o § 3º do artigo 37 do Anexo II; VIII - o § 3º do artigo 39 do Anexo II; IX - o § 2º do artigo 44 do Anexo II; X - o § 3º do artigo 54 do Anexo II; XI - o § 3º do artigo 55 do Anexo II; XII - o § 3º do artigo 56 do Anexo II; XIII - o § 3º do artigo 57 do Anexo II; XIV - o § 3º do artigo 58 do Anexo II; XV - o § 4º do artigo 24 do Anexo III; XVI - o § 3º do artigo 31 do Anexo III; XVII - o § 3º do artigo 34 do Anexo III; XVIII - o parágrafo único do artigo 35 do Anexo III. Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.762, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto nos artigos 8º, XXIV e § 10, e 47, parágrafo único, item 2, da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passam a vigorar com a redação que se segue os dispositivos adiante indicados do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000:

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I - o § 2º do artigo 350: "§ 2º - O disposto no § 1º vigorará até 30 de junho de 2014." (NR); II - o § 2º do artigo 395-C: "§ 2º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014." (NR); III - o § 3º do artigo 395-D: "§ 3º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014."; (NR); IV - o § 2º do artigo 395-F: "§ 2º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014." (NR); V - o § 3º do artigo 395-G: "§ 3º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014."; (NR); VI - o § 2º do artigo 395-I: "§ 2º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014." (NR); VII - o § 3º do artigo 395-J: "§ 3º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014."; (NR); VIII - o § 3º do artigo 395-L: "§ 3º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014."; (NR); IX - o § 3º do artigo 27 das Disposições Transitórias: "§ 3º - O disposto neste artigo vigorará até 30 de junho de 2014." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.763, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 8º, XXIV e § 10, da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Fica acrescentado o artigo 396-B à Seção XVI do Capítulo IV do Título II do Livro II do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação: "Artigo 396-B. O lançamento do imposto incidente na saída interna de produtos da indústria de processamento eletrônico de dados que estivessem abrangidos pelas disposições do artigo 4º da Lei federal 8.248, de 23 de outubro de 1991, na redação vigente em 13 de dezembro de 2000, e pela redação dada a esse artigo pela Lei 10.176, de 11 de janeiro de 2001, realizada pelo estabelecimento fabricante, fica diferido, na proporção de 61,11% (sessenta e um inteiros e onze centésimos por cento) do valor da operação, para o momento em que ocorrer a saída dos referidos produtos promovida por estabelecimento comercial." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos desde 30 de outubro de 2012.

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Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.764, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e com fundamento no artigo 46 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue o "caput" do artigo 34 das Disposições Transitórias do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000: "Artigo 34. (DDTT) Para fins de obtenção de financiamento junto à Agência de Fomento do Estado de São Paulo, os estabelecimentos que efetuam o abate de aves em território deste Estado ficam autorizados a outorgar em garantia os créditos acumulados gerados no período de 1º de junho de 2012 a 31 de dezembro de 2013 em decorrência da aplicação do disposto no artigo 35 do Anexo III deste Regulamento." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.765, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso IV do artigo 170 da Constituição Federal e no inciso III do artigo 47 da Constituição Estadual, Decreta: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue o artigo 52 do Anexo II do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000: "Artigo 52. (PRODUTOS TÊXTEIS) Fica reduzida a base de cálculo do imposto incidente na saída interna efetuada pelo estabelecimento fabricante, exceto para consumidor final, dos produtos a seguir indicados, de forma que a carga tributária resulte no percentual de:

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I - 12% (doze por cento), relativamente aos produtos classificados nos códigos 5402 a 5406, 5501 a 5507 e 5902.20.00 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM; II - 7% (sete por cento), relativamente aos seguintes produtos classificados segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM: a) produtos classificados nos capítulos 50 a 58 e 60 a 63, exceto os produtos das posições 5402 a 5406, 5501 a 5507, 5601 e 6309, ressalvado o disposto na alínea "e"; b) produtos classificados na posição 5901, exceto 5901.10.00; c) botões, 9606; d) fechos ecler (fechos de correr), 9607.1; e) fibras têxteis de comprimento não superior a 5mm ("tontisses"), 5601.30; f) edredões, almofadas, pufes e travesseiros, 9404.90.00; g) bonés, 6505.00.1; h) gorros, 6505.00.2; i) chapéus, 6505.00.3. § 1º - A redução da base de cálculo prevista neste artigo aplica-se, também, à saída interna das mercadorias indicadas no "caput" realizada: 1 - por outro estabelecimento do mesmo titular do estabelecimento fabricante localizado neste Estado que as tenha recebido em transferência deste; 2 - pelo estabelecimento encomendante, na hipótese de as referidas mercadorias terem sido produzidas sob encomenda em estabelecimento de terceiro localizado neste Estado, desde que o encomendante, alternativamente: a) tenha fornecido os insumos utilizados na fabricação das mercadorias; b) seja o detentor da marca sob a qual a mercadoria será comercializada; c) esteja credenciado perante a Secretaria da Fazenda, nas demais hipóteses de terceirização parcial ou integral de fabricação. § 2º - O benefício previsto neste artigo condiciona-se a que: 1 - o contribuinte esteja em situação regular perante o fisco; 2 - o contribuinte não possua, por qualquer de seus estabelecimentos: a) débitos fiscais inscritos na dívida ativa deste Estado; b) débitos do imposto declarados e não pagos no prazo de até 30 (trinta) dias contados da data de seu vencimento; c) débitos do imposto decorrentes de Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM, em relação ao qual não caiba mais defesa ou recurso na esfera administrativa, não pagos no prazo fixado para o seu recolhimento; d) débitos decorrentes de Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM ainda não julgado definitivamente na esfera administrativa, relativos a crédito indevido do imposto proveniente de operações ou prestações amparadas por benefícios fiscais concedidos em desacordo com o disposto no artigo 155, § 2º, XII, "g", da Constituição Federal; 3 - na hipótese de o contribuinte não atender ao disposto no item 2: a) os débitos estejam garantidos por depósito, judicial ou administrativo, fiança bancária, seguro de obrigações contratuais ou outro tipo de garantia, a juízo da Procuradoria Geral do Estado, se inscritos na dívida ativa, ou a juízo do Coordenador da Administração Tributária, caso ainda pendentes de inscrição na dívida ativa; b) os débitos declarados ou apurados pelo fisco sejam objeto de pedido de parcelamento deferido e celebrado, que esteja sendo regularmente cumprido; c) o Auto de Infração e Imposição de Multa - AIIM ainda não julgado definitivamente na esfera administrativa seja garantido por depósito administrativo, fiança bancária, seguro de obrigações contratuais ou outro tipo de garantia, a juízo do Coordenador da Administração Tributária. § 3º - Não se exigirá o estorno proporcional do crédito do imposto relativo às mercadorias beneficiadas com a redução de base de cálculo prevista neste artigo." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor em 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

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ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.766, DE 20/12/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 46 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue o § 10 do artigo 30 das Disposições Transitórias do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000: "§ 10 - O disposto neste artigo aplica-se ao crédito acumulado gerado no período de abril de 2010 a dezembro de 2013, cujo pedido de apropriação seja protocolado até o último dia útil do mês de janeiro de 2014". (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.767, DE 20/12/2012

Altera o Regulamento do ICMS e o Decreto nº 51.624, de 28 de fevereiro de 2007.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista a decisão liminar proferida pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.635, Decreta: Art. 1º Ficam revogados: I - o inciso I do artigo 26 do Anexo II do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000; II - o inciso XXIII do artigo 1º do Decreto nº 51.624, de 28 de fevereiro de 2007. Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos desde 30 de outubro de 2012.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

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ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.768, DE 20/12/2012

Altera os Decretos 53.051/08, 53.826/08 e 54.904/09, que tratam, respectivamente, do Programa de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de Veículo Automotor, dos Incentivos no Âmbito dos Parques Tecnológicos e do Programa de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de Produtos da Indústria de Processamento Eletrônico de Dados.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 46 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passam a vigorar com a redação que se segue os dispositivos adiante indicados do Decreto 53.051, de 3 de junho de 2008: I - o "caput" do artigo 2º, mantidos os seus incisos: "Artigo 2º O fabricante dos produtos descritos no parágrafo único do artigo 1º poderá utilizar o crédito acumulado do ICMS apropriado até 30 de junho de 2014, ou passível de apropriação, para:" (NR); II - o "caput" do artigo 3º, mantidos os seus incisos: "Artigo 3º Para fins de utilização do crédito acumulado do ICMS, nos termos deste decreto, o contribuinte deverá protocolar pedido junto à Secretaria de Desenvolvimento, dirigido à Comissão de Avaliação da Política de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, até 31 de julho de 2014, contendo no mínimo:" (NR). Art. 2º Passa a vigorar com a redação que se segue o "caput" do artigo 1º do Decreto 53.826, de 16 de dezembro de 2008, mantidos os seus incisos: "Artigo 1º As empresas integrantes de parques tecnológicos que compõem o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, a serem relacionadas por resolução conjunta dos Secretários de Estado da Fazenda, de Planejamento e Desenvolvimento Regional e de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia poderão utilizar o crédito acumulado do ICMS apropriado até 30 de junho de 2014, ou passível de apropriação, para:" (NR). Art. 3º Passam a vigorar com a redação que se segue os dispositivos adiante indicados do Decreto 54.904, de 13 de outubro de 2009: I - o "caput" do artigo 2º, mantidos os seus incisos: "Artigo 2º O crédito acumulado do ICMS, apropriado até 30 de junho de 2014, nos termos do artigo 72, II, do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, ou apropriado nos termos do artigo 9º deste decreto, poderá ser:" (NR); II - o "caput" do artigo 3º, mantidos os seus incisos: "Artigo 3º Para fins de utilização do crédito acumulado do ICMS, nos termos deste decreto, o contribuinte deverá protocolar pedido junto à Secretaria de Desenvolvimento, dirigido à Comissão de Avaliação da Política de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, até 31 de julho de 2014, contendo no mínimo:" (NR). Art. 4º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

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ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.769, DE 20/12/2012

Altera o Decreto 55.307, de 30-12-2009, que fixa prazo especial para recolhimento do ICMS devido, na condição de sujeito passivo por substituição, pelas operações subsequentes com as mercadorias que especifica.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 59 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue o artigo 2º do Decreto 55.307, de 30 de dezembro de 2009: "Artigo 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos para os fatos geradores ocorridos até 30 de junho de 2014." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.770, DE 20/12/2012

Altera o Decreto 57.686, de 27 de dezembro de 2011, que disciplina a concessão de regime especial para apropriação e utilização de crédito acumulado do ICMS por contribuinte classificado nos códigos 1011-2 e 1012-1 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), que realize saídas de carne e demais produtos comestíveis resultantes do abate de aves, gado e leporídeos.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 71 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue o artigo 3º do Decreto 57.686, de 27 de dezembro de 2011: "Artigo 3º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos até 31 de dezembro de 2013." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

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ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: CONTRIBUINTES QUE EXERCEM A ATIVIDADE DE COMÉRCIO VAREJISTA – PARCELAMENTO DO ICMS DEVIDO PELAS SAÍDAS DAS MERCADORIAS PROMOVIDAS EM DEZEMBRO DE 2012 – DEC. EST. SP Nº 58.757, DE 20/12/2012

Dispõe sobre a possibilidade de contribuintes que exercem a atividade de comércio varejista parcelarem o ICMS devido pelas saídas de mercadorias promovidas em dezembro de 2012.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no Convênio ICMS-74/06, de 3 de agosto de 2006, e no artigo 59 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Os contribuintes que exercem a atividade de comércio varejista poderão recolher o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS referente às saídas de mercadorias realizadas no mês de dezembro de 2012 em 2 (duas) parcelas mensais e consecutivas, com dispensa de juros e multas, desde que: I - a primeira parcela seja recolhida até o dia 21 do mês de janeiro de 2013; II - a segunda parcela seja recolhida até o dia 22 do mês de fevereiro de 2013. § 1º - O disposto neste artigo aplica-se aos contribuintes que, em 31 de dezembro de 2012, tenham a sua atividade principal enquadrada em um dos seguintes códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE: 1 - 36006; 2 - 45307 (exceto 4530-7/01, 4530-7/02 e 4530-7/06); 3 - 45412 (exceto 4541-2/01 e 4541-2/02); 4 - 47113, 47121, 47130, 47211, 47229, 47237, 47245, 47296, 47415, 47423, 47431, 47440, 47512, 47521, 47539, 47547, 47555, 47563, 47571, 47598, 47610, 47628, 47636, 47717, 47725, 47733, 47741, 47814, 47822, 47831, 47857 e 47890. § 2º - O recolhimento do ICMS na forma prevista neste artigo é opcional, ficando facultado ao contribuinte efetuar o recolhimento integral do imposto no mês de janeiro de 2013, até a data estabelecida no Anexo IV do Regulamento do ICMS - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000. § 3º - O contribuinte que deixar de efetuar o recolhimento de qualquer das parcelas até as datas previstas no "caput" ou efetuar o recolhimento em valores inferiores ao devido perderá direito ao benefício, ficando os valores recolhidos sujeitos à imputação, nos termos do artigo 595 do Regulamento do ICMS - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000. Art. 2º O recolhimento de cada uma das parcelas previstas no artigo 1º deverá ser efetuado por meio de Guia de Arrecadação Estadual - GARE-ICMS, observando-se o seguinte: I - no campo 03 (Código de Receita), deverá ser consignado "046-2"; II - no campo 07 (Referência), deverá ser consignado "12/2012"; III - no campo 09 (Valor do Imposto), deverá ser indicado o valor correspondente a 50% (cinqüenta por cento) do valor total do imposto devido. Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 20 de dezembro de 2012GERALDO ALCKMIN

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ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – ROTEIRO

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: FISCOSoft.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

NOTA FISCAL: VALOR MÍNIMO PARA EMISSÃO DE VENDA A CONSUMIDOR – PERÍODO 1º DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 – COM. DIR. ARRECADAÇÃO Nº 91, DE 18/12/2012

Divulga o valor mínimo para emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor para o período de 1º de janeiro a 31-12-2013.

O DIRETOR DE ARRECADAÇÃO, tendo em vista o que dispõe o Art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000 (D.O. de 1/12/2000), informa que, no período de 1º de janeiro a 31-12-2013, a emissão de Nota Fiscal de Venda a Consumidor será facultativa quando o valor da operação for inferior a R$ 10,00, desde que não exigida pelo consumidor.

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 19/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

UFESP: VALOR DA UNIDADE FISCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – PERÍODO 1º DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO DE 2013 – COM. DIR. ARRECADAÇÃO Nº 90, DE 18/12/2012

Divulga o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP para o período de 1º de janeiro a 31-12-2013.

O DIRETOR DE ARRECADAÇÃO, Considerando o que dispõe o artigo 603 das Disposições Finais do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30-11-2000 (D.O. de 1/12/2000), comunica que o valor da Unidade Fiscal do Estado de São Paulo - UFESP, para o período de 1º de janeiro a 31-12-2013, será de R$ 19,37.

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo - 19/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

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I S S: FEIRAS, EXPOSIÇÕES, CONGRESSOS E CONGÊNERES – PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO – TRATAMENTO FISCAL

SUMÁRIO1. Introdução 2. Fato Gerador 2.1. Definição 3. Local do Pagamento do Imposto 4. Base de Cálculo5. Alíquota 6. Contribuinte7. Responsabilidade pelo Pagamento do Imposto7.1. Hipóteses de retenção previstas no art. 6º do Decreto nº 53.151/127.2. Contratação de serviço de profissional autônomo7.3. Outras hipóteses de retenção do ISS previstas na legislação7.4. Prestador de serviços optante pelo SIMPLES Nacional8. Recolhimento do ISS pelo Prestador de Serviços8.1. Tomador de serviços estabelecido no exterior8.2. Tomador de serviços pessoa física8.3. Recolhimento em outro município9. Obrigação Acessória9.1. Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/Intermediário de Serviços (NFTS)10. Respostas da Consultoria Tributária da Secretaria das Finanças de São

Paulo11. Quadro Prático1. Introdução

Neste trabalho abordaremos o tratamento fiscal previsto na legislação do ISS do Município de São Paulo relativo à prestação de serviço de planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres, com fundamento no disposto no RISS, aprovado pelo Decreto nº 53.151/12, na Lei nº 13.701/03 e nas demais manifestações do Fisco Municipal.2. Fato Gerador

A prestação de serviços de planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres está sujeita à incidência do ISS, uma vez que consta no subitem 17.09 da Lista de Serviços a que se refere o Decreto nº 53.151/12.2.1. Definição

Conforme preceitua o Doutrinador Sergio Pinto Martins, in Manual do ISS, 6ª edição, Editora Atlas, p. 286, “organizar quer dizer pôr ordem, ordenar. Planejar significa determinar os objetos ou metas ou a coordenação de meios e recursos para atingi-los.

