casos práticos sucessões resolvidos

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  • 8/2/2019 casos prticos sucesses resolvidos

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    ,fu c es sii es - H ip6teJes re solo idas nas aulas prdtiCif.s )4 " l - \ n o J1 - Su('essiies ----------------------- ------------------------------- ---------------------- 2r Ii Caso (N 53) ~_~_" c , ------ ---------- :;

    9 , "I ( ), "I J _ "

    Casu (N" 54) -------------------- -------------------------------- ------------ --------------- ,;;Caso (N",5U)----------~--------- --------------~----------------- ------------ --------~~----- 4Caso ( lv" 52) - -- -- -- -- -- -- -- -- -- - - -- -- -- -- - -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- - -- -- -- -- - - - - - -- - - -- -- - -- -- ( )Caso (N" 5 5 ) -------------------- ------------------------------- ------------ --------------- 8Caso ( IV" 56) -------------------- -------------------------------- ------------ ------------- ,1 I}Caso ditado (I) ------------------- ------------ -------------------- ---------------------- j 4Coso (N" 5 8 ) -------------------- -------------------------------- ------------ ------------- !Casu ditado (2 )-------------------------------- ------------------------------------------ ::!(--:sa IN " 64)-------------------- ------------ ---- --------------- ----------------------,. -- :;'::Cas() (N" fiG)---- ---------- ------ ------------ ------------------- ------------------ .. --- -- ,~'j

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    IC ,]\'" ~~I]______ . ~~ (, ",,7),[ - SUC~S5'GeS

    "j nui I'll i'! ~. / 3 nu cOSlIl 'UI11 em /993 (' tiveram ouatro f i lha s : C ata r in a . Da! ilu . Es te r e Fil ipa .+ n u u u [a le c I 'm J an e iro e l l ' J O( )5, d eixa nd o s obr evivo s [OdDS o [am ilia rc s re te r ido s e a in da'J\. "('11\' /WI,\ -, Xuvicr e Zu lmira -, e /,/m irm iio - Gu stavo ,

    Proc eda It p u r ti lha do he ran ca de An ton io . saben do qu e ...l1{rinio ja leceu mtestado l; de ixou u rn!!Ulrinu)l'Iio avuiuulo em / I ()J)()() 1:111'0,1'e divides no valor d e _ '( }J )OO Eu ro s.

    ***

    ~~l~lctJl:l[bSao herdeiros legitimarios: 0 c6njuge (B), os descendentes (C, D, E e F) e as ascendentes (X e Z) -2157. G nao e herdeiro legitimario, pelo que fica desde logo excluido.Ex vi do art. 2157, aplicam -se a ordem e as regras da sucessao legitirna:2I33/1-a: a prirneira classe de sucessiveis e composta pelo conjuge (B) e pelos descendentes (C, D,E e F); a segunda classe e formada pelo conjuge (B) e pelos ascendentes (X e Z).2134: as da primeira classe preferem aos das seguintes, Logo, sao chamados a sucessao legiti mariaB, C, D, Ee F.2162: calculo do valor total da heranca (VTH): R+D-P=VTH

    R = 110.000; D =0; P =20.000Logo, R(lIO.OOO) +D(O) - P(20 ,OOO) = 90,000

    Calculo da Quota Indisponivel (QI):215911: em caso de concurso, a legitima do conjuge e dos filho s e de 2 /3 da heranca,

    Mapa da partilha:!~~L~~l~:9_mU:2.~:{)nO_ ~ 1 3 ) . J , Q J 2 = 3 0 . G O O (Y O .G O O - 6 H .O O O )H ~ 15 ,nno 2157, 213311-a, 2134,2135,2136 e213911 1 g =7.51)(1 2132, 2133/1-a, 2134,2135,2136 e 213911("~ft.2: '\n 2157, 213311-a, 2134, 2135 e 2136 C =5.62:1 2132, 2133/1-a, 2134,2135,2136fJ = 11.2:;1) 2157, 21331l-a, 2134, 2135 e 2136 ' l) = 5.62;;; 2132, 213311-a, 2134,2135,21361 ', ~, 1 I ,7 . :" n 2157, 2133/1-a, 2134, 2135 e 2136 E =5 ,625 2132, 21331l-a, 2134,2135,2136" ~ II.2Slf 2157, 213311 -a, 2134,2135 e 2136 F =5.625 2 1 32 , 2 1 33 /1 -a , 2134, 2135, 2136

    2. '" Case (N" 54)

    i___ (,!/'/.:!,\' f~,!:!':'!}!ji1de''--_.~'1}!}7'}III}i; I 2

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    Em i 986 . C arlo s ca sou c om Engrac ia , te n do c e lebrado oreviamen t co n ve ttc ao 1. 1 n ie n tu " l, i/ o I"

    a / em do s dema is u u e rven ie n te s n o hip o te s e .() p atiinu nno de C arlos [oi ovaliudo em. : ! ( } ( J , ( JOO Euros . te i tch, deisudo dcbiu I'/fJ ;'111,,:1"1(,

    _;(j. r H J ( ) E Uros.Te n du em ( 'n nw o s da do s re ie r tdo s . proceda l) pur t i lha dLI he ran c ik' Car lo s .

    **'i'

    CEJ0[QJ[~}

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    ~'HCe.i 'JOes:1- Swessoes [C aso (N t) 50 )Jo Donactum e 0 resultado da soma das doacoes em vida e das despesas sujeitas acolacao (2162, 2110). Nao existindo despesas de colacao, ternos: 110.000+40.000=150.000.P = 20.000

    R + D - P = VTH. Logo, 200,000 + 150.000 - 20.000 = 330.000QI =330.000 x 2/3 =220.000 (2161)

    Mapa da partilha:QK =220.000 (330.000 x 2/3) I QD =110.000 (330.000 - 220,(}00)

    2157, 2133/1-b, 2134, 2135, 21362142112 1 57 , 2 1 33 11 -b , 2134, 2135,2136 e2142/1

    e i D = l I D . D O O (DV)!J = 36,61i7 I f= 27,500!

    G = 20.000

    R (200.00 O)+Dp(40.000) -P(20.000)VTH(220.000) - art. 172220.000 x 1/8 .. 27,50 0 ( pS )1(DTL)=36.[.67 2157, 2133/1-b, 2134, 2135,2136 e_ , " 21 .' 42 /1

    H=OI'i 1=40.000

    Deixa e nula (DTL)CDV)

    i 197.S()OiITotal das liberaiid ades ultrapassa a QD em87,500. Hi que reduzir par inoficlosidade

    2] 68: C 'poderia dispor de 110.000, mas disp6s de 197.500. Inoficiosidade =87.500).:n 71: Reducao par inoficiosidade: ordem:Disposioes testamentarias;LegadosDoacoes em vida (e mortis causd).

    4. Assim, parece-nos que a ordem de reducao sera a seguinte:1a - Legado da mota no valor de 20.000. Resta inoficiosidade de 67.500;2a - Doacao de 40.000 a I, por ser a ultima DV (2173). Resta inoficiosidade de 27.500;3a - PS a favor de F no valor de 27.500, (doacao mortis causa, a que se aplica, paranalogia, 0 regime das doacoes em vida para efeitos do Art. 2171 (2173). Esta Ultimareductio faz com que as Iiberalidades se contenham dentro das forcas da QD.

    i:3~'~ClJSq (N} s q ) . }" .. . ,'~-'::

    Antonio. ern 5 de Dezembro de 2001, dispos em testamento cerrado:

    I Pamplona Corte Real, ao contrario de Jorge Duarte Pinheiro, nao abate a passive.2 0 art. 2171 apresenta uma lacuna relativamente aos pactos ~rios - doacces mortis causa - pelo quevamos aplicar 0 regime das doacoes em vida por analogia atenta uma certa similitude quanto ao regimerevogatorio; note-se que 0 art. l7Ul revela que nao podemos prejudicar os PScom doacoes posteriores. ,-

    c.-trios f-~emul1d(!s- 2007/2()08 i 4

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    ------._.-._-_._--------", 1 Deixo os rneus hens presentes (I Bento, meu irrndo:~'.Deixo os meus hens futuros a Carla. minha p rima . "Antonio ialeceu em 5 de Janeiro c /o uno seguinte. tendo-the sobrevivuio, porn d,',11I j, ;',parentcs ucintu retcridos. a suo irma Joana,Q u a!ijhjw ,: a s de isa s e ie ctu adas P( .I /"An ton io .

