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Celibato Celibato, Doutrina Bíblica A notícia que acaba de ser revelada - de que parte do clero não cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e noviças - não é senão conseqüência da férrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma solução alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatísticas do país das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia católica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escândalo vem à tona. E isso quando vem. Um professor jesuíta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que só 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relação sexual, das quais um terço homossexuais. Diante disso, vários bispos têm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, já que o oriental - inclusive o ligado a Roma - não tem essa obrigação e é, normalmente, casado. Até mesmo o Concílio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente. A história dessa exigência é obscura - passaram-se quase cinco séculos até que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. Até o século IV, não havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir daí, o celibato começa a ser considerado obrigatório em algumas áreas, mas apenas os bispos não podiam se casar - e não o clero como um todo. Ainda assim, a lei não era geral e muitos bispos não a seguiam. No século V, cerca de 300 bispos casados participaram do Concílio de Rímini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa época, a lei começou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora não fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Concílio de Latrão, em 1123, que a exigência passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristão, já

CELIBATO

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Celibato

CelibatoCelibato, Doutrina Bblica

A notcia que acaba de ser revelada - de que parte do clero no cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e novias - no seno conseqncia da frrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma soluo alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatsticas do pas das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia catlica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escndalo vem tona. E isso quando vem. Um professor jesuta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que s 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relao sexual, das quais um tero homossexuais. Diante disso, vrios bispos tm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, j que o oriental - inclusive o ligado a Roma - no tem essa obrigao e , normalmente, casado. At mesmo o Conclio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente.

A histria dessa exigncia obscura - passaram-se quase cinco sculos at que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. At o sculo IV, no havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir da, o celibato comea a ser considerado obrigatrio em algumas reas, mas apenas os bispos no podiam se casar - e no o clero como um todo. Ainda assim, a lei no era geral e muitos bispos no a seguiam. No sculo V, cerca de 300 bispos casados participaram do Conclio de Rmini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa poca, a lei comeou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora no fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Conclio de Latro, em 1123, que a exigncia passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristo, j havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados padres, e o costume continua legtimo.

At o sculo XVI, no entanto, as leis das dioceses no eram nem cumpridas, nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se buscavam subterfgios para sair pela tangente. Um das sadas comuns antes do sculo IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimnio era considerado vlido.

Foram muitos os conclios que criticaram os costumes sexuais do clero, enquanto a prtica de manter concubinas era freqente. Por exigncia dos Conclios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a expulsar todas as concubinas da cidade, no sculo XI. Na Itlia, segundo o historiador catlico padre Amman, ''o concubinato dos clrigos era muito amplo''. So Pedro Damiano criticou publicamente o bispo de Fiesle, que ''estava rodeado de um bom nmero de mulheres''. Durante o Conclio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o historiador catlico Daniel-Rops.

Por isso, at o Conclio de Trento, no sculo XVI, no se sanciona solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o prprio papa Paulo VI. No seria ento natural e humano que a Igreja de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais traz como conseqncia, e que Roma faa caso das sensatas peties, nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e catlicos seculares? A notcia que acaba de ser revelada - de que parte do clero no cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e novias - no seno conseqncia da frrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma soluo alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatsticas do pas das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia catlica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escndalo vem tona. E isso quando vem.

Um professor jesuta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que s 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relao sexual, das quais um tero homossexuais. Diante disso, vrios bispos tm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, j que o oriental - inclusive o ligado a Roma - no tem essa obrigao e , normalmente, casado. At mesmo o Conclio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente. A histria dessa exigncia obscura - passaram-se quase cinco sculos at que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. At o sculo IV, no havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir da, o celibato comea a ser considerado obrigatrio em algumas reas, mas apenas os bispos no podiam se casar - e no o clero como um todo. Ainda assim, a lei no era geral e muitos bispos no a seguiam.

No sculo V, cerca de 300 bispos casados participaram do Conclio de Rmini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa poca, a lei comeou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora no fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Conclio de Latro, em 1123, que a exigncia passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristo, j havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados padres, e o costume continua legtimo.

