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1 I SEMINÁRIO DE EXTENSÃO DO CCHLA O PENSAR E O FAZER EXTENSIONISTA COM CIDADANIA RESUMOS DOS PROJETOS 15 e 16 de agosto

CD I Seminário de Extensão

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Page 1: CD I Seminário de Extensão

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I SEMINÁRIO DE EXTENSÃO DO

CCHLA

O PENSAR E O FAZER

EXTENSIONISTA COM

CIDADANIA

RESUMOS DOS PROJETOS

15 e 16 de agosto

Page 2: CD I Seminário de Extensão

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAIBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS LETRAS E ARTES

Reitor: Rômulo Soares Polari

Vice-Reitora: Maria Yara Campos Mattos

Diretor do CCHLA: Ariosvaldo da Silva Diniz

Vice-Diretora do CCHLA: Mônica Nóbrega

COMISSÃO ORGANIZADORA

Ariosvaldo da Silva Diniz

Maria de Fátima Almeida

Cida Guimarães

Nathane Costa

Francisco Xavier

Francisco Holanda

ISBN

978-85-7745-848-6

Page 3: CD I Seminário de Extensão

3

SUMÁRIO

Zaeth Aguiar do Nascimento 7

A CLÍNICA E A SAÚDE MENTAL NA CIDADE: UMA ARTICULAÇÃO

ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NO CENTRO DE ATENÇÃO

PSICOSSOCIAL PORTO CABEDELO/PB

Clênia Maria Toledo de Santana Gonçalves 9

A ESCUTA DO USUÁRIO TABAGISTA NO CAIS JAGUARIBE

Luceni Caetano da Silva 11

A ORQUESTRA SINFÔNICA JOVEM DA UFPB

Maria de Lourdes Soares 12

A POLÍTICA HABITACIONAL PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA

COMO PROPOSTA DE INCLUSÂO NA CIDADE

Antonio Mendes da Silva 13

A QUESTÃO INDÍGENA NO NORDESTE: A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA

NAS ESCOLAS DAS ALDEIAS JARAGUÁ E MONTE-MOR

Jamile Paiva 14

AÇÃO DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA NA COORDENADORIA DO

PATRIMÔNIO CULTURAL DE JOÃO PESSOA

Maria de Fatima Pereira Alberto 15

AÇÕES DE PROTAGONISMO: UM ENCONTRO ENTRE A EXTENSÃO

UNIVERSITÁRIA E AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO PETI

Eugênia Tereza C. B. Krutzen 17

AÇÕES INTEGRADAS UFPB / HOSPITAL JULIANO MOREIRA

Veronica Lucia do Rego Luna 19

ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL AO IDOSO EM INSTITUIÇÕES DE

LONGA PERMANÊNCIA

Laura Helena Montenegro Carneiro da Cunha Kumamoto 20

APOIO À CRIANÇA HOSPITALIZADA: UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO LÚDICA

Samir Perrone de Miranda 24

CINEMA & HUMANIDADES: CICLOS TEMÁTICOS DE CINEMAS

Guilherme Barbosa Schulze 25

CONTEMDANÇA 2.0: GRUPO TRANSDISCIPLINAR DE DANÇA E

PROCESSOS HÍBRIDOS DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA

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Kátia Ferreira Fraga 26

CRIAÇÃO DE AUDIOGUIAS PARA OS MONUMENTOS HISTÓRICOS DA

PARAÍBA

Maria Eleonora Montenegro de Souza 27

DANÇAS CIRCULARES NA UFPB

Marta Pragana Dantas 29

DIREITOS LINGUÍSTICOS E INCLUSÃO SOCIAL: OFICINAS DE LÍNGUA

FRANCESA

Maria Patrícia Lopes Goldfarb 30

EDUCAÇÃO E CULTURA: UM EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM SOBRE A

DIVERSIDADE CULTURAL EM SOUSA-PB

Solange Pereira da Rocha 31

EXTENSÃO E RELAÇÕES RACIAIS: PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE

IGUALDADE RACIAL E VALORIZAÇÃO DA MATRIZ CULTURAL

AFRICANA NO ESTADO DA PARAÍBA/PROAFRO

Regileide de Lucena Fernandes 32

FORMAÇÃO PROFISSIONAL E CLÍNICA NO ATENDIMENTO A

PACIENTES PSICÓTICOS: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE PSICANÁLISE E

PSIQUIATRIA

Ana Cristina Marinho Lúcio 33

JOANINHA: LEITURAS ENCENADAS

Maria Bernardete da Nóbrega 34

LEITURA E INTERAÇÃO: ANÁLISE DO DISCURSO ESTÉTICO-

POESIA/PINTURA E OUTROS GÊNEROS

Eneida Martins de Oliveira 35

LETRAMENTOS: MULTIMODALIDADE, LEITURA E PRODUÇÃO

TEXTUAL

Maria de Fátima Almeida 37

LINGUAGENS E LEITURAS: EXPERIÊNCIAS NO ENSINO

FUNDAMENTAL

Zélia Monteiro Bora 38

LITERATURA E ECOCRÍTICA NO ENSINO MÉDIO

Josélia Ramalho Vieira 40

MECT – MUSICALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ENSINO COLETIVO DE

TECLADO/PIANO

Page 5: CD I Seminário de Extensão

5

Paulo Roberto Vieira de Melo 41

MEMÓRIA DO MOVIMENTO

Anderson de Souza Mariano 43

MÚSICA EM PERFORMANCE

Caroline Brendel Pacheco 44

MUSICALIZAÇÃO INFANTIL NA UFPB

Sandra Souza da Silva Chaves 45

O BEM-ESTAR SUBJETIVO E O PLANTÃO PSICOLÓGICO NA ESCOLA

PÚBLICA: UM FOCO NA POSITIVIDADE HUMANA

Cirineu Cecote Stein 46

O LINGUAJAR DO SERTÃO PARAIBANO – PATRIMÔNIO LINGUÍSTICO-

CULTURAL

Regina Celi Mendes Pereira da Silva 48

OS CAMINHOS DO PROJETO UNIESCOLA: EM BUSCA DE NOVAS

METODOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Maria de Fátima Melo do Nascimento 50

OS USUÁRIOS E SUAS DEMANDAS NO TERRITÓRIO DO CRAS DE CRUZ

DAS ARMAS E MANDACARU: COMO ATINGI-LAS

Amarilis Rebuá de Matos 52

PRESTO ÓPERA

Margarete Von Mühlen Poll 53

PROGRAMA LINGUÍSTICO-CULTURAL PARA ESTUDANTES

INTERNACIONAIS (PLEI)

Heloisa Müller 22

PROJETO CAMENA DE OFICINA BARROCA

Valdinei Veloso Gouveia 54

PROMOÇÃO DE COMPORTAMENTOS PRÓ-AMBIENTAIS: UMA

INTERVENÇÃO BASEADA NOS VALORES HUMANOS

Daniella da Cunha Gramani 55

QUARTETO VOCAL “É O QUE, HÔMI?!”

Mônica F. B. Correia 57

REEDITANDO HISTÓRIAS DE FRACASSO ESCOLAR

Ieda Franken Rodrigues 58

SAMEM – Saudavelmente Estudante Migrante

Page 6: CD I Seminário de Extensão

6

Armando Albuquerque de Oliveira 59

SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS: UMA ABORDAGEM DA

CIÊNCIA POLÍTICA

Maria de Fátima Fernandes Catão 61

SEOP- SERVIÇO E ESCUTA EM ORIENTAÇÃO PSICOSSOCIAL: PROJETO

DE VIDA E TRABALHO

Regina Célia Gonçalves 62

SUBINDO A LADEIRA: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ENSINO DE

HISTÓRIA NO VARADOURO – JOÃO PESSOA/PB

Juciane Araudi Beltrame 63

TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO MUSICAL

Rosalma Diniz Araújo 64

VIVACIDADES

Page 7: CD I Seminário de Extensão

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A CLÍNICA E A SAÚDE MENTAL NA CIDADE: UMA ARTICULAÇÃO

ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO NO CENTRO DE ATENÇÃO

PSICOSSOCIAL PORTO CABEDELO/PB

Zaeth Aguiar do Nascimento

Liliane Félix Ribeiro da Silva

Égila Alves de Souza

Vaneide Delmiro Neves

O Programa de Extensão “A Clínica e a Saúde Mental na Cidade” é composto de

diversos projetos vinculados à Clínica Escola de Psicologia da UFPB. A Clínica-escola

fundada em 1979, em sua atuação também tem se voltado para as atividades

'extramuros', se inserindo nos espaços da comunidade externa à academia, buscando

parcerias com instituições, desenvolvendo intervenções que articulam as três dimensões

que sustentam o trabalho acadêmico: o ensino, a pesquisa e a extensão lançando um

olhar para uma Clínica Ampliada. Neste sentido, o campo de atuação permite que os

estudantes, professores e técnicos se apropriem de novas ferramentas metodológicas

num trabalho que envolve as equipes multidisciplinares. O referido programa tem como

um de seus projetos “A Psicanálise e a Saúde Mental na Cidade” desenvolvido no

Centro de Atenção Psicossocial Porto Cidadania (CAPS I), situado no município de

Cabedelo/PB. O CAPS é um serviço de cunho multiprofissional e comunitário, e como

um serviço substitutivo, foi criado com o intuito de romper com as práticas

segregacionistas dos hospitais psiquiátricos atendendo casos de intenso sofrimento

psíquico. O CAPS de Cabedelo foi fundado em 2004 e firmou convênio com a UFPB

em 2006 recebendo alunos do curso de Psicologia para desenvolver ações de ensino,

pesquisa e extensão. Visando a reconstrução do laço social dos usuários e a invenção de

novos dispositivos de cuidado, os alunos, semanalmente, participam das atividades do

CAPS tais como: acolhimento, reuniões com familiares, atendimentos domiciliares,

oficinas de artes plásticas, de cerâmica, desenho, colagem, de capoeira, oficina do

movimento (futebol e caminhadas na praia de Cabedelo), e circulação pelo serviço e

pela cidade através de passeios e apresentações de oficinas de capoeira, de artes

plásticas, etc.). Temos observado que essas atividades favorecem na estabilização do

quadro psicótico, na diminuição da taxa de reinternação, bem como na inserção social

dos sujeitos atendidos. Além das atividades desenvolvidas no CAPS, os alunos

participam do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Psicanálise e Saúde Mental visando à

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8

formação teórica metodológica. Outro Projeto desenvolvido no referido serviço por

estudantes de diversos cursos da UFPB é o PET Saúde Mental: Crack, álcool e outras

drogas. Assim, constatamos que as propostas terapêuticas desenvolvidas pelos

estudantes e pela equipe multiprofissional do CAPS têm favorecido o laço social dos

usuários bem como contribuído com a produção de outras formas de pensar e lidar com

a loucura.

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A ESCUTA DO USUÁRIO TABAGISTA NO CAIS JAGUARIBE

Clênia Maria Toledo de Santana Gonçalves

Maria José Monteiro Pereira

Rayanne Maropo Sátiro

Yordan Bezerra Gouveia

Élyman Patrícia da Silva

Isabela Cristiane Vieira de Sá

Erlayne Beatriz Félix de Lima Silva

A OMS estima que o consumo de tabaco cause aproximadamente 4,9 milhões de

mortes anualmente no mundo. Não ocorrendo mudanças, em 2025, prevê-se a

ocorrência de 10 milhões. Apesar de campanhas de conscientização na mídia,

advertindo-se acerca dos prejuízos, o número de consumidores é freqüente. O tabagismo

se configura hoje como um problema de saúde coletiva mundial, pois causa inúmeros

prejuízos à saúde - seja ela de cunho físico ou psicológico - e econômica ao país. O uso

do tóxico, objeto do presente estudo: o tabaco, se apresenta como um substituto da falta

do objeto perdido, isto é, o “tóxico”, para as toxicomanias de suplência, funciona como

um objeto que tenta preencher a falta simbólica do sujeito que traduz a relação

sintomática direta, imediata entre o mal-estar sentido pelo sujeito e um objeto que

assume a função de aliviar a dor de existir. Portanto este projeto, a fim de contribuir

com a sociedade, tem como objetivo possibilitar aos usuários do programa anti-

tabagista do CAIS Jaguaribe um espaço subjetivo para elaboração de seus conflitos e

queixas pessoais. Com base nisto, tomou-se como referencia a teoria psicanalítica que

busca entender esse fenômeno debruçando-se sobre o pathos psíquico, entendido como

obscuro que só vem a se tornar claro através do registro da palavra, que se apresenta

através de sintoma. O processo será realizado através da escuta psicológica no qual

serão utilizadas entrevistas, em profundidade e/ou semi estruturado, e técnicas de

avaliação psicológica como ferramentas para auxiliar na compreensão das implicações

do uso do tabaco na vida psíquica do sujeito. Espera-se com isso, possibilitar ao sujeito

tabagista um espaço de escuta para a elaboração do mal-estar psíquico que compromete

a uma melhor adesão a um tratamento anti-tabagista, como também oferecer um suporte

ao projeto desenvolvido, pelo CAIS Jaguaribe. Desta forma conclui-se que este projeto

proporcionará aos sujeitos tabagistas do programa Anti-tabagismo CAIS Jaguaribe um

espaço subjetivo para que os mesmos elaborem a posição que o tabaco ocupa em sua

Page 10: CD I Seminário de Extensão

10

vida subjetiva, seja por meio de intervenções terapêuticas e técnicas de exame

psicológico.

