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5/20/2018 CavernasNoCaminhoDoCrente-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/cavernas-no-caminho-do-crente 1/8 Igreja Batista em Renovação Espiritual Nova Jerusalém Rua Engenho Novo, 229 - Sampaio - Rio de Janeiro RJ - CEP 20961-100 - Tel: (021) 2501-4522. Pastor: Manoel da Silva ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL Página 1 de 8  CAVERNAS NO CAMINHO DO CRENTE Introdução  A palavra “Caverna” é originária do latim cavus , que significa buraco, sendo representada por toda cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos. Eram usadas pelo homem primitivo como moradia e lugar de refúgio. Essa definição pode nos levar a entender que as cavernas foram feitas para servirem de refúgio para os homens, ou seja, em determinado momento da vida elas poderiam ser o lugar ideal para fuga das situações de perigo ou difíceis que a certamente aparecem subitamente diante de nós. No entanto, a palavra de Deus nos revela que o nosso refúgio vem do Senhor. “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia.” (Sl 46:1)  O socorro jamais virá de uma condição meramente humana, por mais sólida que possa parecer. A bíblia diz que vivemos por Fé, e isso, nos remete a uma irrestrita dependência do Senhor. Pode até parecer que a caverna vai nos proteger num determinado instante, mas é importante ressaltar que não há possibilidade de obter segurança fora do Senhor. “ Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, eles nos teriam tragado vivos, quando a sua ira se acendeu contra nós as águas nos teriam submergido, e a torrente teria  passado sobre nós.” (Sl 124: 2 3) É natural que para nós filhos de Deus a representação de uma caverna não nos cause boas recordações. Pensamos logo em um lugar sombrio, escuro desabitado e cheio de incertezas, onde não se deveria estar, ou se estamos, é necessário sair imediatamente. O maior problema está quando não é possível identificar se onde estamos (situação) é uma caverna ou não. E ainda, de que maneira será possível mudar a situação tornando-se livre. Primeiramente, cabe salientar que a única coisa capaz de nos libertar em qualquer ocasião é o conhecimento da Verdade. “ e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8:32) . E sem dúvida Cristo é a Verdade que liberta e nos liga novamente ao Pai. “... Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14:6) . Baseado nesta afirmação maravilhosa em que Cristo é a Verdade que liberta o homem das cavernas que aparecem no caminho, fica evidente que nenhuma pessoa por mais inteligente e capaz que possa ser poderá com suas próprias forças se livrar da prisão espiritual que uma caverna proporciona. Para libertar-se de uma caverna é necessário conhecer a Jesus, ter relacionamento íntimo com o Mestre. “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor...” (Os 6.3 ) É imprescindível estarmos alerta pedindo a cada dia sensibilidade ao Espírito Santo para o discernimento das possíveis ciladas disfarçadas em cavernas. Já que um dos principais intentos do inimigo é fazer com que fiquemos longe do Senhor e assim não tenhamos intimidade com o nosso Pai. E as cavernas são uma excelente forma para o diabo alcançar esse objetivo de separar o homem do Criador, uma vez que elas têm o poder de nos distanciar de Deus.

Cavernas No Caminho Do Crente

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  • Igreja Batista em Renovao Espiritual Nova Jerusalm Rua Engenho Novo, 229 - Sampaio - Rio de Janeiro RJ - CEP 20961-100 - Tel: (021) 2501-4522.

    Pastor: Manoel da Silva

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    CAVERNAS NO CAMINHO DO CRENTE

    Introduo

    A palavra Caverna originria do latim cavus, que significa buraco, sendo representada por toda cavidade natural rochosa com dimenses que permitam acesso a seres humanos. Eram usadas pelo homem primitivo como moradia e lugar de refgio. Essa definio pode nos levar a entender que as cavernas foram feitas para servirem de refgio para os homens, ou seja, em determinado momento da vida elas poderiam ser o lugar ideal para fuga das situaes de perigo ou difceis que a certamente aparecem subitamente diante de ns.