Feiras são lugares públicos em que são expostas e vendidas mercadorias. As exposições são as exibições de coisa, com o objetivo de venda ou não. Congressos são reuniões de pessoas que irão discutir determinada matéria específica ou tratar de negócios comuns.

A empresa que promove feiras e congressos procura e contrata o local em que as feiras ou congressos irão ser realizados, faz seleção do pessoal, supervisiona montagem de stands ou pavilhões, confecciona o material ou convites necessários, monta sistemas de som.

O ISS incide sobre as pessoas que planejam, organizam e administram feiras, exposições, congressos, como as empresas que administram feiras do automóvel, do livro, congressos de Medicina, de Direito etc.”.3. Local do Pagamento do Imposto

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O ISS, embora se apresente como um imposto de competência atribuída aos Municípios, sua instituição e cobrança devem atender a algumas normas fundamentais definidas em lei complementar à Constituição Federal, no caso, a Lei Complementar Federal nº 116/03.

A referida lei, além de outras providências, determina o local para onde o ISS deve ser pago (art. 3º da Lei Complementar Federal nº 116/03). Nesse sentido temos que, como regra, o ISS é devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, no domicílio do prestador. A norma, entretanto, comporta exceções, como se verifica em relação ao imposto incidente nos serviços de planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres, que será devido para o Município onde se realize o evento, cabendo ao contribuinte submeter-se à legislação daquele local, independentemente de onde se encontra estabelecido ou domiciliado.

Embora a presente matéria seja voltada, especificamente, à legislação regulamentar do ISS devido ao Município de São Paulo, envolvendo prestadores e contratantes dos serviços aqui situados, a análise do local da prestação, que encontra regulamentação nas disposições do art. 3º do RISS/12, é de fundamental importância para a determinação do imposto devido e demais obrigações fiscais a serem observadas, tanto pelo prestador dos serviços como pelo respectivo tomador, como teremos oportunidade de analisar adiante.4. Base de Cálculo

A base de cálculo do ISS é, em regra, o valor bruto cobrado pela prestação do serviço, não sendo admitidas quaisquer deduções, exceto os descontos ou abatimentos concedidos independentemente de qualquer condição (art. 17 do RISS/12).5. Alíquota

A atividade de planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres fica sujeita à tributação do ISS pela aplicação da alíquota de 2% (Instrução Normativa SF/SUREM nº 8/11).

Em regra, o recolhimento do valor do imposto será efetuado no dia 10 de cada mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores, contudo, para o serviço tratado nesse trabalho (subitem 17.09 da Lista de Serviços do art. 1º da Lei nº 13.701/03), o contribuinte deve recolher o imposto no primeiro dia da realização do evento, caso esta data ocorra antes do vencimento mencionado anteriormente (art. 71, inciso III, do RISS/12).

Para melhor visualização, reproduzimos, a seguir, os códigos de serviços relacionados com a referida atividade, os quais foram extraídos do Anexo I da Instrução Normativa SF/SUREM nº 8/11:Código

de Serviço

Item da Lei nº

13.701/03

Descrição Natureza Alíquota Base de Cálculo

Período de

Apuração

Data de Vencimento

Documentos Fiscais

(NOTA 1)

Livro Fiscal

(Modelo)07161 17.09 Planejamento,

organização e administração de

feiras, exposições,

congressos e congêneres.

PJ 2% Preço do

Serviço

Mensal No 1º dia da realização do evento ou no dia 10 do mês

seguinte ao de incidência, o que ocorrer

primeiro.

NFS-e 57

07170 17.09 Planejamento, organização e

administração de feiras,

exposições, congressos e congêneres (profissional autônomo).

PF 2% (NOTA

6)

Preço do

Serviço

Mensal No 1º dia da realização do evento ou no dia 10 do mês

seguinte ao de incidência, o que ocorrer

primeiro.

FACULTATIVO

6. Contribuinte

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Contribuinte do imposto é o prestador dos serviços de planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres, em conformidade com o disposto no art. 5º do RISS/12.7. Responsabilidade pelo Pagamento do Imposto7.1. Hipóteses de retenção previstas no art. 6º do Decreto nº 53.151/12

Como esclarecemos anteriormente, contribuinte do ISS é o prestador de serviços, a quem compete o respectivo pagamento. Contudo, sob algumas circunstâncias, o legislador determina que o tomador dos serviços seja responsável pelo cálculo, pela retenção e pelo efetivo recolhimento do imposto.

Assim, nos termos do art. 6º do Decreto nº 53.151/12, serão responsáveis pela retenção e pelo recolhimento do ISS as pessoas jurídicas, ainda que imunes ou isentas, e os condomínios edilícios residenciais ou comerciais, quando tomarem ou intermediarem os serviços ora analisados que lhes sejam prestados dentro do território do Município de São Paulo, independentemente do local onde se encontre estabelecido ou domiciliado o prestador (São Paulo ou outro Município).

Independentemente da retenção na fonte, o tomador dos serviços, na qualidade de responsável, fica obrigado a recolher o imposto integral, inclusive com os acréscimos legais, quando for o caso, restando excluída, nesse caso, qualquer responsabilidade do prestador dos serviços, em atendimento ao que determina o § 4º do art. 6º do Decreto nº 53.151/12.

Note-se que a responsabilidade pela retenção se verifica, exclusivamente, em relação aos serviços contratados que sejam prestados no Município de São Paulo, não se estendendo tal obrigação a serviços prestados fora, cujo imposto caberá ao Município da prestação, devendo o contribuinte subordinar-se à legislação daquele local.7.2. Contratação de serviço de profissional autônomo

Por meio da Instrução Normativa SF/SUREM nº 10/11, em vista do disposto nos incisos I e II do parágrafo único do art. 1º da Lei nº 14.097/05, no § 3º do art. 15 da Lei nº 13.701/03 na redação dada pela Lei nº 15.406/11, opcionalmente, os profissionais autônomos podem optar pela emissão da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e).

Os tomadores de serviços, denominados responsáveis tributários, ficam desobrigados da retenção e do pagamento do ISS, em relação aos serviços tomados ou intermediados, quando o prestador de serviços estabelecido no Município de São Paulo for profissional autônomo.

Observamos que, desde 01/01/2009, os profissionais autônomos estão isentos do pagamento do ISS, que tenham inscrição como pessoa física no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM), quando prestarem serviços descritos na lista do caput do art. 1º da Lei nº 13.701/03 (Lei nº 14.864/08).

Contudo, havendo contratação de prestador que não comprove sua inscrição na Prefeitura do Município de São Paulo como autônomo, o tomador será o responsável pela retenção do ISS, observando a base de cálculo e a alíquota previstas para a atividade, segundo as normas comuns de regulamento.7.3. Outras hipóteses de retenção do ISS previstas na legislação

Nos termos do art. 10 do Decreto nº 53.151/12, o tomador de serviços também será responsável pela retenção do ISS quando ocorrerem as seguintes hipóteses com o prestador de serviços:a) obrigado à emissão de Nota Fiscal de Serviços, Nota Fiscal-Fatura de Serviços, ou outro documento exigido pela Administração, não o fizer;b) desobrigado da emissão de Nota Fiscal de Serviços, Nota Fiscal-Fatura de Serviços ou outro documento exigido pela Administração, não fornecer recibo de que conste, no mínimo, o nome do contribuinte, o número de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM), o seu endereço, a descrição do serviço prestado, o nome e o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) do tomador e o valor do serviço.

O tomador, responsável pela retenção do ISS, ao efetuar a retenção do imposto, deverá fornecer comprovante ao prestador de serviços.

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7.4. Prestador de serviços optante pelo SIMPLES NacionalA opção pelo Regime Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES Nacional), como regra, implica no recolhimento do ISS devido pelo prestador de serviços englobadamente com os demais tributos alcançados pelo regime diferenciado e favorecido, segundo regras que lhe são próprias, conforme previstas na legislação específica (arts. 12 e 13 da Lei Complementar nº 123/06).

O recolhimento na forma do SIMPLES Nacional, entretanto, não exclui a incidência do ISS devido na qualidade de contribuinte ou responsável em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na fonte (inciso XIV do § 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123/06), circunstâncias em que deverão ser observadas as normas regulamentares do imposto previstas na legislação municipal competente.

Deve-se observar, entretanto, que com as alterações introduzidas à Lei Complementar nº 123/06, por meio da Lei Complementar nº 128/08, desde 01/01/2009, a retenção do imposto passou a ser o resultado da aplicação do percentual correspondente ao ISS que compôs a alíquota do SIMPLES Nacional a que o prestador ficou sujeito no mês anterior ao da prestação sobre o valor dos serviços.

Reiterando a exigência, o Município de São Paulo se fez manifestar sobre a retenção do ISS das empresas optantes pelo SIMPLES Nacional por meio do Ato Declaratório SF/SUREM nº 1/09, instruindo os contribuintes e responsáveis em relação aos procedimentos a serem observados, conforme segue:- A retenção na fonte de ISS das empresas optantes pelo SIMPLES Nacional somente será permitida se observado o disposto no art. 6º do Decreto nº 53.151/12, como se verifica em relação aos serviços descritos no item 17.09 da Lista de Serviços, que correspondem aos serviços ora em estudo.- O tomador não aplicará a alíquota utilizada pelo serviço no Município de São Paulo, e sim a alíquota informada pelo contribuinte optante pelo SIMPLES Nacional no documento fiscal.- O prestador de serviço optante pelo SIMPLES Nacional deve observar as seguintes regras:a) a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal emitido pelo prestador e corresponderá ao percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar nº 123/06 para a faixa de receita bruta a que a empresa optante pelo SIMPLES Nacional estiver sujeita no mês anterior ao da prestação;b) na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de atividades das empresas optantes pelo SIMPLES Nacional, deverá ser aplicada pelo tomador a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à menor alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar nº 123/06;c) na hipótese de a empresa optante pelo SIMPLES Nacional estar sujeita à tributação do ISS no SIMPLES Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção a que se refere esse tópico;d) na hipótese de a empresa optante pelo SIMPLES Nacional não informar a alíquota de que tratam as letras “a” e “b” anteriores, no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à maior alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V da Lei Complementar nº 123/06.8. Recolhimento do ISS pelo Prestador de Serviços

O imposto incidente na prestação do serviço será recolhido pelo prestador na hipótese em que o tomador dos serviços estiver situado fora do Município de São Paulo, sempre atentando para o fato de que o tributo incidente sobre os serviços deve ser recolhido no local onde se realiza o evento, conforme o item 3.8.1. Tomador de serviços estabelecido no exterior

Na hipótese em que o tomador de serviços tiver estabelecimento no exterior e não for estabelecido no Município de São Paulo, a responsabilidade pelo recolhimento do tributo é do prestador de serviços estabelecido neste Município.8.2. Tomador de serviços pessoa física

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Quando o tomador dos serviços for pessoa física, também é obrigação do prestador recolher o tributo, segundo as normas de regulamento.8.3. Recolhimento em outro Município

Se o prestador realizar serviços em outro Município, deverá observar a legislação do local, seja em relação à responsabilidade do tomador como, em sendo o caso, a obrigação de recolher em seu próprio nome, e, de qualquer forma, o imposto será recolhido naquele Município.9. Obrigação Acessória9.1. Nota Fiscal Eletrônica do Tomador/Intermediário de Serviços (NFTS)

A NFTS será emitida pelas pessoas jurídicas e pelos condomínios edilícios residenciais ou comerciais por ocasião da contratação de serviços nas seguintes situações (art. 117 do Decreto nº 53.151/12):a) quando os serviços tiverem sido tomados de prestador estabelecido fora do Município de São Paulo, ainda que não haja obrigatoriedade de retenção, na fonte, do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS);b) quando os serviços tiverem sido tomados de prestador estabelecido no Município de São Paulo que, obrigado à emissão de NFS-e, não o fizer;c) quando se tratar de prestador de serviço, estabelecido no Município de São Paulo, desobrigado da emissão de NFS-e ou outro documento exigido pela Administração, que não fornecer recibo de que conste, no mínimo, o nome do contribuinte, o número de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM), o seu endereço, a descrição do serviço prestado, o nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) do tomador e o valor do serviço.

Nas hipóteses previstas nas letras “b” e “c” deste subtópico, quando os serviços forem tomados por fundos de investimento ou clubes de investimento, a NFTS deverá ser emitida pelo seu administrador.10. Respostas da Consultoria Tributária da Secretaria das Finanças de São Paulo

Para melhor compreensão da matéria, transcrevemos a íntegra da Consulta nº 2.313/05, por meio da qual a Prefeitura de São Paulo presta esclarecimentos sobre diversas circunstâncias que envolvem a prestação dos serviços analisados:

“Consulta nº 2.313/05DOM-SP de 12/8/05Processo; Interessado; CCM2004-0.263.259-8; Grafite Feiras e Promoções LTDA; 3.273.063-2Despacho1. A requerente, regularmente inscrita no CCM sob os códigos de serviço 2496, 6297, e

7161 tem por objeto social (Cláusula Segunda do Contrato Social), entre outras atividades, a promoção, organização e realização de feiras e eventos de caráter comercial, promocional e cultural.

2. Faz sua consulta apresentando considerações sobre a legislação municipal vigente acerca do ISS, discorre sobre a responsabilidade tributária, e apresenta seu entendimento sobre o assunto.

2.1 - Anexa Proposta de Serviços e Contrato de locação de espaços em feira que promoveu.

3. Indaga:3.1 - Se o evento ocorrer em São Paulo, e o tomador do serviço estiver aqui estabelecido,

será ele o único responsável pela retenção e pagamento do imposto devido?;3.2 - Quando a feira/evento se realizar em São Paulo e o tomador estiver estabelecido em

outro Município, deve ele respeitar as regras de responsabilidade previstas na legislação do Município onde estiver instalado, ou o recolhimento ficará a cargo da requerente?;

3.3 - Como deverá proceder a requerente, caso o tomador dos serviços, estabelecido em outro Município, venha a fazer a retenção?;

3.4 - E quando o tomador tiver seu estabelecimento localizado no exterior?;75

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3.5 - E quando o tomador dos serviços da requerente for pessoa física?;3.6 - Se o tomador do serviço não retiver o ISS, qual será a responsabilidade da

requerente?; e3.7 - Quais as obrigações acessórias atribuídas à requerente, quando o recolhimento do

ISS ficar à cargo do tomador dos serviços?4. Com relação aos quesitos apresentados, temos o seguinte:4.1 - Se o tomador do serviço for pessoa jurídica estabelecida em São Paulo, ele deverá

reter e recolher o tributo, ainda que imune ou isento, conforme o art. 9º, inciso II, alínea ‘a’ da Lei Municipal nº 13.701 de 24/12/03.

4.2 - O recolhimento do tributo ficará a cargo da requerente quando o tomador dos serviços estiver situado fora deste Município, considerando também o fato de que o tributo incidente sobre os serviços, que são objeto desta consulta, deve ser recolhido no local onde se realiza o evento, conforme o art. 3º, inciso XIX da Lei Municipal nº 13.701 de 24/12/03.

4.2.1 - Se a requerente prestar serviços em outro Município, o tomador dos serviços deverá agir conforme a legislação local, sendo que, de qualquer forma, o tributo deverá ser recolhido naquele Município.

4.2.2 - Se o prestador de serviços de outro Município retiver o tributo, será dele a responsabilidade pelo pedido de restituição, ainda quando a própria requerente já tiver efetuado o recolhimento.

4.3 - Quando o tomador dos serviços tiver estabelecimento no Exterior e não for estabelecido em São Paulo, a responsabilidade pelo recolhimento do tributo é da requerente.

4.4 - Se o tomador dos serviços for pessoa física, também é obrigação da requerente recolher o tributo, conforme o regulamento.

4.5 - Se o tomador dos serviços não retiver o tributo, quando for cabível, a requerente não terá responsabilidade tributária, conforme dispõe o art. 9º, § 4º da Lei Municipal nº 13.701/03.

4.6 - As obrigações acessórias a serem cumpridas pela requerente, quando couber ao tomador dos serviços o recolhimento do tributo, são: a emissão da Nota Fiscal de Serviços Série ‘A’ (ou de Nota Fiscal-Fatura de Serviços) e o registro da operação na DES (Declaração Eletrônica de Serviços), nos termos dos arts. 96, 97, 108 e 126 do Decreto Municipal nº 44.450 de 29/3/04 e da Portaria SF nº 14 de 3/3/04”.11. Quadro Prático

Com base na legislação regulamentar do ISS a que se encontram sujeitos os prestadores e tomadores dos serviços estabelecidos no Município de São Paulo, apresentamos a seguir um quadro prático sobre o local do pagamento do imposto e a responsabilidade pelo respectivo recolhimento:Prestador de Serviços Tomador dos Serviços (Pessoa

Jurídica) Local da Prestação Recolhimento do Imposto

Município de São Paulo Município de São Paulo Município de São Paulo TomadorMunicípio de São Paulo Município de São Paulo Outro Município Prestador (*)

Outro Município Município de São Paulo Município de São Paulo TomadorOutro Município Outro Município Município de São Paulo Prestador (*)

(*) Observar a legislação do local da prestação.