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A ORQUESTRA SINFÔNICA JOVEM DA UFPB

Luceni Caetano da Silva

Everton Praxedes de Souza

Rogério Pereira Vicente

A Orquestra Sinfônica Jovem da UFPB é um projeto de extensão desenvolvido

pelo Departamento de Música – DeMús – da Universidade Federal da Paraíba, cujo

objetivo principal é oferecer aos seus alunos dos cursos de extensão e do Bacharelado,

uma prática de orquestra, estimulando nesse público o prazer e o gosto pelo instrumento

musical escolhido. A orquestra tem servido de laboratório para a prática de orquestra

dos alunos de instrumento da graduação do Bacharelado e da Licenciatura em Música.

Além disso, os alunos de composição apresentam seus arranjos, feitos especificamente

para a orquestra e os alunos de regência exercitam também a prática de regência.

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A POLÍTICA HABITACIONAL PARA A POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA

COMO PROPOSTA DE INCLUSÂO NA CIDADE

Maria de Lourdes Soares

Ana Ducila Cavalcante da Silva

Juliana Lopes Monterio de Almeida

O presente trabalho sobre a política de habitação popular como proposta de

inclusão social na cidade de João Pessoa, PB, Brasil, tenta mostrar a Política

Habitacional no Brasil, particularmente a Política de habitação popular na cidade na

realizada, mostrando suas características nos governos que se seguem após a ditadura

militar, as nuances utilizada pelos governantes de cada época e as possibilidades como

inclusão do cidadão. O trabalho foi realizado a partir de pesquisas documentais e

bibliográficas, discussões redações na tentativa de compreender na historia a

desigualdade encontrada entre o déficit habitacional e a quantidade de residências

construídas, principalmente no que diz respeito a habitação popular direcionada a

população mais carente, dando ênfase a intervenção do Estado na questão habitacional e

na forma como o Estado no decorrer da política habitacional vem diminuindo o déficit

habitacional e/ou aumentando a acumulação capitalista, fazendo com que o capital

venha cada vez mais a se multiplicar e, conseqüentemente aumentar a disparidade na

distribuição de renda e a pobreza .

Page 13: CD I Seminário de Extensão

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A QUESTÃO INDÍGENA NO NORDESTE: A EDUCAÇÃO DIFERENCIADA

NAS ESCOLAS DAS ALDEIAS JARAGUÁ E MONTE-MOR

Antonio Mendes da Silva

Rafael Maximino dos Santos

Maria Aparecida Nascimento da Silva

O GT Indígena – SEAMPO/CCHLA/UFPB vem desenvolvendo discussões

sobre a educação diferenciada nas escolas indígenas, especificamente em Monte Mor e

Jaraguá no município de Rio Tinto/PB. O GT a partir de uma busca de fundamentos

teóricos tenta somar conhecimentos as práticas pedagógicas com a finalidade de erigir

pilares educacionais que sustentam e fortaleçam a cultura e a cidadania do povo

Potiguara, por entender que tal demanda se faz necessária, pois o povo Potiguara em sua

história vem passando por um processo de luta e sobrevivência de sua cultura e

identidade, onde papel da educação no âmbito escolar é de suma importância nessa luta.

As ações educativas têm como referencial a educação popular buscando a forma

participativa de envolver lideranças indígenas e políticas, caciques, gestores das escolas,

professores e estudantes. Para que possamos construir instrumentos para avaliar os

processos de ensino e aprendizagem das escolas que estão trabalhando na perspectiva da

educação diferenciada das redes estaduais e municipais do município de Rio Tinto.

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AÇÃO DA COMUNICAÇÃO PÚBLICA NA COORDENADORIA DO

PATRIMÔNIO CULTURAL DE JOÃO PESSOA

Jamile Miriã Fernandes Paiva

A Coordenadoria do Patrimônio Cultural da Prefeitura Municipal de João

Pessoa além de estimular a conservação física de lugares históricos, tais

como prédios públicos, monumentos, praças, bens naturais, entre outros, visa

levar a comunidade a um processo ativo de conhecimento, apropriação e

valorização de sua herança patrimonial e cultural para melhor usufruto pela

coletividade. Nesse contexto o campo da comunicação pública pode ser

percebido como uma modalidade de comunicação que contribui para estimular a

apropriação consciente do patrimônio movido pelo sentimento de

pertencimento, de resgate e de preservação, por sua função de facilitar o

debate público na perspectiva da construção da cidadania. Ao estabelecer um

processo interativo entre as comunidades e os agentes responsáveis pela

preservação, estaremos possibilitando a troca de conhecimentos e a formação

de parcerias para a proteção e valorização dos bens culturais. Nossa

proposta de trabalho é desenvolver ações de comunicação voltadas para

fortalecer as noções de identidade e de memória cultural compartilhada, que

tem como referencia o espaço público democratizado – elemento imprescindível

na política de preservação do patrimônio. Entendemos a Educação Patrimonial

como um processo ativo de conhecimento, valorização e apropriação consciente

do nosso patrimônio, seja este qualquer evidência material ou manifestação

cultural.

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AÇÕES DE PROTAGONISMO: UM ENCONTRO ENTRE A EXTENSÃO

UNIVERSITÁRIA E AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO PETI

Maria de Fatima Pereira Alberto

Leandro Carlos Ferreira de Sousa, Sharlinny Karina Silva de Lima,

Yracema Porto de Queiroz, Cibele Soares da Silva Costa,

Gisléa Kândida Ferreira da Silva, Rodolfo de Oliveira Marques,

Luana Carla Bandeira Sobrinho, Stefanie Esteves Salgueiro,

Maria Genecleide Dias de Souza, Nara Fernandes Lúcio,

Liliane Félix Ribeiro da Silva, Ananda Neves Dias Arnoud,

Égila Alves de Souza, Vinícius Suares de Oliveira,

Gisele Christine Lins Lopes

O projeto de extensão Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI):

Ações de Potencialização das Crianças e Adolescentes Atendidas nas Ações Sócio-

Educativas e de Convivência tem suas atividades desenvolvidas em dois núcleos em

João Pessoa. Os objetivos do projeto são: desnaturalizar o trabalho infantil;

potencializar o protagonismo e contribuir para a formação da cidadania, conscientização

dos direitos das crianças e adolescentes; contribuir na melhoria do processo escolar dos

educandos do PETI; mediar a interação entre os núcleos, a escola, a família e as Redes

que compõem o Sistema de Garantias de Direito (SGD) de defesa da criança e

adolescente; estabelecer uma parceria entre a escola, os extensionistas e os núcleos;

facilitar a formação de grupos comunitários com as famílias, assim como formar futuros

profissionais em psicologia social. As atividades envolvem a realização de oficinas de

leitura, música, dança, teatro, rodas de conversa, brincadeiras, jogos, as visitas

domiciliares, a visita às escolas das crianças e adolescente, além de reuniões com a

coordenação do PETI, com os núcleos, com os educadores e com as instituições da

Rede. As oficinas são construídas conjuntamente entre extensionistas, educandos e

educadores do PETI. Utilizamos como referenciais teórico-metodológicos a Psicologia

Sócio-histórica que parte do entendimento de que a infância e a adolescência são

construções sociais, a Psicologia Social Comunitária, a Educação Popular e os Direitos

Humanos. As temáticas envolvem os direitos humanos, direitos da criança e do

adolescente, cidadania, trabalho infantil, violência, protagonismo juvenil, educação e

escola, cultura e folclore, família, comunidade, diversidade sexual e preconceito e são

trabalhadas de acordo com as demandas apresentadas pelos educandos. Através das

atividades podemos perceber avanços em relação ao protagonismo dessas crianças e

adolescentes, principalmente no que se refere à crescente apropriação do espaço do

PETI por esses sujeitos, maior participação nas atividades, progressos referentes à

Page 16: CD I Seminário de Extensão

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leitura e escrita, e o fortalecimento do vínculo entre os educandos e os extensionistas.

Os avanços se relacionam à parceria com os educadores, que buscaram compartilhar

aquele espaço através da colaboração nas atividades. As visitas domiciliares também

caminham no sentido da promoção da autonomia e protagonismo das famílias das

crianças e adolescentes, principalmente através da formação e fortalecimento da Rede

Social, que busca o resgate dos direitos, tanto das crianças como de suas famílias.

Page 17: CD I Seminário de Extensão

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AÇÕES INTEGRADAS UFPB / HOSPITAL JULIANO MOREIRA

Eugênia Correia

Flávia Fernando

Érica Matsuoka

Ícaro Braga

Jackeline Aires

Rodrigo Vaz

O movimento anti-manicomial lançou suas raízes na metade do século XX,

principalmente com a obra de David Cooper, Ronald Laing, Baremblitt, e no Brasil,

Nise da Silveira, entre tantos outros. Herdeiros da teoria freudiana, que inaugurou um

novo olhar sobre a loucura, um dos desdobramentos políticos desse movimento é a

substituição gradativa dos internamentos em grandes hospitais por serviços

ambulatoriais de apoio psicoterapêutico ao usuário e à família. O Complexo Hospitalar

Juliano Moreira é uma das maiores instituições hospitalares da Paraiba, e nossa entrada

coincide com a da nova diretoria que assume no início de 2011. Flávia Fernando e sua

equipe são acolhedores à nossa proposta de integrar projetos de extensão e estágio de

final de curso de graduação em Psicologia, originando o projeto aqui apresentado. O

objetivo básico de nossa ação é contribuir para a construção dos serviços substutivos

ambulatoriais, apoiando a família dos usuários e abrindo espaço para uma adaptação

fora do espaço hospitalar. Desenvolvemos 5 modalidades de intervenção: 1 – Cine-

clube: sessões com filmes selecionados seguidos de debate na companhia dos

extensionistas. Até julho/2011, foram realizadas duas sessões, sendo que o público

aumentou três vezes mais que a primeira sessão. Essa expressiva demonstração de

interesse dos usuários e dos profissionais envolvidos, motivou o projeto a desdobrar as

sessões em diversos horários, ao invés de apenas uma vez por mês. 2 – Biblioteca –

Incentivo ao uso da biblioteca como instrumento psicoterapêutico, estando prevista para

agosto/2011 a “Hora da história”, quando são contadas histórias para usuários que

também podem, além de comentar, ditar ou escrever suas próprias narrativas. 3 –

Supervisões – Semanalmente são discutidos casos clínicos apresentados pelos

participantes do projeto. 4 – Seminário “A clínica da psicose” – Carlos Santos,

psicanalista, realiza mensalmente uma seminário aberto ao público, voltado para a

questão da psicose. 5 – Clube do Xadrez – Ainda em fase de elaboração, essa atividade

conta com o apoio do mestre José de Anchieta Correia, que se dispõe a contribuir

voluntariamente com ensinamentos sobre esse jogo. As vantagens do uso de jogos em

Page 18: CD I Seminário de Extensão

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instituições voltadas para saúde mental são apresentadas na tese de doutorado de

Eugênia Correia (1999). Planejamos para dezembro de 2011 a realização de um evento

encerrando o semestre, que será intitulado “Começando”, de modo a sublinhar a

situação de construção em que se encontra nosso projeto.

Page 19: CD I Seminário de Extensão

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ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL AO IDOSO EM INSTITUIÇÕES DE

LONGA PERMANÊNCIA

Verônica Lucia do Rego Luna

Este projeto objetiva oferecer acompanhamento psicossocial a idosos residentes

do Lar da Providência Carneiro da Cunha [instituição de longa permanência da capital,

com vistas à melhoria das condições de vida, atividades e dinâmica das relações

interpessoais. Busca-se dar continuidade a um conjunto de práticas de atenção integrada

a idosos iniciadas em semestres passados na disciplina Psicologia do Desenvolvimento

III, sob minha responsabilidade, com a participação de alunos do curso de Psicologia e

com o apoio do Núcleo integrado de estudos e pesquisas da terceira idade (NIETI).

