Catalogo Galeria Expandida

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Luciana Brito Galeria

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  • analvia cordeirofabiana de barrosgilbertto pradolucas bambozziregina silveiraricardo basbaum

    ana paula lobobruno fariacludio buenodenise agassiesqueleto coletivopaula garcia

  • concepo e curadoria de Christine Mello

  • galeria expandidaconcepo e curadoria de Christine Mello

    assistncia curatorial: Ananda Carvalho e Paula Garciarealizao: Luciana Brito Galeria perodo: 05/04 a 20/04 de 2010

  • galeria expandida uma plataforma curatorial que reflete sobre circuitos da arte e da mdia. Baseada em artistas que promovem aes mi-diticas, discute espaos de visibilidade na arte. Em um contexto em que a produo artstica por natureza desmaterializada e transitria, a pergunta que transpassa como abrigar tal produo numa galeria de arte?

    A idia de expanso da galeria diz respeito a nela provocar uma situao de pesquisa e um espao de reflexo que incitem situaes de interao e de-bate sobre a circulao da obra em circunstncias imateriais e imprevisveis, para alm do seu espao fsico.

    A operao curatorial traz para dentro da galeria trabalhos que geralmente ocorrem em ambientes fora dela, acontecem no espao pblico, de natureza efmera e miditica. Ao possibilitar uma contra-circulao desses trabalhos em seus ambientes, sugere que a galeria se expanda como um ambiente de relaes e trocas, como um fluxo informacional.

    O conceito de expanso situa-se especificamente nos cruzamentos existentes entre espaos da arte e experincias miditicas acessveis no nosso cotidiano (como as promovidas pela internet, televiso, telefonia mvel, mdia indoor e outdoor, jornal, revistas, cartazes, filipetas, adesivos, transmisses sonoras e camisetas) que integram o universo das redes de comunicao, do circuito publicitrio e das marcas. Ao colocar em ateno situaes por onde circu-lam boa parte do capital simblico e econmico que integram a sociedade contempornea, a curadoria prope que o ambiente da galeria transforme-se num espao aberto tanto ao enquadramento quanto ao desenquadramento de tais experincias.

    galeria expandida articula, de modo simultneo, dois eixos curatoriais: his-trico e novas vertentes. Com eles so produzidas tanto revises histricas como apresentao de obras inditas, que juntas possuem a capacidade de revitalizar as discusses sobre espaos de visibilidade nos circuitos da arte-mdia. Os trabalhos artsticos so intercalados a um ciclo de depoimentos, performances e debates, associados realizao de um jornal-catlogo (rea-lizado pelos artistas Eduardo Verderame e Manuela Eichner), ao educativa e espao online, que questionam o fora e o dentro de ambientes expositivos atravs de aes artsticas em dilogo com contextos comunicacionais.

    O interesse da exposio reside em apresentar um conjunto de documenta-es em torno de experincias como as de Analivia Cordeiro, Regina Silveira, Ricardo Basbaum, Gilbertto Prado, Lucas Bambozzi e Fabiana de Barros. Esse grupo de artistas integra o eixo curatorial histrico e suas aes foram produzidas respectivamente entre os anos 1970 e a atualidade. A esses artis-

  • No se trata de pensar os espaos da arte e os espaos da mdia como temas das discusses. Ao contrrio, trata-se de notar como as negociaes e agenciamen-tos entre esses espaos oferecem um outro modo de question-los e perceb-los.

    tas associam-se Ana Paula Lobo, Bruno Faria, Claudio Bueno, Denise Agas-si, Esqueleto Coletivo e Paula Garcia, que fazem parte do eixo curatorial novas vertentes e que criaram aes miditicas especialmente produzidas para a exposio.

    O jogo conceitual produzido entre um e outro eixo curatorial acentua a von-tade de colocar em contato experincias que aconteceram nos ltimos qua-renta anos no campo das relaes entre arte e comunicao (e que ainda no foram devidamente inscritas pela histria e crtica de arte), revisando-as contemporaneamente em torno de realidades artsticas e comunicacionais surgidas j no contexto do sculo 21.

    A escolha dos onze artistas e do coletivo que integram a exposio deve-se s potncias e dilogos que suas obras produzem em contato com circuitos comunicacionais, ao modo como reorganizam a informao e tecem alterna-tivas ao discurso hegemnico corrente nesses meios, bem como dimenso social de suas prticas. O principal intuito apresentar suas experincias

    como uma plataforma de discusso, em estado laboratorial, relacionadas a um conjunto de atividades e no necessariamente apresent-las sob o aspec-to de obra acabada, no sentido convencional do termo.

    Desde a inveno da fotografia a arte promove deslocamentos dos seus cir-cuitos tradicionais para circuitos no convencionais, reconhecveis, entre ou-tros, no mbito dos circuitos da comunicao, sendo, inclusive, um lugar pri-vilegiado de investigao do Fluxus, da pop art, das proposies conceituais e dos coletivos. Nesse sentido, as discusses apresentadas na presente pla-taforma curatorial ocupam um contexto histrico e ao mesmo tempo tenso dessas relaes, pelo fato de explorar esse debate hoje e perceber relaes existentes no mbito da cultura digital.

    Diferentemente dos debates produzidos entre os anos 1960-1970, as aes produzidas em galeria expandida abrangem a experincia de se inserir e agir dentro do tecido institucional e social das redes por onde circulam a arte e os canais de comunicao. Nesse caso especfico, a experincia de insero promovida de modo negociado. Significa o gesto de se inserir no espao econmico e pblico do tecido institucional, procurando agir como um dispositivo relacional entre o espao da galeria e o espao das mensagens comunicacionais. Busca, com isso, abrigar discusses sobre os paradoxos, os

  • conflitos, as dificuldades, as impossibilidades, as dvidas, as negociaes, as analogias e os dilogos existentes entre um e outro campo de ao.

    Nessa reflexo, em lugar de buscar discernir especificamente em que con-texto encontra-se uma e outra realidade, as atividades aqui propostas pri-vilegiam o debate a partir do contato com experincias mais ambguas, de carter descentralizado, baseadas nos estados intermedirios, nos estranha-mentos e nas contaminaes de uma realidade pela outra. No se trata de pensar os espaos da arte e os espaos da mdia como temas das discusses. Ao contrrio, trata-se de notar como as negociaes e agenciamentos entre esses espaos oferecem um outro modo de question-los e perceb-los.

    Se os espaos miditicos permeiam questes que no podemos deixar de enfrentar pelo fato de carregarem em si boa parte dos sinais da vida con-tempornea, compreensvel, portanto, que o conjunto constitudo pelos artistas, crticos, agenciadores culturais, galeristas e profissionais da mdia aqui envolvidos reflitam sobre tais realidades, assim como sobre os embates da arte como canal de circulao da informao.

    Ao se pronunciarem tais desafios, a inteno colocar em discusso as rela-es e os paradoxos existentes entre arte e circuitos miditicos, traduzidos aqui sob a forma de uma reviso histrica de determinadas experincias e tendo como princpio o convvio ampliado das idias artsticas na decodifica-o da vida em seus sinais.