    No entanto, a palavra de Deus nos revela que o nosso refgio vem do Senhor. Deus o nosso refgio e fortaleza, socorro bem presente na angstia. (Sl 46:1) O socorro jamais vir de uma condio meramente humana, por mais slida que possa parecer. A bblia diz que vivemos por F, e isso, nos remete a uma irrestrita dependncia do Senhor. Pode at parecer que a caverna vai nos proteger num determinado instante, mas importante ressaltar que no h possibilidade de obter segurana fora do Senhor. Se no fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra ns, eles nos teriam tragado vivos, quando a sua ira se acendeu contra ns as guas nos teriam submergido, e a torrente teria passado sobre ns. (Sl 124: 2-3)

    natural que para ns filhos de Deus a representao de uma caverna no nos cause boas recordaes. Pensamos logo em um lugar sombrio, escuro desabitado e cheio de incertezas, onde no se deveria estar, ou se estamos, necessrio sair imediatamente. O maior problema est quando no possvel identificar se onde estamos (situao) uma caverna ou no. E ainda, de que maneira ser possvel mudar a situao tornando-se livre. Primeiramente, cabe salientar que a nica coisa capaz de nos libertar em qualquer ocasio o conhecimento da Verdade. e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertar. (Jo 8:32). E sem dvida Cristo a Verdade que liberta e nos liga novamente ao Pai. ... Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ningum vem ao Pai, seno por mim. (Jo 14:6). Baseado nesta afirmao maravilhosa em que Cristo a Verdade que liberta o homem das cavernas que aparecem no caminho, fica evidente que nenhuma pessoa por mais inteligente e capaz que possa ser poder com suas prprias foras se livrar da priso espiritual que uma caverna proporciona. Para libertar-se de uma caverna necessrio conhecer a Jesus, ter relacionamento ntimo com o Mestre. Conheamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor... (Os 6.3)

    imprescindvel estarmos alerta pedindo a cada dia sensibilidade ao Esprito Santo para o discernimento das possveis ciladas disfaradas em cavernas. J que um dos principais intentos do inimigo fazer com que fiquemos longe do Senhor e assim no tenhamos intimidade com o nosso Pai. E as cavernas so uma excelente forma para o diabo alcanar esse objetivo de separar o homem do Criador, uma vez que elas tm o poder de nos distanciar de Deus.

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    Sendo assim, por qual motivo comum vermos nos dias de hoje crentes recorrendo s cavernas durante o percurso de suas vidas? Alm disso, por que estas cavernas aparecem na caminhada crist, mesmo quando no as buscamos ativamente? Como distinguir se estamos numa caverna e quais tipos mais comuns? No decorrer desta lio, pela uno e revelao do Esprito Santo, pretendemos levar uma reflexo a respeito das cavernas no caminho do crente. Certamente o nosso Deus ir revelar a cada pessoa a Sua Palavra, que a nica eficaz para nos libertar das cavernas.

    1) Vida de Elias

    O profeta Elias foi um homem que experimentou o poder de Deus de uma maneira muito especial. Ele tinha uma comunho intensa com o Senhor, cuja presena ele estava, a ponto de profetizar a estiagem sobre Israel, mesmo sabendo que o Rei Acabe servia ao deus Baal, que segundo os seus seguidores era o senhor da chuva. Ento Elias, o tisbita, que habitava em Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, em cuja presena estou, que nestes anos no haver orvalho nem chuva, seno segundo a minha palavra.(I Reis 17:1). Elias viveu intensamente a providncia divina quando de forma sobrenatural foi alimentado pelos corvos no ribeiro de Querite. (I Reis 17:4). No momento em que escolhemos estar diante da face do Senhor, assim como Elias estava, inevitavelmente vamos viver em constantes e profundas experincias com Deus por meio da F Nele. Elias um grande exemplo disso. A intimidade que este homem tinha com o Senhor o levou a viver grandes milagres na sua trajetria. Os prodgios na casa da viva de Sarepta, onde alm da proviso material no permitindo a falta de farinha e azeite ocorreu o primeiro relato de ressurreio de uma pessoa na bblia. (I Reis 17:21-22)

    Elias no monte Carmelo desafiou quatrocentos e cinqenta profetas de do deus Baal. Ento invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e h de ser que o deus que responder por meio de fogo, esse ser Deus. E todo o povo respondeu, dizendo: boa esta palavra. (I Reis 18:24) E assim aconteceu, os profetas de Baal clamaram ao seu deus durante todo o dia. Eles se auto flagelavam ferindo os seus corpos como de costume nos rituais de culto a Ball, mas o suposto deus no respondia, at por que s o Senhor Deus!