Convém salientar que tal iniciativa visa responder à solicitação feita por instituições de

longa permanência que, como é sabido, carecem de recursos, de profissionais e de

serviços para melhor atenderem aos idosos. Pretende-se também proporcionar ao

alunado a ampliação dos conhecimentos acerca do envelhecimento, complementando o

saber teórico com a experiência concreta do envelhecer nas circunstâncias asilares, o

que possibilitará a compreensão do funcionamento destas instituições, seus limites e

possibilidades de intervenção. Busca-se atenuar o sofrimento psíquico dos idosos que

experimentam abandono e rejeição social por meio de um trabalho focado no perdão

interpessoal e redução da mágoa. Idosos, familiares e cuidadores também se

beneficiarão das ações deste projeto que visa atenuar o processo de segregação a que

são submetidos os residentes na ILPs. Outro foco das ações do projeto é a capacitação

dos profissionais (cuidadores e gestores) com base no saber gerontológico atualizado e

interdisciplinar. Finalmente, as intervenções a serem realizadas têm por fim integrar o

ensino, a pesquisa e a extensão, ampliando o alcance do conhecimento científico a

serviço da comunidade, contribuindo para o bem-estar na velhice e no respeito aos

idosos. É preciso que a sociedade, a ciência, os gestores públicos estejam preparados

para o desafio de uma sociedade que envelhece.

Page 20: CD I Seminário de Extensão

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APOIO À CRIANÇA HOSPITALIZADA: UMA PROPOSTA DE

INTERVENÇÃO LÚDICA Laura Helena M. Kumamoto

Lívia Candice da Silva Jardim

Nara da Nóbrega Rodrigues

Suele Conde Soares

Rafaella Magno de Andrade

Maylla Candeia Ramalho

Amanda Daniele

Thainá Magalhães Portugal

Este trabalho de extensão vinculado ao Departamento de Psicologia da

Universidade Federal da Paraíba (UFPB) presta serviço especializado à comunidade

desde novembro de 2000. A equipe de trabalho é formada por: 1 psicóloga

coordenadora e professora do Departamento de psicologia da UFPB , 3 psicólogas

colaboradoras da comunidade que formam a equipe permanente, 1 aluna de psicologia

extensionista bolsista e 2 extensionistas colaboradoras . Conta com o apoiado

financeiro do Instituto Felipe Kumamoto, essencial à manutenção da equipe permanente

e aquisição dos recursos materiais necessários à implementação das intervenções. A

existência da equipe permanente é um diferencial importante neste projeto haja vista a

continuidade das ações, independente do período de vigência do Probex. Pautado na

concepção do processo saúde-doença numa perspectiva biopsicossocial o objetivo geral

é contribuir para a humanização do cuidar e a melhoria da qualidade de vida durante a

hospitalização ao ampliar a compreensão das necessidades da clientela alvo para além

da doença. Atende uma média mensal de 45 crianças/adolescentes internados na

Unidade de Pediatria do Hospital Universitário Lauro Wanderley em João Pessoa-PB,

através de intervenções lúdicas ancoradas teórica e metodológica na perspectiva

fenomenológica-existencial e humanista, na Abordagem Bioecológica do

Desenvolvimento humano e nos princípios da psicologia positiva. Através desta

fundamentação teórica a metodologia lúdica é reconhecida como fundamental para o

desenvolvimento integral do ser humano e como estratégia de fortalecimento da

resiliência (enfrentamento de adversidades). O trabalho é desenvolvido nos leitos e na

sala de recreação, individualmente ou em grupo, nas atividades comemorativas

especiais, e através do apoio e orientação psicopedagógica para os acompanhantes. Ao

articular as atividades de ensino, extensão e pesquisa proporciona ao graduando uma

vivência teórico-prática e contribui para a sua formação através do desenvolvimento de

postura crítica e reflexiva acerca do papel da psicologia no âmbito da promoção da

saúde no contexto hospitalar, além de aproximar a academia da comunidade atendida

Page 21: CD I Seminário de Extensão

21

nesta instituição. Ao contribuir para a humanização e promoção da saúde também

atende a lei 11.104 de março de 2005 que torna obrigatória a instalação de espaços

lúdicos nos hospitais.

Page 22: CD I Seminário de Extensão

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CINEMA & HUMANIDADES: CICLOS TEMÁTICOS DE CINEMAS

Samir Perrone de Miranda

O projeto tem como proposta um debate sobre as possibilidades de utilização de

recursos cinematográficos em associação ao desenvolvimento do conhecimento no

campo das Ciências Humanas, com ênfase nas Ciências Sociais. Nessa perspectiva, o

projeto prevê a organização de um conjunto de ciclos de cinema, constituídos através do

estabelecimento de recortes temáticos, tendo por público alvo estudantes universitários

e do ensino médio, mas com sessões abertas à comunidade em geral. A dinâmica destas

atividades consiste na exibição de filmes e/ou documentários selecionados, cada um

deles seguido por uma palestra de professores, bolsistas ou pesquisadores especializados

no assunto apresentado, com um período reservado para o debate com os demais

participantes.

Page 23: CD I Seminário de Extensão

23

CONTEMDANÇA 2.0: GRUPO TRANSDISCIPLINAR DE DANÇA E

PROCESSOS HÍBRIDOS DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA

Guilherme Barbosa Schulze

Este projeto pretende oferecer à comunidade o acesso a mais de dez anos de

pesquisa desenvolvida por seu coordenador na área de dança e novas tecnologias. A

formação do ContemDança 2.0 cujo nome é uma homenagem à atividade de extensão

que funcionou entre 1999 e 2006 nas dependências do antigo Departamento de Artes,

pretende estimular e preparar seus participantes para a elaboração de produtos artísticos

que enveredem por territórios artísticos híbridos onde as interseções entre corpo e

tecnologias digitais sejam o foco. Especificamente, neste primeiro ano, será abordada a

produção de videodança através de vivências nas três dimensões narrativas que

envolvem o performer, o olhar da câmera e a edição. Os produtos serão doados para a

TV UFPB e apresentados em Festivais e eventos de áreas afim.

Page 24: CD I Seminário de Extensão

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CRIAÇÃO DE AUDIOGUIAS PARA OS MONUMENTOS HISTÓRICOS DA

PARAÍBA

Katia Ferreira Fraga

O projeto de produção de audioguias para os monumentos históricos da Paraíba

visa associar a formação dos alunos de Línguas Estrangeiras Aplicadas da UFPB à

divulgação turístico-cultural da região. Os turistas estrangeiros desejosos em receber

informações sobre os locais visitados terão a possibilidade de utilizar os audioguias em

suas línguas maternas, sem a necessidade de aguardar a presença de um guia local que

fale a língua estrangeira do visitante. Os alunos do curso LEA poderão, dessa forma,

construir conhecimentos nas três línguas estrangeiras obrigatórias no currículo do curso

(inglês-francês- espanhol) na área de marketing do turismo e divulgação do patrimônio

histórico regional.

Page 25: CD I Seminário de Extensão

25

DANÇAS CIRCULARES NA UFPB

MARIA ELEONORA MONTENEGRO DE SOUZA

MARCOS DANIEL OLIVEIRA DE SOUSA

JOANNE FERREIRA DA SILVA

ANDREA DE OLIVEIRA QUEIROZ

MARIA DO SOCORRO SOUZA

MARIA DO AMPARO CAETANO DE FIGUEIREDO-

ANA EMÍLIA CAVALCANTE ANTAS

ROBERTA DE MIRANDA H. LEITE

MARIA CELY DE SOUSA SILVA

TATTIANA DIAS DE CARVALHO

As Danças Circulares estão presentes em antigas tradições de diversos povos de

todo o planeta. Suas origens se confundem com a origem da própria humanidade.

Remete-nos à época em que o homem tinha uma estreita ligação com a natureza,

simbolizando os movimentos circulares a pura expressão dos ciclos existentes em tudo

que nos rodeia. Além de ser um prazeroso exercício, é um caminho de desenvolvimento

pessoal e coletivo, constituindo-se em ferramenta pedagógica com possibilidades de

aplicação em vários níveis de organizações públicas e privadas, escolas, hospitais,

centros terapêuticos e outros, sempre com o intuito de obter todos os benefícios que a

dança traz para pessoas de qualquer idade, resgatando o prazer de dançar e cantar

juntos. Este projeto, DANÇAS CIRCULARES NA UFPB, teve início no ano de 2005,

funcionando com rodas semanais no Ginásio de Ginástica da UFPB, na cidade de João

Pessoa, sempre às quartas feiras, no turno da tarde, com o propósito de integrar

primeiramente a comunidade universitária e, também, os membros interessados da

comunidade como um todo, promovendo assim uma melhor relação entre os indivíduos

participantes, entre a instituição e a comunidade em geral. Após muitos convites para

oficinas e palestras, passamos a ampliar os horizontes e a estender as rodas ao Instituto

dos Cegos, às Escolas Públicas, aos Centros de Idosos, dentre outras instituições. Neste

sexto ano do Projeto, o nosso trabalho se estenderá também ao Lar da Providência (no

Bairro dos Estados). A cada encontro são realizadas as seguintes atividades:

alongamento básico; jogos de entrosamento; teoria sobre as danças circulares; teoria

sobre a origem de cada dança a ser trabalhada; explicações gradativas de cada

coreografia, trabalhando-se a partir das necessidades surgidas a cada nova dança;

alongamento final. Os conteúdos práticos constam de Danças Circulares Sagradas,

Étnicas, Populares e Folclóricas; Danças cantadas e danças que necessitam de música

Page 26: CD I Seminário de Extensão

26

mecânica; Danças de parceiros, danças vitalizadoras e danças meditativas; Danças que

fortalecem a visão sistêmica da organização e a noção de interdependência; Jogos

cooperativos; Jogos rítmicos de integração grupal. O público alvo deste Projeto é a

comunidade acadêmica e membros da comunidade como um todo. A carga horária

prevista é de 12 horas semanais, esperando que além das rodas, oficinas e palestras,

tenhamos como produto alguns artigos produzidos pelos bolsistas e colaboradores. No

momento atual, necessário se faz um novo olhar sobre o mundo e sobre a nossa forma e

sentido de estar e de dialogar com este mundo. Precisamos nos tornar mais flexíveis e

permeáveis, ou seja, recuperarmos a capacidade de nos mover com o corpo e a alma

integrados, em atitude desperta, em presença ativa, em consciência expandida. A dança

é, além de uma atividade artística, uma atividade esportiva e uma meditação ativa. Um

meio de conhecimento, a um só tempo, introspectivo e do mundo exterior e uma das

raras atividades humanas em que nos tornamos totalmente engajados: corpo, espírito e

coração. Precisamos, portanto, resgatar esse conhecimento já sabido desde os

primórdios da humanidade. Dançar é fundamental e o lugar da dança é nas casas, nas

ruas, nos ambientes de trabalho, nos hospitais, nas escolas; enfim, na vida.

Page 27: CD I Seminário de Extensão

27

DIREITOS LINGUÍSTICOS E INCLUSÃO SOCIAL: OFICINAS DE LÍNGUA

FRANCESA

Marta PRAGANA DANTAS (coordenadora); Lavínia TEIREIRA GOMES (vice-

coordenadora); Maria de Guadalupe MELO COUTINHO (professora-colaboradora);

Clélia BARQUETA (professora-colaboradora)

Adriana Cláudia DE SOUZA COSTA (bolsista); Elaine Nicolau DE OLIVEIRA (aluna-

colaboradora); Everton DA SILVA OLIVEIRA (aluno-colaborador); Glícia Karoline

DANTAS INÁCIO (aluna-colaboradora)

Departamento Letras Estrangeiras Modernas / Centro de Ciências Humanas, Letras e

Artes / Universidade Federal da Paraíba

O direito à aprendizagem de uma língua estrangeira está assegurado pela

Declaração Universal dos Direitos Lingüísticos, assim como pela Lei de Diretrizes e

Bases e demais diretrizes que regem a educação nacional. Apesar dos esforços das

políticas educacionais implementadas, no Brasil o acesso às línguas estrangeiras se dá

ainda fundamentalmente fora do ensino formal, através das escolas de idiomas, na

maioria instituições privadas – espaço do qual fica excluída a maioria dos alunos da

rede pública. Este projeto pretende preencher essa lacuna, propondo oficinas de língua

francesa a adolescentes da ONG Aldeias Infantis SOS Brasil, situada em João Pessoa. A

língua francesa aparece aqui como vetor para a formação cultural e cidadã do público-

alvo. A ação visa também a engajar o aluno do curso de Letras (habilitação língua

francesa) numa reflexão sobre a prática pedagógica, favorecendo a aproximação com

situações concretas que serão problematizadas em conjunto pela equipe executora do

projeto. Do ponto de vista teórico, a ação encontra-se largamente norteada pelos

trabalhos recentemente desenvolvidos pelo linguista aplicado Francisco Gomes de

Matos, sobre a Linguística da paz e a pedagogia da positividade. O linguista defende a

utilização da língua como importante veículo de promoção da paz social, cabendo ao

professor utilizar técnicas em sala de aula baseadas numa fraseologia da positividade.

