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RESOLUÇÃO VI Quanto ao documento 030. Ementa: Consulta da IP Cordeiro à CE-SC-IPB sobre Recepção de pessoas que vivem em união estável. Considerando: 1. Que a resolução do SC-E - 2010 - DOC. LXII: Quanto ao documento 308 - Proposta de Revisão Material Quanto a Admissão em Caráter excepcional a Comunhão da Igreja de Pessoas não Casadas Civilmente, nomeando Comissão Permanente Judiciária para estudar o assunto; 2. Que a IPB reconhece como legítimo o casamento religioso com efeito civil; 3. Que desconhece-se posicionamentos oficiais da IPB quanto a questões previdenciárias, especialmente relativas a perda de pensão em virtude de novo casamento. Outrossim em função de que esta Comissão identifica conflitos entre a Lei Previdenciária Federal e a Estadual quanto ao assunto. O PNFR - 2011 RESOLVE: 1. Quanto a possibilidade de recepção como membros da igreja de pessoas não casadas civilmente, quando ambas são convertidas e frequentam assiduamente aos trabalhos da igreja, declarar ilegal a recepção de membros nestas condições com base em resoluções anteriores do SC-IPB e referendar Resolução-Doc.70-RO/PNFR- 2010; 2. Quanto a realização de casamento apenas religioso, orientar que não se realize casamento religioso sem efeito civil; 3. Quanto às questões relativas a possíveis conflitos de Leis Federal e Estadual, encaminhar pedido de orientação do SC-IPB quanto ao assunto. Pr. Ashbell, Graça e Paz! Grato por ter adicionado meu e-mail à sua lista. Gostaria que me ajudasse numa dúvida: Qual a posição da igreja (existe alguma decisão?) sobre relação estável. Mandei uma pergunta para o site da IPB há algum tempo mas não obtive resposta e gostaríamos de resolver uma situação o mais breve possível. 1) Até o ano passado, quando alguém se convertia e passava pela classe de primeiros passos, se não fosse civilmente casado(a), aconselhávamos a que regularizasse a situação para então realizar o casamento. 2) Tem um jovem da igreja, membro, que está vivendo com uma moça que já tinha um filho adolescente e agora o casal teve um filho. A moça se entregou pra Jesus mas eles ainda não se casaram civilmente. Ela pode ser recebida pela profissão de fé e batismo? Abração _ Sérgio - - - Caríssimo Pastor. A luz das decisões da Igreja Presbiteriana do Brasil nos seus Concílios, fica evidenciado através da resolução SC-90-173 – que o SC

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RESOLUÇÃO VIQuanto ao documento 030.Ementa: Consulta da IP Cordeiro à CE-SC-IPB sobre Recepção de pessoas que vivem em união estável.Considerando: 1. Que a resolução do SC-E - 2010 - DOC. LXII: Quanto ao documento 308 - Proposta de Revisão Material Quanto a Admissão em Caráter excepcional a Comunhão da Igreja de Pessoas não Casadas Civilmente, nomeando Comissão Permanente Judiciária para estudar o assunto; 2. Que a IPB reconhece como legítimo o casamento religioso com efeito civil; 3. Que desconhece-se posicionamentos oficiais da IPB quanto a questões previdenciárias, especialmente relativas a perda de pensão em virtude de novo casamento. Outrossim em função de que esta Comissão identifica conflitos entre a Lei Previdenciária Federal e a Estadual quanto ao assunto.   O PNFR - 2011 RESOLVE:  1. Quanto a possibilidade de recepção como membros da igreja de pessoas não casadas civilmente, quando ambas são convertidas e frequentam assiduamente aos trabalhos da igreja, declarar ilegal a recepção de membros nestas condições com base em resoluções anteriores do SC-IPB e referendar Resolução-Doc.70-RO/PNFR-2010;   2. Quanto a realização de casamento apenas religioso, orientar que não se realize casamento religioso sem efeito civil; 3. Quanto às questões relativas a possíveis conflitos de Leis Federal e Estadual, encaminhar pedido de orientação do SC-IPB quanto ao assunto.

