21
Forro, Lajes e Coberturas, Esquadrias e Vidros, Revestimentos e Acabamentos e Pintura. Lajes As lajes de concreto são encontradas em grande parte das casas brasileiras. Muitas vezes, mesmo havendo um telhado de telhas de barro, alumínio ou fibrocimento cobrindo a residência, por baixo desta estrutura existe uma laje de concreto, cuja função é aumentar o isolamento ou apenas servir como forro para os ambientes. As lajes são estruturas planas, em geral feitas de concreto, que se apoiam nas vigas da construção. Podem também se apoiar diretamente sobre os pilares, embora esta solução seja menos comum em construções residenciais. Para entendermos melhor os tipos de lajes, vamos dividi-las em duas categorias: as maciças e as pré-moldadas (ou pré- fabricadas). Lajes maciças A laje maciça, ou moldada in loco, é totalmente construída na obra a partir de uma fôrma, normalmente de madeira, na qual é despejado o concreto. Antes, é montada a armadura de vergalhões metálicos que dá mais resistência ao sistema. Após a secagem do concreto, está pronta a laje. Os pontos altos desse sistema são a menor suscetibilidade a trincas e a fissuras, e a facilidade de vencer grandes vãos, além do acabamento liso da parte inferior. Porém, as fôrmas exigem um consumo considerável de madeira; a laje é mais pesada, o que exige mais do restante da estrutura, e o custo final, normalmente, é mais alto. As lajes maciças moldadas in loco também se dividem em alguns tipos: A simples é a mais comuns. Esta laje é formada por uma superfície plana lisa na parte superior e inferior e se apoia nas vigas da construção.

CE PROVA 3

Embed Size (px)

Citation preview

Forro, Lajes e Coberturas, Esquadrias e Vidros, Revestimentos e Acabamentos e Pintura.

Lajes

As lajes de concreto são encontradas em grande parte das casas brasileiras.

Muitas vezes, mesmo havendo um telhado de telhas de barro, alumínio ou

fibrocimento cobrindo a residência, por baixo desta estrutura existe uma laje de

concreto, cuja função é aumentar o isolamento ou apenas servir como forro

para os ambientes.

As lajes são estruturas planas, em geral feitas de concreto, que se apoiam nas

vigas da construção. Podem também se apoiar diretamente sobre os pilares,

embora esta solução seja menos comum em construções residenciais. Para

entendermos melhor os tipos de lajes, vamos dividi-las em duas categorias: as

maciças e as pré-moldadas (ou pré-fabricadas).

Lajes maciças

A laje maciça, ou moldada in loco, é totalmente construída na obra a partir de

uma fôrma, normalmente de madeira, na qual é despejado o concreto. Antes, é

montada a armadura de vergalhões metálicos que dá mais resistência ao

sistema. Após a secagem do concreto, está pronta a laje.

Os pontos altos desse sistema são a menor suscetibilidade a trincas e a

fissuras, e a facilidade de vencer grandes vãos, além do acabamento liso da

parte inferior. Porém, as fôrmas exigem um consumo considerável de madeira;

a laje é mais pesada, o que exige mais do restante da estrutura, e o custo final,

normalmente, é mais alto.

As lajes maciças moldadas in loco também se dividem em alguns tipos:

A simples é a mais comuns. Esta laje é formada por uma superfície plana lisa

na parte superior e inferior e se apoia nas vigas da construção.

As lajes do tipo cogumelo são parecidas com as lajes simples, mas se

apoiam diretamente sobre os pilares. Como toda a carga da laje é transferida

para um ponto com pequena área (o topo do pilar), deve-se evitar o fenômeno

que chamamos de "punção", isto é, o risco de o pilar "furar" a laje como uma

agulha pode furar uma folha de papel. Assim, a área de contato entre laje e

pilar deve ser aumentada e reforçada. Em geral isso é feito com o aumento da

quantidade de ferro e da espessura da laje apenas nesse ponto, criando

"chapéus" sobre os pilares.

Lajes nervuradas ou do tipo "caixão perdido" são formadas pela união

de vigas e lajes e foram mais usadas em edifícios antigos. Um conjunto de

vigas é concretado junto com uma laje superior e outra inferior. Esse conjunto

de laje + vigas + laje forma um sistema único chamado de laje nervurada. Por

aproveitar a altura das vigas, essas lajes conseguem vencer grandes vãos com

relativamente pouca espessura. Nos apartamentos com esse tipo de laje é fácil

eliminar paredes porque o forro será uma grande superfície lisa, livre de vigas.

