Caso Clínico - CA de Bexiga

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Caso Clnico: CA de Bexiga

IDENTIFICAO DO PACIENTE Paciente C.G.A.S. 42anos Sexo masculino Faioderma

QUEIXA PRINCIPAL

Sangue na urina

HISTRIA DA MOLSTIA ATUAL Paciente relata que h 2 semanas notou a presena de hematria aps ter segurado a mico por muito tempo. Nega ter procurado atendimento ou feito uso de medicao nesta ocasio. Aps alguns dias, o quadro se repeHu, desta vez sem associao com qualquer fator como no primeiro episdio. Esta nova ocorrncia o moHvou a buscar atendimento. Nega disria, febre e outros sintomas.

HISTRIA PATOLOGIA PREGRESSA Paciente hipertenso. Relata um episdio anterior de infeco urinria inferior. Histrico de fraturas em mmss na infncia decorrentes de diferentes traumas (aHvidades Rsicas). Nega cirurgias anteriores, diabetes e alergias. EHlista avanado, ex-tabagista (15 cigarros/dia - 15 maos/ano), praHca aHvidades Rsicas 2-3 vezes na semana.

HISTRIA FAMILIAR Pai, 63 anos, HAS, dislipidmico e obeso Me, 60 anos, HAS, dislipidmica e obesa Irmos 1 casal. Irmo com HAS. Irm hgida Av paterno Falecido aos 68 anos de complicaes cardacas Av paterna Falecida aos 71 anos, DPOC, CA de mama. Av materno Falecido, no saber informar Av materna Falecida, cardiopaHa chagsica. Histria de TBC.

HISTRIA SOCIAL Paciente com ensino superior completo, reside em casa prpria junto com a esposa. Casa em boas condies higinico-sanitrias.

REVISO DE SISTEMAS COONG Queixa de escotomas ACV Vide HP AR NDN AD Epigastralgia eventual AL NDN AGU Vide HMA SN NDN

EXAME FSICO DADOS VITAIS PA: 180 x 110 mmHg, FC: 102 bpm, FV: 17 IRPM TC: 36,7C Peso: 102 Kg Altura: 171 cm IMC: 34,9

EXAME FSICO ECTOSCOPIA Estado geral preservado, bem orientado no tempo/espao, postura aHva, fscies ampica, eutrco, eutnico, panculo adiposo aumentado, pele normocorada, mucosas hidratadas e escleras anictricas. Ausncia de edemas. Abdmen globoso.

EXAME FSICO APARELHO CARDIO-VASCULAR Bulhas normortmicas e normofonHcas em 2T APARELHO RESPIRATRIO Murmrio vesicular siolgico APARELHO DIGESTIVO Abdomem livre, sem massas palpveis APARELHO GENITO URINRIO Giordano negaHvo. Ausncia de alteraes em genitais externos.

HIPTESES DIAGNSTICAS

CONDUTAS

EXAMES

EXAMES

EXAMES

EXAMES

EXAMES Laudo - Ultra-Som Leso expansiva polipide slida no assoalho vesical, peri-trigonal esquerda, aparentemente circunscrita mucosa/submucosa. HD: NEO de urotelio transicional?

DIAGNSTICO Provvel CA de bexiga. Obs: o paciente se submeter uma cistoscopia com resseco da leso para diagnsHco/tratamento. Somente aps a avaliao histopatolgica ser possivel estabelecer o diagnsHco nal.

Cncer de BEXIGA

Epidemiologoa O CA de bexiga um dos tumores + freqentes. a 4 neoplasia + frequnte em adultos. A incidncia > no sexo masculino + comum em brancos E o pico de incidncia ocorre na 7 dcada de vida Houve um aumento da incidncia mas diminuio da mortalidade

Tipos histolgicos O Hpo histolgico + comum o carcinoma de clulas transicionais, responsvel por 90% dos casos.

