View
326
Download
9
Embed Size (px)
Citation preview
Caso ClínicoCaso Clínico• R.M.C 55 anos, história de febre há 3 dias, dores no
corpo, sobretudo em coxas e panturrilhas. • Refere que na última semana aproveitou as chuvas
para retirar ervas daninhas que cresceram no quintal.• Apresenta estado geral regular, deambulando com
dificuldade em virtude das mialgias, eupneico, desidratado (++/4), icterícia, com hiperemia conjuntival importante, consciente, orientado, sem flapping, sem soluços, negando hemoptise. Ausculta respiratória e cardíaca não apresentavam alterações. Exame do abdome normal, sem visceromegalias.
Exames complementares
• Hemograma: Hb: 14,5 12000 leucócitos com 15% bastões.
• Bilirrubina total: 22mg/dL, direta: 10mg/dL.• Creatinina: 2,5mg/dL• Potássio: 2,9 mEq/L• Sódio: 138 mEq/L
Caso ClínicoCaso Clínico• Qual a Doença?Qual a Doença?• Qual o agente etiológico?Qual o agente etiológico?• Qual o quadro Clínico?Qual o quadro Clínico?• Qual o modo de transmissão?Qual o modo de transmissão?• Como Tratar?Como Tratar?• Quais as medidas de controle?Quais as medidas de controle?
Vamos Pensar!Vamos Pensar!
Causas de icterícia febril
• Hepatites• Colangite• Malária• Febre amarela• CMV, EBV...
•Leptospirose
Caso Clínico
• E.S. 56a, natural e procedente de Ctba.• Há 7 dias com febre, mialgia, cefaléia. Há
3 dias com tosse seca.• Internado no CTSI para
acompanhamento, ontem passou a apresentar epistaxe, hemoptise e evoluiu para insuficiência respiratória.
Doenças ictero-hemorrágicas
• LEPTOSPIROSE• Febre amarela, Dengue.• Malária• Ebola, Marburg
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSE
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSE• ZoonoseZoonose• Doença Bacteriana Doença Bacteriana • Manifestações variáveisManifestações variáveis
– Febre BifásicaFebre Bifásica– Febre de início súbito (síndrome Gripal) – 2 Febre de início súbito (síndrome Gripal) – 2
diasdias– Recuperação – 1 a 2 diasRecuperação – 1 a 2 dias– Doença IctéricaDoença Ictérica
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSEAspectos clínicos da fase septicêmica:
Pode ocorre um período de defervescência em lise, de 1 a 2 dias, com diminuição dos sintomas. A seguir a febre recrudesce. É neste período, que dura de 04 a 30 dias,denominado de fase imune.
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSEAspectos clínicos da fase imune:
Ocorre a produção de anticorpos aglutinantes, e podem surgir meningites, fenômenos hemorrágicos, pneumonias, insuficiência renal, hepática e respiratória, miocardite, podendo levar o paciente ao óbito.
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSE• Apresentação Clínica:Apresentação Clínica:
– AssintomáticaAssintomática– Síndrome GripalSíndrome Gripal 90% Evolução 90% Evolução
BenígnaBenígna– Forma IctéricaForma Ictérica– Forma Hepato – Renal (Forma Hepato – Renal (doença de Weil)– Forma PulmonarForma Pulmonar
Diagnóstico clínicoDiagnóstico clínico
• Cefaléia, mialgias, sobretudo em Cefaléia, mialgias, sobretudo em membros inferiores, febre e membros inferiores, febre e hiperemia conjuntivalhiperemia conjuntival
• Icterícia a partir do 3º ao 5º diaIcterícia a partir do 3º ao 5º dia• Doença de início súbitoDoença de início súbito• Dados epidemiológicos (exposição a Dados epidemiológicos (exposição a
áreas alagadas)áreas alagadas)
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSEPeríodo de incubação 3 a 13 dias podendo durar até 24 dias.
Período de transmissibilidadeÉ rara a transmissão inter- humana.
Susceptibilidade e ImunidadeA imunidade adquirida pós infecção é sorotipo específica, podendo um indivíduo ser acometido mais de uma vez por sorotipos (sorovares ) diferentes.