    Notem que neste momento Elias estava s, contudo no se sentia sozinho Deus estava com ele. Ento disse Elias ao povo: S eu fiquei dos profetas do Senhor; mas os profetas de Baal so quatrocentos e cinqenta homens. (I Reis 18:22). O que faz a diferena no o que a circunstncia nos mostra, mas sim, a certeza de que Deus sempre estar conosco. ... eis que eu estou convosco todos os dias, at a consumao dos sculos. (Mt.28:20) Elias restaurou o altar (que simboliza a nossa vida) colocando tudo em ordem para que o fogo de Deus fosse derramado. Aps isso o profeta faz uma orao pedindo ao Senhor a resposta e o milagre acontece (I Reis 18:37-38) A vida de Elias um grande exemplo para ns no que tange a intimidade e manifestao do poder de Deus. Enquanto o profeta esteve diante da face do Senhor, nenhuma caverna se apresentou para ele.

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    2) Tipos de Cavernas

    a) Caverna do Medo

    Apesar de toda experincia que o profeta teve com Deus ele se permitiu tirar o foco do Senhor cuja face ele estava. No momento em que Elias v a ameaa de Jezabel e foge, comeou a se construir em sua vida a caverna do medo. Ento Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me faam os deuses, e outro tanto, se de certo amanh a estas horas no puser a tua vida como a de um deles. O que vendo ele, se levantou e, para escapar com vida... (I Reis 19:2-3).

    A caverna do medo comea a se formar em nossa vida a partir do momento em que tiramos os nossos olhos do Senhor e vemos (damos lugar) a palavra contrria do inimigo. Elias apesar de toda a experincia que tinha com Deus no esteve livre dessa situao.

    O medo poderia ser definido como a convico de que o pior ir acontecer. Sua principal funo aprisionar as pessoas em um sentimento extremamente pessimista. Para se ter uma idia do poder avassalador do medo, este capaz de fazer com que olhemos para Jesus e enxerguemos um fantasma como os discpulos fizeram. E os discpulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: um fantasma. E gritaram com medo. (Mt. 14-26). Talvez o problema no seja sentir medo, mas sim, ver (d lugar) o poder destrutivo do medo, limitando o cuidado e Amor de Deus em ns.

    Elias s saiu da caverna do medo quando novamente se colocou diante da face do Senhor. E ele lhe disse: Sai para fora, e pe-te neste monte perante a face do SENHOR... (I Reis 19:11). Quando estamos constantemente diante da face do Senhor temos acesso essncia de Deus que o Amor, no qual no h medo. No amor no h medo antes o perfeito amor lana fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo no est aperfeioado no amor. (I Jo 4:18). Definitivamente a caverna do medo no lugar para os filhos de Deus.

    b) Caverna da inveja

    O Salmo 73 conta a experincia vivida por Asafe homem da tribo de Levi responsvel pela Ministrao do louvor na Casa de Davi. Numa fase de extrema perturbao em sua vida ele diz: Pois eu tinha inveja dos soberbos, ao ver a prosperidade dos mpios. (Sl 73:3)

    A caverna da inveja se apresenta a ns a partir do instante em que comeamos a ver e supervalorizar as coisas dos outros em detrimento daquilo que Deus tem feito em nossas vidas. Asafe certamente observava demais a vida dos no crentes notando que eles faziam coisas abominveis ao Senhor e escapavam ilesos, mas no atentara para o fim terrvel deles. H um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele so os caminhos da morte. (Pv 14:12). Nenhum de ns est livre deste tipo de situao que certamente desagrada a Deus, basta olhar com mais freqncia para os

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    bens dos outros do que para o Senhor e sutilmente estaremos dentro da caverna da inveja, assim como aconteceu com Asafe. (Sl 73:12). A caverna da inveja nos faz duvidar da justia de Deus.

    Esta caverna pode nos levar a invejar diversas coisas, tais como: a roupa do outro, o carro, a casa, condio financeira, o trabalho, o ministrio, etc. Conta-se certa vez que um irmo ficou muito contrariado porque em frente a sua casa havia um local de reunies de pessoas que no serviam a Deus e no estacionamento deles os carros eram todos importados, bem melhores do que os carros dos irmos da Igreja. Este tipo de anlise simplista da vida reduzindo o poder de Deus aos bens e coisas, no deve fazer parte do pensamento do verdadeiro cristo. O melhor de Deus em nossas vidas, que Jesus, j foi derramado, no entanto o Senhor tem mais a fazer em ns e atravs de ns. Na caverna da inveja estaremos distantes daquilo que o Senhor deseja nos oferecer. Mas, como est escrito: As coisas que o olho no viu, e o ouvido no ouviu, E no subiram ao corao do homem, So as que Deus preparou para os que o amam. (I Co 2:9)

    A F em Deus deve levar ao entendimento que a verdadeira bno para o crente a poro que Deus tem para ele, e qualquer coisa alm ou aqum disso, no ser benfico para sua vida. No digo isto como por necessidade, porque j aprendi a contentar-me com o que tenho. (Fl 4:11).