Percebem-se aqui ecos do pensamento de Paulo Freire em sua 'Pedagogia da

autonomia'. A pedagogia da positividade trabalha, assim, com a construção de uma

auto-imagem positiva, fazendo com que o aprendiz sinta-se valorizado através de

experiências positivas com a língua dentro da sala de aula. Espera-se com isso

introduzir princípios básicos da convivência social pacífica, tais como direitos humanos,

respeito ao próximo linguístico, justiça, paz, solidariedade, entre outros. Fica assim

caracterizada a articulação entre as três dimensões que norteiam a prática acadêmica nas

instituições federais de ensino superior: ensino, pesquisa e extensão.

Page 28: CD I Seminário de Extensão

28

EDUCAÇÃO E CULTURA: UM EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM SOBRE A

DIVERSIDADE CULTURAL EM SOUSA-PB

Profa. Dra. Maria Patrícia Lopes Goldfarb

Aquiles Cordeiro do Nascimento

Muitos são as pesquisas e publicações sobre grupos étnicos no Brasil, onde se destacam

os trabalhos sobre populações indígenas e afro-descendentes, desenvolvidos pelos mais

diferentes pesquisadores e áreas do conhecimento. Porém ainda são poucos os

pesquisadores brasileiros que voltam-se para o estudo de grupos ciganos. Neste sentido,

pretendemos com este projeto investigar os processos de interação cultural que se

desenvolve entre ciganos e não ciganos na cidade de Sousa, especialmente através das

relações sociais (ou sua ausência) que são travadas dentro da Escola Estadual de Ensino

Fundamental e Médio Celso Mariz, que a atende a população cigana ali residente. O

projeto busca analisar se a escola enquanto instituição social pode ser, neste contexto,

reprodutora de estigmas e de exclusões sociais. Nesta perspectiva, o projeto se propõe a

oferecer aos professores do ensino público da cidade e a comunidade um ciclo de

palestras e debates sobre as temáticas envolvendo as formas de interação entre os

grupos ciganos residente em Sousa e a sociedade envolvente.

Page 29: CD I Seminário de Extensão

29

EXTENSÃO E RELAÇÕES RACIAIS: PROGRAMA DE PROMOÇÃO DE

IGUALDADE RACIAL E VALORIZAÇÃO DA MATRIZ CULTURAL

AFRICANA NO ESTADO DA PARAÍBA/PROAFRO

Solange Pereira da Rocha

Elio C. Flores;

Marco Aurélio Paz Tella

Surya A. P. Barros Coordenadores do PROAFRO e professores da UFPB

Nesta comunicação pretendemos apresentar o Programa de Promoção da

Igualdade Racial e Valorização da Matriz Cultural Africana no estado da Paraíba

(PROAFRO), aprovado no Programa de Extensão Universitária/PROEXT (MEC/SESu,

2011). Na referida proposta de trabalho pretendemos desenvolver três projetos

vinculados à temática da educação das relações etnicorraciais, história e cultura

afrobrasileira e africana, com os seguintes objetivos: organizar banco de dados com

documentos e informações pertinentes à história e memória da população negra da

Paraíba; produzir material didático para o ensino-aprendizagem e atuar de formação de

professores e profissionais da educação nas áreas temáticas definidas nas diretrizes

curriculares nacionais para a educação para as relações etnicorraciais. Este programa de

extensão será executado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Afrobrasileiros e

Indígenas/NEABI, composto por docentes de variados centros da UFPB e que se insere

na comunidade estadual e regional como produtora de saberes e conhecimentos sobre a

matriz cultural africana, e será pautado nos princípios da indissociabilidade entre

ensino, pesquisa e extensão; interdisciplinaridade; interinstitucionalidade e

interprofissionalidade, visando a equidade racial na educação brasileira.

Page 30: CD I Seminário de Extensão

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL E CLÍNICA NO ATENDIMENTO A

PACIENTES PSICÓTICOS: UMA ARTICULAÇÃO ENTRE PSICANÁLISE E

PSIQUIATRIA

Regileide de Lucena Fernandes

Maria Beatriz Lavieri

É cada vez mais evidente a premência com que o social vem açoitando os

poderes constituídos em busca de respostas para a problemática da saúde mental. Se

hoje se tem mais claro que o tratamento exclusivamente medicamentoso e a segregação

social não dão conta da loucura e se buscam outras saídas possíveis para atender a

demanda representada por aqueles que querem alívio para o sofrimento psíquico,

enfrentam-se novos impasses na construção de uma clínica da psicose nos moldes da

Reforma Psiquiátrica. A psicanálise operou um deslocamento da etiologia estritamente

orgânica da doença mental, aí introduzindo uma causalidade psíquica. O trabalho

conjunto entre psiquiatras e psicanalistas é justamente no sentido de possibilitar ao

psicótico escapulir da posição objetal intrínseca à estrutura psicótica. Isso é possível

através da construção delirante ou ainda da condição de dar uma destinação outra àquilo

que traz sofrimento ao sujeito. A proposta deste trabalho, é que da articulação entre

psicanálise e psiquiatria a equipe multiprofissional, fortalecida, possa acolher o sujeito

em sua singularidade e acompanhá-lo na construção de saídas menos danosas que

aquela representada pela saída de cena do sujeito em surto. A máxima lacaniana de não

recuar diante da psicose, tem orientado o trabalho. Estão articulados os três vértices das

atividades: pesquisa, ensino e extensão. O ensino e a pesquisa articulam-se no GEPSI,

Grupo de Estudos Psicanalíticos da Psicose, espaço de estudo, reflexão e produção

teórica acerca da clínica. A bibliografia é selecionada segundo as dificuldades relatadas

na supervisão clínica, tentando dar conta teoricamente dos impasses trazidos pela

equipe. O conhecimento construído retorna à prática modificando de alguma forma uma

realidade já instituída. Busca-se uma aproximação entre realidade acadêmica e realidade

social através de apresentações, em sala de aula, das experiências do Projeto, em

disciplinas afins ao campo da saúde mental. Introduziu-se, no atendimento ao paciente

psiquiátrico, no ambulatório do Complexo Juliano Moreira, o dispositivo psicanalítico

articulado à clínica médica psiquiátrica, em sessões individuais e coletivas (Oficinas de

Psicanálise). Obteve-se como resultado a estabilização dos quadros, redução da

medicação e uma melhor inserção social da clientela atendida.

Page 31: CD I Seminário de Extensão

31

JOANINHA: LEITURAS ENCENADAS

Ana Cristina Marinho Lúcio

O projeto Joaninha: leituras encenadas acontece uma vez a cada mês na UFPB

(HU, jardins do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da UFPB, creche, auditório

ou Centro de Vivência). Alunos da disciplina Literatura Infanto-Juvenil, colaboradores e

bolsistas do projeto, promovem, através de jogos de encenação teatral, a leitura de livros

de literatura infantil para um público de crianças, em geral filhos de professores,

funcionários e alunos do Campus. Os monitores acompanham as leituras e promovem

brincadeiras e jogos teatrais a partir das histórias e versos presentes nos livros. Para o

ano de 2011, o projeto prevê a gravação de 16 leituras encenadas que tomarão como

base contos populares de narradores paraibanos. Essas gravações serão veiculadas, após

avaliação do conselho de programação, através da TV UFPB.

Page 32: CD I Seminário de Extensão

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LEITURA E INTERAÇÃO: ANÁLISE DO DISCURSO ESTÉTICO-

POESIA/PINTURA E OUTROS GÊNEROS

Maria Bernardete da Nóbrega

Klênia Pereira de Oliveira

Este projeto propõe a interação entre a palavra/a imagem, o poema/o quadro, o

poeta/o pintor e a poesia e outros gêneros no limite da construção do discurso estético

em que o ato performativo delimita o percurso dos sentidos (Eco, 1976) no exercício

intensivo de múltiplas leituras. Esse gesto de leitura se orienta para o estudo do discurso

estético, em sua dimensão dialógica, e propõe um corpus na base de pressupostos

formulados por Bakhtin/Voloshinov (1981), Bakhtin (1981, 1997, 1998), Roudaut (1988),

Cumming (1998), Ferrara (1981), Greimas (1976, 1979, 1981), Peirce (1993, 1997), Santaella

(1995), e Székely (1972), dentre outros. A leitura se perfaz no formato de oficinas dialógicas

através de recortes, montagens, instalações – o poema, o quadro e outros gêneros – modulados

na dimensão dos discursos estéticos que se evidenciam pela seleção de signos que indexaram o

código pictórico e outros códigos e pelos modos de semantização do dizer sobre o fazer

expostos no poema. Essa leitura funciona como mecanismo instrumental para exercitar a

capacidade de perceber/ ver/ ler a repercussão poética de outras artes (Sena, 1963), em

que a palavra/a imagem compõe um sistema na composição hierárquica de linguagens

em interação. Em sua densidade plástica, a palavra se materializa na composição e

construção do discurso estético em múltiplas linguagens. No horizonte dessa textualidade

artística, o poeta super(ex)põe, no seu dizer, outras dimensões do discurso poético: itinerários

poe-picturais. A nossa proposição é construir/ traduzir esses movimentos discursivos que

se enredam na interação autor/ leitor/ texto/ contexto para delimitar a construção de

percursos definidores do conjunto – de estudos, esboços, exercícios, séries.

Page 33: CD I Seminário de Extensão

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LETRAMENTOS: MULTIMODALIDADE, LEITURA E PRODUÇÃO

TEXTUAL

Eneida Martins de Oliveira

Maria do Socorro Lima dos Santos

O projeto, cujas ações se realizam através de oficinas de leitura e produção de

textos, será dirigido, inicialmente, aos alunos de Letras que já atuam como professores

ou estagiários em escolas da rede municipal e estadual, a professores do ensino

fundamental e médio, e técnicos da rede pública de ensino, podendo, posteriormente, ser

estendido a alunos de outros cursos, que também estejam em salas de aula, na rede

pública e privada. Trabalharemos, nas ações deste projeto as diversas práticas de leitura

e produção textual, considerando a importância dessas práticas, destacando-se os vários

tipos de letramento, inclusive o letramento multimodal, considerados como práticas

sociais e utilizados pelos membros de uma sociedade, como instrumento de inserção

nessa mesma sociedade, independentemente da classe social a que pertençam e do seu

nível de escolarização. Procuraremos estudar, com os bolsistas e alunos das oficinas. a

relação entre letramento, alfabetização, escolarização, oralidade e escrita e o papel da

escola no processo de ensino e aprendizagem dessas práticas indispensáveis à vida de

todas as pessoas. Trabalharemos ainda o letramento multimodal, mostrando a

importância de se estudar e analisar as várias linguagens encontradas nos textos e nos

gêneros textuais, incluindo os textos do Livro Didático do ensino fundamental e médio,

objeto de trabalho dos futuros professores de língua portuguesa, salientando-se que

esses estudos da multimodalidade não podem mais ser ignorados, visto que os textos

multimodais estão por toda parte e precisamos ser capazes de ler essas mensagens que

se utilizam de múltiplas linguagens na sua produção. Essas práticas devem servir para

que o aluno, através delas, chegue à condição satisfatória de letramento para inserir-se

na sociedade onde vive. Sabemos que o ensino da língua portuguesa nas escolas de

ensino fundamental e médio, apesar das muitas pesquisas e trabalhos existentes a

respeito, continua sendo realizado de forma compartimentalizada, fora e, muitas vezes,

distante da realidade do aluno, do contexto onde ele vive, ignorando, inclusive, aquilo

que ele já conhece quando entra para a escola. Ou seja, a escola continua dando

prioridade ao ensino da língua padrão, (ensino tradicional), deixando para um segundo

plano, ou até mesmo ignorando, o trabalho com a leitura a produção textual, o gênero

textual, ensino esse já introduzido na escola através dos PCNs. Isso tem conseqüências

Page 34: CD I Seminário de Extensão

34

sérias durante toda a vida do educando, e as deficiências desse ensino são comprovadas

pelo ' baixo nível de desempenho lingüístico demonstrado por estudantes na utilização

da língua , quer na modalidade oral quer na modalidade escrita...' GERALDI (1985:41).

