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Catecismo de Heidelberg Explicado e o assunto de nossas reuniões. Nesta reunião explicamos as expressões contidas no Credo dos Apóstolos "padeceu sob Pôncio Pilatos crucificado". Aqui você encontrará o resumo de nossa reunião que tratou diretamente da Expiação pelo Pecado..
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O CATECISMO DE HEIDELBERG EXPLICADO
DOMINGO 15
18 DE NOVEMBRO DE 2014
A.R
1
CREDO DOS APÓSTOLOS
Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, [Criador do céu e da terra];
e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi
[concebido] pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria;
[padeceu] sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, [morto] e
sepultado, [desceu ao inferno1]; no terceiro dia ressurgiu dos
mortos; subiu ao céu e está sentado à direita de [Deus] Pai
[Todo-Poderoso]; donde há de vir a julgar os vivos e os
mortos.[Creio] no Espírito Santo; na santa igreja universal2 de
Cristo, [a comunhão dos santos]; na remissão dos pecados; na
ressurreição da corpo (carne)3 [e na vida eterna] (versão
recebida)4
PERGUNTA 37: O que você quer dizer com a palavra
"padeceu"?
RESPOSTA: Que Cristo, em corpo e alma, durante toda a sua
vida na terra, mas principalmente no final, suportou a ira de
Deus contra os pecados de todo o gênero humano (1). Por este
sofrimento, como o único sacrifício propiciatório (2), Ele salvou
da condenação eterna de Deus, nosso corpo e alma (3) e
conquistou para nós a graça de Deus, a justiça e a vida eterna
(4).
(1) Is 53.4, 12; 1Tm 2.6; 1Pe 2.24; 1Pe 3.18. (2) Is 53.10; Rm
3.25; 1Co 5.7; Ef 5.2; Hb 9.28; Hb 10.14; 1Jo 2.2; 1Jo 4.10. (3)
1 Aqui alguns credos irão inserir a palavra Hades ao invés de Inferno. 2 Aqui alguns credos irão inserir a palavra Católica. Esta expressão não está se referindo a ICAR. 3 Aqui deve se entender carne como nosso corpo. 4 A versão recebida do Credo Apostólico chegou ao uso geral no sétimo ou oitavo século esta versão é
diferente da versão Romana Antiga as adições feitas neste credo estão em colchetes.
2
Gl 3.13; Cl 1.13; Hb 9.12; 1Pe 1.18,19. (4) Jo 3.16; Jo 6.51; 2Co
5.21; Hb 9.15; Hb 10.19.
PERGUNTA 38: Por que Ele padeceu "sob Pôncio Pilatos"?
RESPOSTA: Cristo, embora julgado inocente, foi condenado
pelo juiz oficial (1), para que nos libertasse do severo juízo de
Deus que devia cair sobre nós (2).
(1) Mt 27.24; Lc 23.13-15; Jo 18.38; Jo 19.4; Jo 19.11. (2) Is
53.4,5; 2Co 5.21; Gl 3.13.
PERGUNTA 39: Cristo "foi crucificado". Isto tem mais sentido
do que morrer de outra maneira?
RESPOSTA: Tem sim, porque pela crucificação tenho certeza
de que Ele tomou sobre si (1) a maldição que pesava sobre
mim. Pois a morte da cruz era maldita por Deus (2).
(1) Gl 3.13. (2) Dt 21.23.
EXPOSIÇÃO:
[padeceu] sob Pôncio Pilatos, foi crucificado.
Padeceu – a palavra padecer em nosso contexto
contemporâneo perdeu um pouco de seu brilho, porém os
seus sinônimos não. Jesus suportou toda dor, ele sofreu em
meu lugar ao recebe em seu corpo a ira de Deus. (Salmos 22;
Isaías 53)
3
Sob Pôncio Pilatos – Pilatos foi o procurador [o governador, o
administrador, o representante] romano da Judéia que
sentenciou Jesus à morte por crucificação (Mt 27)5.
O fato de Pôncio Pilatos ser citado nos Evangelho e também
nos escritos de Flávio Josefo e Filo de Alexandria tem alguma
relevância para nós que vivemos no século 21?
Sim! Alguns críticos quando abordam os evangelhos alegam
que ele não passa de contos e lendas que foram inventados
pela igreja muitos séculos depois da morte de Jesus. Porém ao
lidarmos com este relato de Pilatos estamos tratando de um
fato histórico. Quando leio os relatos sobre a vida de Pôncio
Pilatos estou sendo conduzido a um contexto histórico em
uma época especifica [26 d.C. – 36 d.C.] e com um
personagem real que não é um mito.