FONTE: CENOFISCO .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

IPTU: ATUALIZA PARA O EXERCÍCIO DE 2013 – PLANTA GENÉRICA DE VALORES – DEC. MUN. SÃO PAULO/SP Nº 53.648, DE 20/12/2012

Atualiza, para o exercício de 2013, os valores unitários de metro quadrado de construção e de terreno constantes da Planta Genérica de Valores, o valor limite de metro quadrado

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de terreno de imóveis residenciais verticais e os valores das multas relativas aos Impostos Predial e Territorial Urbano, bem como concede desconto para pagamento à vista do IPTU.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, CONSIDERANDO o disposto no § 2º do artigo 5º da Lei nº 11.152, de 30 de dezembro de 1991, no parágrafo único do artigo 24 da Lei nº 14.256, de 29 de dezembro de 2006, no § 3º do artigo 3º da Lei nº 13.879, de 28 de julho de 2004, e nos artigos 19 e 39 da Lei nº 6.989, de 29 de dezembro de 1966, com a redação que lhes foi conferida pelo artigo 17 da Lei nº 14.256, de 2006, DECRETA : Art. 1º Ficam atualizados em 5,4% (cinco inteiros e quatro décimos por cento), para o exercício de 2013, os valores em vigor no exercício de 2012 a seguir relacionados: I - os valores unitários de metro quadrado de construção e de terreno, utilizados para apuração da base de cálculo e correspondente lançamento dos Impostos Predial e Territorial Urbano estabelecidos nos artigos 2º e 3º da Lei nº 15.044, de 3 de dezembro de 2009; II - os valores unitários de metro quadrado de terreno fixados na forma do parágrafo único do artigo 5º da Lei nº 10.235, de 16 de dezembro de 1986; III - o valor unitário de metro quadrado de terreno estabelecido no artigo 24 da Lei nº 14.256, de 29 de dezembro de 2006, com a redação conferida pelo artigo 9º da Lei nº 15.044, de 2009; IV - os valores das multas provenientes da prática de ilícitos administrativos tributários e os valores venais de referência estipulados no § 1º do artigo 3º da Lei nº 13.879, de 28 de julho de 2004. Parágrafo único. Dos valores apurados na forma do "caput"deste artigo serão desprezados os centavos de real. Art. 2º Fica concedido desconto de 6% (seis por cento) para o pagamento à vista, até a data de vencimento normal da primeira parcela, dos Impostos Predial e Territorial Urbano do exercício de 2013. Art. 3º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013 .

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 20 de dezembro de 2012, 459º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSABPREFEITO

MAURO RICARDO MACHADO COSTASecretário Municipal de Finanças

NELSON HERVEY COSTASecretário do Governo Municipal

Publicado na Secretaria do Governo Municipal, em 20 de dezembro de 2012.

FONTE: Diário Oficial da Cidade de São Paulo – 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

SAT – ISS: DISCIPLINA A UTILIZAÇÃO DO SISTEMA AUTENTICADOR E TRANSMISSOR DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS – IN SMF/SP Nº 17, DE 20/12/2012

Disciplina a utilização do Sistema Autenticador e Transmissor de Documentos Fiscais Eletrônicos - SAT-ISS.

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O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FINANÇAS, no uso de suas atribuições legais, considerando o disposto nos artigos 115 e 116 do Decreto nº 53.151, de 17 de maio de 2012, com a redação dada pelo Decreto nº 53.628, de 14 de dezembro de 2012, RESOLVE:

SEÇÃO IDisposições Preliminares

Art. 1º O Sistema Autenticador e Transmissor de Documentos Fiscais Eletrônicos - SAT-ISS é um equipamento que se destina à emissão e transmissão de Nota Fiscal de Serviços Eletrônica - NFS-e e à realização de controles de natureza fiscal, referentes a prestações de serviços sujeitas ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. Art. 2º A utilização do SAT-ISS será opcional no período compreendido entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2013, e obrigatória a partir de 1º de julho de 2013, para os prestadores dos serviços constantes do Anexo 1 desta Instrução Normativa. § 1º. O contribuinte que aderir à utilização do SAT-ISS poderá utilizá-lo para emissão de NFS-e por ocasião da prestação de quaisquer serviços constantes de sua inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM, mesmo para os serviços que não constem do Anexo 1 desta Instrução Normativa. § 2º. Salvo na hipótese prevista no artigo 21 desta Instrução Normativa, o contribuinte que estiver obrigado à emissão da NFS-e através do SAT-ISS não poderá, relativamente às prestações dos serviços constantes do Anexo 1 desta Instrução Normativa, emitir NFS-e por qualquer outro meio. Art. 3º Fica vedada a utilização do Recibo Provisório de Serviços - RPS pelos contribuintes obrigados à utilização do SAT-ISS. Art. 4º Compete à Secretaria Municipal de Finanças manter a infraestrutura de retaguarda e de comunicação com os equipamentos SAT-ISS instalados nos estabelecimentos dos contribuintes. Art. 5º A Secretaria Municipal de Finanças disponibilizará no endereço eletrônico http://nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br o Manual do Usuário do SAT-ISS, o Manual de Especificação Técnica de Requisitos do Equipamento SAT-ISS e o Roteiro de Homologação com o conjunto das especificações necessárias à homologação e utilização do SAT-ISS. Art. 6º Para fins da emissão da NFS-e pelo SAT-ISS, deverão ser utilizados: I - equipamento SAT-ISS, no qual já deverá estar instalado o programa (software básico) de autenticação e transmissão da NFS-e; II - programa aplicativo comercial - AC compatível com o SAT-ISS; III - equipamento cuja configuração técnica permita a utilização do programa AC de que trata o inciso II, bem como a comunicação deste com o SAT-ISS; IV - meio de comunicação com acesso à internet. Parágrafo único. Opcionalmente, poderá ser utilizado equipamento para a impressão do extrato da NFS-e, nos termos do artigo 17 desta Instrução Normativa. Art. 7º O equipamento SAT-ISS deverá ser identificado externamente e instalado em local de fácil visualização pela fiscalização. Art. 8º Todos os contribuintes emitentes de NFS-e pelo SAT-ISS deverão utilizar certificado digital válido. Parágrafo único. O certificado digital utilizado poderá ser emitido: I - segundo padrão do município (padrão AC-PREFEITURA), na forma, prazo e condições estabelecidas pela Secretaria Municipal de Finanças; II - por outra autoridade certificadora credenciada sob a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (AC-ICP-Brasil).

SEÇÃO IIAtivação, Desativação e Bloqueio do SAT-ISS

Art. 9º Previamente à primeira utilização do SAT-ISS, o contribuinte deverá: I - registrar o número de série do equipamento no endereço eletrônico http://nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br;

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II - instalar o equipamento, seguindo as instruções do manual fornecido pelo fabricante; III - proceder à ativação do equipamento, utilizando o software de ativação fornecido pelo fabricante. Art. 10. Uma vez ativado o SAT-ISS, o contribuinte deverá mantê-lo conectado ao ambiente de processamento de dados da Secretaria Municipal de Finanças. § 1º. Será admitido um intervalo de tempo máximo de desconexão definido pela Secretaria Municipal de Finanças, disponível para consulta no endereço eletrônico http://nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br. § 2º. Caso o SAT-ISS permaneça desconectado por um intervalo de tempo superior àquele de que trata o § 1º deste artigo, o equipamento poderá ser bloqueado para a emissão de NFS-e, sendo automaticamente desbloqueado com o restabelecimento da conexão à internet. Art. 11. O contribuinte deverá desativar o SAT-ISS, mediante adoção dos procedimentos descritos no Manual do Usuário do SAT-ISS, nas hipóteses de: I - encerramento de atividade do estabelecimento; II - transferência do SAT-ISS, em caráter temporário ou permanente, entre estabelecimentos do mesmo contribuinte ou a outro contribuinte. Art. 12. O SAT-ISS poderá ser bloqueado por iniciativa da Secretaria Municipal de Finanças caso seja constatado uso indevido pelo contribuinte ou problemas técnicos vinculados a um determinado fabricante ou modelo de equipamento. Parágrafo único. O bloqueio do SAT-ISS persistirá até que sejam regularizadas as situações que lhe deram causa. Art. 13. Caberá ao contribuinte comunicar à Secretaria Municipal de Finanças, no endereço eletrônico http://nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, a perda, o furto ou o roubo do SAT-ISS, hipótese em que a utilização do equipamento será bloqueada pela Administração Tributária, ficando indisponível para emissão de NFS-e. § 1º. Na hipótese prevista no caput deste artigo, o contribuinte deverá enviar as cópias de segurança das NFS-e emitidas e ainda não transmitidas à Secretaria Municipal de Finanças, mediante adoção dos procedimentos descritos no Manual do Usuário do SAT-ISS. § 2º. No caso de reaver o equipamento, o contribuinte poderá solicitar o seu desbloqueio à Secretaria Municipal de Finanças, no endereço eletrônico http://nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br. § 3º. Uma vez bloqueado o SAT-ISS, o contribuinte terá até 48 (quarenta e oito) horas, a contar da comunicação de uma das hipóteses previstas no caput deste artigo, para substituir o SAT-ISS e ativar o novo equipamento. Art. 14. Enquanto o SAT-ISS estiver bloqueado, o contribuinte deverá adotar os procedimentos de contingência previstos no artigo 21 desta Instrução Normativa.

SEÇÃO IIIEmissão, Transmissão, Guarda e Cancelamento da NFS-e

Art. 15. O contribuinte deverá, para fins da emissão da NFS-e, registrar no SAT-ISS, por meio do programa AC, os seguintes dados: I - número sequencial; II - código de verificação de autenticidade; III - data e hora da emissão; IV - identificação do prestador de serviços, com: a) nome ou razão social; b) endereço; c) e-mail; d) inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; e) inscrição no Cadastro de Contribuintes Mobiliários - CCM; V - identificação do tomador de serviços, com: a) nome ou razão social; b) endereço;

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c) e-mail; d) inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; VI - discriminação do serviço; VII - valor total da NFS-e; VIII - valor da dedução, se houver; IX - valor da base de cálculo; X - código do serviço; XI - alíquota e valor do ISS; XII - valor do crédito gerado, quando for o caso; XIII - indicação de isenção ou imunidade relativas ao ISS, quando for o caso; XIV - indicação de serviço não tributável pelo Município de São Paulo, quando for o caso; XV - indicação de exigibilidade suspensa, quando for o caso; XVI - indicação de retenção de Imposto na fonte, quando for o caso. § 1º. A identificação do tomador de serviços de que trata o inciso V do caput deste artigo é opcional: I - para as pessoas físicas; II - para as pessoas jurídicas, somente quanto à alínea "c" do mesmo inciso V. § 2º. Eventuais informações complementares deverão ser anotadas no campo "Discriminação do Serviço". Art. 16. Para fins de emissão da NFS-e, o SAT-ISS efetua os seguintes procedimentos: I - valida as informações recebidas do programa AC, podendo rejeitar sua emissão, conforme especificações contidas no Manual do Usuário do SAT-ISS; II - gera o arquivo digital da NFS-e de acordo com as especificações disponíveis no Manual de Especificação Técnica de Requisitos do Equipamento SAT-ISS, atribuindo-lhe um número sequencial de emissão, a partir dos dados: a) recebidos do programa AC; b) gravados na memória do SAT-ISS pelo software básico; c) constantes no Cadastro de Contribuintes Mobiliários; d) calculados ou complementados por meio do próprio software básico do SAT-ISS; III - gera a assinatura digital do arquivo da NFS-e de que trata o inciso II com base no certificado digital instalado no SAT-ISS, vinculando a sua autoria ao contribuinte titular do respectivo estabelecimento emitente; IV - armazena na memória do SAT-ISS o arquivo da NFS-e gerado, até que seja recebida a confirmação eletrônica de que o referido arquivo foi regularmente recepcionado pelo sistema da NFS-e; V - executa a rotina de transmissão dos arquivos de NFSe armazenados na memória do SAT-ISS para o ambiente de processamento de dados da Secretaria Municipal de Finanças, conforme periodicidade definida pela Administração Tributária, disponível para consulta no perfil do contribuinte no endereço eletrônico http://nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br; VI - transmite ao programa AC cópia de segurança dos arquivos de NFS-e, assinados digitalmente, para ser armazenada eletronicamente pelo contribuinte emitente. § 1º. Considerar-se-á emitida a NFS-e na data da geração da assinatura digital do arquivo da NFS-e de que trata o inciso III do caput deste artigo, desde que o arquivo transmitido seja aceito pelo sistema da NFS-e. § 2º. Em caso de erros ou alertas ocorridos no processo de emissão ou transmissão da NFS-e pelo SAT-ISS, o contribuinte deverá adotar os procedimentos descritos no Manual do Usuário do SAT-ISS. § 3º. O sistema da NFS-e promoverá as validações necessárias à aceitação das NFS-e emitidas e transmitidas pelo SAT-ISS, devendo o contribuinte, no caso de inconsistências, adotar os procedimentos estabelecidos no Manual do Usuário do SAT-ISS.

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§ 4º. O contribuinte deverá verificar, no endereço eletrônico http://nfpaulistana.prefeitura.sp.gov.br, se há pendências referentes às NFS-e emitidas pelo SAT-ISS. Art. 17. A NFS-e emitida pelo SAT-ISS será disponibilizada eletronicamente ao tomador de serviços, a quem também poderá ser fornecido seu extrato impresso. Parágrafo único. O extrato da NFS-e de que trata este artigo: I - não substituirá, para fins fiscais, a NFS-e nele identificada, não se confundindo com esse documento fiscal: II - obedecerá ao modelo constante do Anexo 2 desta Instrução Normativa. Art. 18. O cancelamento de NFS-e emitida pelo SAT-ISS poderá ser efetuado, observado o disposto no Manual da Nota Fiscal de Serviços Eletrônica, por meio do: I - SAT-ISS, desde que o procedimento de cancelamento seja realizado no mesmo equipamento que a emitiu; II - sistema da NFS-e. Art. 19. A NFS-e emitida pelo SAT-ISS será considerada inábil, sem prejuízo das demais hipóteses previstas na legislação municipal, quando houver emissão ou utilização do documento com prática de dolo, fraude ou simulação.

SEÇÃO IVProcedimentos de Contingência

Art. 20. Quando a rotina de transmissão automática dos arquivos da NFS-e ao ambiente de processamento de dados da Secretaria Municipal de Finanças não for concluída com sucesso pelo SAT-ISS, na periodicidade definida pela Administração Tributária, o contribuinte deverá adotar os procedimentos de contingência descritos no Manual do Usuário do SAT-ISS. Art. 21. A NFS-e poderá ser emitida por meio da internet, no portal da Nota Fiscal Paulistana, quando o SAT-ISS for bloqueado pela Secretaria Municipal de Finanças ou ficar inoperante em decorrência de caso fortuito ou força maior. Parágrafo único. Nas hipóteses previstas no caput deste artigo, quando não for possível a emissão da NFS-e por meio da internet, o prestador de serviços poderá emitir a NFS-e por meio de aplicativos disponíveis para dispositivos móveis, na forma, prazo e condições estabelecidas pela Secretaria Municipal de Finanças.

SEÇÃO VAtualização de Versão do Software Básico do SAT-ISS

Art. 22. A atualização de versão do software básico do SAT-ISS será efetuada remotamente pela Secretaria Municipal de Finanças. § 1º. O contribuinte receberá aviso expedido pela Secretaria Municipal de Finanças para permitir que esta efetue a atualização, dentro do prazo indicado no respectivo aviso, mediante acesso remoto ao seu ambiente de processamento de dados. § 2º. Decorrido o prazo indicado no aviso, a Secretaria Municipal de Finanças efetuará a atualização do software básico, independentemente da permissão do contribuinte.

SEÇÃO VIDisposições Finais

Art. 23. Aplicam-se à NFS-e emitida pelo SAT-ISS, no que couber, as demais disposições da legislação tributária referentes à emissão de documentos fiscais, inclusive no que se refere à aplicação de penalidades por infrações. Art. 24. Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação.

ANEXO 1 Código de Serviço

Item da Lei 13.701/03

DESCRIÇÃO

05657 6.04 Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e demais atividades físicas.

07005 9.01 Hospedagem em hotéis e hotelaria marítima.

07013 9.01 Hospedagem em pensões, albergues, pousadas, hospedarias, ocupação por

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temporada com fornecimento de serviços e congêneres.

07056 9.01 Hospedagem em motéis.