O trabalho com a leitura e a produção textual, com fundamentos nas teorias lingüísticas

atuais contribui para a mudança de postura com relação a essas duas práticas no ensino

fundamental e médio.

Page 35: CD I Seminário de Extensão

35

LINGUAGENS E LEITURAS: EXPERIÊNCIAS NO ENSINO

FUNDAMENTAL

Maria de Fátima Almeida

Thiago Almeida Medeiros

Objetivamos divulgar os resultados das atividades realizadas pelo projeto do

PROBEX: Linguagens em interação: a leitura e a escrita na escola, vinculado ao PAELP

– Programa de Apoio ao Estudo de Língua Portuguesa e ao Formação Docente:

educação para a cidadania /PROEXT. .Buscamos compreender os processos de

construção de sentido na atividade de leitura e de escrita na sala de aula do ensino

fundamental de escolas públicas de João Pessoa. Ele pauta-se pela teoria

sciointeracionista abordada por Bakhtin/Volochinov (1929/1981), Bakhtin (1992),

Faraco (2006) e Brait ( 2004), para os quais a linguagem é dialógica e produz

movimentos interativos, que auxiliam na interpretação e no sentido do texto. A

orientação metodológica aponta os movimentos de interação que ocorrem no ato de

leitura e da produção na sala de aula. As experiências com os gêneros discursivos, a

exemplo da charge, revelam o caráter dinâmico da linguagem, através dos modos de ver

ou de ler dos sujeitos que atuam interativamente no espaço escolar. Podemos observar

que a leitura é uma questão de olhar ou ponto de vista dos leitores e a escrita é um

processo que precisa ser experienciado na sala de aula. Os resultados mostram que o

estudo com o gênero contribui para estimular o processo de leitura, desevolvendo o

parzer de ler na escola. Todas ss conclusões permitem visualizar que o sentido é

construído num processo de interação entre os leitores, que se constituem os

articuladores das interpretações, das escolhas e das leituras possíveis de cada gênero

proposto. Portanto, se o professor possibilita um diálogo de leituras, a sala de aula

torna-se um espaço aberto às descobertas, resultantes do trabalho dos sujeitos leitores,

que alternam reflexões interativas e interpretativas. Ler e escrever são processos

interativos de construção de sentido essencial para formar leitores competentes para o

mundo ora ressignificado. A vivência com projetos de extensão é fundamental para

unirmos teoria e prática e para construirmos a interação leitura/escrita e

escola/sociedade.

Page 36: CD I Seminário de Extensão

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LITERATURA E ECOCRÍTICA NO ENSINO MÉDIO

ZÉLIA M. BORA & HERMANO DE FRANÇA RODRIGUES

Domênica Pinto Pereira dos Santos, Gilcassia de Figueiredo,

Joselma Félix Morais, Gerlany Padilha da Silva

O Ensino da Literatura encontra-se profundamente relacionado à construção de

mundos sociais. Despertar o interesse do aluno sobre a literatura significa que estamos

contribuindo para que este possa definir seus papéis na sociedade diante das normas,

crenças, tradições e propósitos. A educação tradicional e a aprendizagem da Literatura,

baseados em textos escritos, têm enfrentado vários reveses, entre eles, a popularidade do

computador e do vídeogame. Tais intrumentos, amiúde, impedem que os aprendizes

sejam encorajados a se tornarem leitores mais críticos e, consequentemente, consigam

despertar o interesse profissional sobre a literatura. Essas dificuldades podem ser

apontadas, em dimensões variadas, em países como o Brasil e os Estados Unidos. Como

professores de Literatura, nossa função principal é auxiliar os alunos a transferirem as

habilidades adquiridas por intermédio dos meios de comunicação para o aprendizado da

Literatura, transformando-se partícipes de um mundo social que os prepare para a vida

prática. Partindo desses pressupostos, nosso projeto objetiva desenvolver, através de

quatro modelos de trabalhos, relacionados aos cinco gêneros literários (poemas épicos,

poema modernos, crônicas, contos e romances ) um conjunto de constructos teóricos e

analíticos, capazes de complementar a práxis docente, especificamente aquela que se

desenvolve em escolas de nível médio. Uma das ferramentas oferecidas pela Teoria da

Literatura contemporânea, que pode ser trabalhada com sucesso em sala de aula,

levando-se em consideração a dialética ensino-aprendizagem, é o conhecimento como

informação e formação estabelecido através da relação Literatura e Meio Ambiente.

Nop decorrer de nossa evolução pedagógica, esse vínculo tornou-se uma marca

identitária na criação do povo brasileiro e na organização de suas sociedades. Na

Literatura Brasileira, há uma infinidade de obras que apresentam elo entre o homem e a

natureza. Embora essa tendência tenha sido determinada através da perspectiva

europeia, com o advento do colonialismo, noções mais complexas relacionadas ao

homem e o meio-ambiente vêm sendo colocadas pela Literatura na era da Globalização.

Portanto, o Ensino da Literatura, sob essa perspectiva, emerge como essencial para que

o aluno vivencie a literatura como conhecimento e prática, simultaneamente.

Page 37: CD I Seminário de Extensão

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MECT – MUSICALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ENSINO COLETIVO DE

TECLADO/PIANO

Josélia Ramalho Vieira (coordenadora)

José Edmilson Coelho Falcão (bolsista PROBEX)

Universidade Federal da Paraíba

O Curso tem como objetivo musicalizar através do teclado/piano crianças,

jovens ou adultos, pretendendo ser um espaço de ensino/aprendizagem para as práticas

pedagógicas desta modalidade de ensino. O Curso possui 03 (três) turmas - uma no

espaço do campus I da UFPB e 02 (duas) na Comunidade Renascer, Cabedelo, com o

apoio do Centro Comunitário Santa Luzia. O principal referencial teórico do MECT é o

ensino centrado no aluno. As bases do ensino centrado no aluno são encontradas em

Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Montessori, Rogers, isto é na escola nova. O ensino em

grupo desenvolve um pensamento imaginativo e criativo, uma mente crítica e

informada, consciência em relação aos interesses e necessidades dos outros, senso de

rigor acadêmico, convivência social e habilidade de satisfação pelo aprendizado durante

toda a vida e apesar das comprovadas qualidades ainda não é uma prática comum no

ensino musical do Brasil. Pelo exposto acima, acreditamos que um Curso de Extensão

promovido pelo Departamento de Educação Musical em parceria com o LECT –

Laboratório de Ensino Coletivo de Teclado/Piano poderá contribuir tanto para a

formação do licenciando quanto para a Educação Musical da comunidade.

Page 38: CD I Seminário de Extensão

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MEMÓRIA DO MOVIMENTO

Valéria Vicente

O projeto Memória do Movimento constitui-se de um processo continuado de

transmissão de conhecimentos sobre a organização de acervos particulares, como

desdobramento das pesquisas realizadas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Artes

Cênicas (NEP Cênico). O Projeto atua junto a professores, coreógrafos e grupos de

dança de João Pessoa com o objetivo de localizar, digitalizar e organizar documentos

sobre a história da dança desta cidade, constituindo um acervo inédito na Paraíba. Tem

como parceiro tecnológico o Acervo Recordança (Associação Reviva) que

disponibilizará seu sistema de informação e sua estrutura de catalogação para a

publicação de parte dos documentos na internet. Coordenado pelos professores Paulo

Vieira e Ana Valeria Vicente é um desdobramento da linha de pesquisa Dança: historia,

discursos e práticas, desenvolvida NepCênico, do Departamento de Artes Cênicas da

UFPB. O projeto, nesta fase inicial, se detém sobre o acervo da Fazendo Arte Teatro e

Dança, produtora cultural que mantém grupo e escola de dança no bairro de Manaíra. A

escolha da Fazendo Arte como primeira instituição a receber o projeto deve-se ao

interesse previamente formulado por dois integrantes da mesma que são estudantes do

curso de teatro. Em seguida, verificou-se que a fundadora da escola, Rosa Cagliani teve

uma atuação relevante na cidade de João Pessoa, atuando como coreógrafa em

importantes espetáculos desde a década de 1980 e como gestora de dança junto ao

Espaço Cultural. Verificou-se também a inexistência de pesquisas sobre sua atuação. Os

procedimentos metodológicos utilizados no projeto se respaldam na experiência do

Acervo Recordança/Associação Reviva (www.recordanca..com.br), que atua, desde

2003 na Região Metropolitana do Recife organizando documento dos acervos pessoais

dos artistas para tranformá-los em acervos públicos. No entanto, a iniciativa da UFPB

implementa essa metodologia de forma a tornar os artistas integrantes da Fazendo Arte

agentes da organização do seu acervo. Em 2010, a ênfase do projeto foi a organização

dos documentos de dança e a formação de pesquisadores através do Curso Memória do

movimento, com carga horaria de 60 horas divididas em seis meses. Este curso, aberto

ao publico em geral, focalizou integrantes da Fazendo Arte e estudantes do curso de

Teatro que atuaram na organização do Acervo. A implementação do projeto garantiu a

organização de 1184 documentos, distribuídos em 14 pastas temas. Atualmente, a

Page 39: CD I Seminário de Extensão

39

ênfase está na digitalização de todos os documentos organizados e na catalagoção destes

documentos para posterior disponibilização no site do Acervo Recordança.

Page 40: CD I Seminário de Extensão

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MÚSICA EM PERFORMANCE

Anderson Mariano

Elizangela dos Santos Garcia

Estas são a terceira e quarta edição do evento” Música em Performance”, que no

ano 2011 tornou-se um projeto de Extensão. Uma proposta da Universidade Federal da

Paraíba, Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, e seus departamentos de

Educação Musical e de Música. Serão três dias de programação em cada edição do

projeto, sendo uma no primeiro semestre letivo de 2011 e outra no segundo, com

recitais, shows, palestras e oficinas promovidos pelos professores e alunos dos cursos de

Música – Bacharelado, Extensão, Licenciatura e Sequencial. Os recitais e shows dos

alunos acontecerão das 9 às 21 horas em cada dia. A platéia poderá prestigiar a

performance de diversos instrumentistas, nas mais variadas formações musicais, e

participar de oficinas e palestras sobre temas da área da música. Neste ano, a equipe

organizadora firmou uma pareceria com a Estação Cabo Branco - Ciência, cultura e

artes, o que contribuirá para uma maior participação da comunidade em geral,

principalmente alunos e professores das escolas municipais, particulares e estaduais.

Com essas ações, além de efetivar um espaço de formação para os alunos dos cursos de

música da UFPB, os conhecimentos desenvolvidos serão socializados com a

comunidade. O objetivo principal é propiciar um espaço de performance musical

integrando as diferentes práticas musicais dos cursos de música da UFPB, bem como

extravasar a produção artística dos mesmos para além dos limites da UFPB. A

performance é uma atividade fundamental àqueles que se dispõem a abraçar qualquer

carreira artística, com a música não é diferente. Os professores, por sua vez, têm a

possibilidade de auto-avaliarem sua atividade educacional a partir de tais iniciativas,

podendo observar a atuação de seus alunos em palcos, colocando em prática os

conteúdos abordados em sala de aula, o que permite uma melhor consideração sobre as

necessidades de cada estudante de sua turma em relação à performance. Cada evento

depende da participação efetiva dos professores e alunos dos cursos de música.

Page 41: CD I Seminário de Extensão

41

MUSICALIZAÇÃO INFANTIL NA UFPB

Caroline Brendel Pacheco

Andrea Matias Queiroz,

Samara Rodrigues de Oliveira

Ana Catarina Leão

Izadora de França Santos

Jaqueline Alves da Silva

Nadya Amorim

Carolina Chaves Gomes

O Projeto Musicalização Infantil da UFPB é uma proposta única em nosso

Estado que tem como objetivo oferecer aulas de musicalização infantil para bebês e

crianças e desenvolver um laborátorio para formação de educadores musicais

especializados no atendimento à infância. A ideia é estimular a aprendizagem por pares

(peer teaching) através do envolvimento de alunos do curso de Licenciatura em Música

nas aulas de musicalização infantil que serão oferecidas para bebês e crianças com idade

entre 6 meses e 6 anos. Por meio desta proposta será possível propiciar atividades de

educação musical infantil de qualidade para toda a comunidade de João Pessoa e região.