O espaço entre a laje inferior e a superior não pode ser acessado, daí o nome

"caixão perdido".

Além dessas podemos citar outros tipos de lajes maciças, como as mistas e as

duplas, entre outras, mas que são menos usadas em residências.

Lajes pré-moldadas

As pré-moldadas ou pré-fabricadas são as lajes que já chegam prontas ou

semi-prontas na obra. São compostas por placas ou painéis de concreto

preenchidos com materiais diversos a fim de formar um conjunto resistente.

Como vantagem, o sistema apresenta o custo acessível e a facilidade de

montagem. Além disso, dispensam a grande quantidade de madeira usada na

execução das lajes convencionais. A desvantagem está em eventuais

problemas de acabamento e na maior propensão a trincas. Entretanto, desde

que bem projetadas, são muito eficientes. Alguns dos tipos mais frequentes de

lajes pré-fabricadas são:

Lajes treliçadas com lajotas cerâmicas – são as mais baratas para

vencer pequenos vãos. Pequenas vigotas de concreto com uma armadura

superior em forma de treliça são colocadas lado a lado e o espaço entre elas é

preenchido com lajotas cerâmicas. Após a montagem, joga-se o concreto por

cima dessa estrutura e o conjunto adquire resistência. É talvez o sistema mais

usado atualmente em pequenas residências, mas deve-se tomar cuidado com

as lajotas, que são frágeis e podem quebrar durante o transporte, a montagem

e a concretagem.

Lajes treliçadas com isopor – são muito parecidas com o tipo anterior,

mas o espaço entre as vigotas de concreto é preenchido com blocos de isopor.

São muito leves, de fácil montagem e a instalação de canos e conduítes é

muito simples. Entretanto não se pode fazer furos na parte inferior dessas lajes

e para que o acabamento tradicional de chapisco e reboco possa aderir no

isopor é necessária a aplicação de cola especial.

Lajes de painéis treliçados – são compostas por painéis de concreto

(mais largos do que as vigotas usadas nos outros tipos de laje) que, na

montagem, ficam encostados uns nos outros, compondo a própria fôrma para o

concreto. Esse sistema permite que vãos maiores sejam vencidos. Além disso,

pela resistência inicial dos painéis, uma quantidade menor de madeira é

necessária para o escoramento. Não é necessário nenhum acabamento por

baixo da laje, que já pode ficar aparente pelo bom acabamento dos painéis, o

que costuma agradar aos arquitetos. Chega a ser em alguns casos 30% mais

cara do que as lajes com lajotas cerâmicas, mas apresentam uma qualidade

muito superior. Ainda assim são mais baratas do que as maciças.

Lajes alveolares – menos usadas em residências, são compostas por

grandes painéis, geralmente protendidos (ou seja, cuja armadura é constituída

por cabos de aço de alta resistência, tracionados e ancorados no próprio

concreto), que vencem vãos muito grandes. O transporte deve ser feito com

guindastes, devido ao grande peso. Por essas razões são pouco utilizadas em

residências, que normalmente têm vãos pequenos entre as vigas ou pilares. O

custo para estruturas de pequeno porte não é competitivo.

Além desses tipos principais, podemos citar outras lajes pré-fabricadas menos

usadas em residências, como a steel deck (com formas metálicas), as lajes

Atex, também conhecidas como "Danoninho", porque suas fôrmas parecem

potes do iogurte, entre outras.

A escolha da melhor laje para a sua residência deve ser feita pelo arquiteto e

pelo calculista da obra. A importância em escolher a laje mais adequada para

cada construção está diretamente relacionada à estética desejada, qualidade

da obra, à resistência, à durabilidade da sua estrutura, à economia de materiais

e à saúde do seu bolso.

COBERTURA

A cobertura funciona como principal elemento de abrigo para os espaços

internos de uma edificação proporcionando conforto térmico, protegendo contra

o ingresso da radiação solar, controlando passagens de vapor de água e

escoando água da chuva e da neve derretida à um sistema de drenos, calhas e

condutores.