07099 9.01 Hospedagem em apart-service condominiais, flat, apart-hotéis, hotéis residência, residence-service, suite service e congêneres.

07617 14.10 Tinturaria e lavanderia.

07811 11.01 Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores.

07838 11.01 Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, em postos de gasolina.

08494 6.01 Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres.

08516 6.02 Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres.

ANEXO 2

Figura 1

FONTE: Diário Oficial da Cidade de São Paulo – 22/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS – ASPECTOS TRABALHISTAS – ROTEIRO

Sumário Introdução I - Conceito II - Caracterização III - Pagamento de adicional III.1 - Eletricitários III.2 - Vigilantes III.3 - Atividades permanentes e intermitentes III.4 - Adicional de insalubridade com o adicional de periculosidade - Vedação de recebimento simultâneo III.5 - Supressão do adicional de periculosidade IV - Trabalhadores menores V - Integração ao salário VI - Cumulatividade com outros adicionais VII - Prescrição VIII - Transporte de inflamáveis IX - Delimitação de área de risco X - Relação de atividades e operações perigosas XI - Multa administrativa XII - Jurisprudência XIII - Consultoria FISCOSoft Introdução Este Roteiro trata das regras trabalhistas que envolvem as atividades ou operações perigosas desenvolvidas pelos empregados. I - Conceito São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que por sua natureza ou por seus métodos de trabalho impliquem risco acentuado em virtude de contato permanente com: a) inflamáveis, explosivos e energia elétrica; b) raios ionizantes ou substâncias radioativas (veja o tópico X deste Roteiro); c) roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Assim, são consideradas atividades ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a: a) degradação química ou autocatalítica; b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos. Fundamentação: "caput" e incisos I e II art. 193 da CLT, com redação alterada pela Lei nº 12.740/2012; subitem 16.1 e 16.5 da NR 16. II - Caracterização A classificação da periculosidade, bem como sua caracterização, se dá por intermédio de médico e engenheiro do trabalho seguindo as regras e normas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, por meio das Delegacias Regionais do Trabalho (DRT), a realização de perícia em estabelecimento ou setor da empresa, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade perigosa. O disposto no parágrafo anterior não prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho nem a realização ex-officio da perícia.

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Fundamentação: "caput" do art. 195 da CLT; subitens 16.3 e 16.4 da NR 16. III - Pagamento de adicional O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa. Exemplo: Empregado mensalista com salário básico de R$ 5.000,00 trabalha em condições de periculosidade. Valor do adicional de periculosidade: R$ 1.500,00 (R$ 5.000,00 x 30%) Fundamentação: "caput" e § 1º do art. 193 da CLT; subitem 16.2 da NR 16. III.1 - Eletricitários O empregado que exerce atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade, tem direito a uma remuneração adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário que perceber. Fundamentação: art. 1º da Lei nº 7.369/1985; Decreto nº 93.412/1986; subitem 16.2 da NR 16. III.2 - Vigilantes Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. Fundamentação: § 3º do art.193 da CLT, com redação dada pela Lei nº 12.740/2012. III.3 - Atividades permanentes e intermitentes Não há na legislação, regra específica que defina o pagamento integral ou proporcional do adicional de periculosidade, no caso de contato intermitente com atividade perigosa. Neste contexto, existem dois entendimentos sobre o tema. Entende a primeira corrente, que se a natureza do trabalho desenvolvido pelo empregado o expõe a contato contínuo com atividade perigosa, ele tem direito ao adicional, ainda que a exposição seja restrita a determinados momentos, pois o risco é abrangente, envolvendo toda a atividade. Assim, o adicional é devido pelo perigo e não pelo tempo em que o empregado fica exposto ao perigo. Para corroborar com esse entendimento, segue a Súmula nº 364 do Tribunal Superior do Trabalho por meio da Súmula (TST): ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (cancelado o item II e dada nova redação ao item I) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003) A segunda corrente, por sua vez, admite o pagamento proporcional do adicional de periculosidade quando a permanência do empregado na área de risco se dá de forma intermitente. Embora haja divergência em relação à matéria, o entendimento predominante versa no sentido de que independentemente do tempo em que o trabalhador permaneça exposto às condições de risco, será devido o pagamento integral do adicional de periculosidade. Em relação ao eletricitário a questão está pacificada. Entende o TST que o trabalho exercido em condições perigosas, embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei nº 7.369/1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento. Fundamentação: art. 193 da CLT; Lei nº 7.369/1985; Súmulas nºs 361 e 364 do TST. III.4 - Adicional de insalubridade com o adicional de periculosidade - Vedação de recebimento simultâneo É vedado o recebimento simultâneo do adicional de insalubridade com o adicional de periculosidade.

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Assim, o empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. Fundamentação: art. 193, § 2º da CLT; subitem 16.2.1 da NR 16. III.5 - Supressão do adicional de periculosidade O direito do empregado ao adicional de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física. Fundamentação: art. 194 da CLT. IV - Trabalhadores menores É proibido qualquer trabalho em condições perigosas ao menor de 18 (dezoito) anos. Fundamentação: art. 405 da CLT; anexo I do Decreto nº 6.481/2008. V - Integração ao salário O adicional de periculosidade integra o salário do empregado, devendo, portanto, ser base de cálculo para o pagamento do 13º salário, férias etc. Neste sentido, entende o Tribunal Superior do Trabalho (TST): ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. INTEGRAÇÃO (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 174 e 267 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras (ex-Prejulgado nº 3). (ex-Súmula nº 132 - RA 102/1982, DJ 11.10.1982/ DJ 15.10.1982 - e ex-OJ nº 267 da SBDI-1 - inserida em 27.09.2002)II - Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas. (ex-OJ nº 174 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) Fundamentação: art. 7º, inciso XXVI da Constituição Federal de 1988; art. 142, 5º da CLT; art. 7º da Lei nº 605/1949; art. 1º da Lei nº 4.749/1965; art. 1º do Decreto nº 57.155/1965; Súmula nº 132 do TST. VI - Cumulatividade com outros adicionais Da análise do art. 193, § 1º da CLT combinado com a Súmula TST nº 191, conclui-se que o adicional de periculosidade não é cumulativo com outros adicionais, salvo quando se tratar dos eletricitários. Neste contexto, a Súmula nº 191 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), dispõe o adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais. Por outro lado, também está em vigor as Súmulas nº 132 e 264 do mesmo Tribunal, mais recente que a Súmula nº 191, que dispõe que remuneração do serviço suplementar (horas extras)é composta do valor da hora normal, integrado por parcelas de natureza salarial e acrescido do adicional previsto em lei (adicional de periculosidade, por exemplo), contrato, acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. Considerando as interpretações diversas sobre o tema, convém de maneira preventiva, verificar se há regra mais benéfica em convenção ou acordo coletivo de trabalho sobre o tema. Fundamentação: art. 193, § 1º da CLT; Súmulas nº 191 e 264 do TST. VII - Prescrição A prescrição trabalhista decorrentes de trabalho em condições de periculosidade prescreve em 5 (cinco) anos, para o trabalhador urbano e rural, até o limite de 2 (dois) após a extinção do contrato de trabalho. Fundamentação: art. 7º, inciso XXIX da Constituição Federal de 1988; art. 11 da CLT. VIII - Transporte de inflamáveis As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas em condições de periculosidade, exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis gasosos liquefeitos. As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos veículos, não serão consideradas para efeito da NR 16.

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Para efeito da NR 16, considera-se líquido combustível todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e menor ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).

Fundamentação: subitem 16.6, 16.6.1 e 16.7 da NR 16. IX - Delimitação de área de risco Todas as áreas de risco previstas na NR 16 devem ser delimitadas, sob responsabilidade do empregador. Fundamentação: subitem 16.8 da NR 16. X - Relação de atividades e operações perigosas Segue a relação de atividades e operações perigosas, conforme NR 16:

ANEXO 1 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM EXPLOSIVOS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas as enumeradas no Quadro nº 1, seguinte: QUADRO Nº 1 ATIVIDADES ADICIONAL DE 30%

a) no armazenamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade ou que permaneçam na área de risco..

b) no transporte de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade

c) na operação de escorva dos cartuchos de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade

d) na operação de carregamento de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade

e) na detonação Todos os trabalhadores nessa atividade

f) na verificação de detonações falhadas Todos os trabalhadores nessa atividade

g) na queima e destruição de explosivos deteriorados Todos os trabalhadores nessa atividade

h) nas operações de manuseio de explosivos Todos os trabalhadores nessa atividade

2. O trabalhador, cuja atividade esteja enquadrada nas hipóteses acima discriminadas, faz jus ao adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros ou participações nos lucros da empresa, sendo-lhe ressalvado o direito de opção por adicional de insalubridade eventualmente devido. 3. São consideradas áreas de risco: a) nos locais de armazenagem de pólvoras químicas, artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados na fabricação de misturas explosivas ou de fogos de artifício, a área compreendida no Quadro nº 2: QUADRO Nº 2 QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILOS

FAIXA DE TERRENO DE TERRENO ATÉ A DISTÂNCIA MÁXIMA DE

até 4.500 45 metros

mais de 4.500 até 45.000 90 metros

mais de 45.000 até 90.000 110 metros

mais de 90.000 até 225.000* 180 metros

* Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada. b) nos locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a área compreendida no Quadro nº 3: QUADRO Nº 3

QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILOS FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÂNCIA MÁXIMA

até 20 75 metro

mais de 20 até 200 220 metros

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mais de 200 até 900 300 metros

mais de 900 até 2.200 370 metros

mais de 2.200 até 4.500 460 metros

mais de 4.500 até 6.800 500 metros

mais de 6.800 até 9.000* 530 metros

* Quantidade máxima que não pode ser ultrapassada. c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e pólvoras mecânicos (pólvora negra e pólvora chocolate ou parda), área de operação compreendida no Quadro nº 4: QUADRO Nº 4

QUANTIDADE EM QUILO FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÂNCIA MÁXIMA

até 23 45 metros

mais de 23 até 45 75 metros

mais de 45 até 90 110 metros

mais de 90 até 135 160 metros

mais de 135 até 180 200 metros

mais de 180 até 225 220 metros

mais de 225 até 270 250 metros

mais de 270 até 300 265 metros

mais de 300 até 360 280 metros

mais de 360 até 400 300 metros

mais de 400 até 450 310 metros

mais de 450 até 680 345 metros

mais de 680 até 900 365 metros

mais de 900 até 1.300 405 metros

mais de 1.300 até 1.800 435 metros

mais de 1.800 até 2.200 460 metros

mais de 2.200 até 2.700 480 metros

mais de 2.700 até 3.100 490 metros

mais de 3.100 até 3.600 510 metros

mais de 3.600 até 4.000 520 metros

mais de 4.000 até 4.500 530 metros

mais de 4.500 até 6.800 570 metros

mais de 6.800 até 9.000 620 metros

mais de 9.000 até 11.300 660 metros

mais de 11.300 até 13.600 700 metros

mais de 13.600 até 18.100 780 metros

mais de 18.100 até 22.600 860 metros

mais de 22.600 até 34.000 1.000 metros

mais de 34.000 até 45.300 1.100 metros

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mais de 45.300 até 68.000 1.150 metros

mais de 68.000 até 90.700 1.250 metros

mais de 90.700 até 113.300 1.350 metros

d) quando se tratar de depósitos barricados ou entricheirados, para o efeito da delimitação de área de risco, as distâncias previstas no Quadro nº 4 podem ser reduzidas à metade. e) será obrigatória a existência física de delimitação da área de risco, assim entendido qualquer obstáculo que impeça o ingresso de pessoas não autorizadas.

ANEXO 2 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM INFLAMÁVEIS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas, conferindo aos trabalhadores que se dedicam a essas atividades ou operações, bem como aqueles que operam na área de risco adicional de 30 (trinta) por cento, as realizadas:

a. na produção, transporte, processamento e armazenamento de gás liqüefeito.

na produção, transporte, processamento e armazenamento de gás liqüefeito.

b. no transporte e armazenagem de inflamáveis líquidos e gasosos liqüefeitos e de vasilhames vazios não-desgaseificados ou decantados.

todos os trabalhadores da área de operação.

c. nos postos de reabastecimento de aeronaves.todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

d.nos locais de carregamento de navios-tanques, vagões-tanques e caminhões-tanques e enchimento de vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos liqüefeitos.

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

e.nos locais de descarga de navios-tanques, vagões-tanques e caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos liqüefeitos ou de vasilhames vazios não-desgaseificados ou decantados.

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco

f.

nos serviços de operações e manutenção de navios-tanque, vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, ou vazios não-desgaseificados ou decantados.

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

g. nas operações de desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não-desgaseificados ou decantados.

Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

h. nas operações de testes de aparelhos de consumo do gás e seus equipamentos.

Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

i. no transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liqüefeitos em caminhão-tanque. motorista e ajudantes.

j.

no transporte de vasilhames (em caminhão de carga), contendo inflamável líquido, em quantidade total igual ou superior a 200 litros, quando não observado o disposto nos subitens 4.1 e 4.2 deste Anexo.

Nova redação data a esta alínea pela Portaria GM nº 545, de 10 de julho de 2000

motorista e ajudantes

l.no transporte de vasilhames (em carreta ou caminhão de carga), contendo inflamável gasosos e líquido, em quantidade total igual ou superior a 135 quilos.

motorista e ajudantes.

m. nas operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos.

operador de bomba e trabalhadores que operam na área

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de risco.

XI - Multa administrativa Os empregadores que não cumprirem os dispositivos relacionados às atividades perigosas ficarão sujeitos à multa de 630,4745 a 6.304,4745 UFIR.

A expressão monetária da UFIR é de R$ 1,0641.Exemplo de cálculo: - Multa em UFIR: 630,4745 - expressão monetária da UFIR: R$ 1,0641. - Valor da multa: 630,4745 x 1,0641 = R$ 670,89 Fundamentação: art. 201 da CLT; art. 6º da Lei nº 10.192/2001; Portaria MF nº 488/1999; anexo I da Portaria MTE nº 290/1997. XII - Jurisprudência "Adicional de periculosidade - obrigatoriedade de perícia específica - inadmissibilidade de prova emprestada - O art. 195 da CLT determina a realização de perícia específica para a verificação de periculosidade, sendo inadmissível a utilização de prova emprestada, tendo em vista a diversidade dos contextos material e temporal. Anulação das decisões viciadas e determinação de reabertura da instrução." (Acórdão unânime da 2a Turma TST-RR117.144/94.6-Rel. Min. Hylo Gurgel-D 1 de 04.08.95, pág. 22.862). "Para deferimento de adicional de periculosidade é indispensável a prova técnica. Matéria de direito sujeita a modificação por atitude das partes. A falta da prova técnica, provocada pelo reclamante, leva ao indeferimento do pedido." (Acórdão, por maioria de votos da 1a Turma do TRT da 1a Região- RO 26.181/ 93 - Rei. Juiz Damir Vrcibradic - DJ RJ II de 24.01.96, pág. 71). "Adicional de periculosidade. Cargo de eletricista. Alta tensão. Desnecessidade de perícia. Se, comprovadamente, o reclamante executa função de eletricista, lidando com alta tensão, concede-se adicional de periculosidade, mesmo sem a realização de perícia técnica." (Acórdão unânime do TRT da 19a Região - RO 2.094/95 - Rel. Juiz João Batista da Silva). "Adicional de periculosidade. Convenção coletiva. Estabelecido em convenção coletiva que os ocupantes das funções estabelecidas na cláusula sétima teriam direito ao adicional de periculosidade, não há como se exigir, neste caso, a realização de perícia técnica, visto que tal direito restou assegurado pela referida Convenção Coletiva, lei entre as partes." (Acórdão unânime da 1a Turma do TRT da 10a Região - RO 10264/94 - Rel. Juiz Luiz Expedito Monteiro de Limael - DJU 3 de 12.04.96, pág. 5.254). "Adicional de periculosidade. Setor de energia elétrica. Intermitência. Lei nº 7.369/85. Decreto nº 93.412/86. 1. A Lei nº 7.369/85, ao instituir o adicional de periculosidade aos empregados que exercem atividade 'no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade' não condicionou o pagamento do adicional à sua regulamentação pelo Poder Executivo, quanto à intermitência (Decreto n" 93.412/86). Cabia a este apenas especificar as atividades 'que se exercem em condições perigosas' (art. 2º da Lei nº 7.369/85) e não impor condições impeditivas do direito à vantagem. 2. A intermitência não afasta o direito ao referido adicional, diante da impossibilidade de se eliminar o risco a que se expõe o trabalhador, em virtude da natureza da prestação laboral e da imprevisibilidade do momento em que o infortúnio pode acontecer. É, portanto, devido o adicional de periculosidade de forma integral, mesmo que o ingresso do empregado em área de risco seja feito de modo intermitente." (Acórdão unânime da 3a Turma do TST-RR 159.100/95.8-Rel. Min. Francisco Fausto Paula de Medeiros - DJU 1 de 17.11.95, pág. 39.456). "Adicional de periculosidade. Pagamento integral e não proporcional. O acidente decorrente do risco, como se deduz do próprio conceito, não avisa hora em que vai acontecer. Assim, o contato habitual, ainda que intermitente, pode expor o empregado a um acidente que aconteça em questão de segundos ou minutos, exatamente no momento em que se encontrava. Correto o pagamento integral do Adicional de Periculosidade (... (Acórdão unânime da 2a Turma do TST - RR 100.35 93.9 - Rel. Min. Vantuil Abdala - DJU 1 de 07.12.9 pág. 42.960/1).