3 a 7% correspondem ao carcinoma de clulas escamosas, associado irritao crnica por clculo, cateter vesical, infeco urinria ou a infeco crnica por Schistosoma haematobium. Adenocarcinoma responsvel por 2% dos casos e est associado a irritao crnica, como em exotroa vesical, podendo se originar o raco.

Fatores de risco Tabagismo Drogas como ciclofosfamida, fenaceHna e clornafazina. Exposio ocupacional arilamina

Histria de radioterapia plvica

Infeces vesicais crnicas, especialmente pelo Schistosoma haematobium Dieta c/ alto teor de gordura

Patogenia Possui tendncia a recidiva apesar do controle

Perda de supresso do tumor: mutaes e delees dos genes p53 ou RB

Presena de deleo no cromossomo 9 o achado + consistente e evento inicial na tumorignese

Outras mudanas genHcas: aHvao do oncogene ras e a superexpresso do fatores de crescimento epidrmico.

Manifestaes Clnicas Hematria, micro ou macroscpica, indolor e intermitente o sintoma inicial + comum.

Sintomas irritaHvos do TGU inferior, como polaciria, urgncia e disria, estando associados especialmente a carcinoma in situ ou tumores invasivos.

Sintomas + raros: dor lombar, massa palpvel no hipogstrio e edema nos MMII

Na doena avanada, pode apresentar fadiga, perda de peso e anorexia.

DiagnsHco O melhor mtodo a Cistoscopia (padro)

Citologia

Marcadores tumorais

Exames de imagem: US abdominal, TC e REM

Resseco transuretal

Ultrassom demonstrando tumor na parede vesical

Estadiamento Classicao TNM da UICC, 2002 BEXIGA TX - O tumor primrio no pode ser avaliado T0 - No h evidncia de tumor primrio Ta - Carcinoma papilfero no invasivo Tis - Carcinoma in situ: tumor plano T1 - Tumor que invade o tecido conjunHvo sub-epitelial T2 - Tumor que invade msculo T2a - Tumor que invade a musculatura supercial (metade interna) T2b - Tumor que invade a musculatura profunda (metade externa) T3 - Tumor que invade tecido perivesical T3a - microscopicamente T3b - macroscopicamente (massa extravesical) T4 - Tumor que invade qualquer uma das seguintes estruturas: prstata, tero, vagina, parede plvica ou parede abdominal T4a - Tumor que invade prstata, tero ou vagina T4b - Tumor que invade parede plvica ou parede abdominal N - Linfonodos Regionais NX - Os linfonodos regionais no podem ser avaliados N0 - Ausncia de metstase em linfonodo regional N1 - Metstase, em um nico linfonodo, com 2 cm ou menos em sua maior dimenso N2 - Metstase, em um nico linfonodo, com mais de 2 cm at 5 cm em sua maior dimenso, ou em mlHplos linfonodos, nenhum com mais de 5 cm em sua maior dimenso N3 - Metstase em linfonodo com mais de 5 cm em sua maior dimenso M - Metstase distncia MX - A presena de metstase distncia no pode ser avaliada M0 - Ausncia de metstase distncia M1 - Metstase distncia

Tratamento Resseco transuretral

Terapia intavesical (quimioterapia)

Cistectomia radical Medidas prevenHvas: aumento na ingesto de gua e abandono do fumo.

Referncias Cncer de bexiga: diagnsHco. Rev. Assoc. Med. Bras. [online]. 2008, vol.54, n.2. Goldman, D Ausiello (eds.) Cecil Tratado de Medicina Interna. Traduo da 22 ed. Rio de Janeiro: Elsevier editora, 2005. Projeto Diretrizes Associao Brasileira de Urologia e Associao Brasileira de Patologia Cncer de Bexiga Parte 1, 2006. Projeto Diretrizes Associao Brasileira de Urologia e Associao Brasileira de Patologia Cncer de Bexiga Parte 2, 2006.