    Christine Melloabril de 2010

  • analvia cordeirofabiana de barrosgilbertto pradolucas bambozziregina silveiraricardo basbaum

  • Danando, compreendi o significado do binmio orgnico/artificial. No orgnico via a espontaneidade, a improvisao, a emoo solta, o imprevisvel. No artificial via o planejamento, a coordenao de dife-rentes meios eletrnicos (chamava-se mutimdia), o estudo cientfico do corpo, o previsvel. Sempre no universo da expresso do corpo, esse binmio orientou minhas pesquisas durante anos, a partir de 1969.

    Em M3x3 (1973), previ a automatizao dos gestos, a relao mecnica entre as pessoas, a prioridade da mdia sobre a expresso pessoal, a reduo ao branco-preto, ao sim-no, sem cromatismos, sem nuncias, sem o meio. Dentro destas regras de ao, fornecidas pelo computa-dor aos danarinos e equipe de TV, regras sociais; existia um espao para a criao, uma nova forma de leitura e interpretao dos movi-mentos do corpo, aberta sugestes individuais (para mim, planejar movimentos no realizar um desenho animado). M3x3 acertou: assim se tornou e assim at hoje. Somente no anteviu o quanto o corpo sofreria com a priorizao da mdia: dores na coluna e nos membros, um sofrimento. Sempre abominei modismos, ser up-to-date, malabarismos tecnol-gicos per se. Sempre priorizei integridade, coerncia e tempo longo para maturao da criao; que me direcionaram para a criao de softwares especficos para meus trabalhos, dialogando com o universo cientfico e com as pesquisas de ponta. Tive sorte: meu debut foi no International Festival of Edinburgh, assim no tive que ser aprovada por curadores, diretores de museu ou galeristas locais, que no teriam tido a oportunidade ou teriam medo de exibir algo novo de verdade concebido por uma adolescente (observo: a carreira de bailarina co-mea cedo, para mim, aos 11 anos de idade, portanto j era madura na poca). Assim posso contar essa histria. Era uma vez...

    Analvia Cordeiro

    M3X3, 1973Ver para Ler, 2009

    PhD, uma das pioneiras mundiais da computer-dance e brasileira da videoarte (1973). Criou Nota-Anna: notao eletrnica movimentos corpo e Ver Para Ler: al-fabetizao por celular. Participou: Intl Fest Edinburgh1973, XIIBienal SP1973, La-tinAmerica74 no ICA(London), Espace Cardin(Paris), WGBH-TV1976 , 20thAmerican Dance Conf.1976, Art Space Era-Von Braun Civic Center Huntsville Museum of Art1978, Brasil ScXX1984, 27th Annual Dance on Camera Fest1998, Il Coreografo Elettronico e Inveno1999; Sawyers Seminar-Univ. of Chicago1999, Laban-Univ. di Bologna1999, 2001 JavaOne, Made in Brazil 2003/5, Siggraph2008

  • Analvia Cordeiro, Ver para ler, vdeo para celular, 2009

    Ver para Ler composto por 57 vdeos constituindo uma proposta de alfabetizao atravs de celulares e outros dispositivos mveis. O aluno pode aproveitar as horas perdidas em nibus ou trem, por exemplo, para aprender a ler e escrever.

  • Analvia Cordeiro, M3X3, vdeo, 1973

  • Nascida em Porto Alegre, Brasil (1939) recebeu o grau de Doutora em Arte pela Universidade de So Paulo (1984), onde lecionou desde 1974. Exibiu amplamente sua obra dos anos 60 ao presente, em exposies individuais e coletivas selecionadas no Brasil e no exterior, tendo participado das Bienais de Havana (1984) de So Paulo (1981,1983 e 1998), do Mercosul (2001) e de Taipei (2006). Foi bolsista da Fundao Guggenheim (1991), da Pollock Krasner (1993) e da Fundao Fulbright (1994). Em 2000 recebeu no Brasil o Prmio Sergio Motta para Arte e Tecnologia e em 2009 o Prmio de Artes para a Pintura/Vida e Obra, da Fundao Bunge (2009)

    Regina Silveira,Pronto para Morar, filipeta, 1994

    Pudim arte brasileira, 1977-1988 Pronto para morar, 1994-1998

  • Em 1978, depois da inaugurao da estao S do Metr de So Paulo e da implantao de um Jardim de Esculturas de artistas contemporneos, na praa e nas galerias internas da estao, decid distribuir a receita do Pudim Arte Brasileira (1977) na sada da estao, junto s escadas rolantes. No perodo considerei que esta ao seria uma forma alternativa de dar a conhecer uma arte tambm alternativa- aos usurios do metr, em fluxo permanente , da estao para a praa e vice versa.

    Imprimi umas poucas centenas de fotocpias da receita de Pudim Arte Brasileira, em papel cortado pela metade do tamanho A4 e simplesmente fui at a estao, sozinha, para distribuir o folheto. No fui fotografada e no fotografei- naqueles anos considerava mais importante a distribuio em si, como estratgia para criar um desvio na indiferena do transeunte, uma estranheza na sua percepo, que o registro e a memria da ao.

    Agora, ser preciso acreditar...

    Regina Silveira, Pudim Arte Brasileira, filipeta, 1977

  • Regina Silveira, Pronto para Morar, distribuio de filipetas, 1994

  • Em 1994, a distribuio do folheto Pronto para Morar, foi bem mais planejada e docu-mentada do que a do Pudim Arte Brasileira no metr da S tambm porque a ao no tecido urbano foi proposta como complemento de minha participao na Arte Cidade 2: A Cidade e seus Fluxos, para a qual constru uma instalao de grande porte no antigo Edifcio da Eletropaulo, no centro de So Paulo.

    Pronto para Morar foi criado e organizado como pardia costumeira distribuio de folhetos imobilirios pelos carros parados em semforos fechados. Em meus folhe-tos, impressos em papel acetinado com dobraduras, as plantas labirnticas e impossveis de percorrer estavam sublinhadas por adjetivos como inextricvel, inexcedvel e inexplicvel, entre outros. O formato escolhido, propositalmente similar ao das plan-tas normais de apartamentos venda, deveria apenas surpreender os motoristas, ao colocar uma dvida forte e bem humorada que pudesse contrariar suas expectativas ou suspender a sua indiferena - mesmo que momentaneamente.

    Escolhida a esquina da Rebouas com a Henrique Schaumann como o local da ao, a distribuio foi feita com a colaborao de jovens artistas e alunos da ECA, um grupo numeroso que se caracterizou por vestir uma camiseta com a imagem de uma das plan-tas-labirinto. Em duas horas, em horrio de rush, distribumos cerca de 4 mil folhetos, correndo entre os carros. Depois fizemos uma foto de grupo na mesma esquina e fomos comemorar o feito no vizinho Mac Donalds.

    Jamais soube se esses folhetos tiveram qualquer efeito, se foram guardados ou se todos foram jogados fora. Pelo menos esta ao foi fotografada - pelos prprios participantes- e ficou registrada na documentao e publicaes de Arte Cidade, naquele ano.

