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Cdigo de Normas TJ BA

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  • APRESENTAO

    As normas de servios relativas execuo das atividades notariais e de registro, os seus procedi-mentos materiais e formais e a disciplina necessria ao exerccio da funo correcional foram com-piladas em um nico instrumento por fora das determinaes contidas na Portaria Conjunta n 07/2012, editada pela Corregedoria Geral da Justia e pela Corregedoria das Comarcas do Interior do Tribunal de Justia do Estado da Bahia.

    O documento normativo composto por 1.420 artigos denominado Cdigo de Normas e Procedimen-tos dos Servios Notariais e de Registros do Estado da Bahia a primeira consolidao sobre o te-ma e pretende, na forma do art. 38, da Lei Federal n 8.935, de 18.11.94, assegurar que estes servi-os, que se constituem funes pblicas, mas executadas por meio de delegao a particulares, se-jam prestados com eficincia, segurana, celeridade, validade e legalidade.

    A aplicao efetiva dos provimentos, atos normativos, pareceres e ordens relativos aos servios auxiliares, era muito rdua em razo de no se encontrarem reunidos. A disperso destas normas prejudicava a ao dos notrios e registradores, aos quis competiam o exerccio das atividades, co-mo tambm a dos Magistrados, que detinham o dever fiscalizatrio e por fim, dificultava a ao dos usurios, que deixavam de exigir a qualificao dos prestadores dos servios por desconhecerem os atos e requisitos de regularidade.

    Desta forma, o Cdigo de Normas e Procedimentos dos Servios Notariais e de Registros do Estado da Bahia (CNP) vem atender aos reclamos sociais e trs em todo o seu processo de criao o perfil das atuais gestes das Corregedorias deste Estado, sendo fruto dos ideais mais slidos da realizao justia e do direito.

    A Corregedoria Geral da Justia e a Corregedoria das Comarcas do Interior reuniram-se no escopo no somente de sistematizar os provimentos em vigor, mas tambm buscaram o aprimoramento e a construo integral uma disciplina orgnica sobre o desenvolvimento dos servios extrajudiciais.

    Desta forma, em uma ao inovadora as Corregedorias de Justias deste Tribunal de Justia da Ba-hia procuraram de modo substancial primar pela eficcia, regularidade e segurana jurdica para realizao dos atos notariais e de Registro, assinalando em todo o percurso de elaborao deste C-digo de Normas para a necessidade crescente da modernizao das praticas adotadas no mbito des-tes servios.

    Este Cdigo de Normas contempla o que h de mais moderno e sem perder a segurana inerentes aos servios. Era necessria a analise sobre a contemporaneidade e a verificao de que as mudan-as houveram que acarretaram o desenvolvimento em todas as reas dos saberes e tais circunstanci-as refletiram diretamente nesta seara jurdica e frente ao crescente processo de informatizao, no-vas praticas deveriam ser impressas.

    Novos entendimentos jurdicos sobre os fatos da vida repercutiam diretamente neste campo trazen-do para os notrios e registradores um leque muito abrangente de atividades e a cada dia exigiam maior confiabilidade e portanto clareza quanto aos requisitos e condies de realizao uniforme quais restaram consignadas nessa compilao.

    Primou-se nesse trabalho pela legalidade e regularidade dos atos que podem e deve estar revestidos da celeridade e segurana. A modernizao dos mtodos, a implantao de sistemas so ferramentas que aliceram e indicam a eficcia e a boa prestao destes servios aos usurios, ao publico, e es-pecialmente ao povo baiano.

  • Trata-se de uma obra que contou com a colaborao de muitos seguimentos da sociedade civil. Uma obra de muitas mos e como tal reflete este novo modo de fazer na sociedade contempornea onde cada um chamado e convocado a apresentar sua parcela de contribuio por uma sociedade mais humana e fraterna.

    A elaborao e redao de cada captulo e sesso ficou a cargo de Subcomisses constitudas por notrios e registradores de notrio conhecimento, revisadas pelos MMs. Juzes Auxiliares da Corre-gedoria Geral da Justia, da Corregedoria das Comarcas do Interior e da Juza Corregedora Perma-nente dos Cartrios Extrajudicais e submetidas a aprovao em sesses abertas, onde cada artigo foi discutido e posto a aprovao mediante voto de todos os integrantes da Comisso.

    Assim, neste cdigo repousa o sonho de muitos operadores do direito que lidam direta ou indireta-mente com esses servios extrajudiciais. , certamente, um marco histrico e garantidor da plena efetividade da Lei n 12.352 de 08 de setembro de 2011, que privatizou os servios notariais e de registros no Estado da Bahia.

    Registre-se por fim, que um trabalho desta natureza no se realiza somente por objetivos prticos mas por ideais mais autnticos e profundos que servem como engrenagem e combustvel para as aes conjuntas das Corregedorias deste Estado da Bahia.

    A sentena do filsofo Antstenes a gratido a memria do corao d sentido especial a publi-cao deste instrumento normativo. Nada haver nas palavras que aqui forem depositadas que pos-sam expressar a gratido para como aqueles que percorreram este longo caminho qual exigiu uma ampla reviso terica, uma larga pesquisa doutrinaria e jurisprudencial sobre os temas para sua con-solidao.

    A todos os sinceros agradecimentos.

    Dra. Ana Conceio Barbuda Sanches Guimares Ferreira

    Juza Auxiliar da Corregedoria Geral da Justia

  • CORREGEDORA GERAL DA JUSTIA Desembargadora Ivete Caldas Silva Freitas Muniz

    CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR Desembargador Antonio Pessoa Cardoso

    COMISSO

    Dr. Jos Carlos Rodrigues do Nascimento Presidente

    Dra. Ana Conceio Barbuda Sanches Guimares Ferreira Juza Auxiliar da Corregedoria Geral da Justia

    Coordenadora dos Cartrios e Serventias Extrajudiciais da Capital

    Dra. Pilar Clia Tobio de Claro Juza da Vara de Registros Pblicos da Comarca de Salvador

    Dr. Mrcio Jorge de Lima Assessor Jurdico Chefe da Corregedoria Geral da Justia

    Dra. Zilene Victor de Oliveira Assessora Jurdica Chefe da Corregedoria das Comarcas do Interior

    Dra. Leila Lima Costa Secretria das Corregedorias de Justia

  • Dr. Fernando Mrio Pires Daltro Jr. Assessor Especial da Corregedoria das Comarcas do Interior

    Dra. Cristina Maria Rocha de Almeida Delegatria do 13 Tabelionato de Notas de Salvador

    Representante das Associaes dos Notrios e Registradores do Brasil ANOREG

    Dra. Emanuelle Fontes Ourives Perrota Delegatria do 2 Tabelionato de Notas da Comarca de Juazeiro-Bahia

    Presidente do Colgio Notarial do Brasil Seo Bahia

    Dra. Aracilda dos Santos Miranda Delegatria do Tabelionato de Notas com Funes de

    Protesto da Comarca de Lauro de Freitas - Bahia

    Dra. Avani Maria Macedo Giarrusso Delegatria do Cartrio de Registro de Imveis do 6 Ofcio da Comarca de Salvador

    Dr. den Mrcio Lima de Almeida Delegatrio do Cartrio de Protesto de Ttulos e

    Documentos da Comarca de Feira de Santana - Bahia Presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Ttulos do Brasil Seo Bahia

    Dra. Ida Maria Barbosa Siqueira Sena Delegatria do Cartrio do Registro Civil com Funes Notariais do Distrito de Maria

    Quitria da Comarca de Feira de Santana - Bahia

    Maria Luiza dos Santos Silva Abdehusen Delegatria do Cartrio de Ttulos e documentos do

    2 Ofcio da Comarca de Salvador - Bahia

    Dra. Maria Rita Moreira Alves Almeida Diretora de Secretaria da 2 Vara de Famlia da Comarca de Salvador - Bahia

    Dra.Vera Lcia Ivo Vianna Servidora da Corregedoria Geral da Justia

  • COLABORADORES

    Maria Joselita do Esprito Santo Almeida Delegatria do Cartrio de Registro Civil de Pessoas Naturais com Funes Notariais do

    Distrito de Abrantes da Comarca de Camaari - Bahia

    Dra. Daniele Gomes Nascimento Tudela Suboficial Substituta do Cartrio de Ttulos e documentos

    do 2 Ofcio da Comarca de Salvador

    Adalberto Boaventura dos Santos Analista Judicirio da Corregedoria Geral da Justia

    Sara Paes

    Secretria das Associaes dos Notrios e Registradores do Brasil ANOREG

    ASSESSORIA DE INFORMTICA

    Adriano Villar Silva Santos Assessor de Informtica da Corregedoria das Comarcas do Interior

    Joo Agripino Dantas Teixeira

    Analista Judicirio da Corregedoria Geral da Justia

    Dr. Divalmir Pires de Alencar Santos Analista Judicirio da Corregedoria Geral da Justia

    SISTEMATIZAO

    Dr. Fernando Mrio Pires Daltro Jr. Adriano Villar Silva Santos

    REVISO ORTOGRFICA

    Ana Paula Menezes de Santana Graduada em Letras Vernculas e

    Especialista em Metodologia e Didtica do Ensino Superior

  • PROVIMENTO CONJUNTO N CGJ/CCI - 009/2013

    Dispe sobre o Cdigo de Normas e Procedimentos

    dos Servios Notariais e de Registro do Estado da

    Bahia.

    A DESEMBARGADORA IVETE CALDAS SILVA FREITAS MUNIZ, CORREGEDORA

    GERAL DA JUSTIA E O DESEMBARGADOR ANTONIO PESSOA CARDOSO, COR-

    REGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas

    respectivas atribuies legais e regimentais, conjuntamente, com base no art. 90, inciso VII, combi-

    nado com o art. 88, ambos do Regimento Interno do Tribunal de Justia do Estado da Bahia;

    CONSIDERANDO que compete ao Poder Judicirio estadual, como autoridade delegante dos Ser-

    vios Notariais e de Registro, zelar para que esses servios sejam prestados com rapidez, qualidade

    satisfatria e eficincia, nos termos do art. 38, da Lei Federal n 8.935/94;

    CONSIDERANDO que, de acordo com o Regimento do Tribunal de Justia da Bahia, art. 88, com-

    binado com o art. 90, inciso II, compete s Corregedorias de Justia, no apenas fiscalizar os servi-

    os cartorrios, mas tambm editar normas tcnicas que venham a assegurar o desempenho dos ser-

    vios notariais e de registro;

    CONSIDERANDO a necessidade de consolidao das normas das Corregedorias de Justia perti-

    nentes disciplina dos atos e aos procedimentos cartorrios a serem observados no mbito dos car-

    trios extrajudiciais do Estado da Bahia;

  • CONSIDERANDO que a reunio em texto nico e sistematizado de todas as normas internas rela-

    tivas aos Servios Notariais e de Registro permitir, a um s tempo, eliminar eventuais repeties

    ou divergncias entre os atos normativos, suprimir os dispositivos revogados, expressa ou tacita-

    mente, e os considerados em confronto com a Legislao Federal, a Constituio Estadual e as Leis

    de Organizao Judiciria do Estado, conferindo unidade ao corpo de nossa legislao interna;

    CONSIDERANDO a importncia que os servios pblicos notariais e de registro representam para

    a sociedade, bem como sua relevncia no mbito do comrcio jurdico e, que fundamental assegu-

    rar a publicidade, a autenticidade e a eficcia dos atos jurdicos praticados;

    RESOLVEM:

    Art. 1 - Instituir o Cdigo de Normas dos Cartrios Extrajudiciais do Estado da Bahia, com o fito

    de estabelecer regras e procedimentos tcnicos a serem observados, em carter imediato e especfi-

    co, como supletivos da legislao estadual e federal, pelos Tabelies e Oficiais de Registro do Esta-

    do da Bahia, nos termos do Anexo nico deste Provimento.

