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Catálogo Sete de 2012

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Ovinhos de Julho, reina o gorgulho!

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A Maria Mellow é uma recém-união artística que dá os primeiros

passos na divulgação e promoção online de diversos artistas e

criativos.

Pretende, igualmente, dar a conhecer o que de melhor se produz

em Portugal em vários sectores de actividade, pelo que reune e

tem a honra de vos apresentar notáveis criativos em diferentes

artes e ofícios.

Sendo o projecto, ele próprio, uma aposta familiar, confiamos na

criatividade e no dinamismo de todos, acreditando que esta

iniciativa será, dentro em breve, um sucesso de visitas, de modo a

contrariar e combater o pessimismo veiculado pelas notícias com

que passámos a ser bombardeados a toda a hora.

Embora defendendo e valorizando a criatividade nacional, não

ficaremos alheios à criatividade internacional visto que chegam

diariamente ao projecto pedidos de artistas europeus interessados

em divulgar o seu trabalho. Por tal motivo, daremos oportunidade

para que apresentem os seus trabalhos na nossa página.

Em época de crise, a Maria Mellow será um exemplo de

empreendedorismo e perseverança, investindo na promoção de

criativos que lutam, a maior parte das vezes sem sucesso, para

dar a conhecer ao grande público a qualidade e originalidade das

suas obras.

A Maria Mellow dá-vos as boas vindas e convida-vos a avaliar e a

disfrutar do projecto e o conceito!:)

(Todos os valores apresentados já incluem portes de

envio)

Vêm de Barcelona e trazem a Ovejita Be!. Uma licenciada em

Belas Artes juntou-se a um Engenheiro de Telecomunicações e

juntos criaram este projeto. «Ambos temos muita imaginação e

ovelhas na cabeça e não podemos viver um sem o outro». Eis

Teresa e Miguel.

E lá por casa as tarefas são dividas. «Eu desenho, recorto,

coso, publico no blog, ou seja, ocupo-me de quase tudo. O

Miguel é a “cabeça pensante” e ajuda-me em muitas coisas:

como melhorar o empecotamento, a distribuição das coisinhas

nas feiras, novas ideias para criar pin’s (alfinetes de peito) e

dá-me a sua opinião sincera (e normalmente acertada) sobre

se algo irá ou não resultar. Também é o fotógrafo oficial».

A Ovejita Be! trabalha com retalhos de feltro e tecido, faz

coisas em croché, tricô e «tudo o que aparece».

Os trabalhos são coloridos, vivos e únicos. A Maria Mellow dá

as boas-vindas ao projeto Ovejita Be! e espera que gostem

tanto como nós gostamos.

Reciclar pedaços de tecidos começou cedo, ainda a Sónia Oliveira

era uma menina, a viver na Venezuela, para onde os seus pais

emigraram. Antes de começar a fazer as suas peças sonhava em

ser pintora. As paredes de casa que o digam!

Regressou a Portugal aos 12 anos, licenciou-se neste país à beira-

mar plantado em engenharia civil, mas precisava de dar asas ao

seu lado criativo. Começou a ter aulas de pintura, enquanto nos

tempos livres se dedicava aos fantoches e às pinturas.

O desemprego bate a qualquer porta. Fez noque noque na porta de

Sónia. Enquanto procurava emprego e com o Natal à porta, decidiu

começar a criar para oferecer: bijuteria, porta-chaves, telas

infantis e molduras.

Foi assim que nasceu o seu projeto. Já mãe, diz que o pequeno

Benjamin é a sua máxima inspiração.

A Maria dá as boas vindas às criações da Sónia. Dê uma

espreitadela no trabalho desta artesã!

Era uma vez. um projeto familiar de cariz utópico e artesanal

que procurava a adoção de bonecas, animais, monstrinhos e

outras criações em tecido». Sirigitus. O projeto nasceu em

2010 e está no início. E o que distingue estes bonecos dos

outros? Para começar, a originalidade. Cada um é único e cheio

de personalidade.