Apesar das atividades estarem direcionadas para bebês e crianças, é importante salientar

que todas as dinâmicas oferecidas para o público com idade até 4 anos deverão ser

acompanhadas por pais e/ou cuidadores (avós, parentes, babás, etc) - o que aproximará

também as famílias e a extensão universitária. Além disso, a aprendizagem por pares

reunirá educadores musicais experientes na área da infância com futuros educadores

musicais, ampliando o espaço de prática de ensino dos alunos da Licenciatura em

Música, assim como as possibilidades de diálogo entre os conhecimentos de docentes

experientes e iniciantes.

Page 42: CD I Seminário de Extensão

42

O BEM-ESTAR SUBJETIVO E O PLANTÃO PSICOLÓGICO NA ESCOLA

PÚBLICA: UM FOCO NA POSITIVIDADE HUMANA

Sandra Souza da Silva Chaves

Thatiana Pessoa da Silva

Eudes Severino Quirino Bento

Francisco Bento da Silva Filho

Laionel Vieira da Silva

Nayara Marinho de Lucena

Valfrêdo Felinto Cardoso Filho

Ana Soré Araújo Simões

Liana Aparecida de Andrade Montenegro

Sob o enfoque clínico da Abordagem Centrada na Pessoa – perspectiva

fenomenológica-existencial – e por meio da Clínica-Escola de Psicologia da UFPB,

enquanto espaço de aprendizagem e formação dos discentes, este projeto propõe uma

ação de extensão à Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria da Penha Accioly

de Souza no município de Conde/PB – o serviço de escuta psicológica – denominado de

plantão psicológico, aos alunos, professores, pais e funcionários da referida escola,

como um desafio de desenvolver uma proposta de atuação humanista no âmbito

educacional. Articulando instrumentais teórico-metodológicos da Psicologia Clínica

(Abordagem Centrada na Pessoa - ACP) e da Psicologia Positiva, buscam-se novas

formas de intervenção, tendo em vista, uma atuação comprometida com o

favorecimento do bem-estar das pessoas. O projeto se caracteriza por se desenvolver

sob alguns aspectos fundamentais. O primeiro deles trata-se de uma escuta psicológica

pelos membros do NAEPSI (Núcleo de Acolhimento e Escuta Psicológica) a toda uma

equipe educacional, beneficiando a escola pública costumeiramente tão carente. O

segundo refere-se aos benefícios dos alunos e/ou estagiários da clínica e diz respeito às

reuniões organizativas, de discussões teóricas, de análises de casos e de avaliação. É

importante ressaltar que uma das principais características desse projeto é a práxis

(ação-reflexão-ação) para alunos a partir do 3° período do curso. Dessa forma estão

previstas as seguintes ações e estratégias: (1) Preparação dos extensionistas para a

escuta psicológica; (2) Realização de sistema de plantão psicológico toda sexta-feira no

turno da manhã na Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria da Penha Accioly

de Souza no município de Conde/PB; (3) Reuniões semanais de estudos teóricos; (4)

Discussão e análise através de reuniões semanais dos casos atendidos; (5) Reuniões para

discussão, avaliação e tomada de decisões sobre o andamento do projeto; (6)

Participação de reuniões com a equipe diretora da escola para avaliação contínua do

andamento do projeto; e (7) Realização de encaminhamentos de casos para a Clínica-

Escola de Psicologia da UFPB e/ou outros serviços públicos do município de

Conde/PB, para aqueles que necessitam de um atendimento continuado. Por fim,

espera-se uma atuação promotora de bem-estar no ambiente educacional, muitas vezes

palco de violência, adoecimento e comportamentos anti-sociais, visando melhor

qualidade de vida entre os usuários do plantão psicológico.

Page 43: CD I Seminário de Extensão

43

O LINGUAJAR DO SERTÃO PARAIBANO – PATRIMÔNIO LINGUÍSTICO-

CULTURAL

Cirineu Cecote Stein

Elioenai Macena de Araújo

Felipe de Castro Cruz

Lucas Hudson Pequeno da Silva

O propósito desta Ação de Extensão “O Linguajar do Sertão Paraibano –

patrimônio linguístico-cultural”, financiado pelo Edital n. 05/2010 MEC/SESu, é

mapear as variedades dialetais existentes na mesorregião geográfica do sertão

paraibano, incluindo-se os municípios de Patos, Catingueira, Catolé do Rocha, Pombal,

Princesa Isabel, Souza, Itaporanga, Cajazeiras e Conceição, assumidas como

constituintes do patrimônio cultural imaterial brasileiro. Esse mapeamento considerará

as metodologias utilizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

(IPHAN), pelo Inventário Nacional de Referência Cultural (INRC) e pelo Sistema

Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG). O avanço social por que tem passado a

sociedade brasileira, mesmo nos pontos mais remotos, tem permitido um maior acesso

aos meios de comunicação, especialmente à televisão. Devido a algumas diretrizes de

programação, a ação da mídia televisiva nacional tende a produzir a anulação dos

dialetos, impondo um único como variedade de prestígio. A justificativa para isso é

centrada na noção de que, para que não haja ruídos de comunicação em qualquer parte

do território nacional, é necessário uniformizar a linguagem, não se permitindo

manifestações dialetais regionais. Percebe-se, no entanto, que, à exceção de itens

lexicais específicos de determinadas localidades, as variações melódicas dialetais não

comprometem o entendimento das mensagens veiculadas, não se justificando, portanto,

essa anulação dialetal no nível melódico. Nesse sentido, evidencia-se, ideologicamente,

uma postura de massificação, desprezando-se os elementos identitários dos múltiplos

linguajares que contribuem para a formação de um dos maiores patrimônios de uma

nação: sua diversidade linguística. Uma vez que esse processo de penetração social da

mídia televisiva se impõe de forma intensa e acelerada, é de fundamental importância

registrar informantes representativos dessas múltiplas variedades, constituindo-se um

corpus multimidiático que permita a consulta futura dessas diversidades, caso venham a

extinguir-se. Além de esclarecer os mecanismos ideológicos norteadores dessa postura

dos meios de comunicação, esta Ação de Extensão, ao interagir com as comunidades

Page 44: CD I Seminário de Extensão

44

envolvidas, procura desenvolver nelas, numa postura reflexiva, a consciência da

importância de sua variedade dialetal na construção da diversidade linguístico-cultural

brasileira, um dos maiores patrimônios nacionais. A expectativa é a de que essa visão

crítica permita a elevação da auto-estima das comunidades, e a percepção dos

mecanismos ideológicos subjacentes às relações de dominação social por via linguística

contribua para que seja assumida uma postura ativa nos processos locais de

identificação cultural.

Page 45: CD I Seminário de Extensão

45

OS CAMINHOS DO PROJETO UNIESCOLA: EM BUSCA DE NOVAS

METODOLOGIAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Regina Celi Mendes Pereira

Diana Dornelas

A necessidade de uma integração teórico-prática nos cursos de formação de

professores, especialmente os que se propõem a oferecer uma formação continuada em

serviço, respaldou a elaboração de um projeto cujo objetivo se voltasse para a

implantação de novos procedimentos didático-pedagógicos em sala de aula. O projeto

defende uma concepção de ensino de língua portuguesa que considera a linguagem

numa perspectiva teórico-metodológica de base sociointeracionista (Cf. BRONCKART,

1999), bem exemplificada nos trabalhos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD). O

nosso objetivo maior é proporcionar aos professores do ensino fundamental da escola

pública a oportunidade de repensar a sua prática educativa, refletir sobre sua adequação

frente às propostas presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN,1997), e,

com base nessa avaliação, construir uma nova forma de trabalhar os conteúdos de língua

portuguesa. Em função desse objetivo principal, formulamos os seguintes objetivos

específicos: 1.Apresentar aos professores os fundamentos epistemológicos da

concepção sociointeracionista da linguagem; 2.Estabelecer uma correlação entre esses

fundamentos e as diretrizes educacionais propostas pelos PCN; 3. Analisar, discutir e

reelaborar os planos de curso com base nessas orientações teórico-metodológicas; 4.

Apresentar a proposta de utilização da sequência didática (SCHNEUWLY e DOLZ,

1996,1997) para a produção escrita; 5. Investigar as dificuldades existentes no processo

de ensino-aprendizagem. O projeto conta com o apoio da equipe administrativa e

pedagógica da escola alvo no tocante à disponibilidade de tempo e espaço para a

realização do trabalho junto aos professores do estabelecimento. Os encontros de

reflexão, pesquisa e estudo são realizados semanalmente e contam com a colaboração e

intervenção da bolsista e dos voluntários no que se refere ao atendimento individual aos

professores nos momentos particulares de elaboração de atividades a serem

desenvolvidas em sala de aula. Além disso, também uma vez por semana, o

coordenador e equipe se reúnem para deliberar sobre as atividades a serem

desenvolvidas ao longo da semana. Ao final de cada mês, a equipe se reúne em outra

dinâmica de reflexão a fim de avaliar os procedimentos desenvolvidos no período e

Page 46: CD I Seminário de Extensão

46

fazer os devidos ajustamentos. Por último, ressaltamos também a importância de

desenvolver sistematicamente atividades relacionadas à melhoria do ensino e formação

de professores. Nesse aspecto, as Universidades Públicas são co-responsáveis por esse

processo de melhoria já que os investimentos em pesquisa, estudos e publicações em

todas as áreas do conhecimento devem ser, em maior ou menor intensidade, revertidos

para as comunidades em que as IFES se localizam.

Page 47: CD I Seminário de Extensão

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OS USUÁRIOS E SUAS DEMANDAS NO TERRITÓRIO DO CRAS DE CRUZ

DAS ARMAS E MANDACARU: COMO ATINGI-LAS

Maria de Fátima Melo do Nascimento

Maria de Lourdes Soares

Ana Paula de Oliveira

Fernanda Marques de Sousa

Karla de Andrade Rodrigues

Nara Veloso Correia

Nathália de Medeiros Gouveia

Raíssa Genuino Clemente

Waleska Ramalho Ribeiro

Vivian Lúcia Rodrigues de Oliveira

Este projeto dá continuidade ao trabalho desenvolvido em parceria com os Centros

de Referência da Assistência Social (CRAS), desde o ano de 2004. No PROBEX

2010, concentramos a ação no CRAS de Cruz das Armas, especialmente na

Comunidade Lagoa Antônio Lins, onde apresenta situações de risco em relação à

habitação. Neste ano, estendemos a ação ao CRAS de Mandacaru, onde iniciamos a

extensão, para detectarmos quais as mudanças que ocorreram nos últimos seis anos.

Objetiva, em consonância com as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social

(SUAS), identificar quem são as famílias, em que circunstâncias necessitam e

procuram os serviços, programas e projetos e benefícios da assistência social. Assim,

busca conhecer as situações de pobreza, privação e exclusão nos referidos territórios,

inclusive as diferenças e potencialidades das famílias para estimulá-las e orientá-las

a procurarem os serviços de proteção social. A Constituição Federal de 1988 traz

uma nova concepção para a Assistência Social no Brasil, incluída no âmbito da

Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS)

– promulgada em 1993, “[...] reafirmou, em seus princípios e diretrizes, a superação

de uma prática calcada na lógica do clientelismo e do favor, apresentando novas

referências para práticas consequentes de inclusão social universalista,

descentralizada e democrática, apontando, ainda, para mecanismos de participação e

controle social que tornassem público o que é privado, na perspectiva de integrar

diferentes agentes, no esforço conjunto para altera a realidade' (Cartilha do PAIF,

MDS, 2003). Assim, esse projeto, através do intercâmbio universidade-comunidade,

pode promover uma troca de conhecimentos e experiências que possibilitem a

formação profissional crítico-reflexiva a partir da realidade social. Esta troca,

também, permite uma aproximação com os programas de assistência social do

Page 48: CD I Seminário de Extensão

48

município, compreendendo as estratégias de trabalho e mediações entre os técnicos

executores e a comunidade. Assim, o objetivo é ampliar conhecimentos sobre as

condições de vida da população em situação de pobreza, moradores de bairros de

João Pessoa, concentrando-se nas formas de inclusão social, no acesso aos

programas sociais. O princípio norteador, desta ação é o reconhecimento de que o

pobre deve ser visto como sujeito de direitos, protagonista de sua história.