Assim como os pisos, as coberturas devem ser estruturadas para vencer

vãos e suportar seu peso próprio, além do peso de qualquer equipamento

anexo. Além de cargas de gravidade, os planos de cobertura precisam resistir a

solicitações laterais impostas por ventos e abalos sísmicos e transferir tais

forças para sua estrutura de apoio.

O tipo de estrutura da cobertura tem grande impacto na imagem externa

da edificação. Além de ser um componente estrutural, ela também é um

componente funcional e estético que deve se adequar a linguagem de toda a

edificação.

Estrutura Básica do Telhado

-tesoura: recebe e distribui os esforços verticais do telhado e das cargas

externas para a estrutura do edifício. É constituída por: Banzo inferior ou

linha(viga) e banzo superior ou empena, pendural ou oitão, diagonais e

pontalete.

- trama: estrutura que sustenta a telha. É formada por:

TERÇAS: seu espaçamento depende da dimensão dos caibros

CAIBROS: Deve ser espaçado de acordo com a dimensão e o espaçamento

das

Ripas

RIPAS: As ripas devem ser espaçadas de acordo com o tamanho da telha.

RIPAS: As ripas devem ser espaçadas de acordo com o tamanho da telha.

• Telhas mais utilizadas no Brasil:

TELHAS CERÂMICAS

- Telha portuguesa

- Telha Francesa

- Telha Marselhesa

São condutores que escoam as águas, tais como:

Calhas: cano ao longo do beiral do telhado que capta a água da chuva,

conduzindo-a para tubos de descarga. Pode ser utilizada na reutilização da

água da chuva.

Rufos: chapa entre parede e telhado que impede a penetração de água nas

construções

Rincões: estrutura de captação de água no encontro das águas do telhado.

• Isolantes:

materiais que propiciam barreiras ao som, calor e etricidade.

-LÃ DE VIDRO

• É um dos isolantes mais utilizados na construção civil

• Possibilita conforto térmico e acústico

• São incombustíveis, evitando a propagação das chamas e o risco de

incêndio

• Sua capacidade isolante não diminui com o passar do tempo nem com a

maresia

• http://www.metalica.com.br/la-de-vidro-isolamento-termico-e-acustico

- LÃ DE ROCHA

• Está disponível em vários formatos: manta, painel, forro e flocos.

• Pode ser aplicada em coberturas, forros, telhas metálicas, paredes e

dutos e ar condicionado.

• Muito utilizado em isolamento térmico e acústico

- ALUMÍNIO

• Baixa emissividade

• Não deve entrar em contato com a superfície de outro material de

contrução para não perder suas características de isolante térmico.

• Deve estar associado a uma camada de ar 3. Coberturas Planas

Coberturas planas podem proteger de maneira eficiente uma edificação

de qualquer dimensão horizontal e também podem ser estruturadas para

servirem como espaços de uso externo (terraços).

É preciso que haja uma inclinação mínima de 2%, a qual pode ser obtida

inclinando-se os elementos estruturais de um tabuado de madeira ou

reduzindo-se gradualmente a espessura da camada de isolante térmico. Este

caimento geralmente leva a condutores internos para o escoamento pluvial.

A estrutura de uma cobertura plana pode consistir de: lajes de concreto

armado, vigas-treliça ou treliças planas de aço ou madeira, vigas de madeira

ou

perfis de aço cobertos por um tabuado, e vigotas de madeira ou aço cobertas

por painéis.

Camada de proteção mecânica: protege a cobertura da sucção de vento e da

abrasão mecânica

1. Camada de drenagem: permite o livre escoamento da água para os

drenos do telhado.

2. Membrana: é a camada de impermeabilização da cobertura, deve ter a

inclinação mínima de 2% para levar a água da chuva para os drenos do

telhado.

3. Isolamento térmico: dá a proteção necessária contra ganhos e perdas

térmicas através da cobertura, pode ser instalado em três lugares

diferentes: sob a laje de cobertura, entre a laje e uma membrana de

impermeabilização ou sobre esta proteção.

(http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2002-

1/Isolamento_Termico/index.html)

4. Barreira de vapor: reduz a difusão da umidade para a camada de

isolamento da estrutura de cobertura (indicada em localidades nas quais

a temperatura média externa pode ser abaixo de 4°C).