    ** *1, Os "bens presentes" podem ser enquadrados no conceito de "deixas categoriais ou

    dicotomicas" que, em conjunto com as "bens futures" esgotariam a totalidade da heranca.B seria, assim, herdeiro e nao Iegatario. Apesar de Oliveira Ascensao DaO aceitar estaquaiificacao, dizendo que os bens presentes sao determinados ou determinaveis, nao sendoa deixa susceptivel de variacao que e caracteristica das deixas a titulo de heranca, nern aProf. Pamplona Corte Real nern 1 . Duarte Pinheiro aceitam este criterio da "variabilidade"dos bens como relevante para a distincao herdeiro/legatario, 0 importante e que as deixascategoriais ou dicotomicas esgotem a totalidade da heranca, funcionandocada qual comoo rernanescente dos bens a que se refere 0 art, 2030/2 Cc.Assim, e~Jll...~onclusao, estamos perante deixas testamentarias a titulo de heranca e nao delegados, quer no-caso dos bens presentes quer no dos bens futuros.

    2. Os "bens futures", ao contrario dos "bens presentes", nao oferecern ja obstaculo aqualificacao como deixa a titulo de heranca, precisamente porque dotada da variabilidadee indeterminacao. C e herdeira.

    Calculo da heranca:2157: Nao existem herdeiros legitirnarios2132: sao herdeiros legitimos 0 conjuge, os parentes eo Estado.2133/1-c: os irmaos e seus descendentes integrarn a terceira classe de sucessiveis2134,2135: os irmaos, Be J, preferern aos respectivos descendentes; e preferem tambern a C,colateral de A no 4 grau, que se enquadra na quarta classe de sucessiveis.Contudo, a'sucessao testamentaria tern precedencia sobre a sucessao legitima. Os bens seriam,assim, distribuidos entre Bee, cabendo ao primeiro os bens existentes a data do testamento ea C os bens que vieram ao patrimonio do autor apes essa data,

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    \'t!('t!ssoes: I- JucessoeJ [ C a s o (N o 52)J

    , ' . 1 i t: c t - ~ $ O . ( l: { (I : S . 2 ) JArturfaz testamento cerrado. no qual esiipula:

    " J . De ixo 113 do m in ha he ran c a a Be n jam im e qu e ro qu e e s se 113 s e ja p re e n c h ido c om 0 rneubarco de recreio e com a casa deferias na Madeira;2 . D e ixo a c a sa em Se s imbra a C a rm en , se n do 0 va lo r d e s s e bem co rre s p on d e n te a 1 /3 domeu patrimonio;3. Deixo de usufruto a David 1/3 da minha heranca;4. 0 remanescenteficarapara Eduarda. "

    1. Caracterize as deixas testamentarias, supondo que:L /) () va lo r do ba rc o e da c a sa d e fe r ia s Ii in fe r io r a 113 d he ra n c a ;b) 0 valor desses bens e superior a 113:c ) (j voJ!)t:A!:'~asa de Sesimbra e su pe r io r a 113do patrimonio:J) () valor dessa casa era i n t e r io r .

    ;;. Suponha agora que quando Artur morre apenas tern a casa em Sesimbra. Como qualificaa deixa a C? E ~ /LW ! () valor das outras deixas?3. Suponha ainda que o autor da sucessiio. no testamento, afirmou que deixava a David 0

    usufruto de !3 da sua heranca, mas quer que ele responda pelas dividas. Quidjuris?***

    1. Caracterizacao das deixas testamentarias:a) Trata-se da figura da heranca ex re certa (alguem sucede em bens detenninados sendo

    tido como herdeiro), mais propriamente Iegado por conta da quota (0 de cuius atribuiurn bern determinado para preencher uma quota, neste caso testamentaria),o B deve ser tido como herdeiro (segundo a posicao do Prof. peR, devemos optarpelo regime de maior relevo na estruturacao do fen6meno sucessoria - pag. 27 do livrodo Prof. Jorge Pinheiro). Como 0 valor dos bens fica aquem do valor da cota ele podeexigir a diferenca.

    b) Neste caso ele deve ser tido como herdeiro por conta da quota ate ao limite do valor daquota e legatario quanta ao valor dos bens em excesso. Nao tern de devolver.

    c) Pode colocar-se aqui a questao da interpretacao do testamento. 0 art. 2187 consagrauma orientacao subjectivista, visa a deteccao da vontade presumivel do testador nomomento da morte, Duas maneiras de ver esta interpretacao:._Legado por conta da quota, e nesse caso, quer na hip6tese e) quer na d) a solucao eidentica a de eima, se a casa vale mais, ele e legatario ate ao limite do valor do bern eherdeiro quanta ao resto; se a casa vale menos, ele tern dire i to a reeeber a diferenca ateao 1 /3 .._ Legado ern substituiciio da quota: este caso (art. Z165) consiste numa disposicaomortis causa de bens detenninados cuja aceitacao pelo beneficiario implica a naoaquisicao da quota testamentaria em que ele teria 0 direito de suceder. Se ele aceita 0

    Carios Fernandes - 20i)7/]()()8 6

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    legado entao nao sucede na quota; e urn simples legatario e s6 pode reclamar as bensdeterminados que Ihe foram atribuidos,No presente caso estamos no ambito do art. 2030/4 , a que implica a qualificacao de Ccomo Iegataria.

    d) 0 que se disse para a alfnea c) tern aqui plena aplicacao. A solucao seria a da alfnea b)caso se cons iderasse que se tratava de urn legado por conta da quota.

    As outras deixas:Deixa 3: Trata-se de urn legado e D e sernpre tido como legatario ex vi do Art. 2 1 J : . 1 t t ! , . ~CC. E isto independentemente de 0 usufruto respeitar a bens especificados au aheranca no seu todo ou a uma quota destaDeixa 4: Trata-se de heranca, nos termos do Art. 2030 /3 CC~ uma vez que os benscorrespondentes ao "remanescente da heranca" nao estao especificados.

    2. Em primit?lugar, hi que verificar 0 que sucede em relacao a s outras deixas. Assirn, aprimeira seria mila (art. 225411 - legado de coisa inexistente no patrim6nio do autor) e aquarta e a chamada de heranca vazia, Quanto ao usufruto a favor de D, referindo-se 0mesmo a 1 /3 da heranca e sendo esta cornposta apenas pela casa de Sesimbra, signfica queo usufruto vai incidir sobre 1/3 dessa casa.Quanto a qualificacao de C como herdeira ou legataria, tudo depende do ponto de vista

    doutrinario adoptado.a) Para Pamplona Corte Real, C seria herdeira uma vez que a deixa testarnentaria de quee beneficiaria esgota as forcas da heranca. Ela sucede na totalidade dos bens

    existentes, nao tendo qualquer significado as herancas vazias;b) Ja Oliviera Ascensao, pelo contrario, entende que as herancas vazias continuam a ter

    signficado, Isto advern da posicao deste autor que considera que 0 principal tracodistintivo entre 0 herdeiro eo legatario e 0 facto de 0 primeiro ser 0 "sucessor pessoal"do autor da heranca, havendo, por conseguinte, certos poderes que s6 ele pede exercer.Jorge Duarte Pinheiro nao concorda com esta visao do herdeiro como sucessor pessoaldo de cujos.

    Adere-se, assim, a posicao que considera C como herdeira na situacao descrita.3. Regra geraI, e ao herdeiro que cabe a responsabildiade pelos encargos da heranca (2068 e

    2071). Contudo, nos tennos do Art. 2072/1, 0usufrutuario da totalidade ou de uma quotado patrirn6nio do falecido pode adiantar as somas necessarias, conforme os bens queusufruir, para cumprimento dos encargos da heranca, ficando com 0 direito de exigir dosherdeiros, findo 0 usufruto, a restituicao sern juros das quanti as que despendeu. Se 0 naofizer, pode 0 herdeiro, nos tennos do n 2 do mesmo artigo, exigir que dos bens usufruidosse vendam os necessaries para cumprimento dos encargos, ou paga-los com dinheiro seu,ficando neste UDTLirno caso, com 0 direito de haver do usufrutuario as juroscorrespondentes,Vernos, assirn, que 0 usufrutuario tern ja a responsabilidade legal de arcar com parte dosencargos da heranca, mas apenas no que respeita aos JUTOS das quantias necessarias para 0

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    S t l c e . ) Jo e s : 1 - SU((!SJoeJ [ C a s o (N o 55)Jefeito. E isto apenas nas relacoes internas com os herdeiros, uma vez que nas relacoesextemas e sempre da responsabilidade destes responder pelos encargos da heranca,o que 0 testedor ersta a fazer, ao instituir esta clausula, e a alterar 0 estatudo do legatarionum dos pontos essenciais e que descaracterizariam tal estatuto levando a alteracao daqualificacao, Ora, isso nao e permitido ...