    Art. 2 - A Secretaria das Corregedorias adotar providncias no sentido de promover a divulgao

    do Cdigo de Normas ora institudo e ficar ainda encarregada de preservar a matriz eletrnica do

    respectivo texto normativo, mantendo-o ntegro e atualizado, em consonncia com eventuais altera-

    es que venham a ser futuramente editadas conjuntamente pelas Corregedorias da Justia.

    Art. 3 - Este provimento entra em vigor na data da sua publicao, ficando revogadas as disposi-

    es em contrrio.

    Salvador, 12 de agosto de 2013.

    DESEMBARGADORA IVETE CALDAS SILVA FREITAS MUNIZ

    Corregedora Geral da Justia

    DESEMBARGADOR ANTONIO PESSOA CARDOSO

    Corregedor das Comarcas do Interior

  • SUMRIO TTULO I ..................................................................................................................................... 21 DAS DISPOSIES GERAIS; DA FUNO CORRECIONAL; DAS DISPOSIES ESPECIAIS; DOS LIVROS E CLASSIFICADORES OBRIGATRIOS E DOS EMOLUMENTOS, TAXAS E DESPESAS DAS UNIDADES DO SERVIO NOTARIAL E DE REGISTRO................................................................................................................................... 21 TTULO II .................................................................................................................................... 54 DO TABELIONATO DE NOTAS ................................................................................................. 54 TTULO III................................................................................................................................. 122 DO TABELIONATO DE PROTESTO DE TTULOS ................................................................. 122 E OUTROS DOCUMENTOS DE DVIDA ................................................................................ 122 TTULO IV ................................................................................................................................ 156 DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS ................................................................. 156 TTULO V.................................................................................................................................. 225 DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS ................................................................ 225 TTULO VI................................................................................................................................. 237 DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS .................................................................... 237 TTULO VII ............................................................................................................................... 253 DO REGISTRO DE IMVEIS ................................................................................................... 253

  • NDICE SISTEMTICO

    TTULO I - DAS DISPOSIES GERAIS; DA FUNO CORRECIONAL; DAS DISPOSIES

    ESPECIAIS; DOS LIVROS E CLASSIFICADORES OBRIGATRIOS E DOS

    EMOLUMENTOS, TAXAS E DESPESAS DAS UNIDADES DO SERVIO

    NOTARIAL E DE REGISTRO.

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ARTS. 1 A 10

    SEO II - DA FUNO CORRECIONAL ARTS. 11 A 26

    SEO III - DAS DISPOSIES ESPECIAIS ARTS. 27 A 55

    SEO IV - DOS LIVROS E CLASSIFICADORES OBRIGATRIOS ARTS. 56 A 75

    SUBSEO I - DOS LIVROS OBRIGATRIOS - ARTS. 56 A 72

    SUBSEO II - DOS CLASSIFICADORES OBRIGATRIOS ARTS. 73 A 75

    SEO V - DOS EMOLUMENTOS, TAXAS, DESPESAS E DO SELO DE AUTENTICIDADE

    ARTS. 75 A 92

    SUBSEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ARTS. 76 A 87

    SUBSEO II - DO SELO DE AUTENTICIDADE ARTS. 88 A 90

    SUBSEO III - DAS RECLAMAES E RECURSOS SOBRE EMOLUMENTOS, TAXAS E DESPESAS

    DAS UNIDADES DO SERVIO NOTARIAL E DE REGISTRO ARTS. 91 A 96

    TTULO II DO TABELIONATO DE NOTAS.

    CAPTULO I - DAS DISPOSIES GERAIS - ART. 97 A 105

    SEO I - DA FUNO NOTARIAL - ART. 97

    SEO II - DA COMPETNCIA ART. 98 A 102

    SEO III - DA ATIVIDADE NOTARIAL ART. 103 A 109

    CAPTULO II - DOS ATOS NOTARIAIS ART. 110 A 282

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 110 A 115

    SEO II - DA ESCRITURA PBLICA ART. 116 A 218

    SUBSEO II - DAS DISPOSIES GENRICAS ART. 116 A 120

    SUBSEO II - DAS DISPOSIES RELATIVAS A IMVEIS ART. 121 A 126

    SUBSEO III - DAS DISPOSIES RELATIVAS A IMVEIS RURAIS ART. 127 A 136

    SUBSEO IV - DAS DISPOSIES RELATIVAS S ESCRITURAS DE INVENTRIO E PARTILHA OU

    ADJUDICAO, DIVRCIO CONSENSUAL E DECLARAO DE CONVIVNCIA DE

    UNIO ESTVEL E HOMOAFETIVA - ART. 137 A 145

    SUBSEO V - DA ESCRITURA PBLICA DE DIVRCIO CONSENSUAL - ART. 146 A 161

    SUBSEO VI - DA ESCRITURA PBLICA DE DECLARAO DE CONVIVNCIA DE UNIO ESTVEL E

    HOMOAFETIVA - ART. 162 A 176

    SUBSEO VII - DA ESCRITURA PBLICA DE INVENTRIO E PARTILHA - ART. 177 A 189

    SUBSEO VIII - DA PROCURAO PBLICA ART. 190 A 194

    SUBSEO IX - DO SUBSTABELECIMENTO DE PROCURAO - ART. 195 A 197

    SUBSEO X - DA PROCURAO EM CAUSA PRPRIA ART. 198 A 200

    SUBSEO XI - DA REVOGAO DA PROCURAO ART. 201 A 203

    SUBSEO XII - DA TRANSFERNCIA DE EMBARCAES - ART. 204 A 207

    SUBSEO XIII - DAS DOAES - ART. 208 A 214

  • SUBSEO XIV - DA INSTITUIO, CESSO E RENNCIA DO USUFRUTO ART. 215 A 218

    SEO III - DA ATA NOTARIAL ART 218 A 221

    SEO IV - DO TESTAMENTO PBLICO ART. 222 A 227

    SUBSEO I - DA REVOGAO DO TESTAMENTO ART. 224 A 226

    SUBSEO II - DA APROVAO DE TESTAMENTO CERRADO ART. 227

    SEO V - DO TRASLADO E CERTIDO ART. 228 A 234

    SEO VI - DA AUTENTICAO DE DOCUMENTOS AVULSOS E ELETRNICOS ART. 235 A 282

    SUBSEO I - DA DISPOSIO GERAL ART. 235 A 236

    SUBSEO II - DA AUTENTICAO DE CPIAS REPROGRFICAS E ELETRNICAS ART. 237 A 248

    SUBSEO III - DO RECONHECIMENTO DE LETRAS, FIRMAS E CHANCELAS ART. 249 A 263

    SUBSEO IV - DO SINAL PBLICO ART. 264 A 266

    SUBSEO V - DO REGISTRO DE ASSINATURA MECNICA ART. 267 A 271

    SEO VII - DA CERTIFICAO DIGITAL ART. 272 A 282

    SUBSEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 272 A 279

    SUBSEO II - DOS ATOS NOTARIAIS NO MEIO ELETRNICO ART. 280 A 282

    CAPTULO III - DOS LIVROS NOTARIAIS ART. 283 A 290

    CAPTULO IV - DA LAVRATURA DOS ATOS NOTARIAIS ART. 291 A 316

    SEO I - DAS DISPOSIES PRELIMINARES ART. 291 A 303

    SEO II - DA ESCRITURAO ART. 304 A 307

    SEO III - DAS DISPOSIES FINAIS ART. 308 A 314

    CAPTULO V - DO TABELIO E OFICIAL DO REGISTRO

    DE CONTRATOS MARTIMOS E FLUVIAIS ART. 315 A 316

    TTULO III - DO TABELIONATO DE PROTESTO DE TTULOS

    E OUTROS DOCUMENTOS DE DVIDA.

    CAPTULO I - DA APRESENTAO DO DOCUMENTO ART. 317 A 333

    SEO I - DO CHEQUE ART. 334 A 340

    CAPTULO II - DO APONTAMENTO ART. 341 A 343

    CAPTULO III - DA INTIMAO ART. 344 A 354

    CAPTULO IV - DA DESISTNCIA E SUSTAO DO PROTESTO ART. 355 A 360

    CAPTULO V - DO PAGAMENTO ART. 361 A 366

    CAPTULO VI - DA LAVRATURA E REGISTRO DO PROTESTO ART. 367 A 376

    CAPTULO VII - DA AVERBAO E ANOTAO DO PROTESTO ART. 377

    CAPTULO VIII - DO CANCELAMENTO DO PROTESTO ART. 378 A 385

    CAPTULO IX - DAS CERTIDES ART. 386 A 393

    CAPTULO X - DAS CERTIDES A ENTIDADES DE CLASSE ART. 394 A 398

    CAPTULO XI - DA GUARDA DOS LIVROS, ARQUIVOS E DOCUMENTOS ART. 399 A 406

    CAPTULO XII - DOS EMOLUMENTOS E DISPOSIES FINAIS ART. 407 A 416

    TTULO IV - DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS.