5. Laje ou tabuado de cobertura: deve ser rígido o bastante para manter a

inclinação desejada sob as condições de carga previstas, e deve ser liso,

limpo e seco para a fixação adequada do isolamento rígido ou membrana

de cobertura. 4. Ventilação

Para uma manutenção passiva de temperatura, diferentes táticas devem ser

adotadas, de acordo com o clima local e com as variações de cada estação do

ano, aproveitando-se a temperatura externa sempre que isso for vantajoso. Há

diversas formas de trabalhar com o calor solar e com a ventilação natural

combinando-os adequadamente.

• Uma maneira que a cobertura pode ajudar na ventilação do ambiente é,

em climas quentes, criar aberturas na parte superior e inferior do

ambiente, pois o ar quente sairá pela parte superior e o ar frio entrará

pela abertura inferior, esfriando o ambiente por convecção, criando uma

corrente que dissipa o calor do local.

Neste artigo falaremos a respeito de sistemas de fechamento de edifícios, com ênfase em

esquadrias e vidros para construção civil.

Os edifícios são “envelopados” por fachadas e

coberturas, que constituem o fechamento e proteção do ambiente interno. O “envelope” é

responsável pelas relações do interior do edifício com o ambiente externo, o que inclui a

garantia de iluminação natural, a troca de ar interno/externo, que proporciona ventilação

natural e simultaneamente proteção contra ventos fortes que carregam poeira e outras

impurezas, e a “troca térmica” entre os ambientes – o que significa a passagem de calor, nos

dois sentidos. Essa troca é necessária e saudável, mas deve ser controlada para proteção

contra as altas temperaturas ou fortes radiações, que além de desconfortáveis podem ser

nocivas.

Outra troca que ocorre por meio desse “envelope” é a “visão” nos dois sentidos. Ou seja,

tanto a vista da paisagem e das atividades externas quanto a de fora para dentro, também

desejável, dependendo do tipo de edifício, mas que em certos casos exige cuidados quanto à

privacidade. O “envelope” é constituído de elementos opacos, translúcidos e transparentes,

cuja participação e relação variam com o uso e finalidade do edifício. Alguns exemplos: uma

residência exige maior privacidade, ou seja, as partes opacas se apresentam em maior área

do que as translúcidas; lojas e exposições devem ter grandes áreas transparentes para

permitir a visibilidade dos produtos; os shoppings devem ter grandes áreas opacas nas

fachadas, pois as lojas estão voltadas “para dentro”, mas é desejável que tenham grandes

áreas translúcidas nas coberturas, para garantir iluminação natural, que, no entanto, deve

ser controlada para evitar excesso de brilho e penetração de calor.

Esquadrias

As funções das esquadrias são: vedação para água e ar,

redução do ruído que penetra no ambiente, controle da passagem de luz - eventualmente, o

bloqueio dessa passagem -, e controle das transferências de calor e da qualidade da

visibilidade.

As esquadrias são guarnecidas por vidros e/ou elementos opacos, de modo a dosar

adequadamente essas trocas entre os ambientes, de acordo com um projeto arquitetônico.

As esquadrias podem constituir portas, janelas, grandes áreas e coberturas envidraçadas etc;

todos esses elementos são formados por esquadrias fabricadas, predominantemente, em

madeira, aço, alumínio ou PVC.

É indiscutível, há muito tempo, a predominância do alumínio como material para a fabricação

de esquadrias. No entanto, não se pode esquecer que a madeira tem uma antiga tradição de

uso, graças às suas qualidades que favorecem o bom desempenho de caixilhos com ela

fabricados. A madeira é facilmente trabalhável e, com ferramentas manuais ou máquinas

adequadas, pode-se cortá-la, furá-la ou nela fazer sulcos e rasgos, criando detalhes muito

eficientes para a vedação da passagem de ar, água e ruído. Além disso, por sua “massa”, a

madeira tem melhor desempenho acústico que os perfis tubulares de alumínio. É, portanto,

um material muito adequado para esquadrias em construções residenciais, hotéis e escolas,

desde que não haja vãos com dimensões exageradas e desde que o aspecto dos caixilhos

seja esteticamente satisfatório para o tipo de edifício.