    . : c d s b ( N " 5 S F ' /Em 1980. A ida fez testamento publico, deixando a Baco, seu irmdo, 0 seu barco "Paralso ",no valor de 25.00() Euros e a Caetano, padre da sua paroquia, 1110 da quota disponlvel.Nesse mesmo testamento, Aida declare ser mae de Zulmira, cujo registo de maternldadeestava omisso.E r n J 984. A ida JO()U 1 5 . D O O Eu ro s a Diana. 1 1 7 f 985 . Aida e Edgar casaram, tendo celebrado previamente convenciio antenupcial, noqual Aida doou mortis causa a Felicia. que aceitou, liS da sua heranca e doou mortiscausa a Guiomar o seu barco "Paralso ".Do ( 'C lSOIneQl .C} ,A! ' 1da e Edgar nasceram quatro f i lho s - H u go , iva , Jorge e Luis.Em iO()!).A ida doou a Migue! 30.0()() Euros.Em 2001. [oi decretada a separacdo judicia! de hens entre Aida e Edgar.Sabendo que Aida morreu ern 2003 e deixou bens no valor global de 260.0()() Euros edebitos no '1.'0101' de 5 . ( ) () ( ) Euros, proceda it partilha da heranca de Aida.

    ***

    L Classificacao das deixas:a) 1980: a favor de B (barco "Paraiso' =25.000) - DTL. Verificou-se revogacao tacita

    desta DTL pelo PS de 1985, no qual A doou 0 mesmo bern mortis causa a pessoadiferente (G) - 2313 (caso a donataria tivesse intervido no acto, tratar-se-ia de urnverdadeiro PS designative, que irnplicaria a aplicacao do regime dos Arts. 1705,1701 e l702. Nesse caso, a revogacao seria real, nos termos do art. 2316 CC);

    b) 1980: a favor de C (1/10 da QD) - DTH (deixa testamentaria a titulo de heranca);c) 1984: a favor de D (15.000) - DV;d) 1985 : a favor de F (1 1 5 da heran c a) - P S designativo (doacao m ortis c au sa , uma vezque interveio no acto e aceitou a doacao - l705, 1700 enOl);e) 1985: a favor de G (barco "Paraiso" = 25.000) - DTL (apesar de ter adoptado a

    forma de doacao mortis causa na convencao antenupcial, uma vez que a donatariaCar/os Fernandes - 2007/1008 r;

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    nao interveio no acta, a doacao adquire caracter testamentari a , nos termos do art.1704);f) 2000: a favor de M (30,000) - DV

    o art. 2179 permite que 0 testamento possa comportar negocios nao patrirnoniais,nomeadamente a declaracao de maternidade. 0 estabelecimento da maternidade tern efeitosretroactivos pelo que Z ja era filha de A a data da morte desta,2, Herdeiros legitimarios: 0 conjuge (E) e os descendentes (Z, H, I, J e L) - 2157, 213311-a,2134-21353, Partilha da heranca: sucessao legitimariaR =260,000 D = 45.000 P = 5.000R+D-P=VTH (2162)260,000+45.000-5.000=300,000QI: 300.000 x 2/3= 200.000QD: 300.005~'i'Oo,OQO=100.000

    (215911)

    4. Mapa da partilha:01 =200.000 (300.000 x 2(3) I OD = HlO ,DOO (300.000 - 200.(00)

    I .-----.~-.----,.

    B = H (DTL ) revogacao real (231611)C = l0 .(H }f) (D TH ) 1 0 0 .O O O x1 /1 0= 1 0 ,O O O ; reduzida riatotalidade par inoficio sidade.n= 1 5'(l1 H i (D V )iIi'''' 57.fJI]O (P S) 1 /5 heranc a C )G = 25 .H O t) (D TL ) Reduzida na totalidade por

    inoficio sidade (nao e verdadeiro PS par 0~ donat ar i a nao te r tido interven 9.!0.__...__..

    : lV I = 3 n . l J O U (D :Q , _ reduz i~~ . ?_? _ ._Q_O_Q_9 . ~ iJ :1 : :: :Q~ j ?s i~ ade .

    E = 5 0 . 0 0 0 2136 e 2139/1 ex vi 2157Z = 3 ( J , O I H f 2136 e 2139/1 ex vi 2157H i =30 '(fO H 21 36 e 2 1391 1 ex vi 2157R = : W , ( H H I 2 136 e 2 1391 1 ex vi 2157.] = J U . O O O 2136 e 2139/1 ex vi 2157

    L = 30 ,OO( ) 2136 e 2139(1 ex vi 2157U7.rllllf Hi in ofic iosidade de 37,000

    (1 ) R + Dp - P = VTH; 260.000+30,000-5.000=285.000; 285.000 x 115= 57.000 (Art. 1702)( 2 030 / 2 , 1700, l705, 1701-1702)Nota: Ik'lJ1 a formula de calculo da sucessdo contratual IR+Dp~P"C [TfI; ucm Ii ./(,sucessdo legal (R+O-P= 11TH) sa o aplicaveis (,/ ,1 'UCeSSao testameniuriu. qu: tcm UJI/uM r 1 7 7 1 1 / 0 rn a is s imp le s : R -P= fJTH

    Ordem da reducao da inoficiosidad e: 2171 - 1 Deixas testamentarias, 20 Legados, 3 0Doacoes em vida (inclui doacces mortis causa). Assim:10_ Reduzimos na totalidade a deixa testarnentaria a favor de C, no valor de 10,000. Restainoficiosidad e de 27,000;2 - Reduzimos na totalidade a DTL a favor de G, no valor de 25,000, Resta inoficiosidadede 2.000;

    Carin: Fcruan.t, _"00.- ~~U(,I.' j 9~~~~----------------~---~------~ __-------_-- .

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    SUUJsoes . ' I - Jt tcesJoes [ C a s o (Nt) 56)J

    Nota: Coso houvesse mais do que Lim legado haveria q~{.ereduzi-los propo rcionalmente.Para isso, usariarnos a regra de tres simples,

    Ex, do Pro f' JDP:VT legados = 80DTL( 1) = D O

    in ofic io s idad e =40:Valor da reductio (VR) =? (60 x 40) /80 =30

    VT legados =80DrL(2) = 20

    in ofic io s idad e =40;V alo r da reducao ( VR ) =? (20 x 40) / SO = 1 ( )

    No exemplo dado o,legado de n O seria reduzido a 30 eo de 20 seria reduzido a 10.3 - A DV a favor de M, por ser a ultima (2173), e reduzida em 2.000, ficando com 0 valorde 28.000. -, ~.~~

    o mapa final da partilha fica, assim:01=200.000 300.000 x 2/3)

    ~=.~O,lj(){)

    2136 e 2139/1 ex vi 21572136 e 2139/1 ex vi 21572136 e 2139 /1 ex vi 21572136 e21391l ex vi 21572136 e 213911 ex vi 2157

    (II) Reduzida na totalidade(DV)(PS)

    D =100.000 300.000 - 200.000B = 0c=oD = IS.GOOF '" 57.000G =0

    (DTL)=50.000Z = 30.nonH =30.00. (1

    J =30.01} ( lIL =30,000

    S reduzida na totalidade2136 e 2139/1 ex vi 2157

    ,I .M=28,000 (DV) Reduzida em 2,000

    Anabela. filha de Carlota e Daniel, casou, em 1993, com Bernardo. Porem, 0 casamentoniio correu hem e, em Janeiro de 1999, Anabela e Bernardo separaram-se de facto.Em J U l / l O de 2001, Anabela fez doaciio a Carlota do seu Cine! de noivodo, que s o the traziamas recordacoes de Bernardo.Ern / \ ; 1 ( / ' : 0 de 2004. Anabela fa: testamento cerrado, onde dispos 0 seguinte:"1. Deixo o meu violino a Bernardo, unica pessoa que conheco que sabe a importdncia deutn violino, t: que certamente lite dara U/11 usn apropriado;2. Deixo ao meu poi () minha colecciio de canetas:3. Deixo u Eurico, meu unico primo de familia paterna. a album de fotografias defamilia,p(irque cntendo (ll/ . (: deve SfT p e r p e t u ado de geraci io em geracao dentro dafamilia:-/. Deixo a Fernando 0 meu computador portaiil, com a base de dados de todos as meus

    ICarfos F(,rtwl1des - 2( )0712( )Oh' 1 1 0

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    clientes. "Anabela [aleceu em Janeiro de 20()5.'~P()S r . . l su a morie . d e s c obre -s e qu c , a f in a l, En r ic o n an e ra s eu primo , mas s im Jo se , i ilho ( . / cW)W relacao extraconjugal de seu rio, Prova-se ainda que (J tnulher de Fernando . ( h e r l ' , . / 1 'trabu lho d e ! Be rn ardo . tin ha ameacado An abe l a qu e s e e s ta lUlU deixusse Ii \C!U pUl'Ililil , .,'hose de dados de c lie n te s o u se u mar ido . " ria prejudicar Be rn a rdo n e t \ ' I. /U ;.ICi/'I'ull./{/(/ iroj iss il}110/.J . Proceda [ 1 partilha do heranca de Anabela. sabendo (./ue esta deixou hens no \'0/1.'1' lie

