“Não brinca comigo, liga prá outro! Não sou moleque!”(Cidão da Telepar, ao ser comunicado pela

Ipiranga que havia ganho uma BMW. Lei texto no verso desta edição)

Cédula rosaNo encontro do PDT, na noite de ontem,

quando a sigla escolheria o candidato pala-ciano entre Marcos Vinícius e Renato Silva,

uma novidade criativa: quem recebesse cédulas rosas, teria peso de dois votos. E as

rosinhas foram para os pré-candidatos a vere-ança, que já haviam declarado amor eterno a Vinícius. Deu no que deu: professor 40 votos,

Renato das cédulas brancas, 15.

O profundo desgaste dos gover-nantes em todas as esferas gerou um fenômeno atípico na disputa eleitoral em Cascavel. As candidaturas mais evidenciadas evitam associar seus projetos políticos ao prefeito da cidade e ao governador do Paraná.

Os condutores das máquinas públi-cas, outrora usadas desbragadamente em campanhas eleitorais, e tidas como decisivas, hoje são desprezados. Para-nhos e Pacheco já haviam rechaçado publicamente tais vínculos.

E ontem, a tendência ficou mais ex-plícita. O presidente do PSD, Ricardo Mion, disse com todas as palavras que a legenda declina o apoio do prefeito Edgar Bueno e do governador Beto Richa. A declaração ocorreu ao vivo na CBN, para o radialista Valdomiro Cantini.

Jorge Lange, homologado em convenção, agora oficialmente candidato a prefeito de Cascavel, endossou as palavras de Mion. E buscou demarcar diferenças políticas com “tudo que está aí”: “Serei o prefeito mais

PSD declina apoio do poderda Colméia. “Teremos uma cam-panha leve, solta, independentee desvinculada”, reforçou o deputado federal Evandro Roman (PSD).

Quem embarca na canoa 55? Há viabilidade na candidatura desvinculada do “tudo que está aí”? Lange chegou a obter mais de 20% das intenções de votos nas eleições de quatro anos atrás, e fechou o primeiro turno com 25 mil sufrágios.

Depois afastou-se da política e perdeu parte da musculatura elei-toral. Porém, ao se auto-dispensar de carregar “malas” ou pianos po-líticos nas costas, tentará encontrar um espaço na polarização entre os

deputados.E que o Renato Silva está fazendo nesta

foto, obtida na noite de ontem? Vítima de um “três cantos” no PDT, mister Colméia poderá compor na vice do PSD, e trazer Álvaro Dias para a campanha eleitoral de Cascavel. As cartas estão lançadas...

Diferente de eleições anteriores, partidos evitam vínculos com governantes

transparente do Brasil, vou governar em parceria com o Observatório Social, com o Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Cascavel, que já conta com mais de 60 enti-dades e juntos vamos combater a corrupção e o desperdício com mão de ferro”, disse Lange na convenção do PSD, realizada na Associação

Sopa de letras31 partidos estão aptos a participar das eleições municipais em Cascavel. A pulveriza-ção, para além de uma anomalia gritante do sistema, fragiliza as legendas. O PSC, do Pa-ranhos, tem 1,2 mil filiados (0,5% do eleito-rado da cidade) e o PPL, do Pacheco, conta 235 filiados (0,1%). O recém criado PMB tem 40 e o PCB cabe na Kombi, 12 filiados.

Cascavel, sexta-feira, 22 de julho de 2016 - Ano XX - Nº 1995 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo - 45 9113-1313

Quem apontar um favorito para vencer as eleições em Cascavel

estará apenas fazendo um exercício de futurologia. A cidade vive um momento de transição

de liderança. Alguns caciques no fim da linha, e outros querendo

ocupar o espaço dos “falecidos”. Assim, só é possível palpitar

com mais firmeza em recortes mais genéricos. Exemplo: o

fortalecimento de candidaturas do 2º pelotão vai remeter a definição para o 2º turno. Até lá, todos os

gatos serão pardos...