    Carecemos estar contentes com o que temos no fazendo comparaes desconexas em relao a vida ou bens dos outros, pois Deus tem nos dado muito alm do que pedimos e pensamos. Somente assim vamos impedir que a caverna da inveja seja um refgio para os nossos sentimentos.

    c) Caverna da inferioridade

    O autor do livro de Hebreus nos ensina que devemos colocar nossos olhos somente em Jesus, porque Ele o exemplo perfeito para que possamos caminhar em concordncia com os desejos do Pai celestial. Olhando para Jesus autor e consumador da nossa F... (Hb 12:2) A caverna da inferioridade tem como principal objetivo tirar o homem do foco que Cristo fazendo com que este olhe para baixo (mundo) e com isso, valorize em demasia os problemas que tentam embaraar a caminhada crist reforando a limitao humana no cumprimento da obra do Senhor.

    Infelizmente comum vermos pessoas que frente a um desafio na vida com Cristo se colocam em uma posio de inferioridade, afirmando no serem capazes de realizar o que Deus manda. Esse terrvel problema ocorre quando o homem quer fazer o papel de Deus e negligencia a parte que lhe cabe, que somente obedecer. Se realmente acreditarmos que a capacidade vem do Senhor, por qual motivo duvidar que o seu Poder v operar em ns? Deus capacita quem Ele quer para fazer os seus desejos, seja um adolescente igual a Davi, ou um homem como Pedro. Ele o Senhor que opera tanto o querer como o efetuar. (Fl 2:13)

    O profeta Jeremias diante de um chamado do Senhor cometeu um erro quando se colocou numa posio de inferioridade colocando em dvida a realizao da vontade de

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    Deus. Ento disse eu: Ah, Senhor DEUS! Eis que no sei falar; porque ainda sou um menino. (Jr 1:6) Deus no chama meninos espirituais para sua obra, ele de fato capacita homens e mulheres para a realizao dos seus intentos. Jeremias deveria ter confiado de imediato naquilo que o Senhor desejava fazer em sua vida, pois Deus no se engana, Ele sabe exatamente com quem pode contar e conjuntamente com o chamado, prepara tudo que cada pessoa necessita para alcanar o objetivo do Senhor em sua vida.

    A caverna da inferioridade na maior parte das vezes confundida com uma falsa posio de humildade. Contudo, existe uma grande diferena entre as duas palavras: humildade o reconhecimento da dependncia divina para a realizao de qualquer coisa na vida. ... porque sem mim nada podeis fazer. (Jo 15:5) Inferioridade quando o homem se julga inferior e por isso incapaz de atender a expectativa que Deus tem para ele. Nenhum de ns inferior ou incapaz de realizar o ministrio que o Senhor designou que cumprssemos. Se o crente pensar dessa maneira ele estar afirmando que Deus no tem Poder para capacitar os seus servos, e sabemos que isso no verdade. Antes imprescindvel dizer que toda a capacidade vem dos Cus, do Deus provedor (Tiago 1:17), s precisamos estar enxertados na videira que Cristo.

    A caverna da inferioridade uma arma terrvel do inimigo j que de fato ao olharmos para ns mesmos e as circunstncias que nos cercam vamos nos decepcionar e desanimar. Isso tudo que o diabo deseja! Mas enquanto a caverna da inferioridade faz com que olhemos para baixo a espera do suprimento humano, temos um Deus que nos comprou com alto preo, Ele o nosso escudo e quer nos ver de cabea erguida. Porm tu, SENHOR, s um escudo para mim, a minha glria, e o que exalta a minha cabea. (Sl 3:3).

    O Homem e a mulher de Deus no tm razes para se refugiarem na caverna da inferioridade uma vez que em Deus no somos inferiores, ao contrrio, todos so capazes de realizar grandes obras. Em Deus faremos proezas; porque Ele quem calar aos ps dos nossos inimigos. (Sl 108:13)

    d) Caverna do Orgulho

    A caverna do orgulho que brota no corao do homem abominvel ao Senhor. O Senhor detesta os orgulhosos de corao. Sem dvida sero punidos. (Pv 16:5) A principal meta desta caverna colocar o homem numa posio de igualdade com Deus, assim como aconteceu com Lcifer. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altssimo. (Is 14:14) Esta caverna torna o homem insensvel as coisas de Deus, faz a pessoa imaginar que auto-suficiente no precisando da presena e atuao de Deus em sua vida.