    Regina Silveira, maro de 2010

  • a questo, 1987 e 1991Marca-Olho, 1984 - 2010Vinheta-Olho, 1987Olho-adesivo, 1984 - 2010Camiseta-Olho, 1987 - 2010

    Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Artista, escritor, crtico e curador. Trabalha em torno das relaes sociais e interpessoais, desenvolvendo uma abordagem comunicativa para impulsionar a circulao de aes e formas. Com diagramas, desenhos, textos e instalaes cria dispositivos interativos nos quais a experin-cia pessoal e individual dos atores e observadores participantes desempenha papel relevante. Exposies individuais mais recentes incluem sistema-cinema (ccsp), Centro Cultural So Paulo, 2009; e membranosa-entre (NBP), Galeria Luciana Brito, So Paulo (2009). Participou da documenta 12, Kassel (2007); da 7 Bienal do Mercosul (2009); e da 7 Bienal de Xangai (2008). Doutor em Artes pela ECA-USP (2008). Professor do Instituto de Artes UERJ e da Faculdade Santa Marcelina (So Paulo)

    Marca-Olho, 1984 -2010

  • Foi com a marca Olho que participei da exposio Como vai voc, Gerao 80? (Parque Lage, Rio de Janeiro, 1984); na verdade, a marca Olho foi desenvolvida especialmente para este evento, sob a forma de adesivos para serem colados pelo espao da sala e por outros locais do edifcio. Os adesivos estavam tambm disponveis para venda, podendo ser adquiridos (um pacote com dois) pelo pblico visitante: uma forma de estender o trabalho para alm do evento, colocando (literalmente) nas mos dos visitantes possibi-lidades de invaso do trabalho por outros espaos, construindo outras intervenes, num gesto j de certa forma interativo, em que minha autoria compartilhada (processo que continuei atravs do projeto NBP). Colados (ou s vezes pintados) sobre objetos, outras imagens ou elementos arquitetnicos, desenvolvi uma srie de trabalhos nos anos seguin-tes (at aproximadamente 1990), explorando as possibilidades de reprodutibilidade desta marca simples e impregnante. Alm de produzir um efeito de demarcao e antropomor-fizao de objetos e imagens, a marca Olho provoca principalmente uma reversibilidade perceptiva, fazendo com que as coisas, transformadas em agentes e arrancadas sua indiferena, nos observem. Para o olhar humano, cria-se a possibilidade de acesso a uma suposta interioridade do mundo atravs da estratgia de enfatizar a superfcie das coisas, pois o Olho transforma tudo em imagens perceptualmente dinamizadas , em que a marca indica pontos de produo de problemas, de questes (a interioridade afinal revelada como abismo, campo problemtico sem qualquer a priori), como uma ferra-menta de evidenciao e combate homogeneidade e opacidade das coisas. Claro que a mobilizao perceptiva envolvida neste processo da ordem da velocidade, da repetio, impregnao, estampagem e memorizao, abrindo caminho para a subliminaridade pre-sente no projeto NBP: aproximao das estratgias da arte com o campo comunicativo das sociedades de controle . preciso destacar tambm a operao de formao de um campo ptico , em que o envolvimento afetivo do fruidor desempenha um papel funda-mental na construo de seu relacionamento com o trabalho. Decorre desta estratgia de envolvimento a implementao de uma possibilidade de produo discursiva e a que a marca Olho vai sendo progressivamente substituda pelo projeto NBP enquanto modo de articulao visual que procura responder mais eficientemente a esta demanda de um relacionamento variado com a palavra e o conceito.

    [texto adaptado de Ricardo Basbaum, Projeto NBP: algumas pistas de um programa em processo, publicado em Concepes Contemporneas da Arte, Luiz Nazrio e Patrcia Franca (Orgs), Belo Horizonte, Editora UFMG, 2006, pp. 203-232.]

  • a questo, 1991. Stills de vdeo. Documentao de interveno no campus da Unicamp, em 1987, como parte do programa de artista-residente. Aes diversas com a utilizao da marca-Olho

  • c-

    Artista multimdia, professor do Departamento de Artes Plsticas da ECA USP. Tem realizado e participado de inmeras exposies no Brasil e no exterior. Trabalha com arte em rede e instalaes interativas, o coordenador do Grupo Poticas Digitais. Publicou em 2003 pelo Ita Cultural, SP, o livro Arte telemtica: dos intercmbios pontuais aos ambientes virtuais multiusuriohttp://www.cap.eca.usp.br/gilberttohttp://poeticasdigitais.wordpress.com/

    Connect, 1990 - 1992Desluz, 2009, Gilbertto Prado e Grupo Poticas Digitais

    Gilbertto Prado e Grupo Poticas Digitais, Desluz, 2009

    No espao expositivo, o trabalho consiste em um cubo de Leds transparentes que emitem luz infravermelha, e caixas de som, que respondem simultaneamente ao fluxo de passantes, em um outro lugar, regio de casas de luz vermelha, como atrator, dissimulando um velado jogo de seduo. A movimentao do fluxo dos passantes na rea da luz vermelha ser capturada por uma cmera localizada no alto de um edifcio, registrando uma viso de topo da rea, uma rede, uma malha, que esquadrinha um espao e um fluxo de passantes. As informaes adquiridas alimentaro simultaneamente o sistema instalado na exposio. Este sistema composto por um cubo de Leds que emitem luz infravermelha; uma placa arduno que ser a responsvel para a relao entre dados analgicos e digitais; e dois computadores que processaro e gerenciaro os dados. Desta forma, os fluxos captados pela cmera externa iro acendendo e apagando as luzes do cubo da exposio, gerando movimentos e fluxos luminosos. Este processo ser dinmico, simultneo e em tempo real. Enquanto isso, no espao expositivo nada se v ou escuta, mas o corpo percebe essas outras freqncias. As lmpadas aparentemente continuam transparentes e sem brilho e as caixas de som sem emitirem sons audveis aos humanos. As luzes dos Leds do cubo no esto no espectro visvel de nossa viso mas podero ser vistas atravs das cmeras dos ce-lulares. Desta forma o visitante passar a enxergar toda uma nuvem de movimentaes, que representam o fluxo de passantes nas reas capturadas pela cmera remotamente e transmitidas em tempo real.

    Grupo Poticas Digitais (Gilbertto Prado, Silvia Laurentiz, Andrei Thomaz, Rodolfo Leo, Maurcio Taveira, Srgio Bonilha, Luciana Ka-wassaki, Claudio Bueno, Clarissa Ribeiro, Claudia Sandoval, Tatiana Travisani, Lucila Meirelles, Agnus Valente, Nardo Germano, Daniel Ferreira e Luis Bueno Geraldo)

  • O projeto Connect, foi iniciado em 1990, e permitia a pessoas locali-zadas em diferentes locais do planeta realizar simultaneamente um trabalho artstico comum. Em cada local os participantes deveriam estar equipados com dois fax: um para emisso (E) e outro pra a re-cepo (R) de forma que assim que o papel saia de (R) era encaixado diretamente em (E), sem ser cortado da bobina. Dessa maneira toda recepo se tornava imediatamente emisso e as imagens se sobre-punham e se sucediam numa nica e longa pgina encadeada em tempo real. Os participantes trabalhavam simultaneamente sobre o papel em movimento que circulava nas diferentes localidades pro-duzindo um trabalho nico e partilhado numa relao/ao direta e integrada. Uma curva imaginria, interativa e efmera ia se dese-nhando atravs da rede artstica de comunicao.Connect um dispositivo de conexo original e acrescenta uma di-menso potica e de performance aos aparelhos fax. O crculo do pa-pel em loop suspende o tempo e o espao ordinrios, em um trajeto circular semelhante a um lao que se lana no vazio distante e ina-cessvel, realizando um mergulho, se rematerializando e finalmente retornando situao inicial.Os trabalhos desse projeto foram apresentados na exposio La Fa-brique do Grupo Art-Rseaux, na Galerie Bernanos, em Paris, em abril de 1992. Os trabalhos foram dispostos em um s rolo formando um loop de 35 metros de comprimento, fixo no teto entre as estru-turas de iluminao, cujo papel fotossensvel ia clareando durante a mostra, apagando a memria dos traos inscritos at retornar sua cor branca de origem.