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 417

    SEO II - DA ESCRITURAO E DA ORDEM DE SERVIO ART. 418 A 449

    SUBSEO I - DOS LIVROS ART. 418

    SUBSEO II - DA ESCRITURAO ART. 419 A 433

    SUBSEO III - DA PUBLICIDADE ART. 434 A 441

  • SUBSEO IV - DA CONSERVAO ART. 442 A 445

    SUBSEO V - DA ORDEM DO SERVIO DAS PARTES E TESTEMUNHAS ART. 446 A 449

    SEO III - DOS EMOLUMENTOS, DA GRATUIDADE E DA ISENO ART. 450 A 457

    SUBSEO I - DOS EMOLUMENTOS ART. 450 A 452

    SUBSEO II - DA GRATUIDADE E DA ISENO ART. 453 A 457

    SEO IV - DA FISCALIZAO DO SERVIO ART. 458 A 459

    SUBSEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 458 A 459

    SEO V - DO NASCIMENTO ART. 460 A 505

    SUBSEO I - DA OBRIGATORIEDADE DO REGISTRO ART. 460 A 462

    SUBSEO II - DA COMPETNCIA ART. 463 A 465

    SUBSEO III - DO PRAZO ART. 466 A 467

    SUBSEO IV - DO REGISTRO FORA DO PRAZO E DAS RESTAURAES ART. 468 A 469

    SUBSEO V - DA LEGITIMIDADE ART. 470 A 471

    SUBSEO VI - DAS FORMALIDADES PARA O REGISTRO ART. 472 A 481

    SUBSEO VII - DOS REGISTROS FEITOS NOS ESTABELECIMENTOS DE SADE QUE REALIZAM

    PARTO ART. 482 A 486

    SUBSEO VIII - DO NOME ART. 487 A 494

    SUBSEO IX - DA INDICAO DE SUPOSTO PAI ART. 495 A 497

    SUBSEO X - DO REGISTRO POR DECLARAES SUCESSIVAS ART. 498 A 500

    SUBSEO XI - DO REGISTRO POR MANDADO JUDICIAL ART. 501 A 502

    SUBSEO XII - DA INSCRIO DA SENTENA DE ADOO ART. 503 A 505

    SEO VI - DO CASAMENTO ART. 506 A 559

    SUBSEO I - DA HABILITAO ART. 506 A 525

    SUBSEO II - DA CELEBRAO E REGISTRO ART. 526 A 540

    SUBSEO III - DO CASAMENTO RELIGIOSO COM EFEITO CIVIL ART. 541 A 551

    SUBSEO IV - DA CONVERSO DE UNIO ESTVEL EM CASAMENTO ART. 552 A 558

    SUBSEO V - DO CASAMENTO OU CONVERSO DA UNIO ESTVEL EM CASAMENTO DE

    PESSOAS DO MESMO SEXO ART. 559

    SEO VII - DO BITO ART. 560 A 585

    SUBSEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 560 A 567

    SUBSEO II - DA COMPETNCIA ART. 568 A 569

    SUBSEO III - DO PRAZO ART. 570 A 571

    SUBSEO IV - DO REGISTRO TARDIO ART. 572 A 573

    SUBSEO V - DA LEGITIMIDADE ART. 574 A 575

    SUBSEO VI - DAS FORMALIDADES PARA O REGISTRO ART. 576 A 579

    SUBSEO VII - DA JUSTIFICAO PARA O REGISTRO DE BITO ART. 580 A 581

    SUBSEO VIII - DO NATIMORTO ART. 582 A 585

    SEO VIII - DA EMANCIPAO ART. 586 A 590

    SEO IX - DA INTERDIO ART. 591 A 594

    SEO X - DA AUSNCIA E DA MORTE PRESUMIDA ART. 595 A 598

    SEO XI - DOS TRASLADOS DE ASSENTOS - ART. 599 A 627

    SUBSEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 599 A 615

    SUBSEO II - DO TRASLADO DE ASSENTO DE NASCIMENTO ART. 616 A 621

    SUBSEO III - DO TRASLADO DE ASSENTO DE CASAMENTO ART. 622 A 625

    SUBSEO IV - DO TRASLADO DE ASSENTO DE BITO ART. 626 A 627

    SEO XII - DA OPO DE NACIONALIDADE ART. 628 A 631

    SEO XIII - DA INSCRIO DE SENTENAS ART. 632 A 638

  • SUBSEO I - DAS SENTENAS DE ALTERAO DE ESTADO CIVIL ART. 632 A 635

    SUBSEO II - DAS SENTENAS DE LIBERAO DO REGIME TUTELAR ART. 636 A 638

    SEO XIV - DAS AVERBAES ART. 639 A 660

    SUBSEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 639 A 647

    SUBSEO II - DAS RETIFICAES, RESTAURAES E SUPRIMENTOS ART. 648 A 657

    SUBSEO III - DO BLOQUEIO E DO CANCELAMENTO ART. 658 A 660

    SEO XV - DAS ANOTAES ART. 661 A 669

    SEO XVI - DA PUBLICIDADE ART. 670 A 680

    SUBSEO I - DAS CERTIDES ART. 670 A 678

    SUBSEO II - DAS INFORMAES ART. 679 A 680

    SEO XVII - DO PAPEL DE SEGURANA PARA CERTIDES DE TODOS OS ATOS PRPRIOS DO

    REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS ART. 681 A 695

    SEO XVIII - DAS DISPOSIES FINAIS ART. 696 A 701

    TTULO V - DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS.

    CAPTULO I - DAS FUNES ART. 702

    CAPTULO II - DOS LIVROS DE REGISTRO ART. 703 A 704

    CAPTULO III - DO REGISTRO ART. 705 A 752

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 705 A 741

    SEO II - DO REGISTRO DE LIVROS FISCAIS ART. 742 A 743

    SEO III - DO REGISTRO DE JORNAIS, OFICINAS IMPRESSORAS, EMPRESAS DE

    RADIODIFUSO E AGNCIAS DE NOTCIAS ART. 744 A 747

    SEO IV - DAS DISPOSIES FINAIS ART. 748 A 752

    TTULO VI - DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS.

    CAPTULO I - DAS ATRIBUIES ART. 753 A 767

    CAPTULO II - DA ESCRITURAO ART. 768 A 779

    CAPTULO III - DA TRANSCRIO E DA AVERBAO ART. 780 A 783

    CAPTULO IV - DA ORDEM DOS SERVIOS ART. 783 A 798

    CAPTULO V - DAS NOTIFICAES EXTRAJUDICIAIS ART. 799 A 812

    CAPTULO VI - DO CANCELAMENTO ART. 813 A 816

    TTULO VII - DO REGISTRO DE IMVEIS.