    97,000 Eu ros . d ividas no valor de IO.O()r) Eu ros . () ane l de noivado F H uvaltadi. ~II!3 . n o o Euros. a coleccdo de can e tas em 5J)()() 11/"0,\, () album de [oto em !.!JO(l EII/"w I.,) vio lin (_) em 5()() I. I ; -Os.Imagin e ago ra que . em 20()] . Bernardo d c on c le n ado po r d e n u n c ia ca lu n io sa ( /e Dum .:'(acto que indignou profundamente Anabela. Como procederia ( I parnlha do heron; II 1 / 1- inabela? ***

    E-es~osta a questao 1 :1. Classificacao das deixas:

    1.1. 2001: a favor de C2 (anel de noivado = 3.000) - DV - 20 30 / 21.2.2004: a favor de B (violino =500) - DTL (2030/2). Nao hi que fazer imputacao,

    considerando- se a deixa como urn pre-legado, valendo por inteiro (2264)1.3. 2004: a favor de D (canetas = 5.000) - DTL (2030/2). Tambem nao ha lugar aimputacao, por ser pre-legado, valendo por inteiro (2264)1A. 2004: a favor de E (album de fotografias = 1.000) - DTL (instituido legatario porerro)1.5. 2004: a favor de F (computador =7) - DTL (obtida sob coaccao moral)

    2. R =97.000 D=3.000 p =10.000

    3. Partilha cia heranca:3.1. Sucessao legitimaria:

    ~~-'-"-~--------- --------------

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    JMt'essoes: 1- SttcessoesHa herdeiros legitimarios: 0 conjuge (B) e os ascendentes C D e C) - 2157 e 2133/1-b. Aseparacao de bens - mesmo judicial - nao afasta 0 conjuge da heranca, ao contrario do

    divorcio e da separacao de pessoas e bens (2133/3 a contrario).

    Assim, hi que calcular a legitima (VTH) nos tennos do Art. 2162: R + D - P =VTH97,000 + 3.000 - 10.000 =90.000QI: 90.000 x 2/3 =60.000 (2161/1)QD: 90,000 - 60.000 0; 30.000

    Legitima subjectiva do c6njuge e dos ascendentes (2142/1):B: 60.000 x 2/3 = 40.000;D: (60,000 x 1/3) 12 = 10 .000 ;C: (60.000 x 1/3) 12 = 10 .000 .

    Mapa da partilha:_Ql:= ~O .0 0 0_ ( 9 0 . 0 0 0 x 2/3L - - - - ' I - = Q " " " D = - - = - - = 3 _ . : : : . . O . . : . . : : , O _ . : : : . . o . = _ o . . . . ! . . : ( 9 -= O . . . : . . . . : . O : . . . . . : O - - = -O _ - - - = 6 ~ O . . : . . : : J } _ : . . . O - " '- " O ) ' - - - - ~B =4H.OO( ) 2136 e 2142/1 ex:vi 2157

    2136 e 2142/1 ex:vi 21572136 e 214211 ex:vi 2157

    c1=3.000B =500D =5,0000

    n = lO.lHlOc = 1().t)(iI~

    B =14.333D =3.583C = 5.383

    E =0

    F={)

    CDV)(DTL)(DTL)(DTL) album = 1.000: anulavel por errosabre os motivos (1). Resurta do propriotestamento a essenciaiidade do erro (2202)(DTL) Computador: anulavel por coaccao ,o erro e essenci al e 0 mal grave ejustificado 0 seu receio (2201,255 e 256)A titulo de sucessao legltimaA titulo de sucessso legltimaA titulo de sucessao le !tima

    (1) Oliveira Ascensao defende que sempre que 0 erro recaia sobre os motivos na indicacao dapessoa ou dos bens devera ser aplicavel 0 art. 2203 e nao 0 2202. A apiicacao deste ultimodevera ser limitada ao erro sobre os motives stricto sensu. Contudo, PCR nao concorda ediz que deve ser aplicado 0 2202, porque no 2203 admite-se prova complementar enquantonaquele tal prova nao e admissivel.Assim, segundo Oliveira Ascensao, nao seria E a ser beneficiado mas sim J; pelaperspectiva de PCR (que e aceite e defendida por JDP) nenhum deles e beneficiado, sendo adeixa nula. E esta a posicao a que aderimos.Anulacao da deixa do computador por coaccao: relevancia do facto de a coaccao provir deterceiro e nfio do beneficiario: sera aplicavel 0 art. 2201?Sera de defender a sua aplicacao desde que estejam reunidos os requisites do art. 255 e 256.No caso vertente parece nao restarem duvidas que assim e , sendo a deixa anulavel dentro doprazo de 2 anos (2308/2).

    C arlo s Fe nwn de s - 2 (J ( )7 /2 0( )8 12

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    [ / " . r l'I 'r ,'\ '" 'll': ,i 11. .. .. ( ., J / \ ,1,.--.,--~~~---~~------------ ~--.----. --~,..----.------.--__,~_~~~~_,.:;._._~r~_ r-+, ~

    Importa, agora, calcular a sucessao legitima:Valor da heranca para efeitos de sucessao legft ima:30.000 - 8,500 =21.5002132 - sao sucessiveis legitimos 0 conjuge, as parentes eo Estado, pela ordem e segundo asregras dos arts. 2133 e S8.2133/1-b -nao existem sucessiveis que prefiram ao conjuge e aos ascendentes2136 e 2142/1: 0 conjuge tern direito a 2 /3 e os ascendentes a 1/3, logoB =14.333;D=(21.500-14.333) 12 ) =3.583

    Resposta a questao 2:I - A situacao podera enquadrar-se no ambito do Art. 2034 /b , caso 0 crime caluniosamentedenunciado se.i.a_J2ur_:.idoom pena superior a 2 anos, dado este omisso no texto.o texto diz-nos que ele foi condenado em 2002, sendo que a abertura da sucessao se deu em2005. Vemos que, nos termos do Art. 2035/1, a condenacao pode ser posterior, desde que 0crime seja anterior a abertura da sucessao, Vemos que aqui 0 crime foi anterior, pelo que acondenacao e relevante.Problema pode levantar-se no que se refere ao prazo para a accao de indignidade que e , nostermos do Art. 2036: de dais anos a contar da abertura da sucessao; au de urn ana a contarda condenacao au do conhecimento das causas de indignidade. Ora, 0 texto diz-nos que Aficou profundamente indignada, mas DaO que moveu a accao de indignidade dentro do prazode urn ana a contar da condenacao, que data de 2002. Sera a accao judicial de declaracao deindignidade sempre exigivel au podera a indignidade operar automaticamente verificadas assituacoes previstas nas quatro alineas do art. 2034?Oliveira Ascensao , no entanto, defende que a indignidade s6 nao opera automaticamentequando 0 indigno esta na posse dos bens.peR, par seu lado, diz que a posicao de OA nao faz sentido, sob pena de se per em causa aseguranca juridica, Poderia admitir-se 0 funcionamento automatico das alineas a) e b) dart.2034, urna vez que ai ha certeza juridica resultante da condenacao, mas nao nas duasultimas, Conclui que, em nome da seguranca juridica, e de exigir sempre a accao judicial dedeclaracao da indignidade, 0 que parece fazer todo 0 sentido.No caso vertente nao e possivel, como referimos ja, afirmar convictamente que tal accao deindignidade nao tenha side interposta no devido prazo e a indignidade judicialmentedec1arada. E nao se contraponha que nao faria sentido que, depois de mover a accao deindignidade, seria irracional que A contemplasse B no seu testamento. Veja-se que, nostermos do Ali. 2038 /1 , 0 indigno pode ser reabilitado, readquirindo a capacidade sucess6ria,se 0 autor da sucessao expressamente 0 reabilitar em testamento au escritura publica, Nao foio que se passou neste caso, pois A nao reabilitou "expressamente' B, pelo que ele naoreadquiriu a capacidade sueess6ria plena, mas 0 facto de ter side eontemplado com legadodo violino confere-lhe capacidade para suceder dentro dos Iimites desse legado (2038/2).

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    [Ca s o d ita do (1)]II - Admitindo que B tivesse sido judicialmente declarado indigno, e nao tendo side elereabilitado, a incapacidade para suceder derivada de tal declaracao implicaria 0 recalculo dalegitima, embora nao afectasse 0 legado do violino.Face a indignidade de C, a parte que Ihe caberia acresce em partes iguais as quotas dosascendentes DeC .