O aço é adequado para esquadrias de grandes

dimensões, em que não são necessários detalhes complexos para vedação de ar, água e

som, pois é um material muito resistente, mas de difícil trabalhabilidade, o que dificulta a

execução de detalhes. É adequado para os reforços de partes dos fechamentos quando

ocorrem grandes vãos.

Nesse caso, serve para reforçar as esquadrias em madeira, alumínio e PVC ou criar

estruturas auxiliares que lhe dão apoio, o que ocorre nos térreos de edifícios residenciais, nos

lobbies dos edifícios comerciais, em locais de  exposição, coberturas etc.

O alumínio tornou-se o material predominante na construção de esquadrias para edifícios por

suas qualidades estruturais: obtêm-se perfis de grande resistência a partir de elementos

tubulares com dimensões adequadas, incluindo espessuras; sua trabalhabilidade é bem

maior que a do aço, principalmente por possibilitar a criação de perfis pelo processo de

extrusão – o que é muito difícil de  conseguir com o aço. Isso permite criar detalhes de

reentrâncias, sulcos, encaixes etc,, que resultam em excelentes vedações ao ar, água e

ruído; acusticamente, o alumínio tem comportamento inferior ao da madeira, em razão de ter

menor massa e também pelo “efeito de tubo”, que cria sons harmônicos ao som principal.

Já o PVC é um material que ganha cada vez mais espaço no Brasil. Também pode ser

extrudado, resultando em formas eficientes semelhantes às do alumínio e da madeira. Por

sua pouca resistência estrutural, os perfis em PVC são sempre reforçados internamente com

perfis formatados em aço galvanizado, que lhes dão resistência na medida das necessidades

estruturais.

“O aço é adequado para esquadrias de grandes dimensões, em que não são necessários

detalhes complexos para vedação de ar, água e som, pois é um material muito resistente,

mas de difícil trabalhabilidade, o que dificulta a execução de detalhes.”

Algumas diferenças entre os três principais materiais

1. Os vidros devem sempre ser “encaixilhados” nas esquadrias em madeira ou PVC

(encaixados no perfil, com complementos que os mantêm posicionados). Os vidros não

podem ser “colados” nessas esquadrias; Nos perfis em alumínio, ao contrário, os vidros

podem ser tanto encaixilhados – em especial em sistemas residenciais – como colados,

criando fachadas em que as partes de alumínio não ficam aparentes no lado externo do

edifício. É o sistema conhecido como “silicone estrutural” ou “silicone glazing”, que

predomina hoje em edifícios comerciais, corporativos, hospitais, escolas, shopping centers

etc.

2. A textura da madeira é a mais agradável ao toque, principalmente internamente: sua

temperatura é próxima a da pele humana. Além disso, há uma certa atração do homem por

materiais “naturais”, como madeira, cerâmica, tijolo etc.

3. O PVC não tem toque tão agradável como o da madeira, mas é um material macio e sua

temperatura também é amigável. Essas características não se aplicam ao alumínio, que é frio

e mais “duro” ao toque.

O resultado é que, para os edifícios corporativos, o alumínio é perfeitamente adequado, e,

em edifícios residenciais ou hospitais (principalmente na internação), o ideal é optar pela

madeira ou PVC, que oferecem mais conforto. No entanto, é preciso levar em conta, no caso

de hospitais e similares, o problema da “contaminação dos materiais”. São locais que exigem

limpeza e descontaminação constante, o que requer a aplicação de produtos agressivos. A

madeira deixa de ser adequada nesses ambientes; o PVC ainda pode ser considerado,

dependendo dos produtos para limpeza.

Como se conclui, nem sempre é fácil a escolha do tipo de esquadria e do material a ser

empregado.

Os Vidros

Os vidros ocupam a maior área das esquadrias, constituindo, portanto, a maior área de

penetração de luz, calor e ruído através das fachadas. Por essa razão, sua especificação deve

ser cuidadosa e, para isso, é necessário conhecer o desempenho dos vários tipos de vidro

disponíveis para construção civil.