    CAPTULO I - DA INSTITUCIONALIZAO E FINS ART. 817 A 821

    SEO I - DAS ATRIBUIES ART. 817

    SEO II - DAS DISPOSIES GERAIS ART 818 A 821

    CAPTULO II - DOS PRINCPIOS - ART. 822

    SEO I - DOS PRINCPIOS DO REGISTRO DE IMVEIS ART. 822

    CAPTULO III - DAS CERTIDES E DAS INFORMAES ART. 823 A 846

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 823 A 838

    SEO II - DA CERTIDO EM DOCUMENTO FSICO ART. 839 A 840

    SEO III - DA CERTIDO ELETRNICA OU DIGITAL ART. 841 A 844

    SEO IV - DA CERTIDO ACAUTELATRIA ART. 845 A 846

    CAPTULO IV - DO PROCESSO DE REGISTRO ART. 847 A 926

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 847 A 866

  • SEO II - DA PRENOTAO ART. 867 A 877

    SEO III - DA FORMULAO DE EXIGNCIAS ART. 878 A 881

    SEO IV - DO PROCEDIMENTO DE SUSCITAO DE DVIDA ART. 882 A 891

    SEO V - DA RETIFICAO DO REGISTRO ART. 892 A 909

    SEO VI - DA NULIDADE DO REGISTRO ART. 910 A 914

    SEO VII - DO CANCELAMENTO DO REGISTRO ART. 915 A 926

    CAPTULO V - DA MATRCULA ART. 927 A 967

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 927 A 935

    SEO II - DA ABERTURA DA MATRCULA ART. 936 A 957

    SEO III - DA FUSO DE MATRCULAS ART. 958 A 965

    SEO IV - DO CANCELAMENTO E ENCERRAMENTO DA MATRCULA ART. 966 A 967

    CAPTULO VI - DOS LIVROS, SUA ESCRITURAO E CONSERVAO ART. 968 A 1020

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 968 A 973

    SEO II - DO LIVRO 1 PROTOCOLO ART. 974 A 981

    SEO III - DO LIVRO 2 REGISTRO GERAL ART. 982 A 988

    SEO IV - DO LIVRO 3 REGISTRO AUXILIAR ART. 989 A 994

    SEO V - DO LIVRO 4 INDICADOR REAL ART. 995

    SEO VI - DO LIVRO 5 INDICADOR PESSOAL ART. 996 A 1000

    SEO VII - DO LIVRO CADASTRO DE ESTRANGEIROS (LEI N 5.709/71) ART. 1001 A 1003

    SEO VIII - DOS LIVROS SUPLEMENTARES ART. 1004 A 1009

    SEO IX - DOS ARQUIVOS E RELATRIOS DE CONTROLE DOS ATOS REGISTRAIS ART. 1010

    SEO X - DA CONSERVAO DOS LIVROS E DOCUMENTOS ART. 1011 A 1020

    CAPTULO VII - DOS TTULOS ART. 1021 A 1039

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART 1021 A 1028

    SEO II - DOS TTULOS POR INSTRUMENTO PBLICO ART. 1029

    SEO III - DOS TTULOS PARTICULARES ART. 1030 A 1033

    SEO IV - DOS TTULOS JUDICIAIS ART. 1034 A 1039

    CAPTULO VIII - DAS PESSOAS ART. 1040 A 1047

    SEO I - DAS DISPOSIES COMUNS RELATIVAS S PESSOAS ART. 1040 A 1043

    SEO II - DAS PESSOAS FSICAS ART. 1044

    SEO III - DAS PESSOAS JURDICAS ART. 1045 A 1047

    CAPTULO IX - DO REGISTRO ART. 1048 A 1243

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 1048 A 1051

    SEO II - DO BEM DE FAMLIA ART. 1052 A 1060

    SEO III - DAS HIPOTECAS ART. 1061 A 1080

    SEO IV - DOS CONTRATOS DE LOCAO ART. 1081 A 1085

    SEO V - DAS PENHORAS, ARRESTOS, SEQUESTROS DE IMVEIS E, DAS CITAES DE

    AES REAIS OU PESSOAIS REIPERSECUTRIAS RELATIVAS A IMVEIS

    ART. 1086 A 1097

    SUBSEO I - DAS PENHORAS, ARRESTOS E SEQUESTROS DE IMVEIS ORIUNDOS DA JUSTIA

    DO TRABALHO ART. 1098 A 1102

    SEO VI - DAS SERVIDES ART. 1103 A 1111

    SEO VII - DAS CONVENES OU PACTOS ANTENUPCIAIS ART. 1112 A 1113

    SEO VIII - DAS CDULAS DE CRDITO ART. 1114 A 1118

    SEO IX - DOS PR-CONTRATOS RELATIVOS A IMVEIS LOTEADOS ART. 1119 A 1120

    SEO X - DOS FORMAIS DE PARTILHA ART. 1121 A 1124

    SEO XI - DA CARTA DE SENTENA EM SEPARAO JUDICIAL OU DIVRCIO 1125 A 1129

  • SEO XII - DAS ESCRITURAS DE SEPARAO, DIVRCIO E INVENTRIO EXTRAJUDICIAL

    ART. 1130 A 1135

    SEO XIII - DAS ARREMATAES E ADJUDICAES EM HASTA PBLICA ART. 1136 A 1137

    SEO XIV - DA TRANSFERNCIA DE IMVEL PARA SOCIEDADE EMPRESRIA 1138 A 1143

    SEO XV - DA COMPRA E VENDA ART. 1144 A 1157

    SEO XVI - DA PROMESSA DE COMPRA E VENDA ART. 1158 A 1164

    SEO XVII - DA COMPRA E VENDA COM CESSO DE DIREITOS ART. 1165 A 1166

    SEO XVIII - DA ALIENAO FIDUCIRIADE BENS IMVEIS ART. 1167 A 1206

    SUBSEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 1167 A 1176

    SUBSEO II - DAS INTIMAES E DA CONSOLIDAAO DA PROPRIEDADE FIDUCURIA

    ART. 1177 A 1196

    SUBSEO III - DA CDULA DE CRDITO IMOBILIRIO ART. 1197 A 1206

    SEO XIX - DA DOAO ENTRE VIVOS ART. 1207 A 1211

    SEO XX - DA DAO EM PAGAMENTO ART. 1212 A 1214

    SEO XXI - DA PERMUTA OU TROCA ART. 1215 A 1220

    SEO XXII - DO DIREITO DE SUPERFCIE ART. 1221 A 1230

    SEO XXIII - DO USUFRUTO DE IMVEL ART. 1231 A 1238

    SEO XXIV - DO REGISTRO DE CARTA DE ARREMATAO DECORRENTE DE EXECUO

    EXTRAJUDICIAL ART. 1239 A 1243

    CAPTULO X - DA AVERBAO ART. 1244 A 1275

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 1244 A 1251

    SEO II - DOS PACTOS ANTENUPCIAIS E DA ALTERAO DO REGIME DE BENS

    ART. 1252 A 1253

    SEO III - DO DESDOBRAMENTO DE IMVEIS ART. 1254

    SEO IV - DA EDIFICAO, RECONSTRUO, DEMOLIO, REFORMA OU AMPLIAO DE

    PRDIO ART. 1255

    SEO V - DA AVERBAO DE QUITAO DO PREO ART. 1256

    SEO VI - DA ALTERAO DO ESTADO CIVIL ART. 1257

    SEO VII - DAS SENTENAS DE SEPARAO JUDICIAL, DIVRCIO, NULIDADE OU ANULAO

    DE CASAMENTO ART. 1258

    SEO VIII - DA AVERBAO DE INTERDIO ART. 1259 A 1260

    SEO IX - DOS CONTRATOS DE COMPRA E VENDA COM SUBSTITUIO DE MUTURIO

    ART. 1261

    SEO X - DO TOMBAMENTO DE IMVEIS ART. 1262 A 1263

    SEO XI - DOS DECRETOS DE DESAPROPRIAO ART. 1264

    SEO XII - DA ALTERAO DO NOME E DA TRANSFORMAO DAS SOCIEDADES ART. 1265

    SEO XIII - DA ALIENAO DE IMVEIS HIPOTECADOS ART. 1266

    SEO XIV - DOS CONTRATOS DE LOCAO ART. 1267

    SEO XV - DA AVERBAO PREMONITRIA ART. 1268 A 1275

    CAPTULO XI - DAS VERIFICAES ART. 1276 A 1297

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 1276

    SEO II - DO IMPOSTO DE TRANSMISSO ART. 1277 A 1281

    SEO III - DO CERTIFICADO DE CADASTRO DE IMVEL RURAL (CCIR) ART. 1282 A 1284

    SEO IV - DA DISPENSA DE CERTIDES NA CONCESSO DE CRDITO RURAL

    ART. 1285 A 1286

    SEO V - DA PROVA DE QUITAO DO ITR ART. 1287 A 1291

    SEO VI - DA ANOTAO DE RESPONSABILIDADE TCNICA (ART) E DO REGISTRO DE

  • RESPONSABILIDADE TCNICA (RRT) ART. 1292 A 1294

    SEO VII - DAS CERTIDES DO INSS DA CERTIDO NEGATIVA DE TRIBUTOS E

    CONTRIBUIES FEDERAIS DA SRF ART. 1295

    SEO VIII - DA DECLARAO DE OPERAO IMOBILIRIA ART. 1296

    SEO IX - DA UNIDADE DE CONDOMNIO ESPECIAL ART. 1297

    CAPTULO XII - DA AQUISIO DE IMVEL RURAL POR PESSOA NATURAL OU JURDICA

    ESTRANGEIRA E CIDADO PORTUGUS ART. 1298 A 1315

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 1298 A 1310

    SEO II - DO CASO ESPECFICO DOS CIDADOS PORTUGUESES ART. 1311 A 1312

    SEO III - DAS COMUNICAES SOBRE AQUISIO DE IMVEL RURAL POR ESTRANGEIRO

    ART. 1313 A 1315

    CAPTULO XIII - DOS TERRENOS DA MARINHA E OUTROS IMVEIS DA UNIO FEDERAL

    ART. 1316 A 1318

    SEO I - DISPOSIES GERAIS ART. 1316 A 1318

    CAPTULO XIV - DO PARCELAMENTO DO SOLO- LOTEAMENTOS E DESMEMBRAMENTOS

    ART. 1319 A 1368

    SEO I - DAS DISPOSIES GERAIS ART. 1319 A 1346

    SEO II - DA COMPETNCIA TERRITORIAL ART. 1347 A 1348

    SEO III - DA REGULARIZAO DO PARCELAMENTO ART. 1349 A 1352

    SEO IV - DO REGISTRO DOS TTULOS INDIVIDUAIS ART. 1353 A 1355

    SEO V - DA DEMARCAO URBANSTICA ART. 1356 A 1360

    SEO VI - DO REGISTRO DO AUTO DE IMISSO NA POSSE ART. 1361 A 1363

    SEO VII - DISPOSIES GERAIS ART. 1364 A 1368

    CAPTULO XV - DO CONDOMNIO EDILCIO ART. 1369 A 1420

    SEO I - DA INCORPORAO IMOBILIRIA- DISPOSIES GERAIS ART. 1369 A 1371

    SEO II - DO MEMORIAL DE INCORPORAO ART. 1372 A 1393

    SEO III - DA INSTITUIO, DISCRIMINAO E ESPECIFICAO DE CONDOMNIO

    ART. 1394 A 1402

    SEO IV - DO HABITE-SE PARCIAL ESPECIFICAO PARCIAL DE CONDOMNIO

    ART. 1403 A 1405

    SEO V - DA CONVENO DE CONDOMNIO ART. 1406 A 1410

    SEO VI - DO PATRIMNIO DE AFETAO ART. 1411 A 1417

    CAPTULO XVI - DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS ART. 1418 A 1420

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 21

    TTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS; DA FUNO CORRECIONAL; DAS DISPOSIES

    ESPECIAIS; DOS LIVROS E CLASSIFICADORES OBRIGATRIOS E DOS

    EMOLUMENTOS, TAXAS E DESPESAS DAS UNIDADES DO SERVIO NOTARIAL E

    DE REGISTRO

    SEO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 1. Os servios notariais e de registro so exercidos em carter privado por profissionais do

    Direito, mediante delegao do Poder Judicirio, outorgada por meio de concurso pblico

    de provas e ttulos e, est sujeita ao regime jurdico e procedimentos estabelecidos na

    Constituio Federal, na legislao pertinente em vigor e, nos atos normativos editados

    pelo Juzo competente, os quais definem sua organizao, funcionamento, competncia e

    atribuies.

    Art. 2. As normas contidas neste cdigo visam disciplinar as atividades dos notrios e registradores que atuem por delegao ou por designao, sendo aplicadas

    subsidiariamente s disposies da legislao pertinente em vigor.

    1. A no observncia das normas institudas neste cdigo poder acarretar na apurao

    de responsabilidade do notrio ou registrador, com instaurao de procedimento

    administrativo disciplinar, na forma da lei.

    2. Os delegatrios respondero solidariamente pelos danos que eles e seus prepostos

    causarem na prtica dos atos prprios do ofcio assegurado aos primeiros o direito de

    regresso, no caso de dolo ou culpa dos prepostos.

    Art. 3. Os notrios e registradores so dotados de f pblica, razo pela qual devem pautar-se pela correo em seu exerccio profissional, cumprindo-lhes prestar os servios a seu cargo de

    modo adequado, observando rigorosamente os deveres prprios da delegao pblica de

    que esto investidos, a fim de garantir autenticidade, publicidade, segurana e eficcia dos

    atos jurdicos constitutivos, translativos ou extintivos de direitos em que intervm.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 22

    Art. 4. Para os fins do disposto no artigo anterior, servio prestado de modo adequado o que atende ao interesse pblico, observa as exigncias legais pertinentes e corresponde s

    exigncias de qualidade, celeridade, continuidade, regularidade, eficincia, atualidade,

    generalidade, modicidade, cortesia e segurana.

    1. Entende-se por atualidade do servio o uso de mtodos, instalaes e equipamentos

    que correspondam a padres de modernidade e avano tecnolgico, bem como a sua

    ampliao, na medida das necessidades dos usurios e em apoio ao labor jurdico do

    notrio e do registrador e de seus prepostos, proporcionalmente sua capacidade de

    investimentos decorrente da receita da serventia.

    2. Para os fins do disposto no pargrafo anterior os notrios e registradores adotaro,

    alm das diretrizes institudas por este cdigo e demais orientaes normativas

    editadas pela Corregedoria competente, boas prticas de governana corporativa do

    setor pblico administrativo e as que forem disseminadas pelas entidades

    institucionais representativas das atividades notariais e de registro.

    3. Para atender ao princpio da eficincia e da celeridade na prestao do servio

    pblico delegado, devero o notrio e o registrador encontrar solues que

    emprestem maior rapidez ao trmite da documentao a seu cargo, liberando-a em

    prazos inferiores aos mximos assinalados.

    4. A eficincia funcional ser aferida pela Corregedoria competente, considerado os

    fatores: produtividade e celeridade na prestao dos servios, bem como a perfeio

    do trabalho e sua adequao tcnica aos fins visados.

    5. Compete ao registrador e ao notrio apontar, de forma imparcial e independente, aos

    usurios dos servios prestados pela unidade a qual responde, os meios jurdicos

    mais adequados e a forma menos onerosa possvel para o alcance dos fins lcitos

    objetivados, instruindo-os sobre a natureza e as consequncias do ato que pretendam

    produzir.

    Art. 5. O gerenciamento administrativo e financeiro dos servios notariais e de registro da

    responsabilidade exclusiva do respectivo titular, inclusive no que diz respeito s despesas

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 23

    de custeio, investimento e pessoal, cabendo-lhe, alm do estrito cumprimento dos encargos

    legais inerentes aos vnculos que constituir, estabelecer normas, condies e obrigaes

    relativas atribuio de funes e de remunerao de seus prepostos, de modo a obter a

    melhor qualidade na prestao dos servios.

    1. Aos designados para responderem por serventia vaga, defeso contratar novos

    prepostos, aumentar salrios destes j existentes na unidade, ou contratar novas

    locaes de bens mveis ou imveis, de equipamentos ou de servios, que possam

    onerar a renda da unidade vaga de modo continuado, sem a prvia autorizao da

    Corregedoria competente.

    2. Todos os investimentos que comprometam a renda da unidade vaga no futuro

    devero ser objeto de projeto a ser encaminhado para a aprovao do Juiz corregedor

    permanente da serventia, ressalvada a contratao e majorao de salrios de

    prepostos registrados no nome pessoal do designado, o qual dever encerrar os

    respectivos contratos de trabalho, ao trmino de sua designao.

    3. Os servidores do Poder Judicirio designados temporariamente para responder por

    cartrios de titularidade vaga devero cumprir rigorosamente as orientaes da

    Corregedoria competente, observando, tambm, as diretrizes tcnicas e os

    procedimentos orientados pelos rgos executivos de arrecadao e controle do

    Tribunal de Justia.

    Art. 6. vedada a prtica de ato notarial e registral fora do territrio da circunscrio para a qual o agente recebeu delegao (Lei n 8.935/94, art. 43).

    Art. 7. Verificada a absoluta impossibilidade de se prover, por intermdio de concurso pblico, a titularidade de servio notarial ou de registro, por desinteresse ou inexistncia de

    candidatos, o servio poder ser, provisoriamente e na forma do art. 44 da Lei Federal n

    8.935/94, anexado, preferencialmente a outro da mesma localidade, por ato da

    Corregedoria competente, at que haja concurso para seu provimento.

    Art. 8. Autorizada a providncia prevista no artigo anterior, caso no seja possvel a manuteno

    da sede local da unidade, os livros sero encaminhados a um dos servios mais prximos,

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 24

    preferencialmente da mesma natureza, ou quele localizado na sede da respectiva comarca

    ou de comarca contgua, a critrio da Corregedoria competente (Lei n 8.935/94, art. 44).

    Art. 9. Os livros dos ofcios desativados sero desde logo encerrados, mediante inutilizao das

    folhas restantes e visto do juiz, bem como sero utilizados apenas para as pesquisas,

    extrao de certides e para as averbaes obrigatrias.

    Art. 10. Os delegados e os designados para responderem por serventias extrajudiciais privatizadas ou oficializadas devem cadastr-las e manter seus dados atualizados no

    Cadastro Nacional de Serventias Pblicas e Privadas do Brasil, mantido no Portal do

    Ministrio da Justia (www.mj.gov.br), no Cadastro de informaes dos servios

    extrajudiciais, mantido no Portal do Conselho Nacional de Justia - CNJ

    (www.cnj.jus.br), bem como nos portais das respectivas Centrais de Servios Eletrnicos

    Compartilhados.