    Jodo sofre urn grave acidente de automovel e. encontrando-se impossibilit ado de escrever,pede a Paulo, seu irmdo. que e medico, para escrever por ele 0 seu testamento do qualconstam as seguintes clausulas:

    a) Uma ve z que ndo tenho herdeiros legitimdrios, quero que os meus hens sejamdivididos em partes iguais pelo meu irmdo Paulo e pela minha namorada:

    / ) J A-feu amigo Guilherme ficara com a minha coleccdo de moedas.Joao vein a morrer 11 0 ho . .pital em consequencia do acidente, onde foi assistido par Paulo,tendo d(! ixa .dO~j_res irmiios sobrevivos: Paulo, Marcia e Susana. e deixa tambem dum:namoradas: a Am; e 0 Lina.o valor cia heranca. descontado 0 valordo legado afavor de G , e de 6()O.Qu id juris?

    ***1-Tipo de testamento.Estamos perante urn testamento cerrado (2204 e 2206), que pode ser celebrado por quemsouber escrever (2208), embora nao possa assinar (2206/2). Note-se que, ernbora 0 art.2206/2 refira igualmente que 0 testador pode deixar de assinar quando "nao saiba" faze-lo, adoutrina dominante defende uma in te rp re ta c ao abrogante desta norma pois nao e racionaldefender que um a pessoa que sabe ler nao saiba assinar.o testamento pode se r escrito pelo proprio testador ou par pessoa a se u rogo (2206/1).Provando-se que J sabia ler e assine - au mencione que nao ass ina por nao 0 poder fazer,norneadamente por impossibilid ade fisica - 0 testamento e valido.o testamento cerrado esta sujeito a aprovacao par notario (2206/4 e 106-108 CNot). A datada aprovacao e a data do testamento.II - Qualificacao e analise das deixas testamentarias.A prirneira disposicao e deixa testarnentaria a titulo de heranca, ja que quer P quer anamorada de J sao beneficiadas com uma quota correspondent e a metade da heranca, queesgotam a sua totalidade (2030/2).Quanto a segunda disposicao, trata-se de uma deixa a titulo de legado, uma vez que serefere a urn bern concreto (2030/2).

    III - Questao da indisponibil idade relativa de P.Levantam-se aqui diferentes problemas de indisponibili dade relativa no que se refere a P,

    Carlos Fernondes - :!O()7/]O()8 14

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    uma vez que ele nao s6 foi 0 medico que assistiu 0 autor relativamente aos ferimentos deque viria a morrer (2194) como ainda para mais foi interveniente no testamento (2197).A prirneira causa de indisponibilidade re1ativa - a facto de ter sido 0 medico que assistiu aautor - seria excepcionada pelo art. 2195/b e 219213 CC, dado P ser irmao de J. Porern, noque se refere a segunda causa ja nao encontrarnos qualquer norma que a excepcione, peloque a disposicao testarnentaria a favor de P e nula par violacao do art. 2197. a acc;ao denulidade do testamento teria de ser intentada no prazo de 10 anos, sob pena de caducidade(2308/1).

    IV- Problema de haver duas namoradas.Entramos aqui no campo da interpretacao do testamento (2187), que se rege pelos seguintesprincipios:

    1) Interpretacao segun~o a vontade subjectiva do testador;2) Interpretacao tern de atender ao contexto do testamento;3) Admite-se 0 recurso a elementos complementares externos ao testamento;4) Tern q u e ~ s e r'respeitado 0 limite formal.

    No presente caso, nao existem, quer no contexte do testamento, quer mesmo recorrendo aelementos complementares extemos a este, quaisquer possibilidade s de tornar certo a qualdas namoradas se refere a deixa testamentaria,N ote-se que nao ha lugar a integracao de lacunas do testamento no que se refere a elementosessenciais, mas apenas a aspectos instrumentais. E a instituicao de herdeiro e , nos te1TI10Sdoart. 2182/1 , urn elernento essencial. Logo, par forca do art. 2185, esta deixa e tambem nula.A accao de nulidade tera de ser intentada no prazo de 10 anos estabelecido pelo art. 2308/1,sob pena de caducidade.

    v~Sucessao legitima.Sendo ambas as disposicoes testamentari as a titulo de heranca nulas, abre-se a sucessaolegitim a (2131). Concorrem a esta sucessao as irmaos do autor, P, M e S, sendo que 0primeiro e irmao germano, a segunda irma uterina e a ultima irma consanguinea.Segundo 0 disposto no art. 2146, 0 quinhao dos irmaos germanos e 0 dobro dos irmaosuterinos au consanguineos. Assim, temos:P = 2 partes (600/4) x 2 = 300M =1 parte 600 I 4 =150S =1 parte 600 14= 150Total: 4 partes

    .na casou (I!/II Bruno 110 regime de separacd de bens e dest casamento !7!.lSCCl"f.!Il'I l/!!Oiru

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    Su cessoes: I - S > 4 c e S J 0 8 J [ C a J O (No 58)Jfilhos: Catia, Diogo, Edgar e Filipe.Em 1997 , Ana doa em vida a . suafilha Catia a sua casa de Slntra. No ana seguinte, doa emvida ao seufilho Diogo a sua casa 11 0 Porto.Bruno, gravemente doente ha varies anos, falece ern 1979.Em 1980, Ana faz testamento cerrado. estipulando 0 seguinte:

    .',I. Deixo a minha filha Cdtia 0 meu anel de noivado e, caso esta ndo queira aceitar,quero que fique para 0 minha afilhada Joana.2. Deixo a Xavier a minha canto bancaria C / prozo no Banco Saco Azul e. por morted es te . d eve ra re ve rte r para Zulmira. "

    Em } 995, Catia e deserdada par Ana, par ter sido condenada por denuncia caluniosacontra Bruno, seu poi.Em 1996. {10 saber que nao tinha sido conternplado no testamento de sua mae, Diogo, aunica pessoa a conhecer da sua existencia, esconde-o.Ern 1997 , . . .4na doa em vida a Filipe 0 seu Ferrari, mencionando expressamente que 0pretendia avaniajar.

    r..- ..........._. .Em Abrll de l003 , Anafalece num grave acidente de viaciio.Proceda it partilha da heranca de Ana, sabendo que:

    Catia. casada com Goncalo, tinha dais filhos, 1vo e Hugo, tendo este ultimo sidodeclarado indigno face a sua mae, porter destruldo 0 testamento que esta haviafeito:Edgar repudia:Em Marco de 2 0G3 , Xavier t ern Limacidente, f i cando em estado de coma, a t e Julho de20()3, data da sua morte, deixando sobrevivo apenas 0 seufilho Vasco,'Joana haviafalecido em 2000:Ana deixa hens no valor de 65. (JOO,)() euros, sendo que, no memento da abertura dasucessiio, a casa de Sintra foi avaliada em 60.000.00 eUl-OS, a caso do Porto em5 0.000,00 euros, 0 an e l de no ivado em 1 .000, 00 euros , (;1 con ta ban e aria em 15 ,DOD,00euros e 0 Ferrari e rn 5.000, 00 euros.

    ***

    Segundo as orientacoes dadas, 0 caso vai ser resolvido em duas fases: primeiro s6 seraabordada a materia da vocacao indirecta ignorando as quest6es atinentes a colacao;

    C ar/u s Fern an de s ~ :'.( )( )7 !2 (} ()S 16

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    posteriormente sera entao resolvido definitivamente, tendo ja em consideracao a materiaignorada na primeira fase.Nao se deve confundir a vocacao indirecta com a vocacao subsequente: a primeiraprevalece sabre a segunda,Verifica-se uma hierarquia entre os varios tipos de vocacoes, que varia consoante os titulossucessorios, Assim, temos:

    Na succssao legai (Iegitima c lcgitirnarta): 0 Direito de representa9a~ (2138)prevalece sobre 0 Direito de acrescer (2137/2) . Ond e houver direito de representacaonao tera aplicacao 0 direito de acrescer. Aqui nao ha lugar a substituicao directa.Na sucessao voluntaria (contratual e testamentarla): 1 Substituiyao Directa, 2Substituicao por representacao, 3Direito de Acrescer.