Pr. Ashbell, Graça e Paz! Grato por ter adicionado meu e-mail à sua lista. Gostaria que me ajudasse numa dúvida: Qual a posição da igreja (existe alguma decisão?) sobre relação estável. Mandei uma pergunta para o site da IPB há algum tempo mas não obtive resposta e gostaríamos de resolver uma situação o mais breve possível. 1) Até o ano passado, quando alguém se convertia e passava pela classe de primeiros passos, se não fosse civilmente casado(a), aconselhávamos a que regularizasse a situação para então realizar o casamento. 2) Tem um jovem da igreja, membro, que está vivendo com uma moça que já tinha um filho adolescente e agora o casal teve um filho. A moça se entregou pra Jesus mas eles ainda não se casaram civilmente. Ela pode ser recebida pela profissão de fé e batismo? Abração _ Sérgio - - -  Caríssimo Pastor. A luz das decisões da Igreja Presbiteriana do Brasil nos seus Concílios, fica evidenciado através da resolução SC-90-173 – que o SC revocou o item 2 inciso 3 das determinações contidas na Resolução SC-86-026, que afirma: “Admissão ainda que excepcionalmente à comunhão da Igreja, a critério e juízo do respectivo conselho, que também poderá apreciar outros casos semelhantes, com zelo, carinho e seriedade cristã, de pessoas não casadas civilmente ou por impossibilidade jurídica, desde que esteja vivendo em harmonia como se casados fossem, gozando de boa reputação e freqüentando regularmente a comunidade, período nunca inferior a dois anos ou tempo satisfatório pelo Conselho da Igreja que decidirá, em cada um dos casos acima, segundo os princípios estabelecidos na Confissão de Fé da IPB, dos bons costumes, face à sã moral, sempre precedido de ampla avaliação.” Cessou toda e qualquer possibilidade de receber como membros da igreja, seja por profissão de fé, profissão de fé e batismo aqueles que não contraíram civilmente o matrimônio.            Portanto no que rege ao Sistema Jurídico Brasileiro, um  aspecto relevante do Código Civil, é o tratamento que se dá a questão da união estável, do concubinato puro, ou seja, união não adulterina e não incestuosa entre homem e mulher que convivem sob o mesmo teto há tempo razoável, sem casamento, duradoura, contínua com intenção de constituir família. O  Código Civil trata do assunto nos artigos 1.723 a 1.727, reiterando o disposto contido na CFRB/88, § 3º, do artigo 226 e na lei 9.278 de 1996 que equiparou, colocou em pé de igualdade, a união estável e a família. Em outras palavras, para a Constituição Federal e o Código Civil, a idéia de família – marido, mulher e filhos, - não, necessariamente, necessita passar pelo casamento. Bastou a união entre homem e mulher com as peculiaridades descritas acima e tem-se uma família, pronta e acabada, independente de casamento. Já a Natureza Jurídica casamento é tratado pelo  Código do artigo1.511 ao artigo 1.582. Assim, a união

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estável é entidade familiar prevista na CFRB/88  e ratificada pelo Código Civil, protegida pela lei.Vejamos como exemplo: um casal que convivendo maritalmente há anos, com filhos, residindo sob o mesmo teto, partilhando da vida em comum, contudo, sem serem casados, postularam perante um colega pastor o direito que entendiam fazer jus de deles tornarem-se membros, inclusive participarem da Santa Ceia do Senhor e etc., alegando estarem amparados pela lei da união estável e, por tal razão, a união sexual havida entre o casal inclusive, não se tratava de ato espúrio e antibíblico já que estavam submetidos a regime familiar previsto e protegido pela legislação brasileira. Bem, nós ficaríamos em situação muito difícil, haja vista que a IPB na atualidade não reconhece a união estável e não há nenhum disposto ao contrário, isto é, depois da promulgação do Código Civil, não subiu a SC da Igreja nenhum documento referente ao assunto.Apesar das Legislação Brasileira, entendo que não posso afrontar a CI/IPB e suas resoluções, que são uma Norma peculiar da governo da IPB, a CFRB/88 proíbe no seu Art 19, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, "estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento, ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público”.Baseado no princípio do direito adquirido, entendo que aqueles que já foram recebidos baseados na Resolução SC 86-026, deverão continuar como membros com todos os direitos e deveres elencados na CI/IPB, e que a partir de SC/90, tais possibilidades extinguiram, até mesmo aquelas que julgávamos excepcionais.Grande abraço _ Rev. Simonton ( 15/04/2007)