Page 49: CD I Seminário de Extensão

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PRESTO ÓPERA

Amarilis Rebuá de Mattos; Ana Catarina Leão; Andrea Carolina Leão Pinto

Coelho; André Luis Salles de Menezes ; Anthony Tyrony Pereira da

Silva ,Antonio Bezerra de Vasconcelos , Barbara Suênia Targino do Amaral,

Carlos Antonio da Silva , Carolina Tenório de Barros, Getro Botelho Silva,

Gleyce Timóteo de Melo , Gleyce Vieira da Silva, Hannah Feller de Moura

Sena, Hedielson Rodrigues da Silva Oliveira , João Ricardo de Souza Silva,

Josemar Gomes de Oliveira Souza; Jiwllianny Kharollynny dos Santos Lima,

Lindberg Luiz da Silva Leandro, Lucilio da Silva Souza, Marcus Túlio M.

Barbosa, Raul Lucas Santos de Souza, Thiago Wesley de Miranda Souza; Tiago

de Lima Costa; Lucas Timóteo de Melo; Karla Karolyne Souza Coelho; Mônica

Muniz; Amanda Paiva de Souza; Sara Oliveira Vasconcelos; Suellen Maria do

Socorro Araújo

O projeto “Presto Ópera” tem como objetivo desenvolver um trabalho de

complementação da formação do professor de canto do Curso de Licenciatura em

Música visando o segmento das artes cênicas voltado para a música que é a ópera,

opereta e musical. Numa perspectiva dialógico-reflexiva, que privilegia a participação

ativa de todos os atores envolvidos, pretendemos realizar uma série de espetáculos

didáticos, preparados e apresentados por alunos de canto da UFPB e comunidade de

João Pessoa. Tem-se como pressuposto a idéia de que em se promovendo a

aproximação entre dois importantes espaços da sociedade, a saber, o da universidade e o

das escolas públicas, através da realização das apresentações didáticas de artes cênicas

musicais programadas, se conseguirá tanto o aperfeiçoamento dos graduandos

envolvidos enquanto intérpretes e futuros professores, quanto a promoção da

democratização do saber e da arte acadêmicos.

Page 50: CD I Seminário de Extensão

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PROGRAMA LINGUÍSTICO-CULTURAL PARA ESTUDANTES

INTERNACIONAIS (PLEI)

Profª Drª Margarete Von Mühlen Poll

Edja Camila Gomes de Araújo

O objetivo deste trabalho é apresentar as atividades realizadas pelo Programa

Linguístico-Cultural para Estudantes Internacionais (PLEI), que tem por objetivo ofertar

cursos de extensão em PLE (Português como Língua Estrangeira). Além da parte

pedagógica, o PLEI trabalha com pesquisa na área de ensino de português como língua

estrangeira. As atividades de docência e de pesquisa realizadas pelos alunos monitores

do programa proporcionam uma melhor formação aos estudantes de Letras envolvidos

no PLEI, devido à experiência adquirida no ensino de língua. Queremos expor o

funcionamento do programa, a metodologia e a teoria que utilizamos, o que inclui o

planejamento das aulas e a avaliação dos alunos. Apresentaremos um breve histórico do

Programa, relacionando seu crescimento às políticas adotadas pela Universidade Federal

da Paraíba; descreveremos nossas atividades realizadas nos anos de 2010 e 2011. Serão

apresentadas também as pesquisas desenvolvidas no Programa, surgidas a partir das

intervenções dos bolsistas em sala de aula. Ao final da apresentação, faremos uma

discussão a respeito da formação do professor de PLE e sua importância no meio

acadêmico.

Page 51: CD I Seminário de Extensão

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PROJETO CAMENA DE OFICINA BARROCA

Heloísa Muller

Rafael Pereira Laurindo

O Projeto Camena de Oficina Barroca propõe a realização de concertos de

música barroca e colonial latino americana dentro e fora da Universidade. O objetivo é

levar às salas de concerto da cidade o repertório trabalhado nas atividades de música de

câmera durante o semestre letivo.Trata-se de transformar em extensão universitária

institucional uma atividade que se desenvolve no âmbito do Departamento de Música da

UFPb desde a criação do Grupo Camena pelos professores Ibaney Chasin e Heloísa

Muller em 1996, dedicado à pesquisa e prática da música histórica. Desde então os

repertórios barroco e colonial se consolidam como um importante segmento da

atividade musical da UFPB. Assim, alunos, ex-alunos e professores se unem para levar

aos palcos da cidade os mais importantes momentos da música barroca e seus

desdobramentos na sonoridade colonial, promovendo o contato do público com obras

que se efetivaram como arte musical da mais ampla dimensão histórica. O projeto se

conecta à linha de pesquisa 'Estética, Estilística e Praxis Musical' cadastrada no CNPq

desde 1995. Vale salientar que a atividade é realizada duas vezes por ano, desde 2006.

Os concertos se realizam no Auditório do Departamento de Música da UFPb e também

no Mosteiro de São Bento e na Igreja de São Francisco em João Pessoa. Dado que um

objeto artístico é o produto de uma teia histórico-cultural específica, entendemos que

para sua intelecção e posterior execução interpretativa será necessário um suporte

teórico que viabilize seu agarramento. Partindo da hipótese verossímil de que a música

barroca se insere num contexto histórico de raiz humanista, deve-se buscar os princípios

histórico-estilísticos que possibilitem a comunicação destes afetos humanos timbrados

na obra musical.O argumento que justifica e legitima a constituição deste Projeto é seu

caráter agregador de três áreas: Educação, Cultura e Sociedade, integração somente

possível através do preceito da indissociabilidade entre extensão, ensino e pesquisa, tão

caros aos ideais acadêmicos. Pode-se ainda complementar esta justificativa

argumentando que a UFPB através de seu Departamento de Música tem tradição na

promoção de cultura e educação e que o itinerário artístico e acadêmico dos

proponentes, Heloísa Muller e Ibaney Chasin é, em si, relevante para a realização desta

tarefa. Através deste processo a atividade de extensão se conecta ao saber acadêmico de

Page 52: CD I Seminário de Extensão

52

forma visceral tornando-a instrumento de democracia real, pois, levar a cultura e arte

universais a quem a desconhece é ação humanizadora, democrática e emancipadora.

Page 53: CD I Seminário de Extensão

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PROMOÇÃO DE COMPORTAMENTOS PRÓ-AMBIENTAIS: UMA

INTERVENÇÃO BASEADA NOS VALORES HUMANOS

Valdiney Veloso Gouveia

O presente projeto consiste em um programa de intervenção pautado na técnica

de Auto-Confrontação de mudanças comportamentais de Rokeach com a finalidade de

promover nos jovens condutas e comportamentos pró-ambientais. Trata-se de um

trabalho interdisciplinar, o qual está inserido nas áreas temáticas direcionadas à

Educação, Biologia, Geografia, Psicologia e Engenharia Ambiental. Os valores

humanos, que terão enfoque no presente programa de intervenção, assim como indicado

na literatura, asseguram condutas responsáveis, compromisso, preocupação do jovem

com o meio ambiente e o uso responsável dos recursos naturais. Desta forma, acredita-

se que ao promoverem-se tais valores estar-se-á contribuindo para o desenvolvimento

do indivíduo, bem como o levando a ter consciência da importância de afastar-se de

condutas tidas como anti-ambientais. Procura-se aqui realçar o papel da escola como

importante agente na formação do perfil valorativo dos jovens, tornando-os mais

resilientes para responder às demandas sociais.

Page 54: CD I Seminário de Extensão

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QUARTETO VOCAL “É O QUE, HÔMI?!”

Daniella Gramani

Caroline Brendel Pacheco

Ana Catarina Leão

Polyana Resende Maia

Lucyane Pereira Alves

Maria Gabriella Cavalcanti Villar.

O grupo “É o quê, hômi?!” tem como principal proposta o trabalho da música

brasileira com tratamento à capella. Formado pelas professoras e cantoras Daniella

Gramani, Caroline Pacheco e pela aluna Ana Catarina Leão, o grupo tem seu trabalho

artístico baseado na música vocal e na pesquisa das potencialidades das vozes e de

repertório. A direção do grupo é da professora de Canto Popular da UFPB, Daniella

Gramani . O grupo vocal feminino “É o quê, hômi?!”, busca uma proposta de

tratamento vocal inovadora, ao mesmo tempo que dialoga com a história da música

vocal. Desde o século IX, tem-se registro da música exclusivamente vocal no ocidente.

Provavelmente esta prática já existia mas é com o cantochão que a história da música

ocidental registra o início da prática vocal em conjunto. Com o decorrer do tempo, cada

período musical deu um tratamento diferente da voz, da monofonia à polifonia ao bloco

harmônico, cada época combinou as vozes de maneira diferente. No Brasil, os grupos

vocais também se fizeram presente na música popular. Tivemos o Bando da Lua, o

MPB4, o Quarteto em Cy, O Boca Livre, Garganta Profunda entre outros mostrando

que a música vocal também é tradição no país. (SILVA, F & BORÉM, F., 2005;

CRAVO ALBIN, 2011). Dialogando com essa história é objetivo desse projeto: realizar

um trabalho musical que explore as potencialidades das vozes a partir do repertório de

música brasileira; colaborar com o cenário musical de João Pessoa e nacional, com um

trabalho diferenciado e de qualidade; divulgar as canções de músicos de carreira sólida

mas que ainda são desconhecidos do grande público; e formar uma platéia atenta à

novidade e à qualidade da música vocal. Para isso a nossa proposta é trabalhar com a

pluralidade, a diversidade, a flexibilidade. O grito, a voz nasal das lavadeiras, o timbre

aberto das mulheres búlgaras, o doce cantar de uma mãe para seu filho, o sussurro, a

voz imitando um trompete, os vários sotaques do Brasil... A voz é um instrumentos que

possui inúmeros timbres, mas muitas vezes ela é utilizada de apenas uma forma, com

uma colocação padrão. O “É o quê, hômi?!” rompe com isso e apresenta a

Page 55: CD I Seminário de Extensão

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potencialidade da voz feminina e suas combinações. Somente as vozes fazendo as vezes

de harmonia, percussão e buscando uma roupagem criativa para cada canção.

Page 56: CD I Seminário de Extensão

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REEDITANDO HISTÓRIAS DE FRACASSO ESCOLAR

Mônica F. B. Correia

A prática educativa tem sido apontada como elemento relevante na produção do

fracasso escolar. Idéias que poderiam engendrar transformações em cenários que

buscam promover desenvolvimento e aprendizagem muitas vezes não estão sendo

compartilhadas em contextos férteis para esta discussão. O objetivo principal desta

proposta é, através de mudanças no desempenho de alunos e alunas, instigar reflexões

que levarão a iniciativas conscientes e produtivas no cenário escolar. Incluirão

discussões sobre o processo de aprendizagem e suas inter-relações; diretrizes que

levarão a ferramentas para abordagem adequada dos chamados problemas de

aprendizagem. Atividades nesta perspectiva são relevantes porque subsidiam o

atendimento de demanda ostensiva, melhorando a qualidade da relação dos(as)

aprendentes com a construção do saber e dos ensinantes como mediadores deste

processo. Este trabalho oferecerá oportunidades de imersão em conteúdos críticos e

atualizados para a ação neste cenário. Ação que será mediada pela construção de

atividades, especialmente jogos, que subsidiarão o retorno daqueles inseridos em

histórias de fracasso escolar à construção do conhecimento e, assim, o resgate do prazer

atrelado a esta construção. Focaliza-se, portanto, o processo de aprendizagem, buscando

atingir as fraturas deste. Contribuirá, neste sentido, para a qualidade da atuação dos

educadores, do processo educativo e, especialmente, do resgate ao prazer em aprender

Page 57: CD I Seminário de Extensão

57

SAMEM – Saudavelmente Estudante Migrante

Ieda Franken

Ana Terra

Propõe-se o Programa de Extensão intitulado 'SaudavelMenteEstudanteMigrante

- SAMEM' que envolve a temática da migração, da saúde mental e da qualidade de vida

de estudantes recém matriculados (1° e 2° semestre) em diferentes cursos do Campus I

da UFPB. Este Programa, é pautado na intersecção do ensino da pesquisa e da extensão,

com a comunidade acadêmica e profissionais interessados na temática. Trará como

lastro norteador três ações básicas, a saber: Identificar, Assistir e Formar alunos do

Campus I da UFPB. Identificar: o fenômeno da imigração, da saúde mental e da

qualidade de vida entre estudantes da Universidade Federal da Paraíba, Campus I,

fundamentando-se na perspectiva da Psicologia Social e da Saúde com um enfoque

multimetodológico. Assistir: Implantar o Serviço de Assistência intitulado:

SaudavelMenteEstudanteMigrante-SAMEM, na modalidade da grupoterapia, aberto aos

alunos recém matriculados em diferentes cursos de Graduação do Campus I da UFPB,

de modo geral e especificamente, para os alunos migrantes; Formar: Supervisionando os

alunos extensionistas participantes deste Programa, oriundos do Curso de Graduação em

Psicologia, nas diferentes tarefas que lhes competem. Tarefas estas entrelaçadas às

habilidades e competências do novo Projeto Político Pedagógico do curso de Psicologia;

e, promover cursos de extensão e aperfeiçoamento dirigido a alunos e profissionais

interessados em saúde mental.Este Programa, segundo as pesquisas até o momento, é

inédito na UFPB, e pauta-se no conhecimento e na assistência do aluno recém

matriculado de modo geral, e especificamente ao aluno migrante, do Campus I da

UFPB, visando assisti-lo nas suas possíveis dificuldades emocionais e de adaptação ao

novo modo de vida, que favoreça a sua saúde mental e qualidade de vida.

