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apresenta . RIO DE JANEIRO . . 17 DE JULHO A 2 DE SETEMBRO DE 2012 . .... ....

Catalogo Dali a Divina Comedia

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Page 1: Catalogo Dali a Divina Comedia

apresenta

. Rio de janeiRo .. 17 de julho a 2 de setembRo de 2012 .

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deixai toda espeRança, ó vós que entRaisinferno iii, 7

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Presidenta da Repúblicadilma Rousseff

Ministro da FazendaGuido manteGa

Presidente da Caixa Econômica FederaljoRGe fontes heReda

Coleçãojulio CosColla maRibel aRévalo adRiana pita GaRCía

ProduçãoaRte a pRoduções

Direção GeralRodolfo de athaydeania RodRiGuez

Gerenciamento do ProjetojennifeR mClauGhlin

Design GráficoComplexo d bete esteves

Assistente de Produçãodaniele oliveiRa

Coordenação de MontagemRita veiGa

Cenotécnicofélix Cimadevilla

Assistente de MontagemmiGuel CostaMontagem das obrashelCio puGliese

TextospatRiCia jiménez

Tradução de legendas

adRiana pita

Agradecimentos:antonio péRez Cabello

isabel feRnandez Cabello

nayat sánChez pi

maRiana GaRCia

daniela CamaRGo

salvadoR dali ilustrou a divina Comédia de dante alighieri com 100

composições originais que foram gravadas sobre madeira por Raymond jacquet e jean taricco.

essa exposição foi realizada com o exemplar 283 desse conjunto de ilustrações.

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“dalí: a divina Comédia”patrícia jimenez

É com prazer que a Caixa Cultural apresenta para o público a exposição “Dalí e a Divina Comédia”, composta por uma coleção de cem xilogravuras, feitas a partir de aquarelas do pintor catalão Salvador Dalí, inspirado no clássico “a divina Comédia” do poeta italiano Dante Alighieri. Ao longo da história a arte sempre refletiu a visão do artista e do seu tempo. Nesse caso, Dante e Dalí se unem no tempo através de suas criações artísticas e proporcionam ao público a oportunidade de refletir sobre o sentido da vida e da morte.

Além da exposição serão realizadas atividades complementares como uma visita guiada com os curadores além de uma oficina aberta ao público e um folder. Essas atividades paralelas buscam aproximar o público da obra desses dois grandes artistas.

Ao patrocinar essa exposição a CAIXA reafirma sua disposição de democratizar o acesso aos seus espaços e à sua programação e reforça sua postura de fomento à cultura e à arte no Brasil em todas as suas formas de expressão.

Caixa Econômica Federal

“dalí: a divina Comédia” convida a um passeio pelo espaço das almas, através de uma coleção de cem aquarelas do pintor catalão Salvador Dalí (1904-1989), inspirado no clássico “A Divina Comédia” do poeta italiano Dante Alighieri (1265-1321).

Em meados do século XX e como parte de uma homenagem que o governo italiano preparou para comemorar o aniversário de 700 anos do nascimento de Dante, foi encomendado a Dalí que fizesse a ilustração desta obra-prima da literatura italiana e universal, que narra a jornada simbólica de seu autor, através dos três reinos do além. Outros artistas também ilustraram “A Divina Comédia”: entre os mais nomeados estão Botticelli, Doré, Bouguereau e Barceló. Mas se há um recurso de destaque na obra de Dalí, este é a ruptura dos padrões e a combinação harmoniosa de estilos que vão do classicismo greco-romano, ao escorço barroco e o surrealismo, para criar seu próprio universo da Divina Comédia.

Cem são os cantos que compõem o Poema Sagrado de Dante, e cem são as aquarelas ambientadas neles. Dalí pintou as obras e trabalhou por cinco anos em um sistema para que estas pudessem ser reproduzidas mecanicamente. Para isto Dalí teve ajuda dos gravadores Raymond Jacquet e Jean Taricco, que fizeram 35 placas com 3500 blocos xilográficos para reproduzir as aquarelas peça por peça. Nos anos 60, as xilogravuras foram publicadas em forma de livro por uma editora francesa ilustrando em seis volumes as obras completas com o texto de Dante. Tendo sido reproduzido também um número limitado de livros com as cem ilustrações de Dalí, organizadas como um conjunto em três pastas.

A proposta visual desta exposição respeitou a estrutura sequencial dos cem cantos do poema. A primeira sala é dedicada ao Inferno, com 34 imagens, um segundo espaço corresponde ao Purgatório, e o terceiro ao Paraíso, com 33 quadros cada. Desde o primeiro quadro começaremos a Partida para a grande viagem, cruzando entre os espíritos errantes até a Luz Divina.