    A - Sum ario da materia de facto.1970: DVa favor de C da casa de Sintra (60.000) - vista vigorar a regime de separacao debens qualquer dos conjuges tern legitimidade para alienar ou onerar bens imoveis de que sejaproprietario.zlesde que nao se trate de casa de morada de familia (1682-A);

    (971: DV a favor de D da casa do Porto (50.000) - idem;

    1979: B falece. Logo, nao entra na sucessao de A pois e pre-motto;

    J . 980: Testamento cerrado (2204). Institui legatarios (2030/2):a) DTL a favor de C (anel de noivado = 1.000); se C nao aceitar, fica para J:substituicao directa para 0 caso de nao querer aceitar - 2281 1:'.\' v] 2285; a substituicaodirecta prevalece sobre a direito de representacao e sabre a acrescer - 2041/2-a ce.b) DTL (legado de credito - 2261) a favor de X (conta bancaria = 15.000); por mortede X, passa para Z: "diz-se substituicao fideicomissaria a disposicao pela qual 0testador irnpoe ao herdeiro, 0 encargo de conservar a heranca, para que ela reverta porsua morte, a favor de outrem" - 2286;

    1.995: C e deserdada 2Hi611-b: a deserdacao tern que ser feita em testamento, mas como 0texto nada nos diz vamos pressupor que ela e valida,Sao tres os pressupostos da vocacao (2032):

    (1) Urn t itu lo sucess6rio prevalente;(2) Ter capacidade sucess6ria: situacoes de "nao poder" aceitar. Abrange a

    indignidade e a deserdacao.(3) A sobrevivencia ao de cu ius: situacces de "nao poder" aceitar. Abrange a pre>

    morte, a presuncao de cornoriencia (58) e a declaracao de morte presumida(114)

    A situacao de "nao querer" aceitar resurne-se ao repudio da heranca (2062)

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    , I

    Jt fCessoes: 1 - SNcessoes [ C a s o (N o 58)JDe acordo com 0 art. 2166 /2 , 0 deserdado e equiparado ao indigno para todos os efeitosIegais, C esta, assim, numa situacao de "nao poder" aceitar,Ora, segundo 0 art. 203712, a incapacidade sucess6ria na sucessao legal nao prejudica 0direito de representacao, Par interpretacao a contrario sensu retira-se que na sucessaotestarnentana 0 direito de representacao e prejudicado pela incapacidade sucessoria.Sendo assirn, He I VaG suceder a A (sua mae), atraves do instituto do direito de representacao- art. 20391} , pois "na sucessao legal, 0 direito de representacao tern sempre lugar na linharecta em beneficio dos descendentes de filho do autor da sucessao" - art. 2042.

    1996: D esconde 0 testamento cerrado de A - indignidade: 2034 /d e 2037 /1

    1997: DV a favor de F (Ferrrari = 5.000) com intencao de avantajar, au seja, que pretende queo carro nao esteja sujeito ao instituto da colayao- art. 2113 ,2003: Abertura da sucessao

    --,..' . .. , . . . . - . . . .

    B - Partilha.1- Visto haver herdeiros legitimarios: os quatro filhos C, D, E e F, todos sobrevivos, vamosabrir a sucessao legitimaria abstraindo, por ora, das incapacidades de alguns dos herdeiros.Quanta a B, conjuge da autora da sucessao, verificamos que faleceu em 1979, muito antes daabertura da sucessao (Abril de 2003). Logo, nao podia este suceder por pre-motte: nao estaverificado 0 pressuposto da existencia,Haveria substituicao de B por representacao? Nao, porque 0 direito de substituicao operaapenas em favor dos "descendentes de urn herdeiro au legatario", que sao ehamados a ocupara posicao daquele que nao pede au nao quis aceitar a heranca ou 0 legado (2039). Na sucessaolegal sao chamados a oeupar esse lugar "os descendentes de filho do autor da sucessao e, nalinha co Iateral, em os descendentes de irmao do falecido, qualquer que seja, Dum caso ounoutro, 0 grau de parentesco (2042). Assim, e em sintese, s6 ha direito de representacao afavor de sobrinhos ou netos do autor.Havera direito de acrescer? Nao ha, porque a pre-motte, a comoriencia e a declaracao demorte presumida nao sao pressuposto do direito de acrescer. Falecendo 0 conjuge antes doautor da sucessao, a legitima dos filhos sera de metade ou de doistercos consoante haja urn oumais de urn (2159/2). Por exemplo, se tres dos irmao morressern a legitima do sobrevivo seriade metade da quota indisponivel da heranca; mas se pelo menos urn dos irmaos deixardescendentes, a legitima sera de dois tercos.Conclusao: B nao era chamado a sucessao Iegitimaria. Mas se houvesse sucessaotestamentaria, ai ja haveria direito de representacao.

    2B3/1-a, 2134-2135: os descendentes sao os herdeiros detentores de titulo prevalente

    216 .211: R +D ~ P =VTHCar/us Fernandes - 2()()7/2008 18

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    R =65.000; D: 60.000 (casa Sintra) + 50.000 (casa porto) + 5.000 (Ferrari) =115.000; P =0Nota: tanto a anel como a conta bancaria DaO entram DO calculo, pois ja estao incluidos noRelictum, de onde ainda nao sairam por se tratar de deixas testamentarias.R(65.000) + D (1 1 5,0 0 0 ) - P (O ) =VTH ( l 8 0 , OOO )2159 /2: QI =120.000; QD =60.0002] 36 ex vi 2157: 120.000 : 4 = 30,000

    II - Deserdacao de C.Caso nao tivesse havido deserdacaoconcluir-se-ia que cada urn dos herdeiros legitimariosreceberia bens no valor de 30.000,00 euros.Vimos, porem, que C fora deserdada, estando assim numa posicao de nao pcder aceitar aheranca. Recorde-se que a deserdacao tern que constar do pr6prio testamento com indicacaoexpressa da causa.Pergunta-se.tcase- A-nao tivesse deserdado C quando fez 0 testamento, poderia ainda assim serdeclarada a indignidade com base em causa de deserdacao concomitante com a de indignidadeja conhecida do testador?Em situacces como a descrita considera Oliveira Ascensao que houve reabilitacao tacita doindigno, pelo que ja nao poderia haver decalracao de indgnidae. PCR nao concorda,Por Dutro lado, note-se que a deserdacao nao pode ser parcial, embora possa ser condicional(sera deserdada se vier a ser condenada .. .).Como constatamos acima, a declaracao de indignidade nao prejudica 0 direito derepresentacao na sucessao legal (2037/2), mas ja 0 afasta na sucessao voluntaria,Por direito de representacao, caberia a H e I tomar a posicao de C (2039 c W,42) . Cada umreceberia y~da legitima que aquela caberia (15,000). Contudo, diz 0 texto que H e indignoface a C, cuja posicao deveria ocupar por representacao. Sera este facto impeditivo do direitode representacao?A resposta e negativa: 0 H tern que ser capaz relativamente a A, independentemente de 0 naoser em relacao ao sucessivel cuja posicao veio ocupar par este nao poder ou nao querer aceitara heranca (2043),Conclusao: H e Ieram capazes relativarnente a A e nao repudiaram a heranca. Sucedern,assim, na quota parte da heranca em substituicao de C.III - Indignidade de D,Diz-nos 0 texto que D escondera 0 testamento cerrado (2006) de A, por ver que nao fora nelecontemplado,Tal cond.uta vern a ser causa de indignidade, nos termos do art. l034(! -d, mas discute-se se talcausa opera ip so iu re ou se imp6e a necessidade de declaracao judicial da indignidade,Ora, embora Oliveira Ascensao defenda que a indignidade opera automaticamente, s6 setornando necessaria 0 recurso a accao judicial se e quando 0 indigno estiver na posse dosbens, para a maioria da doutrina e sempre necessaria a declaracao judicial, para cuja accao se

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    Sucessoes: 1- SuceSJoes [ C a s o (N o 5 8 ) ]preve urn prazo de de dois anos a contar da abertura da sucessac au dentro de urn ano acontar, quer da condenacao pelos crimes que a detenninam, quer do conhecimento das causasde indignidade (2036).Assirn conc1uindo, e visto 0 texto ser omisso quanta a esta parte, nao se poderia afinnar que Dtenha sido dec1arado indigno.Contudo, para efeitos do exercicio, vamos assumir que a indignidade tinha sido declarada, Destaria numa situacao de

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    i( "..J ; . . . .. .. ., ' II , 1 . 1 . 1 'I (.1 Iu r. /! .! " .: j ._. __ ~ ~ . .. __ -l

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    SHtI!SJOes: I- S N c e s s o e s [ C a s o (N o 64)]casamento, David.Carla casa com Edgar, tendo celebrado convencdo antenupcial onde estipulou 0 regime des e p a ra c d o de be n s . D e s te c a same n to n a sc e ram Fran c is c o e Gon c a lo .Ern J 994, An a fa: t e s t amen to cerrado c om . a s egu i n t e tear:" J - Deixo a Ben t o metade do m in ha qu ota disponlvel;;; ._ Deixo a Ivo Q outra metade da minha qu ota d is po nfve l. "Em 2()()(), Francisco mota Bento.Em 200], Anafaz testamento cerrado com ()seguinte teor:"J - Deserdo Francisco por t e r assassinado Bento se ele vier a set' condenado portalcrime.Em 200], foijustificada a ausencia de Carla, entrando-se nafase de curadoria def in i t iva.Em Janeiro de 2002, Ana morre e um mes depois Francisco If condenado a 10 anos depr i sdo pela pra t i ca de homicidio doloso consumado n a pessoa de Bento.Diga, justificadament e. qual 0 destines dos bens de Ana.