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Adicional de periculosidade - Proporcionalidade. O adicional de periculosidade é devido de forma integral nos termos da Lei 7.369/85, não havendo que se falar em proporcionalidade ao tempo de exposição ao risco (Acórdão unânime da 8a Turma do TRT da 2a Região - R 02930319075 - Rel. Juiz Sérgio Prado de Mello - [ SP de 12.01.95, pág. 74/5). "Pouco importa o tempo em que o trabalhador permaneça no local, o adicional será sempre integral. Isto porque o risco que ronda o ambiente de trabalho poderá ser letal em fração de segundo. Poderá não ser acidentado em dezenas de horas, podendo sê-lo no segundo seguinte. Assim, não deve prevalecer a normatização contida no inciso II do art. 1º do Decreto nº 93.412/86, posto que extrapola a própria lei para prejudicar o trabalhador." (Acórdão, por maioria de votos, da 2a Turma do TRT da 6a Região - RO nº 6.770/96 - Rel. Juíza Josélia Morais da Costa - DJ PE de 13.12.96, pág. 35). "O obreiro sujeito à exposição intermitente ao risco faz jus ao adicional de forma proporcional" (Acórdão, por maioria de votos da 4a Turma do TST - RR 119.408/ 94.2. Designado Min. Valdir Righetto - DJU 1 de 17.05.96, pág. 16.609)."Adicional de periculosidade. Lei 7.369/85. 'Não tem direito ao adicional de periculosidade o empregado que apenas eventualmente entra em contato com energia elétrica de alta tensão, nos termos do par. 1a do Decreto n" 93.412/86." (Acórdão unânime da 10a Turma do TRT da 2a Região - RO 02940005022 - Rel. Juiz Luiz Edgar Ferraz de Oliveira - DJ SP II de 29.11.95, pág. 52). "Adicional de periculosidade. O adicional de periculosidade tem natureza indenizatória, razão pela qual não são devidos os reflexos sobre as verbas salariais e rescisórias." (Acórdão unânime da 1a Turma do TRT da 2a Região - RO 02930431932 - Rel. Juiz Floriano Corrêa Vaz da Silva DJ SP II de 17.05.95, pág. 46). XIII - Consultoria FISCOSoft 1 - Para pagamento do adicional de periculosidade é necessária a realização de perícia técnica? Sim. A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho. É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao Ministério do Trabalho a realização de perecia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. Neste sentido, a empresa deverá providenciar a perícia nos termos especificados e, em caso positivo, pagar o adicional ao trabalhador. Fundamentação: art. 195 da CLT. 2 - A empresa poderá cessar o pagamento do adicional de periculosidade, houver a eliminação do risco à saúde do trabalhador? Sim, o empregado deixará de receber o adicional de periculosidade quando houver a eliminação do risco à saúde ou integridade física do empregado. Fundamentação: art. 194 da CLT.

FONTE: FISCOSoft. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

CAGED: INSTRUÇÕES PARA ENVIO - PORT. MTE Nº 2.124, DE 20/12/2012

(Aprova as instruções para envio da declaração do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, instituída pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, com Certificação Digital.)

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O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição e tendo em vista o disposto no art. 24 da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro 1990, Resolve: Art. 1º Aprovar as instruções para envio da declaração do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, instituída pela Lei nº 4.923, de 23 de dezembro de 1965, com Certificação Digital. Art. 2º É obrigatória a utilização de certificado digital válido, padrão ICP Brasil, para a transmissão da declaração da CAGED por todos os estabelecimentos que possuam a partir de 20 trabalhadores no 1º dia do mês de movimentação, exceto para os estabelecimentos que possuam menos de 20 trabalhadores. Parágrafo único. As declarações poderão ser transmitidas com o certificado digital de pessoa jurídica, emitido em nome do estabelecimento, ou com certificado digital do responsável pela entrega da declaração, sendo este o CPF ou o CNPJ. Art. 3º O CAGED de que trata o art. 1º desta Portaria, deverá ser encaminhado ao MTE, até o dia 07 do mês subsequente àquele em que ocorreu movimentação de empregados. Art. 4º O empregador que não entregar o CAGED no prazo previsto no caput do art. 3º, omitir informações ou prestar declaração falsa ou inexata, ficará sujeito à multa prevista na Lei 4923/65. Art. 5º As movimentações do CAGED entregues fora do prazo deverão ser declaradas obrigatoriamente com a utilização de certificado digital válido padrão ICP Brasil. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor a partir de 11 de janeiro de 2013.

CARLOS DAUDT BRIZOLA

FONTE: Diário Oficial da União – 21/12/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

COOPERATIVA DE TRABALHO E PRODUÇÃO – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução2. Definição3. Princípios4. Finalidade5. Funcionamento das Cooperativas de Trabalho 6. Distribuição de Verbas - Proibição7. Conselho de Administração8. Sócios - Direitos9. Vínculo Empregatício - Inexistência10. Fiscalização do Trabalho11. Admissão de Associado como Empregado - Consequência12. Empregados de Cooperativa - Tratamento13. Saúde e Segurança no Trabalho 14. Relação Anual de Informações das Cooperativas de Trabalho (RAICT) 15. Cooperativas de Trabalho Constituídas antes de 20/07/2012 -

Estatutos 16. Obrigações Previdenciárias16.1. Folha de pagamento de empregados16.2. Cooperados

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16.3. Demais segurados que lhe prestem serviço16.4. Contribuição a cargo da empresa tomadora de serviço16.5. Aposentadoria especial para o cooperado de cooperativa de trabalho

ou produção17. GFIP - Informação - Agentes Nocivos17.1. Serviços prestados à pessoa física17.2. Cooperativa de trabalho - Convênio17.3. Bases de cálculo especiais17.4. Deduções da base de cálculo - Utilização de material17.5. Contribuição previdenciária dos cooperados17.6. Vencimento18. SEFIP/GFIP - Informações - Obrigatoriedade18.1. Tomador de serviço - SEFIP/GFIP19. Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho

(PRONACOOP)1. Introdução

A Cooperativa de trabalho é regulada pela Lei nº 12.690, de 19/07/2012 (DOU de 20/07/2012) e, no que com ela não colidir, pelas Leis nºs 5.764/71 e 10.406/02 (Código Civil).

Ressaltamos que, estão excluídas do âmbito da Lei nº 12.690/12: a) as cooperativas de assistência à saúde na forma da legislação de saúde suplementar; b) as cooperativas que atuam no setor de transporte regulamentado pelo poder público e que detenham, por si ou por seus sócios, a qualquer título, os meios de trabalho; c) as cooperativas de profissionais liberais, cujos sócios exerçam as atividades em seus próprios estabelecimentos; e d) as cooperativas de médicos, cujos honorários sejam pagos por procedimento. 2. Definição

Considera-se Cooperativa de Trabalho a sociedade constituída por trabalhadores para o exercício de suas atividades laborativas ou profissionais com proveito comum, autonomia e autogestão para obterem melhor qualificação, renda, situação socioeconômica e condições gerais de trabalho.

A autonomia citada anteriormente deve ser exercida de forma coletiva e coordenada, mediante a fixação, em Assembleia Geral, das regras de funcionamento da cooperativa e da forma de execução dos trabalhos.

Considera-se autogestão o processo democrático no qual a Assembleia Geral define as diretrizes para o funcionamento e as operações da cooperativa e os sócios decidem sobre a forma de execução dos trabalhos, nos termos da lei. 3. Princípios

A Cooperativa de Trabalho rege-se pelos seguintes princípios e valores: a) adesão voluntária e livre; b) gestão democrática; c) participação econômica dos membros; d) autonomia e independência; e) educação, formação e informação; f) intercooperação; g) interesse pela comunidade; h) preservação dos direitos sociais, do valor social do trabalho e da livre iniciativa; i) não precarização do trabalho; j) respeito às decisões de asssembleia; k) participação na gestão em todos os níveis de decisão de acordo com o previsto em lei e no Estatuto Social. 4. Finalidade

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A Cooperativa de Trabalho pode ser: a) de produção, quando constituída por sócios que contribuem com trabalho para a produção em comum de bens e a cooperativa detém, a qualquer título, os meios de produção; e b) de serviço, quando constituída por sócios para a prestação de serviços especializados a terceiros, sem a presença dos pressupostos da relação de emprego.

A Cooperativa de Trabalho não pode ser utilizada para intermediação de mão de obra subordinada.

A Cooperativa de Trabalho poderá ser constituída com número mínimo de sete sócios. As atividades identificadas com o objeto social da Cooperativa de Trabalho prevista no letra

“b”, quando prestadas fora do estabelecimento da cooperativa, deverão ser submetidas a uma coordenação com mandato nunca superior a um ano ou ao prazo estipulado para a realização dessas atividades, eleita em reunião específica pelos sócios que se disponham a realizá-las, em que serão expostos os requisitos para sua consecução, os valores contratados e a retribuição pecuniária de cada sócio partícipe. 5. Funcionamento das Cooperativas de Trabalho

De acordo com o art. 10 da Lei nº 12.690/12 a cooperativa de trabalho poderá adotar por objeto social qualquer gênero de serviço, operação ou atividade, desde que previsto no seu Estatuto Social.

É obrigatório o uso da expressão “Cooperativa de Trabalho” na denominação social da cooperativa.

A cooperativa de trabalho não poderá ser impedida de participar de procedimentos de licitação pública que tenham por escopo os mesmos serviços, operações e atividades previstas em seu objeto social.

A admissão de sócios na cooperativa estará limitada conforme as possibilidades de reunião, abrangência das operações, controle e prestação de serviços e congruente com o objeto estatuído.

Para o cumprimento dos seus objetivos sociais, o sócio poderá exercer qualquer atividade da cooperativa, conforme deliberado em Assembleia Geral.

Além da realização da Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária para deliberar nos termos dos e sobre os assuntos previstos na Lei nº 5.764/71 e no Estatuto Social, a cooperativa de trabalho deverá realizar anualmente, no mínimo, mais uma Assembleia Geral Especial para deliberar, entre outros assuntos especificados no edital de convocação, sobre gestão da cooperativa, disciplina, direitos e deveres dos sócios, planejamento e resultado econômico dos projetos e contratos firmados e organização do trabalho.

O destino das sobras líquidas ou o rateio dos prejuízos será decidido em Assembleia Geral Ordinária.

As Cooperativas de Trabalho deverão estabelecer, em Estatuto Social ou Regimento Interno, incentivos à participação efetiva dos sócios na Assembleia Geral e eventuais sanções em caso de ausências injustificadas.

O quorum mínimo de instalação das Assembleias Gerais será de: a) 2/3 do número de sócios, em primeira convocação; b) metade mais um dos sócios, em segunda convocação; c) 50 sócios ou, no mínimo, 20% do total de sócios, prevalecendo o menor número, em terceira convocação, exigida a presença de, no mínimo, quatro sócios para as cooperativas que possuam até 19 sócios matriculados.

As decisões das assembleias serão consideradas válidas quando contarem com a aprovação da maioria absoluta dos sócios presentes.

Comprovada fraude ou vício nas decisões das assembleias, serão elas nulas de pleno direito, aplicando-se, conforme o caso, a legislação civil e penal.

A Assembleia Geral Especial deverá ser realizada no segundo semestre do ano. A notificação dos sócios para participação das assembleias será pessoal e ocorrerá com

antecedência mínima de 10 dias de sua realização.

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Na impossibilidade de notificação pessoal, a notificação será feita por via postal, respeitada a antecedência prevista anteriormente.

Na impossibilidade de realização das notificações pessoal e postal, os sócios serão notificados mediante edital afixado na sede e em outros locais previstos nos estatutos e publicado em jornal de grande circulação na região da sede da cooperativa ou na região onde ela exerça suas atividades, respeitada a antecedência mínima de 10 dias. 6. Distribuição de Verbas - Proibição

É vedado, de acordo com o art. 13 da Lei nº 12.690/12, à cooperativa de trabalho distribuir verbas de qualquer natureza entre os sócios, exceto a retirada devida em razão do exercício de sua atividade como sócio ou retribuição por conta de reembolso de despesas comprovadamente realizadas em proveito da cooperativa.

A Cooperativa de Trabalho deverá deliberar, anualmente, na Assembleia Geral Ordinária, sobre a adoção ou não de diferentes faixas de retirada dos sócios.

No caso de fixação de faixas de retirada, a diferença entre as de maior e as de menor valor deverá ser fixada na assembleia. 7. Conselho de Administração

O Conselho de Administração será composto por, no mínimo, três sócios, eleitos pela Assembleia Geral, para um prazo de gestão não superior a quatro anos, sendo obrigatória a renovação de, no mínimo, 1/3 do colegiado, ressalvada a hipótese de a cooperativa de trabalho constituída por até 19 sócios que poderá estabelecer, em Estatuto Social, composição para o Conselho de Administração e para o Conselho Fiscal distinta da prevista na Lei nº 12.690/12 e no art. 56 da Lei nº 5.764/71, assegurados, no mínimo, três conselheiros fiscais. 8. Sócios - Direitos

A Cooperativa de Trabalho deve garantir aos sócios os seguintes direitos, além de outros que a Assembleia Geral venha a instituir: a) retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na ausência deste, não inferiores ao salário-mínimo, calculadas de forma proporcional às horas trabalhadas ou às atividades desenvolvidas; b) duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 horas semanais, exceto quando a atividade, por sua natureza, demandar a prestação de trabalho por meio de plantões ou escalas, facultada a compensação de horários; c) repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; d) repouso anual remunerado; e) retirada para o trabalho noturno superior à retirada do trabalho diurno; f) adicional sobre a retirada para as atividades insalubres ou perigosas; g) seguro de acidente de trabalho.

A cooperativa de serviço constituída antes da vigência da Lei nº 12.690/12 terá prazo de 12 meses, contado de sua publicação (20/07/2012), para assegurar aos sócios as garantias previstas nas letras “a”, “d”, “e”, “f” e “g”, conforme deliberado em Assembleia Geral.

Não se aplica o disposto nas letras “c” e “d” nos casos em que as operações entre o sócio e a cooperativa sejam eventuais, salvo decisão em contrário.

A Cooperativa de Trabalho buscará meios, inclusive mediante provisionamento de recursos, com base em critérios que devem ser aprovados em Assembleia Geral, para assegurar os direitos previstos nas letras “a”, “c”, “d”, “e” e “f” e outros que a Assembleia Geral venha a instituir.

A cooperativa de trabalho, além dos fundos obrigatórios previstos em lei, poderá criar, em assembleia geral, outros fundos, inclusive rotativos, com recursos destinados a fins específicos, fixando o modo de formação, custeio, aplicação e liquidação.

A cooperativa de produção poderá, em assembleia geral extraordinária, estabelecer carência para fruição dos direitos previstos nas letras “a” e “g”. 9. Vínculo Empregatício - Inexistência

Foi vetado o art. 30 da Lei 12.690/12, que revogava o parágrafo único do art. 442 da CLT, que dispunha que qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe

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vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.

A razão do veto teve como justificativa o fato de o dispositivo da CLT, que se pretendia revogar, disciplinar a matéria de forma ampla e suficiente, sendo desnecessária regra específica para as cooperativas de trabalho.

Assim, independentemente do ramo de atividade da sociedade cooperativa, nos termos do art. 442 da CLT e art. 90 da Lei nº 5.764/71, não se caracteriza o vínculo empregatício entre ela e seus associados, tampouco entre estes e os tomadores de serviços daquela.