    Gilbertto Prado

  • Circuito Kinotrem: Percurso, Rede e Unidade Mvel, 1997Puxadinho, 2010

    Lucas Bambozzi trabalha em mdias como vdeo, filme, instalao, obras site-specific, performances audiovisuais e projetos interativos. Seus trabalhos j foram mostrados em mais de 40 pases. Conduziu atividades pioneiras em arte e Internet no Brasil entre 1995 e 1999 na Casa das Rosas. Foi curador do Snar SP (2004) e Life Goes Mobile (2004-2005) e um dos criadores do Arte.mov Fest. de Arte em Mdias Mveis (2006-2010). Foi artista residente no CAiiA-STAR Centre/i-DAT e concluiu seu MPhil na Universidade de Plymouth, Inglaterra. Dedica-se explorao crtica de novos formatos de mdia in-dependente

  • O projeto Kinotrem aconteceu junto ao Arte/Cidade em 1997 como um conjunto de mdulos que tinham como ob-jetivo promover a comunicao entre os vrios espaos da terceira edio do evento idealizado por Nelson Brissac. Planejado ao longo de dois anos, teve como ponto de partida a experincia do kinotrem desenvolvido na Unio Sovi-tica entre os anos de 1931 e 1933. Mas um projeto envolvendo tecnologias atuais, teria que incorporar linguagens e tecnologias de vdeo em tempo real - vigentes em 1997, num mundo ainda sem banda larga.

    Assim foi criado um circuito conectando espaos para alm do Arte/Cidade, envolvendo aes diversas: um link duplo de transmisso simultnea, carrinhos oferecendo videoarte a la carte, cmeras portteis VHS disponveis para os visitantes, registros de annimos, parcerias com os artistas participantes, projees no espao expositivo e intervenes nos bairros vizinhos. Tratamos de dar conta de vrios elementos: o universo temtico e esttico presente do cinema russo dos anos 20 e 30; a transposio da realidade para as telas que inaugurava um cinema documental com base numa linguagem sensorial; a explorao dos tnues limites entre atividades artsticas, de comunicao e de embate social. Esses elementos nos permitiram revisitar um pouco do perodo industrial que flo-resceu em So Paulo em torno do fluxo ferrovirio, fazendo convergir o contexto do incio do sculo com a condio da regio habitada pelo Arte/Cidade, envolvendo os anacronismos e incmodos presentes.

    Cerca de dois anos de discusses intensas foram lanados s ruas. A equipe traou travellings por avenidas, muros, cercas, pontes, vias engarrafadas. Registrou construes fabrs, casares nobres e antigos edifcios transformados em hotis e percorreu barracas de ambulantes sem fim. Visitou igrejas, sinagogas, galpes desativados e de escolas de samba. A realidade social imaginada a partir de mapas e plantas areas se confirmou em botecos escuros, co-mrcio informal, trnsito catico, atividades lcitas e nem tanto. Enfim, havia a perspectiva de se contar a histria de So Paulo por uma psicogeografia de seus hiatos. Em todos esses lugares registrou-se vida intensa e inquieta. Curiosa, dspar e dura, porm disposta a falar e confirmar verdades que o cinema mudo do Kinotrem russo de Ale-xsander Medvedkin, centrado na realidade social, sempre almejou.

    Experimentado o registro mais informativo e documental, constatou-se logo a necessidade de um circuito que se distanciasse de qualquer assepsia, algo raro na regio. A adoo de um sistema de transmisso ao vivo incorporaria acasos e animosidades entre habitantes da regio Luz - gua Branca - Barra Funda e os curiosos visitantes do Arte/Cidade. Tecnologia presente na vida cotidiana da TV mas muito pouco subvertida em termos de controle da infor-mao, o link ao vivo proporcionou um pouco de tudo - exatamente como nos chats promovidos na virtualidade da Internet. Produziu-se um curioso espelho, um periscpio eletrnico para alm dos muros da estao Matarazzo, com visibilidade descentralizada para a vida real de grafiteiros, legies suburbanas, trabalhadores, religiosos, desempregados, cantores, casais, drag-queens, pais de famlia, comunicadores e artistas.

    A partir da contraposio desse universo com imagens previamente elaboradas e de carter informativo, especta-dores sem preconceitos com relao confluncia entre imagens e o mundo catico que nos rodeia, puderam se impregnar um pouco das intenes do Kinotrem paulista. Em sua complexa tarefa de diminuir distncias e promo-ver integraes, os conceitos se complementaram a partir das atividades dos demais mdulos e projetos paralelos. Juntos, constatamos o quanto a atualidade da imagem da cidade no possvel sem a desordem causada pelo elemento humano que a habita de fato. Lucas Bambozzi

    Ficha tcnica: Concepo original do projeto: Lucas Bambozzi, Eliane Caff e Renato Barbieri; Coordenao geral: Lucas Bambo-zzi; Direo: Eliane Caff, Fabiano Gullane, Lucas Bambozzi; Direo dos vdeos: Fabiano Gullane; Coordenao de produo: Caio Gullane; Direo de Arte: Lucia Koch; Corte e edio em tempo real: Jefferson De; Intervenes e mediaes: Lucila Meirelles, Pedro Guimares; Produo: Andr Montenegro, Rui Pires; Pesquisa Histrica: Patricia Trevelyan, Joo Cludio de Sena; Pesquisa e Assistncia de Direo: Patricia Trevelyan, Eduardo Abad; Realizao: Diphusa Mdia Ditial e Arte, SESC, Arte/Cidade.

  • Puxadinho consiste em uma pequena casa de alvenaria, construda na fachada frontal da galeria Luciana Brito. Imagens em uma tela de LCD colocada frontalmente mostram portas e superfcies fechadas sendo foradas de dentro para fora, como se algum estivesse tentando abrir esses ambientes fechados. As imagens e o som (abafado e contido) vindos de dentro da pequena casa abordam um embate entre esferas pblicas e privadas, atravs de uma situa-o emblemtica, que anseia em ocupar um espao externo.