    SEO II

    DA FUNO CORRECIONAL

    Art. 11. A funo correcional consiste na fiscalizao das unidades do servio notarial e de registro, sendo exercida, em todo o Estado, pelos Corregedores da Justia, e, nos limites

    de suas atribuies, pelos Juzes de Direito.

    1. A fiscalizao ser exercida de ofcio ou mediante representao de qualquer

    interessado, para observncia da regularidade e da qualidade dos atos praticados

    nos servios notariais e de registro e da forma e continuidade da prestao desses

    servios.

    . 2. Sem prejuzo das atribuies legais e regimentais das Corregedorias de Justia, a

    Corregedoria Nacional de Justia do Conselho Nacional de Justia (CNJ), no uso

    de suas atribuies constitucionais e regimentais, realizar inspees e correies

    nas serventias extrajudiciais, bem como desenvolver outras atividades inerentes

    sua competncia.

    Art. 12. O exerccio da funo correcional ser permanente, ou por meio de correies e

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 25

    inspees ordinrias ou extraordinrias, gerais ou parciais, ou, ainda, por visitas

    correcionais.

    1. A correio ordinria peridica consiste na fiscalizao normal, prevista e

    efetivada segundo estas normas e leis de organizao judiciria.

    2. A correio extraordinria consiste na fiscalizao excepcional, realizvel a

    qualquer momento, podendo ser geral ou parcial, conforme abranja todas as

    unidades do servio notarial e de registro da comarca, ou apenas algumas.

    3. A visita correcional consiste na fiscalizao direcionada verificao de

    funcionamento da unidade, verificao de saneamento de irregularidades

    constatadas em correies anteriores ou ao exame de algum aspecto da

    regularidade ou da continuidade dos servios e dos atos praticados.

    Art. 13. A Corregedoria Permanente das unidades do servio notarial e de registro caber aos Juzes das Varas de Registros Pblicos mais antigos na comarca, ou queles os quais a

    Lei de Organizao Judiciria do Estado da Bahia afetar essa atribuio.

    Art. 14. Compete aos Juzes Corregedores Permanentes, sem prejuzo das atribuies legais e regimentais das Corregedorias de Justia e do Conselho da Magistratura, apurar as

    infraes disciplinares ocorridas nas serventias extrajudiciais, bem como aplicar as

    penas correspondentes, conforme o prescrito na Lei n 8.935/1994.

    1. As sindicncias e processos administrativos relativos s unidades do servio

    notarial e de registro podero ser presididos pelos Juzes Corregedores

    Permanentes a que, na atualidade do procedimento, estiverem subordinadas.

    2. As sindicncias e processos administrativos que, antes da edio deste

    provimento j tiverem sido autuados na Corregedoria competente permanecero

    sendo processados no respectivo rgo.

    Art. 15. Os Corregedores da Justia podero avocar as sindicncias ou processos administrativos,

    em qualquer fase, a pedido ou de ofcio e, designar Juzes Corregedores, para apurao

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 26

    das faltas disciplinares, com competncia para a prtica de todos os atos investigatrios,

    inclusive a elaborao de relatrio final.

    Pargrafo nico. Quando se tratar de avocao solicitada pelo Juiz Corregedor

    Permanente, o pedido respectivo dever ser minuciosamente fundamentado, com

    explicitao dos motivos que o justifiquem.

    Art. 16. Instaurado procedimento administrativo contra notrio ou registrador, sob a forma de sindicncia ou de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), imediatamente ser

    remetida cpia do ato inaugural Corregedoria competente, bem como a deciso final

    proferida, com cincia do delegado e certido indicativa do trnsito em julgado.

    Pargrafo nico. Quando, em autos e papis de que conhecer o Juiz Corregedor

    Permanente, verificar a exigncia de crime de ao pblica, remeter ao Ministrio

    Pblico as cpias e os documentos necessrios, informando tambm Corregedoria

    competente.

    Art. 17. Ao trmino do procedimento, ser aplicada ao delegatrio a pena cabvel, na forma da lei, sendo que a pena de perda da delegao de aplicao privativa do Corregedor da

    Justia, podendo ser proposta pelo Juiz Corregedor Permanente.

    Pargrafo nico. Caso aplicada a pena de suspenso, a ser comunicada Corregedoria

    competente para anotaes e registro, dever constar o perodo da mesma e se

    considerada cumprida, em virtude de afastamento preventivo do delegado.

    Art. 18. Eventuais recursos devero ser entranhados nos autos originais e estes remetidos Corregedoria competente para exame de admissibilidade e adoo do procedimento

    recursal especfico de acordo com o Regimento Interno do Tribunal de Justia da Bahia.

    Art. 19. Sem prejuzo da competncia dos Juzes Corregedores Permanentes, o Corregedor de Justia competente poder aplicar originariamente as mesmas penas, bem como,

    enquanto no prescrita a infrao, reexaminar, de ofcio ou mediante provocao, as

    decises absolutrias ou de arquivamento, impondo tambm as sanes adequadas.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 27

    Art. 20. O Juiz Corregedor Permanente dever, uma vez por ano, at o ltimo dia til do ms de junho, efetuar correio ordinria, relativa a todo o ano anterior, em todas as unidades do

    servio notarial e de registro sujeitas sua fiscalizao correcional, lavrando-se o

    correspondente termo no livro prprio, remetendo a respectiva cpia Corregedoria

    competente, caso tenham sido constatadas inconformidades e ou inadequaes.

    1. Impossibilitada a realizao, no perodo estabelecido no caput, a correio

    poder ser efetuada at o ltimo dia til do ms subsequente, devendo constar no

    relatrio, a devida e respectiva justificativa.

    2. O edital dever ser publicado com pelo menos 30 (trinta) dias de antecedncia,

    para conhecimento do pblico em geral.

    Art. 21. Ao assumir a Vara ou Comarca de que seja titular, no prazo de 30 (trinta) dias, o Magistrado far visita correcional em todas as unidades do servio notarial e de registro,

    sob sua corregedoria permanente, verificando a regularidade de seu funcionamento.

    1. Essa visita correcional independer de edital ou de qualquer outra providncia,

    devendo, apenas, ser lanado sucinto termo no livro de Visitas e Correies, sem

    prejuzo das determinaes que o Magistrado fizer no momento.

    2. Cpia desse termo ser encaminhada Corregedoria da Justia competente no

    prazo de 30 (trinta) dias, caso sejam constatadas inadequaes e ou

    irregularidades.

    Art. 22. Haver, em cada unidade do servio notarial e de registro, um livro de Visitas e Correies, onde sero lavrados os respectivos termos.

    Art. 23. Na ltima folha utilizada dos autos e livros que examinar, lanar o Juiz Corregedor o seu visto em correio, que poder ser manuscrito ou em carimbo com data e

    assinatura.

    Art. 24. Em carter excepcional e autorizado pelo Corregedor competente, poder o Juiz

    Corregedor Permanente determinar que livros e processos sejam transportados para onde

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 28

    estiver a fim de serem a examinados.

    Art. 25. Os delegados do servio notarial e de registro e os responsveis por serventias vagas so obrigados a exibir ao Juiz Corregedor, no incio das correies ou quando exigido, os

    seus ttulos e provises para o cargo, nos quais sero apostos visto em correio.

    Art. 26. Ficaro disposio do Juiz Corregedor Permanente ou Juzes Corregedores, para os trabalhos de correio, todos os delegados do servio notarial ou de registro e oficiais de

    justia da comarca.

    SEO III

    DAS DISPOSIES ESPECIAIS

    Art. 27. Os servios notariais e de registro, excepcionado o registro civil, de carter ininterrupto, sero prestados, de modo eficiente e adequado, nos dias teis, respeitada a carga horria

    mnima de seis horas, prevista no art.4 da Lei Federal n 8.935/94, sem prejuzo do

    poder normativo das Corregedorias da Justia, atendidas as peculiaridades locais, em

    local de fcil acesso ao pblico e que oferea segurana para a prestao do servio e o

    arquivamento de livros, dados e documentos.

    1. Cada servio notarial ou de registro funcionar em um s local, vedada

    instalao de sucursal ou representao.

    2. Observadas as normas locais, dever ser afixada, no lado externo de cada

    unidade de servio, placa indicativa com informao precisa da delegao a que

    se refere.

    3. obrigatria a fixao, em local de visibilidade pblica, do quadro de valores

    das taxas e emolumentos estabelecidos pela Lei Estadual n 12.373, de 23 de

    dezembro de 2011, bem como das suas ulteriores alteraes.

    4. O servio de registro civil das pessoas naturais ser prestado, tambm, nos

    sbados, domingos e feriados, pelo sistema de planto.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 29

    5. O atendimento ao pblico ser, no mnimo, de seis horas dirias.

    6. Observado o volume de servio aps o trmino do horrio de expediente ao

    pblico, nas unidades de registro de imveis, ficam admitidas as ultimaes dos

    trabalhos de protocolizaes ou devolues de ttulos ou certides, desde que a

    apresentao eletrnica ou a presena dos usurios na unidade do servio tenha

    se dado at s 17h.

    7. obrigao de cada delegado disponibilizar a adequada e eficiente prestao do

    servio pblico notarial ou de registro, mantendo instalaes, equipamentos,

    meios e procedimentos de trabalho dimensionados ao bom atendimento dos

    usurios, bem como nmero suficiente de prepostos.

    8. Ao Juiz Corregedor Permanente, observadas as peculiaridades locais e critrios

    de razoabilidade, inclusive, em relao receita da serventia, caber

    verificao da ocorrncia de padres necessrios ao atendimento deste item, em

    especial quanto a:

    I - local, condies de segurana, conforto e higiene da sede da unidade do

    servio notarial ou de registro;

    II - nmero mnimo de prepostos;

    III - adequao de mveis, utenslios, mquinas e equipamentos, fixando

    prazo para a regularizao, se for o caso;

    IV - acondicionamento, conservao e arquivamento adequados de livros,

    fichas, papis e microfilmes, bem como utilizao de processos racionais

    que facilitem as buscas;

    V - adequao e segurana de softwares, dados e procedimentos de

    trabalho adotados, fixando, se for o caso, prazo para a regularizao ou a

    implantao;

    VI - fcil acessibilidade aos portadores de necessidades especiais.

    VII - existncia de computador conectado Internet e de endereo eletrnico

    da unidade para correspondncia por e-mail.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 30

    9. O Juiz Corregedor Permanente, exceto na Comarca da Capital, ao realizar a visita

    correcional referida no Art. 20 deste Cdigo, consignar no termo se esto sendo

    observadas as determinaes contidas neste artigo.

    10. Ao final de cada ano, quando da realizao de correio ordinria, o Juiz

    Corregedor Permanente analisar se as determinaes do art. 27 esto sendo

    cumpridas, consignando no termo da correio o que for necessrio para seu

    cumprimento ou aprimoramento.