At o sculo XVI, no entanto, as leis das dioceses no eram nem cumpridas, nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se buscavam subterfgios para sair pela tangente. Um das sadas comuns antes do sculo IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimnio era considerado vlido.

Foram muitos os conclios que criticaram os costumes sexuais do clero, enquanto a prtica de manter concubinas era freqente. Por exigncia dos Conclios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a expulsar todas as concubinas da cidade, no sculo XI. Na Itlia, segundo o historiador catlico padre Amman, ''o concubinato dos clrigos era muito amplo''. So Pedro Damiano criticou publicamente o bispo de Fiesle, que ''estava rodeado de um bom nmero de mulheres''. Durante o Conclio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o historiador catlico Daniel-Rops.

Por isso, at o Conclio de Trento, no sculo XVI, no se sanciona solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o prprio papa Paulo VI. No seria ento natural e humano que a Igreja de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais traz como conseqncia, e que Roma faa caso das sensatas peties, nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e catlicos seculares? A notcia que acaba de ser revelada - de que parte do clero no cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e novias - no seno conseqncia da frrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma soluo alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatsticas do pas das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia catlica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escndalo vem tona. E isso quando vem.

Um professor jesuta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que s 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relao sexual, das quais um tero homossexuais. Diante disso, vrios bispos tm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, j que o oriental - inclusive o ligado a Roma - no tem essa obrigao e , normalmente, casado. At mesmo o Conclio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente.

A histria dessa exigncia obscura - passaram-se quase cinco sculos at que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. At o sculo IV, no havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir da, o celibato comea a ser considerado obrigatrio em algumas reas, mas apenas os bispos no podiam se casar - e no o clero como um todo. Ainda assim, a lei no era geral e muitos bispos no a seguiam.

No sculo V, cerca de 300 bispos casados participaram do Conclio de Rmini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa poca, a lei comeou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora no fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Conclio de Latro, em 1123, que a exigncia passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristo, j havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados padres, e o costume continua legtimo. At o sculo XVI, no entanto, as leis das dioceses no eram nem cumpridas, nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se buscavam subterfgios para sair pela tangente. Um das sadas comuns antes do sculo IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimnio era considerado vlido.

Foram muitos os conclios que criticaram os costumes sexuais do clero, enquanto a prtica de manter concubinas era freqente. Por exigncia dos Conclios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a expulsar todas as concubinas da cidade, no sculo XI. Na Itlia, segundo o historiador catlico padre Amman, ''o concubinato dos clrigos era muito amplo''. So Pedro Damiano criticou publicamente o bispo de Fiesle, que ''estava rodeado de um bom nmero de mulheres''. Durante o Conclio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o historiador catlico Daniel-Rops.

Por isso, at o Conclio de Trento, no sculo XVI, no se sanciona solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o prprio papa Paulo VI. No seria ento natural e humano que a Igreja de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais traz como conseqncia, e que Roma faa caso das sensatas peties, nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e catlicos seculares? A notcia que acaba de ser revelada - de que parte do clero no cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e novias - no seno conseqncia da frrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma soluo alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatsticas do pas das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia catlica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escndalo vem tona. E isso quando vem.

Um professor jesuta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que s 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relao sexual, das quais um tero homossexuais. Diante disso, vrios bispos tm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, j que o oriental - inclusive o ligado a Roma - no tem essa obrigao e , normalmente, casado. At mesmo o Conclio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente.

A histria dessa exigncia obscura - passaram-se quase cinco sculos at que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. At o sculo IV, no havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir da, o celibato comea a ser considerado obrigatrio em algumas reas, mas apenas os bispos no podiam se casar - e no o clero como um todo. Ainda assim, a lei no era geral e muitos bispos no a seguiam.

No sculo V, cerca de 300 bispos casados participaram do Conclio de Rmini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa poca, a lei comeou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora no fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Conclio de Latro, em 1123, que a exigncia passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristo, j havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados padres, e o costume continua legtimo.

At o sculo XVI, no entanto, as leis das dioceses no eram nem cumpridas, nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se buscavam subterfgios para sair pela tangente. Um das sadas comuns antes do sculo IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimnio era considerado vlido.