“... em 1961, um tablete de pedra foi descoberto em
Cesaréia, que traz os nomes em latim de Pôncio
Pilatos e Tibério, dando, dessa forma, provas
arqueológicas sobre a realidade histórica de Pilatos”.
(Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã)
Foi crucificado – Jesus foi julgado e condenado a morte a sua
execução foi por meio da crucificação um método letal e
doloroso que visava impor ao condenado muita dor antes de
sua morte. Este método de execução foi criado pelos medos e
persas, mas foi trazido para o Ocidente pelos romanos.
5 Merril C.Teney - Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã – São Paulo – Editora Cultura Cristã – 2008.
4
“As vítimas da crucificação em geral não morriam por
dois ou três dias, mas isto era determinado pela
presença ou ausência do assento (sedile ou cormi) e
pelo apoio do pé, porque uma pessoa suspensa pelas
mãos perderia pressão sanguínea rapidamente e a
pulsação aumentaria. Um colapso ortostático viria
logo em seguida por meio da circulação insuficiente
de sangue para o cérebro e para o coração. Se a
vítima pudesse aliviar o peso do corpo apoiando-se
no assento ou suporte para os pés, o sangue voltava a
circular parcialmente na parte superior do corpo.
Para fixar as mãos na trave mestra (patibulum) eram
usadas tanto cordas como pregos; às vezes, os pés
também eram pregados. Quando era desejado que a
tortura terminasse, as pernas da vítima eram
quebradas abaixo dos joelhos com um porrete.
Assim, ela não conseguia mais aliviar seu peso e a
perda da circulação sanguínea era acentuada.
Insuficiência coronária ocorria logo em seguida.” 6
Jesus ao ser crucificado e pendurado naquela cruz tornou-se
um maldito segundo o texto de Deuteronômio 21.23. A
exposição de um condenado em um madeiro [ou em uma
árvore] segundo [Dt 21.23] mostra a gravidade de seu ato,
porém ele também servia de alerta para que tal ato não fosse
realizado [imitado].
6 Merril C.Teney - Enciclopédia da Bíblia Cultura Cristã – São Paulo – Editora Cultura Cristã – 2008
5
“O cadáver do criminoso executado tinha que ser
enterrado no mesmo dia a qualquer custo. A sintaxe
hebraica é fortemente enfática. A razão era que o
cadáver de um homem executado era um objeto
amaldiçoado por Deus e profanaria a terra (cf. Nm 35:
33s.; Lv 18: 24-27). A presença do cadáver exposto
aos olhos do público, com o crime, a bem dizer, preso
a ele, e com a maldição de Deus pairando sobre ele,
poderia resultar em calamidades sem conta. Daí,
assim que a necessária publicidade tivesse sido
alcançada e outros possíveis criminosos tivessem
sido alertados, o cadáver era enterrado, e sempre
antes do por do sol.”7
No caso de Jesus ele não era um criminoso, mas tornou-se
maldito devido a minha rebelião e a minha natureza e ao ser
exposto a tamanha vergonha o que de fato estava sendo
publicado era a gravidade de meus atos diante de Deus. Ali
estava o alerta, ali estava à proclamação para que todos se
arrependessem.
Paulo vai esclarecer seu público ao mostrar que Jesus Cristo
nos livrou da maldição existente na Lei ao se tornar um
maldito em nosso lugar [Gl 3.13]. Por este motivo ele afirma
não existir nenhum outro meio de sermos justicados diante
de Deus a não ser por meio de nossa fé na obra consumada
por seu Filho Jesus.
7 Thompson, J.A – DEUTERONÔMIO INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO – São Paulo – Edições Vida Nova – 2006.
6
“O Filho de Deus desceu às profundezas do abismo,
quando foi pendurado na cruz, pois ali se fez
maldição. Ali sorveu cada gota do cálice amargo da
ira de Deus. Ali foi ferido e traspassado pelos nossos
pecados. Ali desbaratou os principados e potestades
e anulou o escrito de dívida que era contra nós. Foi
no Calvário que Cristo nos resgatou da maldição da
lei, do império das trevas e da potestade de Satanás”.