Entretanto, no momento da contratação de cooperados por intermédio de uma cooperativa de trabalho (serviço), a empresa contratante deve verificar a regularidade da constituição da sociedade cooperativa.10. Fiscalização do Trabalho

A fiscalização do trabalho, por ocasião de sua visita à cooperativa, com o intuito de evitar fraude ao disposto na Lei nº 5.764/71, no tocante à configuração do vínculo empregatício, analisará a documentação pertinente, objetivando detectar a existência dos requisitos da relação de emprego entre a empresa tomadora e os cooperados.Nota Cenofisco: O art. 3o da CLT considera como empregado toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Para a caracterização do vínculo, não há distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

O Auditor-Fiscal do Trabalho também verificará se a sociedade cooperativa enquadra-se perfeitamente no regime jurídico estabelecido pela Lei nº 5.764/71 e se estão presentes os aspectos que asseguram a autenticidade da cooperativa de trabalho, ou seja:a) gestão democrática baseada em votos individuais e igualitários dos sócios cooperativados nas decisões que afetam o grupo; eb) prestação de serviços a diversos clientes.11. Admissão de Associado como Empregado - Consequência

Conforme o art. 31 da Lei nº 5.764/71, o associado que aceitar e estabelecer relação empregatícia com a cooperativa perderá o direito de votar e ser votado, até que sejam aprovadas as contas do exercício em que ele deixou o emprego.12. Empregados de Cooperativa - Tratamento

As cooperativas equiparam-se às demais empresas em relação aos seus empregados para os fins da legislação trabalhista e previdenciária.

Assim, cabe à cooperativa, na qualidade de empregadora, garantir a seu empregado todos os direitos trabalhistas previstos em lei, tais como:a) salário;b) adicionais: de hora extraordinária, insalubridade, noturno e periculosidade, quando for o caso;c) férias: vencidas e proporcionais, se for o caso, acrescidas de 1/3 constitucional;d) 13º salário integral ou proporcional, conforme o caso;e) FGTS: depósito mensal em conta vinculada e liberação dos mesmos, quando da rescisão contratual; ef) aviso-prévio.13. Saúde e Segurança no Trabalho

As cooperativas de trabalho devem observar as normas de saúde e segurança do trabalho previstas na legislação em vigor e em atos normativos expedidos pelas autoridades competentes.

De acordo com o art. 9º da Lei nº 12.690/12 o contratante da cooperativa de serviço responde solidariamente pelo cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho quando os serviços forem prestados no seu estabelecimento ou em local por ele determinado. 14. Relação Anual de Informações das Cooperativas de Trabalho (RAICT)

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Foi instituída a Relação Anual de Informações das Cooperativas de Trabalho (RAICT), a ser preenchida pelas cooperativas de trabalho, anualmente, com informações relativas ao ano base anterior.

O Poder Executivo regulamentará o modelo de formulário da RAICT, os critérios para entrega das informações e as responsabilidades institucionais sobre a coleta, processamento, acesso e divulgação das informações. 15. Cooperativas de Trabalho Constituídas antes de 20/07/2012 - Estatutos

A cooperativa de trabalho constituída antes da vigência da Lei nº 12.690/12, terá prazo de 12 meses, contado de sua publicação, ocorrida em 20/07/2012, para adequar seus estatutos às disposições nela previstas. 16. Obrigações Previdenciárias

As cooperativas de trabalho e de produção estão sujeitas às mesmas obrigações previdenciárias das empresas em geral, em relação:a) à remuneração paga, devida ou creditada, conforme o caso, no decorrer do mês, ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual por ela contratados;b) à remuneração paga ou creditada ao cooperado pelos serviços prestados à própria cooperativa, inclusive aos cooperados eleitos para cargo de direção;c) à arrecadação da contribuição individual de seus cooperados pelos serviços por ela intermediados e prestados a pessoas físicas, a pessoas jurídicas ou à própria cooperativa, no caso de cooperativa de trabalho;d) à arrecadação, mediante desconto, da contribuição individual de seus cooperados pelos serviços a ela prestados, no caso de cooperativa de produção;e) à retenção decorrente da contratação de serviços mediante cessão de mão de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços;f) à contribuição incidente sobre o valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, quando contratar serviços mediante intermediação de outra cooperativa de trabalho;g) à contribuição devida pela associação desportiva que mantém equipe de futebol profissional, incidente sobre a receita bruta repassada a ela a título de patrocínio, de licenciamento e uso de marcas e símbolos, de publicidade, de propaganda e transmissão de espetáculos desportivos;h) à contribuição devida pelo produtor rural pessoa física ou pelo segurado especial, incidente sobre a comercialização do produto rural, na condição de sub-rogada;I) à contribuição adicional para o custeio da aposentadoria especial, no caso de cooperativa de produção.

O disposto na letra “b” aplica-se à cooperativa de produção em relação à remuneração paga ou creditada aos cooperados envolvidos na produção dos bens ou serviços.16.1. Folha de pagamento de empregados

A contribuição previdenciária da cooperativa em relação aos seus empregados estará sujeita as mesmas regras das empresas em geral, ou seja, sobre o total da folha de pagamento de salários será aplicado as seguintes alíquotas:a) 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive gorjetas, ganhos habituais sob a forma de utilidades e adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa;b) 1%, 2% ou 3% para o financiamento do benefício aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa RAT decorrente dos riscos ambientais do trabalho, incidente sobre o total das remunerações pagas

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ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços; Nota Cenofisco: As alíquotas de 1%, 2% ou 3% serão acrescidas de 12%, 9% ou 6%, respectivamente, se a atividade exercida pelo segurado a serviço da empresa ensejar a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição. Este acréscimo incide, exclusivamente, sobre a remuneração do segurado sujeito às condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.c) contribuição destinada a terceiros (outras entidades e fundos), que será definida de acordo com o enquadramento no Fundo de Previdência e Assistência Social (FPAS) da cooperativa.

Constitui ainda, obrigação da cooperativa, descontar e recolher à Previdência Social a alíquota de 8%, 9% ou 11%, incidente sobre a remuneração auferida pelos empregados que lhe prestarem serviços no decorrer do mês, conforme tabela a seguir:

Tabela de Contribuição dos Segurados Empregado, Empregado Doméstico e o Trabalhador Avulso, para Pagamento de Remuneração a partir de 01/01/2012

Salário-de-Contribuição (R$) Alíquota para Fins de Recolhimento ao ISS

Até 1.174,86 8%De 1.174,87 até 1.958,10 9%

1.958,11 até 3.916,20 11%16.2. Cooperados

A partir da competência maio/1996, com a publicação da Lei Complementar nº 84/96, as cooperativas de trabalho passaram a arcar com o encargo previdenciário de 15% sobre o total de importâncias pagas, distribuídas ou creditadas a seus cooperados, a título de remuneração ou retribuição pelos serviços prestados às pessoas jurídicas por intermédio delas ou opção sobre 20% do salário-base dos contribuintes individuais inscritos na Previdência Social.

A referida contribuição foi devida até fevereiro/2000, pois a partir da competência março/2000 entrou em vigor a Lei nº 9.876/99, que revogou a Lei Complementar nº 84/96, passando tal obrigação a empresa tomadora de serviço e deixando de haver a opção por 20%, ou seja, a contribuição de 15% passou a ser calculada sobre o valor bruto da prestação de serviço.

As cooperativas de trabalho, atualmente, não estão obrigadas a efetuar qualquer contribuição previdenciária relativa aos valores pagos ou creditados aos seus cooperados, salvo aquele eleito para exercer a direção da cooperativa com remuneração sobre a qual a cooperativa recolherá 20%.16.2.1. Cooperado - Base de cálculo da contribuição previdenciária

Nos termos do art. 213 da Instrução Normativa RFB nº 971/09, a base de cálculo da contribuição previdenciária do cooperado é a remuneração decorrente da prestação de serviços por intermédio da cooperativa de trabalho de pessoas físicas ou jurídicas.

A remuneração do segurado contribuinte individual filiado à cooperativa de produção corresponde ao valor a ele pago ou creditado pela cooperativa, pelo resultado obtido na produção.

Ressaltamos que para definição das bases de cálculo devem ser observados os limites mínimo (R$ 622,00) e máximo do salário-de-contribuição (R$ 3.916,20), que correspondem:a) à remuneração paga ou creditada aos cooperados em decorrência de seu trabalho, de acordo com a escrituração contábil da cooperativa, formalizada conforme disposto no § 5º, do art. 47, da Instrução Normativa RFB nº 971/09;Nota Cenofisco: Transcrevemos, a seguir, o § 5º, do art. 47, da Instrução Normativa RFB nº 971/09: “............................................................... art. 47............................................................................ § 5º - Os lançamentos de que trata o inciso IV do caput, escriturados nos Livros Diário e Razão,

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são exigidos pela fiscalização após 90 (noventa) dias contados da ocorrência dos fatos geradores das contribuições sociais, devendo: I - atender ao princípio contábil do regime de competência; II - registrar, em contas individualizadas, todos os fatos geradores de contribuições sociais de forma a identificar, clara e precisamente, as rubricas integrantes e as não-integrantes do salário-de-contribuição, bem como as contribuições sociais previdenciárias descontadas dos segurados, as contribuições sociais a cargo da empresa, os valores retidos de empresas prestadoras de serviços, os valores pagos a cooperativas de trabalho e os totais recolhidos, por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços. ..........................................................”b) aos valores totais pagos, distribuídos ou creditados aos cooperados, ainda que, a título de sobras ou de antecipação de sobras, exceto quando, comprovadamente, esse rendimento seja decorrente de ganhos da cooperativa resultantes de aplicação financeira, comercialização de produção própria ou outro resultado cuja origem não seja a receita gerada pelo trabalho do cooperado;c) aos valores totais pagos ou creditados aos cooperados, quando a contabilidade for apresentada de forma deficiente.

Para o cálculo da contribuição social previdenciária devida pelo cooperado deve ser observando os seguintes percentuais:a) 11%, quando o cooperado prestar serviços a empresas em geral e equiparadas por intermédio de cooperativa de trabalho;b) 20%, quando o cooperado prestar serviços a pessoas físicas e à entidade beneficente em gozo de isenção da quota patronal, por intermédio da cooperativa de trabalho;c) 11%, quando o cooperado prestar serviços à cooperativa de produção.Nota Cenofisco: Com a publicação da Lei nº 9.876/99, que alterou, entre outros o art. 22 da Lei nº 8.212/91, a partir de março/2000 passou a vigorar com a seguinte alteração: “...................................................................... Art. 22 - A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto no art. 23, é de: I - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Nova redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.1998, DOU 14.12.1998): a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve; b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave. III - vinte por cento sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestem serviços; (Acrescentado pela Lei nº 9.876 de 26.11.99) IV - quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,

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relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho”.16.3. Demais segurados que lhe prestem serviço

Quando houver a contratação de serviços de pessoa física (contribuinte individual), inscritas ou não no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) por cooperativas, a mesma estará obrigada a recolher a contribuição a seu cargo de 20% como as demais empresas, calculada sobre o valor do serviço prestado.16.4. Contribuição a cargo da empresa tomadora de serviço

A partir de março/2000, a contribuição de 15% destinada à seguridade social deixa de ser responsabilidade da cooperativa e passa a ser recolhida pela empresa tomadora de serviço, calculada sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho, observadas, no que couber, as disposições dos §§ 7º e 8º, do art. 219 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048/99.

Nota-se que desde março/2000 a empresa que contratar os serviços de uma cooperativa de trabalho, qualquer que seja o serviço, não deverá efetuar a retenção de 11% para a Seguridade Social, a qual foi obrigatória de fevereiro/1999 até fevereiro/2000, tendo sido observadas até esta competência as disposições contidas na Ordem de Serviço INSS/DC nº 209/99.16.5. Aposentadoria especial para o cooperado de cooperativa de trabalho ou produção

As disposições legais sobre aposentadoria especial do segurado filiado ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) aplicam-se, também, ao cooperado filiado à cooperativa de trabalho e de produção que trabalha sujeito a condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física.16.5.1. Cooperativa de trabalho

Será devida contribuição adicional de 9%, 7% ou 5%, a cargo da empresa tomadora de serviços de cooperado filiado a cooperativa de trabalho, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, conforme a atividade exercida pelo cooperado, permita a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.

Isto posto, temos as seguintes alíquotas:a) atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 15 anos de contribuição = 24% (15% originais + 9% de acréscimo);b) atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 20 anos de contribuição = 22% (15% originais + 7% de acréscimo);c) atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 25 anos de contribuição = 20% (15% originais + 5% de acréscimo).

A cooperativa de trabalho deverá emitir nota fiscal ou fatura de prestação de serviços específica para os serviços prestados pelos cooperados em condições especiais ou discriminar o valor dos serviços referentes a estes cooperados, na hipótese de emitir nota fiscal ou fatura única.

Cabe à empresa contratante informar mensalmente à cooperativa de trabalho a relação dos cooperados a seu serviço que exerçam atividades em condições especiais, identificando o tipo de aposentadoria especial que a atividade enseja.

Na ausência da relação dos cooperados, para a apuração da base de cálculo sob a qual incidirá a alíquota adicional, o valor total dos serviços prestados por cooperados deverá ser rateado proporcionalmente ao número de trabalhadores envolvidos e ao de trabalhadores não envolvidos com as atividades exercidas em condições especiais, caso esses números tenham sido informados em contrato.

Constando em contrato à previsão para utilização de cooperados na execução de atividades em condições especiais, sem a discriminação do número de trabalhadores utilizados

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nestas atividades, será aplicada alíquota adicional de 5% sobre o total da nota fiscal ou da fatura de prestação de serviços, cabendo à contratante o ônus da prova em contrário.

O mesmo percentual (5%) deve ser aplicado caso a contratante desenvolva atividades em condições especiais, sem a previsão, no contrato, da utilização ou não dos cooperados no exercício dessas atividades, cabendo nesta hipótese, também, à contratante o ônus da prova em contrário.16.5.2. Cooperativa de produção

Em se tratando de cooperativa de produção, será devida contribuição adicional de 12%, 9% ou 6%, incidente sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao cooperado filiado, na hipótese de exercício de atividade que autorize a concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição, respectivamente.

Observar que as contribuições citadas passaram a ser devidas a partir de 01/04/2003, primeiro dia do mês subsequente ao nonagésimo dia da publicação da Medida Provisória nº 83/02, que ocorreu em 13/12/2002, a qual, posteriormente, foi convertida na Lei nº 10.666/03.

Assim, a cooperativa de produção deverá contribuir nos seguintes percentuais, caso o cooperado exerça atividade que o exponha à agentes nocivos (químicos, físicos ou biológicos) propiciando aposentadoria especial:a) atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 15 anos de contribuição = 32% (20% originais + 12% de acréscimo);b) atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 20 anos de contribuição = 29% (20% originais + 9% de acréscimo);c) atividade exercida pelo cooperado que permita a concessão de aposentadoria especial após 25 anos de contribuição = 26% (20% originais + 6% de acréscimo).

Lembramos que a contribuição previdenciária devida pela empresa que contrata serviços de cooperados organizados em cooperativas de trabalho é de 15%, incidente sobre o valor bruto da nota fiscal de serviços.17. GFIP - Informação - Agentes Nocivos

Compete às cooperativas de trabalho e de produção prestar a informação na GFIP, conforme orientação do Manual da GFIP, da ocorrência de exposição aos agentes nocivos dos cooperados a elas filiados.17.1. Serviços prestados à pessoa física

Quando os serviços forem prestados pelos cooperados a pessoas físicas, as informações deverão constar em GFIP da cooperativa, onde será informado como tomador a própria cooperativa e os cooperados na categoria de trabalhador relativa a atividade exercida (veja item 18 deste trabalho).17.2. Cooperativa de trabalho - Convênio

Havendo convênio entre cooperativas de trabalho para atendimento em comum a seus contratantes e na impossibilidade de a cooperativa de trabalho, que esteja filiado o cooperado prestador dos serviços, identificar a empresa tomadora dos serviços, os fatos geradores relativos a esta prestação de serviços devem ser declarados em GFIP emitida pela cooperativa que esteja vinculado o cooperado, devendo, neste caso, ser informada como tomadora a própria cooperativa emitente da GFIP.17.3. Bases de cálculo especiais

Na prestação de serviços de cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho, havendo previsão contratual de fornecimento de material ou a utilização de equipamento próprio ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, esses valores serão deduzidos da base de cálculo da contribuição, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e comprovado o custo de aquisição dos materiais e de locação de equipamentos de terceiros, se for o caso, e mantido em seu poder, os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos.

Poderão ainda ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, que correspondam:

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a) ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme Lei nº 6.321/76;b) ao fornecimento de vale-transporte de conformidade com a legislação própria.

A fiscalização poderá exigir da contratada a comprovação dessas deduções.17.3.1. Cooperativa de transporte de cargas e passageiros

Na atividade de transporte de cargas e de passageiros, para o cálculo da contribuição social previdenciária de 15%, devida pela empresa tomadora de serviços de cooperados intermediados por cooperativa de trabalho, cujas despesas com combustível e manutenção corram por conta da cooperativa, a base de cálculo não será inferior a 20% do valor bruto pago pelos serviços.

A cooperativa de trabalho, na atividade de transporte, em relação à remuneração paga ou creditada ao segurado contribuinte individual que lhe presta serviços e ao cooperado pelos serviços prestados com sua intermediação, deve reter e recolher a contribuição do segurado transportador autônomo destinada ao Serviço Social do Transporte (SEST) e ao Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT).