Diagnóstico diferencialDiagnóstico diferencial• InfluenzaInfluenza• MaláriaMalária• DengueDengue• RicketsiosesRicketsioses• HantavirosesHantaviroses• MeningiteMeningite• Febre amarelaFebre amarela• Sinusite bacterianaSinusite bacteriana
Diagnóstico específicoDiagnóstico específico
• Isolamento do agente ( cultura, Isolamento do agente ( cultura, imunohistoquímica ou PCR)imunohistoquímica ou PCR)
• Microscopia em campo escuroMicroscopia em campo escuro• Sorologia:Sorologia:-Microaglutinação-Microaglutinação-Elisa-Elisa-Hemaglutinação indireta-Hemaglutinação indireta
Critérios clínicos de gravidadeCritérios clínicos de gravidade• DesidrataçãoDesidratação• HipotensãoHipotensão• HemoptiseHemoptise• Ausculta respiratória alteradaAusculta respiratória alterada• Hematêmese e/ou melenaHematêmese e/ou melena• OligúriaOligúria• Sinais clínicos de uremia (flapping, Sinais clínicos de uremia (flapping,
soluços, náuseas, vômitos, soluços, náuseas, vômitos, desorientação)desorientação)
• Idade Idade
ComplicaçõesComplicações
• IRA (Nefrite intersticial e Necrose IRA (Nefrite intersticial e Necrose tubular)tubular)
• HEMORRAGIA PULMONAR MACIÇAHEMORRAGIA PULMONAR MACIÇA• SARASARA• UVEÍTEUVEÍTE
ComplicaçõesComplicaçõesRadiografias de tórax na admissão na UTI e 7 horas depois
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSE• Agente Etiológico:Agente Etiológico:
– Leptospira interrogansLeptospira interrogans (mais de 200 variedades sorológicas)(mais de 200 variedades sorológicas)
– Espiroqueta (bactéria Gram Negativa)Espiroqueta (bactéria Gram Negativa)
• Reservatórios:Reservatórios:– RatosRatos– CãesCães– PorcosPorcos
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSEReservatórioO Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto) é o principal portador da leptospira Icterohaemorraghiae, que é uma das mais patogênicas para o homem.
MS/FUNASA
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSE
• Mecanismos de transmissão:Mecanismos de transmissão:Contato de pele escoriada, ou mucosas com Contato de pele escoriada, ou mucosas com
água, terra úmida, vegetais contaminados água, terra úmida, vegetais contaminados com urina de animais infectados.com urina de animais infectados.• NadarNadar• Atividades ocupacionais (arrozais)Atividades ocupacionais (arrozais)• EnchentesEnchentes
ImportânciaImportância• Doença Endêmica Doença Endêmica • Casos associados com períodos de Casos associados com períodos de
chuvas ou alagamentos (Ocupacional)chuvas ou alagamentos (Ocupacional)• População de baixa renda expostaPopulação de baixa renda exposta• Diagnóstico precoce difícilDiagnóstico precoce difícil• Mortalidade de 5 a 15% ( podendo dobrar Mortalidade de 5 a 15% ( podendo dobrar
em pacientes com mais de 60 anos)em pacientes com mais de 60 anos)
TratamentoTratamento• Hidratação adequada• Antibioticoterapia ( doxiciclina para profilaxia
e doença leve e amoxicilina e ampicilina para casos leves. Penicilina G e ampicilina para casos graves) Ceftriaxona pode ser uma opção eficaz.
• Tratamento dialítico• Suporte de terapia intensiva• Corticosteróides?• Concentrado de plaquetas?
Uso de corticosteróidesUso de corticosteróides
• Não há evidências científicas sólidas• Critérios possíveis:• Sinais de injúria pulmonar:-PaO2 baixa-Alterações na ausculta respiratória-Alterações radiológicas
LEPTOSPIROSELEPTOSPIROSE• Medidas de Controle:Medidas de Controle:
– Evitar contato com água potencialmente Evitar contato com água potencialmente contaminada.contaminada.
– Em caso de inundações evitar o contato Em caso de inundações evitar o contato com água ou lamacom água ou lama
– Desinfecção de ambientes com soluções Desinfecção de ambientes com soluções cloradascloradas
– DesratizaçãoDesratização– AntiratizaçãoAntiratização– Antibiótico profiláticoAntibiótico profilático– VacinaVacina