(Hernandes D. Lopes)
“É sem dúvida difícil imaginar o Cristo majestoso se
fazendo um maldito. Como? Jesus anátema? Como
nos atrevemos a dizer semelhante coisa à vista de 1
Co 12.3? ... A única solução é aquela fornecida pelas
preciosas palavras de Isaías 53.6: “mas o Senhor fez
cair sobre ele a iniquidade de nós todos”; cf. também
os versículos 10-12. De modo que a maldição de
Cristo foi de caráter vicário (substitutivo): “Aquele
que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós;
para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co
5.21).” (William Hendriksen)
Sim Jesus se tornou um maldito pois sobre ele foi imputado a
minha maldição, porém o seu sangue ao ser derramado
naquela cruz cobriu e limpou todos os meus erros e meus
defeitos a isto chamamos expiação pelo pecado – pelos meus
pecados!
7
A expiação.
O verbo hebraico כפר – kafar tinha como função primordial
registrada no antigo testamento cobrir ou limpar
profundamente tirando toda mancha ou sujeira. O verbo
inserido em determinados contextos irá determinar seu
sentido teológico. Em alguns contextos iremos encontrar o
verbo num sentido de cobrir ou revestir algo, mas em outros
contextos encontraremos o verbo sendo utilizado com o
sentido de expiar ou propiciar por meio do sangue que foi
derramado [neste caso o termo hebraico literalmente significa
limpar de uma forma profunda até não existir mais sujeira
alguma] e em outros contextos encontraremos o verbo sendo
utilizado no sentido de perdoar o pecado.
Você, porém, fará uma arca de madeira de cipreste;
divida-a em compartimentos e revista-a (כפר – kafar)
de piche por dentro e por fora. Gênesis 6.14 – NVI.
Pois a vida da carne está no sangue, e eu o dei a vocês
para fazerem propiciação (כפר – kafar) [expiação -
ARA] por si mesmos no altar; é o sangue que faz
propiciação (כפר – kafar) [expiação – ARA] pela vida.
Levítico 17.11- NVI.
Com ela tocou a minha boca e disse: "Veja, isto tocou
os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e
o seu pecado será perdoado (כפר – kafar)".
Deus ao escolher um povo para si determinou como este povo
viveria diante dele. Ele revelou para Moisés com riquezas de
8
detalhes a forma como seu povo se aproximaria dele e como
permaneceriam diante de sua presença tudo seria feito por
meio das ofertas e sacrifícios. John Stott é esclarecedor
quando nos ensina a respeito dos rituais de adoração
existente no Antigo Testamento:
No Antigo Testamento os sacrifícios eram oferecidos
em diversas e variadas circunstâncias. Por exemplo,
eram associados à penitência e à celebração, à
necessidade nacional, à renovação da aliança, à
festividade familiar e à consagração pessoal. Essa
diversidade adverte-nos contra a imposição sobre
eles de uma significação simples ou única. Entretanto,
parece realmente ter havido duas noções básicas e
complementares do sacrifício na revelação divina no
Antigo Testamento, sendo cada uma associada com
ofertas particulares. A primeira expressava o sentido
em que os seres humanos pertencem a Deus por
direito, e a segunda seu sentido de alienação de Deus
por causa do seu pecado e culpa. Características da
primeira eram a oferta "pacífica" ou de "comunhão"
frequentemente associada com as ações de graça
(Levítico 7:12), a oferta queimada (na qual tudo era
consumido) e o ritual das três festas anuais da
colheita (Êxodo 23:14-17). Características da segunda
eram a oferta pelo pecado e a pela culpa, na qual se
reconhecia claramente a necessidade de expiação.
Seria incorreto fazer distinção entre esses dois tipos
de sacrifícios como se representassem
9
respectivamente a aproximação do homem a Deus
(oferecendo dádivas, muito menos subornos com o
fim de assegurar o seu favor) e a aproximação de
Deus ao homem (oferecendo perdão e reconciliação).
Pois ambos os tipos de sacrifício eram
essencialmente reconhecimentos da graça de Deus e
expressões de dependência dela. Seria melhor
distingui-los, como o fez B. B. Warfield, vendo no
primeiro o "homem concebido meramente como
criatura" e no último "as necessidades do homem
como pecador".8
Todos estes rituais estabelecidos por Deus no antigo
testamento são sombras ou tipologias que iriam ter seu real
cumprimento na vida e na morte de Jesus, o Cristo as
expressões “o cordeiro de Deus” “este é o sangue de uma
nova aliança” assim como outras trazem como pano de fundo
as ideias contidas nestes rituais.