Na saída, teremos o que conseguimos gravar na nossa memória. Não é preciso morrer para entrar no estranho labirinto humano, porque de versos e cores já temos o caminho feito. Dante e Dalí querem nos mostrar algo: O Amor que move o sol e outras estrelas.

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||||| dante aliGhieRi e a Comédia |||||

Poeta, filósofo, político e “pai da língua italiana”, Dante Alighieri nasceu sob o signo de Gêmeos em Florença em 1265, e morreu de malária em Ravenna no 14 de setembro de 1321, aos 56 anos de idade. Sua “Commedia” –nomeada assim pelo seu final feliz que contrasta com a tragédia- é uma obra-prima da literatura mundial e foi um salto de transição do pensamento medieval ao renascentista.

O Poema Sagrado de Dante, séculos mais tarde registrado como “A Divina Comédia”, não foi escrito em latim como era o costume no seu tempo, mas na voz do povo, no dialeto toscano, semente do italiano atual. Sua escrita começou em 1304 e foi fechado na época da morte do poeta. A arquitetura do trabalho é claramente simétrica tanto no interior das linhas como na soma do todo. 14.230 versos hendecassilabos em terza rima, formam os tercetos de musicalidade rítmica que em sua vez, compõem os 33 cantos das três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso, adicionando um canto de introdução ao começo, para um total de cem cantos.

A trilogia articula o poema inteiro: Razão – Humano – Fé, Virgílio – Dante – Beatriz, Onça – Leão – Loba, Pai – Filho – Espírito Santo, Passado – Presente – Futuro, Culpa – Redenção – Esperança, e outras muitas associações que gravitam sob a consistência da Trindade.

Dante viveu com intensidade e coerência: lutou na Batalha de Campaldino, defendeu os ideais dos Guelfos Brancos, sofreu o exílio e a traição, amou platonicamente Beatriz de Portinari, uma jovem com quem ele só trocou algumas palavras de saudação antes de sua morte prematura aos 24 anos. Toda a vida de Dante, o valor estético e moral daqueles que o influenciaram, a denúncia à política prevalecente, o desmascaramento de seus inimigos, seus agradecimentos a Deus, sua dor, sua solidão, sua sabedoria, sua religião, sua filosofia doutrinária e seu amor sublime, estão presentes na Divina Comédia.

Dante impôs uma forma de entender o sentido da vida e da morte, a partir das culpas, os medos e as promessas. Ele projetou uma linearidade temporal e espacial que é um eixo encadeador da ordenação da história. Além de ter sistematizado julgamentos e preconceitos que compõem hoje o pensamento ocidental, criou estereótipos de beleza e virtude, que logo seriam adotados pelo Renascimento e disseminados ao longo de séculos de dominação cultural. É difícil imaginar o mundo dos mortos sem as âncoras do universo de “A Divina Comédia”.

||||| salvadoR dalí e a divina Comédia |||||

Salvador Dalí i Domenech Felip Jacint Domènec, conhecido como Salvador Dalí, foi um pintor espanhol considerado um dos maiores representantes do surrealismo. Nascido em Figueras no dia 11 de maio de 1904, morreu em sua própria cidade natal em 23 de janeiro de 1989.

Admirador da arte renascentista, grande desenhista, apaixonado pela escultura, a moda, a fotografia e o cinema, Dalí criou um estilo pessoal facilmente reconhecível pela sua imaginação excêntrica. Entre os seus símbolos iconográficos se incluem os relógios moles, os elefantes, os ovos, as formigas e os caracóis. Dalí produziu cerca de mil e quinhentas pinturas durante sua frutífera carreira, inúmeras ilustrações para livros, litografias, desenhos de cenografias, vestuários e um número considerável de desenhos, esculturas e projetos paralelos para fotografia e cinema.

Dalí propôs o método paranóico-crítico como uma forma de apreciar a realidade longe do racional, encontrando ligações entre objetos aparentemente desconexos. Ele o descreveu como um “método espontâneo de conhecimento irracional baseado na objetividade crítica e sistemática das associações e interpretações dos fenômenos delirantes”.

Várias ilustrações de “a divina Comédia” surgem com essa maneira de ver o cosmos dantesco e de reescrever os cantos da vida e da morte.

Dante e Dalí, se realmente morreram, estão a salvo do medo de serem esquecidos

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||||| o infeRno em dante e em dalí |||||

e já se enContRa a lua sob nossos pés;

pouCo é o tempo que nos é ConCedido

e há mais Coisas pRa veR que estas que vês.