Page 58: CD I Seminário de Extensão

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SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS: UMA ABORDAGEM DA

CIÊNCIA POLÍTICA

Armando Albuquerque de Oliveira

Paulo Vieira de Moura

José Ernesto Pimentel Filho

Lara Sanábria Viana

Inã Cândido de Medeiro

Maria Patrícia Mesquita Pereira

Paolo Rafael Correia de Moura

Thereza Michelle Lima Lopes de Mendonça

O presente projeto propõe um curso de extensão sobre a temática da violência,

da segurança pública e dos direitos humanos numa perspectiva da ciência política.

Entre as ciências sociais, a ciência política certamente é aquela que menos tem dado

atenção as questões relativas à violência, à segurança pública e às violações de direitos

humanos. Ao contrário, o seu foco principal tem recaído sobre as instituições e a

problemática político-eleitoral. Mesmo com o fim do regime militar, da instauração da

Nova República e da promulgação da Constituição Cidadã, é possível observar que

diversos legados autoritários do antigo regime permaneceram presentes no novo. Um

dos mais evidentes deles pode ser verificado no seio das instituições coercitivas do

Estado. Responsáveis pela proteção de direitos, tais como a vida, a liberdade e a

propriedade, os meios utilizados para esta proteção terminam provocando profundas

violações destes direitos. Desta forma, observa-se a persistência de um legado

autoritário dentro das instituições coercitivas no Brasil e verifica-se a existência de uma

correlação ou mesmo de um nexo causal entre o mesmo e o alto grau de letalidade das

instituições coercitivas brasileiras. Este é um legado remanescente do regime militar.

Por que após 26 anos do final da ditadura e 23 anos passados da promulgação da nova

Constituição, ainda é possível observar práticas autoritárias oriundas, principalmente,

das instituições coercitivas? Por que tais práticas persistem? Quais são os seus

desdobramentos no esforço empreendido por estas instituições no sentido de cumprirem

com as suas prerrogativas constitucionais? Há uma relação entre tal legado e a

impunidade dos agentes estatais? Por que ocorrem violações de direitos humanos

quando das ações destas instituições? Tais violações atentam contra a democracia e o

Estado de direito brasileiro? Estas são algumas das questões a serem tratadas neste

curso. Finalmente, o curso destina-se aos alunos de graduação, pós-graduação,

servidores técnico-administrativos de nível superior e membros da comunidade

Page 59: CD I Seminário de Extensão

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interessados no tema. Contemplará três pontos programáticos: o primeiro constando de

uma introdução aos conceitos fundamentais da disciplina e uma abordagem das suas

principais perspectivas teórico-metodológicas; o segundo abordando questões da

violência, da segurança pública e dos direitos humanos a partir de uma perspectiva

neoinstitucional; e o terceiro tratando de estabelecer a fundamentação político-jurídica

destas questões. Ao final, será elaborada pelos participantes, uma cartilha sobre a

temática.

Page 60: CD I Seminário de Extensão

60

SEOP- SERVIÇO E ESCUTA EM ORIENTAÇÃO PSICOSSOCIAL: PROJETO

DE VIDA E TRABALHO Maria de Fathima Martins Catão

Flávia Nélia Silva Cabral

Maria do Socorro Roberto

Tendo em vista a necessidade de atendimento à demanda individual jovens e

adultos e institucional, organizações e comunidades, que busca a Clínica Escola de

Psicologia e o NEIDH- Núcleo de estudos psicossociais da exclusão/inclusão e direitos

humanos CCHLA- UFPB, no que se refere a solicitação de orientação psicossocial,

justifica-se a necessidade de realização deste projeto. Entre as solicitações identificadas,

foram priorizados os seguintes grupos: estudantes de escola pública, moradores jovens e

adultos da comunidade São Rafael do bairro Castelo Branco, funcionários públicos em

processo de aposentadoria e funcionários aposentados. A prática psicológica em

orientação psicossocial conduzida, não vincula as intervenções realizadas, apenas à

escolha da profissão, mas, faz dela um ponto de partida para uma reflexão extensiva

acerca de si, da sociedade, do trabalho e projeto de vida. Desenvolver o processo de

análise psicossocial - seres humanos/ problemas sociais, como práxis continua do

cotidiano; contribuir para formação de protagonistas sociais na gestão do projeto de vida

e trabalho e na superação da exclusão /inclusão. Os significados e sentidos do projeto de

vida e trabalho, objetivado no contexto brasileiro de desigualdade e exclusão/inclusão

social, colocam-se como referência analítica, abrindo possibilidades para intervenção

nos modos de vida dos indivíduos, das organizações e comunidades. A perspectiva

analítica adotada é da psicologia sócio-histórica que admite a influência da natureza

sobre os seres humanos e afirma que este age sobre a natureza e cria, através das

mudanças nela provocadas, novas condições para sua existência. Os atendimentos são

realizados em sistema de plantão semanal. Utiliza-se os instrumentos: entrevistas em

profundidade, questionários, técnicas projetivas, pesquisa-ação, oficinas temáticas,

observação participante. De 2009 a 2011 o SEOP realizou um total de 569 atendimentos

entre os espaços da Clinica Escola de Psicologia e Comunidade São Rafael.

Analisaram-se padecimento na construção do projeto de vida em situação de exclusão,

bem como um desejo de imaginar e criar novas realidades, propiciadoras da expansão

humana. O SEOP caracteriza-se como ação de extensão, ensino e pesquisa no

atendimento às demandas sociais, invertendo o foco de análise do individual para o

social na análise dos seres humanos e problemas sociais.

Page 61: CD I Seminário de Extensão

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SUBINDO A LADEIRA: EDUCAÇÃO PATRIMONIAL E ENSINO DE

HISTÓRIA NO VARADOURO – JOÃO PESSOA/PB

Regina Célia Gonçalves

O projeto Subindo a Ladeira tem como público-alvo a população do bairro do

Varadouro, incluindo as comunidades do Porto do Capim, da Vila Nassau e adjacências,

que serão brevemente atingidas pelas ações do PAC-Cidades Históricas (Programa de

Aceleração do Crescimento) financiado pelo Governo Federal. As ações diretas do

projeto destinam-se às crianças da área, matriculadas nas escolas públicas do ensino

fundamental, mas indiretamente seus efeitos deverão se fazer sentir junto às suas

famílias e, portanto, às suas comunidades.O Projeto será desenvolvido em parceria com

a Fundação Casa de Cultura Companhia da erra, que conta com o apoio de outras

organizações artístico-culturais atuantes na área, a exemplo do Coletivo Sanhauá, da

Fazendo Arte-Escola de Teatro e Dança e da Associação Brasileira de Documentaristas-

Seção PB. Pretende-se, através da sua execução, conclamar a comunidade local a

participar da discussão sobre a sua realidade, como protagonista. Um dos passos desse

processo deve ser o de estimulá-la a “subir a ladeira”, apropriando-se dos espaços que

hoje são ocupados quase que exclusivamente por agentes vinculados à área artístico-

cultural, micros e pequenos empresários da noite, seus freqüentadores e turistas. Para

tanto, consideramos que o conhecimento sobre a história local e a importância do

patrimônio histórico e cultural da cidade de João Pessoa, mas especialmente do bairro

do Varadouro, pode ser um instrumento transformador importante. Concebemos o

conhecimento da história de João Pessoa e da importância do seu patrimônio cultural e

artístico, por parte de todos os que nela vivem e trabalham como instrumento

fundamental para a construção de uma democracia participativa e protagônica. A

socialização de um saber histórico que ultrapasse os marcos da história fundamentada

no arrolamento de datas, personagens e sítios históricos considerados importantes, e que

permita a compreensão dos processos que geraram o nosso patrimônio é componente

importante dessa mudança de rumo. Uma população capaz de compreender suas origens

e a realidade em que vive, capaz de valorizar suas tradições culturais e sua memória

histórica, com certeza, será muito mais capaz de reivindicar sua participação nos

processos decisórios.

Page 62: CD I Seminário de Extensão

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TECNOLOGIAS DIGITAIS E EDUCAÇÃO MUSICAL

Juciane Araldi Beltrame

André Luiz Silva das Chagas

Este projeto de extensão teve início em maio de 2010 e pretende proporcionar a

integração das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) em contextos

de ensino e aprendizagem musical, visando um reflexão prática acerca dos impactos das

novas tecnologias na relação com o saber. Para tanto, pretende: potencializar o uso das

TDICs em aulas de música; instrumentalizar professores de música de diferentes

espaços para a utilização das TDICs; proporcionar aos estudantes da graduação em

música da UFPB um espaço de formação, compreendendo a utilização das TDICs e seu

manuseio efetivo em contextos reais de ensino e aprendizagem musical; contribuir para

a exploração do potencial de interatividade presente nas redes digitais, em contextos

formais de ensino e aprendizagem musical; proporcionar um espaço para elaboração de

novos materiais didáticos utilizando tecnologias digitais. A fundamentação teórica para

esta proposta se concentra em autores da educação musical que discutem o tema (Souza,

2000, 2009; Kruger, 2008), e o autor Lévy (1999), contribuindo para a discussão sobre a

nova relação com o saber na cibercultura. Inicialmente, as ações do projeto serão por

meio de oficinas, mini-cursos para professores e alunos de música, a partir de materiais

disponíveis na rede (softwares livres, sites) e produzidos pelo projeto. Nestes dois

meses de andamento, além do estudo e teste de softwares, estão sendo desenvolvidos

materiais para aulas de música utilizando o programa Flash. A escolha pelo Flash se deu

pela prévia utilização do mesmo para aulas de música, e pela forma de acesso, logo que

esse programa não demanda computadores com alto desempenho para funcionar. O

desenvolvimento dessas atividades (teoria musical, percepção de diferentes paisagens

sonoras, instrumentos musicais) tem sido importante para discutir as diferentes maneiras

de utilizar as tecnologias digitais em aulas de música, além de proporcionar a

aprendizagem prática acerca dos objetos de aprendizagem estudados nos encontros

semanais. Assim entendemos que a viabilização deste projeto pode atender a duas

demandas: 1) espaço de atuação pedagógica para os estudantes do curso de música da

UFPB, 2) atendimento a professores e alunos de diferentes instituições de ensino. Tal

iniciativa pode contribuir para potencializar a utilização das tecnologias digitais em

aulas de música, bem como ampliar as discussões sobre os impactos das tecnologias no

ensino e aprendizagem musical.

Page 63: CD I Seminário de Extensão

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VIVACIDADES

Rosalma Diniz Araújo

Bárbara Caroline Santos de Oliveira

Leylane Bertoldo de Campos

Nágila Layana G. Souza

Yasmim de Souza Silva

Dafiny Maria S. de Assis

Lindmara Fernandes Costa

Beatrícia Pessoa de S. Neves

Este projeto consiste em, sob a orientação de seus Coordenadores, capacitar e

qualificar alunos do Curso de Turismo da UFPB para atuarem como consultores nos

eventos temáticos - realizados por munícipios paraibanos - ligados a economia, cultura e

turismo, nas áreas de: marketing (publicidade, propaganda, serviços, etc.), gastronomia

(higienização, criação e apresentação de pratos), planejamento e organização de eventos

(gincanas, organização de palestras, seminários e workshops), entre outros. Como

exemplo temos a Festa da Laranja/Festival Nacional da Tangerina em Matinhas-PB.

Como alvo inicial do Projeto, escolhemos a Festa da Laranja, uma vez que esta

apresenta um grande potencial de desenvolvimento em um pequeno município da

Paraíba.