Primam por serem «bonecos feitos manualmente com algodão,

feltro, sarja e outros tecidos e com enchimento anti-alérgico e

sempre que possível com preferência de feltros produzidos

através da reciclagem de outros materiais». Acima de tudo,

têm dois ingredientes secretos: são feitos com amor e alegria.

Adote um boneco. Veja na Maria Mellow como pode fazer isso!

Quem nunca fez um piquenique? Se não fez, é difícil

nunca ter pensado não o fazer. Trazemos-lhe uma

sugestão de toalha no chão, no meio das folhas.

A Sara tem 31 anos, é designer gráfica, e gosta de

piqueniques. Por isso, resolveu «criar o picnisete.

Tradicional, mas adaptado ao século XXI. O kit é

composto por toalha, pratos de papel, copos de papel e

talheres. O básico para conseguir comer ao ar livre,

debaixo de uma sombra, quando o sol ilumina, mas

também queima.

De que está à espera? Dê um pulo ao Maria Mellow e

conheça os picnisetes da Sara.

Paula Oliveira deixou Portugal e radicou-se em

Espanha. E se há uns anos fazer crochet era coisa

das avós, nos tempos que correm é moda. Paula é

uma apaixonada pelas cores, pelas texturas. Essa

paixão nasceu dos estudos de arte e decoração.

"Gosto de misturar materiais e técnicas. O

resultado é que às vezes saem criações loucas e

irreversíveis", conta.

Curiosos?! Dêem um salto aos ovinhos da Paula e

surpreendam-se. A Maria recebe de braços abertos

mais uma criadora!

A Marta tem 24 anos e uma profissão tão distinta quanto possível do

seu lado artístico. É licenciada em Química Aplicada. «Sou uma Balança

um pouco desequilibrada das ideias e, como tal, decidi tirar um curso

de Química. E assim foi… licenciei-me em Química Aplicada o ano

passado! Não foi uma batalha muito fácil, porque me tirou muitas horas

de sossego para me dar muitos nervos e stress. E foi no meio deste

rodopio que surgiu a veia artística», assim se apresenta.

Desde 2006 que as suas mãos e a sua mente trabalham em conjunto

(também como forma de anti-stress, diz) para criar as suas peças: brincos, colares, pregadeiras, bandoletes, ganchos, porta-moedas,

agendas e tudo o que a criatividade pedir. Um estilo vintage, ‘très

coquettes’, para almas femininas e coloridas.

É um gosto ter a Marta no poleiro da Maria e será um regalo para quem

vier conhecer o trabalho desta criadora!

Abrimos as portas a gente muito feia, muito torta e muito má! Não, não

se assuste, não estamos a falar de política. Estamos a falar de uns

bonecos que no fundo são amorosos (mas lá bem no fundo).

Este foi o mote para Joana Ferrão começar a criar, com o que lá por

casa ia encontrado, muita bonecada. E a isso dar uso à boa máquina de

costura que lhe ofereceram. Diz que é muito desajeitada, mas a

verdade é que cada um dos feios criado tem vida. Em cada boneco há

uma personalidade, um sentimento. Não é por acaso que cada um tem

nome, que cada um é singular. Há a Hermenegilda Fatilda, a Alice

Carolice, o Afonso Temeroso, o Eduardo Pardo e mais uma montanha de

gente torta.

A Joana é uma criativa por natureza. Não consegue estar parada cinco

minutos. Não consegue deixar de ter a cabeça sempre a fervilhar.

Convidamo-lo a dar uma espreitadela nesta comunidade tão sui generis. Assuste-se, adote. A Maria recebe de braços abertos a Joana

Ferrão.

Quem não gosta de surpresas? Abrir uma caixa e ver o que

está lá dentro? Esta semana é dedicada a Cristina Nepomuceno.

«A vida é feita de vários caminhos, que se percorrem e que se

cruzam por algum motivo».

Cristina criou o projeto Green Box. Porque, como diz, «a vida

assemelha-se a um baú». A uma grande, pequena caixa, é

indiferente, onde cabem todas as ideias e memórias do Mundo.