De uma forma geral os sacrifícios para perdão dos pecados
cometidos eram substitutivos. O infrator apresentaria sua
oferta para a remissão de seus pecados ao sacerdote e este
imolaria [mataria no lugar do infrator] o animal inocente e ao
derramar o sangue deste animal sobre o altar o infrator era
absolvido de sua pena. Aqui de uma forma clara podemos
enxergar toda carga atribuída a ação do verbo כפר – kafar –
cobrir, expiar [propiciar] ou perdoar. O infrator neste
momento recebia por meio do sacrifício do inocente o perdão
8 Stott, John – A cruz de Cristo – São Paulo – Editora Vida, 2006.
10
e seus pecados eram encobertos ou seja apagado. O inocente
morria em seu lugar recebendo toda a penalidade que seus
atos mereciam o sofria e morria em lugar.
Temos duas tipologias registradas no antigo testamento que
podem esclarecer bastante o sacrifício que Deus preparou
para si e o cordeiro que nos livrará da morte no dia do juízo
estabelecido por Deus.
Gênesis 22.1-19; Hebreus 9.17-19. Neste primeiro relato Deus
prova seu servo Abraão pedindo que ele sacrifique seu filho
Isaque. Abraão obedeceu a Deus preparou tudo para cumprir
a vontade de seu Senhor é interessante notarmos que a
narrativa mostra claramente a fé de Abraão [vs. 5-8] e depois
o escritor aos Hebreus mostrará de uma forma clara aquilo
que esta oculto no coração de Abraão (Hb 9.17-19).
Abraão então prepara tudo para executar o sacrifício, porém o
anjo do Senhor o impede de cometer tal ato, ele ao percebe
que havia preso aos arbustos um carneiro pegou e sacrificou
o mesmo no lugar de seu filho Isaque [vs.13]. Neste dia como
um profeta futurando ele dá a este lugar o nome “o Senhor
proverá” [vs.14].
Isto ficará claro na exposição feita por Paulo em sua carta aos
Romanos.
Mas agora se manifestou uma justiça que provém de
Deus, independente da lei, da qual testemunham a Lei
e os Profetas, justiça de Deus mediante a fé em Jesus
Cristo para todos os que crêem. Não há distinção, pois
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todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus,
sendo justificados gratuitamente por sua graça, por
meio da redenção que há em Cristo Jesus. Deus o
ofereceu como sacrifício para propiciação [expiação]
mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a sua
justiça. Em sua tolerância, havia deixado impunes os
pecados anteriormente cometidos; mas, no presente,
demonstrou a sua justiça, a fim de ser justo e
justificador daquele que tem fé em Jesus. Romanos
3.21-26.
Êxodo 12.1-27; João 19.14-18
Neste segundo relato temos as instruções que foram dadas a
Moisés para estabelecer como cerimonial perpetuo [vs.14] a
páscoa que significava o dia em que o Senhor havia livrado
seu povo da escravidão do Egito [vs.27]. Este cerimonial tinha
como ponto crucial o sangue do cordeiro nos umbrais da
porta como sinal para que fossem poupados da
maldição[vs.13].
João ao escrever seu evangelho diz que Jesus foi entregue
para ser crucificado no dia da preparação da Páscoa
identificando assim Jesus como o cordeiro pascoal [Jo 19.14-
19] com este relato temos Jesus eternizando aquilo que seria
um cerimonial um memorial eterno.
Podemos assim concluir com as palavras confortante do
escritor aos Hebreus que diz:
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Não por meio de sangue de bodes e novilhos, mas
pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santo dos
Santos, uma vez por todas, e obteve eterna redenção.
Ora, se o sangue de bodes e touros e as cinzas de uma
novilha espalhadas sobre os que estão
cerimonialmente impuros os santificam de forma que
se tornam exteriormente puros, quanto mais, então, o
sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu
de forma imaculada a Deus, purificará a nossa
consciência de atos que levam à morte, de modo que
sirvamos ao Deus vivo! ... A Lei traz apenas uma
sombra dos benefícios que hão de vir, e não a
realidade dos mesmos. Por isso ela nunca consegue,
mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após
ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar. Se
pudesse fazê-lo, não deixariam de ser oferecidos?
Pois os adoradores, tendo sido purificados uma vez
por todas, não mais se sentiriam culpados de seus
pecados. Contudo, esses sacrifícios são uma
recordação anual dos pecados, pois é impossível que o
sangue de touros e bodes tire pecados. Hebreus 9.12 –
14; 10.1-4.
Sacrifício algum pode ou poderia satisfazer a ira de Deus,
porém ele por livre espontânea misericórdia preparou para si
o cordeiro que iria apagar todos os meus pecados e satisfazer
sua ira – seu sacrifício chama-se Jesus o cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo.
SOLI DEU GLORIAN – A.R
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