Foram muitos os conclios que criticaram os costumes sexuais do clero, enquanto a prtica de manter concubinas era freqente. Por exigncia dos Conclios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a expulsar todas as concubinas da cidade, no sculo XI. Na Itlia, segundo o historiador catlico padre Amman, ''o concubinato dos clrigos era muito amplo''. So Pedro Damiano criticou publicamente o bispo de Fiesle, que ''estava rodeado de um bom nmero de mulheres''. Durante o Conclio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o historiador catlico Daniel-Rops.

Por isso, at o Conclio de Trento, no sculo XVI, no se sanciona solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o prprio papa Paulo VI. No seria ento natural e humano que a Igreja de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais traz como conseqncia, e que Roma faa caso das sensatas peties, nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e catlicos seculares? A notcia que acaba de ser revelada - de que parte do clero no cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e novias - no seno conseqncia da frrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma soluo alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatsticas do pas das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia catlica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escndalo vem tona. E isso quando vem.

Um professor jesuta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que s 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relao sexual, das quais um tero homossexuais. Diante disso, vrios bispos tm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, j que o oriental - inclusive o ligado a Roma - no tem essa obrigao e , normalmente, casado. At mesmo o Conclio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente.

A histria dessa exigncia obscura - passaram-se quase cinco sculos at que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. At o sculo IV, no havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir da, o celibato comea a ser considerado obrigatrio em algumas reas, mas apenas os bispos no podiam se casar - e no o clero como um todo. Ainda assim, a lei no era geral e muitos bispos no a seguiam. No sculo V, cerca de 300 bispos casados participaram do Conclio de Rmini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa poca, a lei comeou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora no fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Conclio de Latro, em 1123, que a exigncia passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristo, j havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados padres, e o costume continua legtimo.

At o sculo XVI, no entanto, as leis das dioceses no eram nem cumpridas, nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se buscavam subterfgios para sair pela tangente. Um das sadas comuns antes do sculo IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimnio era considerado vlido.

Foram muitos os conclios que criticaram os costumes sexuais do clero, enquanto a prtica de manter concubinas era freqente. Por exigncia dos Conclios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a expulsar todas as concubinas da cidade, no sculo XI. Na Itlia, segundo o historiador catlico padre Amman, ''o concubinato dos clrigos era muito amplo''. So Pedro Damiano criticou publicamente o bispo de Fiesle, que ''estava rodeado de um bom nmero de mulheres''. Durante o Conclio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o historiador catlico Daniel-Rops.

Por isso, at o Conclio de Trento, no sculo XVI, no se sanciona solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o prprio papa Paulo VI. No seria ento natural e humano que a Igreja de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais traz como conseqncia, e que Roma faa caso das sensatas peties, nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e catlicos seculares? A notcia que acaba de ser revelada - de que parte do clero no cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e novias - no seno conseqncia da frrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma soluo alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatsticas do pas das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia catlica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escndalo vem tona. E isso quando vem.

Um professor jesuta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que s 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relao sexual, das quais um tero homossexuais. Diante disso, vrios bispos tm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, j que o oriental - inclusive o ligado a Roma - no tem essa obrigao e , normalmente, casado. At mesmo o Conclio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente.

A histria dessa exigncia obscura - passaram-se quase cinco sculos at que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. At o sculo IV, no havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir da, o celibato comea a ser considerado obrigatrio em algumas reas, mas apenas os bispos no podiam se casar - e no o clero como um todo. Ainda assim, a lei no era geral e muitos bispos no a seguiam.

No sculo V, cerca de 300 bispos casados participaram do Conclio de Rmini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa poca, a lei comeou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora no fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Conclio de Latro, em 1123, que a exigncia passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristo, j havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados padres, e o costume continua legtimo.

At o sculo XVI, no entanto, as leis das dioceses no eram nem cumpridas, nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se buscavam subterfgios para sair pela tangente. Um das sadas comuns antes do sculo IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimnio era considerado vlido.