    ***Topicos de resolucao provisoria (a desenvolver):

    1994: DTH a favor de B =V ; QDDTH a favor de I=V ; QD

    2001: deserdacao de F (2166/1-a, sujeita a condicao2 03 51 1- 2, 2 1 66 /2 , segundo IDP por analogia); apesarde nao ser urn herdeiro prioritario, pode serdeserdado pais e urn descendente do testador.200] : ausencia de Carla (99). Equiparacao a morte para efeitos de vocacao indirecta? PCR +OA =Sim; IDP =Nao, Concorda com Pereira Coelho que rejeita esta equiparacao, Estesultimos resolvem pelo art. 120: sucessivel subsequente - vocacao subsequente. Ver tarnbem121/2 : os chamados sao considerados curadores definitivos -:- sucessao resoluvel. Para aProf. Assistente, 0 que faz sentido e charnar os sucessiveis por direito de representacao, umavez que a 120 equipara 0 ausente ao falecido.2000: morte de B. A regra e que 0 pre-decesso do sueessivel faz eaducar a disposicaotestarnentari a, mas 0 art. 2317/a ressalva a representacao sucessoria; aqui nao se aplica alirnitacao do art. 2042. Assim, a deixa pas8a a D, filha de E, por direito de representacao(2039 e S8).Quanta a I nao havia problema .. JiLii, .Ca,so(N'!64)jAndre. cusado com Bruna. tinha 3 filhos: Catia, Duarte e Eduardo. Bruna tinha ainda urn/ 1 / ho de 11m an t e r i o I' C'ClSOl'i1 e n to - Tiago.

    C m'{o s Fern an de s _ 2 007 /2 00N 2 2

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    S tiaJsoeJ: I - S uees.fOes laso (N!) 64)]mais nada,Nao preenche os requisites da vocacao sucessoria (2032 /1) , vista ser pre-morta, Nao terndescendentes, mas, ainda que as tivesse, nao haveria direito de representacao, por ter sidonomeado Y como substituto (2041/2 -a) . Na sucessao testamentaria, a substituicao dire etapreva1ece sobre 0 direito de representacao.Alinea b):Y: e nomeado legatario par substituicao directa de X, mas tambem ele morre antes do autorda sucessao. Ha direito de representacao em favor dos seus descendentes (K), nos tennosdos artigos 2039,2040 e 2041.

    K: por direito de representacao de Y: reline os requisitos para ser cham ada a sucessao: echamada a sucessao em representacao de Y. Tern capacidade, titulo sucess6rio prevalente esobreviveu ao d e c uju s (2 03 2/1).

    Alinea c):M: e instinilda nerdeira em 1/3 da QD (2030 /2) , com substituicao fideicomissar ia a favor deP (2286). Isto significa que M, na qualidade de fiduciaria, sed. proprietaria dos benscorrespondentes a terca parte da quota disponivel da heranca, sendo gravada com a encargode manter esses bens para que estes pass em, por sua morte, para 0 fideicomissari 0 (P).M morreu urn dia ap6s 0 autor da sucessao, antes de ter aceitado ou repudiado a heranca,Verifica-se transmissao do direito de sueeder a favor de 0 e N, herdeiros de M (2058/1):mas os herdeiros apenas sucedern nos direitos que pertenceriarn ao usufrutuario entre a datade abertura da sucessao e a data da morte 'do fiduciario; os bens passam ao fideicornissar ioP, nos tennos do Art. 2293/3.

    P: e a fideicomiss ario nomeado, recebendo os bens par morte do fiduciario , Por sua morte,as bens em causa passam aos seus herdeiros e nao a Z, pais a clausula fideicomissar ia emmais de urn grau e nula (2188), tendo-se por nao escrita (2189).Her deiros legitinul.dos:

    Sao herdeiros legitirnarios, neste caso, 0 conjuge B eas descendentes C, DeE (2157, 2133/1-a, 2134 e2135). F c E D ,-,-- u TNem todos estes reunem, porern, as tres requisites davocacao exigidos pelo Art. 203211: titulo sucessorioprevalente, capacidade e sobrevivenci a ao de cujus .Vejamos urn a urn.

    J

    B: pre-mow-to. Morre em 02JAN2001 juntamente com 0 autor da sucessao, Ha presuncao decomoriencia (68/2) que e equiparada, para. este efeito, a pre-rnorte. Falta-lhe requisito dasobrevivenci a e, par isso, nao vai ser charnado a sucessao,C(do.\' Fernundes - 2()() 7120()8 24

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    S N t e J S o e - r : I - S t t c e - r - r o e s [ C a s o (l'r 60)Jo Art. 2037/2 salvag uarda 0 direito de representacao dos descendentes do indigno, mas Enao deixou qualquer descendente. Assim, vai funcionar 0 dire ito de acrescer (2137/1) afavor dos outros herdeiros le gitima rio s ,

    Em suma:1) B nao e chamado a sucessao e nao ha direito de representacao ou direito de acrescer;2) A posicao de C e ocupada por F, transmissario do direito de sueeder; este beneficia

    de direito de acrescer de I, herdeiro de C, afastado da heranca de A por deserdacao;3) D, cuja morte presurnida foi declarada antes da abertura da sucessao, e considerado

    pre-motto. A sua posicao vai ser ocupada por J par direito de representacao;4) E foi declarado indigno, nao tendo descendentes. A sua parte vai para as outros

    herdeiros legitimarios por dire ito de acrescer.

    PARTILHA:Calcul s : do l:a!or totol da heranca (vTH):R_ 'VTH =100.OOO(R)+0(D)-lO,000(P); VTH =90.000Cifculo da C luo ta indisponivel ( Q lJ2159/2: QI =2/3 (60.000); QD =30.000Cd/cu!!) da leg/tima subiectiva:2139/2 60.000 130 = 20.000Depois de cumpridas as deixas testamentar ias (8,000 + 10.000) sobram livres 12,000 dos30.000 que havia na QD, que VaG ser divididos em partes iguais pelos dois herdeiroslegitimarios representados pelos respectivos herdeiro e descendente. Cada urn deles recebe,assim, 6.000 a titulo de sucessao legitima.ivfapa da partilha:Qi '~60 ,O~O , I Q : 6 S(C)F '" 30.000 1)

    Q j i: ~ < : :3 ' i) ': Q Q Q , :i j[ ! " J t )B ~ < I I r :H i a6.000 4) 36.000

    K= 8.000 5) 8.000

    1) 10.000 por transmissao do dire ito desuceder de C, 10.000 por acrescer de I e10.000 por acrescer de E

    (D)J = 30.000 2) 6.000 4) 36.000 2) 20.000 por direito de representacao et------------------\-------___!..--~------i 10.000 por acrescer de EE:= 0 3) 0 3) E afastado da sucessao por indignidadep= 10.000 6) 10.000

    4) Sucessao legltima (2131)5) Legado da casa da Madeira, porrepresentacao de Y6) Por substituicao fideicomissaria (2293/1)

    Em J 975 , Adiio. rnarinheiro, coso CO I 1 1 Bia. nascendo desse casamento Carla. Dora, Eva eFi.l ipe,Em Maio de !95 , Adao doa a Carla ()seu andar em Sintra.

    Cado s Fenwndes ~ JO ()7 /2 ()(j8 ~

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    -------~---Em i ()C ) 7 , .4dc"in [a : te s tame n to c e rra do . e s r ip u lan do ( ) ,\ 'ee;UlI71I?"De ixo ( ) meu ve lho Fe rra r i a n me u prime Luis e , c om a s u o morte. devera rcvcricr /!r".!rn,VUllU: in s tu u o O lga co rn u m in ha he rd e ira . d e u c o rd o c um t) [{I.11.! c'S("/"~TI U( I i n e u d i c i ! ' ! ' ) deb o r d o de J 9 9 r 5 . ".V o u n o seguinie. Adau dn a a Guida.filha de C ar/a , ( ) seu ca rro BMH " e L "I E1'(J I) \ ' , : ' 1 / (Ofi'Em 5 d e .- \> fa in de 7999, Dora t ' condenada CI11 J 5 anos de u risao p Of' hom ic idi i . JOlfi'1I! dej' J ;0 .,V( ) d ia sc gu in te . Ad iu : e . p or se nte nc a judicial, de c l a r ado interdiio pur anomu i i a fJShlliic(iEm /0 d e J u n ho d e ]( } ( )1, A d iio e C arla , ()O sa irem da igre ja on de se rcalizuru o COSUIliCii/r)de F ilip e c o rn J u lia . sao a trop e lad o s p o r um c a tn ii io . fa le c e n do d e im ed ia io n o !OI. 'C1f .Dias de p o is , J u lia fic a viu va .