Renato Silva, após sofrer o “Golpe Rosa”, sinaliza apoio a Lange: coluna do meio.

Fern

ando

Mal

eski

pitoco@pitoco.com.br

O personagem da vez nesta viagem aos arquivos do Pitoco é o Cidão da Telepar, também conhecido como Aparecido José Dias.

A primeira menção ao nome dele vem da edição de junho de 2000, 16 anos atrás. O Pitoco anunciava que Cidão, suplente de vereador do PSDB, acabava de ser demitido da Telepar - a “finada” estatal da telefonia que lhe emprestava o apelido.

Em fevereiro de 2002, ele surgiu como “Embaixador do Congo no Bra-sil”. Em julho do mesmo ano, como “Papagaio de Pirata”, já que os flashes das câmaras o perseguiam.

Ainda em julho de 2002, surgiu no noticiário como homem mais fotogra-fado da história de Cascavel, e ao po-sar para um retrato na inauguração de obra, perdeu a calça nova para uma pá carregada de piche. Prejuízo: R$ 72.

Em novembro de 2002 o jornal pe-gou no pé do Cidão e de outros dois vereadores negros, Josias de Souza e Adelino Ribeiro, por terem deixado passar em branco o Dia da Consciên-cia Negra.

Provocados por intelectuais negros

Pitocas

da Unioeste, os três vereadores tinham criado o Conselho Municipal da Comu-nidade Negra, que nunca saiu do papel branco.

Em agosto de 2004, outra descon-tração. Publicou-se que a foto do Ci-dão no santinho de campanha estava clareada. “Erro de impressão ou sín-drome de Michael Jackson?”, pergun-tava o jornal.

Em 1º de abril de 2004, mais uma verdade na edição do Pitoco: “O ex--vereador Cidão da Telepar está tra-balhando de frentista no posto Gralha Azul, do empresário Alfredo Kaefer”.

Pois bem, o passado do Cidão está relatado. Vamos ao presente e razão desta busca nos arquivos do newsletter:

Cidão, voltou às bombas de com-bustível.

Mas, desta vez para receber um do-cumento da Ipiranga. Ele é o sortudo que faturou o primeiro prêmio da pro-moção “Desejos Ipiranga”.

Ao abastecer no posto Centro Oes-te, gerenciado pelo ex-colega de Câ-mara dele, Soni Braz Lorenzi, Cidão ganhou no sorteio do último dia 6 de julho, um flamante BMW 120i Sport.

Cidão da BMW!Ex-vereador ganha prêmio de R$ 120 mil da Ipiranga

Neste sábado, no Teatro de Tole-do, acontece o lançamento da 10ª edição da Revista Maximus Noi-vas e também o desfile da nova coleção de vestidos de noiva, festa e trajes masculinos criada pela es-tilista Inês Maximus.

Feijoada típica brasileira neste sábado no Restaurante Portal da Villa. Recomendado!

Celso Dal Molin entregou aos membros da CPI do Patrolão, na manhã de hoje, papelada da de-núncia que deu origem a investi-gação. O Ministério Público Federal vai receber cópias.

O pessoal da CPI do Patrolão desconfia que as amarelas anda-ram passeando por propriedade privada na região de Juvinópolis.

Esta é a história do Cidão resgatada em nossos arquivos, da demissão ao carrão de R$ 120 mil.

Em tempo: nunca relatamos aqui a participação voluntária do Cidão na igreja Congregação Cristã do Brasil. Ele ajudou – literalmente com a mão na massa – a construir seis templos.

E não contamos por que ele pediu para não contar. Da mesma forma que pediu para não publicar a sorte grande da BMW.

Porém, como é de conhecimento geral, o Pitoco tem severas dificulda-des para guardar segredos.

Cidão, puxador de aplausos, papagaio de pirata,pé quente, volunta-rioso e gente boa