Cada caixa é única. O conceito Message in a box consiste na

decoração de caixas de madeira com poemas, frases,

provérbios escritos à mão. Cada uma conta uma história, cada

uma é pessoal. E pode ser transmissível, se assim o desejar.

Venha conhecer a Cristina Nepomuceno ao poleiro. A Maria dá

as boas vindas a estes ‘segredos’.

Quer um abraço? Há sempre um momento do dia em que um

abraço cai mesmo bem. O Coiococol pode-lhe proporcionar um.

E olhe que abraços ainda não se pagam.

A ideia nasceu da cabeça de Carla Capricho, que com um bebé

em casa que não sabia dizer caracol, aproveitou a deixa para

se lançar num novo projeto.

Com ‘queda’ para as artes plásticas e com o nome do projeto

dado pelo rebento mais velho, foi meter mãos à obra. Mas nem

só de abracinhos se faz a ideia. Não. Há uma panóplia de outras

coisas. Caixas coloridas, mimosas, há almofadas, telas,

molduras, álbuns de fotografias, t-shirts, fraldas e tudo sempre

único e cheio de vida. Para além dos bonecos abracinhos, há

também as coiocoletas.

Venha ver no poleiro esta criadora original, mais uma, no leque

de ofertas da Maria Galinha e delicie-se.

Voltamos à reciclagem. De madeira, desta vez. António Guerreiro é o

criador de serviço e o Bicho da Madeira o seu projeto adorado, «parte

de um pequeno sonho e de uma grande vontade de realizar».

Como o próprio nome indica, António recicla madeira. O material é

reaproveitado, tratado e gera «um conceito sustentável», que foge ao

‘mainstream’.

Recuando aos tempos em que os brinquedos ainda eram de madeira, o

projeto pretende trazer de volta a ideia de que «o que é lúdico sempre

é capaz de entreter, de surpreender, de cativar».

Para que isso aconteça, veja no poleiro o Bicho da Madeira e diga-nos

se não temos razão!

Simplesmente, Ana. Há 15 anos, mais coisa menos coisa, era moda entre as adolescentes

fazer colares de missangas. Quem era ‘teen’ na década de 90 com

certeza terá memória das corridas à Casa Batalha para encontrar o fio

de nylon e as contas coloridas para dar vida aos pescoços, pulsos e

dedos. A Ana também teve essa fase. Depois parou.

«Há três anos o bichinho voltou a acordar», conta. A maturidade dos 25 anos trouxe «uma evolução enorme» às peças que hoje cria, «não

só no aspeto final, mas também nas matérias primas utlizadas».

Sem inibições, as suas criações adaptam-se a vários estilos e gostos. A

Maria convida-o a conhecer esta jovem e as suas peças.

No poleiro da Maria Galinha cabe tudo o que é bom. A ‘casa’ agora alberga mais do

que só manufatura. Alberga a criação de um modo geral. E esta semana

começamos com letras e com a Maria João Lopes.

A criação de histórias vem de pequenina. Que queres ser quando cresceres,

Maria João? (a pergunta típica do adulto à criança). E a resposta não se fazia

esperar: escritora e atriz de teatro. Deixou a terra dos sonhos e pôs maõs à obra

ainda adolescente. Poemas, histórias, entrevistas nos jornais da escola e no

semanário da sua localidade, o berço da nacionalidade, O Povo de Guimarães.

Na altura de escolher aquilo que seria a sua profissão para a vida, entrou com o

pé errado no curso de Direito. Percebeu cedo que leis e ordem não eram o seu

forte e escolheu jornalismo.

Atualmente é jornalista freelancer e colabora com o Público. Mas a vontade de

dar vida à ficção – coisa que o jornalismo não permite – não se perdeu e Maria

João escreveu o conto O Gatuno e o Extraterrestre Trombudo. Em boa hora. O

conto valeu-lhe o prémio Branquinho da Fonseca, atribuído pela Gulbenkian e pelo

jornal Expresso, e vai ser publicado em livro. Dia 28 de junho está cá fora!

A Maria, como já é seu apanágio, dá as boas vindas às letras da Maria João.