Foram muitos os conclios que criticaram os costumes sexuais do clero, enquanto a prtica de manter concubinas era freqente. Por exigncia dos Conclios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a expulsar todas as concubinas da cidade, no sculo XI. Na Itlia, segundo o historiador catlico padre Amman, ''o concubinato dos clrigos era muito amplo''. So Pedro Damiano criticou publicamente o bispo de Fiesle, que ''estava rodeado de um bom nmero de mulheres''. Durante o Conclio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o historiador catlico Daniel-Rops.

Por isso, at o Conclio de Trento, no sculo XVI, no se sanciona solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o prprio papa Paulo VI. No seria ento natural e humano que a Igreja de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais traz como conseqncia, e que Roma faa caso das sensatas peties, nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e catlicos seculares? A notcia que acaba de ser revelada - de que parte do clero no cumpre nem respeita o celibato e ainda sai a violentar freiras e novias - no seno conseqncia da frrea lei que impede o clero latino de casar e que o impele a uma soluo alternativa de fazer caso omisso de suas promessas. Estatsticas do pas das pesquisas, os Estados Unidos, revelam um mar de lama que a hierarquia catlica quer silenciar. Apenas de vez em quando algum fato com potencial de escndalo vem tona. E isso quando vem.

Um professor jesuta da Universidade de Harvard, o padre Fischler, descobriu que 92% do clero norte-americano sugeria que os sacerdotes pudessem escolher livremente se queriam ser casados ou solteiros. Outro sacerdote e psicoterapeuta, o padre Sipe, revelou que s 2% desse clero cumprem o celibato; 47% o fazem ''relativamente''; e 31,5% vivem uma relao sexual, das quais um tero homossexuais. Diante disso, vrios bispos tm solicitado que se elimine o celibato para o clero latino, j que o oriental - inclusive o ligado a Roma - no tem essa obrigao e , normalmente, casado. At mesmo o Conclio Vaticano II louvou o sentido espiritual do sacerdote casado do Oriente.

A histria dessa exigncia obscura - passaram-se quase cinco sculos at que a igreja latina tenha exigido, definitivamente, o celibato. At o sculo IV, no havia nenhuma lei que o fizesse, em nenhuma parte da cristandade. A partir da, o celibato comea a ser considerado obrigatrio em algumas reas, mas apenas os bispos no podiam se casar - e no o clero como um todo. Ainda assim, a lei no era geral e muitos bispos no a seguiam.

No sculo V, cerca de 300 bispos casados participaram do Conclio de Rmini - uma cifra enorme, dados os poucos bispos que havia no mundo latino. A partir dessa poca, a lei comeou a proibir que os sacerdotes fossem casados, embora no fosse exigida em todas as dioceses. Foi somente com o Conclio de Latro, em 1123, que a exigncia passou a valer para todo o mundo latino. No Oriente cristo, j havia sido declarado que homens casados poderiam ser ordenados padres, e o costume continua legtimo.

At o sculo XVI, no entanto, as leis das dioceses no eram nem cumpridas, nem estavam generalizadas. E, quando estavam, eram mal cumpridas ou se buscavam subterfgios para sair pela tangente. Um das sadas comuns antes do sculo IX era o casamento: embora fosse pecado, o matrimnio era considerado vlido.

Foram muitos os conclios que criticaram os costumes sexuais do clero, enquanto a prtica de manter concubinas era freqente. Por exigncia dos Conclios de Maguncia e Augsburgo, o bispo de Brema foi obrigado a expulsar todas as concubinas da cidade, no sculo XI. Na Itlia, segundo o historiador catlico padre Amman, ''o concubinato dos clrigos era muito amplo''. So Pedro Damiano criticou publicamente o bispo de Fiesle, que ''estava rodeado de um bom nmero de mulheres''. Durante o Conclio de Constanza, 700 mulheres foram levadas para atender os bispos e o clero em suas demandas sexuais, como conta o historiador catlico Daniel-Rops.

Por isso, at o Conclio de Trento, no sculo XVI, no se sanciona solenemente e de forma definitiva o celibato clerical, como confessou o prprio papa Paulo VI. No seria ento natural e humano que a Igreja de Roma suprimisse a hipocrisia do celibato, que tantos males sexuais traz como conseqncia, e que Roma faa caso das sensatas peties, nesse sentido, de alguns bispos, moralistas e catlicos seculares?