Numa explicação simples, os vidros devem ser considerados por seu desempenho estrutural

– resistência às solicitações de vento, a cargas acidentais etc. Há o desempenho relacionado

à entrada de luz e à visibilidade através do vidro e o desempenho acústico, muito importante

quando se pretende que o vidro reduza o nível de ruído ao adequado uso do edifício. Para

hospitais ou instituições de ensino, por exemplo, os níveis são mais baixos. Para edifícios de

escritório admitem-se níveis mais elevados, mas as normas brasileiras e as internacionais

sempre limitam esses níveis de acordo com as frequências dominantes do ruído externo –

ruídos de baixa frequência incomodam mais e são mais nocivos que os de alta.

Adicionalmente, o vidro deve contribuir para o conforto térmico do ambiente interno, ou seja,

tem que controlar a passagem de calor de um lado para outro. Em países de clima frio, o uso

da calefação gera grandes custos e o que se pretende dos vidros é que permitam que o calor

penetre no ambiente durante o dia, mas não deixem o calor sair durante a noite ou em

períodos com temperatura externa muito baixa. Já nos países de clima quente,

principalmente nos trópicos – nosso caso – o que se procura é barrar a entrada de calor

durante o dia e permitir que ele saia com facilidade nos períodos com menos radiação e à

noite.

Por essa observação já se nota que as necessidades são exatamente opostas nos climas frios

e nos trópicos. Ignorar essa condição gera sérios enganos na especificação de vidros feita

com base nos usos mais conhecidos na Europa e nos Estados Unidos.

No Brasil, não pode ser ignorada a

necessidade de utilizar vidros que “reflitam calor para fora”. Ao mesmo tempo, devido à

claridade excessiva nos trópicos, é necessário também limitar o excesso de passagem de luz

para o ambiente interno. É frequente entre arquitetos e usuários o comentário

quanto ao uso, na Europa, de vidros muito claros, com transparência total. Esse

questionamento sugere que se analise com alguma lógica por que não é conveniente usar

tais vidros aqui.

Sempre há dúvidas relativas à “refletividade” dos vidros para fora. Muitos temem que, em

busca de controle de luz e o calor, sejam especificados vidros muito refletivos, criando o

indesejado efeito espelho. Esse temor tem origem numa época em que a tecnologia do vidro

ainda não havia evoluído para condições mais precisas de controle desses efeitos. Há algum

tempo, porém, existem vidros com refletividade muito baixa de luz, mas que são muito

eficientes no controle do calor. São vidros de controle solar de alta eficiência.

Uma consideração a fazer é que os vidros refletem luz e calor não apenas “para fora”, mas

também “para dentro” e alguns tipos têm refletividade luminosa interna até maior que a

externa. Essa situação é muito desconfortável, pois, num dia chuvoso ou nublado e à noite, a

refletividade interna aparece com intensidade – há pouca luz externa – e ao olhar pelas

janelas vemos apenas reflexos do ambiente interno. Trata-se de uma “jaula de espelhos” e

isso deve ser cuidadosamente evitado.

Tipos de vidros

 - Monolíticos são os vidros tais como são produzidos originalmente. Incolores ou coloridos,

são uma placa única produzida industrialmente. Esses vidros podem ser temperados ou

semi-temperados, para aumento de sua resistência.

 - Os vidros temperados e semi-temperados passam por um processo de choque térmico que

os endurece, proporcionando maior resistência mecânica. São usados

para grandes envidraçamentos para reduzir as espessuras. Mas requerem um cuidado:

podem sofrer quebra originada por várias causas e, portanto, não podem ser instalados em

guarda-corpos, em coberturas etc.

 - Os laminados são compostos de duas ou mais placas de vidros monolíticos, comuns ou

temperados, unidas por uma película por meio de um processo industrial. Oferecem maior

segurança, pois, ao se quebrarem, os cacos ficam grudados na película.

 - Insulados são os compostos por duas lâminas de vidro – comum, temperado ou laminado –

montadas de forma a ter entre elas uma câmara de ar que fica sem contato com o ar

exterior. Esses vidros colaboram em certa medida para o conforto térmico e, dependendo

das frequências e níveis dos ruídos, podem ser eficientes acusticamente. Ao contrário da

crença mais difundida, nem sempre constituem a melhor solução acústica. Por isso um

especialista deve ser consultado para a especificação em cada caso.