Dante tinha pouco mais de 30 anos quando, perdido na “floresta escura” da vida e em seus desvarios, angustiado pelos seus erros e procurando a virtude e a fé, fugiu deste mundo e foi até uma dimensão distinta que, além das distâncias entre a realidade e os sonhos, ou entre a vida e a morte, parece adentrar em seu próprio mundo interior. Neste caminho complexo, Dante terá um dia para descer o infeRno.

Três feras selvagens tentam pará-lo: uma onça, um leão e uma loba, respectivas alegorias de três grandes falhas aristotélicas: a incontinência, a violência e a fraude. Mas destes males terrenos Virgílio, salva-lhe a alma. O poeta latino, para quem Dante professa uma reverente admiração, o conduz como um guia e mestre durante sua viagem para os portões do Paraíso, onde Beatriz o aguarda, mulher beata que encarna toda a paixão e sensibilidade de Dante.

O infeRno é um cone invertido, uma espiral projetada para baixo contendo nove voltas que vão diminuindo de diâmetro de acordo com a magnitude dos pecados cometidos em vida. Lá, os condenados a pena perpétua têm medo, acima de tudo, de serem esquecidos pelos vivos. No ápice se concentra a traição, o pecado principal representado por Judas entre as presas do diabo.

A série de ilustrações que Dalí fez do infeRno, reflete a visão deslumbrante do artista, que disse ter usado seu “método hiper estético paranóico-crítico tentando abordar o mundo da castidade e da espiritualidade dos anjos.” Embora Dalí respeite a ordem e a substância dos cantos, o seu mundo de sonhos é diferente do de Dante. Mais de uma imagem lhe convidará a ficar, mas no Inferno, como na vida, há paradas que o ser humano não deve se permitir.

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de espíritos imenso duplo bando,um contra outro às gritas aguerridas,

Grandes pesos co’ os peitos nus rolando.

...estava à reta minha via perdida.

¨¨Canto i: de paRtida paRa a GRande viaGem ¨¨Canto vii: avaRentos e pRodiGios

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quando à sua tumba aproximei-me mais,olhou-me um pouco e, quase desdenhoso,

“quem foram”, perguntou, “teus ancestrais?”.

¨¨Canto x: os heRétiCos ¨¨Canto xx: adivinhos e maGos

vi que espantosamente era torcido cada um,do queixo ao princípio do peito.

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¨¨Canto xxvii: um diabo lóGiCo

“esse, que sofre aí pena dobrada,é judas iscariote”, disse o guia,

“co’ as pernas fora e a cabeça abocada...”

e vi um diabo preto atrás de nósem nossa direção correndo vir.

ai, como ele era, no aspecto, feroz.

¨¨Canto xxi: o diabo neGRo

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||||| o puRGatóRio |||||

O segundo espaço com trinta e três cantos da “Divina Comédia” é o Purgatório, que sucede o inferno e é concebido como uma montanha cujo pé é o Ante-purgatorio e no seu topo encontra-se o paraíso terrestre. Entre estes dois pontos estão localizados sete terraços divididos em escada onde serão perdoados os sete pecados capitais que irão ascendendo e se tornando mais leves: orgulho, inveja, ira, preguiça, avareza, gula e luxúria. Os anjos que custodiam estes níveis aplicam suas virtudes redentoras às culpas.

As almas cristãs do Purgatório vão ficar seguras quando elas fizerem a peregrinação a Deus e serem purificadas através da reflexão e do arrependimento. O anjo guardião grava na cabeça de Dante sete vezes a letra P, que serão apagadas pelas asas dos anjos a medida que os seus pecados sejam perdoados, e assim o poeta vai se sentir mais leve.

Contudo, Dalí parece não comungar em sua passagem pelo Purgatório, as cores intensas e a força nesta série enfatizam a rebelião do gênio, a vontade indomável da sua criatividade surrealista. A fidelidade ao texto original é apagada por vezes, e há uma reconfiguração do cosmos de Dante, onde a imagem é carregada de aceitação absoluta da clara escuridão humana. Gavetas abertas e cheias de vazio, danças rotativas, o reviver do mito da aranha, anjos de asas quebradas, são elementos da liberdade que explodem sem esperar o perdão em troca. Leu Dalí outra mensagem nas palavras de Matilde?

“doRavante, em veRdade, seRá nua

minha palavRa, Como é Conveniente

apResentá-la pRa tua vista CRua.”

