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CASAMENTO 1) é um tipo de entidade familiar. 2) natureza jurídica do casamento: teoria contratualista; institucional; eclética ou mista. 3) tipologia básica de casamento: -civil: designa aquele ato apenas celebrado perante a autoridade oficial do Estado (juiz de direito ou JUIZ de paz), -religioso com efeitos civis: identifica o matrimônio celebrado por autoridade de qualquer religião brasileira. O casamento "apenas religioso" traduz, em verdade, uma união informal sob o ponto de vista estritamente jurídico, não sendo oficialmente reconhecido. Nada Impede. no entanto, que esse enlace possa configurar uma união estável. Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. § 1 o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de 90 dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação (os nubentes tem 90 dias para registrar o ato religioso no Cartório respectivo). § 2 o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532 ( A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado). (é possível que o registro civil seja feito, excepcionalmente, depois da celebração religiosa) § 3 o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil. -tipos especiais de casamento

CASAMENTO

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CASAMENTO

1) é um tipo de entidade familiar.

2) natureza jurídica do casamento: teoria contratualista; institucional; eclética ou mista.

3) tipologia básica de casamento:

-civil: designa aquele ato apenas celebrado perante a autoridade oficial do Estado(juiz de direito ou JUIZ de paz),

-religioso com efeitos civis: identifica o matrimônio celebrado por autoridade de qualquer religião brasileira. O casamento "apenas religioso" traduz, em verdade, uma união informal sob o ponto de vista estritamente jurídico, não sendo oficialmente reconhecido. Nada Impede. no entanto, que esse enlace possa configurar uma união estável. Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração.Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil.§ 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de 90 dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação (os nubentes tem 90 dias para registrar o ato religioso no Cartório respectivo).§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532 (A eficácia da habilitação será de noventa dias, a contar da data em que foi extraído o certificado). (é possível que o registro civil seja feito, excepcionalmente, depois da celebração religiosa)§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil.

-tipos especiais de casamento

4)a promessa de casamento (esponsais = noivos)

- o namoro não se notabiliza simplesmente pelo envolvimento sexual. mas também pelo comprometimento afetivo. Tal aspecto, no entanto, não serve para conferir-Ihe roupagem jurídica familiar, dada a sua tessitura instável, mais pertinente à moral do que propriamente ao Direito.

- a ruptura injustificada do noivado pode, sim, acarretar, em situações especiais, dano moral ou material indenizável, deverá haver prejuízos efetivamente sofridos.

- não é apropriado considerar o noivado como um contrato, mas isso não impede a configuração do ilícito, quando o noivo desistente, violando a legítima expectativa de casamento, impõe, ao outro, prejuízo material ou moral.

- noivado é diferente de união estável. Na UE é uma união pública, contínua, duradoura, com objetivo de constituir família, então firmar a promessa de casamento, ou seja, noivar não significa que se passou a viver em UE; No entanto, se, durante o período do noivado, os

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partícipes da relação passam a agir como se já casados fossem, alongando o período da promessa, e atuando como se já estivessem integrando um núcleo familiar, a situação poderá, logicamente, ser outra e as regras da UE poderão se fazer incidir. Deverá analisar o caso concreto.

- DÚVIDA: ART 546, AS DOAÇÕES FEITAS DURANTE O NOIVADO SÃO VÁLIDAS OU INVÁLIDAS SE O CASAMENTO NÃO SE REALIZAR?

- como regra geral, contraído o matrimônio, considera-se aperfeiçoada a doação, não podendo o doador injustificadamente voltar atrás. MAS E SE O CASAMENTO NÃO SE REALIZAR E A DOAÇÃO TIVER SIDO FEITA?