Para assentarmos pisos e revestimentos cerâmicos devemos seguir alguns procedimentos

por ordem e não “pular” nenhum deles:

 

1. PLANEJAMENTO

2. APLICAÇÃO DA ARGAMASSA COLANTE

3. ASSENTAMENTO DAS PLACAS CERÂMICAS

4. REJUNTE

5. CURA

6. LIMPEZA

 

PLANEJAMENTO

 

Verificar o esquadro e as dimensões da base a ser revestida para definição da largura

das juntas entre as peças, buscando reduzir o número de recortes e o melhor

posicionamento destes.

Locar, sobre a superfície a ser revestida, as juntas horizontais e verticais entre as

peças cerâmicas.

Marcar os alinhamentos das primeiras fiadas, nos dois sentidos, com linhas de nylon,

servindo então de referência para as demais fiadas, ou então a partir da fixação de

uma régua de alumínio junto à base.

Arranjar as peças de forma que sejam feitos cortes iguais nos lados opostos à

superfície a ser revestida.

Planejar a colocação das peças com relação: à decoração das peças, ao encaixe

preciso dos desenhos, à colocação em diagonais e perpendiculares.

Para o caso de assentamento de paisagens ou mosaicos, desenhar com giz as figuras

a serem formadas, colocando entre as linhas desenhadas o formato e a cor das peças

que fazem parte do desenho.

 

APLICAÇÃO DA ARGAMASSA COLANTE

 

Preparo:

 

Preparar a argamassa manualmente ou em misturador mecânico limpo, adicionando-se

água na quantidade recomendada na embalagem do produto até que haja homogeneidade

da mistura. A quantidade preparada deve ser suficiente para um trabalho de no máximo 2

a 3 horas. Após a mistura, a argamassa deve ficar em repouso pelo período de tempo

indicado na embalagem, para que ocorram as reações dos aditivos, sendo a seguir

reamassada. No caso de preparo manual, utilizar um recipiente plástico ou metálico limpo,

para fazer a mistura.

 

 

Aplicando:

O método de aplicação da argamassa colante depende da área da placa cerâmica a ser

assentada. Para peças cerâmicas com área igual ou menor que 900cm2, a aplicação da

argamassa pode ser feita pelo método convencional, ou seja, a aplicação da argamassa é

somente na parede, estando a peça cerâmica limpa e seca para o assentamento. O

posicionamento da peça deve ser tal que garanta contato pleno entre seu tardoz e a

argamassa. Para áreas maiores que 900cm2 a argamassa deve ser aplicada tanto na

parede quanto na própria peça (dupla colagem). Os cordões formados nessas duas

superfícies devem se cruzar em ângulo de 90º, e a cerâmica deve ser assentada de tal

forma que os cordões estejam perpendiculares entre si.

 

Área da superfície dasplacas cerâmicas (cm2)

Formato dos dentes dadesempenadeira (mm) Procedimento

menor que 400 Quadrados 6 x 6 x 6 Convencional

entre 400 e 900 Quadrados 8 x 8 x 8 Convencional

maior ou igual a 900 Quadrados 8 x 8 x 8 Dupla colagem

 

A argamassa deve ser espalhada com o lado liso

da desempenadeira, comprimindo-a contra a

parede num ângulo de 45º, formando uma camada

uniforme. A seguir, utilizar o lado denteado da

desempenadeira sobre a camada de argamassa,

para formar cordões que facilitarão o nivelamento e

a fixação das peças cerâmicas. Durante a

colocação das peças os cordões de cola devem ser

totalmente esmagados, formando uma camada

uniforme, e garantindo o contato pleno da argamassa com todo o verso da peça. A

espessura da camada final de argamassa colante deve ser de 4 a 5mm, podendo chegar a

12mm em pequenas áreas isoladas, onde existam irregularidades superficiais na base. As

reentrâncias de altura maior que 1mm, eventualmente presentes no tardoz das peças

cerâmicas, devem ser preenchidas com argamassa colante no momento do assentamento.

 

 

Devem sempre ser respeitados os tempos de uso,

tempo em aberto e tempo de ajuste, indicados na

embalagem do produto, levando-se em conta que

em dias secos, quentes e com muito vento, estes

tempos são diminuídos. O final do tempo em aberto

da argamassa é indicado pela formação de uma

película esbranquiçada sobre os cordões de cola. A partir deste momento as condições de

assentamento ficam prejudicadas, podendo favorecer o descolamento precoce da peça

cerâmica. Periodicamente durante o assentamento, deve-se arrancar peças

aleatoriamente (1% das peças), verificando se estão com o verso totalmente preenchido

com argamassa. Este procedimento é denominado de Teste de Arrancamento e se destina

a avaliar a qualidade do assentamento, e fazer ajustes caso seja necessário.