A base de cálculo para o pagamento da contribuição para o SEST e para o SENAT, prevista no art. 7º da Lei nº 8.706/93, correspondente a 20% do valor bruto auferido pelo frete, carreto, transporte, não se admitindo a dedução de qualquer valor relativo aos dispêndios com combustível e manutenção do veículo, ainda que figure discriminada no documento parcela a este título, cuja alíquota será de 2,5%, que deverá ser recolhida juntamente com sua contribuição individual ou ser descontada e recolhida pela empresa contratante dos serviços ou pela cooperativa de trabalho, conforme o caso.

Considerando o anteriormente exposto, temos:ExemplificandoSe o valor do frete é de R$ 2.000,00;Frete: x 20% = base de cálculo;R$ 2.000 x 20% = R$ 400,00 x 15 % = R$ 60,00 (parte da empresa - lançamento no campo

6 da GPS);R$ 2.000 x 20% = R$ 400,00 x 2,5% = R$ 10,00 (parte de terceiros - SEST/SENAT -

lançamento no campo 9 da GPS);Obs.: Este valor de “Terceiros” deve ser descontado do cooperado e recolhido pela

cooperativa.R$ 2.000,00 x 20% = 400,00 x 11% = 220,00 (parte do segurado - descontado dele e

lançamento no campo 6 da GPS).17.3.2. Cooperativas médicas

Nas atividades da área de saúde, para o cálculo da contribuição de 15% devida pela empresa contratante de serviços de cooperados intermediados por cooperativa de trabalho, as peculiaridades da cobertura do contrato definirão a base de cálculo, observados os seguintes critérios:

I - nos contratos coletivos, para pagamento por valor predeterminado, quando os serviços prestados pelos cooperados ou por demais pessoas físicas ou jurídicas ou quando os materiais fornecidos não estiverem discriminados na nota fiscal ou fatura, a base de cálculo não poderá ser:a) inferior a 30% do valor bruto da nota fiscal ou da fatura, quando se referir ao contrato de grande risco ou de risco global, sendo este o que assegura atendimento completo, em consultório ou em hospital, inclusive exames complementares ou transporte especial;

Exemplos:a) Serviço prestado sem discriminação na nota fiscal do material fornecido:- Valor de material fornecido sem discriminação na nota fiscal = R$ 5.000,00- Valor bruto da nota fiscal = R$ 8.000,00- Base de Cálculo = R$ 8.000,00 x 30% = R$ 2.400,00- Contribuição Previdenciária = R$ 2.400,00 (base de cálculo) x 15% = R$ 360,00

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b) Serviço prestado com discriminação na nota fiscal do material fornecido:- Valor de material fornecido discriminado na nota fiscal = R$ 5.000,00- Valor da mão de obra = R$ 3.000,00- Contribuição previdenciária = R$ 3.000,00 (base de cálculo) x 15% = R$ 450,00c) inferior a 60% do valor bruto da nota fiscal ou da fatura, quando se referir ao contrato de pequeno risco, sendo este o que assegura apenas atendimento em consultório, consultas ou pequenas intervenções, cujos exames complementares possam ser realizados sem hospitalização.

Exemplo:- Valor bruto da nota fiscal = R$ 3.000,00- Base de cálculo = R$ 3.000,00 x 60% = R$ 1.800,00- Contribuição Previdenciária = R$ 1.800,00 (base de cálculo) x 15% = R$ 270,00

II - nos contratos coletivos por custo operacional, celebrados com empresa, onde a cooperativa médica e a contratante estipulam, de comum acordo, uma tabela de serviços e honorários, cujo pagamento é feito após o atendimento, a base de cálculo da contribuição social previdenciária será o valor dos serviços efetivamente realizados pelos cooperados.

Exemplo:- Valor dos serviços = R$ 5.000,00- Contribuição Previdenciária = R$ 5.000,00 (base de cálculo) x 15% = R$ 750,00

Se houver parcela adicional ao custo dos serviços contratados por conta do custeio administrativo da cooperativa, esse valor também integrará a base de cálculo da contribuição social previdenciária.17.3.3. Contrato coletivo - Celebração

Na celebração de contrato coletivo de plano de saúde da cooperativa médica ou odontológica com empresa, em que o pagamento do valor predeterminado seja rateado entre a contratante e seus beneficiários, para efeito da apuração da base de cálculo da contribuição previdenciária deve ser observado o disposto no subitem 17.2 deste trabalho.

Caso sejam emitidas faturas específicas contra a empresa e faturas individuais contra o beneficiário do plano de saúde, cada qual se responsabilizando pelo pagamento da respectiva fatura, somente as faturas emitidas contra a empresa serão consideradas para efeito de contribuição.17.3.4. Cooperativas odontológicas

Na atividade odontológica, a base de cálculo da contribuição social previdenciária de 15% devida pela empresa contratante de serviços de cooperados intermediados por cooperativa de trabalho não será inferior a 60% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, caso os serviços prestados pelos cooperados, os prestados por demais pessoas físicas ou jurídicas e os materiais fornecidos não estejam discriminados na respectiva nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.17.4. Deduções da base de cálculo - Utilização de material

Na prestação de serviços de cooperados por intermédio de cooperativa de trabalho, havendo previsão contratual de fornecimento de material ou a utilização de equipamento próprio ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, esses valores serão deduzidos da base de cálculo da contribuição de 15% a cargo da empresa, desde que discriminados na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e comprovado o custo de aquisição dos materiais e de locação de equipamentos de terceiros, se for o caso, observado o disposto no § 2º do art. 121 e no art. 124, todos da Instrução Normativa RFB nº 971/09.

A cooperativa deverá manter em seu poder, para apresentar à fiscalização da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), os documentos fiscais de aquisição do material ou o contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos ao material ou equipamento, cujos valores foram discriminados na nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços.17.5. Contribuição previdenciária dos cooperados

A cooperativa de trabalho é obrigada a arrecadar a contribuição previdenciária devida por seus cooperados contribuintes individuais, mediante desconto na remuneração a eles

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repassada ou creditada relativa aos serviços prestados por seu intermédio, observado o seguinte:a) 11% do valor da remuneração creditada ou repassada ao cooperado, quando se referir a serviços prestados a empresas;b) 20% do valor da remuneração creditada ou repassada ao cooperado, quando se referir a serviços prestados a pessoas físicas ou a entidades beneficentes de assistência social isentas das contribuições patronais.

Integram a base de cálculo da contribuição previdenciária o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestam serviços.

Assim, perante a legislação previdenciária, os valores, ainda que pagos a título de gratificação ou de ajuda de custo, seja no mesmo Recibo de Prestação de Serviço (RPS) ou em Recibo de Pagamento a Autônomo (RPA) distintos, integrará a remuneração para efeitos previdenciários.

Observamos que o referido desconto deve-se limitar ao teto máximo do salário-de-contribuição, ou seja, até R$ 3.916,20.17.6. Vencimento

O vencimento das contribuições que a cooperativa de trabalho é obrigada a arrecadar de seus cooperados contribuintes individuais, mediante desconto na remuneração a eles repassada ou creditada relativa aos serviços prestados por seu intermédio se dará no dia 15 do mês subsequente à respectiva competência, prorrogando-se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia 15.

A Guia da Previdência Social (GPS) deverá ser preenchida e recolhida no código 2127.18. SEFIP/GFIP - Informações - Obrigatoriedade

A cooperativa de trabalho está obrigada a informar em SEFIP/GFIP, por tomador, os dados cadastrais dos cooperados e os valores a eles pagos ou creditados, correspondentes aos serviços prestados às empresas contratantes.

Quando se tratar de serviços prestados pelos cooperados a pessoas físicas, as informações deverão constar em SEFIP/GFIP da cooperativa, onde deverá ser informado como tomador a própria cooperativa e os cooperados na categoria do trabalhador relativa a esta atividade, na forma prevista no Manual do SEFIP/GFIP.

Havendo convênio entre cooperativas de trabalho para atendimento em comum a seus contratantes e na impossibilidade de a cooperativa de trabalho, a qual esteja filiado o cooperado prestador dos serviços, identificar a empresa tomadora dos serviços, os fatos geradores relativos a esta prestação de serviços devem ser declarados em SEFIP/GFIP emitida pela cooperativa a qual esteja vinculado o referido cooperado, devendo, neste caso, ser informada como tomadora a própria cooperativa emitente do SEFIP/GFIP.18.1. Tomador de serviço - SEFIP/GFIP

No tocante as informações a serem prestadas no SEFIP/GFIP, no campo “Valores Pagos a Cooperativas de Trabalho”, a empresa tomadora dos serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho deve informar o montante dos valores brutos das notas fiscais ou faturas de prestação de serviços emitidas pelas cooperativas no decorrer do mês, que é base de cálculo das contribuições instituídas pelo art. 22, inciso IV, da Lei nº 8.212/91.

A empresa tomadora dos serviços prestados por cooperados por intermédio de Cooperativas de Trabalho (serviço) deve informar na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) o montante dos valores brutos das notas fiscais ou faturas de prestação de serviços emitidas pelas cooperativas no decorrer do mês.

A cooperativa de trabalho (serviço) está obrigada a informar em GFIP, por tomador, os dados cadastrais dos cooperados e os valores a eles pagos ou creditados correspondentes aos serviços prestados às empresas contratantes.

Quando se tratar de serviços prestados pelos cooperados a pessoas físicas, as informações deverão constar em GFIP da cooperativa, onde deverá ser informado como

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tomador a própria cooperativa e os cooperados na categoria do trabalhador relativa a esta atividade, na forma prevista no Manual da GFIP.

Os cooperados associados a cooperativa de produção devem ser informados com a categoria 13 (ou 14, até a competência fevereiro/2000), independentemente da competência constante da GFIP/SEFIP.

A partir da competência abril/2003, os cooperados que prestem serviços a entidade beneficente de assistência social isenta da cota patronal ou a pessoa física, por intermédio da cooperativa de trabalho, devem ser informados com as categorias 24 ou 25, relativamente à remuneração recebida em decorrência desses serviços.

As informações a serem prestadas da SEFIP, no campo “Valores Pagos a Cooperativas de Trabalho”, a empresa tomadora dos serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho deve informar o montante dos valores brutos das notas fiscais ou faturas de prestação de serviços emitidas pelas cooperativas no decorrer do mês, que é base de cálculo das contribuições instituídas pelo art. 22, inciso IV, da Lei nº 8.212/91.

No campo “Ocorrência” o empregador/contribuinte presta, ao mesmo tempo, duas informações: a) a exposição ou não do trabalhador, de modo permanente, a agentes nocivos prejudiciais à sua saúde ou à sua integridade física, e que enseje a concessão de aposentadoria especial;b) se o trabalhador tem um ou mais vínculos empregatícios (ou fontes pagadoras), ou ainda, se o trabalhador consta de mais de uma GFIP/SEFIP do mesmo empregador/contribuinte, geradas em movimentos diferentes, com a remuneração desmembrada em cada uma delas (GFIP/SEFIP de chaves diferentes).

Para classificação da ocorrência, deve ser consultada a tabela de Classificação dos Agentes Nocivos (Anexo IV do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto n° 3.048/99). Para a comprovação de que o trabalhador está exposto a agentes nocivos é necessário que a empresa mantenha perfil profissiográfico previdenciário, conforme disposto no art. 58, § 1º, da Lei nº 8.213/91.

Para os trabalhadores com apenas um vínculo empregatício (ou uma fonte pagadora), informar os códigos a seguir, conforme o caso:

(em branco) - Sem exposição a agente nocivo

Trabalhador nunca esteve exposto.

01 - Não exposição a agente nocivo Trabalhador já esteve exposto.02 - Exposição a agente nocivo Aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho.03 - Exposição a agente nocivo Aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho.04 - Exposição a agente nocivo Aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho.

Os códigos de ocorrência indicativos de exposição a agentes nocivos devem ser informados para o cooperado filiado a cooperativa de produção (categoria 13) que exerce atividade que permita a concessão de aposentadoria especial, ocasionando o cálculo da contribuição adicional correspondente pelo SEFIP, a cargo da cooperativa de produção.

Em relação ao cooperado filiado à cooperativa de trabalho (categorias 17, 18, 24 ou 25), os códigos de ocorrência indicativos de exposição a agentes nocivos devem ser informados quando a atividade exercida no tomador ou no local por ele indicado, permita a concessão de aposentadoria especial. Esta informação não gera cálculo de contribuição adicional a cargo da cooperativa de trabalho.19. Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (PRONACOOP)

Por intermédio da Lei nº 12.690/12 foi instituído, no âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (PRONACOOP), com a finalidade de promover o desenvolvimento e a melhoria do desempenho econômico e social da Cooperativa de Trabalho.

O PRONACOOP tem como finalidade apoiar: a) a produção de diagnóstico e plano de desenvolvimento institucional para as Cooperativas de Trabalho dele participantes;

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b) a realização de acompanhamento técnico visando ao fortalecimento financeiro, de gestão, de organização do processo produtivo ou de trabalho, bem como à qualificação dos recursos humanos; c) a viabilização de linhas de crédito; d) o acesso a mercados e à comercialização da produção; e) o fortalecimento institucional a educação cooperativista e a constituição de cooperativas centrais, federações e confederações de cooperativas; f) outras ações que venham a ser definidas por seu Comitê Gestor, no cumprimento da finalidade descrita anteriormente.

Foi criado o Comitê Gestor do PRONACOOP, com as seguintes atribuições: a) acompanhar a implementação das ações previstas na Lei nº 12.690/12; b) estabelecer as diretrizes e metas para o PRONACOOP; c) definir as normas operacionais para o PRONACOOP; d) propor o orçamento anual do PRONACOOP;

O Comitê Gestor terá composição paritária entre o governo e entidades representativas do cooperativismo de trabalho.

O número de membros, a organização e o funcionamento do Comitê Gestor serão estabelecidos em regulamento.

O MTE poderá celebrar convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos que objetivem a cooperação técnico-científica com órgãos do setor público e entidades privadas sem fins lucrativos, no âmbito do PRONACOOP.

As despesas decorrentes da implementação do PRONACOOP correrão à conta das dotações orçamentárias consignadas anualmente ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Os recursos destinados às linhas de crédito do PRONACOOP serão provenientes: a) do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT); b) de recursos orçamentários da União; e c) de outros recursos que venham a ser alocados pelo poder público.

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT) definirá as diretrizes para a aplicação, no âmbito do PRONACOOP, dos recursos oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

As instituições financeiras autorizadas a operar com os recursos do PRONACOOP poderão realizar operações de crédito destinadas a empreendimentos inscritos no Programa sem a exigência de garantias reais, que poderão ser substituídas por garantias alternativas, observadas as condições estabelecidas em regulamento.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

VISTO TEMPORÁRIO A ESTRANGEIRO: DISCIPLINA A CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO DE TRABALHO – RES. NORM. CNI Nº 99, DE 12/12/2012

Disciplina a concessão de autorização de trabalho para obtenção de visto temporário a estrangeiro com vínculo empregatício no Brasil.

O CONSELHO NACIONAL DE IMIGRAÇÃO, instituído pela Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980 e organizado pela Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, no uso das atribuições que lhe confere o Decreto nº 840, de 22 de junho de 1993, Resolve: Art. 1º O Ministério do Trabalho e Emprego poderá conceder autorização de trabalho para obtenção de visto temporário, previsto no art. 13, inciso V, da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de

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1980, ao estrangeiro que venha ao Brasil com vínculo empregatício, respeitado o interesse do trabalhador brasileiro. Parágrafo único. Sendo o empregador pessoa física, o pleito deverá ser instruído, no que couber, com o mesmos documentos exigidos de empregador pessoa jurídica, nos termos de Resolução específica. Art. 2º Na apreciação do pedido será examinada a compatibilidade entre a qualificação e a experiência profissional do estrangeiro e a atividade que virá exercer no país. Parágrafo único. A comprovação da qualificação e experiência profissional deverá ser feita pela entidade requerente por meio de diplomas, certificados ou declarações das entidades nas quais o estrangeiro tenha desempenhado atividades, demonstrando o atendimento de um dos seguintes requisitos: I - escolaridade mínima de nove anos e experiência de dois anos em ocupação que não exija nível superior; ou II - experiência de um ano no exercício de profissão de nível superior, contando esse prazo da conclusão do curso de graduação que o habilitou a esse exercício; ou III - conclusão de curso de pós-graduação, com no mínimo 360 horas, ou de mestrado ou grau superior compatível com a atividade que irá desempenhar; ou IV - experiência de três anos no exercício de profissão, cuja atividade artística ou cultural independa de formação escolar. Art. 3º Não se aplicará o disposto no artigo anterior quando se tratar de pedido de autorização de trabalho para nacional de país sul-americano ou ainda, excepcionalmente, quando a compatibilidade do perfil profissional do estrangeiro com a função a ser desempenhada no Brasil possa ser demonstrada por outros meios. Art. 4º Os dependentes do estrangeiro autorizado poderão trabalhar desde que tenham oferta de trabalho no Brasil e individualmente obtenham o respectivo visto temporário previsto no art. 13, inciso V, da Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980, que será concedido dentro do prazo de validade do visto do titular. Parágrafo Único. Para os fins do presente artigo não se aplica o disposto no art. 2º desta Resolução. Art. 5º A chamada de mão-de-obra estrangeira deverá ser justificada pelo requerente. Art. 6º O prazo de estada do estrangeiro portador do visto temporário de que trata o art. 1º poderá ser prorrogado ou transformado em permanente, nos termos da legislação em vigor. § 1º Na avaliação do pedido de prorrogação deverá ser considerado: I - a continuidade da necessidade do trabalho do estrangeiro no Brasil, respeitado o interesse do trabalhador brasileiro; II - o cumprimento dos condicionantes estabelecidos quando da concessão da autorização de trabalho ao profissional estrangeiro, conforme a Resolução Normativa do Conselho Nacional de Imigração aplicável; e III - a evolução do quadro de empregados, brasileiros e estrangeiros, da empresa requerente. § 2º Na avaliação do pedido de transformação em permanente deverá ser considerado: I - a justificativa apresentada pelo estrangeiro sobre sua pretensão em fixar-se definitivamente no Brasil; II - a continuidade da necessidade do trabalho do estrangeiro no Brasil, respeitado o interesse do trabalhador brasileiro; e III - a evolução do quadro de empregados, brasileiros e estrangeiros, da empresa requerente. Art. 7º Esta Resolução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções Normativas nº 80, de 16 de outubro de 2008 e nº 96, de 23 de novembro de 2011.