  • Formou-se em Artes Plsticas na FAAP (SP), em 1983. Entre 1988 e 1991, freqentou curso de ps-graduao em multimdia na cole des Beaux Arts de Genebra (Sua). Seu pro-jeto TOURS DU MONDE foi apresentado no Museu de Arte de So Paulo MASP (1987) e na Galerie Care Off (Genebra), estando 7/R3 TOUR DE SO PAULO presente na 20a Bienal In-ternacional de So Paulo (1989). Entre outras intervenes urbanas, performances, vdeo-instalaes e web art, destacam-se FITEIRO CULTURAL, apresentado desde 1998 no Brasil e no exterior, integrando a 8a Bienal de Havana (2003). Em 2003 realiza a interveno urbana AUTO PSI em So Paulo e em 2008 o CONCURSO DE BELEZA INTERIOR PARA UM PIC-NIC ANTROPOFGICO em Genebra. Desde 2007 desenvolve a sua obra FITEIRO CULTURAL EM SECOND LIFE

    Fiteiro Cultural no Second Life, 2007 - 2010Tree Dance in Second Life, 2009

  • O FITEIRO CULTURAL, concebido em 1998, uma obra de Arte Pblica e Contextual. No norte do Brasil, fiteiro significa quiosque ou barraca de rua. Ele oferece merca-dorias especficas a cada comunidade. Me inspirando des-se modelo, eu assim realizei um Fiteiro dedicado a todas as formas de cultura. uma estrutura nmade posta disposio de artistas. um no lugar que, para existir, depende da comunidade onde est implantado.A descoberta do outro o ponto central da obra. uma escultura social. Segundo os desejos e necessidades de uma comunidade, o FITEIRO CULTURAL pode se transfor-mar em atelier, centro de espetculos ou de exposies, cena de teatro, lugar de debates, ou em espao de repou-so e de reflexo. uma obra em constante mutao: sem comeo nem fim, sem evoluo, nem forma ideal. Seu nome foi traduzido em vrias lnguas segundo as cidades onde passou: Joo Pessoa em 1998, Atenas, Sion e New York em 2002, Hava-na e Erevan em 2003, Lisboa e So Paulo em 2004, Nyon e Larissa em 2005, Dunkerque e So Paulo em 2006, Milo e Genebra em 2007 e Bienne em 2009. Entre os artistas participantes, contou com intervenses de: Marina Abra-movic, Pablo Leon de La Barra, Fabrice Gygi, Edson Bar-rus, Roberto Diago, Betsabe Romero e Marcelo Maloberti. E os curadores: Antonio Zaya, Carlos Basualdo e Adelina von Furstemberg.

    FITEIRO CULTURAL SECOND LIFE E A CASA MILLAGROSAEm 2007, no jogo interativo Second Life, eu criei a ilha Casa Millagrosa. Especialmente concebida para abrigar o FITEIRO CULTURAL SECOND LIFE e acolher diversas reali-zaes de artistas. A ilha rapidamente se transformou em lugar de criao, reunindo uma comunidade de artistas e utilizadores do jogo interativo. Todas as obras esto expostas no terreno da ilha e o visitante pode interagir com cada uma delas.A ilha do FITEIRO SL se tornou um laboratrio de novas experincias em multimdias, onde para cada obra cria-mos e desenvolvemos scripts e designers originais. Entre os artistas que participam do projeto esto: Chris Marker, Miltos Manetas, Gianni Motti, Angelo Plessas, DJ Digital Francis, Jrome Leuba e Maria Papadimitriou. A comu-nidade de artistas trabalha em conjunto em constante interao. Criamos assim um Drive-in onde podemos se-lecionar e programar sesses de filmes e vdeos. Atual-mente estamos mostrando um filme realizado em Second Life por Michel Favre: A VA ? (remake do filme de J.-L. Godard One + One).A ilha FITEIRO SL um espao virtual privilegiado para criar eventos: happenings, performances, debates, fes-tas, concertos com Djs e Vjs LIVE, etc. Tambm temos ex-perimentado a criao de eventos sincronizados em Real Life e Second Life. A obra de arte pblica e contextual FITEIRO CULTURAL SL j participou de vrias exposies tais como o Festival Multiplicidade no Oi Futuro do Rio de Janeiro em 2008, Mapping Festival de Genebra em 2008 e 2009, U_TOPICS de Bienne (Trienal de Internacional de Escultura) e Bienal do Mercosul de Porto Alegre em 2009.

  • TREE DANCE in Second Life, criado em 2009, um vdeo baseado no filme mtico TREE DANCE de 1971 do artista americano Gordon Matta-Clark. Segundo Chris Marker, o Second Life um espao onde depositamos imagens das nossas verdadeiras vidas, as imagens mais importantes, aquela que necessrio para ns salvar, uma ilha isola-da onde levamos as imagens as quais necessitamos para sobreviver.Quando tnhamos o plano de recriar TREE DANCE no Second Life, a minha intuio era de no somente salvar imagens, mas tambm aes e percepes de si prprio, ligadas questo de repartir com o outro, do coletivo e da solidariedade humana, tudo que contribui para desenvolver uma personalidade original. l que localizo o corao do filme de Matta-Clark: o que to raro atualmente no nosso planeta e que quero empreender na minha ilha em uma segunda vida. Todos os habitantes e os participantes da ilha do Fiteiro Cultural em Second Life colaboraram neste filme.

    Fabiana de Barros

  • ana paula lobobruno fariacludio buenodenise agassiesqueleto coletivopaula garcia

  • Artista Multimdia, vive e trabalha em So Paulo. Formou-se em Licenciatura Plena em Artes Plsticas pela Fundao Armando Alvares Penteado, FAAP em 1997. Principais exposies coletivas: Exposies Coletivas: [das imagens s coisas], Escola So Paulo, 2009; Trip, Sesc Pompia, 2008; III Mostra de V-deos, Faculdade Santa Marcelina, 2007; TINTA, Galeria Leme, S2006. Estrela do Pari Futebol Clube, 2005; 6 Premio Revelao de Artes Plsticas de Ame-ricana, 2003; Exposio Coletiva Red Bull Music Academy, 2002; 28 Salo de Santo Andr, 2000

    Ana Paula Lobo, Videoparafazer, 2010

    vdeo para fazer, 2009-2010

    Videoparafazer um videoblog especialmente concebido para integrar a exposi-o galeria expandida. Embora a exposio acontea no perodo em abril de 2010, o blog j existe desde maio de 2009. A sua construo busca, por meio de ampla rede de relacionamentos, receber e armazenar vdeos celulares com contedos diversos. Refletindo sobre o contedo gil e breve proveniente da mobilidade ce-lular, o blog pretende elaborar a partir do conjunto de vdeos recebidos no uma seqncia linear mais uma narrativa interativa.

    Videoparafazer prope que a autoria do vdeo final, assim como os vdeos que j esto inseridos na rede, seja compartilhada. Embora exista um agenciador de toda a experincia, para que o trabalho se concretize a presena do espectador/participante importante. O espectador, que j havia sido deslocado das salas de cinema para experincias imersivas em videoinstalaes, mas uma vez alertado no s para receber as imagens sob o formato da internet mais de forma interati-va a participar do trabalho.

    A divulgao e tambm o convite para compartilhar Videoparafazer foi e tambm continua sendo feita pela internet. Durante todo o perodo expositivo e aps o seu trmino, o blog ser alimentado com msica, vdeos e textos que acredito serem importantes para a elaborao deste trabalho.

    http://videoparafazer.blogspot.com

    Ana Paula Lobo, 2010

  • Nasceu em Recife-PE atualmente mora em Paris na Cit Internationale des Arts. Formado em artes plsticas pela FAAP, seus trabalhos so desenvolvidos em diferentes mdias: desenho, escultura, performance, instalao, interveno, fotografia e refletem sobre o lugar que o homem vive e suas relaes com o espao, arquitetura, narrativas de fico e a prpria arte. Participou de importantes exposies como: Bolsa Pampulha III edio, Rumos Ita Cultural, Videobrasil, X Bienal de Santos, Prmio Fiat Mostra Brasil. Em agos-to de 2010, ir participar de uma residncia artstica no Hangar em Barcelona, Espanha, como prmio concedido pela sua exposio individual Osis no Centro Cultural So Paulo

    Point de vue, 2010

  • O projeto Ponto de Vista pretende criar um canal de comunicao desterritorializado entre a ao de participantes localizados em Paris e o espao da Luciana Brito Galeria em So Paulo. Durante o perodo da exposio, transeuntes de espaos pblicos em Paris sero convidados pelo artista a desenvolver desenhos de observao da paisagem, do ponto de vista de onde estiverem como praas, parques, etc. Esses desenhos sero posteriormente enviados galeria atravs de um aparelho de fax e estaro dispostos numa parede da galeria. Dessa forma, constitui-se um trabalho work in progress em que o desenho/gesto do artista eliminado e solicitado por ele a outro atravs de uma proposio artstica.