 

 

 

ASSENTAMENTO DAS PLACAS

 

O tardoz da placa cerâmica a ser assentada deve estar limpo, isento de pó, gorduras, ou

partículas secas e NÃO deve ser molhado antes do assentamento. A colocação das placas

cerâmicas deve ser feita de baixo para cima, uma fiada de cada vez. As placas cerâmicas

devem ser colocadas ligeiramente fora de posição, sobre os cordões de cola. O

posicionamento da peça é então ajustado e o revestimento cerâmico é fixado através de

um ligeiro movimento de rotação. Para a retirada do excesso de argamassa, devem ser

dadas leves batidas com ummartelo de borracha sobre a face da cerâmica, ou mesmo

batidas com cabos de madeira de martelos comuns e colher de pedreiro. A argamassa que

escorrer deve ser limpa antes do seu endurecimento, evitando que esta prejudique o

rejunte.

 

 

REJUNTE

 

O preenchimento das juntas de assentamento pode ser

iniciado no mínimo 3 dias após concluído o

assentamento das peças. Verifique, primeiramente, se

existe alguma cerâmica onde não há argamassa

embaixo. Para isto, dê leves pancadas com os dedos

sobre a superfície das cerâmicas, se alguma delas

apresentar um barulho oco, esta deve ser removida e

reassentada. A seguir, limpar as juntas, eliminando

toda a sujeira existente e umedecê-las, somente em

locais com muito sol, ventos constantes ou baixa

umidade do ar. Utilizar somente argamassas de rejunte industrializadas, especiais para

rejuntamento e com impermeabilidade garantida. A argamassa de rejunte deve ser

misturada em um recipiente metálico, ou de plástico, limpo, obedecendo as

recomendações do fabricante quanto à quantidade de água, até a obtenção de uma

mistura homogênea.

 

No caso de argamassas industrializadas, a mistura deve permanecer em repouso por 15

minutos após o processo de mistura. Após o período de repouso, a argamassa deve ser

remisturada e espalhada nas juntas com auxílio de uma desempenadeira com base de

borracha flexível, em movimentos alternados, de modo que ela penetre uniformemente no

espaço entre as cerâmicas. Após secagem inicial da argamassa, remover o excesso com

pano, esponja ou estopa úmidos. Após transcorrido mais algum tempo, que garanta

princípio de endurecimento da argamassa, frisar as juntas, obtendo assim acabamento liso

e regular. Esta operação pode ser feita com instrumentos de madeira, desenhados

especialmente para esse fim, ou com auxílio de cabos elétricos dobrados. Limpar

novamente com estopa ou pano secos, para remoção de quaisquer resíduos de

argamassa aderidos sobre o revestimento cerâmico.

 

LIMPEZA

 

Esta é a operação final e tem a finalidade de eliminar resíduos de argamassas ou outros

materiais usados no processo de assentamento. A limpeza de revestimentos com ácido é

contra-indicada, pois pode prejudicar tanto a superfície da peça cerâmica como o rejunte.

Entretanto, quando for necessária a limpeza com ácido, deve-se usar uma parte de ácido

para dez partes de água (1:10). Neste caso, deve-se proteger previamente com vaselina

os componentes susceptíveis ao ataque pelo ácido. Após a limpeza, que deve ser feita

com água em abundância, utiliza-se uma solução neutralizante de amônia (uma parte de

amônia para cinco partes de água) e se enxágua com água em abundância. Finalmente,

enxuga-se com um pano para remover a água presente nas juntas.

 

CURA

 

Após a limpeza, as operações para o revestimento da parede estão completas, muito

embora a parede ainda não esteja adequada para uso. É necessário esperar

aproximadamente 15 dias para que as reações físicas e químicas, que ocorrem com as

argamassas, possam acontecer. Estas reações são fundamentais para a qualidade da

aderência entre as diversas camadas que compõe a parede revestida com placas

cerâmicas.