    Luis, declarado indigno por sentencajudicial, rem Ulna filha. Zira: Dora ten! II tillurIgor; -....-,. . . . . .~ "Carlo, casada com Manuel. [em, alem do filha Guida, o [ilho Hugo, r e f / d o "'S/C . , . 1 1 1 0d e se rda do p e la s u a me re , pOI-" ter destruido 0 te s tamen to qu e e s tu hu via / e J i ( o :Eva . r ep u d ia ;N o d ia r io d e bo rd o d e Adau c on s ta o s egu in te : "De ixo a O /gu 1/5 du miniu:he ran ca " ., . 4 d c l O deixa u rn p atrimon io de 8 0 . ( )( )( ) Euros e d ividas n o valor de 1 0 . O() () ! :"uuJ . ' ., 'IB uw J 1 . (JOO Eu ros e o ia te J 9 . 000 Euro s .

    ***I - Dnacoes em vida:A favor de C:1995 ~ Casa de Sintra: 50,000.C e herdeiro legitimario epretende concorrer a sucessaodo deader, pelo que a doacao eimputavel na Ql e esta sujeita acolacao (2157, 2133/1-a, 2134 e2135,2104,2105 e 2110).

    oM Ci D E F_//1,\ I' ' '.

    G H

    J L N

    z~~~---.-- ..--..

    A favor de G: . r " ' "1998 ~ BMW: 11.000. G e filha de C e nao e presuntiva herdeira legitimaria a data dadcacao, pelo que nao esta sujeita a colacao (2105 u contrario].

    A _ favor de E:1998 - late: 19.000, Tendo em conta que E e descendente do de cujus e pretendeconcorrer a sucessao, sendo ja presuntiva herdeira a data da doacao, esta sujeita a

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    , ) 'uteJsoeJ: 1- S N C e S J O e Jcolacao (2104 e 2105; 2157, 2133/1-a, 2134 e 2135).

    II - Sucessao legitimaria: frSao herdeiros legitimarios de Co conjuge e as descendentes: B; C, D, E e F. Sucede quenem todos reunem os pressupostos da vocacao constantes do Art 2032 / 1 . Vejamos urnporum:

    B: pre-morro - conjuge do autor da sucessao, foi assassinada por D antes da abertura dasucessao. Nao reline 0 pressuposto da sobrevivencia ao de cujus, pelo que nao serachamada a sucessao. Nao hi direito de representacao (2042) nem direito de acrescer.C: pre-rom-to - morre ao mesmo tempo que 0 autorda sucessao: cornoriencia (68/2), quee equiparada a pre-motte. Deixa descendentes: G e H, que vao assumir a sua posicao perdire ito de representacao (2039, 2042).

    G: sucede por direito representacao - e descendente directo de filho do autor dasuce"SS:lof"que nao pode aceitar a heranca par ter falecido antes da abertura dasucessao, 0mesmo tern capacidade quer em relacao a mae quer em relacao ao avo,autor cia sucessao, embora apenas esta ultima seja exigida (2043);H: sucede pot" dlrelto de representacao - e descendente directo de filho do autor dasucessao, que nao po de aceitar a heranca par ter faleeido antes da abertura dasucessao, Foi deserdado par sua m ae por ter destruido 0 testamento desta, mas a razaoinvocada nao e causa de deserdacao, pelo que a clausula e nula (216611). Mesmosendo nula a clausula de deserdacao, as factos praticados par H sao causa deindignidade (2034/d), sendo que as efeitos da declaracao de indignidade sao osmesmos que seriam aplicados a deserdacao: a perda de capacidade para suceder.Vamos eonsiderar que a declaracao de indignidade tenha sido feita (neste ponto fazersempre referenda a posicao de O A em contraponto a de peR e LDP): ainda assim, Hvern ocupar a posicao de C na sucessao legal pois a que deve ser aferido e se ele terncapacidade em relacao ao autor da sucessao (A), sendo a incapacidade em relacao a Cirrelevante (2043);

    D: afastada por indignidade - tendo sido condenada a 15 anos de prisao par homicicliodo conjuge do autor da sucessao, poderia ser deserdada nos tennos do Art. 2166/1-a,sendo as efeitos da deserdacao equiparados aos do indigno (2166/2). Todavia, devido ainterdicao par anornalia psiquica de A no dia seguinte a leitura da sentenca, pareee quenao tera havido tempo para este fazer testamento.Levanta-se aqui a questao de saber se a declaracao de indignidade opera ipso lure, comodefende Oliveira Ascensao (com a excepcao dos casos em que a indigno ja esteja naposse de bens da heranca) ou se e sempre necessaria accao judicial de declaracao deindignidade, como propugnarn peR e IDP.De uma forma au de outra, no presente caso vamos considerar que D foi declaradaindigna de suceder a A.Face a situacao de "nao poder" aceitar par parte de D, e visto que a indignidade naoprejudica 0 direito de representacao na sucessao legal ( 2037 /2 ) , I vern ocupar a posicaode D;

    Car/os Fert/andes ~ }()()712008 28

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    Stm ssoe s: I - S H C f ' S S O e s [ C a s o ( N D 6 P ) ]Calculadas as legitimas subjectivas, corrigidas par efeito do acrescer e feitas as imputacoesdas doacces e do legado, importa gora proceder a igualacao par efeito c i a colacao, nosterrnos do artigo 2108.Em primeiro lugar, vamos calcular a quota hereditaria:QD livre =50.000-1 1.500-1l.000-11.500-1 0.000; =6.000Quota da legitirna ficticia =23.000 (valor sujeito a colayao)+6.000 (QD livre)/3; = 9.666.Quota hereditaria = 27.000 (L. SUbjectiva)+9.666=36.666Assim, para I e J 0 valor da quota hereditaria e de 36.666; para G e H e Y : z desse valor(18.333).G e H ja receberam cada urn 25.000, tendo ultrapassado a sua quota hereditaria; assrm, 0valor livre da QD sera dividido em partes iguais par I e J (2136):6.000/2=3.000.

    Outra forma de fazer a igualacao e aquilo a que a Professor IDP chama de metoda do"olhornetro" .~--,-~-~. - . . . . . . . _ .Aqui prescinde-se do calculo da quota hereditaria e comecamos logo por igualar 0 queestiver mais desfavorecido, sub indo sequencialmente para as restantes.No caso em estudo teriamos:I e J estao igualados abaixo do C (representado par G e H). Assim, atribui-se a cada urndaqueles urn valor identico para as igualar, au pelo menos aproximar, do valor atribuido aparte de C.Como s6 tinhamos 6.000, dividimos por 2, 0 que da 3.000 para cada urn; nao havendo nadamais para atribuir, apenas se consegue a igualacao possivel. 0 Prof. IDP diz que estemetoda e mais facil, mas mais sujeito a erros.Apesar de a iguaiacao ser apenas parcial, a colacao nao leva a reducao das liberalidades ,Isso s o oeorre quando elas sejam inoficiosas, 0 que nao e 0 caso.Eis 0 mapa final da partilha:.'.QI'= ~ O O i O O . P . : ' Q J3S ' , ,: ' ' , ) ' j Q P , ~ : : ~ : O ' : ' Q : @ ; : ; \ ~ , r ; Q j j S ) : : : : i f ll : ~ M ; i g t \ : i : j : ;(C)G = 13.500 1) 11.500 2) 25.000

    11.0001.000 4 )(C)H = 13.500 1 ) 11.500 2)(D)I = 27.000 3.000

    E= 19.000 3)IF)J = 27.000 3.000

    N= i O . O O O 5)Totals: 100.0GO 50.000

    Livres: 0

    25.00030.00019.00030.00010.000150.000

    1) Imputacao de 12 de 27.000referente Ii doacao em vida a C nalegitima subjectiva alargada com 0direito de acrescer de E;2) Imputacao de Y 2 dos 23 .000relatives Ii doayao que nao ccuberarnna legitima subjective e que VaG fiearsu j e ito s a c o l ac ao;3) Irnputacao da doacao de 19.000numa legitima ficticia de E; osrestantes 6.000 foram acrescid os a squotas dos outros herdeiroslegitimar ios4) Imputecao da doacao do BMW,nao sujeito a colacao;5) Imputacao do legado do Ferrari,nfio sujeito a colacao;

    Car/os Fernandes - 2D07!20()8 32

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