    Art. 28. Na prestao dos servios delegados, os notrios e oficiais de registro devem:

    I - atender as partes com respeito, urbanidade, eficincia e presteza;

    II - atender por ordem de chegada, assegurado atendimento prioritrio s pessoas

    portadoras de deficincia fsica ou com mobilidade reduzida, pessoas com idade

    igual ou superior a sessenta anos, gestantes e pessoas com criana no colo,

    mediante garantia de lugar privilegiado em filas, distribuio de senhas com

    numerao adequada ao atendimento preferencial, alocao de espao para

    atendimento exclusivo no balco ou implantao de outro servio de atendimento

    personalizado;

    III - observar a igualdade de tratamento, vedado qualquer tipo de discriminao;

    IV - manter as instalaes limpas, sinalizadas, acessveis e adequadas ao servio ou

    atendimento, adotando, conforme e peculiaridade local exigir, medidas de

    proteo sade ou segurana dos usurios;

    V - observar as normas procedimentais e os prazos legais fixados para a prtica dos

    atos de seu ofcio;

    VI - guardar sigilo sobre a documentao e os assuntos de natureza reservada de que

    tenham conhecimento em razo do exerccio de sua profisso;

    VII - atender prioritariamente as requisies de papis, documentos, informaes ou

    providncias que lhe forem solicitadas pelas autoridades judicirias ou

    administrativas para a defesa das pessoas jurdicas de direito pblico em juzo;

    VIII - assegurar ao usurio as informaes precisas sobre o nome do delegado e dos

    prepostos que lhe atendem, procedimentos, formulrios e outros dados

    necessrios prestao dos servios.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 31

    Pargrafo nico. No caso de prenotao de ttulo no registro de imveis, para

    cumprimento do princpio da prioridade, contido no art. 186, da Lei de Registros

    Pblicos (Lei n 6.015/73), o atendimento ser efetuado rigorosamente pela ordem de

    chegada, independentemente do estado ou condio do apresentante.

    Art. 29. As serventias devero manter em suas dependncias, disposio dos interessados para consultas relacionadas aos servios prestados, edies atualizadas em formato de livro

    convencional ou eletrnico, da seguinte legislao:

    I Constituio da Repblica Federativa do Brasil;

    II Constituio do Estado da Bahia;

    III Cdigo Civil Brasileiro;

    IV Lei dos Registros Pblicos Lei Federal n 6.015, de 31 de dezembro de 1973;

    V Lei dos Notrios e Registradores Lei n 8.935, de 18 de novembro de 1994;

    VI Normas da Corregedoria Geral da Justia.

    Pargrafo nico. Cada serventia, conforme sua especialidade possuir ainda, nas mesmas

    condies, exemplares atualizados das leis, regulamentos, resolues, provimentos,

    decises normativas, ordens de servio e quaisquer atos que digam respeito sua

    atividade, como a Lei de Protestos (Lei n 9.492/1997), o Estatuto da Criana e

    do Adolescente, (Lei n 8.069/1990), o Estatuto da Cidade (Lei n 10.257/2001) e o

    Cdigo Tributrio do Municpio ou a Lei Municipal a qual regulamenta a cobrana do

    Imposto Sobre a Transmisso de Bens imveis (ITBI).

    Art. 30. As unidades do servio notarial e de registro devero possuir e escriturar todos os livros

    regulamentares, observadas as disposies gerais e especficas de cada uma.

    1. Na escriturao dos livros e certides, alm das normas gerais e das normas

    especficas de cada servio, observar-se- o seguinte:

    I - a impresso ser feita com tinta preta, resoluo e designs grficos

    ostensivos e legveis, a fim de que sejam suficientes boa leitura e

    compreenso;

    II - as folhas sero confeccionadas com papel de tamanho ofcio ou A-4,

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 32

    com gramatura no inferior a 75 g/m, salvo disposio expressa em

    contrrio ou quando adotado papel de segurana;

    III - a parte destinada impresso do texto no conter desenhos ou escritos

    de fundo que prejudiquem a leitura ou a nitidez da reproduo;

    IV - os caracteres tero dimenso mnima equivalente das fontes Times New

    Roman 12 ou Arial 12;

    V - o espaamento entre linhas (a quantidade de espao da parte inferior de

    uma linha do texto at a parte inferior da prxima linha do texto) ser de

    1,5 linha (uma vez e meia maior que o espaamento simples entre linhas),

    salvo no caso de fichas de matrculas do registro de imveis

    confeccionadas em dimenso inferior, que podero tem espaamento

    simples.

    VI - no alinhamento e justificao do texto sero observadas medidas, no

    inferiores, de 3,0 a 3,5 cm para a margem esquerda, 1,5 a 2,0 cm para a

    margem direita, 3,0 a 3,5 cm para a margem superior e 2,0 a 2,7 cm para

    a margem inferior, invertendo-se as medidas das margens direita e

    esquerda para impresso no verso da folha;

    VII - a lavratura dos atos ser sempre iniciada em folha nova, sendo vedada a

    utilizao de uma mesma folha para a lavratura de atos distintos, total ou

    parcialmente;

    VIII - o espao entre o encerramento do ato e a identificao dos signatrios

    ser o estritamente necessrio aposio das assinaturas;

    IX - o espao em branco aps as assinaturas, no verso e no anverso da folha,

    ser destinado s anotaes ou averbaes, sendo vedado o uso de

    carimbo em branco ou qualquer forma de inutilizao;

    X - fazer constar no encerramento do ato notarial e registral o valor

    efetivamente recebido pelo mesmo, especificando sua destinao.

    2. facultada a utilizao dos versos das folhas dos livros dos Tabelionatos de

    Notas, para a lavratura de escrituras pblicas, desde que consignada no termo de

    abertura, observados os critrios de escriturao do 1 deste artigo,

    especialmente dos incisos VIII e IX.

    3. As folhas soltas dos livros ainda no encadernados devero ser guardadas em

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 33

    colecionadores, de onde somente podero ser retiradas na medida em que forem

    utilizadas.

    4. As folhas utilizadas devero ser guardadas em pasta prpria, correspondente ao

    livro a que pertenam, at a encadernao.

    5. Nos livros de folhas soltas, logo que concludos, lavrar-se- termo de

    encerramento, com imediata encadernao.

    Art. 31. Os papis utilizados para escriturao dos atos, certides ou traslados, tero fundo inteiramente branco, salvo disposio expressa em contrrio ou quando adotados papel

    de segurana.

    Pargrafo nico. As certides devero ser fornecidas em papel e mediante escrita que

    permitam a sua reproduo por fotocpia ou outro processo equivalente.

    Art. 32. vedado o uso de borracha, detergente ou raspagem por qualquer meio, mecnico ou qumico para correo de texto.

    Pargrafo nico. Devero ser evitadas anotaes a lpis nos livros, mesmo que a ttulo

    provisrio.

    Art. 33. A redao dos atos far-se- em linguagem clara, precisa e lgica, mantida a ordem cronolgica, evitando-se na escriturao, erros, omisses, rasuras ou entrelinhas e, caso

    ocorram, devem ser ressalvadas no final do instrumento, antes das assinaturas e

    subscries, de forma legvel e autenticada.

    1. Mesmo que ressalvadas, ficam proibidas as entrelinhas que afetem elementos

    essenciais do ato, como, por exemplo, o preo, o objeto, as modalidades de

    negcio jurdico, dados inteiramente modificadores da identidade das partes e a

    forma de pagamento.

    2. Na redao dos atos, aos enganos cometidos, seguir-se- a palavra digo,

    prosseguindo-se corretamente, aps repetir a ltima palavra correta.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 34

    3. Os nomes so compostos por prenome e sobrenome, salvo nome empresarial,

    sendo vedadas abreviaturas de nome civil, em atos e termos notariais e registrais.

    4. As siglas menos conhecidas sero precedidas da grafia por extenso e os

    algarismos que dizem respeito aos valores envolvidos no negcio, s medidas

    lineares e de superfcie sero seguidos dos respectivos extensos, entre parnteses.

    5. Ressalvas, adies e emendas no realizadas no ato, na forma dos itens

    anteriores, s podero ser efetuadas em cumprimento de decises judiciais, nos

    termos das disposies legais de registros pblicos, atinentes a retificaes,

    restauraes e suprimentos (Lei n 6.015/73, arts. 40 e 109 a 122), ou em

    decorrncia de retificao administrativa (Lei n 6.015/73, art. 213; Resoluo

    CNJ n 35/07, art.13).

    6. Reputam-se inexistentes e sem efeitos jurdicos quaisquer emendas ou alteraes

    posteriores, no ressalvadas ou no lanadas na forma acima indicada (Lei n

    6.015/73, art. 41).

    7. Na hiptese de erro material (por exemplo: numerao de documentos ou

    endereo das partes), a falha poder ser sanada mediante certido subscrita pelo

    delegado, lanada aps as assinaturas das partes.

    Art. 34. As assinaturas devero ser apostas logo aps a lavratura do ato, no se admitindo espaos em branco e devendo todos os que no houverem sido aproveitados serem

    inutilizados com traos horizontais ou diagonais, ou com uma sequncia de traos e

    pontos.

    Art. 35. vedado abrir e escriturar novos livros, enquanto no encerrados os anteriores.

    Art. 36. O extravio, ou danificao que impea a leitura e o uso, no todo ou em parte, de qualquer livro, folha, carimbo, documento, banco de dados ou de imagens do servio

    extrajudicial de notas e de registro dever ser imediatamente comunicado ao Juiz

    Corregedor Permanente e Corregedoria competente.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 35

    1. vedada a abertura de nova matrcula para imvel tendo como base apenas

    certido de matrcula, de transcrio, ou de inscrio expedida pela mesma

    unidade do servio extrajudicial de registro de imveis em que a nova matrcula

    ser aberta, sem que se promova a prvia conferncia da existncia e do inteiro

    teor da precedente matrcula, transcrio ou inscrio contida no livro prprio.

    2. Em se tratando de registro anterior de imvel efetuado em outra circunscrio,

    aplicarse para a abertura de matrcula o disposto nos artigos 229 e 230 da Lei

    n 6.015/1973, com arquivamento da respectiva certido atualizada daquele

    registro.

    3. vedada a abertura pelo Oficial de Registro de Imveis, no Livro n 2 Registro

    Geral, de matrculas para imveis distintos com uso do mesmo nmero de

    ordem, ainda que seguido da aposio de letra do alfabeto (ex. matrcula 1,

    matrcula 1A, matrcula 1B etc.). vedada a prtica no Livro n 3 Registro

    Auxiliar, do Servio de Registro de Imveis, de ato que no lhe for atribudo por

    lei.

    I - O Oficial de Registro de Imveis que mantiver em sua serventia

    matrculas para imveis com o mesmo nmero de ordem, ainda que

    seguido da aposio de letra do alfabeto, dever comunicar o fato

    Corregedoria competente, com identificao expressa de cada uma dessas

    matrculas e do imvel a que se refere para a adoo das providncias

    cabveis.

    II - vedada a expedio de nova certido de inteiro teor ou de parte de

    registro de imvel (transcrio, inscrio, matrcula e averbao) tendo

    como nica fonte de consulta anterior certido, expedida por unidade do

    servio extrajudicial.

    III - Sendo impossvel a verificao da correspondncia entre o teor da

    certido j expedida e a respectiva matrcula, transcrio ou inscrio

    mediante consulta do livro em que contido o ato de que essa certido foi

    extrada, por encontrarse o livro (encadernado ou escriturado por meio

    de fichas), no todo ou em parte, extraviado ou deteriorado de forma a

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 36

    impedir sua leitura, dever o Oficial da unidade do Registro de Imveis

    em que expedida a certido, para a realizao de novos registros e

    averbaes e para a expedio de novas certides, promover a prvia

    restaurao da matrcula, transcrio ou inscrio mediante autorizao

    do Juiz Corregedor competente.

    IV - A autorizao para restaurao de livro do servio extrajudicial de notas e

    de registro, extraviado ou danificado, dever ser solicitada, ao Juiz

    Corregedor Permanente, pelo Oficial de Registro ou Tabelio competente

    para a restaurao, e poder ser requerida pelos demais interessados.

    V - A restaurao poder ter por objeto o todo ou parte do livro que se

    encontrar extraviado ou deteriorado, ou registro ou ato notarial

    especfico.