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e sordello, ao traçar um risco, a gosto,no chão co’ o dedo, disse: “tu jamais

passarias desta linha após sol posto...”

¨¨Canto ii: o baRqueiRo Celestial

À popa estava em pé o piloto santo…

¨¨Canto vii: os pRínCipes do vale floRido

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qual mestre de estilete ou de pincelRecrearia figuras e motivos

que lá de todos obteriam laurel?

veio-me em sonho aparecer, suspensauma águia de áurea plumagem no céu,de asas retesas, a baixar propensas;

e no mesmo lugar achava-me eudonde, raptado de seus companheiros,

Ganimedes à mor corte ascendeu.

¨¨Canto ix: o sonho ¨¨Canto xii: a beleza das esCultuRas

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¨¨Canto xxxiii: dante puRifiCado¨¨Canto xx: avaRíCia e pRodiGalidade

fui hugo Capeto conhecido Refeito retornei da onda santa,Como de novas folhas, ao rompê-lasde sua ramagem, se renova a planta:puro e disposto a subir às estrelas.

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||||| o paRaíso |||||

Os cantos do terceiro livro narram o mundo imaterial do paRaíso, dividido em nove céus. Virgílio, o símbolo da razão, acompanhou Dante até o Purgatório. Beatrice, que representa a fé, toma o lugar de orientação já que é impossível chegar a Deus apenas com a razão, é preciso ter a verdade iluminada. Dante se aproxima dos bem-aventurados que lá vivem, num diálogo muito mais espiritual do que ele usou para falar com as almas dos dois reinos anteriores. No paRaíso, independentemente da proximidade de Deus e de acordo com o círculo atingido, as almas não desejam ir mais alto.

Tendo chegado ao céu das estrelas fixas, Beatriz pede aos três Santos: São Pedro, São Tiago e São João Evangelista, que examinem respectivamente as posições de Dante sobre a fé, a esperança e o amor, então o poeta responde de forma brilhante, despertando uma grande admiração. Após os céus estão o Empíreo e a Rosa Mística, que é o espaço de glorificação dos beatos. No ponto mais alto da subida etérea, há nove círculos de anjos ao redor de Deus. Dante é tomado por dúvidas e quer que Beatriz as clarifique, mas ela não esta mais ao lado dele. São Bernardo diz que o lugar dela é na Rosa do Santíssimo, e de lá sua alma envia um sorriso para o poeta.

Os demônios e obsessões de Dalí não ficam fora do paRaíso. Nesta terceira série o pintor deslumbra igualmente pela sua sagacidade, destilando tons ainda mais vivos. Ele vem carregando suas fobias e philias, seus moldes maleáveis, sua sexualidade enigmática e freudiana, suas mortes introvertidas, e seu amor por sua esposa Gala, que substitui a imagem de Beatriz na imaginação não menos poética do pintor.

“todas as Coisas”, Começou no instante,

“têm oRdem entRe si, e esta é a foRma

que o deus faz o univeRso semelhante...”

Com a oração a Virgem acaba a longa viagem. Por mediação da Rainha do Céu, a visão do mortal que foi capaz de chegar tão alto, será fortalecida para que ele possa, na contemplação da Luz Divina, guardar em seu coração a imagem de Deus. Talvez Dalí e Dante receberam aquela luz que ainda hoje brilha entre nós.

ó suma luz que tanto, dos eRRantes

moRtais, te elevas, oRa À minha mente

um pouCo ReapaReças Como dantes,

e faças minha línGua tão potente

que uma Centelha apenas de tua GlóRia

possa deixaR paRa a futuRa Gente;

que, poR bastante voltaR-me À memóRia,

e nestes veRsos um pouCo soaR,

mais podeRá entendeR-se a tua vitóRia.

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“ao pai, ao filho, ao espírito santo, glória”e eu me inebriava ao doce canto.

¨¨Canto ii: o anjo

outra virtude outro efeito praticano precioso corpo que ela aviva,

Com quem, qual nesta vida, se unifica.

¨¨Canto xxvii: GloRia patRi

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que nessa cruz resplandecia Cristo... “Caro avoengo tão alto protruso...”

¨¨Canto xvii: a pResença divina ¨¨Canto xiv: apaReCimento de CRisto

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mas, de lá estar, me fez saber muito bemminha dama, que vi tornar mais bela.

…assim eu vi a coroa devotamover-se e trocar vozes em concento

Com a doçura em qualquer parte ignota,se não lá onde eterno é o aprazimento.

¨¨Canto x: o anjo do sol ¨¨Canto viii: a maioR beleza de beatRiz

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