PAULO SÉRGIO DE ALMEIDAPresidente do Conselho

FONTE: Diário Oficial da União – 19/12/2012.

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______________________________Fim de Matéria__________________________________

MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

“MEDIDA CAUTELAR EM PROCEDIMENTO ARBITRAL” – ARTIGO

Desde o advento da Lei nº 9.307, de 1996, Lei da Arbitragem, que tornou mais viável e interessante a utilização da arbitragem no Brasil (lembre-se que o instituto é previsto em nosso ordenamento desde a Constituição Imperial), o tema das medidas cautelares no processo arbitral institucional (promovido junto às câmaras, centros, conselhos ou tribunais arbitrais) sempre inspira debates e interpretações profícuos, seja na doutrina, na jurisprudência e até mesmo nos projetos de lei que vislumbram reformas pontuais na lei.Sem a pretensão de esgotar esse tema, cujas particularidades vêm sendo discutidas profundamente por meio de obras jurídicas e teses acadêmicas especializadas, separam-se aqui apenas alguns aspectos com o intuito de se apresentar problemas práticos relacionados a eles e que são razoavelmente comuns para quem trabalha, pesquisa e se utiliza da arbitragem em nosso país.Cabe aqui a informação, bem sabida pela comunidade jurídica nacional, que o Judiciário brasileiro, salvo raras exceções, tem se demonstrado bastante receptivo à arbitragem e, mais do que isso, verdadeiramente incentiva sua prática e bem aplica os dispositivos de lei a ela referentes. Por conta disso, o Brasil ocupa local de destaque entre os BRICS como foro arbitral preferido nos contratos entre partes oriundas dos países integrantes desse grupo.O grande desenvolvimento do tema em nosso país fomenta a discussão de assuntos diversos a ele atinentes e, com isso, a própria jurisprudência evolui na interpretação da lei, se posicionando cada vez mais favorável à manutenção do que se pode denominar jurisdição arbitral, embora o vocábulo cause polêmica na doutrina.E essa aceitação plena da jurisdição arbitral é que dá origem aos questionamentos que serão discutidos neste breve artigo, no que diz respeito às medidas cautelares.A Lei de Arbitragem define, no parágrafo 4º do seu artigo 22, que o árbitro pode, ao se aperceber da necessidade de uma medida cautelar no caso que lhe é apresentado, solicitar ao órgão do Poder Judiciário originariamente competente para julgar a causa a providência que deve ser tomada, vez que, apesar de ser equiparado ao juiz estatal no exercício de suas funções (artigo 18), o árbitro não é dotado de poder de polícia para determinar a execução desse tipo de medida.Tomando isso como premissa, passa-se à indagação: no caso de se pretender a efetivação de um pedido acautelatório, a parte que escolheu a via arbitral deve ou pode submeter o pleito ao árbitro para que ele o aprecie e determine a providência, para depois executá-lo por meio do Judiciário?Essa indagação é de grande relevância e pode abrir discussões tanto de dogmática jurídica como de ordem econômica, e que são determinantes para o andamento e a própria escolha da arbitragem.

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Se for adotada a posição de que as partes devem submeter ao juízo arbitral a análise de medidas cautelares para que, se concedidas, sejam apenas executadas pelo Judiciário, observe-se que, de pronto, há de ser instaurada a arbitragem, seguindo-se o que determina o regulamento da câmara, bem como pagas às custas referentes ao procedimento. Nesse ponto é que se colocam questões críticas: e o que dizem os regulamentos de arbitragem das câmaras? Quanto seria o custo desse procedimento? A quem se dirige o pedido, caso ainda não tenha sido nomeado o árbitro pelas partes ou instituído o conselho arbitral?Isso tudo deve ser muito bem avaliado pelas partes antes de se incluir no contrato que firmarão uma cláusula compromissória nomeando determinada câmara como competente para dirimir conflitos oriundos daquela relação, inclusive para que sejam evitadas “surpresas” no momento em que se faz necessária a medida.As câmaras de arbitragem mais requisitadas, normalmente, têm por política a indicação de todos esses detalhes nos seus quadros de custas, regulamentos de arbitragem e regimentos internos, geralmente disponíveis ao público por meio de seus websites.Todavia, há quem entenda que, nos casos de medidas cautelares que antecedem a instauração da arbitragem, a parte pode se valer diretamente do Judiciário, sem submeter o pedido ao jugo do árbitro ou a quem de direito, definido no regulamento de arbitragem da câmara escolhida.Nesse caso, a parte se dirige ao foro originariamente competente para dirimir o conflito (que pode estar, inclusive, indicado numa cláusula de eleição de foro inserida no mesmo contrato em que se prevê a arbitragem como via adequada à solução de litígios), submetendo ao juízo estatal a análise exclusiva daquela questão incidental, não podendo o magistrado, contudo, se enveredar pelo mérito da disputa.Para que se tenha a devida segurança jurídica em casos como esses, evitando-se conflitos de competência entre conselho arbitral e Justiça comum (que deve ser dirimido pelo Superior Tribunal de Justiça, de acordo com o que se decidiu no Conflito de Competência 111.230-DF), é interessante que as partes, na redação da cláusula arbitral, especifiquem se desejam que medidas cautelares sejam ou não exclusivamente decididas pela via arbitral.Como a jurisprudência dos tribunais pátrios ainda oscila, principalmente em casos em que esse tipo de previsão contratual não existe, a possibilidade de se tumultuar um procedimento, arbitral ou judicial, numa situação como essa é considerável, o que atenta contra uma das principais vantagens da arbitragem e um dos maiores objetivos atuais da Justiça comum: a celeridade.

FONTE: VALOR – 11.12.2012.

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CULTURA

“SUSTENTATIBILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS” – ARTIGO

As organizações que demonstram compromisso com aspectos de responsabilidade social obtém vantagens competitivas, ganhando a confiança do mercado, clientes, investidores, consumidores e da comunidade local.

Este tipo de ação desencadeia no mercado uma onda de responsabilidade corporativa social, que empresas espalhadas pelo mundo, de todos os tamanhos e setores, estão adotando e promovendo. Compreender essa onda de mudança no cenário empresarial é vital para a competitividade, pois o mercado está cada vez mais transparente e competitivo, se tornando uma oportunidade para que as empresas programem práticas sustentáveis de gerenciamento, não apenas como uma postura para atender às exigências legais, mas também com a intenção de melhor se colocar no mercado.

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É um erro entender que a sustentabilidade seja apenas restrito a aspectos do meio ambiente, da mesma forma, não deve-se assumir que responsabilidade social se limite a ações ou investimentos em projetos sociais, sendo os dois conceitos estão intimamente ligados. O administrador que pretenda que seu negócio seja mantido indefinidamente deverá gerar valor nas dimensões econômicas, ambientais e sociais.As empresas são cobradas por uma atitude correspondente ao conceito da "Cidadania Corporativa Global", que envolve, ao mesmo tempo, a sustentabilidade e a responsabilidade social, dois conceitos que caminham juntos. As empresas de hoje tornaram-se agentes transformadores que exercem uma influência muito grande sobre os recursos humanos, a sociedade e o meio ambiente em que estão inseridas.Os empresários, neste novo papel, tornam-se cada vez mais aptos a compreender e participar das mudanças estruturais na relação de forças nas áreas ambiental, econômica e social. Dois exemplos ilustram o assunto:1 – O mercado parou de aceitar o descaso no tratamento dos recursos naturais e os consumidores estão interessados em produtos "limpos". 2 – Da mesma forma, a sociedade está muito mais atenta à inclusão de portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho. O resultado é óbvio: a legislação tornou-se mais rígida, obrigando as empresas a encarar com muita seriedade a questão ambiental e a responsablidade social em sua estratégia operacional. Com essa nova postura empresarial vem a necessidade de adaptação e consequente direcionamento para novos caminhos. As empresas devem mudar seus paradigmas, mudando sua visão empresarial, objetivos, estratégias de investimentos e de marketing, tudo voltado para o aprimoramento de seu produto.Empresas socialmente responsáveis e preocupadas com sustentabilidade conquistam resultados melhores e geram valor aos que estão próximos. A responsabilidade social e sustentabilidade deixaram de ser uma opção politicamente correta. É uma questão de visão estratégica e, muitas vezes, de sobrevivência. A empresa é socialmente responsável e sustentável quando vai além da obrigação de respeitar as leis, pagar impostos e observar as condições adequadas de segurança e saúde para os trabalhadores ou preservar o meio ambiente. É preciso adotar nova postura: A empresa que não adequar suas atividades a esses novos conceitos está destinada a perder competitividade em médio prazo.

FONTE: EMPRESAS & NEGÓCIOS - 14.12.2012.

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ESPAÇO CIDADANIA

CENTRO DE INTEGRAÇÃO DA CIDADANIA - CIC

FONTE: http://www.justica.sp.gov.br/Modulo.asp?Modulo=52&Cod=52

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“UMA AÇÃO QUE VALE UM MILHÃO” – PARTICIPE

FONTE: http://www.crcsp.org.br/portal_novo/hotsite/crcsp_social/home.htm

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ESPAÇO: PERGUNTAS & RESPOSTAS

P: QUAIS OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA REDUÇÃO DO INTERVALO DE ALIMENTAÇÃO E REPOUSO?

O intervalo de alimentação e repouso poderá ser reduzido, nos termos da Portaria MTE nº 1.095/10 por ato de autoridade do Ministério do Trabalho e Emprego quando prevista em convenção ou acordo coletivo de trabalho, desde que os estabelecimentos abrangidos pelo seu âmbito de incidência atendam integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. Fica delegada, privativamente, aos Superintendentes Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) a competência para decidir sobre o pedido de redução do intervalo para repouso ou refeição. Os instrumentos coletivos, que estabeleçam a possibilidade de redução, deverão especificar o período do intervalo intrajornada. Não será admitida a supressão, diluição ou indenização do intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de 30 minutos. O pedido de redução do intervalo intrajornada, formulado pelas empresas com fulcro em instrumento coletivo, acompanhará cópia deste e serão dirigidos ao SRTE, com a individualização dos estabelecimentos que atendam os requisitos indicados anteriormente, vedado o deferimento de pedido genérico. Deverá também instruir o pedido, conforme modelo a seguir transcrito, documentação que ateste o cumprimento, por cada estabelecimento, dos requisitos exigidos para a citada Portaria. O SRTE poderá deferir o pedido formulado, independentemente de inspeção prévia, após verificar a regularidade das condições de trabalho nos estabelecimentos pela análise da documentação apresentada, e pela extração de dados do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho, da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). A autorização para a redução do intervalo de alimentação e repouso terá a vigência máxima de dois anos e não afasta a competência dos agentes da Inspeção do Trabalho de verificar, a qualquer tempo, in loco, o cumprimento dos requisitos legais. O descumprimento dos requisitos torna sem efeito a redução de intervalo, procedendo-se às autuações por descumprimento do previsto no caput do art. 71 da CLT, bem como das outras infrações que forem constatadas. Formulário de Requerimento Administrativo para Redução de Intervalo Intrajornada nos Termos do art. 71, § 3º, CLT Ao Senhor Superintendente Regional do Trabalho e Emprego (IDENTIFICAÇÃO DO EMPREGADOR: NOME, CNPJ/CPF) vem solicitar, com fulcro no instrumento coletivo anexo, _______________________________________________ (IDENTIFICAÇÃO DA CLÁUSULA QUE AUTORIZA EXPRESSAMENTE A REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA), seja deferido o pedido de redução do intervalo intrajornada dos empregados que prestam serviços no estabelecimento____________________________________ (IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO: NOME E ENDEREÇO COMPLETO). Para tanto, a Requerente declara, sob as penas da lei, que o estabelecimento identificado atende as condições fixadas no art. 71, § 3º, da CLT, relativas ao atendimento integral das exigências concernentes à organização dos refeitórios e da não submissão dos empregados que ali prestam serviços a regime de trabalho prorrogado a horas suplementares, conforme documentação comprobatória acostada.

FONTE: CENOFISCO .

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P: OS INTERVALOS CONCEDIDOS PARA DESCANSO PELAS EMPRESAS SEM PREVISÃO NA LEGISLAÇÃO SÃO COMPUTADOS NA JORNADA DE TRABALHO?

Os intervalos, que não estão previstos na legislação e que são concedidos pela empresa em razão de liberalidade desta ou de previsão em acordo ou convenção coletiva da categoria, serão computados normalmente na jornada de trabalho, devido estar o empregado, neste período, à disposição do empregador. Neste sentido, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) se manifestou por intermédio de Súmula TST nº 118, transcrita a seguir: “Súmula TST nº 118 Os intervalos concedidos pelo empregador, na jornada de trabalho, não prevista em lei, representam tempo à disposição da empresa, remuneradas como serviço extraordinário, se acrescida ao final da jornada”. Como exemplo citamos, caso a empresa conceda 10 minutos no período da tarde para lanche, esse intervalo fará parte da jornada de trabalho, não sendo permitido ao empregador determinar que os empregados trabalhem mais 10 minutos após a jornada normal para compensá-lo. Observa-se ainda, que a habitualidade na concessão de intervalos não previstos na legislação caracteriza cláusula contratual, ainda que não expressa, não sendo permitido, portanto, o cancelamento desse intervalo, sob pena de caracterizar alteração contratual prejudicial ao empregado, o que é vedado conforme disposto no art. 468 da CLT.

FONTE: CENOFISCO .

P: AS EMPRESAS ESTÃO OBRIGADAS A CONCEDER INTERVALOS PARA OS EMPREGADOS FUMAREM?

Não. A legislação obriga as empresas a concederem apenas os intervalos para repouso ou alimentação, os quais, para as jornadas acima de 4 até 6 horas, correspondem a 15 minutos e, para jornadas superiores a 6 horas a, no mínimo, 1 hora e, salvo acordo escrito ou documento coletivo dispondo em contrário, não poderá ultrapassar duas horas. Algumas atividades específicas, tais como: empregados que trabalham no interior de câmaras frigoríficas, trabalhadores em minas de subsolo, etc., têm, além do intervalo citado anteriormente, outros intervalos cuja finalidade é o descanso do trabalhador. Inexiste determinação legal no sentido de ser destinado ao trabalhador qualquer intervalo com a finalidade de fumar, mesmo porque o tabagismo é prejudicial à saúde.

FONTE: CENOFISCO .

P: O QUE SÃO INTERVALOS PARA DESCANSO?

São períodos na jornada de trabalho, ou entre uma e outra, em que o empregado não presta serviços, seja para se alimentar ou para descansar.

FONTE: CENOFISCO .

P: EM SE TRATANDO DE REGIME DE REVEZAMENTO AS HORAS TRABALHADAS SEGUIDAS AO REPOUSO SEMANAL DE 24 HORAS, DEVE SER OBSERVADO O INTERVALO DE 11 HORAS?

O Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da Súmula nº 110, transcrita a seguir, firmou entendimento que a não observância desse intervalo de 11 horas, após o repouso semanal de 24 horas importa em pagamento de horas extras, com o acréscimo de, no mínimo, 50%.

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“Súmula TST nº 110 - Jornada de Trabalho. Intervalo (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional”.

FONTE: CENOFISCO .

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