    4. Uma vez autorizada pelo Juiz Corregedor competente, se for possvel vista dos

    elementos constantes dos ndices, arquivos das unidades do servio extrajudicial

    de notas e de registro e dos traslados, certides e outros documentos

    apresentados pelo Oficial de Registro, ou pelo Tabelio e pelos demais

    interessados, a restaurao do livro extraviado ou danificado, ou de registro ou

    ato notarial, ser efetuada desde logo pelo Oficial de Registro ou pelo Tabelio.

    5. Para a instruo do procedimento de autorizao de restaurao poder o Juiz

    Corregedor competente requisitar, de Oficial de Registro e de Tabelio de Notas,

    novas certides e cpias de livros, assim como cpias de outros documentos

    arquivados na serventia.

    6. A restaurao do assentamento no Registro Civil a que se refere o artigo 109 e

    seus pargrafos, da Lei n 6.015/73 poder ser requerida perante o Juzo do foro

    do domiclio da pessoa legitimada para pleitela e ser processada na forma

    prevista na referida lei e nas normas editadas pela Corregedoria da Justia do

    Estado em que formulado e processado o requerimento. Quando proveniente de

    jurisdio diversa, o mandado autorizando a restaurao dever receber o

    cumpra-se do Juiz Corregedor Permanente a que estiver subordinado o

    Registro Civil das Pessoas Naturais em que lavrado o assento a ser restaurado.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 37

    Art. 37. Os delegados do servio notarial e de registro devero manter em segurana, sob sua guarda e em local adequado, ou em casa-forte ou Data Center localizado no pas,

    devidamente ordenados, os livros, microfilmes, base de dados e documentos necessrios

    prestao do servio notarial e de registro, respondendo por sua segurana, ordem e

    conservao.

    1. No procedimento de microfilmagem, devero ser atendidos os requisitos da Lei n

    5.433, de 8 de maio de 1968, do Decreto n 1.799, de 30 de janeiro de 1996 e da

    Portaria n 12, de 8 de junho de 2009, da Secretaria Nacional de Justia, do

    Ministrio da Justia, devendo ser mantida cpia de segurana em local diverso da

    serventia, cujo endereo ser comunicado ao Juiz Corregedor Permanente e

    mantido atualizado, em caso de alteraes.

    2. No procedimento de digitalizao devero ser obrigatoriamente observadas as

    seguintes etapas:

    I - os documentos que daro suporte prtica dos atos registrais os quais no

    forem nativamente eletrnicos, ou os que decorrerem desses atos, devero ser

    digitalizados por meio de processo de captura digital, a partir dos

    documentos originais. A captura dever, necessariamente, gerar

    representantes digitais de alta e baixa resolues, denominados

    respectivamente, matrizes e derivadas, conforme Recomendaes para

    Digitalizao de Documentos Arquivsticos Permanentes, publicados pelo

    Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ (2010);

    II - para a gerao de matrizes e derivadas em formatos de arquivo digitais

    devero ser sempre adotados os formatos abertos (open sources), previstos no

    Documento de Referncia e-PING (2012) e em suas atualizaes;

    III - os arquivos decorrentes da digitalizao de documentos em substituio ao

    arquivamento de vias originais sero assinados digitalmente pelo titular da

    delegao, ou seu substituto, ou preposto devidamente autorizado, mediante

    uso de certificado digital ICP-Brasil, admitida com a incluso de carimbo de

    tempo;

    IV - a indexao dos documentos digitais ou digitalizados ser feita, no mnimo,

    com referncia aos atos (livro, folha e nmero ou nmero da prenotao)

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 38

    onde foram utilizados ou em razo do qual foram produzidos, de modo a

    facilitar sua localizao e conferncia, por sistema de Gerenciamento

    Eletrnico de Documentos (GED).

    3. Todos os dados e imagens devero ser armazenados de forma segura e eficiente,

    que garanta fcil localizao, preservao, integridade e que atenda ao Plano de

    Continuidade de Negcio (PCN), mediante solues comprovadamente eficazes de

    Recuperao de Desastres (DR Disaster Recorevy), entre eles, testes peridicos.

    I - O arquivo redundante (backup) dever ser gravado em mdia digital segura,

    local ou remota, com cpia fora do local da unidade de servio, em Data

    Center, localizado no Pas, que cumpra requisitos internacionais de segurana,

    disponibilidade, densidade e conectividade. O endereo do Data Center e o

    endereo de rede (endereo lgico IP) devero ser comunicados ao Juiz

    Corregedor Permanente da Comarca e mantidos atualizados, em caso de

    alteraes.

    II - Facultativamente, e sem prejuzo do armazenamento em backup, fica

    autorizado o armazenamento sincronizado em servidor dedicado ou virtual, em

    nuvem privada (private cloud), desde que localizados em Data Center do Pas,

    cujos endereos sero, igualmente, comunicados ao Juiz Corregedor

    Permanente da Comarca.

    4. Os documentos em meio fsico apresentados para lavratura de atos registrais

    devero ser devolvidos s partes, aps a digitalizao.

    5. Os documentos, em meios fsicos, arquivados nas unidades do servio devero ser

    microfilmados ou digitalizados, observados no caso de digitalizao, os requisitos

    estabelecidos no 3, I, II, III, deste artigo, quando, ento, podero ser destrudos

    por processo de triturao ou fragmentao de papel, resguardados e preservados o

    interesse histrico e o sigilo.

    6. vedada a incinerao dos documentos em papel, os quais devero ser destinados

    reciclagem, mediante coleta seletiva ou doao para associaes de catadores de

    papel ou entidades sem fins lucrativos.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 39

    Art. 38. Todos os atos devero ser escriturados e assinados com tinta preta ou azul, indelvel, lanando-se diante de cada assinatura, pelo prprio subscritor, o seu nome por extenso e

    de forma legvel.

    Art. 39. Na lavratura de escrituras e termos para registro devem-se qualificar precisamente as partes envolvidas, inclusive testemunhas, com endereo completo (rua, nmero,

    complemento, bairro, cidade e estado), sendo vedado utilizar expresses genricas como

    residentes nesta cidade ou residentes no distrito.

    1. Na qualificao do comparecente, se houver, poder tambm ser declinado o seu

    endereo eletrnico (e-mail).

    2. As testemunhas e as pessoas que assinam a rogo devem ser qualificadas com

    indicao do nome, do nmero do documento de identificao, nacionalidade,

    estado civil, idade ou maioridade, profisso e endereo completo.

    3. expressamente vedada aos notrios e registradores a coleta de assinaturas das

    partes ou de comparecentes em atos inacabados ou folhas em branco, total ou

    parcialmente, sob pretexto de confiana, seja qual for o motivo alegado.

    Art. 40. Se qualquer dos intervenientes no ato no souber a lngua nacional e o notrio ou registrador no entender o idioma em que se expressa, dever comparecer tradutor

    pblico para servir de intrprete, ou, no o havendo na localidade, outra pessoa capaz

    que, a juzo do delegado, tenha idoneidade e conhecimento bastantes, cuja circunstncia

    dever ser expressamente consignada no ato.

    Art. 41. Se algum dos intervenientes no for conhecido do notrio ou do registrador e nem puder identificar-se por documento de identificao legalmente aceito devero participar do

    ato, pelo menos, duas testemunhas que o conheam e expressamente atestem sua

    identidade, sob as penas da lei, cujas testemunhas devero ser devidamente advertidas de

    sua responsabilidade civil e penal na identificao do comparecente. A advertncia

    dever ser consignada no ato de forma circunstanciada e devidamente assinada por todos

    os participantes.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 40

    Art. 42. A prtica de ato por procurador ser mencionada no termo, com indicao do cartrio, livro, folha, data da lavratura e data da expedio da certido ou do traslado da

    procurao, se por instrumento pblico. A procurao deve ser arquivada em pasta

    prpria e nela anotados o livro e as folhas onde foi utilizada.

    1. Somente sero aceitas procuraes pblicas por traslado ou certido expedida a

    menos de noventa (90) dias ou apresentao da certido atualizada de no

    revogao das mesmas. Quando tiver sido lavrada em comarca diversa, o original

    dever ter a firma do tabelio subscritor, reconhecida por tabelio da mesma

    localidade onde o ato ser praticado, salvo se tiver carto de autgrafos,

    arquivado na serventia.

    2. Quando se tratar de instrumento particular, o original dever ter sua firma

    reconhecida em tabelio de notas da mesma localidade da serventia onde o ato

    ser praticado, ou que tenha carto de autgrafos arquivado na serventia.

    3. No sero aceitas procuraes por instrumentos particulares para transmisso

    (doao, venda e compra etc.) ou onerao de direitos reais imobilirios

    (alienao fiduciria, hipoteca etc.).

    Art. 43. Se algum no puder ou no souber assinar, o delegado do servio notarial e de registro ou preposto autorizado assim o declarar, assinando, por ele e a seu rogo, uma pessoa

    capaz, colhida a impresso digital do impossibilitado de assinar, sempre que possvel do

    polegar direito, exclusivamente com a utilizao de coletores de impresses digitais,

    vedado o emprego de tinta para carimbo, mediante presso leve, de maneira a se obter a

    indispensvel nitidez, com anotao dessas circunstncias no corpo do termo.

    1. Recomenda-se, por cautela, a coleta de impresses datiloscpicas das pessoas

    que assinam mal, demonstrando pouco ou no saber ler ou escrever, dispensada

    nesta hiptese assinatura rogo por outra pessoa.

    2. Em torno de cada impresso datiloscpica, dever ser escrito por extenso o nome

    do identificado.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 41

    Art. 44. Quando ao ato intervier pessoa cega ou com viso subnormal, o notrio ou registrador certificar que o deficiente visual apresentou cdula de identidade, anotando-se o

    nmero e o rgo expedidor, ao tempo em que dever fazer-lhe a leitura do documento,

    verificando suas condies pessoais para compreenso do contedo, fazendo ainda

    constar a assinatura de duas testemunhas e do prprio interessado, se souber assinar.

    Art. 45. As assinaturas constantes dos termos so aquelas usuais das partes, devendo os notrios e registradores, por cautela e para facilitar a identificao futura, fazer constar, junto s

    assinaturas, os nomes por inteiro, exarados em letra de forma ou pelo mesmo meio de

    impresso do termo, podendo, ainda, colher ao lado as assinaturas por extenso.

    Art. 46. Ao expedir certides ou traslados, o delegado do servio notarial e de registro dar a sua

    f pblica do que constar ou no dos livros ou papis a seu cargo, consignando o nmero

    e a pgina do livro onde se encontra o assento.

    Art. 47. Os delegados do servio notarial e de registro e seus prepostos so obrigados a lavrar certides do que lhes for requerido ou solicitado e a fornecer s partes as informaes

    solicitadas, salvo disposio expressa em contrrio.

    Pargrafo nico. A solicitao de certides e de informaes notariais e registrais

    podero ser feitas pessoalmente ou por via eletrnica, por meio das respectivas Centrais

    de Servios Eletrnicos Compartilhados.

    Art. 48. Qualquer pessoa pode solicitar certido ou informao notarial ou registral, sem

    informar ao tabelio ou oficial registrador ou seus prepostos o motivo ou interesse do

    pedido.

    Art. 49. O acesso ou envio de informaes aos registros pblicos e notas, quando forem realizados por meio da rede mundial de computadores (Internet) ou feitos sob a forma de

    documento eletrnico, devero ser assinados com uso de certificado digital, que atender

    os requisitos da Infraestrutura de Chaves Pblicas Brasileiras (ICP-Brasil) e aos padres

    definidos na Arquitetura de Interoperabilidade do Governo Eletrnico (e-PING).