  • Bruno Faria, Point de Vue, desenhos de transeuntes enviados atravs de fax, 2010

  • Foto: Isabela Matheus

  • Artista, mestrando em Artes Visuais na ECA-USP. Em 2009, foi residente do LabMIS, ganhou o Ru-mos de Arte Ciberntica do Ita Cultural e foi indicado ao Prmio Srgio Motta. Junto ao grupo LAT-23, participou do Transitio_MX no Mxico, da mostra Connecting Urban Spaces nas Filipinas e ganhou o Rumos de Webdocumentrio. Exibiu seus trabalhos nas exposies Grau Zero no Pao das Artes, Demasiada Presena e 2346 na Escola So Paulo, Red Bull House of Art, Mobilefest e 48h de ocupao no MARP. A fim de investigar as questes de espao no contemporneo, seus trabalhos utilizam os meios de transmisso e as interfaces fsicas e digitaishttp://buenozdiaz.net

    Casa Aberta #3, 2009

    Neste projeto, o artista transmite sua sala via webcam e permite que as pessoas liguem, desliguem ou troquem os canais de sua TV com uma chamada de celular para um dos nmeros disponveis no espao. A interao possvel gratuitamente com o celular de qualquer pessoa, de qualquer lugar. Durante a exposio dispo-nibilizado tambm o endereo de acesso ao trabalho online via justin.tv/casaaberta. O trabalho trata de questes relacionadas s presenas, ou ausncia delas. Dos espaos pblicos e privados borrados, acessveis. Da utilizao crtica de novos dispositivos e das transmisses. Seu dilogo com Glory Hole colocado neste catlogo, relaciona-se principalmente com a idia do buraco aber-to pelas transmisses, que atravessam espaos privados e oscilam entre o glorioso e o perverso. a presena do outro estranho, da surpresa do desconhecido. O termo Glory Hole deslocado de seu contexto original (tipicamente sexual), produzindo um novo discurso.

    Claudio Bueno

    Claudio Bueno, Casa Aberta #3, 2009

    Para intervir na casa do artista, disque os nmeros abaixo:Para ligar e desligar a TV: (11) 8876 6054

    Para trocar os canais da TV: (11) 8557 3827Na internet: http://justin.tv/casaaberta

  • Artista multimdia, atua no campo da fotografia, videoarte e net art. Dou-toranda em Comunicao e Semitica pela PUC-SP. Mestre em Artes Visuais pela FASM (2007/2009). Bacharel em Artes Plsticas, graduada pela FAAP (1997/2001). Participa do grupo de pesquisa arte&meios tecnolgicos (CNPq/FASM), formado em 2007 e do grupo de remapeamento urbano Lat-23, for-mado em 2008. Em 2010, selecionada como artista residente do LABMIS. Em 2009, realizou a exposio individual Olhares Ampliados, no SESC Vila Maria-na, participou da exposio coletiva Demasiada Presena, na Escola So Paulo e do FILE Festival Internacional de Linguagem Eletrnica

    Passageiro, 2007 - 2010

  • Este vdeo documenta uma paisagem captada de dentro da janela de um nibus, num momento em que havia um inseto pousado no lado externo do vidro. A exibio do trabalho acontece em TVs que existem nos nibus de transporte pblico das cidades de So Paulo, Braslia, Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife e Belo Horizonte. Esta exibio apoiada pela empresa de comunicao BUSTV. O vdeo apresentado de forma intercalada programao, sem udio, vinheta ou qualquer crdito sobre o au-tor e a exposio. Ao integrar-se ao espao do nibus, a obra cria um ambiente instalativo que estabelece relaes entre o movi-mento do veculo, a imagem exibida e a posio esttica do obser-vador. Com isso, o trabalho promove a aproximao e um dilogo no hierrquico entre a arte e o pblico. A apresentao nos meios de comunicao de massa cria uma dilatao do circuito onde uma videoarte exibida, criando ainda uma alternativa programao que normalmente veiculada. Como desdobramento do trabalho, Passageiro enviado para os celulares do pblico visitante da ga-leria via bluetooth, para estabelecer um dilogo entre o vdeo e a mobilidade do celular. No catlogo, o itinerrio da linha 500 da cidade de So Paulo ilustrado substituindo os nomes das ruas por frases encontradas na internet, via sites de busca, que se relacio-nam a elas. Por fim, no site da artista (http://www.deniseagassi.net/passageiro), h uma srie de vdeos captados no transporte pblico onde Passageiro foi veiculado, documentando situaes cotidianas.

    Denise Agassi

  • Conscience patrocina a exposio galeria expandida quando ser lanado o primeiro produto da linha, o Eau de Conscience, para uso pessoal. A linha de produtos consiste no desenvolvimento de Conscience, o primeiro limpador de conscincia. Conscience - lqui-do aromatizado em embalagem borrifadora - pode ser aplicado sobre pessoas, objetos e ambientes com a finalidade de atuar sobre alguns dos sintomas contemporneos de mal-estar como culpa, depresso, angstia, insatisfao e medo.

    Conscience - Limpador de Conscincia, 2010

    Formado em 2003, o Esqueleto Coletivo afirma uma postura crtica e bem humorada em relao s ques-tes urbanas. A ocupao dos espaos pblicos cada vez mais privatizados, a convivncia e a dificuldade do encontro nesses espaos, so temas que nos movem a agir. Para ns poltica pode ser potica, e vice-versa. Realizamos aes, interaes e interferncias, em espaos pblicos ou no, fsicos ou virtuais. So performances em grupo, happenings e exposies, que utilizam suportes e meios como lambelambe, sticker, stencil, fotografia, vdeo-projeo, animao e arte digital. O Esqueleto Coletivo David Santos, Eduardo Verderame, Luciana Costa, Mariana Cavalcante e Rodrigo Barbosa

  • Mestre em Artes Visuais pela FASM-SP e bacharel em Artes Plsticas pela FAAP. Pesqui-sadora do grupo arte&meios tecnolgicos (CNPq/FASM). Suas pesquisas e experincias artsticas enfocam a performance e o vdeo. Exposies: Variao na Escola So Paulo - Projeto Encontros com Arte (2009); Projeto Trip / Vdeo no SESC Pompeia (2008); Virada Cultural no SESC 24 de Maio (2008); coletiva Mostravideo no Ita Cultural de BH e PA, Escola So Paulo - SP (2007); mostra Vorazes, grotescos e malvados, no Pao das Artes -SP (2005)http://paulagarcia.net/

    #5 (da srie Corpo Rudo), fotografia, 2008#1 (da srie Corpo Rudo), performance, 2010