5)formas especiais de casamento

-como já dito há 3 formas de casamento: civil; religioso com efeito civil; formas especiais de celebração. - habilitação e da celebração do casamento, aquele momento em que autoridade, declara os nubentes casados.- das formas especiais de celebração decorrem: casamento por procuração; casamento nuncupativo ou em iminente risco de morte; casamento em caso de moléstia grave; casamento celebrado fora do país, perante autoridade diplomática.

a) casamento por procuração: Trata-se, em verdade, de uma forma de casamento realizado por meio de um mandato, ou seja, de um contrato de representação voluntária, configurando, a procuração, apenas como o instrumento delimitador dos poderes do procurador ou mandatário. A procuração para casar, portanto, não pode ser genérica, devendo conter poderes especiais, observando a forma pública, ou seja, lavrada em Livro de Notas de Tabelião, com prazo máximo de 90 dias. Somente por escritura pública poderá revogar o mandato, a revogação do mandato não precisa chegar ao conhecimento do mandatário, MAS se o casamento for celebrado sem que o mandatário ou o outro contraente tivesse ciência da revogação, poderá o mandante responder por perdas e danos. Haverá ANULABILIDADE do casamento, caso realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges.Art. 1.542. O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com poderes especiais.§ 1o A revogação do mandato não necessita chegar ao conhecimento do mandatário; mas, celebrado o casamento sem que o mandatário ou o outro contraente tivessem ciência da revogação, responderá o mandante por perdas e danos.§ 2o O nubente que não estiver em iminente risco de vida poderá fazer-se representar no casamento nuncupativo.§ 3o A eficácia do mandato não ultrapassará noventa dias.§ 4o Só por instrumento público se poderá revogar o mandato.

b)casamento nuncupativo ou em iminente risco de morte: é aquele contraído, de viva voz, por nubente que se encontre moribundo, na presença de, pelo menos, 6 testemunhas que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau, independentemente da presença da autoridade competente ou do seu substituto. Realizado o casamento, devem as testemunhas comparecer perante a autoridade judicial mais próxima, dentro em dez dias, pedindo que lhes tome por termo a declaração de: que foram convocadas por parte do enfermo; que este parecia em perigo de vida, mas em seu juízo; que, em sua presença, declararam os contraentes, livre e espontaneamente, receber-se por marido e mulher. A ausência do registro desse ato pelo juiz implicará a NULIDADE ABSOLUTA do matrimônio contraído, uma vez que, por ser ato jurídico de formação

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complexa, exige a observância de todas as formalidades legais, sob pena de invalidade. Serão dispensadas as formalidades de lei se o enfermo convalescer e puder ratificar o casamento na presença da autoridade competente e do oficial do registro.Art. 1.540. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida, não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de 6 testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau.

c) casamento em caso de moléstia grave: Não confunda, o casamento nuncupativo (o nubente encontra-se no leito de morte, não tendo havido tempo para habilitar-se. nem solicitar a presença da autoridade ce1ebrante ou seu substituto) e o em caso de moléstia grave (a habilitação foi feita, mas por conta de grave doença, tornou-se impossível o comparecimento ã solenidade matnmonia1).Art. 1.539. No caso de moléstia grave de um dos nubentes, o presidente do ato irá celebrá-lo onde se encontrar o impedido, sendo urgente, ainda que à noite, perante duas testemunhas que saibam ler e escrever.§ 1o A falta ou impedimento da autoridade competente para presidir o casamento suprir-se-á por qualquer dos seus substitutos legais, e a do oficial do Registro Civil por outro ad hoc, nomeado pelo presidente do ato.§ 2o O termo avulso, lavrado pelo oficial ad hoc, será registrado no respectivo registro dentro em 5 dias, perante 2 testemunhas, ficando arquivado.

d) casamento celebrado fora do país, perante autoridade diplomática: casamento de brasileiro realizado no exterior para que produza efeitos, deve-se observar todos os requisitos legais. Há que se observar, ainda, que o casamento celebrado no estrangeiro perante as autoridades competentes, deverá ser registrado em 180 dias, a contar da volta de um ou de ambos os cônjuges ao Brasil. no cartório do respectivo domicílio, ou, em sua falta, no 1 Ofício da Capital do Estado em que passarem a residir. Trata-se de prazo decadencial, cuja inobservância gerará a impossibilidade de produção dos efeitos jurídicos pretendidos, não se considerando tais pessoas como casadas pela lei brasileira.- casamento celebrado fora do país perante autoridade estrangeira: art 7/LICC; assim, é o local de domicílio do casal que determinará as regras de existência, validade e eficácia do casamento, até em relação ao regime de bens adotados, deve, portanto, a lei estrangeira reger esse casamento. Isso se aplica tanto ao casamento do cidadão estrangeiro quanto do brasileiro que contrai núpcias fora do país independentemente de ser ali domiciliado ou não, seja casando-se com outro brasileiro, seja com um estrangeiro.