    Em diversas situaes na bblia Deus toma decises no tocante a proteger o corao do povo contra o orgulho. Disse o Senhor a Gideo: O povo que est contigo demais para eu entregar os midianitas em sua mo; no seja caso que Israel se orgulhe contra mim, dizendo: Foi a minha prpria mo que me livrou. (Jz 7:2) O pecado do orgulho muito danoso comunho com o Senhor. Este precede

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    ao pecado de rebelio, que segundo as escrituras semelhante ao de feitiaria. Devemos estar sempre atentos as situaes da vida em que somos confrontados com o orgulho.

    Uma pessoa orgulhosa se sente numa posio superior as outras, esta imagina que o mundo gira ao seu redor e que depois do Sol ela a maior estrela, mesmo estando com enfermidades/defeitos em sua vida que todos podem ver. Foi assim com o General Naam: ... homem valoroso, porm leproso. (II Reis 5:1). Naam desejava ser curado da sua doena (lepra) e por isso foi at Eliseu para receber a cura. O homem de Deus deu a ordem atravs do seu moo para que o General se lavasse sete vezes no rio Jordo, contudo Naam cheio de orgulho replicou: Porm, Naam muito se indignou, e se foi, dizendo: Eis que eu dizia comigo: Certamente ele sair, por-se- em p, invocar o nome do SENHOR seu Deus, e passar a sua mo sobre o lugar, e restaurar o leproso. (II Reis 5:11) Naam estava preso dentro da caverna do orgulho.

    Esta caverna pode se apresentar para ns de algumas formas veja:

    Olhar para as prprias qualidades- Quando observamos de maneira superestimada as nossas qualidades, dons e talentos, camos no mesmo erro que Elias cometeu ao reclamar com o Senhor o fato de ter sido zeloso com a obra de Deus dizendo que mais ningum de Israel fora fiel como ele e no final ficara sozinho. O resultado disso (na viso da caverna que Elias tinha) era que buscavam a sua vida para tirarem (I Reis 19:10).

    Satisfazer a prpria vontade- A caverna do orgulho caracterizada pela satisfao da vontade humana em total desconsidareo vontade de Deus. Sanso era um homem tremendamente usado pelo Senhor com imenso poder e grande fora. Numa hora primordial da vida em que faria a escolha da sua esposa, desobedeceu a ordem do Senhor e buscou uma mulher dentre os Filisteus, povo qual o Senhor proibiu que assim o fizesse. Sanso fez isso simplesmente pelo pretexto de ter sua vontade atendida. Porm seu pai e sua me lhe disseram: No h, porventura, mulher entre as filhas de teus irmos, nem entre todo o meu povo, para que tu vs tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sanso a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos. (Jz 14:3)

    Devemos seguir o exemplo de Jesus que mesmo em meio ao maior sofrimento que um ser humano j suportou ele no preferiu a sua vontade, antes se submeteu a vontade de Deus.

    ... orando e dizendo Meu Pai, se possvel, passe de mim este clice; todavia no seja como eu quero, mas como tu queres. (Mt 22:39)

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    Depender do reconhecimento humano - H pessoas que ao realizarem alguma coisa no obra de Deus necessitam sempre receber elogios pelos seus feitos, caso isso no acontea ficam triste se achando injustiadas demonstrando com essa atitude falta de humildade e uma mente orgulhosa.

    ... agiu com o seu brao valorosamente; dispersou os que no corao alimentavam pensamentos soberbos. Derrubou dos seus tronos os poderosos e exaltou os humildes." (Lu 1:51-52)

    Na caverna do orgulho Cristo destronado da nossa vida e o nosso eu proclamado rei do nosso viver. De que vale ser reconhecido pelos homens se Deus no nos reconhece como servo fiel? Quando Deus reconhece algum primeiro, este naturalmente ser reconhecido pelos homens, no pelas suas habilidades, mas sim, pelo poder de Deus que nele opera.

    e) Caverna do Desnimo

    A caverna do desnimo em geral se apresenta quando a pessoa no consegue encontrar motivao naquilo que faz, conjuntamente com a falta de entusiasmo para seguir cumprindo o ministrio que lhe foi dado pelo Senhor. Uns dos principais sintomas da caverna do desanimo : a ausncia nos cultos, falta de desejo em ler a bblia, de orar, desinteresse pelas almas, a pessoa no mais quer estar com os irmos fica sempre arrumando desculpas enfim, o indivduo prefere o isolamento a enfrentar essa situao que est posta diante dele.