    O trabalho #5 (da srie Corpo Rudo) partiu de uma pesquisa que tenho desenvolvido com ms de neodmio e retalhos de ferros recolhidos em serralheria. Com esses materiais co-mecei a propor situaes em que meu corpo ficaria parcialmente entrevado, em decorrn-cia principalmente do peso dos ferros que estavam colados ao meu corpo. Os ms colam os ferros no corpo sem deixar resduos atravs da fora do magnetismo. O magnetismo, alis, est presente de vrias maneiras em nosso cotidiano, pelas ondas eletromagnticas como as encontradas nos aparelhos de som e nos transportes. Os ims em meu trabalho so elementos para discutir foras, no s subjetivas mas tambm sociais, que atuam para a consolidao de um sistema de poder que molda corpos, sentimentos, subjetividades, ver-dades etc. E o que se v, na verdade, so corpos em desmontagem, em desmoronamento. Em ltima instncia, o que proponho em minhas aes performticas um uso do meu cor-po como suporte material sobre o qual as formas de conflito se inscrevem. Essa perfor-mance foi realizada em estdio e fotografada com cmera de mdio formato, uma vez que me interessava a alta qualidade da imagem final, configurada como uma imagem realista em face do universo das imagens da publicidade. As imagens de alta definio produzidas pela mdia empenham-se em apresentar algo prximo da perfeio. Para colocar isso em xeque, minha idia era construir uma imagem hiper-realista com um corpo que contivesse uma brutalidade fetichista.

  • Paula Garcia, #1 (da srie Corpo Rudo), performance, 2010

    O trabalho #1 (da srie Corpo Rudo) lida com foras em conflito entre peso e leveza trazidas pelos ferros e tambm pelo campo magntico. Trata-se de uma performance sonora em que os rudos so o resultado das quedas dos pe-daos de ferros que, pouco a pouco, descolam de meu corpo; corpo este que est submetido intensidade, ao peso. O corpo coberto por retalhos de ferros conduz ao enfrentamento do peso e do campo magntico, mas tambm pro-duz uma noo de espera, de um tempo morto, metaforicamente simbolizado pela onda de peso de intensidade sobre meu corpo. Ou seja, interessa-me provocar um espao de processamento onde consiga trazer a noo de espera para quem est interagindo com o trabalho. Nesse sentido, os ferros quando se descolam do corpo promovem uma sensao de mudana de estado, ou seja, como se o corpo, naquele momento da queda dos ferros, conseguisse sair de sua inrcia. H, portanto, tambm, um movimento de reteno e de expulso de estados fsicos e subjetivos por meio das foras eletromagnticas.

    Paula Garcia

  • Eixo Histrico

    Analvia CordeiroTtulo: M3X3Ano de produo: 1973 Mdia de exibio: projetorMdia de veiculao: exibido em agosto de 1973 no Programa Primei-ro Plano na TV CulturaDados tcnicos : gravao original em vdeo (U-Matic, 949)Produo: TV Cultura de So Paulo e Centro de Computao da Uni-versidade Estadual de Campinas

    Ttulo: Ver para LerCo-autoria: Eleonora Sampaio CaselatoAno de produo: 2009Mdia de exibio: dvdMdia de veiculao: telefonia celularDados tcnicos : 57 vdeos em HD, 1h55

    Fabiana de BarrosTtulo: Fiteiro Cultural no Second LifeAno de produo: 2007-2010Mdia de exibio: projetorMdia de veiculao: Second LifeDados tcnicos : Ambiente virtual multiusurio online

    Ttulo: Tree Dance in Second LifeColaborao: Rogerio Mainardi e Michel FavreAno de produo: 2009Mdia de exibio: vdeoDados tcnicos: Ambiente virtual multiusurio online

    Gilbertto Prado Ttulo: ConnectAno de produo: 1990-1992Mdia de exibio: Fotografias e arquivos em papel do projetoMdia de veiculao: rede contnua de faxDados tcnicos: fax

    Ttulo: DesluzCo-autoria: Grupo Poticas Digitais (Gilbertto Prado, Silvia Lauren-tiz, Andrei Thomaz, Rodolfo Leo, Maurcio Taveira, Srgio Bonilha, Luciana Kawassaki, Claudio Bueno, Clarissa Ribeiro, Claudia Sando-val, Tatiana Travisani, Lucila Meirelles, Agnus Valente, Nardo Germa-no, Daniel Ferreira e Luis Bueno Geraldo)Ano de produo: 2009 Mdia de exibio: internet, computador, fotodiodos, placa Arduino, componentes eletrnicos, alto-falantes e Software em ProcessingDados tcnicos: No espao expositivo: internet, computador, fo-todiodos, placa Arduino, componentes eletrnicos, alto-falantes e Software em Processing. Fora do espao: webcam, computador, in-ternet e software em Processsing

    Lucas BambozziTtulo: Circuito Kinotrem: Percurso, Rede e Unidade MvelCo-autoria: Eliane Caff, Renato Barbieri, Fabiano GullaneAno de produo: 1997Mdia disponibilizada: VHSMdia de veiculao: transmisses ao vivo ao longo de 14 dias entre a unidade mvel (Kinokombi) e o circuito de exibio controlado por VJ, formado por monitores e projees nas Indstrias Matarazzo durante o Arte/Cidade III, 1997

    Dados tcnicos: Memria do circuito bidirecional de emisso e re-cepo de vdeo em tempo real entre os bairros Bom Retiro, gua Branca, Freguesia do , Barra Funda, Luz e LapaMaterial: cerca de 180 fitas VHS originais do registro das transmis-ses ao longo de 14 dias entre a unidade mvel (Kinokombi) e o circuito de exibio. Vdeos de curta durao e cenas de arquivo ligadas ao universo do trem e da histria da cidade se alternam com o material ao vivo

    Ttulo: PuxadinhoAno de produo: 2010Mdia de exibio: DVD, tela LCD e construo em alvenaria

    Regina SilveiraTtulo: Pudim arte brasileiraAno de produo: 1977-1988Mdia de exibio: filipetaMdia de veiculao: Panfletagem em 1977Dados tcnicos : Pudim arte brasileira panfleto, 21x29cm 1977 Pudim arte brasileira, depoimento pessoal escrito e em vdeo Pudim arte brasileira gravura da srie Jogos de Arte 1977/1988 59,5 x 49,5cm

    Ttulo: Pronto para morarAno de produo: 1994-1998 Mdia de exibio: fotografia, serigrafia e sobrevidrado sobre azu-lejo Mdia de veiculao: panfletagem em 1994Dados tcnicos : registro fotgrfico 9 fotos 21 x 29cm 1994/2010 (trs colunas com trs fotos cada), serigrafia e sobrevidrado sobre azulejo, 30x30cms 1998 (duas peas na parede, uma sobre a outra) Ricardo BasbaumTtulo: a questoAno de produo: 1987 e 1991Gravaes originais: 1987Finalizao: 1991Mdia de exibio: projetorMdia de veiculao: vdeoDados tcnicos : 10 53, gravao original em VHS e U-MaticProduo: Unicamp (Campinas) e Antev (Rio de Janeiro)

    Ttulo: marca-Olho e vinheta-Olho marca-OlhoAno de produo: 2010Dados tcnicos : vinil adesivo, udiovinheta-OlhoAno de produo: 1987composio: Srgio Basbaumvoz: N Ozettiteclados: Maurcio Gaetanigravado originalmente em 1987