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 42

    Art. 50. A certido ser lavrada, independentemente de despacho judicial, ressalvados os atos sob o sigilo judicial ou fiscal e as vedaes legais, devendo mencionar o livro do assento ou

    o documento arquivado, bem como a data de sua expedio e o termo final do perodo

    abrangido pela pesquisa.

    Art. 51. A certido ser lavrada em inteiro teor, em resumo, ou em relatrio, conforme quesitos, e devidamente autenticada pelo oficial ou seus substitutos legais, no podendo ser

    retardada por mais de cinco (05) dias.

    Art. 52. obrigatrio o fornecimento de protocolo do respectivo requerimento, do qual dever constar a data deste, a prevista para a entrega da certido e o valor dos emolumentos

    cobrados.

    Art. 53. vedada a prtica de propaganda comercial por parte das serventias notariais e de registro, ressalvadas somente as de cunho meramente informativo, como a divulgao da

    denominao da serventia, seu endereo, nome do delegado e de seus prepostos e o tipo

    de servios que presta.

    1. As pginas na Internet (home page) das serventias de notas e de registro

    observaro o seguinte:

    I - no permitida a divulgao de qualquer informao de cunho comercial;

    II - vedada a oferta de servios especiais.

    2. A pgina esclarecer ao pblico os atos que so praticados pela serventia,

    podendo conter:

    I - links de sites oficiais;

    II - tabelas de custas e clculos de emolumentos;

    III - endereos eletrnicos do delegado e seus prepostos (e-mails);

    IV - horrio de funcionamento e endereo da serventia;

    V - indicao da qualificao do titular e dos prepostos;

    VI - modelos de contratos e requerimentos;

    VII - links das Centrais de Servios Eletrnicos, inclusive iframe,

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 43

    VIII - notcias e informaes voltadas a divulgar a funo notarial ou registral.

    3. A serventia dever comunicar, to logo implantada, o endereo de sua home page

    s Corregedorias de Justia, as quais podero disponibiliz-las, em seu Portal

    oficial, por meio de links.

    4. A Corregedoria competente examinar o contedo do site e, uma vez constatada

    qualquer irregularidade que configure conduta atentatria s instituies notariais

    ou de registro ou que desatenda as normas estabelecidas, determinar a imediata

    desativao da pgina at sua completa adequao.

    Art. 54. Ao delegado vedado funcionar nos atos em que figure como parte, procurador ou representante legal, ou de interesse de seu cnjuge ou de parentes, na linha reta, ou na

    colateral, consanguneos ou afins, at o terceiro grau.

    1. Os critrios de impedimento que tratam neste artigo se estendem aos substitutos do

    tabelio de notas.

    2. Caso o impedimento alcance, alm do titular todos seus substitutos, poder ser

    nomeado para a prtica de ato(s) especfico(s), um novo substituto dentre os

    demais escreventes do cartrio, observada a exigncia de comunicao especfica

    Corregedoria competente.

    Art. 55. O exerccio da atividade notarial e de registro incompatvel com a de corretor de imveis, advocacia, ou da intermediao de seus servios ou o de qualquer cargo,

    emprego ou funes pblicas, ainda que em comisso.

    1. A diplomao, na hiptese de mandato eletivo e a posse, nos demais casos,

    implicaro no afastamento da atividade.

    2. O Tabelio ou o Registrador que infringir os deveres de sua funo responder

    pessoal, penal e civilmente pelos danos causados.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 44

    SEO IV

    DOS LIVROS E CLASSIFICADORES OBRIGATRIOS

    SUBSEO I

    DOS LIVROS OBRIGATRIOS

    Art. 56. As unidades do servio notarial e de registro possuiro os seguintes livros:

    I - Normas de Servio da Corregedoria Geral da Justia;

    II - Registro Dirio da Receita e da Despesa;

    III - Protocolo;

    IV - e Correies;

    Art. 57. Os livros obrigatrios sero abertos, numerados, autenticados e encerrados pelo

    delegado, podendo ser utilizados, para tal fim, processo mecnico de autenticao.

    Art. 58. O termo de abertura dever conter o nmero do livro, o fim a que se destina, o nmero de folhas que contm, o nome do delegado do servio notarial e de registro responsvel,

    a declarao de que todas as suas folhas esto rubricadas e o fecho, com data e

    assinatura.

    Art. 59. de exclusiva responsabilidade do delegado o controle da frequncia, assiduidade e

    pontualidade de seus prepostos.

    Art. 60. O livro Registro Dirio da Receita e da Despesa ser escriturado pelo Delegado, sendo direta sua responsabilidade, ainda que a tarefa seja entregue a preposto e dever ser

    mantido na serventia, somente podendo dela sair mediante expressa autorizao do Juiz

    Corregedor Permanente, a qual dever ser arquivada.

    Art. 61. O livro de que trata o artigo anterior poder ser impresso e encadernado, ou em folhas soltas, estas, com nmero fixo ou quantas bastem para a escriturao anual, ou ainda

    apenas no formato eletrnico, desde que preencha os requisitos de assinatura eletrnica,

    no padro ICP-Brasil, admitida a incluso de carimbo do tempo. Em qualquer caso, as

    folhas sero divididas em colunas, para anotao da data, do histrico da receita ou da

    despesa, obedecido o modelo usual, em forma contbil.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 45

    Art. 62. O histrico dos lanamentos ser sucinto, mas dever permitir, sempre, a identificao do ato que ensejou a cobrana ou a natureza da despesa.

    Art. 63. Os lanamentos compreendero to-somente os emolumentos percebidos como receita do delegado do servio notarial ou de registro, pelos atos praticados, de acordo com a lei

    e com a tabela de custas e emolumentos, no devendo ser includas as partes destinadas

    ao Fundo Especial de Compensao FECOM e Defensoria Pblica do Estado da

    Bahia.

    Art. 64. No lanamento da receita, alm do seu montante, haver referncia ao nmero do ato, ou do livro e da folha em que praticado, ou do protocolo, de forma que possibilite sempre a

    sua identificao.

    Pargrafo nico. Dever ser elaborada em paralelo, ainda, relao auxiliar diria, ou

    semanal para as serventias de pequeno movimento, de todos os atos praticados, contendo

    remisso individual ao Livro Protocolo (Unidades do servio de registro de imveis,

    ttulos e documentos, registro civil das pessoas jurdicas e protesto) ou, na sua falta

    (Unidades do servio notarial e de registro civil das pessoas naturais), ao livro em que

    lanados. Da referida relao devero constar tambm os valores dos emolumentos, em

    colunas separadas para cada parte a que se destina (receita do delegado e FECOM).

    Art. 65. Admite-se apenas o lanamento das despesas relacionadas com a unidade do servio notarial e de registro, sem restrio.

    Art. 66. A receita ser lanada no livro Dirio, no dia da prtica do ato, mesmo que o delegado do servio notarial e de registro no tenha ainda recebido os emolumentos.

    1 Considera-se o dia da prtica do ato o do apontamento do ttulo, para o servio de

    protesto de ttulos; o da lavratura do ato notarial com a coleta das assinaturas

    pertinentes, para o servio de notas; o do registro ou averbao, para os servios de

    registros de imveis, ttulos e documentos e civil de pessoa jurdica; e o do pedido

    da habilitao para o casamento, ou da lavratura dos assentos de nascimento ou

    bito, para o servio de registro civil das pessoas naturais.

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 46

    2 Nos casos em que se admitir depsito prvio, este dever ser escriturado em livro

    prprio, ainda que eletrnico, especialmente aberto para o controle dessas

    importncias recebidas a esse ttulo, at que sejam os depsitos convertidos em

    emolumentos, ou devolvidos, conforme o caso.

    3o. Fica dispensado o lanamento no Livro Dirio da Receita e da Despesa dos atos

    em que o notrio ou registrador dispensar a cobrana de sua parte dos

    emolumentos, o que, todavia, no dispensa o recolhimento de receita devida ao

    FECOM e sua cotao no ato notarial ou registral praticado, bem como a

    respectiva referncia na relao auxiliar diria ou semanal.

    Art. 67. A despesa ser lanada no dia em que se efetivar, arquivando-se os comprovantes

    respectivos em pasta prpria.

    Art. 68. Ao final do ms, sero somadas a receita e a despesa, apurando-se separadamente a renda lquida ou o dficit de cada unidade do servio notarial e de registro.

    Art. 69. Ao final do ano, ser feito o balano, indicando-se a receita, a despesa e o lquido ms a ms, apurando-se, em seguida, a renda lquida ou o dficit de cada unidade do servio

    notarial e de registro no respectivo exerccio.

    Art. 70. As informaes contbeis e fiscais escrituradas no Livro Dirio da Receita e da Despesa gozam da proteo do sigilo fiscal e a exibio ao Juiz Corregedor Permanente do livro e

    dos comprovantes de lanamentos das despesas, se revestir sempre do mesmo carter

    sigiloso.

    Art. 71. Podero os delegados do servio notarial e de registro tambm adotar outro livro contbil, para fins de recolhimento do Imposto sobre a Renda (IR), obedecida a

    legislao especfica, o que no dispensa o livro Registro Dirio da Receita e da

    Despesa, ora disciplinado.

    Art. 72. Haver livro Protocolo, com tantos desdobramentos quantos recomendem a natureza e o

    movimento da unidade do servio notarial e de registro, destinado ao registro nos casos

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 47

    de entrega ou remessa, que no impliquem devoluo.

    Art. 73. No livro de Visitas e Correies, sero transcritos integralmente os termos das correies que forem realizadas pelo Juiz Corregedor Permanente ou pelos Corregedores da Justia.

    Pargrafo nico. Este livro, cumprindo os requisitos dos demais livros obrigatrios,

    dever ser organizado em folhas soltas, em nmero de cinquenta (50).

    SUBSEO II

    DOS CLASSIFICADORES OBRIGATRIOS

    Art. 74. As unidades do servio notarial e de registro possuiro os seguintes classificadores:

    I - para atos normativos e decises da Corregedoria Geral da Justia;

    II - para atos normativos e decises da Corregedoria Permanente;

    III - para arquivamento dos documentos relativos vida funcional do delegado e

    seus prepostos;

    IV - para cpias de ofcios expedidos;

    V - para ofcios recebidos;

    VI - para guias de recolhimento de imposto sobre a renda retido na fonte;

    VII - para as guias de recolhimento das contribuies sociais e previdencirias;

    VIII - para folhas de pagamento dos prepostos, cpias de dissdios trabalhistas e

    acordos salariais;

    IX - para documentos expedidos e/ou recebidos do FECOM.

    1. Os classificadores referidos nos incisos I, II e III reuniro apenas os atos e

    decises de interesse da unidade do servio notarial ou de registro, com ndice

    por assunto.

    2. O classificador a que alude o inciso IV destina-se ao arquivamento, em ordem

    cronolgica, das cpias de ofcios expedidos, dispondo de ndice e numerao;

    3. O classificador referido no inciso V destina-se ao arquivamento, em ordem

    cronolgica, dos ofcios recebidos, dispondo cada um de numerao e, quando

  • CDIGO DE NORMAS DE SERVIOS DOS OFCIOS EXTRAJUDICIAIS - BAHIA 48

    for o caso, certido do atendimento, mantido ndice;

    4. No classificador, referido no inciso VI devero ser arquivados os

    comprovantes de reteno do imposto de renda dos prepostos e de prestadores de

    servio.

    5. No classificador, referido no inciso VII devero ser arquivados os

    comprovantes dos recolhimentos de valores a ttulo de Fundo de Garantia por

    Tempo de Servio (FGTS) e contribuio previdenciria ao Instituto Nacional do

    Seguro Social (I