    Um homem que decide seguir ao Senhor precisa entender que no decorrer da vida aparecero diversas situaes para causar-lhe desnimo e reduzir o entusiasmo. Nesses casos, o isolamento aparenta ser a soluo mais vivel e mais fcil. S que essa uma das estratgias que o inimigo usa constantemente tentando nos convencer de que sozinho vamos resolver a situao, dizendo-nos que ningum pode nos ajudar. No entanto, a palavra de Deus diz que: Aquele que vive isolado busca seu prprio desejo; insurge-se contra a verdadeira sabedoria. (Pv 18:1)

    As escrituras do muita nfase questo do bom nimo deixando bem claro que isso deve sempre fazer parte da vida do crente. Esse cuidado se d porque muito fcil para o homem entrar na caverna do desnimo frente ao primeiro obstculo que vier a surgir no caminho. Os filhos de Deus no devem permitir que o desnimo ocupe espao em sua mente. Logicamente que as dificuldades esto presentes para desanimar o cristo na caminhada, mas nesta hora devemos clamar ao Senhor pela alegria que somente encontramos em seu Reino.

    Porque o reino de Deus no comida e nem bebida, mas justia, e paz, e alegria no Esprito Santo (Rm 14:17) Temos o Esprito Santo que pode nos trazer alegria mesmo nos momentos de grandes provaes em que a caverna do desnimo parece se abrir para ns. Pode at parecer loucura, mas isso que a Palavra de Deus nos garante que no reino de Deus tem plenitude de alegria independente da situao.

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    Novamente, o nosso foco deve estar em Jesus Ele o nico que jamais ir nos decepcionar!

    No captulo primeiro do livro de Josu o Senhor por quatro vezes manda Josu se esforar e ter bom nimo porque o Senhor estaria com ele em todo tempo. No to mandei eu? Esfora, e tem bom nimo; no te atemorizes e nem te espantes; porque o Senhor teu Deus est contigo, por onde quer que andares. (Js 1:9) O ensinamento dessa proposio que o fato real e concreto da presena do Senhor em nossas vidas suficiente para que nos esforcemos e tenhamos bom nimo. Temos a certeza que o Deus todo poderoso est conosco, o que de mais maravilhoso poderia acontecer para que tivssemos bom nimo? Nada. A Minha graa te basta diz o Senhor. (II Cor 12:9).

    Concluso

    Como vimos na vida de Elias que foi um homem tremendamente usado abenoado e pelo Senhor, todavia protagonizou um fato real ao entrar numa caverna em sinal de fuga e, automaticamente, se distanciou do Senhor. Isso nos mostra que por mais ntimo que sejamos de Deus por maior os milagres que Ele faa atravs de ns, nunca estaremos totalmente protegidos contra as cavernas que aparecem no decorrer da vida. A bblia ensina que: Aquele pois, que pensa estar em p veja que no caia. (I Co 10:12) Pensando nesse versculo fica notrio que indispensvel ter cuidado com as cavernas no caminho do crente. O conhecimento da Palavra, uma vida de orao, vivendo em total submisso a vontade de Deus so requisitos obrigatrios para que possamos fugir desta tentao capaz de nos distanciar do Senhor, que so as cavernas. Alis, a bblia enfatiza a vigilncia na vida crist: Vigiai e orai, para que no entreis em tentao; o esprito, na verdade, est pronto, mas a carne fraca. (Mt 26:41)

    Estar em constante orao e vigilncia nos ajudar a no cair na tentao desse falso socorro que a caverna. Inevitavelmente todos ns iremos a algum momento nos deparar com tipos de cavernas. Seja qual for a circunstncia est fora de questo aos filhos de Deus buscar socorro em algo humano, e com isso, se afastar do Senhor. No devemos em hiptese alguma entrar numa caverna se distanciando da face do Senhor, j que dentro dela impossvel olhar para cima e contemplar o Sol da justia, uma vez que somente do alto vem a soluo para qualquer situao.

    Elevo os meus olhos para os montes; de onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os cus e a terra. (Sl 121:1-2)

    Que o Senhor nos proteja das cavernas que se apresentarem no caminho. Ele poderoso para livrar o seu povo.

    Esta lio dever ser estudada por 5 domingos