    Ttulo: Olho-adesivoAno de produo: 1984-2010Dados tcnicos : mltiplo em tiragem abertaEdio 2010: 1.000 exemplares

    Ttulo: camiseta-Olho Ano de produo: 1987Dados tcnicos : mltiplo em tiragem abertaEdio 2010: 100 exemplares

    galeria expandida - lista de artistas/obras

  • EIxo Novas Vertentes

    Ana Paula Lobo Ttulo: VideoparafazerAno de produo: 2009-2010 Mdia de exibio: blog (computador e internet)Mdia de veiculao: blog e internet (redes sociais)Dados tcnicos: vdeo celular/vdeoblog([email protected]/ http://videoparafazer.blogspot.com/)

    Bruno FariaTtulo: Point de vueAno de produo: 2010Mdia de exibio: desenhos em papel, fax Mdia de veiculao: faxDados tcnicos: desenhos enviados por fax de Paris para So Paulo

    Claudio Bueno Ttulo: Casa Aberta #3Ano de produo: 2009Mdia de exibio: monitor e internetMdia de veiculao: internetDados tcnicos : televiso, monitor, internet, webcam, aparelhos celulares, computadores.

    Denise AgassiTtulo: PassageiroAno de produo: 2007-2010Mdia de exibio: Exibio de videoarte nas TVs dos nibus de So Paulo, Braslia, Salvador, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Fortaleza, Re-cife e Belo Horizonte.Mdia de veiculao: TVBUSDados tcnicos: loop 33 Apoio: BusTV e Arte.mov

    Esqueleto ColetivoTtulo: Conscience - Limpador de conscinciaAno de produo: 2010Mdia de exibio: stand publicitrioMdia de veiculao: campanha publicitria virtual e co-patrocnio da exposioDados tcnicos: stand publicitrio de produto fantasia

    Paula GarciaTtulo: #1 (da srie Corpo Rudo - performance)Colaboradores: Haroldo Alves (confeco da estrutura para o corpo), Joacyr Salles Barros (ao na performance de colar os ferros), Iano Ahmed (ao na performance de colar os ferros) e Danilo Arajo (som). Ano de produo: 2010Mdia de exibio: performanceDados tcnicos: performance, 1h

    Ttulo: #5 (da srie Corpo Rudo)Colaborador/Fotgrafo: Marcos Cimardi Ano de produo: 2008Mdia de exibio: fotografiaDados tcnicos: Fotografia, 190 cm x 120 cm

  • Christine MelloCrtica de arte e professora de teoria e histria da arte do Mestrado em Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina e da FAAP-Artes Plsticas. Integrou a equipe curatorial do programa Rumos Ita Cultural Artes Visuais 2008-2009 e publicou Extremidades do vdeo (Editora Senac, 2008). Com ps-doutorado em Artes Plsticas pela Escola de Comunicaes e Artes da Universidade de So Paulo (ECA-USP), doutora e mestre em Comunicao e Semitica pela PUC-SP. Coordena o Grupo de Pesquisa arte&meios tecnolgicos (CNPq/FASM). Seus projetos curatoriais incluem a Representao Brasileira de Net Art da 25. Bienal Internacional de So Paulo (2002), assim como exposies em museus, galerias e festivais tanto brasileiros quanto internacionais. Suas mais recentes curadorias so Demasiada Presena (Escola So Paulo) e Espao em relao: fluidez e simultaneidade (Museu de Arte Moderna da Bahia), realizadas em 2009

    Ananda CarvalhoPesquisadora, curadora e crtica de arte. Mestre em Comunicao e Semitica pela PUC-SP e especialista em Criao de Imagem e Som pelo SENAC-SP. Foi curadora da exposio [das imagens s coisas], Escola So Paulo, 2009. Escreve textos crticos para o Canal Contemporneo e para exposies realizadas no SESC-SP. Pesquisadora do grupo arte&meios tecnolgicos (CNPq / FASM) desde 2007. Foi responsvel pela coordenao dos relatos do III Simpsio Internacional de Arte Contempornea do Pao das Artes. Integrou a equipe editorial do Canal Contemporneo e desde agosto de 2009 editora dos sites do Museu da Imagem e do Som e do Pao das Artes

    Paula GarciaArtista e pesquisadora mestre em Artes Visuais pela FASM-SP e bacharel em Artes Plsticas pela FAAP. Pesquisadora do grupo arte&meios tec-nolgicos (CNPq/FASM). Suas pesquisas e experincias artsticas enfocam o vdeo e a performance. Principais exposies: Variao na Escola So Paulo - Projeto Encontros com Arte (2009); Projeto Trip / Vdeo no SESC Pompeia (2008); Virada Cultural no SESC 24 de Maio (2008); coletiva Mostravideo no Ita Cultural de BH e PA, Escola So Paulo - SP (2007); mostra Vorazes, grotescos e malvados, no Pao das Artes -SP (2005). Atualmente coordena os projetos de Arte Visuais do Centro Cultural da Espanha - AECID em So Paulo

    Curadoria: Christine MelloAssistentes de curadoria: Ananda Carvalho e Paula Garcia

    Estagiria de curadoria e monitora: Tamara CirlinasProduo/Coordenao de montagem: Danilo ArajoComunicao: Alice Ferraz ComunicaoProjeto grfico e diagramao: Eduardo Verderame e Manuela Eichner

    [catlogo-jornal impresso pela Printon Grfica e Editoracapa em kraft natural 140g/m e miolo em jornal 48g/mcomposto em Impact e Trebuchet MS]

    Luciana Brito GaleriaDiretora: Luciana BritoEquipe: Antonio Vitorino dos Santos, Deborah Alves Moreira, Felipe B. S. Romano, Francisco das Chagas Peixoto, Joyce Bisca, Luciano Cavalcante, Maria Rita Lovro, Mirella Rabinowicz, Renata Caio

    Rua Gomes de Carvalho, 84204547 003 So Paulo Brasilwww.lucianabritogaleria.com.brt [5511] 3842 0634 / 0635

  • galeria expandidaprogramao

    depoimentossob a coordenao de Christine Mello quartas-feiras: 07/04 e 14/04

    07/04 11hs: Analvia Cordeiro14hs: Regina Silveira16hs: Fabiana de Barros 14/0411hs: Ricardo Basbaum14hs: Lucas Bambozzi 16hs: Gilbertto Prado

    performances e debates sob a coordenao de Paula Garcia

    Segunda-feira, 05/04 abertura da exposioPerformances de Esqueleto Coletivo e Paula Garcia s 19h30

    Sbado, 10/04Performance de Fabiana de Barros s 12hs seguida de debate galeria expandida: relaes histricasAndr Mesquita, Christine Mello, Martin Grossmann, Priscila Arantes

    Sbado, 17/04 Conversa-amostragem de experincias com Ricardo Basbaum - s 14hsseguida de debate galeria expandida: relaes artsticas Luciana Brito, Paula Alzugaray, Mnica Nador e Ricardo Basbaum

    plataforma online sob a coordenao de Ananda Carvalho, Deborah Alves e do Forum Permanentewww.lucianabritogaleria.com.br www.forumpermanente.orghttp://galeriaexpandida.wordpress.com/galeria expandida [www.facebook.com]